A raiz de Botucatu
Aprendemos que o município de Botucatu teve sua origem no município de Sorocaba É quase isso. Na verda de, o município de Sorocaba deu origem a alguns novos mu nicípios, entre eles, o de Itapetininga O município de Itape tininga, por sua vez, também deu origem a novos municípios, entre eles, aí sim, o de Botucatu
Em termos de Região, Sorocaba ostenta a primazia de ser o Decano de nossos municípios. O Estado de São Pau lo, em verdade, teve Sorocaba como sua décima primeira Freguesia, criada em 1661, tendo sido precedida, pela or dem, pelas Freguesias de Jundiaí (1655), Itu (1654), Guara tinguetá (1651), Taubaté (1645), Iguape (1620), Mogi das Cruzes (1611), Ubatuba (1600), Cananéia (1600), São Pau lo (1554) e a de São Vicente (1532). Depois de São PauloCapital da Província - a que mais progrediu e se desenvolveu foi Sorocaba Apenas a título de desenharmos o cenário histórico das Freguesias que constituiram o Estado de São Paulo, iremos relacionar as 11 primeiras Freguesias já cita das e que tem Sorocaba como sua 11ª Freguesia. Ao depois, daremos os 5 principais municípios (raiz) que se originaram de Sorocaba
1. SÃO VICENTE - Antiga Engaguaçú, fundada por Mar tin Afonso de Souza, em 22 de janeiro de 1532.
2. SÃO PAULO - Fundada por Mem de Sá, em 25 de janeiro de 1554. Existia, circundada pelos vastos campos de Piratininga, a povoação de Santo André, fundada por Martin Afonso de Souza, em 1552, a dez léguas para o interior da Capitania de São Vicente.
Em 1553, foi elevada à categoria de Vila, por Thomé de Souza. Em 25 de janeiro de 1554, os jesuítas fundaram, pou co aquém daquela vila, a Capela do Colégio de São Paulo, o que deu ensejo a uma nova e crescente povoação. Em Carta Foral, de 5 de setembro de 1558, Mem de Sá transferiu a Vila de Santo André para a povoação de São Paulo. Pela Carta Régia, de 24 de junho de 1711, São Paulo foi elevada à cate goria de Cidade.
3. CANANÉIA - Fundada por Pedro Lopes de Souza, em 13 de julho de 1600, que elevou o antigo «Porto dos Tupis» à categoria de Cidade com o nome de Cananéia
4. UBATUBA - Antiga «Aldeia dos Tamoyos”, dundada em 1600. Elevada à categoria de Vila pela Donataria de Ita nhaém, Dona Mariana de Souza Guerra, Condessa de Vimiei ro.
5. MOGI DAS CRUZES - Fundada por Dom Luiz de Souza, que a 17 de agosto de 1611, elevou-a à categoria de Vila.
6. IGUAPE - Fundada por Dona Mariana de Souza Guer ra, Donataria de Itanhaém, logo após ter elevado à categoria de Vila a freguesia de Itanhaém.
7. TAUBATÉ - Antiga «Aldeia de Itaboaté”. Primitiva po voação fundada por Jacques Felix, em 20 de janeiro de 1636. Elevada à categoria de Vila pela Provisão de 5 de dezembro de 1645, da Condessa de Vimieiro.
8. GUARATINGUETÁ - Fundada em 1650, por Dom Dio go de Faro e Souza, que elevou-a à categoria de Vila a 13 de fevereiro de 1651.
9. ITU - Fundada por Domingos Fernandes, em 1610, foi elevada à categoria de Vila pela Provisão de 18 de abril de 1654, do Conde Montesanto, Donatário de São Vicente.
10. JUNDIAÍ - Freguesia fundada com o nome de Nossa Senhora do Desterro de Jundiaí. Por Carta Foral do Conde de Montesanto, a 14 de dezembro de 1655, foi elevada à cate goria de Cidade, com o nome simplicado de Jundiaí.
11. SOROCABA - Fundada em 1634, com o nome de Capela de Nossa Senhora da Ponte, tendo sido elevada a município pela Provisão a 3 de março de 1661, do Capitão General Salvador Corrêa de Sá e Benevides.
