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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ANO III
Nº 641
SÁBADO E DOMINGO, 26 E 27 DE NOVEMBRO DE 2022
Eça de Queiroz, com muita honra, um escritor luso-brasileiro José Maria Eça de Queiroz, autor da obra “O Crime do Padre Amaro”, considerada o marco inicial do Realismo em Portugal. Nascido no dia 25 de novembro de 1845 na cidade de Póvoa de Varzim, Portugal. Filho de pai brasileiro, mãe portuguesa e foi criado pelos avós paternos. Era aluno interno no Colégio da cidade do Porto e ingressou em 1861 na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito em 1866. Exerceu a advocacia e seus primeiros trabalhos no jornalismo. Em 1867, já na cidade de Évora, dirigiu o jornal de oposição “O Distrito de Évora”. Voltou para Lisboa e iniciou como escritor no folhetim “Gazeta de Portugal”. Em
1869, atuando somente como jornalista, assistiu a inauguração do Canal de Suez no Egito, vivência que inspirou a criação da obra “O Egito”. Em 1871 escreveu a novela policial “O Mistério da Estrada de Sintra”, com a colaboração do escritor Ramalho Ortigão. Nesse mesmo ano lançou o folheto mensal “As Farpas”, recheado de sátiras direcionadas à sociedade portuguesa. Em 1871, Eça de Queiroz profere uma conferência no Cassino de Lisboa, com o tema “O Realismo Como Nova Expressão de Arte”. Em 1872 ingressa na carreira diplomática e é nomeado cônsul em Havana, sendo transferido para a Inglaterra em 1874. Faleceu na França, em 1900.
Dom João VI “redescobriu” o Brasil em 1808
“Foi o único que me enganou!” Napoleão Bonaparte, nas suas memórias escritas pouco antes de morrer no exílio da Ilha de Santa Helena, referindo-se a D. João VI, rei do Brasil e de Portugal.
Com a vinda da família real e da corte portuguesa para o Brasil Colônia, partindo de Lisboa em 27 de novembro de 1807 e chegando ao Brasil em 22 de janeiro de 1808, D. João elevou o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves e promoveu o Rio de Janeiro a sede oficial da Coroa... Página 3
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Diário da Cuesta
ARTIGO
EÇA DE QUEIROZ EM BOTUCATU OLAVO PINHEIRO GODOY Da ABL – Academia Botucatuense de Letras A devoção de todos que falam a língua portuguesa por Eça de Queiroz tomou vulto por ocasião da passagem do centenário de seu nascimento. Surgiram de todos os cantos, de todas as penas, das mais modestas às mais fulgurantes, artigos, ensaios e livros em torno desse excelso estilista, de quem disse Emilio Zola: “Os portugueses tem um grande escritor, como a França conta poucos. É o extraordinário Eça de Queiroz”. Eloy do Amaral em seu livro “Eça de Queiroz In Memoriam” deu a gratidão a esse mestre do estilo, a esse inigualável senhor da ironia, tão necessário hoje em que uma desvairada onda de estilofobia bate e espanca os altaneiros recifes do bom gosto! A obra de Eça de Queiroz marcou presença em Botucatu atra-
vés do cronista, filólogo e acadêmico Sebastião da Rocha Lima. Filho de portugueses, natural de Alambari (SP), Sebastião da Rocha Lima, tornou-se na juventude um autodidata autêntico, o que lhe valeu para os anos afora, a grande e profunda cultura humanística que lhe aureolou o título de intelectual. Missivista, manteve intensa correspondência com escritores de todo o Brasil, em toda a América Latina e Europa. Membro fundador da Academia Botucatuense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 14 tendo como patrono o poeta Manuel Bandeira. Como descendente de lusitanos, Rocha Lima amava Portugal, mantendo, por largos anos, correspondência com escritores como Fidelino de Figueiredo, Fernando namora, Joaquim Montezuma d Carvalho e Hernani Cidade. Quando o prof. Eloy do Amaral cogitou em organizar o livro em homenagem ao grande escritor português, reunindo em torno de si cerca de mais de sessenta intelectuais, não esqueceu de consultar, além mar, o filólogo Rocha Lima – amante da literatura portuguesa – que lhe forneceu dados importantíssimos, compilados de sua vasta hemeroteca de autores lusitanos. Com a fundação do Centro Cultural de Botucatu, cuidou Rocha Lima da organização da biblioteca – sustentáculo do sodalício – e preencheu as primeiras estantes com as obras de Eça adquiridas na Livraria Lello & Irmão, famosa casa editora da cidade do Porto/Portugal. O amor de Eça de Queiroz à terra portuguesa estendeu-se além-mar, pelas mãos de Sebastião da Rocha Lima, ele que tinha, como Eça, com traço muito forte da sua possante individualidade, o entranhado amor às coisas portuguesas. Até Fidelino Figueiredo, que considerou Eça como “um grande escritor castiçamente português, portuguesíssimo” reportava essa frase ao amigo de Botucatu. Citando o famoso romance “As Cidades e as Serras” o trabalho de divulgação das belezas lusas alastrava-se na literatura, afirmando aos botucatuenses, de que se poderia estudar