Edição 655

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III

Nº 655

NEYMAR SE IGUALA A PELÉ COMO MAIOR GOLEADOR DA SELEÇÃO BRASILEIRA

TERÇA-FEIRA, 13 DE DEZEMBRO DE 2022

Pelé homenageia Neymar por ter igualado recorde de gols pela Seleção 77 gols! Página 2

Botucatu: Luz e Cantata no Largo da Catedral Abrindo o Natal Luz de nossa cidade, com um show de luzes e a bela apresentação da Cantata de Natal do Nutras, em parceria com a Prefeitura Municipal, no Largo da Catedral. No sábado, a Banda Municipal iniciou a Cantata de Natal e, depois, a apresentação das crianças do Nutras, projeto social localizado no Bairro Santa Elisa. Show!


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Diário da Cuesta

NEYMAR SE IGUALA A PELÉ COMO MAIOR GOLEADOR DA SELEÇÃO BRASILEIRA Pelé homenageia Neymar por ter igualado recorde de gols pela Seleção 77 gols !

Um momento histórico. Um gol decisivo na prorrogação. Ao marcar diante da Croácia, Neymar chegou a 77 gols com a amarelinha e igualou Pelé como o maior artilheiro da seleção brasileira nas contas da Fifa. Aos 15 min do 1º tempo da prorrogação - gol de dentro da área de Neymar do Brasil contra a Croácia A entidade máxima do futebol desconsidera partidas contra clubes e combinados. Já nos critérios da CBF (que engloba todos os jogos), Neymar ainda está 18 gols atrás do Rei do Futebol. Top-5 artilheiros da Seleção nas contas da Fifa

Jogador Pelé Neymar Ronaldo Romário Zico

Fonte: Fifa

Gols 77 77 62 55 48

Jogos 91 124 98 70 71

Média 0,84 0,62 0,63 0,79 0,68

Top-5 artilheiros da Seleção nas contas da CBF

Jogador Pelé Neymar Ronaldo Zico Romário

Fonte: CBF

Gols 95 77 67 66 56

Jogos 113 124 103 89 74

Média 0,84 0,62 0,65 0,74 0,76

Atualmente com 30 anos, Neymar atuou 124 vezes pela Seleção principal, o que dá uma média de 0,62 gol por confronto nos critérios da Fifa. Já Pelé precisou de bem menos tempo para atingir essa marca. O Rei atuou em 91 oportunidades, tendo média de 0,84 gol por jogo.

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

WEBJORNALISMO DIÁRIO

Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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OH, AS INCOMPATIBILIDADES Nando Cury

Bem provavelmente, isto começou lá em cima, no Paraíso. Adão imaginava uma maçã côncava e Eva lhe ofereceu uma convexa. Incrédulo, Deus os enviou para a Terra para um estágio e nunca mais voltaram. Após milhares de anos, há dezenas de motivos e fatos que geram incompatibilidades entre casais terráqueos. Por exemplo, quando se trata da intenção de cada um. Joaquim gosta de tomar o seu banho exatamente às 6 e 45 da matina. Mas todos os dias, após o banho, procura sua toalha e não acha. Acontece que Maria precisa levar a tolha, um bocadinho mais cedo, pra secar ao sol e ficar mais cheirosa, mesmo em dias nublados. Imagine se os horários de trabalho são completamente inversos. Como vivem os personagens da música de Chico Buarque: “O nosso amor é tão bom. O horário é que nunca combina. Eu sou funcionário. Ela é dançarina. Quando pego o ponto, ela termina.” Para alguns, as vontades, simplesmente, não são as mesmas. Lembram daquele caso complicado, relatado por João Bosco e Aldir Blanc: “Dotô. Jogava o Flamengo, eu queria escutar. Chegou. Mudou de estação, começou a cantar. ...Se eu dou um pulo, um pulinho, um instantinho no bar. Bastou. Durante dez noites me faz jejuar.” Se as temperaturas são diferentes. Um mede em Célsius, o outro em Fahrenheit. Alguém pede delicadamente: - “Benzinho, deixa o segundo cobertor só pra você, tá.” Ou, nem tanto: _ “Pô, estou morrendo de calor com esta manta pesada. Como é que você consegue passar frio?”