Em sequência, agora surgindo da RAIZ MÃE de Soro caba, temos:
1. SOROCABA - Quando de sua elevação a Município, em 1661, contava Sorocaba com inúmeros Distritos que fo ram se desagregando à medida de suas emancipações políti cas, desde 1769, a saber:
a. FAXINA, hoje ITAPEVA , pela Portaria de 29 de se tembro de 1769;
b. ITAPETININGA , a 11 de março de 1771;
c. APIAÍ, a 10 de agosto de 1771;
d. PIEDADE, a 24 de março de 1857;
e. UNA, a 7 de abril de 1857;
f. CAMPO LARGO, pelo Decreto nº 2695, de 5 de no vembro de 1936.
2. ITAPETININGA ( 2ª raiz) - Depois do Município de So rocaba que se tornou um grande centro industrial, o único de seus distritos desmembrados que prosperou admiravelmen te, foi o de Itapetininga.
Nasceu Itapetininga com a povoação fundada pelo Al feres Domingos José Vieira, em 1766. Pela Carta Foral de 8 de outubro de 1770, foi elevado à categoria de Vila e a 11 de março de 1771, pela provisão de Dom Luiz Antonio Botelho de Souza Brandão, foi instalado seu Município que chegou a agregar nada menos que 22 distritos e vilas. Muitos destes progrediram, mas somente 13 anos após é que se deu iní cio aos desmembramentos, tendo se desligado até o ano de
HISTÓRICO DOS DESMEMBRAMENTOS DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE SOROCABA
Sorocaba Itapetininga Apiaí Campo Largo Faxina Piedade Una
Itapetininga Botucatu Angatuba Capão Bonito Guareí
São Miguel Arcanjo Sarapuí
Botucatu
Lençóis Sta. Bárbara do R. Pardo Avaré Bofete Pirambóiia São Manoel
1890, os seguintes:
a. TATUÍ, em 1844;
b. ANGATUBA, em 1851;
c. BOTUCATU, em 1855; d. CAPÃO BONITO, em 1857;
e. SARAPUÍ, em 1872;
f. GUAREÍ, em 1880;
g. SÃO MIGUEL ARCANJO, em 1889.
3. BOTUCATU ( 3ª raiz) - Dos sete Distritos desmembra dos de Itapetininga, o que mais se desenvolveu foi Botucatu. Dotada de clima muito bom, nasceu a «Freguesia do Cimo da Serra», a 19 de fevereiro de 1846. Para ali afluíram políti cos influentes, bons educadores, alguns jesuítas, criando-se bons Colégios, Seminário, Bispado e o primeiro Serviço do Correio para toda a região. A Lei nº 17, de 14 de abril de 1855, de José Antonio Saraiva, elevou a “Freguesia do Alto da Serra” à categoria de Vila, com o nome de Botucatu. Em 16 de março de 1876, foi elevada à categoria de cidade pela Lei nº 18. Como centro importante, Botucatu contava com 16 a 18 distritos e vilas, quando os mais progressistas deram início às emancipações e que foram os cinco primeiros:
a. LENÇÓIS, em 1865;
b. AVARÉ, EM 1875;
c. BOFETE, em 1885;
d. SÃO MANOEL, em 1885;
e. PIRAMBÓIA, em 1890.
4. LENÇÓIS ( 4ª raiz) - Dentre os cinco municípios que se desmembraram de Botucatu, dois deles desenvolveram -se com admirável rapidez: São Manoel e Lençóis São Ma noel, posto que com maior impetuosidade tornou-se cidade e sua densidade demográfica deve-se à proximidade com a sede da Comarca - Botucatu - que já contava com excelentes recursos. Como é de acontecer, por este mesmo motivo, São Manoel foi beneficiado apenas no sentido urbanístico, tendo cerceado o seu desenvolvimento rural e a sua ampliação ter ritorial pelas próprias divisas “maternas”
Lençóis, por seu turno, dotado de excelentes aguadas, marginadas por extensas faixas de terra roxa apurada, ofe recia duas fontes agrícolas: café e cana-de-açúcar. A Fregue sia do “Bairro de Lençóis” foi criada pela Lei nº 36, de 26 de abril de 1858 e elevada à categoria de Vila, a 26 de abril de 1863, por João Crispiano Soares. Hoje, com a denominação de Lençóis Paulista.
Contava com mais de 10 grandes e valiosos distritos e vilas:
a. ESPÍRITO SANTO DO TURVO, em 1875;
b. SANTA CRUZ DO RIO PARDO, em 1876;
c. SÃO PEDRO DO TURVO , em 1876;
d. SANTA BÁRBARA DO RIO PARDO, EM 1876;
e. BAURU, em 1887;
f. PEDERNEIRAS, em 1891;
g. AGUDOS, em 1906;
h. BOCAIUVA, em 1924.
