Edição 643

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ANO III

Nº 643

QUEM É O PAI DO PLANO REAL?

TERÇA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2022

É preciso sempre lembrar que Fernando Henrique Cardoso NÃO é o idealizador do PLANO REAL. O ex-presidente ITAMAR FRANCO é o grande idealizador do PLANO REAL. E FHC sempre procurou NEGAR esse crédito a Itamar. A HISTÓRIA se encarregou de “consertar” essa injustiça: “ÚNICO PAI DO PLANO REAL. Conseguiu eleger o seu sucessor, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso. FHC seria sua terceira opção. A primeira opção era o embaixador Rubens Ricupero, que idealizou o PLANO REAL. Por problemas ocorridos em uma gravação televisiva não espontânea, Ricupero ficou queimado para qualquer embate político. O comentário geral é que Itamar Franco elegeria quem ele quisesse. As más línguas dizem que se ele quisesse ele elegeria até o José Serra... Mas o FHC foi o escolhido. E se elegeu. Conseguiu aprovar a reeleição (rascunho do “mensalão”?). Foi reeleito. Tudo graças ao REAL e à confiança de Itamar Franco.”


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Diário da Cuesta

INGRATIDÃO: 20 Anos do Plano Real esquece o PAI DO REAL!!! Duas imagens guardei de Itamar Franco: o homem simples que ficou muito magoado quando quiseram lhe negar a paternidade do PLANO REAL e a segunda imagem é a do Presidente da República que tem o seu mais próximo Ministro suspeito de ter cometido irregularidades: afastou imediatamente o Ministro até que os fatos fossem devidamente apurados. O Ministro foi absolvido. Quanto ao PLANO REAL, sempre é bom lembrar que em matéria de presidência da república vale aquela brincadeira do Jô Soares: SUB-CHEFE NÃO É CHEFE!!! Não importa que quem idealizou o PLANO REAL foi o competente Rubens Ricupero e nem se o FHC tirou proveito, o PAI DO PLANO REAL só pode ter sido o PRESIDENTE DA REPÚBLICA que era o ITAMAR FRANCO !!! No final do artigo estão os links para os posts que trataram desse assunto na época devida. É muito feio querer se apropriar da obra alheia... O PAI DO PLANO REAL é o então Presidente da República, ITAMAR FRANCO! FHC tem seu mérito, claro, como ministro do presidente Itamar Franco. É isso! A HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL está cometendo essa grave distorção interpretativa: NÃO existe menção a ITAMAR FRANCO como PAI DO PLANO REAL e NEM existe citação de LULA como responsável pelo MENSALÃO ocorrido, sob as “suas barbas”, em seu governo, no governo do PT! A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA terá que CORRIGIR essa interpretação que beira à canalhice...

Coisas da política...

Abaixo, artigo de Carlos Chagas sobre a comemoração dos 20 Anos do Plano Real: Coisas da Ingratidão Carlos Chagas Algum filósofo, quem sabe um santo, pode ser até que um político, terá meditado estar a ingratidão no rol dos maiores defeitos da pessoa humana. Tome-se a reunião solene realizada ontem pelo Congresso para comemorar os vinte anos do Plano Real. Nada contra, não fosse a pouquíssima importância que se deu a quem decidiu acabar com a inflação e colocou em risco seu próprio mandato e sua imagem para a História. Se não desse certo, ele seria o responsável. Fala-se do ex-presidente Itamar Franco. O executor seria o ministro Eliseu Resende, infelizmente demitido dias depois de empossado por haver permitido que uma empreiteira pagasse suas diárias num hotel de Nova York. Coisa naqueles idos rotineira, como mais ou menos hoje. Com Itamar, porém, era na moleira: qualquer auxiliar acusado de irregularidades via-se imediatamente mandado embora. Que fosse defender-se fora do governo, retornando caso declarado inocente. No caso de Eliseu, não houve defesa.

