Edição 734

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Diário da Cuesta

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ANO III Nº 734 QUARTA-FEIRA , 15 DE MARÇO DE 2023

“Até tu, Brutus?!?”

Uma pessoa trair a confiança de outra é algo tão antigo que é comum dizer uma frase com mais de 2 mil anos de existência na hora de mostrar surpresa com as atitudes de alguém: “Até tu, Brutus?”

Essa frase teria sido proferida pelo ditador romano Júlio César, no momento de seu assassinato no Senado Romano, do qual participou seu filho Marco Júnio Bruto, ou Brutus, seu enteado que foi reconhecido pelo padrasto durante o atentado no dia 15 de março de 44 a.C. Júlio César estava no auge de sua popularidade e pres�gio militar. Foi quando proferiu a frase que entrou para a história.

(Livro “Júlio César”, de Wiliam Shakespeare, tradução de Carlos Lacerda, 1965, Editora Record)

Caio apresenta o ônibus elétrico eMillennium

A Caio apresentou no C-Move, o ônibus elétrico eMillennium, que agrega inovação aliada à zero emissão de poluentes.

O eMillennium marca

Caio foi uma das grandes estrelas do evento C-Move Brasília, que aconteceu entre os dias 07 e 08 de março no Brasil 21 Convention - Meliá, e discutiu pautas sobre eletrificação, com temas importantes como políticas públicas, infraestrutura e tecnologia relacionadas à mobilidade híbrida e elétrica

Lançado no segundo semestre de 2022, o modelo de carroceria eMillennium foi concebido exclusivamente para chassis movidos à propulsão elétrica por bateria, agregando para o transporte coletivo de passageiros o que há de mais atual em itens voltados à mobilidade sustentável. Além de não emitir gases poluentes, o ônibus é produzido com diversos itens em polímero, material 100% reciclável, que confere alta durabilidade e acabamento superior.

MARLON BRANDO e sua
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elogiada interpretação de MARCO ANTÔNIO

JÚLIO CÉSAR

Júlio César foi um político e militar romano que marcou história ao ser um dos grandes nomes do último século da República Romana. Nasceu em uma família aristocrata de baixa influência, mas conquistou fama por suas habilidades como militar. Foi Governante da Hispânia e o responsável por derrotar as tribos gaulesas e por conquistar a Gália.

Ocupou diferentes cargos da política romana, chegando a ser Cônsul na década de 50 a.C. Foi parte do primeiro triunvirato, junto de Pompeu e Crasso, tornando-se ditador perpétuo depois de derrotar Pompeu na guerra civil. Foi assassinado por um grupo de senadores romanos insatisfeitos com o seu governo e acúmulo de poder.

Resumo sobre Júlio César

• Caio Júlio César era membro dos Julii, uma família aristocrática de baixa influência nos círculos romanos.

• Tornou-se chefe de sua família aos 16 anos, mas fugiu de Roma por conta da perseguição promovida por Sula.

• Ficou conhecido por ser bem-sucedido no exército romano e também como advogado.

• Foi parte do Primeiro Triunvirato, formado junto de Pompeu e Crasso

Júlio César foi um dos grandes nomes da história romana, fazendo parte do primeiro triunvirato e sendo também ditador da república romana.

• Tornou-se Ditador Perpétuo ao final da guerra civil, sendo assassinado por um grupo de senadores romanos em 44 a.C.

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

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Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

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E
CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE
DA

Marco Antônio (Marlon Brando)

“Eles são todos homens honrados. E eles todos são conspiradores tramando o assassinato do imperador. Para contar com o apoio das massas, entretanto, eles sabem que precisam que sua causa ganhe a simpatia do admirado Brutus.”

Em Roma, (exatamente nos idos de março de 44 A.C., como tinha sido previsto) César (Louis Calhern) é assassinado, pois os senadores alegam que sua ambição o transformaria em um tirano. Mas Marco Antonio (Marlon Brando) consegue, em um inflamado discurso, reverter a situação e os conspiradores são obrigados a fugir. A partir de então dois exércitos são formados, um comandado por Marco Antonio e Otávio (Douglass Watson) e o outro por Cássio (John Gielgud) e Brutus (James Mason), sendo que este segundo exército é numericamente inferior, mas os conspiradores preferem cometer suicídio a serem capturados.