Quase todos estes novos Municípios são hoje grandes e importantes comarcas sem, contudo, poderem se compa rar com expressivo progresso da «cidade sem limites» que é Bauru.
5. BAURU ( 5ª raiz ) - Bauru foi a unidade que mais progrediu das desmembradas de Lençóis Paulista A antiga freguesia Espírito Santo da Fortaleza, foi criada pela Lei nº 61, de 12 de abril de 1880 e elevada à Município pela Lei nº 69, de 2 de abril de 1887. Incorporada a este Município existia a povoação de Bauru Distrito de Paz, criado pela Lei nº 209, de 30 de agosto de 1893. A 1º de agosto de 1896, o Muni cípio Espírito Santo da Fortaleza transferiu a sua sede para a povoação de Bauru que, nesta data, tornou-se Município, por força da Lei nº 428, do Senhor Doutor Manoel Ferraz de Campos Salles.
Apesar de circundada por terras pobres e arenosas, a cidade de Bauru abrangia amplos horizontes, onde se des cortinavam regiões esplêndidas, com os melhores índices de terras apuradas para o plantio do café. Além disso, dois fatos importantes possibilitaram a Bauru o seu grande progresso:
1. a convergência das duas artérias ferroviárias, a Soro
Lençóis Bauru Agudos Bocaiuva Espírito Sto. do Turvo Pederneiras Sta. Cruz do R. Pardo
Bauru Pirajuí Avaí Presidente Alves Penápolis Piatã Piratininga
Pirajuí Lins Balbinos Cafelândia Guarantão Pongaí Uru
cabana e a Paulista.
2. o desligamento de uma extensa faixa dos Sertões do Avanhandava, que pertencia à Comarca de São José do Rio Preto e que pelo Plano Quinquenal, atendendo à divisão natural oferecida pelo histórico Rio Tietê, transferiu para a Comarca de Bauru.
O Município de Bauru foi instalado a 1º de janeiro de 1889, possuindo mais de 10 distritos e vilas, sendo que foram os seguintes a se desmembrarem, de 1910 a 1919:
a. PIRATININGA, em 1910;
b. PIATÁ, em 1912;
c. PENÁPOLIS, em 1913;
d. PIRAJUÍ, em 1914; e. AVAÍ, em 1919;
f. PRESIDENTE ALVES, em 1919.
6. PIRAJUÍ (6ª raiz) - Nos primórdios do séc. XX, a Es trada de Ferro Noroeste do Brasil instalava, a pouco mais de 70 Km de seu ponto inicial (Bauru), a estação de Toledo Piza, com um Posto Residencial Ferroviário. Na mesma época era criado o Distrito Policial de Pirajuí, distante uns 4 Km da es tação. Graças à fertilidade de suas terras, Pirajuí progrediu, sendo elevado a Distrito de Paz pela Lei nº 1.106, de 2 de dezembro de 1907 e a Município pela Lei nº 1428, de 3 de dezembro de 1914, passando a contar com os seguintes Dis tritos:
a. CAFELÂNDIA, em 1919; b. CORREDEIRA, em 1922; c. GUARANTÃ, em 1924; d. PONGAÍ, em 1927; e. URU, em 1934; f. BATALHA, em 1934; g. BALBINOS, em 1935.
Em 1919 e 1925, respectivamente, perdeu Pirajuí os seus maiores Distritos. Foram emancipados Lins,e em 1919 e Cafelândia, em 1925.
A «célula mater” de nossa região é Sorocaba Dela par tiram os desmem-bramentos que propiciaram a que tantos Municípios florescessem e ajudassem a construir a história da brava gente paulista.
Sorocaba era a porta de entrada e conquista do sertão paulista. São conhecidas as partidas de tropeiros de Soroca ba em direção à longínqua Botucatu, e daí, seguindo até o norte do Paraná e sul de Mato Grosso.
Sorocaba era conhecida como a «Manchester Paulista”, em uma referência à tradicional cidade industrial inglesa. Não é à toa que Sorocaba se orgulha de ser sede dos dois maiores impérios industriais surgidos em nosso Estado e no Brasil :
As Industrias Reunidas Francisco Matarazzo - IRFM e a Votorantim, ambas fruto do trabalho e iniciativa de dois imigrantes: o Conde Francesco Matarazzo e o Comendador Antonio Pereira Ignácio O primeiro, italiano e o segundo, português.
