Diário da Cuesta
O Natal é a data em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo. É nessa época que nos reuniu entre os nossos para comemorar o nascimento de Jesus Menino que é o sentido do Natal. Nunca se esqueça que Natal não é Papai Noel somente, mas a comemoração do nascimento de Jesus. Enfim, aproveite o Natal com alegria, pois Natal é sem sombra de dúvidas a Festa da Família! Esses são os votos do Diário da Cuesta! Feliz NATAL!!!
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III Nº 665 SÁBADO/DOMINGO , 24 E 25 DE DEZEMBRO DE 2022
ARTIGO O LADO VEGANO DO NATAL
NANDO CURY
Véspera de um Natal. Papai chegou feliz com uma caixa nas mãos. Pediu à mamãe para pegar pratinhos de sobremesa e reuniu a família na mesa da sala de almoço. Ao abrir a caixa não acreditamos. Eram lindos pêssegos, encorpados e cheirosos. Minhas irmãs Lúcia e Sílvia, papai, mamãe e eu, cada um pegava seu pêssego, ia lavar na pia da cozinha e voltava para degustar. Tinham um gosto gostoso de pêssego, que poucas vezes voltei a provar. De onde vieram? Perguntamos. E papai contou a história dos agricultores japoneses que chegaram em Botucatu e compraram, de um sitiante local por um preço bem acessível, uma grande e desacreditada faixa de terra arenosa. Um ano depois, usando técnica e trabalho, começaram a vender pêssegos extremamente deliciosos. Aquela caixa durou menos de uma hora. E o pêssego sempre foi incorporado nas festas familiares de final de ano.
Neste ano, vamos novamente passar o Natal e Ano Novo no interior de São Paulo. Por isso, fomos às compras, na nossa feira de quarta-feira, buscar os ingredientes especiais que compõem o lado mais natural, mais vegano, mais aromático das ceias de Natal e Réveillon: as travessas de frutas frescas.
Na banca do centro, em frente à de legumes, escolhemos duas caixas médias de uvas sem semente: uma de verdes e outra de roxas Vinda da Ásia, matéria prima dos vinhos, a uva é uma das frutas mais antigas utilizadas na alimentação humana. Da mesma banca, levamos duas caixas de figos (originários do Mediterrâneo). Mamãe servia tradicionalmente os figos cortados ao meio, com uma fatia de presunto especial.
As cerejas (naturais da Ásia) estão muito bonitas neste ano. Escolhemos as da banca do Seu Nonato, outro especialista em frutas da nossa feira. Fez um desconto em duas caixas médias de 500 g. Próximas da lista, selecionamos as lichias, de origem chinesa, que contém vitamina C, ferro, cálcio, fibras e potássio. E não é apenas pela polpa – a parte branca da fruta - que a lichia apresenta componentes benéficos à nossa saúde. Sua casca é rica em antioxidantes, compostos fenólicos e também fibras. São Paulo é o maior produtor brasileiro de lichia. Badaladas pelos chefs colunistas neste Natal, as lichias ficaram mais caras. Mas, levamos mais 650 g para compor a cesta.
A seguir as tradicionais rainhas dos quintais, as mangas. Compramos as do tipo Palmer, desenvolvidas na Flórida norte-americana. Uma dúzia do tamanho médio, já prestes a amadurecer em dois dias. Na sequência, escolhemos uma caixa de ameixas roxas, possivelmente também originárias dos EUA. Ricas em vitaminas C, A, K e complexo B, fibras, potássio, cobre, ferro, cálcio e magnésio, apresentam ainda fito nutrientes com grande potencial antioxidante. Finalmente, pra linkar com a história do passado,
A propósito, no cardápio geral não faltarão outras turminhas veganas. Como a das frutas oleaginosas, aquelas formadas por sementes e grãos ricos em óleo. Castanhas do Pará e castanhas de caju, avelãs, nozes, amêndoas, amendoim e pistache são os seus representantes oficiais. Tem a gordura insaturada que ajuda a elevar o colesterol bom (HDL). Na Roma Antiga era costume oferece-las de presente aos parentes e amigos com o objetivo de desejar sorte, prosperidade e fartura. Detalhe: para cozinhar, haverá as deliciosas castanhas portuguesas (chesnut).
