Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº 68
QUARTA-FEIRA, 27 de janeiro de 2021
PREFEITURA IMPÕE REGRAS PARA CIDADE NÃO PARAR NA FASE VERMELHA A prefeita de Bauru surpreendeu ao divulgar o decreto com as regras para a Fase Vermelha do Plano SP, com início nesta 2ª feira (25). Suéllen Rosim fez adaptações tanto para os chamados serviços essenciais quanto para os demais e manteve a obrigatoriedade do uso de máscaras, álcool em gel e do respeito ao distanciamento social. A diferença em relação aos demais municípios da região na mesma fase é que a Prefeitura de Bauru permitiu que praticamente todos possam trabalhar. Página 2
#aculpanãoédocomércio TODOS SABEMOS QUE ESSE AUMENTO DE CASOS, NÃO SÃO
PELAS LOJAS, RESTAURANTES, BARES, LANCHONETES, ACADEMIAS, SALÕES DE BELEZA, E AFINS QUE TRABALHAM COM TODO CUIDADO, RESTRIÇÕES E RESPONSABILIDADE SÃO PELAS AGLOMERAÇÕES, FESTAS CLANDESTINAS , ELEIÇÕES , PRAIAS LOTADAS SEM FISCALIZAÇÃO. E AGORA, NOS TRABALHADORES, PAIS DE FAMÍLIA, COMERCIANTES, EMPRESÁRIOS PAGAMOS O PREÇO DA IRRESPONSABILIDADE DE GOVERNANTES E CIDADÃOS. É MUITO MAIS FÁCIL MANDAR FECHAR TUDO DO QUE COLOCAR RESTRIÇÕES E FISCALIZAR. DESCULPEM O DESABAFO MAS É REVOLTANTE!!! SÓ PEÇO QUE DEUS ABENÇOE A TODOS E NOS PROVENHA NOSSO SUSTENTO E DIGNIDADE E BORA TRABALHAR "Du Pomar Sucos Naturais e Tapiocaria/Boulevard"
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PREFEITURA IMPÕE REGRAS PARA CIDADE NÃO PARAR NA FASE VERMELHA Por Hailton Medeiros
COMÉRCIO, SHOPPINGS, RESTAURANTES E BARES PODEM ABRIR, MAS COM RESTRIÇÕES E APERTO NA FISCALIZAÇÃO, DETERMINA PREFEITA SUÉLLEN Em todos os casos, a ocupação máxima permitida é de 30% da capacidade do estabelecimento. Não essenciais, como o comércio de rua, shoppings, salões e barbearias, restaurantes, lanchonetes e bares, o funcionamento será de 10 horas/dia, de 2ª a sábado, e nunca depois das 20h. O delivery e drive-thru podem seguir até 23h durante a semana e serão as únicas opções aos domingos, quando – aí, sim –, nada abre. As medidas vão valer até 7/2, quando o Estado anunciará nova classificação do Plano SP. Nesse período, serviços públicos municipais vão trabalhar normalmente, apenas com servidores dos grupos de risco em home office. Suéllen justificou o posicionamento mais arrojado de Bauru frente à fase mais restritiva enfrentada pela região, dizendo que “a Prefeitura quer preservar a vida de todos e também manter de forma responsável as atividades econômicas e os empregos”. Mas se por um lado foi mais flexível do que Marília e Jaú, por exemplo, por outro já anunciou que vai endurecer a fiscalização e continuar “a luta por mais
Suéllen e o vice Orlando Dias em reunião com equipe que decidiu o decreto da Fase Vermelha em Bauru: medida arrojada. (FOTO: Divulgação) leitos hospitalares públicos”. Após reunião com assessores no domingo (24), ela decidiu: 1) Abrir chamamento público para credenciar hospitais privados que ofereçam leitos de enfermaria e de UTI; 2) Aumentar a oferta de ônibus nos horários de maior movimento para atenuar aglomerações; 3) Estreitar a parceria com a PM para combate a festas clandestinas e atividades ilícitas por meio da Atividade Delegada; 4) Ampliar o horário de atendimento na Ouvidoria Municipal para receber queixas, denúncias e sugestões. COMO FICOU – Com base no decreto
