Diário da Cuesta
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O 1º Presidente civil e eleito pelo voto direto do Brasil nasceu em 04 de outubro de 1841, descendente dos primei ros colonizadores de São Paulo. Formou-se pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1863 e no mesmo ano instalou seu escritório de advocacia em Piracicaba. No Império, pertenceu ao Partido Liberal, elegendo-se vereador, sendo o mais votado, em 1864. Em 1877, conseguiu mudar o nome da cidade, que na época era Vila Nova da Constituição e passou a se denominar Piracicaba, nome indígena da região, que quer dizer “lugar onde os peixes moram”.
Foi deputado provincial e da Assembléia Geral do Império. Foi o 1º governador eleito de São Paulo. Foi Senador e promul gou, como Presidente do Senado, a 1ª Cons tituição da República do Brasil, de autoria de Ruy Barbosa.
Projeto tem como foco professores de educação física
De 6 a 9 de dezembro, Botucatu receberá o Programa de Desenvolvimento Paralímpico, iniciativa do Governo do Estado de São Paulo por meio das Secretarias de Estado de Espor tes e dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que visa fomentar o esporte paralímpico de base
O projeto tem como foco professores de educação física da rede pública, privada, de
entidades e clubes, além de alunos de graduação do último ano de educação física e educadores que trabalham com práticas es portivas.
Durante os quatro dias do programa, os alunos terão a oportunidade de receber a Capacitação Técnica, com conhecimento teórico e prático do esporte paralímpico, com foco nas modalidades de Atletismo, Futebol de 5, Goalball, Tênis de Mesa, Na tação, Bocha, Ciclismo e Vôlei Sentado (Notícias Botucatu)
A nossa história esta a nos mostrar, com fatos, que é pura fantasia a afirmação de que o brasileiro é passivo e pacífico...
O primeiro ATENTADO A UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA, a Guerra de Canudos e a Revolução Constitucionalista de 1932, fora outras revoltas e rebeliões são a prova provada de que tudo tem um limite e que a Pátria Amada não suporta
desaforos e traições...
E será mera coincidência a tentativa de morte a um Presidente da República e a tentativa de morte a um praticamente eleito Presidente da República?!?
E, em ambos os crimes, o nome do au tor ser BISPO?!?
A Direção.
SIM , tentaram matar o Presidente da República do Brasil!
O criminoso tem o nome de BISPO!
Foi o Adélio Bispo de Oliveira?!?
NÃO... Também a vítima não foi o candidato à presidência da República, Jair Messias Bolsonaro!
Esse crime político ainda está sem solução, mas a verdade prevalecerá...
“Um atentado à vida do Presidente da República do Brasil pelo criminoso BISPO” remonta ao início da República Brasileira...
Foi contra o primeiro civil eleito Presidente da República e o primeiro eleito em eleição direta, em 1897.
Após ter sido também o primeiro Presidente (Governador) eleito de São
Paulo e após pre sidir o Congresso Nacional e ter promulgado a 1ª CONSTITUIÇAO DA REPÚBLICA DO BRASIL , ela borada pelo Jurista e Senador Ruy Barbosa e aprovada pelo Congresso. O Presidente da República do Brasil que sofreu um atentado de morte foi PRU DENTE JOSÉ DE MORAES BAR ROS.
E o crimino so BISPO foi o soldado MARCELINO BISPO DE MELO , durante uma cerimônia militar na qual o Presidente da Repú blica recepcionaria dois Batalhões do Exército Brasileiro que retornavam da Guerra de Canudos . O criminoso encos tou uma pistola no peito de Prudente de Moraes.
O Presidente da República foi rápi do e, com a cartola, conseguiu afastar a arma. O soldado BISPO , então, sacou um punhal e matou o Ministro da Guer ra, o Marechal Carlos Machado de Bittencourt, que saíra em defesa de Prudente, que saiu ileso
Ficou também ferido o Coronel Luiz Mendes de Moraes, Chefe da Casa Mi litar , na defesa do Presidente.
por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Prudente , então, decreta Estado de Sítio e diante da tentativa de lincha mento do assassino BISPO , o Presiden te da República declarou com firmeza: ele pertence à Justiça!