Pelo gráfico que acompanha este artigo , para ilustrar os desmembramentos ocorridos, pode-se notar que dos muni cípios originados de determinado tronco, nem todos deram origem a novos municípios. Da mesma forma, os municípios citados em cada Tronco não são os únicos que surgiram e, sim, os primeiros. Por exemplo, não vemos citado o muni cípio de Itatinga que, posteriormente, desmembrou-se do de Avaré e nem o município vizinho de Anhembi, que des membrou-se do de Porangaba e nem o de Pardinho, à época Distrito do Espírito Santo do Rio Pardo, que desmembrou-se do de Botucatu
Era absolutamente necessário que fizessemos o levan tamento criterioso da origem do Município de Botucatu , e da mesma forma, do cenário histórico em que estava si tuado. Para tanto, nossa pesquisa foi desde o manuseio de documentos na Biblioteca «Mário de Andrade», referentes a constituição dos municípios paulistas, passando pela Enci clopédia Municipalista e, com destaque, na obra ricamente elaborada pelo Prof. Nelson Toledo Martins, um dos pionei ros da educação na cidade de Lins (atualmente, a Delegacia Regional de Ensino de Lins, leva seu nome), que publicou, em 1972, o livro “Lins: Origem e Tronco” (AMD)
Diário da Cuesta 3
O dia em que um Disco Voador parou Botucatu
moradores, e entre eles, apareceu um casal e três meninos, que haviam avistado o estranho objeto e levaram o repórter e o fotógrafo, rapidamen te, para perto do lugar de “pouso”. Ali já estava um aglomerado razoável de pessoas. Comentando, olhando, apontando.
Diz a matéria veiculada em 07 de julho de 1968, um domingo, que ha via no lugar três buracos “que poderiam ser o tripé de apoio do objeto” e a uma distância entre os sinais, dois outros afundamentos na areia, a que “logo imaginaram ser a escadinha” para possíveis desembarques.
***
Como tudo aconteceu?
OVNI já pousou em Botucatu
…nós nada podemos afirmar com absoluta certeza ,nem mesmo que a tripulação do disco voador não tenha deixado algum elemento disfar çado entre nós…
Passava do meio dia (12h30 precisamente), em 1 de julho de 1968, uma segunda-feira, quando um traço de fumaça branca cruzou os céus da cidade, interrompido de tanto em tanto. A cidade imaginou, logo, tratar-se de um avião a jato E não se falou mais nisso até que… “Um disco voador pousou aqui em Rubião”. Foi assim que a notícia chegou à redação do Correio de Botucatu e Rádio Emissora de Botucatu, no velho edifício da Marechal Deodoro.
Tratava-se, de fato, de alguma coisa que deixara um rastro de fumaça branca e lambera os telhados de um casario antigo, nas bordas do atual campus da Unesp, tentando escapar da visão de alguns moradores, que o haviam flagrado.
O campus, àquela época, resumia-se ao prédio do antigo sanatório para tuberculosos, transformado na primeira unidade de ensino superior de Botucatu, denominada FCMBB e ao seu redor, nas imediações, um ca sario antigo dispunha-se em fileira, ao exemplo das antigas colônias de lavradores.
Ali moravam alguns funcioná rios e seus familiares, como tam bém alguns prestadores de servi ços temporários do conjunto de nossas três primeiras faculdades: Medicina, Veterinária e Biologia. E como já era 1968, também Agro nomia.
Pois foi exatamente ali que pousara, misteriosa e anonima mente, o artefato voador, e dali alçara vôo, em rasante sobre os telhados das singelas casinhas de duas águas, que se postavam umas ao lado das outras, deixando atôni tos todos que o haviam visto.
E foi dali que chegou o alarme na redação do jornal e da emissora de rádio.
