Edição 644

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ANO III

Nº 644

WINSTON CHURCHILL

QUARTA-FEIRA, 30 DE NOVEMBRO DE 2022

Winston Churchill, nascido em 30 de novembro de 1874, foi um político britânico e a figura política mais significativa de todo o Reino Unido no século XX. Foi primeiro-ministro em duas ocasiões, uma delas durante a Segunda Guerra Mundial, quando atuou como líder de seu país na luta contra a Alemanha Nazista. Churchill pertencia a uma família aristocrata, teve formação militar, participou em conflitos em Cuba, África do Sul, Sudão e Índia, e ingressou na política em 1900. Foi parlamentar britânico por praticamente toda a sua vida. Faleceu, em 1965, em consequência de um derrame cerebral. Página 2

Conquista do Bairro A Vila dos Lavradores, o tradi-

cional Bairro da Estação, conseguirá a tão sonhada revitalização do Hospital do Bairro ( Hospital Sorocabana). A Prefeitura Municipal de Botucatu já publicou a licitação no valor de 19 milhões para a reforma completa do prédio, inclusive com a recuperação do Centro Cirúrgico. Parabéns!

Caio participou de um dos maiores eventos de mobilidade elétrica e energias renováveis do Brasil A Caio participou do evento “Ampère:Ecossistema de Mobilidade Elétrica do Brasil”, que aconteceu no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. O evento teve como propósito fomentar soluções para melhorar a mobilidade urbana, a partir de tecnologias baseadas na indústria de carbono neutro.


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Diário da Cuesta

As palavras de Churchill ajudaram na vitória dos aliados na Segunda Guerra?

Churchill é conhecido por seus discursos memoráveis: “Não tenho nada a oferecer senão sangue, trabalho, lágrimas e suor”. Em seu discurso inaugural como primeiro-ministro do Reino Unido, em 1940, Winston Churchill apontou como as palavras teriam papel importante, durante sua liderança, no enfrentamento a Hitler e à Segunda Guerra. Este e outros discursos memoráveis de Churchill testemunham a importância dada pelo estadista à retórica. Com apenas 22 anos, por exemplo, ele escreveu: “De todos os talentos concedidos aos homens, nenhum é tão precioso como a graça da oratória. Quem dela desfruta possui um poder mais duradouro do que o de um grande rei”.

A informalidade não era uma característica de Churchill - na verdade, ele gastava muito tempo preparando e treinando a sua fala. Era uma forma de superar seu nervosismo em falar publicamente, algo que ele sentiu desde cedo. Diferente de muitos políticos modernos, Churchill não contava com redatores de discursos. Ele era o dono de sua palavra, defendendo que “a história será gentil comigo, porque eu pretendo escrevê-la”. Ele foi um grande escritor, ganhando o prêmio Nobel de Literatura em 1953. Entre seus métodos revelados, estava escrever o texto em formato de salmos. As passagens fraseadas o ajudavam a manter uma cadência na fala, entremeada por um ritmo próprio e pausas dramáticas. Ele também usava uma linguagem emotiva e metáforas, além de estimular fortemente a imaginação dos ouvintes - quase simulando a presença destes no campo de batalha. Ele dominava ainda a arte da aliteração (repetição em sequência de algum fonema), frequentemente repetindo as palavras mais sonoras para maximizar o impacto. Lawrence da Arábia Possuidor de grande cultura, Lawrence escreveu o livro “Os Sete Pilares da Sabedoria”, no qual narrou com o coração a sua participação no movimento nacional árabe contra a opressão turca. Do livro, a sentença maior e definitiva foi dada por Sir Winston Churchill: ”Um dos maiores livros já escritos na língua inglesa...” Pertence aos clássicos da Literatura do Império Britânico...

Língua presa Churchill odiava a sua língua presa quando estava na escola, tentando eliminá-la com exercícios. Mas, quando já era primeiro-ministro, ele percebeu que a característica poderia ser uma arma no esforço de guerra - dando-o uma marca autêntica em transmissões de rádio. Então, suas dentaduras eram confeccionadas de forma a preservar a língua presa. Um orador disciplinado Quando Churchill se tornou primeiro-ministro, ele logo reconheceu a importância da oratória em inspirar uma nação em guerra. Inicialmente, ele enfrentou críticas sobre sua oratória e vocabulário, frequentemente vistos como antiquados. Mas eventos traumáticos durante o verão de 1940 levaram o drama a um nível que foi ao encontro da prosa do estadista.