publicado ontem por Suéllen, a venda de bebidas alcoólicas em qualquer estabelecimento fica proibida das 20h às 6h de 2ª a 6ª e nos finais de semana; consumo em locais públicos continua proibido. Atividades físicas ao ar livre devem ser individuais e com respeito ao distanciamento social. Não podem funcionar nessa fase serviços de buffets, festas e eventos por causa da aglomeração. Zoológico, Bosque, Horto Florestal e Jardim Botânico estão com atividades suspensas nesse período. (HORAH – Jornalismo com Credibilidade)
VOCÊ SABIA? Que teria sido brasileiro o famoso herói inglês que marcou presença na Primeira Grande Guerra Mundial? Teria sido botucatuense esse herói? Teria nascido na Cuesta de Botucatu esse herói que encantou gerações com sua bravura e idealismo? A Revista Peabiru apresentou minucioso estudo sobre a trajetória desse herói mundial. Na história ou na “lenda” de Lawrence da Arábia, temos como berço natal do herói a Cuesta de Botucatu, mais precisamente, a Fazenda do Conde de Serra Negra, localizada em Vitoriana. Verdade ou lenda ?!? Segredo guardado ou sonho “botucudo” surgido antes da virada do século passado?!? Mas fica – com certeza! – a imagem positiva e heroica de Lawrence da Arábia: um brasileiro nascido na CUESTA DE BOTUCATU. DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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A R T I G O RITMOS DA CHUVA NANDO CURY Olho o despencar de mais uma chuva convectiva, conhecida por chuva de verão. São pingos pesados e retos que, ao cair no chão, exalam um delicioso aroma de mato. Rápidas e passageiras, as chuvas convectivas chegam para abrandar o calor dos dias de verão tropical. Engordam os córregos, rios, lagos e represas. Nas cidades praianas agitam as marés e as águas invadem as praias e avenidas beira-mar. Fortes, densas, provocam enxurradas, alagamentos, desabamentos e inundações. Imprevisíveis, molham os transeuntes desprecavidos. Atrapalham os movimentos dos veículos no trânsito. Fazem os bikers e motociclistas procurarem abrigo, embaixo de pontes, viadutos, coberturas de postos de combustíveis. Refrescantes viram batucadas num tranquilizante natural. O barulho da chuva é uma maravilha para uma sesta da tarde ou para embalar, à noite, aquele ou aquela que é insone.
“O ritmo dos pingos ao cair no chão só me deixa relembrar”. Nos ritmos dos elementos da chuva nascem temas para poetas e cantores. Gotas, ruído, relâmpago e trovão levam sentimentos, promessas e pedidos nos enredos. Como em “Chuvas de Verão” (1949) de Fernando Lobo, interpretada por Francisco Alves e Maysa. “Chove Chuva” de Jorge Ben Jor, lançada no álbum Samba Esquema Novo, em 1963. “Medo da Chuva” de Raul Seixas em parceria com Paulo Coelho, presente no disco Gita, de 1974. “Na Rua, na Chuva, na Fazenda” de Hyldon (1975). “Chuva de Prata” de Ed Wilson e Ronaldo Bastos, cantada por Gal Costa (1984). “Me Chama”, canção de Lobão ainda com Os Ronaldos, também de 1984. “Primeiros Erros” de Kiko Zambianchi de 1985. “Quando fui chuva” de Luís Kiari e Caio Só, gravada por Maria Gadú em 2010. Aproveito para destacar especialmente a linda e descritiva “Chovendo na Roseira” de Tom Jobim, incluída no disco Tom & Elis de 1974.