os costumes de Portugal pelos livros de Eça de Queiroz. Todos nós que fomos embalados pela linguagem poética dos livros enfeitiçantes desse extraordinário luso, quantas e quantas vezes não lhe deixamos a leitura com uma alegre ideia das terras portuguesas, visto através das possantes lentes queirozianas, esquecidos de que os tipos criados por ele palmilham todas as terras! Nem as extravagantes proibições clericais que impediam as jovens do Colégio dos Anjos de ler “O Crime do Padre Amaro”, nem as censuras governamentais impediram que os romances de Eça entrassem em todas as casas, desempoeirando a língua, causticando os costumes, desancando destemidamente a vida padresca, desmascarando a politicagem, patrioticamente pondo tudo em pratos limpos! Que falta nos faz hoje, na era cibernética, Eça de Queiroz! Daqui, desta ilustre serra dos bons ares, separados embora pelo imenso Atlântico, existiu um “botuluso” que sempre se confessou ser...apenas um pobre homem...de uma pobre terra de pescadores!
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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ARTIGO
Diário da Cuesta
Dom João VI “redescobriu” o Brasil em 1808!
“Foi o único que me enganou!” Napoleão Bonaparte, nas suas memórias escritas pouco antes de morrer no exílio da Ilha de Santa Helena, referindo-se a D. João VI, rei do Brasil e de Portugal. A citação é destaque no livro “1808”, de Laurentino Gomes, edição Planeta, 2007. Ao procurarmos trazer o perfil definitivo de Dom João VI, esse desabafo de Napoleão Bonaparte é marcante. Hoje, praticamente integrada, a colônia portuguesa foi muito importante na formação da Nação Brasileira.
A revista PEABIRU trouxe o histórico da vinda da Família Real para o Brasil Ao fazermos uma interpretação sociológica da vinda da família real e da corte portuguesa para o Brasil Colônia, partindo de Lisboa em 27 de novembro de 1807 e chegando ao Brasil em 22 de janeiro de 1808, não poderíamos cair na análise fácil e caricata dos apressados que estudaram esse evento sem a seriedade e sem a profundidade que ele merece. Sem graçolas e sem arroubos da análise festiva... Aspectos individualizados, posturas ocasionais e desmembradas do contexto histórico levam qualquer interpretação a erro. O que interessa, historicamente falando, é a realidade no contexto final. É a análise imparcial dos fatos e seus resultados. A família real, sob o comando do então príncipe regente, acertou ou errou ao transferirse para a sua principal e mais rica colônia? Foi uma decisão intempestiva e medrosa ou foi uma decisão idealizada e planejada? Foi uma fuga ou foi um recuo estratégico perante um inimigo momentaneamente mais poderoso? Com certeza, hoje, podemos afirmar que a família real acertou ao optar, em 1807, pela vinda para o Brasil Colônia, em uma decisão madura e estratégica. Já em 1580, quando surgiram as primeiras ameaças ao reino é que começou a crescer a hipótese da transferência da sede do reino para a América. Assim, em 1736, 1762, 1801 e 1803 a viabilidade de planos tão ousados quanto antigos foi num crescente na corte portuguesa. No livro “1808”, já citado, temos a afirmação de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, então Chefe do Tesouro: “Vossa Alteza Real tem um grande império no Brasil...Portugal não é a melhor parte da monarquia, nem a mais essencial..” Dom João VI, de personalidade tímida e insegura, soube sempre cercar-se de bons conselheiros que o levaram a um perfil de um soberano bem-sucedido, especialmente quando se analisa as outras casas reais com seus titulares destronados, perseguidos ou mortos pela implacável força napoleônica. A exemplificar esse perfil definitivo de Dom João VI, basta lembrarmos que na vizinha Espanha, cuja casa real aceitou todas as imposições de Napoleão, a desgraça aconteceu: o rei Carlos IV que entregara seu reino sem luta e de forma subserviente viu, em pouco tempo, a traição de Napoleão invadindo a Espanha. Desesperado, ainda tentou preparar os navios para transferir-se para as colônias espanholas na América. A destempo. Tarde demais. Napoleão obrigou a ele e a seu filho e herdeiro, Fernando, que abdicassem a favor de seu irmão, José Bonaparte. A estratégia portuguesa não pode ser imitada pela Espanha. Há 200 anos atrás, o Brasil praticamente não existia como país. As capitanias eram estanques e isoladas: nem comércio comum tinham. Era estratégico: o isolamento das regiões era vital para o colonialismo. No livro citado, esse quadro fica claro: “...Cada capitania tinha o seu governante, sua pequena milícia e seu pequeno tesouro; a comunicação entre elas era precária, sendo que geralmente uma ignorava a existência da outra...” E mais: “...Mantida por três séculos isolada no atraso e na ignorância, a colônia era composta por verdadeiras ilhas escassamente habitadas, distantes e estranhas entre si.”