Não obstante, comparecerá ainda o grupo das frutas secas Nele estão as tâmaras, uvas- passa, ameixas pretas, maçãs e damasco, que fazem parte do quadro de alimentos que tem alto valor nutricional e são benéficos à saúde Rememorando e bebemorando tantas ceias que já fizemos. Se começarmos a ceia deste ano pelas frutas, orientados pelo olhar vegano. Será que ainda deixaremos espaços para os tantos outros consagrados pratos de Natal?
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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compramos duas caixas de pêssegos na banca do japonês. Nativo da China, o pessegueiro foi introduzido em 1532 no Brasil por Martim Afonso de Sousa, que plantou mudas na Capitania de São Vicente; atual Estado de São Paulo. Que coincidência.
CARTÕES DE NATAL
ELDA MOSCOGLIATO
Perde-se num passado distante, a origem dos cartões de Natal. O termo, em sua exata acepção prende-se a esboços de pintura. Usaram-no já no século XVI, os grandes pintores renascentistas, Michelangelo, da Vinci, Rafael, deles se utilizaram para seus primeiros ensaios, e valiosos, de seus murais e esculturas. Seria esse seu aspecto utilitário.
Os cartões sociais propriamente ditos, teriam sua origem com o advento dos correios. A indústria inglesa da “imprimerie” desenvolveu com arte a confecção de tais cartões. Temos sob os olhos a reprodução de vários tipos deles. De tamanhos diversificados, em preto e branco, coloridos, com alto e baixo-relevo com flores, crianças e mulheres; traziam as mais diversas mensagens inclusive a de tão divulgada hoje promoção da indústria tipográfica. Davam tais cartões, mais para o humorismo, para a crítica.
O Cristianismo assenhoreou-se dos cartões. Transformou-os em mensagens de fraternidade universal, em amor. Vemo-lo estampados no papelão, no fino cetim bordado a fio de seda, dourado e artístico. Reproduzem pinturas célebres, paisagens tradicionais. Muitos deles estampam inclusive, melodias natalinas. Há, em fina celuloide, a reprodução inteira, do “Chistmas Carol”, canção popular inglesa, a quatro vozes. Vinhetas as mais lindas e coloridas completam os antigos cartões, adornados muitos, com artísticas iluminuras que repre-
sentam riquíssima criatividade.
Hoje prevalece mais, a simplicidade evangélica do Presépio. Pastores, magos, cordeiros, a Estrela de Belém, o perfil da Sagrada Família, os areais, tocam-nos mais a sensibilidade. Tudo que diga da autenticidade do Advento. As mensagens cifram-se numas poucas e ternas palavras. Os melhores augúrios.
Temos recebido todos os anos a mensagem dos Artistas Pintores aleijados. Enviam-nos a reprodução de seus belos trabalhos. Artistas sem mão, que pintam com os pés, e a boca num esforço inaudito de sobrevivência com dignidade. Infundem-nos profunda admiração. São dignos de serem incentivados. Há grandeza em seus quadros de grande beleza.
As crianças da APAE enviaram-nos suas lindas mensagens. Uma onda de ternura invade-nos o coração ao sabê-las tão singelas, tão carentes de amor e de compreensão. O que dizer das mestras abnegadas que se dedicam a esses cerebrozinhos embotados, incapazes de externar tudo que lhes vai n’alma?
Elas mesmas, as crianças, pintaram e desenharam. Tudo tão simples, tão lindo, e tão comovente! Há dois anos já, recebemos os cartões confeccionados pelas Servas do Bom Pastor, de São Paulo. É uma congregação religiosa das antigas penitentes. Essas irmãs tem o mais árduo e belo trabalho missionário: a reabilitação dos que perderam a Fé e os caminhos do Bem.
Vivem do trabalho. Sua especialidade é o cartão. Em fino papel-pergaminho. Nele, elas tecem, com uma paciência de artistas, os mais delicados bordados, com a ponta de alfinete. Quanto tempo levarão para confeccionar uma só das vinhetas que produzem, não o podemos nem sequer avaliar.
Cada cartão, é um, rendilhado precioso. Além do entremeio, fazem também, as rendas de ponta. São lindos. Como se não bastasse, pintam-nos também. Com delicadeza invulgar. E em manuscrito, estampam as mais lindas frases em simplicidade e beleza. Neste Natal, todos os nossos amigos vão receber um cartão desses.
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Creio nos anjos que andam pelo mundo, Creio na deusa com olhos de diamantes, Creio em amores lunares com piano ao fundo, Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes;
Creio num engenho que falta mais fecundo De harmonizar as partes dissonantes, Creio que tudo é eterno num segundo, Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro, Na flor humilde que se encosta ao muro, Creio na carne que enfeitiça o além, Creio no incrível, nas coisas assombrosas, Na ocupação do mundo pelas rosas, Creio que o amor tem asas de ouro. amém. (Natália Correia)
Fazer o quê?