Dois meses depois, o criminoso foi encontrado enforcado com um lençol na cela em que estava preso.
Foto tirada na época do governo de Pru dente em São Paulo, logo depois da Proclama ção da República, em 15/11/1889. Aparecem o Dr. Antônio Caetano de Campos (18441891), diretor da Escola Normal e reformador do ensino público; Antônio Mercado (Antônio Maria Honorato Mercado, 1853-1937), Secre tário do Governo; Engenheiro Paula Souza (Antônio Francisco de Paula Souza, 18431917) diretor da Escola Politécnica e da Supe rintendência de Obras Públicas; Prudente José de Moraes Barros (1841-1902), Governador da Província de São Paulo e depois Presiden te da República; Bernardino de Campos (Ber nardino José de Campos Júnior, 1841-1915), chefe da Polícia; Peixoto Gomide, na época Presidente do Conselho da Caixa Econômica do Estado, e Coronel Lisboa (João Nepomuce no Pereira Lisboa, 1852-1917) Comandante da Força Pública (acervo do Dr. Modesto Carva lhosa).
No século 19, era costume não olhar di retamente para a câmera. Embora a maioria esteja com os olhos voltados para o fotógra fo, Prudente e Bernardino de Campos olham para a esquerda. Prudente não se demorou no governo de SP, por ter sido eleito para o Sena do, e para lá ele foi assumir a 1a. Legislatura, como presidente da Assembleia Constituinte de 1891 que se formava, dois anos após a Pro clamação da República. Por mais que eu seja avessa à forma como a República se instalou (mais para uma quartelada do que uma mu dança adequada de forma de governo), Pru dente seguiu o que ele acreditava fosse o me lhor caminho para o Brasil. Porém, passados sete meses da Constituinte, chamando à aten ção os colegas deputados e senadores que se demoravam para terminar os trabalhos, Pru dente, para urgir a conclusão do texto, disse que iria chamar de volta D. Pedro II e devolver -lhe o trono, já que não conseguiam ultimar a redação a 1a. Constituição do Brasil. É como lembrar que a Constituição anterior, a Carta Outorgada, de 25 de março de 1824, foi feita de próprio punho por D. Pedro I, justamente porque os então deputados haviam se demo rado para concluí-la. Tantas Constituições de pois, ainda nos perguntamos se será a última.
Em 4 de outubro de 1841, no mesmo ano da coroação de Pedro II, nasceu Prudente José de Moraes Barros, meu tata ravô, que em 1894 assumiu a presidência da República por 4 longos anos, sofreu um atenta do e foi salvo pelo seu amigo e Ministro da Guerra, Marechal Bittencourt. Ano que vem se rão 180 anos do seu nascimen to. Para isso estou me munin do de todos os livros, fotos, e documentos possíveis para concluir sua biografia, para narrar um lado mais humano,
menos político da carreira de Prudente, um homem acima de tudo fiel à sua proposta de vida: manter a verdade a qualquer custo. Rodrigo Oc tavio Filho fez neste pequeno livro uma apresentação lida no Instituto Histórico e Geográ fico Brasileiro, na sessão de 4/10/1941, comemorando o 1o. centenário do nascimento de Prudente de Moraes. Seu pai, Rodrigo Octavio, foi se cretário do presidente, como um tipo de chefe da Casa Civil. Era o primeiro governo eleito
por voto direto, era o primeiro presidente civil, que antagoni zou os florianistas, e por isso chegava ao Rio pouco acre ditado. Diz Rodrigo Octavio: “Quando Prudente José de Moraes Barros, no dia 15 de novembro de 1894, assumiu a Presidência da República, era tão agitado o ambiente políti co, que poucos brasileiros ha via que acreditassem pudesse ele se manter no governo”. E para desfazer essa descrença, saiu do governo carregado pelo povo, pois devolveu a paz
que havia sido sublevada nos primeiros anos da República, e por isso recebeu o nome de “Prudente, o Pacificador”. Consegui num sebo o livro au tografado pelo avô de minha amiga Rita Moutinho, que trabalhou na Academia Bra sileira de Letras, para a qual ele foi eleito para a cadeira de seu pai, em 1944. Parabéns a Prudente, e a todos os des cendentes de sua numerosa família.
