Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III
Nº 654
SEGUNDA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2022
Frank Sinatra: “The Voice”, “The Blue Eyes”
Francis Albert Sinatra, mais conhecido pelo seu nome artístico, Frank Sinatra, foi um cantor, ator e produtor estadunidense, sendo considerado um dos maiores artistas de todos os tempos. Conhecido mundialmente como The Voice (A Voz), embora o apelido que mais ouviu na vida foi Blue Eyes (Olhos Azuis)... Foi um dos músicos recordistas de vendas com mais de 150 milhões de cópias mundialmente. Nasceu em 12 de dezembro de 1915, falecendo em 14 de maio de 1998. Página 3
Luzes Natalinas em Botucatu Evento foi seguido da apresentação da Banda Sinfônica no Largo da Catedral
O acendimento das luzes de Natal dos prédios históricos e praças do centro de Botucatu foi no domingo, 11 de dezembro. O destaque do evento foi a apresentação da Banda Sinfônica no Largo da Catedral. Foram iluminadas as praças Rubião Júnior, Izabel Arruda, além dos prédios da Pinacoteca de Botucatu e da Prefeitura. Grande destaque: a Catedral Metropolitana. Já receberam iluminação as Praças Emílio Peduti (Bosque) e a alça de acesso à Rua Campos Salles, todas por meio da iniciativa privada. (Fonte: PMB e Notícias Botucatu)
"A PIOR DITADURA É A DO PODER JUDICIÁRIO. CONTRA ELA, NÃO HÁ A QUEM RECORRER" RUI BARBOSA
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Frank Sinatra, um século de magia
Francis Albert Sinatra nasceu na fria manhã de 12 de dezembro de 1915 FERNANDO NAVARRO
Custa muito imaginar um mundo sem as canções de Frank Sinatra. É como imaginar Nova York de noite sem luzes. Há algo poderosamente belo e mágico em seu melhor cantor, com essa melancolia arrebatadora em sua voz terna e apaixonada, dando sentido e brilho a nossos sentimentos mais fortes. Conhecido mundialmente como The Voice (A Voz), embora o apelido que mais ouviu na vida foi Blue Eyes (Olhos Azuis), Francis Albert Sinatra nasceu na fria manhã de 12 de dezembro há justamente um século em um humilde apartamento de Hoboken, em Nova Jersey. Foi difícil sair o homem que chegaria ao topo com sua voz aveludada: o médico o tirou com fórceps e, segundo sua avó, teve de colocá-lo com o rosto e o corpo machucados em uma bacia com água gelada para ativar sua circulação. Filho único de um casal de imigrantes italianos, o fanfarrão Sinatra sempre falou de uma infância de penúria, mas esse relato era dramatizado para se apresentar como um lutador. Fazia sentido: os vocalistas eram secundários em relação aos instrumentistas no jazz dos anos 30. Por isso, teve que de se valorizar muito desde que deixou o colégio aos 16 anos e decidiu dedicar-se à música, apesar da desaprovação do pai, que o expulsou de casa e lhe disse que acabaria sendo “um vagabundo”. Acabou em Nova York, onde cantou em clubes até ser o vocalista da fantástica big band de Tommy Dorsey. Sob sua batuta, desenvolveu um fraseado único, inspirado nas nuances de Billie Holiday e Louis Armstrong e conseguido através de muito exercício físico, mas, tomando como modelo seu adorado Bing Crosby, deixou a orquestra e partiu para voo livre. Podia ter se saído mal, mas se tornou uma celebridade. O jovem e charmoso Sinatra era o garoto do bairro que tinha uma legião de admiradoras. Hoje poucos se lembram: Blue Eyes inaugurou o fenômeno das fãs no início dos anos 40, antes de Elvis Presley e dos Beatles. Apelidadas de bobby soxers por seu estilo colegial de saias longas e meias soquete brancas, suas seguidoras adolescentes chegaram a criar a Sighing Society of Sinatra Swooners (associação de suspiradoras desmaiadas de Sinatra). Nascia o mito do Swoonatra (jogo de palavras entre swoon, que significa desmaiar, e Sinatra) nos shows. Também dos assentos mijados porque muitas fanáticas preferiam molhar-se e continuar vendo o cantor do que ir ao banheiro. O novo ídolo era espevitado. Soube fazer da rádio o passaporte para a fama. Em tempo de Segunda Guerra Mundial, não eram muitos os que poderiam permitir-se ir ao cinema. As ondas do rádio se tornaram o meio mais eficaz para chegar ao coração de todo o país. Entre 1942 e 1955, Sinatra chegou a ser a estrela de nove programas e a voz mais popular com suas canções, mas também com sua desenvoltura acompanhando grandes humoristas como Bob Hope ou o duo de George Burns e Gracie Allen. Tudo correu bem para ele no mundo do espetáculo nesse período em que se transformou na trilha sonora dos norte-americanos, com seus discos na Columbia e na Capitol, e um dos rostos mais amados do cinema, chegando a ganhar o Oscar por A um Passo da Eternidade Era a imagem viva da América triunfante, mas também da arrogante e hedonista. Suas explosões de temperamento e raiva eram contadas às deze-
nas, como os casos amorosos. Casado com Nancy Barbatto, mãe de seus três filhos, a popularidade o tornou um mulherengo. Protótipo do homem conquistador apegado à fama e uma garrafa, exemplificado ao máximo no grupo Rat Pack, formado com seus colegas Dean Martin, Jerry Lewis, Sammy Davis Jr, Humphrey Bogart, duas frases que se tornaram célebres em sua boca e definiram o estilo do homem que se apossou de My Way: “Só se vive uma vez, e da maneira que vivo, uma basta”, e “o álcool pode ser o pior inimigo do homem, mas a Bíblia diz que se deve amar o inimigo”. Sinatra, que se casou com Mia Farrow e Barbara Marx –viúva de Zeppo Marx–, e sabe-se de romances dele com Judy Garland, Kim Novak e Lauren Bacall, amou seu inimigo, mas não tanto como à vulcânica Ava Gardner, que o deixou louco, transformando o frívolo libertino em uma pessoa ciumenta.
