Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III Nº 657 QUINTA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2022
VOCÊ SABIA ?!?
Estátua da Liberdade na “Avenida Brasil”?!? “estátua da liberdade no Brasil?!?!?” Na avenida Brasil, no Rio de Janeiro?? PÁGINA 3
SIM, SENHOR! ESTÁTUA DA LIBERDADE EM BOTUCATU...
Em março de 2020 chegava a Estátua da Liberdade para a Loja HAVAN de Botucatu. Numa bem sucedida jogada de marketing, a HAVAN fez o lay-out de sua lojas inspirado na Casa Branca dos EUA e, à frente, a estátua famosa...e acima do prédio, a Bandeira do Brasil.
Lançamento cultural do Acadêmico Alfredo Colenci Junior “A já conhecida e repetida máxima de Pi�grilli de que ninguém lê o prefácio veio-me à lembrança quando o autor me solicitou que escrevesse algumas palavras para o seu trabalho...Não é trabalho fácil a produção literária. É tarefa penosa, meticulosa, difícil... Não é nada fácil falar sobre os sonhos e as esperanças que povoam o nosso dia a dia. E nada fácil, falar dos vates que registram com maestria o que vai no recôndito de nossa alma... O autor, Alfredo Colenci Junior, é um renomado professor universitário, doutor em Engenharia, pioneiro na implantação do ensino técnico superior, junto às Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo- CPS e da Escola de Engenharia de São CarlosUSP, na área de Produção. E com uma formação tão técnica tem demonstrado que mora um poeta no seu íntimo... Vindo do seio de uma família numerosa e participativa na comunidade botucatuense, o autor, agora confrade na Academia Botucatuense de Letras-ABL, nos traz sua mais recente publicação no campo da poesia. Muito me honra escrever este prefácio do seu novo livro. Sucesso, professor Alfredo Colenci Junior.” (AMD)
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EDITORIAL
Na França, país que doou a Estátua da Liberdade para os Estados Unidos, também existe uma réplica perfeita do monumento, feita pelo mesmo artista, claro que em tamanho muito menor. Essa eu vi, às margens do rio Sena. Faz parte do tour turístico de Paris (city tour) passar por vários monumentos e símbolos importantes. Um desses monumentos, é a réplica da Estátua da Liberdade. Para fazer a estátua, Bartholdi contou com a assistência do engenheiro francês Gustave Eiffel, o mesmo arquiteto e construtor da Torre Eiffel. O interessante é que, como maçon, Bartholdi incorporou símbolos maçônicos em seu projeto: a tocha, o livro em sua mão esquerda e o diadema de sete espigões em torno da cabeça. Foi um presente dado aos Estados Unidos, por Napoleão III como um registro histórico do apoio intelectual dado pelos
americanos aos franceses na sua Revolução de 1789! E a nossa Estátua da Liberdade foi encomendada a Frédéric Auguste Bartholdi, em 1899, por encomenda do Barão do Rio Branco, Ministro das Relações Exteriores do Brasil, para a comemoração do 10º Aniversário da Proclamação da República do Brasil. Ficou em poder da Família Paranhos até 1940, quando foi transferida à Prefeitura do Rio de Janeiro, sendo que o governador Carlos Lacerda, em 20 de janeiro de 1964, ao inaugurar a Vila Kennedy – o maior conjunto habitacional até então construído no Brasil! – colocou a réplica brasileira da Estátua da Liberdade na Praça Miami da Vila Kennedy. Os governos da Prefeitura e do Estado do Rio de Janeiro precisam priorizar a restauração da Estátua da Liberdade que está na Praça Miami, na Vila Kennedy. Faz parte da nossa história.
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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É REGISTRO HISTÓRICO�
A DIREÇÃO.
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Estátua da Liberdade na “Avenida Brasil”?!?
“estátua da liberdade no brasil?!?!?!?!?” existe uma estátua da liberdade, na praça miami, em bangu/vila kennedy, no rio de janeiro. foi feita em 1899, pelo mesmo ar�sta francês que fez aquela de new york, frédéric auguste bartholdi, por encomenda do barão do rio branco, em comemoração ao 10º aniversário da república do brasil ... ela foi propriedade da família paranhos até que fosse doada ao governo, em 1940 e, em 1964, carlos lacerda mandou colocar onde ela está hj, na praça miami, em vila kennedy, bairro à beira da av brasil, aquela da novela ... sabe qual??? ó que chique!!! (Regina Claudia/Facebook)
Essa matéria já foi veiculada na TV e saiu no Facebook. Muito apropriada e interessante. Eu, por exemplo, não sabia dessa estátua, cópia da original, feita com o mesmo material e pelo mesmo artista!!! A Aliança para o Progresso foi um programa criado por iniciativa do governo Kennedy em 1961, visando o desenvolvimento econômico e social dos países la�no-americanos. Criada após a Revolução Cubana em plena Guerra Fria, a Aliança para o Progresso, ao jogar recursos financeiros, técnicos e humanos na região, pretendia viabilizar reformas e ao mesmo tempo, salvar a América La�na do avanço comunista. Essa era a posição dos Estados Unidos. No dia 20 de janeiro de 1964, dia de São Sebas�ão, foi inaugurada a Vila Kennedy pelo Governador Carlos Lacerda. No projeto seria a primeira comunidade planejada do Rio de Janeiro.