Eu acredito. Eu espero. Eu sonho. Pode rir.
Eu até rio junto com você, porque também me acho patética e muitas vezes rio de mim mesma.
Plagiando o nosso “maluco beleza” Raul Seixas, “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante”
“Misturando minha lucidez com a minha maluques”
Uma vez mandaram os anjos fazer-me uma visita. Recebi uma mensagem de uma grande amiga. Você aceita essa visita?
Vai ser por alguns dias, e você tem que estar lá. Estou falando sério. Não é piada.
Claro que foi tudo no maior segredo.
Respirei fundo e respondi: “Aceito! Vai ser uma honra!”
Preparei-me para receber essa visita angelical.
E na noite anunciada, abri a porta da minha casa para eles entrarem.
Pus velas e incensos.
Acendi luzes.
Preparei uma mesa com toalha branca de renda e velas coloridas acesas. Vasos com flores.
Coloquei minha melhor roupa.
Ungi minha testa e fiz orações.
Coloquei música angelical para que se sentissem em casa.
Chegou o horário da visita e um perfume de flores e incenso encheu a casa e luz, muita luz.
Fiquei olhando encantada suas figuras etéreas caminhando pela casa.
Sentamo-nos ao redor da mesa.
Fiz uma oração de boas vindas.
Conversamos por horas.
Mas se você perguntar: o que falamos?
Não sei dizer com detalhes pois falamos no dialeto angelical.
Eu tinha preparado uma carta, com muitos pedidos.
Entreguei nas mãos do ser mais lindo e de uma luz extraordinária.
Ele sorriu para mim e fez um gesto como dizendo: “Está feito” Senti uma paz e uma alegria que não posso descrever.
Se me perguntarem detalhes não posso precisar, estava num transe.
E assim foi por três noites seguidas
Nos dias seguintes enviei mensagens as pessoas mais amigas e de muita fé para enviar-lhes os anjos.
Nem preciso dizer que nem recebi resposta. Devem estar rindo da minha proposta até hoje, ou simplesmente esqueceram.
Mas estou tranquila porque eu cumpri minha missão.
Porque estou contando essa estória?
É porque está chegando a época mágica do Natal e esperamos pela vinda do Senhor e quem anuncia a sua chegada?
Os anjos.
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Cuesta
Maria De Lourdes Camilo Souza
ARTIGO
ACONTECÊNCIAS
A “PRIMAVERA BRASILEIRA”
Em 1989 um grande canal de TV exibia a novela “Que Rei Sou Eu”? De acordo com o Wikipedia, a obra se passava no ano de 1786, 3 anos antes da Revolução Francesa. A trama retratava um reino corroído pela corrupção de seus governantes e um povo já farto de tantas injustiças sociais. Havia reis, rainhas, feiticeiros, bobos da corte...qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, será? A história se repete, se profetiza. Os antigos reis e rainhas, seus mandos e desmandos, sempre focados em seu próprio benefício retratam nossos “Iluministros Togados”, suas canetas mágicas e um ativismo judiciário sem precedentes. Os antigos bobos da corte somos nós, o povo Brasileiro, os “manés” que estão em pleno despertar político coletivo, fazendo pressão aos opressores através das manifestações pacíficas que se desenrolam há mais de 50 dias, de norte a sul do Brasil.
Esse importante canal tem uma memória afetiva nos Brasileiros, foram obras extremamente
marcantes. Em certa ocasião o Brasil parou para descobrir “quem havia matado Odete Roitman”. Difícil perceber que a informação de ontem passou a ser a desinformação de hoje, mais difícil ainda reconhecer que esses veículos de ontem são apenas cabos eLeitorais disfarçados de mídia. Defendem o indefensável, omitem fatos históricos, distorcem, abominam qualquer opinião contrária, difamam e caluniam. Essa semana tivemos que assistir ao Cabral sendo solto e ao índio sendo preso, ah Brasil, suas terras não toleram mais esse escárnio. A “farra dos guardanapos”: o retorno! Há exatos 13 anos assistimos as lambanças de Cabral e seus companheiros numa noite de festa realizada em palácio de luxo em Paris: tocou Frank Sinatra, se fartaram com vinhos e uísque e no final, a cena que ficou marcada para sempre nos anais da política brasileira, a comemoração em grande estilo com guardanapos na cabeça debochando do povo Brasileiro.