Ator famoso, dançando com Gene Kelly em filme de sucesso. O músico adorava o poder, fosse legítimo ou ilegítimo. Por isso teve sua própria companhia discográfica, a Reprise, e numerosas amizades na política e na máfia, dois mundos com os quais nem sempre pôde lidar como quis. Reconhecido como um democrata progressista, que se manifestou contra o racismo, teve uma estreita relação com John F. Kennedy, que costumava hospedar-se em sua mansão de Palm Springs, na Califórnia, até que o presidente cortou os vínculos com ele por sua ligação com o capo de Chicago, Sam Giancana. O cantor nunca o perdoou e, abalado por seu assassinato e à deriva social, deu seu apoio aos republicanos Richard Nixon e Ronald Reagan. Um passo que demonstrou também sua defasagem com a cultura popular. Desde finais dos 60, tentou manter-se à tona em um país mudado por completo social e musicalmente. E não era o porta-bandeiras da modernidade. Desde que fez seu famoso show de despedida em 1971 –nunca foi o último porque regressou dois anos depois–, passou quase três décadas sendo A Voz, uma glória viva de outro tempo. Mas já naquela época parecia que ele era o único destinado a cantar o hino da cidade que nunca dorme. New York, New York soou pletórica em sua garganta. E continua sendo, mesmo que se escute um milhão de vezes e faça parte de cada novo disco que se edite todos os anos de Sinatra nos natais. Porque, um século depois de seu nascimento, todos sabemos: o mundo não brilharia do mesmo jeito sem suas canções.
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ARTIGO
“Árvore de Natal”
MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA
“Deixei meu sapatinho Na janela do quintal Papai Noel deixou Um presente de Natal Como é que Papai Noel Não se esquece de ninguém Seja rico ou seja pobre O velhinho sempre vem” Lembram-se desta antiga cantiga de Natal? Hoje eu a ouvi e me lembrei que logo ao começar a trabalhar no Banco Itaú, chegando a época das festas de final de ano, eu me incumbia de arrumar os enfeites de Natal. O Banco disponibilizava uma exígua verba para tal finalidade. Eu procurava inventar novos enfeites, reutilizando os velhos, e com a verba adquiria algumas novidades. Lembro que um ano fiquei enfiando alfinetes com miçangas e paetés nas bolas de isopor. Inventava laços, fazia presépios, guirlandas, anjos de cones com cabeça de uma bola de isopor, encapados com papéis brilhantes, algodão grudado com cola formando os caracóis dos cabelos, ficava horas ali pendurando enfeites na árvore de Natal, colocada sempre num canto estratégico da vitrine, onde os transeuntes pudessem vê-la e apreciava de dentro da Agência e de fora para que ficasse perfeito. No mês de outubro já começava a ver novidades para incrementar os enfeites. Naquela época não tínhamos ainda as lojas de R$1,00 de chineses na cidade, nem dispunhamos de tantas novidades ou belíssimos pisca-piscas. Hoje em dia com uma pequena caixa você consegue o efeito de um mar de luzes deslumbrantes com pequenas estrelas de Led nas pontas. Anjos em formatos de lâmpadas azuis cujas luzes se alternam. Tinha especial prazer nesse trabalho. Reconheço que baldados meus esforços não era a maravilha das maravilhas, mas ano após ano eu me empenhava a criar o Natal naquele ambiente frio e comercial. Fazíamos o amigo secreto depois dos trabalhos corridos do dia 24, onde ficávamos até uma hora da tarde, uma pequena comemoração e depois nos cumprimentávamos e nos despediamos, sempre levando alguns presentes extras que ganhávamos de alguns clientes bonachões. Pelo menos um panetone e uma champanhe era praxe. Quando fui trabalhar na Medicina da UNESP, fiquei sócia da ASU, Associação dos Servidores da UNESP, e nunca me desliguei. Este ano a ASU deu aos seus sócios um presente de Natal. Fui buscar o meu ontem lá no DAP que é o departamento dos aposentados e recordei do tempo do Itaú pois era uma champanhe e um panetone e retornei toda feliz para casa. Ainda teremos sorteios de outros prêmios, pois este ano, devido a pandemia o tradicional jantar de final de ano precisou ser cancelado. Uma pena pois esse jantar reunia o pessoal da ativa e aposentados com as famílias, eram muito gostosos e divertidos, havia sorteios de Prêmios. Quem sabe ano que vem possamos ter essa alegria de volta?
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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