Assim, o então presidente defrontou-se com grave questão: encontrar logo um novo ministro para desenvolver o plano de recuperação econômica ou cair no descrédito. Sem opções, apelou para seu ministro de Relações Exteriores, Fernando Henrique Cardoso, então posto em sossego e conformado em encerrar sua carreira política entre banquetes e coquetéis desimportantes. Não se reelegeria senador e, mesmo para deputado, não parecia fácil. Itamar encontrou o sociólogo numa embaixada em Washington e, em curto telefonema, fez o convite. FHC refugou de imediato. De jeito nenhum. Não era economista e estava muito bem no Itamaraty. Foi dormir certo de haver espantado aquele fantasma descabido e impertinente. De madrugada o telefone toca outra vez, agora no hotel. Itamar de novo, mais ríspido do que o normal, participando ter encaminhado às oficinas do Diário Oficial decreto nomeando Fernando Henrique ministro da Fazenda. Era acatar a disposição ou demitir-se do ministério das Relações Exteriores. De volta no avião, aliás, de carreira, não demorou muito para absorver a nova situação e veio pensando como desatar aquele nó monumental. Pensou primeiro em Pedro Malan, depois em José Gregori e enfim naquele grupo de cabeludos do Departamento de Economia da PUC do Rio. Desembarcou entregando seu futuro a Deus, mas logo reuniu a equipe. Em poucos dias fluíram as sugestões tidas por muita gente como doidinhas, a começar pela mudança no nome da moeda. De cruzeiro para real. Não se pode tirar de Fernando Henrique o mérito de ter enfrentado o desafio e de submeter-se às propostas do grupo recém formado. Claro que pensou na hipótese de, diante do êxito, transformar-se em candidato presidencial. Quem tomou a decisão fundamental, porque política, porém, foi o presidente Itamar Franco.Nem ele nem o novo ministro da Fazenda entendiam de economia. Sendo assim, soou um pouco estranha a homenagem prestada pelo Senado por iniciativa de Aécio Neves, que centralizou em Fernando Henrique Cardoso as lantejoulas, confetes e serpentinas pelos vinte anos do Plano Real. Se Itamar não foi esquecido, viu-se ao menos posto em cone de sombra. Coisas da ingratidão… (Blog da “Tribuna na Internet” – 26/02/2014)

Eis um resumo do testemunho do ex-presidente Itamar Franco, poucos dias antes de seu passamento, publicado na íntegra no blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim: “Para mim, Ricúpero [Rubens, ministro da Fazenda] é o principal sacerdote do Plano Real. Mais tarde tivemos ajuda, e grande, do ministro Ciro Gomes. Naquele momento, isso é o que o povo brasileiro não sabe, se for ler a história do real […], é o senhor Pedro Malan [exministro da Fazenda]; senhor Pérsio Arida [ex-presidente do Banco Central], não sei mais quem…”. Prossegue Itamar Franco: “De repente, até parece que foi o doutor Cardoso [FHC] que assinou a medida provisória [do Plano Real]”. FHC deixou o governo em março e o Plano Real foi em julho de 1994 !!! “Ele tinha assinado a cédula [como ministro da Fazenda] e eu errei deixando que assinasse. Constitucionalmente, não podia”, lamentou Itamar. O ex-presidente finalizou o depoimento com uma frase perturbadora para FHC: “Ele entende de economia tanto quanto eu. Talvez eu entenda mais”.


Diário da Cuesta

3 Maria De Lourdes Camilo Souza

“Agora é preciso coragem para ter esperança. Antes nós sonhamos uma pátria porque éramos sonhados por essa mesma pátria. Agora, queremos pedir a essa grande mãe que nos devolva a esperança. Mas não há resposta, a mãe está calada, ausente. A única coisa que ela nos diz é que ela teve voz enquanto nós fomos essa voz. Enquanto nos calarmos, ela permanecerá no silêncio. O que significa que precisamos de recomeçar sempre e sempre. Há que inventar uma outra narrativa, viver uma outra crença. A verdade é esta: somos nós que temos de ir dando à luz uma mãe. Só somos parentes, pátria e cidadão, numa relação alimentada grão a grão, gota a gota.” Mia Couto

