Diário da Cuesta
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
III Nº 709
, 14 DE FEVEREIRO DE 2023
Abel Fernando Moreira Ferreira é um treinador e ex-futebolista português que atuava como lateral-direito. Atualmente comanda o Palmeiras, sendo um dos técnicos mais marcantes da história do Clube.
Trinta anos separam Abel Ferreira de Felipe Scolari. “Meu sentimento é de gratidão, antes como jogador e depois como treinador, porque o acho extremamente competente. Foi o último treinador Campeão de Mundo da Seleção Brasileira, jogando muito bem. Ele tem 73 anos e eu 43, e tenho muito a aprender com ele, disse Abel que levou o Palmeiras ao título da Libertadores nas duas últimas temporadas. Pelo Palmeiras, também o Felipão conduziu o time ao primeiro título continental, em 1999, além de diversas outras conquistas.
Felipão foi técnico da Seleção Portuguesa e Abel era um de seus jogadores... É Registro Histórico!
A fama de um técnico de futebol: AYMORÉ MOREIRA!
Tricampeão Paulista e Bicampeão Mundial
BANDEIRANTE
DA EMBRAER: 50 ANOS DE SUCESSO!
PÁGINA 2
ANO
TERÇA-FEIRA
Página 4
Aymoré Moreira: o técnico bicampeão mundial
Aymoré
Moreira teve carreira de relativo sucesso no futebol como jogador, mas foi como técnico que alcançou o ápice ao comandar a Seleção Brasileira na conquista do Bicampeonato da Copa do Mundo, em 1962.
Natural do Rio de Janeiro, Aymoré trocou as luvas de boxe em sua cidade natal, Miracema, pelas de goleiro na capital fluminense. Começou a jogar como ponta direita, mas se tornou goleiro no América no início da década de 1930. Junto com seu irmão, Zezé Moreira, se mudou para São Paulo para defender o Palmeiras e foi Campeão Paulista em 1934 perdendo apenas uma partida na competição, quando o Palmeiras alcançou o Tri-Campeonato Paulista (1932/33/34)
Pela baixa estatura, se diferenciava pela agilidade na meta e pela elasticidade. De volta ao Rio, jogou dez anos no Botafogo e, no período, jogou amistosos pela Seleção Brasileira e foi convocado para a Copa América de 1942, sendo reserva de Cajú
O ápice como treinador
Depois de pendurar as luvas, Aymoré estudou Educação Física no Rio de Janeiro para se tornar treinador. Começou a carreira no Olaria, passou por Bangu e São Cristóvão até voltar para São Paulo para trabalhar de novo no Palmeiras.
Aymoré viveu de idas e vindas no Verdão, deixando escapar títulos importantes, principalmente no início da carreira de treinador, mas também sendo importante em conquistas históricas. Em 1967, foi o comandante do título do Roberto Gomes Pedrosa do Verdão.
Nessa época, Aymoré já era um dos grandes técnicos do futebol brasileiro. Muito porque, em 1962, ele foi comandar a Seleção Brasileira, apesar dos protestos da diretoria do São Paulo, seu clube até então.
Mesmo sem Pelé, que se machucou ainda no começo da Copa, Aymoré conseguiu montar um timaço, aproveitando a base de 1958, e viu Garrincha comer a bola na Copa que terminou com o bicampeonato da Seleção Brasileira. Aymoré deixou a Seleção em 1963, mas voltou em 1968 para iniciar o processo de renovação do time, convocando nomes como Tostão e Rivellino.
O treinador fez carreira também na Europa, dirigindo Boavista e Porto, em Portugal, e Panathinaikos, na Grécia. Encerrou a carreira com passagens no futebol baiano depois de treinar os quatro grandes de São Paulo (além da Portuguesa) e disputar um Ba-Vi contra seu irmão, Zezé. Aymoré faleceu em Salvador, no dia 27 de julho de 1998, em decorrência de parada respiratória e parada cardíaca.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
Diário da Cuesta 2
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Busquei o dia todo o fio da meada para começar a tecer esta estória. Dei-me conta que vinha do cordão umbilical.