***
Pra lá, con
clamou o Plínio. E pra lá foi o repórter Nenê Meluso, que depois, muito depois, viria a ser juiz da Comarca de Araraquara e hoje dá nome ao Terminal de Ônibus Interurbanos da cidade. Levou junto o fotógrafo Ca ricati, autor das únicas fotos que existem dos fatos. Àquela época não era fácil chegar até Rubião Junior. Ou se ia de trem, o que demandava ir até a Estação e esperar pelo horário para “cima”, ou então se enfrentava duas estradinhas de chão batido, que serpenteavam pela periferia mais distante da cidade, intransitáveis nos dias de chuvas; uma saindo da Vila Santana e varando os campos até atingir o atual Jar dim Tropical, e outra saindo da Vila dos Lavradores e fazendo uma trajetória da hoje Av. Dante Delmanto, para depois, por trás da atual Caio/Induscar varar morros do, também atual, Jardim Centenário. Quando ali chegaram foram logo cercados pelos
Mas o repórter não viu! Porém, teve quem tivesse visto e, assim, a ma téria descreveu em detalhes o encontro da moradora e dos dois meninos com o objeto não identificado, em fuga: O disco chegou voando bem baixo e foi visto a curta distância por uma senhora, uma professora aposentada residente em Rubião, que deu pouca importância, para não ser chamada de “biruta”. “O objeto era cinza, sem asas, com cúpulas em cima e em baixo, e voava in clinado ligeiramente em relação ao chão”. Porém, tendo pousado minutos depois, em outro lugar, mais ou menos umas 12h10, foi flagrado por três meninos que ali brincavam, quando já tinha “des cido a escadinha central”, tendo ficado estacionado uns 20 ou 30 minutos.
Ato contínuo, quebrado o anonimato, o objeto recolheu a escadinha, alçou vôo vertical mente, levitou por alguns segundos e disparou para os lados da cidade. Então foi visto, novamente, agora por outra pessoa, uma senhora que ou viu os gritos das crianças e, saindo à janela, teve tempo de observar o que se pode chamar de “fuga” do objeto. “O seu ruído era estranho e não se assemelhava a nada.”
No curso das constatações dos re pórteres, apareceu uma outra pessoa definida como “aca dêmico”, com descri ções mais sofistica das e considerou que os sinais deixados no chão eram “distantes 6 metros um do ou tro (na base do triân gulo) e um terceiro no vértice”. Definiu o formato como um triângulo isósceles, aquele em que um dos lados é maior que os outros dois. E no meio, dois afundamentos, notando compressão. A escadinha?
As crianças estavam agitadas e segundo seus pais atravessaram o dia assim. (desconhece-se se a matéria foi escrita no dia do ocorrido e se o
repórter dedicou-se a procurar as testemunhas outras vezes). Algo inexplicável havia ocorrido: os adultos não estavam incrédulos e os pais dos pré-adolescentes ocu pavam posição de destaque na cidade e na FCMBB para acreditar e propagar invencionices de crianças.
Não vou encerrar essa matéria dizendo que pode ter sido uma ilusão. Muitas pessoas e em horários dife rentes teriam que ter tido a mesma ilusão, independen temente. Também não vou dizer que se tratou de uma histeria coletiva, pois os fatos, além de lugares diferen tes, foram vistos por pessoas de idades e maturidade muito diferentes. Mas a verdade é que já se passaram quase 50 anos e continuamos no “ah éh”, ou seja, sem entender o que aconteceu. Uns já morreram, outros cresceram e residem por aqui mesmo. Mas o mistério continua!
Obs: deliberadamente não citamos os nomes dos personagens, a não ser do repórter e do fotógrafo.
Diário da Cuesta 4
MARIA DE LOURDES
Se você soubesse que existe alguém que mora lá na Índia e que só de te abraçar po deria te curar todas as feridas da alma e do corpo?
Moveria céus e terra, cruzaria oceanos para chegar até ela?
Assisti um filme francês, em que uma mulher faz a viagem com essa finalidade.
Fotografia linda e música maravilhosa. E a sua fé te salvará.
Jesus tinha esse poder, de cura taquiônica.
Quantos se aproximaram dele e queriam apenas tocar a barra da sua veste?
Cegos voltaram a ver.
Aquela mulher que sofria de perda de sangue e que o seguia, sem conseguir chegar perto dele porque uma multi dão o seguia.
Leprosos se curaram apenas por estar na sua presença. Ele dizia: a tua fé te curou.
Mas já imaginou que estamos próximos de um tempo onde nós mesmos poderemos nos curar?
Que a raiz dessa cura está em nós?
Uma ocasião soube de um francês, Eric era seu nome, e que estaria em Botucatu, com um grupo dando um curso sobre energia.
E lá fui eu assistir.
Pensava comigo: - será que conseguirei acompanhar e entender alguma coisa?
Nesta vida aprendi que nada chega até nós por acaso. Até um corriqueiro papel levado pelo vento pode trazer algo.
Tropeçar numa pedra.
A dor do tombo e a ajuda de um desconhecido que nos ajuda a levantar.
Muito do seu ensinamento era baseado nos conhecimen