Diário da Cuesta
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Companheiro de Neymar no Barcelona e, agora, no PSG, Messi é considerado a maior expressão futebolista da atualidade. Com 2 gols marcados na decisão com a França e mais um pênalti na disputa, Messi foi eleito o melhor jogador, recebendo a Bola de Ouro.
A maioria dos brasileiros torceu por Messi e para a Argentina. Também em Napoli a torcida foi pela Argentina, eis que ainda é forte a lembrança do argentino Maradona que foi Campeão pelo Napoli, sendo verdadeiro Mito na Itália.
Em partida para a história com dois empates franceses e hat-trick de Mbappé, Argentina conquista a taça nos pênaltis e agora tem três títulos de Copas do Mundo
A Argentina é tricampeã mundial de futebol. Lionel Messi é campeão mundial. O destino foi gracioso com a última dança do gênio num palco de Copa do Mundo. Após a decepção de 2014, o camisa 10 da Albiceleste agora tem a sua taça e coroação definitiva. Contra uma França que conseguiu salvar o que parecia derrota certa, a Argentina venceu nos pênaltis (4 x 2) após o empatar em 3 a 3 no tempo normal. Uma final de Copa do Mundo 2022 do Qatar, no Estádio Lusail, neste dia 18 de dezembro definitivamente para a história.
A Argentina exibiu um primeiro tempo com autoridade, sem sofrer sustos. O pênalti inexistente marcado logo aos 20 minutos e convertido por Messi foi um golpe que a equipe de Mbappé quase não conseguiu se recuperar. Com 2 a 0 no placar na segunda metade da etapa final, o título no tempo normal parecia certo a Messi e sua seleção. Mas Mbappé mostrou também genialidade e em menos de cinco minutos marcou dois gols (um deles uma pintura) e forçou a prorrogação. Lá, novo empate: Messi e Mbappé marcaram para suas seleções. A disputa ficou para os pênaltis. A Argentina converteu todas as cobranças. Coman e Tchouaméni desperdiçaram.
O que faltava a Messi não falta mais Perto do fim da carreira, o gênio foi o comandante do título que encerrou 36 anos de jejum argentino em Copas do Mundo Messi foi na final aquele que foi durante a competição, participativo e talentoso. É bem verdade que ganhou de presente
pênalti inexistente. Mas não ofusca o brilho de um capitão que entendeu seu talento e liderança. Teve ajuda luxuosa de Di María para anular uma França que impunha medo.
Após uma carreira impecável no futebol de clubes, Messi agora conquista de vez o coração de seu país, que, por vezes, duvidou de sua entrega e predestinação. Messi é do tamanho de Maradona. Maior? Difícil dizer pelos hermanos, mas dá para ousar em classificar que não é menor. Messi arrancou o argentino de seu atual duro cotidiano político-econômico. Até nisso pareceu emular Don Diego.
Messi separou o dia para alcançar feitos, além de levantar a taça. Ao entrar em campo na decisão, ultrapassou Lothar Matthäus e se tornou, de forma isolada, o jogador com mais partidas em Copas do Mundo com 26 jogos disputados. O camisa 10 também é o único atleta a balançar as redes dos adversários em todas as fases de mata-mata da competição, ultrapassou a marca de gols de Pelé e igualou o feito de Just Fontaine, com 13 gols no torneio.
A Argentina alcançou o terceiro título mundial e colocou 2022 ao lado dos títulos de 1978 e 1986. Com isso, os hermanos são os únicos com três títulos no momento Agora, ficam imediatamente atrás de Alemanha e Itália, que têm quatro títulos cada. O Brasil segue hegemônico como o único pentacampeão mundial Vale lembrar que a Seleção Brasileira alcançou o tri em 1970, há 52 anos. (Fonte: LANCE)
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta com br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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Tem dias que a gente passa direto. Tem instantes que as recebemos diretamente em nossa frente. São captadas por uma olhada mais virginiana. O nosso tempo parou. O pensamento fechou. Despencam as ordens do cérebro, identificando o que está dentro ou foge do padrão.
Preciso acertar o prumo daquele quadro. Sinto que a parte de baixo ou a lateral não está milimetricamente paralela ao outro quadro, a 20 cm de distância. Arrumo uma, arrumo duas, três vezes... Pronto ficou bom. Dia seguinte passo pelo quadro e... Não, não vou mexer, está perfeito assim.
Hoje, olhando daqui do lado da janela, o que não está nenhum pouco legal é a sequência dos livros de romance na estante. Há livros altos misturados com baixos. E no outro lado, os livros didáticos junto com biografias, muito estranho. Como não reparei nisso antes?
Gosto de arrumar discos e cds em ordem alfabética. Por outro lado, quando visito sebos fico mais surpreendido e emocionado ao localizar raridades “garimpando” em caixas de exemplares bem misturados.
Lembro do destoque das toalhinhas do banheiro, na cena que é thriller do filme “Dormindo com o inimigo” (Joseph Ruben), onde a personagem de Julia Roberts convive com Patrick Bergin, que faz um marido perigosamente obsessivo.