O sorriso da minha mãe que veio me visitar durante a noite insistente na minha cabeça. Como aquelas musiquinhas chiclete que você ouve no rádio e começa a cantar do nada e passa o dia cantando sem saber porque.
Pensei comigo: para com isso! De novo vai ser sobre sua mãe?
E porque não? Faz parte!
Desta vez ela estava muito jovem, os cabelos escuros bem penteados e vestia aquele seu guardapó branco que usava no seu trabalho no Posto de Saúde.
Há muito tempo não me lembrava dela desse jeito.
Sorria dizendo: vai dar tudo certo!
E deu.
Passamos os dias pensando o que de pior pode acontecer?
E se passássemos a pensar: o que de melhor pode nos passar?
O que nos toca fazer? Enfrentar.
Tenho uma amiga que seu mantra era: “Simples assim.” De repente do nada uma força vinda das entranhas mostrou as caras.
O que vai nos amedrontar? Nada.
A gente busca força nem que seja debaixo das pedras, no fundo do oceano, dentro das ostras.
Rasga o coração e transforma o que entristece.
Nele estão todas as respostas. Reconheceu o cérebro.
E seguimos sempre em frente, mente clara, coração sábio, tranquilo.
A bola que vier ou se rebate ou se desvia.
No mais vamos encontrando as peças para montar este quebra cabeças que a vida nos deu.
Calmamente, cabeça fria. O que não nos serve, não nos pertence, deixa ir.
Deixa fluir suave como deve ser.
A ferro e fogo também se cria lindas esculturas nuas.
Diário da Cuesta 3
“As coisas assim a gente não perde nem abarca. Cabem é no brilho da noite. Aragem do sagrado. Absolutas estrelas.”!!
(Guimarães Rosa)
Maria De Lourdes Camilo Souza
BANDEIRANTE DA EMBRAER: 50 ANOS DE SUCESSO!
Há 50 anos, mais precisamente em 9 de fevereiro de 1973, a Força Aérea Brasileira (FAB) incorporava à sua frota a aeronave C-95 Bandeirante Um dos maiores êxitos da aviação civil e militar brasileiras, este primeiro modelo do Bandeirante partiu de um projeto do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD) do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos (SP), e autorizado pelo Ministério da Aeronáutica ainda em 1965.
A primeira aquisição do Bandeirante pela FAB ocorreu em 29 de maio de 1970. O contrato previa, por parte da Embraer, o fornecimento de 80 aviões, os quais viriam a ser 56 aeronaves da primeira versão de produção – EMB-110 – designados com o prefixo C-95. A primeira entrega de parte desses aviões foi feita em 9 de fevereiro de 1973.
A fim de otimizar as atividades, em 1978, a FAB adquiriu mais 20 exemplares do modelo da aeronave, em complemento aos 80 já contratados inicialmente junto à Embraer. A versão militar –EMB-110K1 – foi designado na FAB como C-95A.
Os C-95A foram destinados, primordialmente, a missões de transporte de carga, bem como ao lançamento de paraquedistas, sendo operados por diversos Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA), pelo Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2°/2° GT) e por outras unidades, como os Parques de Aeronáutica e as Escolas.
o Bandeirulha nos seguintes Grupos de Aviação (GAv): 1º/7º GAv –Esquadrão Orugan – Salvador (BA) e 4º/7º GAv – Esquadrão Cardeal –Santa Cruz (RJ), e ela ainda opera no 2º/7º GAv – Esquadrão Phoenix – Canoas (RS) e no 3º/7º GAv – Esquadrão Netuno – Belém (PA), desde 1977.