Nos últimos dias paro, inspiro, expiro, elevo o pensamento, procuro ver os sinais, olho a volta; a vida segue quase normal. Sabemos lá no fundo que nada será como antes. Só minha intuição, aquela velha vozinha teimosa que se insinua, reverbera, e me diz todos os dias: paciência, esperança, falta pouco... Um pequeno sinal ou outro me deixam triste, sem chão. Mas aquela voz não me deixa esmorecer, porque? Acho que é a minha ancestralidade, vem daquela velha linhagem que me sussurra “ não deixa a peteca cair, o Plano Divino vai se cumprir” é por esse motivo que estamos aqui. Então coragem vamos erguendo a voz e principalmente a nossa luz porque é ela e o grande Amor por esta Pá-

tria com que vamos extirpar as trevas. Levanta Gigante, endireita a coluna, olha sempre para a frente. Cada qual unindo as mãos em preces, juntando a melhor energia amorosa, elevando o ânimo sempre para cima para o alto porque desta luta seremos exemplo para o mundo. Todos os olhos estão sobre nós. Outros povos subjugados já elevam sua voz e extraem da nossa energia a força para também lutar pelas suas liberdades. É aqui e agora. Os corvos gralham rindo-se. “Os manés esperam a ajuda dos extraterrestres, perdeu mané!” Mal sabem que realmente as naves deles estão ancoradas pelos nossos céus. A ajuda veio de cada canto do universo e só esperam o momento, o sinal do Onipotente para começar a grande batalha do Bem contra o Mal. A mãe não está muda. Apenas protege os filhos e os prepara, ensina, abre os olhos: acorda é chegado o tempo. O tabuleiro está pronto, podem mover as primeiras peças brancas.

VOCÊ SABIA?

Que teria sido brasileiro o famoso herói inglês que marcou presença na Primeira Grande Guerra Mundial? Teria sido botucatuense esse herói? Teria nascido na Cuesta de Botucatu esse herói que encantou gerações com sua bravura e idealismo? A Revista Peabiru apresentou minucioso estudo sobre a trajetória desse herói mundial. Na história ou na “lenda” de Lawrence da Arábia, temos como berço natal do herói a Cuesta de Botucatu, mais precisamente, a Fazenda do Conde de Serra Negra, localizada em Vitoriana. Verdade ou lenda ?!? Segredo guardado ou sonho “botucudo” surgido antes da virada do século passado?!? Mas fica – com certeza! – a imagem positiva e heroica de Lawrence da Arábia: um brasileiro nascido na CUESTA DE BOTUCATU.

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

WEBJORNALISMO DIÁRIO

Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Esportes

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Lucas Nogueira

Brasileiros beliscam pódio no Rotax Max Grand Finals em Algarve Nove kartistas representaram o Brasil na Final de Kart Rotax em Portimão

No último sábado (26), ocorreu no Kartódromo Internacional do Algarve, onde cinco brasileiros participaram ativamente na busca pelo pódio. Dentre os pilotos brasileiros, estavam dois ex-pilotos de F1 (Rubens Barrichello e Antonio Pizzonia), outros quatros brasileiros que conquistaram a vaga com o Brasileiro de Kart Rotax (André Nicastro, Giuliano Raucci, Gustavo Bonk e João Cunha), além de Tito Giaffone, Eduardo Barrichello e Fernando Guzzi. Fernando Guzzi disputou sua 10a edição e foi o melhor brasileiro na disputa. Recebeu a bandeira quadriculada na 4a colocação na categoria DD2 Master, apenas três segundos atrás do campeão, o lituano Kristaps Gasparovic. João Cunha finalizou a prova em 31o, pois se envolveu em um incidente de corrida na nona volta da corrida decisiva. No ano passado o piloto finalizou em 3o. Eduardo Barrichello correu na categoria

Sênior, largando em oitavo na final e finalizando na quinta colocação, ficando 1,4 segundos atrás do campeão, o britânico Callum Bradshaw. Raucci competiu na categoria Sênio também, no entanto, por conta de ter se envolvido em um incidente durante umas das classificatórias, largou na 23a posição na final. O piloto teve uma boa corrida de recuperação, recebendo a bandeirada em sexto colocado, no entanto recebendo duas penalizações de 5 segundos e finalizou na 21a colocação. Estreante na Rotax Max Finals, Gustavo Bonk animou muitos os brasileiros presentes, tendo como resultado principal um 4o lugar em uma das classificatórias. Bonk largou na 20a posição e finalizou a prova na 21a posição. Barrichello, Tito Giaffone e André Nicastro não chegaram a final.


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