Thereza Rocque da Motta Editora de Livros e PoetisaA Republica, em 1889, nas ceu de maneira assaz curiosa, muito simples mesmo, quasi de surpresa. Ninguém espera va. Os boatos alarmantes de uma conspiração de Oficiais do Exército liderados pelo Ma rechal Deodoro da Fonseca, anoavam na boca do povo, desde muito tempo.
No dia anterior ao da proclamação da República, es talava o movimen to: sublevavam-se o 1ºRegimento de Cavalaria e, logo em seguida, o 2º Regimento de Campanha, os alunos da Escola Militar da Praia Vermelha, da Escola Su perior do Exército, marcharam todos para o Campo de San tana. Tudo isto, na calada da noite, enquanto a cidade indi ferente ao movimento dormia.
O nosso Imperador vera neava, a esse tempo, com a sua família em Petrópolis, entre gue aos seus livros, preso aos seus estudos, longe do bulício da política, gozando as delícias
do clima ameno, indiferente ao que se passava na Corte.
Em São Paulo os sentimen tos republicanos eram anti gos. A famosa ‘CONVENÇÃO REPUBLICANA em Itu já havia conso lidado os alicerces do famoso PRP em 1873. Eram ao todo 136 delegados, en tre eles: Bernardo Augusto Rodrigues da Silva, Domingos Soares de Barros e José Rodrigues Ce sar representavam Botucatu. Já nessa época o sentimento republica no na cidade era forte.
A cidade pequenina movi mentava-se, agitava-se, criava vida, justamente por ocasião das propagandas abolicionis tas e republicanas, que trouxe para estas paragens, o famo so caifaz Dr. Antônio Bento, formando-se, desde a famosa CONVENÇÃO, uma verdadeira legião de proselidos. Dois par tidos dividiam a pequena po voação serrana: monarquistas e republicanos. Dissenções po
liticas se tornaram constantes na cidade.
Em abril de 1889 o Mo vimento Republicano Botu catuense através de a “TRI BUNA” – órgão da imprensa republicana – publicava um manifesto contrário à visita do Conde D’EU, genro de Dom Pe dro II.
Raiava a madrugada de 15 de Novembro. Resolveram os Ministros do Império então se reunir no Quartel do Exército, no Campo de Santana. Já era tarde. Estavam todos cercados e presos. A praça regorgitava de tropa revoltada. A festa era geral. Deodoro, embora com balido pela doença, à frente da Tropa, exigiu a demissão imediata do Ministério Ouro Preto.
Realmente, naquele ins tante histórico. Deodoro, sob aclamações da tropa e do povo que ali acorrera, proclamava a Republica Brasileira. Eram 9 horas da manhã de15 de no vembro de 1889.
Hernâni Donato em seu “ACHEGAS” relata que a che gada, pelo telégrafo, da notí
cia da Proclamação encontrou uma multidão fremente de botucatuenses nas ruas. E logo nos ares, beijada pela brisa suave da serra às auras perfu madas de Botucatu, a bandei ra republicana.
O Delegado de Polícia, Pe dro Egídio, monarquista con victo, acompanhado de forte contingente de força armada, mandou fechar a principal via, a tradicional rua do Comércio (hoje Amando de Barros). De nada adiantou. Os soldados aderiram ao movimento po pular confraternizaram todos. E, a Câmara Municipal tendo como Presidente José Pires de Camargo Rocha redigiu uma Ata, verdadeira manifestação de apoio ao novo governo, que foi assinada por todos os ve readores e cidadãos da cidade.
Foi, portanto, ativa a par ticipação de botucatuenses na consolidação da República, “não de quinze de novembro para cá, mas de muito antes”.