O trânsito na cidade, especialmente nas quintas e sextas-feiras, vira um caos. Qual é a lógica de cada fila de carros? No cruzamento da rotatória, quem chega primeiro tem prioridade. Mas, nem sempre é assim. Pensei em “Roundabout”, aquela música do Steve Howe e do John Anderson do Yes (Fragile, 1977). Ela começa com “I´ll be the roundabout”: serei a rotatória, metaforicamente.
Na derradeira flor dos seus 40 mais, Caetano já dizia que “Alguma coisa está fora da ordem. Fora da ordem mundial”. É o refrão da música carro-chefe “Fora da ordem” (Caetano Veloso), de seu brilhante disco Circuladô de 1991.
As contas da Enel, da Comgás, do IPTU, do licenciamento... Os preços dos alimentos, das roupas, dos carros ... Os pedágios, os impostos, as tarifas... estão ficando fora do alcance dos famintos mortais. Não provam seu custo-benefício. E pra que servem, pra onde vão os ordenados custos cartoriais?
Se beber não dirija. Se dirigir não beba.
O jogador de futebol deitado imóvel atrás da barreira do time que provocou uma falta perigosa é simplesmente surreal. Foi criado
para evitar que a bola passe embaixo da barreira, como fazia genialmente Ronaldinho Gaúcho, o mago. Alô FIFA cancela logo essa aberração! Incentive e deixe rolar a genialidade. Jogar deitado está totalmente fora do contexto de um esporte que se joga de pé.
No Google tem a dica de como alterar a ordem da playlist de sua plataforma de música preferida. E qual será o critério que o Paul McCartney usa para definir a sequência de músicas de cada show, hein? Guardo como relíquia o playlist do show dele no Morumbi, em 21 de novembro de 2010.
“Questão de ordem, Excelência”, pede a palavra o advogado ao juiz, quando se depara com a violação de algum dispositivo legal.
“A merendeira desce. O ônibus sai. Dona Maria já se foi. Só depois é que o sol nasce. De madruga é que as aranhas tecem. No breu. E amantes ofegantes. Vão pro mundo de morfeu. E o sol só vem depois.” (Ordem Natural das Coisas, Emicida, 2019)
A propósito, como vão as ordens do diretor, da chefe, do gerente, da mulher, do marido, da policial, do bispo, da presidente do clube, do ministro, da senadora, do deputado, do vereador, da médica, do treinador, da motorista do ônibus, do dono do mercadinho, do maestro, da dona da pizzaria, do juiz de futebol ...?
Atenção serialistas, a detetive Olivia Benson e sua equipe chegaram com tudo para desvendar novos crimes na 5ª temporada de Law & Order. Momento pra merchan?
Será que os elementos desta crônica estavam na ordem mais correta? Ou poderia ter colocado aquele texto do show do Paul mais cedo? E se as letras da palavra mudarem de lugar? Morde, Dorme... Ordem!
NOTA Na segunda tem podcast. Arrisque ouvir.
Ouvi um barulhinho na minha caixa de correio e fui até lá curiosa ver o que tinha. Achei o envelope dos lixeiros que todos os anos deixam um cartãozinho de boas festas. Este ano ainda não tinha recebido nenhuma carta de criança pedindo presente. Agora estão se superando, porque as cartinhas vem enfeitadas, semi prontas. E a Leandra, a menina que assinou a cartinha só esqueceu de informar o número do sapatinho que quer de presente. Fiquei lembrando de um texto que escrevi no ano passado, e por acaso hoje o Facebook resolveu me presentear.
Esta tarde eu estava cumprindo minha última tarde deste ano, no trabalho voluntário na lojinha do Apae.
As horas se arrastavam, eu já tinha dado minha enésima volta pela loja ajustando uma coisa e outra, esperando pelos clientes que não apareciam.
Olhando os novos artesanatos natalinos que os assistidos tinham feito.
Tempo enfarruscado, cinzento.
Sentei-me atrás do balcão e olhei pela centésima vez no celular.
E vi um post sobre uma conhecida que havia falecido repentinamente.
Enviei minhas condolências aos parentes e amigos.
Fiz palavras cruzadas.
Tomei um pouco de água.
Estava distraída ali pensando na dor dos familiares.
Quando zás ...uma lufada de vento, ar fresco, luz sacudiu a loja.
Entrou correndo uma menininha loirinha, cabelinhos nos ombros, de uns 4 aninhos, olhinhos verdes, num florido vestidinho, sapatinhos brancos.
Deu uma volta rápida pela loja. Sua avó colocou a cabeça pela porta, em busca da pequena fugitiva.
-”Ah ela está aqui! Adivinha se não viria ver as novidades!”
Encantada com a pequena visitante, falei:
“Olá amiguinha “
Ela me olhou curiosa com aqueles seus grandes olhos verdes e um sorriso de dentinhos muito brancos e espaçados.
E sem se deter me respondeu alegremente: “Olá”
E partiu porta afora correndo pelos canteiros coloridos do bem cuidado jardim.
A avózinha correndo atrás dela, que ria alegremente e continuava a sua fuga.
Nem tive tempo de lhe oferecer uma bolachinha.
Fiquei ali ouvindo sua risadinha gostosa, sorrindo encantada com aquele inesperado rainho de sol que veio iluminar a minha tarde.