Quando os dois adoram estilos diferentes de música, mas cada um quer impor o seu. No combinado, um dia ele aguenta o sertanejo universitário; no dia seguinte, ela é torturada com o rock pesado. Se é preciso definir qual é o horário ideal para se servir o almoço. Ele quer que seja ao meio dia em ponto. Ela prefere à uma e meia da tarde. Na precisão, a comida sai do ponto: ele come crua e ela, na preguiça, engole fria. E quando gostam de comidas diferentes? Ela é vegetariana, ele é fanático por uma comida árabe. O fornecimento, é claro, vem via delivery. Quando eles adoram ficar juntinhos, na frente do mesmo televisor. Mas, o que fazer, se ela ama um romance e ele é apaixonado por filmes de aventura? Acabam assistindo apenas dramas e, no final, ele critica o diretor, ela detona os atores. Na contabilidade do lar. Qual destino dar para a grana que o casal economiza? Pelo plano dele, dá para trocar o novo-velho carro por um novo modelo, a cada dois anos e passar as férias no “velho” clube. No dela, sair da velha cidade, investir em novas viagens com roteiros inéditos: viajar durante 1 mês, por países da velha Europa. Bem, as incompatibilidades estão presentes no cotidiano, até para os casais que são muito, mas muito parecidos. Sabe, aqueles casos de “almas gêmeas”. Pertencem à mesma geração, mesmo signo e igual ascendente, mesmo grupo de amigos, mesmo repertório, costumes idênticos... Aí quem pode trazer o atrito é a danada da rotina: um enjoa do querer sempre do mesmo jeito e o outro enjoa mesmo do jeito de sempre querer. OBS.: publicada originalmente em 20/07/20. OUÇA o podcast na segunda-feira, após ao meio dia, no Semônica e podcastmais.com.br.


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ARTIGO Maria De Lourdes Camilo Souza

“Colleen”

A casa transformou-se para receber a nova hóspede. Preparos especiais no quarto onde ela ia dormir. Lençóis novos que tinham sido lavados e passados com cuidado guarneciam a cama bem arrumada. Desocupados o guarda roupa e gavetas para que ela pudesse acomodar melhor seus pertences. A preocupação maior era com a alimentação que ela gostaria. Foram preparadas muitas coisas gostosas da nossa culinária para agradar a hóspede. Chegava na manhã do dia seguinte. O pessoal das boas vindas do Lyons Clube ia recepcioná-la no aeroporto e a traria para Botucatu para que fizesse os estudos de português e o intercâmbio na casa de famílias botucatuenses. Ficaria uma semana em cada casa. A primeira casa seria de uma conhecida nossa. Curiosa em conhecer a adolescente canadense passei por lá para uma visita no final da tarde. Cheguei no horário que a Colleen estava no banho. Tentei saber como ela era. As descrições não elucidaram muito, mesmo porque ela logo apareceu na sala de estar da casa, aonde eu aguardava. Era uma adolescente bem desenvolvida de altura mediana e um pouco gordinha, cabelos louros crespos até os ombros. Tentava ser simpática e extrovertida, mas senti sua insegurança. Tentei me comunicar com ela no meu parco inglês, estabelecemos até que um bom contato. Houve simpatia mútua e convidei-a para um passeio pela cidade na tarde seguinte. Passei por ela pontualmente, que me aguardava pronta e ansiosa para sair, e fomos caminhando pelo centro histórico de Botucatu, parando depois numa padaria conhecida para tomarmos um café. Uma semana depois, os pais da Colleen vieram para o Brasil e tive a oportunidade de conhecê-los. Era um casal muito agradável. Lembro que o pai era magro e bem alto, e tinha a pele do rosto bem vermelha, usava óculos de aros escuros de tartaruga, a mãe também era alta, e bastante parecida com a filha, só que mais magra. Lembro que ambos eram bem falantes e estavam encantados pelo nosso país. Estavam muito agradecidos pela forma carinhosa e atenta que a filha tinha sido acolhida. Estiveram por algumas semanas passeando pelo Brasil. Partiriam para norte e nordeste a princípio e depois iriam para o Rio de Janeiro e voltariam para buscar a filha. Depois que ela se foi, trocamos algumas correspondências, como era moda antigamente. Como na época ainda não tínhamos as redes sociais, trocamos os endereços e mais tarde recebi algumas cartinhas e belos postais de Vancouver, Montreal, até que a amiga canadense ficou na estória.


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