No final de 2012, o Primeiro Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (1º/5º GAv) – Esquadrão Rumba – recebeu os primeiros C-95M, a versão modernizada do Bandeirante, trazendo um novo conceito de aviação – glass cockpit e instrumentos avançados de navegação aérea, que aumentaram as capacidades operacionais e consciência situacional dos tripulantes A versão modernizada do cargueiro provou a sua eficiência na atuação em assaltos a locais de pequeno porte em situações de conflito.
A modernização do Bandeirante incluiu a integração de painel de bordo (aviônicos) de última geração, tais como mapa e displays digitais, sistemas avançados de navegação e comunicação e sistemas adicionais, que visam melhorar o desempenho e a segurança da aeronave
A parte física dos C-95 também foi reforçada para mais 25 anos de voo. Onde antes havia “reloginhos” nas cabines dos anos 70, agora há quatro telas digitais, todas ligadas em uma rede de computadores que “roda” softwares de navegação e comunicação. A lógica é semelhante ao que vemos em tablets, smartphones e videogames: facilitar a interação homem-máquina.
O início do EMB-110
Durante o período de teste pela Embraer, o primeiro voo do Bandeirante, no dia 22 de outubro de 1968, foi acompanhado pelo Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) – conhecido como Esquadrilha da Fumaça, após 110 mil horas de trabalho que contou com cerca de 300 pessoas ao longo de três anos e quatro meses.
O C-95 Bandeirante mostrou-se como uma aeronave de grande valor, realizando missões específicas da Aviação de Transporte, Patrulha e Reconhecimento. Sua versatilidade fez com que a produção perdurasse por quase duas décadas, com 498 exemplares sendo entregues em 36 países, e consolidou-se como um dos aviões mais vendidos na sua categoria, marcando uma nova era no transporte aéreo regional no Brasil e no mundo.
“O Bandeirante simboliza um grande marco para a aviação brasileira. Nascido dos sonhos de visionários como Ozires Silva, teve papel fundamental na integração do Brasil e, ano a ano, se mostrou um bimotor versátil, seguro e capaz de operar em todas as regiões do nosso imenso País. Esse modelo exprime muito mais do que apenas uma aeronave que vem sendo utilizada com pleno êxito pela Força Aérea Brasileira há 50 anos. Ele representa uma parceria vitoriosa que fez nascer a maior empresa da nossa indústria aeronáutica, motivo de orgulho para todos os brasileiros”, disse o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.
Um dos destaques da produção foi a versão de patrulha, que ficou conhecida como ‘Bandeirulha’, responsável pela vigilância do território marítimo brasileiro e desenvolvida em série para atender a demanda. A FAB utilizou
O cinquentenário do primeiro voo da aeronave C-95 foi celebrado pela Força Aérea Brasileira e pela Embraer em cerimônia alusiva, realizada em 26 de outubro de 2018, em São José dos Campos. O evento recriou o primeiro voo da aeronave.
Pioneiro, o Bandeirante EMB110 foi precursor para o que conhecemos hoje como Embraer, abrindo caminho para uma série de aeronaves que vieram a ser posteriormente produzidas pela fabricante brasileira.
O desenvolvimento contou com o apoio de 170 empresas nacionais e um elevado grau de qualidade, para que os componentes alcançassem a precisão solicitada para a montagem da aeronave.
A criação e o progresso da aeronave não só impulsionaram a engenharia aeronáutica no Brasil, mas trouxeram também inovação e tecnologia, com a origem da Embraer.
Devido à sua robustez, a aeronave também foi empregada em regiões remotas e de difícil acesso, como na Amazônia, para missões logísticas e humanitárias, e ainda conectar os mais diversos pontos do território brasileiro. Foram prestados serviços tanto para a FAB quanto para companhias aéreas nacionais, como a Transbrasil e a VASP.
A linha de produção do Bandeirante foi encerrada no final de 1991. No total, foram fabricadas 498 aeronaves, 253 para o Brasil e 245 vendidas para o exterior Imagens:
Força Aérea Brasileira Diário da Cuesta 4