(Presidente Kennedy)
(Governador Carlos Lacerda) Vila Kennedy, foi o nome colocado em homenagem ao Presidente Kennedy. Foram construídas 5.054 casas! Recorde histórico na construção de conjuntos habitacionais! Boa parte das ruas tem nome de países africanos e músicos. A área onde foi construída a Vila Kennedy era rural, à margem da Avenida Brasil, trecho antigamente denominado Avenida das Bandeiras. Uma localidade muito distante, isso dificultou muito a vida das pessoas que vieram morar aqui. A falta de transporte era o principal problema e muita das vezes se demorava três horas para se chegar ao trabalho. No projeto seria implantado um centro artesanal e serviços comunitários, incluindo uma fábrica de costura, lavanderias, granjas, padaria, creche, escolas, quadras de esporte e até piscina, tudo administrado pelos moradores em regime de coopera�va. Técnicos americanos estiveram na Vila Kennedy no ano de 1966 para verificar o andamento das coisas e constataram que nada foi feito pelo governo que sucedeu Lacerda. Na planta da Vila Kennedy, aparece alguns estabelecimentos comunitários como a padaria, lavanderia, cinema e um mercado. O an�go cinema hoje é o atual Teatro Mário Lago administrado pela FUNARJ. Hoje com aproximadamente 100.000 habitantes, 44.000 eleitores, cresceu e ficou muito pouco espaço para o seu crescimento. RESUMINDO: Foi uma experiência habitacional que sofreu uma abrupta interrupção da construção de seus complementos urbanos indispensáveis para que ela se tornasse autônoma ficando, assim, independente do centro do Rio. Em 1965, nas eleições para o Governo do Estado, venceu a oposição com Negrão de Lima, do MDB. Foram as últimas eleições estaduais livres e diretas do Regime Militar. Até 1982, quando as eleições voltaram a ser diretas, o povo brasileiro teve por quase 20 anos seus governadores eleitos pelas respectivas Assembléias Legisla�vas. Hoje, as favelas já se incorporaram à paisagem urbana do Rio de Janeiro. Por melhores que sejam as melhorias urbanas nas favelas, com policiamento e até teleféricos, as favelas representam um nível de vida abaixo do ideal para o ser humano viver e cons�tuir família. Essa realidade levou ao inchaço perigoso e desumano da cidade do Rio, quando o ideal seria o planejamento urbano, com a descentralização industrial e a construção de conjuntos habitacionais com toda a infra-estrutura necessária, como foi planejada a Vila Kennedy! E, extremamente importante, a construção de linhas do Metrô e a implantação de linhas diretas de ônibus e vans para as áreas periféricas. MONUMENTO HISTÓRICO: esperamos que o Governo do Estado do Rio e a Prefeitura façam uma restauração na ESTÁTUA DA LIBERDADE, na Praça Miami, ao lado da agora tão famosa Avenida Brasil, consagrada após a novela da TV Globo do mesmo nome: “AVENIDA BRASIL”.
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O Bairro, meu mundo Alfredo Colenci Junior
Homenagem à Vila dos Lavradores-Botucatu Uma comunidade amiga, um espaço contido, um cenário vivido... Numa relação amistosa, pessoas que se conhecem, numa aquecida dinâmica, se integram, interagem, pelo calor da empatia... Solidariedade, amizade, convívio, qualidades sempre presentes... Juntos e próximos, Conhecem-se e se deixam conhecer... expoem-se, emocionam-se, vivem e deixam viver... A liberdade das horas, no caminho a trilhar: a matriz, sua torre, seu pátio, seus sinos, seus jardins, a quermesse de junho, Padre João, seu vigário, o comércio da Major, a farmácia da esquina... A fábrica de macarrão dos Lunardi, o armazém do Giacóia,
a sorveteria do Spera, mais acima, a dos Nunes. Já na ladeira, D. Zuleica, professora de tantos e muitos, sempre a se comunicar... Os nomes são muitos, de ilustres figuras: Spadaro, Ganzelli, Jaqueta, Pilan, Calonego, Covre, Mulotto, Coneglian, Almeida, Gonçalves, Pompiani, Badelucci... Conhecidos, presentes ou anônimos, por ora, Desculpem-me minha memória... Figuras cidadãs, verdadeiros Dragões da Vila! O Depósito da Sorocabana... O Armazém da Cooperativa A escola do CFT O Cine Vitória, uma conquista... O acesso ao Lajeado, caminho de aventuras, tantas vezes percorrido na inseparável bicicleta Phillips. Rua Victor Atti e seu casario de ferroviários, com vistas à Estação. Os jogos da Ferroviária, nas tardes de domingo... e depois, como prêmio, as reuniões familiares, nas casas das queridas tias, que ali viviam... Os escritórios da Sorocabana, no qual, Tantas vezes acompanhei meu pai, Sim, uma estrada de ferro social, uma família, estruturante, amputada que foi de nossos dias, que nos ligava a um mundo, ainda por descobrir... Pontos de referência desta memória. Tempo e espaço, num passado presente, constante, incessante. O Bairro da Estação para todos, Vila dos Lavradores para poucos! Ali fui-me dando conta, aprendendo e percorrendo trilhas, num caminhar sem volta, da permanência em lembranças, com saudade, é certo, de um tempo feliz... O Bairro que não é um bairro; o Bairro que ainda é, nosso mundo! Alfredo Colenci Junior (do livro Älvissaras, a Nobreza da Emoção sobrevive...)