Olavo Pinheiro Godoy do Centro Cultural de Botucatu
Formado bacharel pela Academia de Direito de São Paulo, no Largo São Francisco, em 1864, Prudente de Moraes fixou residência em Constituição, atual Piracicaba . Sua vida política foi marcada por mandatos nas esferas municipal, estadual e principalmente federal De 1894 a 1898 tornou-se o terceiro Presidente da República do Brasil, o primeiro Presidente Civil eleito pelo povo Após o término de seu mandato presidencial, retornou a Piracicaba, local onde advogou, chefiou as articulações do Partido Republicano Dissidente e faleceu, em 03 de dezembro de 1902, vítima de tuberculose
A casa adquirida inacabada e concluída em 1870 foi cenário de inúmeros encontros políticos do conturbado período da Proclamação da República. Constava no lote junto à edificação, o seu gabinete e um grande quintal com jardim e pomar com frondosas jabuticabeiras man dado plantar por Prudente de Moraes. Este edifício abri gou após a década de 1930, a Faculdade de Odontolo gia Prudente de Moraes, o Grupo Escolar Dr. Prudente, a Delegacia de Ensino e, em 1957, o Museu Histórico e
Pedagógico Prudente de Moraes. Atualmente o prédio se encontra tombado a Nível Municipal (CODEPAC), Esta dual (CONDEPHAAT) e Federal (IPHAN). Além do edifício, o acervo correspondente a Coleção Prudente de Mo raes encontra-se também tombado pelo IPHAN.
A antiga residência do Primeiro Presidente da Repúbli ca é atualmente o Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes, passou por recuperação da estrutura física e por uma nova reestruturação museográfica e museoló gica contemplando a vida pública, política e privada de Prudente de Moraes e a história de Piracicaba retratando importantes fases do município, sua formação, mudanças econômicas e sociais decorrentes do grande desenvolvi mento da lavoura e da indústria.
O acervo é eclético reunindo objetos e mobiliários que pertenceram a importantes figuras piracicabanas entre elas Prudente de Moraes, Luiz de Queiroz, João Sampaio, Barões de Serra Negra e de Rezende, Sud Mennucci, Cobri nha, Fabiano Lozano. Há também grandes obras de artistas plásticos piracicabanos e um variado acervo iconográfico e textual.
1– No Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes, em Piracicaba, o busto do primeiro presiden te civil do Brasil.
Declarou que Botucatu, por causa desses mandões, nem tem garantida a justiça, nem tem crédito rural, nem cousa nenhuma;
- que não há cai xeiros que vão lá proceder cobranças, porque seriam logo colocados na alter nativa de fugir ou morrer;
2– Os dois irmãos,
de
e Manoel de Moraes Barros, tiveram uma trajetória po lítica de destaque no Estado de São Paulo e na consoli dação da República no Brasil. Ambos advogados, formados pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP), lutaram sempre pelo Estado Democrático de Direito.
3– “O Senador Manoel de Moraes Barros está ligado à história de Botucatu, mesmo tendo sido, junto com seu irmão, chefe político em Piracicaba. Hernâni Donato ao focalizar em seu “Achegas”, com a costumeira precisão, o perío do de nossa cidade dominado pelo Capitão Tito Correia de Melo, genro do benfeitor José Gomes Pinheiro, nos relata: “Lamentou s.ex. a impunidade em que até hoje tem vivido os autores dos atentados praticados pela horda contra o juiz de direito Ernesto Xavier, contra o juiz municipal Marcelino de Carvalho, contra o Dr. Barros Barreto, contra o Dr. Rocha, assassinado; contra muitos outros.
- que o Banco de Crédito Rural não empresta dinheiro a fazendeiros de Botucatu porque lá não existe justiça, mas arbítrio e garrucha;
- que não há ad vogados que aceitem o patrocínio de causas naquele fôro, de medo de serem expulsos ou assassinados, etc. etc.
Terminou o Sr, Moraes Barros denunciando a tentativa de assassinato de que foi vítima no dia 27 do corrente o atual pro motor dr. Christiano Ritt, e requereu informações ao Governo.”
4– O advogado Marcelo Delmanto em visita ao Cemitério da Saudade/Piracicaba (2006), aos túmulos do presidente Prudente de Moraes e de seu irmão, o senador Manoel de Moraes Barros.