Corte da novela “Que rei Sou Eu?” – um retrato da nossa própria SUPREMA CORTE. Seria cômico, se não fosse trágico.
O PODER DA MÚSICA
A atmosfera anda densa, pesada, muitos não conseguiram seguir com a vida normal diante desse espetáculo político dantesco. Como paradoxo para nossas dores, é Natal, tão próximo, tão carregado de esperança, de fé e de crenças em melhores dias. É o que nos resta e mais uma vez fui agraciada pela música, no último dia 13/12/2022 o Coral La Salle fez uma belíssima apresentação no Santuário Nossa Senhora de Lourdes.
Diversas pesquisas comprovam que a música não só faz bem para a alma, como também mantém o equilíbrio de nosso corpo. Ela pode nos fazer lidar melhor com problemas como stress, ansiedade, depressão, dores crônicas, entre outros distúrbios. Oxigenada pela qualidade da música com a impecável regência de José Alberto Corulli, um amante do belo, o coral nos proporcionou uma noite de grandes emoções. Obrigada “Zé” por esse belíssimo espetáculo que nos trouxe o Natal e com ele a esperança por dias melhores. Alma renovada para seguir na luta por nosso amado Brasil.
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Por Fernanda Mendes Simon
FARRA DOS GUARDANAPOS
CORAL LA SALLE em noite de música no Santuário Nossa Senhora de Lourdes.
LEITURA DINÂMICA
1– O Natal, dia 25 de dezembro, comemora o nascimento de Jesus Cristo, a figura mais importante do Cristianismo. Por esse motivo, para os cristãos, trata-se de uma das principais datas comemorativas, ao lado da Páscoa, em que se celebra a ressurreição de Jesus. O Natal teve origem em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno). Eles cultuavam o Deus Sol (natalis invicti Solis), e ainda realizavam dias de festividades com o intuito de renovação. Outros povos da antiguidade também celebravam a data, seja pela chegada do inverno ou pela passagem do tempo.
de Lutero as pessoas já usavam árvores enfeitadas para comemorar a chegada do inverno. É justamente por isso que não se trata de uma árvore qualquer, mas um pinheiro, porque essa árvore é a que mais resiste aos invernos rigorosos. Ela é, portanto, símbolo de esperança e paz, assim como Jesus para os cristãos. Montada próximo da data festiva, a árvore é desmontada no Dia de Reis , em 6 de janeiro.
2– Com o Natal surgem vários sinais representativos dessa comemoração festiva, cada qual com um significado distinto e com origem pagã ou religiosa. Quando falamos no nascimento de Jesus, a representação mais presente na nossa cabeça é o presépio, afinal ele retrata o cenário onde o Menino nasceu E aí, de forma conjunta ou isolada, conhecemos os elementos que nele figuram: a sagrada família, composta por Jesus, José e Maria, os três reis magos, o anjo e a estrela.O presépio recria a cena do nascimento do Menino Jesus. Você sabia que o primeiro presépio foi montado por São Francisco de Assis? Sim, foi no século XIII, na Itália, que São Francisco quis recriar a cena do nascimento de Jesus para explicar para o povo como teria acontecido.
3– ÁRVORE DO IBIRAPUERA / 2007 - A árvore de Natal é um dos símbolos mais emblemáticos da festa. Nem todo mundo monta o presépio, mas a árvore, muita gente tem. A tradição de montá-la, numa proposta religiosa, é mais recente. Foi Martinho Lutero , a principal figura da Reforma Protestante , quem montou a primeira árvore em casa. Antes
– Mesa preparada para Ceia de Natal com o tradicional peru. E para finalizar, vamos à ceia! A sua origem vem da Europa , onde as pessoas costumavam deixar a porta das suas casas abertas para receber viajantes. Ela simboliza a união e a confraternização das famílias. Assim, na véspera de Natal , os familiares se reúnem à mesa para a tradicional Ceia de Natal. Na cultura brasileira é comum ter o peru de Natal, as frutas secas e o panetone.
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– Se a árvore é o símbolo mais emblemático, o Papai Noel é o personagem mais importante da festa. A figura do Papai Noel é inspirada em um bispo turco chamado São Nicolau. Ele costumava deixar moedas próximas às chaminés das pessoas mais necessitadas. É por isso que ele representa a generosidade que acaba invadindo os corações na época natalina.
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