Quando a corte real portuguesa chegou ao Brasil, em 1808, tudo estava por ser feito. Com uma população quase analfabeta, muito pobre e rústica, o país não era atrativo para nada. Dom João VI iniciou a transformação! Já em sua chegada, em Salvador, criou a primeira escola de ensino superior do Brasil: a Faculdade de Medicina, na Bahia. Em 1811, foi criada a primeira fábrica de ferro, em Minas Gerais. Em 1814, era criada a Real Fábrica de São João de Ipanema (siderúrgica), em Iperó/Sorocaba/SP. Dom João criou outras escolas de “...técnicas agrícolas, um laboratório de estudos e análises químicas e a Academia Real Militar, cujas funções incluíam o ensino de Engenharia Civil e Mineração. Estabeleceu ainda o Supremo Conselho Militar e de Justiça, a Intendência Geral de Polícia da Corte (mistura de Prefeitura com secretaria de segurança pública), o Erário Régio, o Conselho da Fazenda e o Corpo da Guarda Real. Mais tarde, seriam criadas a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional, o Jardim Botânico e o Real Teatro São João...” “... As transformações teriam seu ponto culminante em 16 de dezembro de 1815. Nesse dia, véspera da comemoração do aniversário de 81 anos da rainha Maria I, D. João elevou o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves e promoveu o Rio de Janeiro a sede oficial da Coroa.” (da obra citada). Faculdade de Medicina da Bahia A verdade é que o plano de mudança da sede do Império de Portugal não se limitava à formação de um país, mas, também, a afirmar essa soberania portuguesa no mundo, especialmente perante os adversários europeus, procurando punir e conquistar seus territórios na América: ainda em 1808, forças portuguesas invadiram a Guiana Francesa, que se rendeu sem resistência. Era uma espécie de “troco” à invasão francesa de Portugal... O mesmo ocorreria com a chamada Banda Oriental do Rio da Prata (Uruguai), que foi invadida em represália à postura da Espanha. É Registro Histórico! O historiador português Antônio Ventura, professor da Universidade de Lisboa, definiu com maestria a importância da vinda da família real para o Brasil: “A transferência da corte, afinal, terminou sendo mais importante para o Brasil do que para Portugal. É o seu momento fundador. De 1808 a 1822, o Brasil é o centro da monarquia. E são assim criadas as condições para a independência do país. Costumo dizer aos meus alunos que, em 1822, fazer a independência do Brasil era colher um fruto maduro.” (caderno +mais-nº817/Folha de São Paulo, de 25/11/2007). O historiador mineiro José Murilo de Carvalho (autor do livro “Dom Pedro 2º - Ser ou Não Ser”, Cia das Letras), professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destaca que a unidade territorial é a responsável pelo Brasil de hoje. Carvalho afirma que “...O príncipe dom João podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza não existiria. A colônia se fragmentaria. Como se fragmentou a parte espanhola da América. Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países distintos. É positiva a recuperação das imagens de dom João 6º e de Carlota Joaquina e seu resgate em relação às abordagens caricatas do tipo exibido no filme de Carla Camurati ( “Carlota Joaquina – Princesa do Brazil”, 1995). Sobre a Independência, o importante é discutir como ela se deu. A grande diferença em relação à América Espanhola foi a manutenção da unidade da colônia portuguesa e a monarquia. Daí veio o Brasil de hoje. Se para o bem ou para o mal, é Guimarães Rosa quem decide: “Pãos ou pães, questão de opiniães.” (caderno +mais - nº 817/Folha de São Paulo). Brasil, com sua unidade territorial é a grande herança da vinda da família real portuguesa para a América. Descoberto em 1500 - com certeza -, o Brasil foi REDESCOBERTO em 1808 ! (AMD)
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LEITURA DINÂMICA Vinda da Família Real para o Brasil Comentários:
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- Já havíamos feito trabalhos sobre as imigrações Belga, Japonesa e Italiana, estava faltando a que formou, estruturou e definiu a nossa nacionalidade: a portuguesa! O destino do Brasil estava ligado a Portugal. O nosso descobrimento, em 1500. A nossa Redescoberta, em 1808! Sim, REDESCOBERTA, pois o Brasil passou a ter outro destino após a vinda de Dom João VI e de toda a Corte Portuguesa para o nosso país. De Colônia, passamos a ser sede do Reino Português. Todo o progresso daí advindo ( Faculdade de Medicina, Biblioteca Nacional, os portos abertos, os costumes europeus, a Fábrica de Ferro, etc.) moldou uma Nação Especial: unida, mesma língua, território continental, objetivos definidos que levariam à implantação do Império Brasileiro com Dom Pedro I. E todos sabemos, pois é da nossa história, que D. Pedro I teve que abdicar do trono brasileiro a favor de seu filho D. Pedro II, pois o trono de Portugal, destinado à sua filha, futura rainha D. Maria II, havia sido usurpado por seu irmão D. Miguel. E foi tão carinhoso e determinado o apoio que recebeu da população portuguesa ao desembarcar no Porto, em 1832, que D. Pedro I (D. Pedro IV, em Portugal), deixou expresso que, o seu coração, após a sua morte, ficaria encerrado em uma urna de prata, na Igreja da Lapa, na cidade do Porto. Isso nos dá a verdadeira dimensão dos laços afetivos e cívicos entre Portugal e o Brasil. É Registro Histórico! (AMD);
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- É a EDUCAÇÃO como alavanca para a construção de uma Nação! No dia 18 de fevereiro, portanto poucos dias após a chegado de D. João a Bahia, foi criada a ESCOLA DE CIRURGIA DA BAHIA, proposta pelo médico José Correa Picanço que era cirurgião-mór do Reino e que ficou encarregado da formação do corpo docente da Faculdade de Medicina. E, no dia 2 de abril de 1808, estabeleceu uma CADEIRA DE ANATOMIA (núcleo da futura Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro) no HOSPITAL MILITAR DA CORTE DO RIO DE JANEIRO. Com o estabelecimento de cursos de ensino superior que eram, até então, proibidos na Colônia, os cursos de medicina e cirurgia estabelecidos na Bahia e no Rio de Janeiro foram os primeiros a existirem no país. A criação dessas escolas integrou o processo de institucionalização da medicina no Brasil, iniciado com a vinda da família real. Ao longo do período colonial, o cuidado com a saúde foi uma atribuição partilhada por diversos agentes de cura, como cirurgiões, físicos, sangradores, barbeiros, parteiras e seus aprendizes. A prática da medicina ficava também a cargo da assistência prestada nas enfermarias jesuíticas, nos hospitais da Misericórdia e hospitais militares que, na maioria das vezes, eram a única fonte de assistência médica e fornecimento de medicamentos (carlosantoniomascarenhas@yahoo.com.br);
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- Esse primeiro curso superior no Brasil, recebeu, em 1832, o nome de Faculdade de Medicina da Bahia. Foi instalada onde era o COLÉGIO DOS JESUÍTAS, no TERREIRO DE JESUS, que havia sido fundado em 1553 e que foi a primeira instituição a ministrar curso de nível superior, no caso, a formação de sacerdotes. Em 1808, funcionava no local o HOSPITAL REAL MILITAR DA BAHIA, que foi adaptado para abrigar o ensino da Medicina. É empolgante o registro da chegada da Família Real e da Corte Portuguesa ao Brasil: de Colônia a sede do reino de Portugal! (haroldo.leao@hotmail.com);
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- Jo Sant’Iago (facebook): Um pouco de história do nosso Brasil;
- Regina Marques da Costa (Facebook): Com certeza, hoje, podemos afirmar que a família real acertou ao optar, em 1807, pela vinda para o Brasil Colônia, em uma decisão madura e estratégica; - Djanira Genovez (Facebook): E agora, como fica a nossa História???
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