EXPEDIENTE

Winston Churchill fala em Paris, em foto de 1936; estadista sempre fez questão de fazer seus próprios discursos, abrindo mão de redatores DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

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A GRANDE FARSA: ALIENAÇÃO CABOCLA Crispim - formavam a alta cúpula do PCB, e, acreditando-se donos da bola, isto é, do pensamento brasileiro, resolveram, com mão de ferro, orientar nossa política. Alguns deles foram eleitos para a Câmara Federal, para as Assembleias Legislativas, e, até, para o Senado. Deposto Getúlio, em 45, tiveram mesmo o desplante de apresentar um candidato à Presidência da República. Foi quando Prestes, Senador, declarou, em nome do Partido que, entre o Brasil e a URSS, ele estaria com esta, mesmo em caso de guerra.

Além de traidor, canalha!

Ao concluir-se a Primeira Grande Guerra, já a doutrina do “Manifesto Comunista de 1848” lançara bases em nosso País. Antigos anarquistas alienígenas, mal o entendendo - e mesmo contradizendo a filosofia do libreto - iniciaram movimentos de greves, de que a de Santos, em 1919 não foi a menor expressão, e fundaram o Partido Comunista Brasileiro. Na realidade, porém, o partido tomou consistência quando Luiz Carlos Prestes, antigo católico de comunhão diária, depois positivista ferrenho, se apaixonou pelas doutrinas, lidas em trabalhos de Lênin, do barbudo que está enterrado em Londres. Certo de que tinha nas mãos os operários. os camponeses e grande parte das Forças Armadas, (triste ilusão) organizou o levante de novembro de 1935 em que Agildo Barata - então Capitão do Exército Nacional traindo seu juramento, sua formação e a Pátria, assassinou, friamente, enquanto dormiam, seus colegas de farda, no quartel do III Regimento da Praia Vermelha. Já a essa altura, um grupo de marginais da sociedade Diogenes Arruda, João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar, Carlos Marighella, José Maria

Hoje, todos conhecemos o que seja a atuação do PCB, do PC do Brasil, e de todas as “linhas” comunistas: máoistas, cubistas, marighellistas, prestistas, e de outras linhas e linhetas. Mas, o que admira e dói, não é ver profissionais da subversão fazendo subversão, nem marginais da política fazendo baderna. O que dói é ver gente que finge ser democrata e cristã pregando a luta de classes, a tomada violenta do poder, a subversão da ordem constituída, a destruição de nossa civilização. Querem ser os “che” Guevaras do Brasil, sem terem a coragem de internar-se nas selvas brasílicas, para a realização de seus sonhos. Preferem o púlpito, a imprensa, o teatro, as cátedras universitárias, os barzinhos chiques, a doutrinação dos moços despreparados. (AMD – do livro “A Juventude: Participação ou Omissão”, Edijor, 1970)


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EMOÇÕES SOB AS MÃOS E OS PÉS NANDO CURY

