Edição 70

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 70

SEXTA-FEIRA, 29 de janeiro de 2021

AVANTE, BOTUCATU!!! O REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO, ENILSON KOMONO, É PROMOTOR DE SAÚDE PARA BAURU E REGIÃO E FALA CLARO: “O Governo do Estado de São Paulo não cumpre sua obrigação

com a demanda crônica, antiga, por leitos hospitalares para internação em Bauru e região, faz apenas promessas eleitoreiras, marqueteiras e mentirosas (como a abertura do HC e o recente anúncio, em Botucatu, de 30 leitos pelo secretário Vinholi”. E que “diante do contexto local e a falta do Estado em fazer a ampliação da rede nesses 10 meses de pandemia, causando ainda mais transtorno para os pacientes de outras doenças, a administração municipal pode adotar regras distintas das estabelecidas pelo governo do Estado”. É A PALAVRA ABALISADA DO REPRESENTANTE DO MP. REPETINDO: “a administração municipal pode adotar regras distintas das estabelecidas pelo governo do Estado”.

URGENTE:

QUEREMOS O PREFEITO PARDINI À FRENTE DE BOTUCATU EXIGINDO DO GOVERNO DO ESTADO O FUNCIONAMENTO DO HOSPITAL ESTADUAL COMO O GRANDE HOSPITAL REGIONAL DE COMBATE AO VIRUS CHINÊS! BOTUCATU PRECISA TER VOZ POLÍTICA FORTE! BOTUCATU ESTÁ PREJUDICADA POR ESSA FASE VERMELHA – INCOMPETÊNCIA ! – DO GOVERNO DO ESTADO!!!

HOSPITAL ESTADUAL DE BOTUCATU ESTÁ PRATICAMENTE FECHADO DESDE NOVEMBRO


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Diário da Cuesta

DECRETO DE SUÉLLEN GANHA APOIO DE PROMOTOR DE JUSTIÇA Hailton Medeiros

“Não preciso fechar o comércio, preciso abrir mais vagas de internação”, justificou a prefeita de Bauru Suéllen Rosim na defesa do decreto publicado domingo (24), que impôs restrições da Fase Vermelha à cidade, mas manteve comércio, restaurantes e demais serviços funcionando. A Prefeitura foi imediatamente notificada pela secretaria estadual do Desenvolvimento Regional, que encaminhou o caso ao Ministério Público (MP), com a intenção de fechar tudo. Mas, além da simpatia popular, Suéllen também conta com apoio do promotor de Justiça da Saúde Pública de Bauru, Enilson Komono. “Ao contrário do que o governo [paulista] discursa, o Estado diminui os leitos e corta subvenções, e as cidades é que têm se virado para custear leitos”, resumiu. “Minha posição, portanto, é de apoio à decisão do município de decretar [as regras da fase Vermelha] segundo suas peculiaridades”. Quando Komono fala em corte de subvenções, se refere aos 12% extirpados dos repasses do Estado às Santas Casas e hospitais filantrópicos, que representarão R$ 960 mil a menos para a unidade hospitalar referenciada de Jaú e R$ 1,5 milhão para Marília. O promotor entende que a cobrança estadual de fechamento dos negócios para conter a Covid-19 é “enganosa” e responde com a disponibilidade de leitos de UTI na área do DRS Bauru (onde também está Jaú): eram 149 em setembro do ano passado e hoje são apenas 137. (HORAH – Jornalismo com credibilidade)

Promotor Komono critica postura do Estado e defende decreto alternativo da Prefeitura de Bauru ENILSON KOMONO ADMITE QUE ESTADO REDUZ LEITOS, CORTA SUBSÍDIOS E PENALIZA MUNICÍPIOS O Diário da Cuesta em sua edição de quarta-feira firmou posição contraria às determinações do Governador Doria.