“Olha está chovendo na roseira. Que só da rosa mas não cheira. O frescor das gotas úmidas. Que é de Paulinho, que é de Luiza, que é de João. Que é de ninguém”. Marcantes nesta época cheia de eventos, as chuvas de verão trazem à tona os memoráveis carnavais, lembrando nossos estandartes e alto falantes. Acalentando aventuras e paixões cobertas de fantasias, danças, abraços, beijos, bebidas, confetes e serpentinas. Invadindo, com aromas refrescantes, os salões dos foliões e as ruas onde os blocos se soltavam pela cidade. Por isso não poderia faltar a faísca elétrica que emana de “Chuva, Suor e Cerveja”, de Caetano Veloso de 1971. “Não se perca de mim. Não se esqueça de mim. Não desapareça. Que a chuva tá caindo. E quando a chuva começa. Eu acabo perdendo a cabeça. Não saia do meu lado. Segure o meu pierrot molhado. E vamos embora ladeira abaixo. Acho que a chuva ajuda a gente a se ver. Venha, deixa, beija, seja o que Deus quiser.” (Citação de Ritmo da Chuva, versão de e para Demétrius, de “Rhythm of the Rain” (John Claude Gummoe) (1965).
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C OMENTA Rosa Barreiros Rodrigo Scalla
A Rosa é uma pessoa que fala baixinho, é muito afável e bem-humorada. A artista Rosa é uma pessoa difícil. Eu a conheci através do também artista Nino Cais quando eu era galerista na Central Galeria de Arte em São Paulo. Isso foi mais ou menos em 2011. Ele me disse que eu precisava ver o trabalho dela: "É pesado, você vai gostar". A Rosa veio com algumas telas grandes e trabalhos em papel. Realmente, sente-se que estamos diante de uma troca, diante da metamorfose de uma vida em arte. Isso sempre pesa. Rosa Barreiros nasceu em 1955 em Botucatu. Seu pai era fazendeiro e suas terras ficavam próximas de Assis. A família viveu dividida entre as duas cidades. A mãe não suportava o calor em Assis e por isso passava a maior parte do tempo em Botucatu que oferecia um clima mais ameno, boas escolas e infraestrutura. Rosa é a mais nova de quatro irmãos que são entre 10 e 14 anos mais velhos que ela. Em sua infância desfrutava da casa em Botucatu, na rua Leônidas Cardoso, com chácara e pomar e, por sua condição de menina, caçula e temporã, era como se tivesse a mãe só para ela pois os dois irmãos já tinham outros assuntos e a única irmã fora educada em um colégio interno. A fazenda era o mundo paterno. Para a fazenda ela era periodicamente e alegremente raptada na emblemática Rural Willis do pai. Eram as longas férias de calor escaldante que Rosa aproveitava sozi-
nha na piscina na casa sede e também em cavalgadas pela região. Infância e adolescência transcorreram assim, sem sobressaltos, sem preocupações, nesse ambiente rico de sensações de água fresca e cristalina, mato, zumbido de insetos, couro suado dos animais e o mormaço das paisagens por onde em silêncio. Rosa fez o segundo grau no "cientifico", orientado às ciências exatas, mas os estudos não eram o seu forte, não se concentrava, e a segurança familiar não a pressionava a fazer outra coisa que aproveitar bem a vida. Aos 17 anos foi pela primeira vez para a Europa onde seu irmão mais velho morava, em Paris. Seria o início de uma longa relação com a cidade e também com a arte. Rosa iniciou uma série cursos indo e voltando continuamente. Em 1983/84 estudou na tradicional Heatherley School of