Entre as mãos e os pés existimos. Em cima as mãos, independentes, arrojadas, pegadoras, espalhafatosas-indicadoras. Em baixo os pés, plantados, apoiadores, andadores, conduzidos-condutores. Pelas mãos e pés, apuramos mais o sentido do tato, que nos responde pelo quente, frio, pelo áspero, macio, pelo reto ou ondulado. Dedos superiores e mãos sempre livres, abertos e fechados, prontos para realizar centenas de tarefas. Dedos inferiores e pés geralmente presos e cobertos por nossos calçados, a orientar nosso caminhar e direção. Mãos foram feitas para o trabalho. Trabalho de toda a ordem. Desde os tempos mais remotos, com nossos ancestrais, usando-as para sobreviver. Através da caça, da pesca, da descoberta do fogo esfregando duas pedras ao lado de gravetos. Construindo moradias em pau, em pedra, em barro, depois muros, castelos, fortalezas para se proteger de ataques diversos. Para poder domar as águas, no transporte fluvial ou marítimo, esculpindo árvores tombadas e transformando-as em canoas e naus. Criando roupas e cobertas para se proteger do frio e do calor. Esportes tradicionais e radicais se praticam com as mãos e os pés. As artes dependem das habilidades das mãos e dos pés. Celulares, computadores, carros e tantos outros equipamentos funcionam sob o comando das mãos e dos pés. Palmo a palmo, toque a toque, em segundos e minutos, manipulamos coisas e realizamos atividades. Passo a passo, nossos pés nos ajudam a percorrer caminhos. E nos colocam frente a frente aos trabalhos, diversões, eventos de toda a ordem. No final do dia nos conduzem ao sofá para relaxar em frente da TV. E finalmente até a cama para repousar. Entretanto, nosso cotidiano corrido está ligado

no automático. E poucas vezes nos lembramos de agradecer às mãos e aos pés, com ao menos uma massagem ou uma passada de creme, pelo cumprimento de suas importantíssimas funções. Aproveitando que nossas emoções passam com frequência pelas mãos e pés, para não trocar os pés pelas mãos, não entrar na contra-mão e nem ficar no contra-pé, vamos rapidamente pedir uma mãozinha temática aos discos de compositores. Até os anos 60, os namoros eram oficializados quando a garota autorizava o garoto a pegar na sua mão, para passearem nas ruas ou assistirem juntos a uma sessão de cinema. Em 1963 uma música oficializava esse ritual. E abria as portas do mercado americano para uma banda inglesa chamada The Beatles. Era “I wanna hold your hand “ (Lennon & McCartney).”Oh, yeah, I’ll tell you something. I think you’ll understand. When I say that something. I want to hold your hand.I want to hold your hand. I want to hold your hand. Oh, please, say to me. You’ll let me be your man. And, please, say to me. You’ll let me hold your hand. Now let me hold your hand. I want to hold your hand.” Nos anos 70, Belchior lembra desta situação romântica em Medo de Avião (Belchior).” Foi por medo de avião. Que eu segurei pela primeira vez a tua mão. Agora ficou fácil, todo mundo compreende. Aquele toque Beatle. “I wanna hold your hand”. Ter o pé quente é ter sorte na vida. Mas, também a sabedoria indica que manter a cabeça fria ajuda muito na hora das decisões. É o que parece recomendar a letra de “Pé quente, cabeça fria”, (Gilberto Gil), lançada pelos Doces Bárbaros (Caetano, Gil, Gal e Bethânia), no álbum duplo de 1979.” Pé quente, cabeça fria (dou-lhe uma). Pé quente, cabeça fria (dou-lhe duas).Pé quente, cabeça fria (dou-lhe três).Saia despreocupado. Você pode conquistar o mundo dessa vez.” Estrada do sol é uma parceria de Tom Jobim e Dolores Duran. Das muitas ótimas gravações, escolho a de Gal Costa, do disco Gal Tropical, de 1979 para representa-la. “É de manhã vem o sol. Mas os pingos da chuva que ontem caíram. Ainda estão a brilhar. Ainda estão a dançar. No vento alegre que me traz esta canção... Me dê a mão vamos sair pra ver o sol.” Mulher (sexo frágil), composta por Erasmo Carlos e Roberto Carlos, e famosa na voz de Erasmo Carlos em 1981, resgata a comparação “chegar aos pés de alguém”. Na delicadeza dos seus versos traz uma homenagem direta à Narinha, primeira mulher de Erasmo, que aparece na capa do álbum. “Mulher, mulher. Do barro de que você foi gerada. Me veio inspiração. Pra decantar você nessa canção. Na escola em que você foi ensinada. Jamais tirei um dez. Sou forte mas não chego aos seus pés.”. EXPERIMENTE: segunda-feira, após o meio dia, acesse o podcastmais.com.br, entre no Semônica e ouças as músicas de EMOÇÕES SOB AS MÃOS E OS PÉS.


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