“O promotor entende que a cobrança estadual de fechamento dos negócios para conter a Covid-19 é “enganosa”

WEBJORNALISMO DIÁRIO

ENTE E DA CIDADANIA EM

BOTUCATU

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

ano I Nº 68

QUARTA-FEIRA, 27 de janeiro de 2021

PREFEITURA IMPÕE REGRAS PARA CIDADE NÃO PARAR NA FASE VERMELHA

A prefeita de Bauru surpree ndeu ao divulgar o decreto com as regras para a Fase Vermelha do Plano SP, com início nesta 2ª feira (25). Suéllen Rosim os chamados serviços essencia fez adaptações tanto para is quanto para os demais manteve a obrigatoriedade e do uso de máscaras, álcool em gel e do respeito ao distanci amento social. A diferenç a em relação aos demais municíp ios da região na mesma fase é que a Prefeitura de Bauru permitiu que praticamente todos possam trabalhar. Página 2

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#aculpanãoédocomércio

TODOS SABEMOS QUE ESSE PELAS LOJAS, RESTAURANTES AUMENTO DE CASOS, NÃO SÃO , BARES, LANCHONETES, MIAS, SALÕES DE BELEZA, ACADEE AFINS QUE TRABALHAM COM TODO CUIDADO, RESTRIÇÕES E RESPONSABILIDADE SÃO PELAS AGLOMERAÇÕE S, FESTAS CLANDESTINAS ÇÕES , PRAIAS LOTADAS , ELEISEM FISCALIZAÇÃO. E AGORA, BALHADORES, PAIS DE NOS TRAFAMÍLIA, COMERCIANTES , EMPRESÁRIOS PAGAMOS O PREÇO DA IRRESPONSABILIDADE DE GOVERNANTES E CIDADÃOS. É MUITO MAIS FÁCIL MANDAR FECHAR QUE COLOCAR RESTRIÇ TUDO DO ÕES E FISCALIZAR. DESCUL PEM O DESABAFO MAS É REVOLTANTE!!! SÓ PEÇO QUE DEUS ABENÇO E A TODOS E NOS PROVEN NOSSO SUSTENTO E DIGNIDA HA DE E BORA TRABALHAR "Du Pomar Sucos Naturais

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Diário da Cuesta

NA DEFESA DO MEIO AMBI

e Tapiocaria/Boulevard"

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Diário da Cuesta

A R T I G O Quem sabe um dia JOSÉ MARIA BENEDITO LEONEL E preciso começar assim. Depois de muito longe, lá bem longe, depois do lugar que sou nascido, os mais antigos dos mais velhos contavam a história fazendo sinais e pausas, nos meios e entremeios. Quem tivesse ouvidos, se quisesse que ouvisse. Aconteceu o acontecido muito antes de ter nascido o Genésio, muito antes de ter morrido o Amarildo. Sabe-se lá porquê! De minha parte, só sei de ouvi, um pedaço aqui, um retalho acolá. Tim- tim por tim -tim não sei não. Do que sei posso contar o que posso,

ARTIGO

o que ninguém nega, o que todo mundo diz que sabe. Não conto minhas cismas, que cada qual tem as suas, pudera. Afinal, o que falavam era pra corroer noites de sono, léguas de curiosidade e dúvida. Sempre me pergunto: O inexplicável pode ser entendido na sua plenitude? Há quem pense que sim, há quem pense que não e há quem muda o caminho da prosa. Mas a vida vai andando, cumprindo suas etapas, às vezes com mais pressa do que devia, outras lerdas demais. Pode ser e pode não ser o que dizem

ter sido. Às vezes faz sentido, mas só as vezes. Se me pedirem o começo, o meio e o fim, eu até sei, mas carregando dúvidas. Sabe, vou parar por aqui. São muitas as incertezas, os mistérios. Vou esperar a barra do dia e deixá o tempo apagá ou clareá tudo. Por agora, é o melhor a fazer, não é verdade? Quem sabe um dia...