Fine Arts em Londres. A partir desse período participou de diversas mostras, ganhou prêmios, bolsas e residências. Em 1909 seu irmão Joao, que ela carinhosamente chamava de Brother Joe veio a falecer. Após 1989 Rosa começou a ficar mais no Brasil. Aproveitando seus estudos, principalmente em esculturas, começou a vender seus trabalhos, principalmente objetos em bronze. Rosa não se casou e não teve filhos. Vive sozinha em São Paulo e trabalha intensamente. Quando a conheci, pela amizade, pela admiração, pelo privilégio e também por ter fotografia como um hobby, comecei também a fotografar sua produção para seu registro. No início foram as séries mais recentes e aos poucos Rosa começou a me trazer algumas coisas mais antigas. Eu tinha muita curiosidade de ver o que ela havia feito na juventude pois seus trabalhos dos últimos 15 anos são tão cheios de energia que eu tentava imaginar o que seria a Rosa nos seus anos rebeldes. Descobri que não havia uma Rosa jovem rebelde. Sua produção até os primeiros anos de 2000 tem a qualidade técnica de quem estudou os fundamentos de cada suporte, mas é morna comparada ao que veio depois. Foi em 2004, portanto já com 49 anos, que Rosa iniciou uma série de pinturas em acrílica sobre tela intitulada "Biográficas". Esta série se prolonga
até 2011. "Biográficas" se sobrepõe no tempo com outras séries como "Zoo" (2008/09/10), "Piscinas" (2008) ou "Mãe" (2010). Quando olhamos o conjunto, fica claro que toda a obra de Rosa Barreiros é na verdade autobiográfica. Reconhecemos os temas e ambientes que ela nos conta sobre sua vida. As aguadas e transparências reforçam um clima de reminiscências recuperadas da memória. As figuras, que podemos chamar de personagens, apesar do tratamento despreocupado com realismos, têm uma atitude, uma individualidade e surgem como espectros querendo emergir do passado. As piscinas vazias e os animais que parecem saídos de fábulas, na série "Zoo", nos dão a dimensão de quem observa, capta as sutilezas, mas não se apodera desse mundo como sendo seu. Há um distanciamento da artista como fio condutor de toda essa trama que ela tece entre sua obra e sua experiência de vida. É como se ela assumisse o papel de narradora, mas não de personagem de sua biografa. Há amor e amargor convivendo nessa atitude. Mas eu não quero começar a tentar traçar relações entre os recursos plásticos e estilísticos que Rosa emprega para carregar de sentidos os seus trabalhos. Quero apenas recomendar que, ao visitar a exposição, agora que você conhece um pouco mais sobre a artista, olhe longamente os seus trabalhos, tome emprestado suas memórias e entre no seu universo. Ele é muito rico e tem um pouco da história de todos nós, de todos os relacionamentos, de todas as famílias. Toda arte é subjetiva, mas os bons artistas são aqueles que ao compartilhar sua subjetividade materializam, trazem à tona, aquilo que já estava dentro de nós. Wagner Lungov
Uns e outros
A palavra de Deus: Todos os dias posto nas redes sociais, principalmente no Facebook as mensagens bíblicas que me mandam. Hoje revelo quem é que manda: O Ricardo Nunes, essa pessoa incrível na foto com sua esposa Fabiana. Muito grato!
@ A exposição de Rosa Barreiros está no Fórum das Artes, porém devido a fase vermelha as visitas só online, segundo Cristina Cury, Secretaria de Cultura @ A economia do Brasil está no chão,mas os preços de vários produtos só param de subir. Um absurdo! @Mais um ano difícil vamos enfrentar, ou seja, falar em carnaval, festas e aglomerações nem pensar. @Uma cadeia se forma na cidade, o prefeito enclaudsurado seguindo ordens do governo, os comerciantes querendo trabalhar e os hospitais lotados. O que fazer?
@ Na próxima quarta - feira haverá manifesto na cidade. Ao que tudo indica os comerciantes estão fatigados com tanto abre e fecha e fecha e abre de seus negócios.
Praça Isaltino Pereira
Jair Rodrigues Junior e Laís Helena Tomaze� destaco na coluna de hoje. Jair é proprietário da loja Nova BotuCartuchos localizada em frente a Unifac. Os produtos são excelentes. Recomendo!