O PODER DO BRASIL NO MERCOSUL E NO CENÁRIO INTERNACIONAL

MARCELO DELMANTO Durante os anos 2003/2008, participei como representante dos jovens descendentes de imigrantes da Regione Emília-Romagna, representando o Brasil. Tínhamos 2 reuniões anuais dos representantes dos jovens dos outros Continentes, sempre na Itália. Em um desses Congressos pude apresentar um trabalho que, hoje, é mais atual ainda, pois o quadro do Brasil e do Mercosul está cada vez mais consolidado. Atualmente, os Blocos formados por países da mesma região mostram os conflitos entre globalizar e regionalizar. A presença forte e dominante dos Estados Unidos no mercado internacional fez com que as nações revisassem suas estratégias comerciais para o mercado internacional: somente a união entre as nações de um mesmo bloco regional poderia se tornar possível para uma competição efetiva no mercado internacional. Nesse sentido, a Europa gastou meio século (imediatamente após o fim da 2ª Guerra Mundial) de negociações, em nove línguas, para chegar à realidade atual do mercado único e com uma moeda única própria. Esta posição europeia é, sem dúvida, um modelo para o resto do mundo. O MERCOSUL, entre 1990 e 1995, anos que podem ser marcas de sua consolidação é exemplo: as importações que os quatro países (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) que o integram cresceram, no período, 218 %. Enquanto as importações dos outros dois grandes blocos aumentaram muito menos: as da UNIÃO EUROPEIA aumentaram 172% e as do NAFTA (EUA, Canadá e México) apenas 150%. Resumindo: a formação de blocos regionais de comércio pode ser um passo

Projeto São Paulo

necessário para um mundo sem fronteiras. O MERCOSUL no Cenário Internacional O MERCOSUL tem procurado acompanhar a exitosa experiência da UNIÃO EUROPEIA. Inicialmente, com quatro membros: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, está prestes a aumentar para nove o seus países-membros, com Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela. Atualmente, o mercado externo do bloco passa, em 92%, entre Brasil e Argentina. O MERCOSUL foi bom para o Brasil e excelente para a Argentina. Urge agir como um Tratado de Maastrich europeu: é preciso acelerar o processo de “convergência macroeconômica” do bloco nas políticas cambial, monetária, tributária, fiscal e trabalhista. Indiscutível é o comando do Brasil no termo do MERCOSUL: todo o Produto Interno Bruto da Argentina corresponde à receita do interior do Estado de São Paulo (sem a capital de São Paulo), um dos 23 Estados brasileiros; todo o Produto Interno Bruto do Chile corresponde à receita da Grande Campinas (a cidade de Campinas mais as cidades de sua região) que é uma das 600 cidades do Estado de São Paulo; todo o Produto Interno Bruto do

Uruguai corresponde à receita do distrito de Santo Amaro (um dos distritos da capital do estado: São Paulo). Isso significa que o Brasil é a maior economia da América do Sul!!! O Produto Interno Bruto do Brasil será o 5º mercado comprador do mundo em 2005. Nas projeções do comércio internacional (e-commerce) a América Latina movimentará US $ 82 bilhões em 2004. Esse valor é maior que o previsto para Leste Europeu, África e Oriente Médio juntos, que devem gerar US $ 68,6 bilhões . O Brasil comandará esse desenvolvimento, movimentando apenas US $ 64 bilhões, e a Argentina em segundo lugar, com US $ 10 bilhões. Brasil e Comunidade Européia entre os anos de 1993 a 1998 houve um aumento de 116% no comércio entre o Brasil e a Europa, sendo favorável à Comunidade Européia, pois enquanto as exportações européias nesse período cresceram 181%, as exportações brasileiras tiveram um aumento de 31,5%. Em 1993, o Brasil era o 24º comprador de produtos europeus e, em 1997, alcançou o 11º lugar como comprador. A balança comercial, em 1998, ficou com o lado europeu em US $ 2,7 milhões.


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GERAÇÕES DA CIDADANIA BOTUCATUENSE

HOMENS QUE FIZERAM BOTUCATU!

DR. JOSÉ CARDOSO DE ALMEIDA As crônicas antigas do cerimonial conta-nos da piedade e unção do povo de Deus destas bandas comandadas por Monsenhor Ferrari, zeloso sacerdote da época. Os atos religiosos que marcavam o calendário santo tinham toda a grandeza e a pompa da literatura de então. As várias cerimônias da Semana Santa contavam sempre com a presença fiel das autoridades enfarpeladas em seus trajes a rigor. A grande procissão de Corpus Christi saia, regularmente, ao meio-dia, num longo trajeto. O pálio do Santíssimo, carregado pelas autoridades, tinha sempre ao seu lado um ilustre botucatuense vindo, onde quer que estivesse, para o ato religioso. Com respeito humano, na pública confissão de fé religiosa, fazia a guarda do Santíssimo Sacramento e após, segurando uma das astes do pálio, percorria as ruas vermelhas e esburacadas em demanda da Matriz. Esse era o então político Dr. José (Juca) Cardoso de Almeida. Foi então que Botucatu cresceu. O Dr. Cardoso de Almeida demorava-se entre os seus por alguns dias. Visitava a Misericórdia Botucatuense do Dr. Costa Leite e o Santuário do Convento Franciscano de Lourdes de que se fizera grande benfeitor. Na roda de amigos ouvia justos anseios dos políticos locais. Seu apoio era inestimável. Graças a ele e aos seus trabalhos como Deputado Federal, tivemos nós, botucatuenses, a instalação da Escola Normal Oficial, do Bispado Diocesano, o Serviço de Águas e Esgoto, a Energia Elétrica e a construção do Santuário de Lourdes de que foi o grande benfeitor. Muito trabalhou para que Botucatu se classificasse entre outras, como um grande núcleo educacional do interior.

"Graças a ele e aos seus trabalhos como Deputado Federal, tivemos nós, botucatuenses, a instalação da Escola Normal Oficial, do Bispado Diocesano, o Serviço de Águas e Esgoto, a Energia Elétrica e a construção do Santuário de Lourdes de que foi o grande benfeitor." Pertencente ao antigo Partido Republicano Paulista (PRP), foi membro ativo dos governos estadual e federal. Foi Secretário da Justiça (Governo Campos Sales), Chefe de Polícia (Governo Bernardino de Campos), Secretário do Interior e

Justiça (Governo Jorge Tibiriça), Secretário da Fazenda e Interino da Agricultura (Governo Rodrigues Alves), Secretário da Fazenda (Governo Altino Arantes), Presidente do Banco do Brasil (Governo Epitácio Pessoa). Foi ainda representante do Estado de São Paulo, como Deputado Federal e mais tarde, líder da maioria no Governo de Washington Luiz e três vezes relator da Receita e líder da maioria na Câmara Federal. Sua intensa atividade política fê-lo autor de muitas leis, entre elas: a que criou a Polícia de Carreira; a que deu vitaliciedade aos Escrivães; a que reorganizou a Força Pública do Estado de São Paulo; a que criou a Caixa Beneficente para Oficiais da Corporação; a que criou o Instituto Disciplinar. Graças ao seu dinamismo, houve em seu tempo, por sua autoria, a reorganização do Ensino Primário. Foi ele que instituiu a Exposição Nacional de 1908; que proibiu as acumulações de cargos remunerados; que concedeu privilégio aos assalariados rurais; que reduziu as taxas de capatazias na Alfândega de Santos; que ofereceu garantias à Estrada de Ferro Sorocabana (EFS) para o prolongamento de linha Salto Grande a Tibiriça; que fundou as Caixas Econômicas Estaduais; que instituiu os impostos de Comércio e das Casas de Diversões; que criou os Bancos Populares; a Lei de Instalação da Bolsa do Café; Lei de defesa do café no período cruciante contraído com a União um empréstimo de 150 mil contos – do qual adveio vultoso lucro para o Estado e a Fazenda Nacional. Com a vitória da Revolução de 1930, ele foi exilado e morreu, um ano depois, a 6 de outubro de 1931, em Paris. O Dr. Cardoso de Almeida foi o maior botucatuense de todos os tempos. (AMD).


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