A obra de Shakespeare

Júlio César mostra a situação política em Roma em 44 antes de Cristo e aborda temas como disputa de poder, jogos políticos e de manipulação Na trama, o governante Júlio César está cada vez mais poderoso e influente. E, por isso, acaba sendo assassinado por um grupo de políticos, que antes o apoiava.

Quem comanda o ataque é Bruto, pupilo de César, que justifica o ato dizendo que a ambição desmedida do líder estava conduzindo-o à tirania e a única maneira de manter o povo livre e salvar a democracia era por meio de sua morte. O povo romano não só aceita a explicação como ovaciona Bruto feito um herói. No entanto, Marco Antônio, aliado de César, discursa em seguida e é tão eloquente e arguto em seu pronunciamento, que convence os cidadãos de que César não era ambicioso e Bruto é um traidor. Na sequência, os conspiradores são perseguidos, e Marco Antônio busca assumir o poder do Império.

Nossa sugestão é explorar os dois discursos, comparando-os. Você pode até pedir que duas pessoas, voluntárias, fiquem responsáveis pelos papéis de Bruto e Marco Antônio. E o restante da turma represente o povo e vote na apresentação mais convincente. Será que o resultado será igual ao da obra de Shakespeare?

Essa representação pode render também boas discussões. Será que as falas dos políticos de agora têm esse mesmo poder de dissuasão? Será que, hoje em dia, as pessoas mudam de opinião rapidamente, ao gosto do orador mais sedutor?

O ator Marlon Brando interpretou Marco Antônio no filme “Júlio César”, de 1953

Outra sugestão é apresentar à turma as características da retórica, a arte da persuasão, que já existia na Idade Média e era ensinada nas universidades. É bem possível que os todos fiquem curiosos para saber mais a respeito dessa técnica.

Aproveite também para contar que, no original em inglês, a fala de Bruto é em prosa e a de Marco Antônio, em verso. Por que será que Shakespeare fez isso? Certamente, não foi uma escolha fortuita do escritor. Estudar as características da duas manifestações literárias pode dar pistas que ajudem a elucidar essa questão.

Este é um gancho também para falar da importância do pensamento questionador. Todos têm clara a diferença entre senso comum e senso crítico? Na opinião deles, o povo romano, ao exaltar Brutus e execrá-lo em seguida, age de forma ponderada? Usa o senso comum ou exercita o bom senso? E atualmente: será que a maioria das pessoas costuma analisar criticamente o que escuta, assiste ou lê?

A análise do personagem Bruto também pode render ótimos trabalhos. Em sua defesa, ele afirma que matou o líder para o bem de Roma. O que acham desse argumento? Ele pode ser relacionado ao pensamento do autor Nicolau Maquiavel, que diz que os “fins justificam os meios”? Esse conceito continua fazendo parte do mundo atual?

A peça Júlio César ganhou versões para o cinema e a TV Destaque para a produção de 1953, que recebeu vários prêmios e tem o ator Marlon Brando no elenco, e para o filme de 1970, com Charlton Heston.

Diário da Cuesta 3

“Oscar 2023”

Ontem a noite, resolvi ver o Oscar 2023.

Teatro Dolbi, Los Angeles, Califórnia.

Anfitrião: Jimmi Kimmel.

Começa sobre o famoso tapete vermelho: pasmem, a marca registrada: não existe mais.

Tudo branco, onde claramente se vê toda sujeira, depois da passagem de cada suposto astro.

A enorme estatueta dourada num enorme vaso com flores vermelhas na entrada.

Muitos atores e atrizes sendo fotografados em variadas poses.

Admito surpresa que não conheço a maioria daquela gente.

Alguns conseguiram me fazer gargalhar alto devido a sua aparência estranha, cortes de cabelo, roupas tão elaboradas.

Comecei a ver quando Michelle Eow posava para fotos.

Linda, delicada, toda vestida de branco.

E na sequência fui notando que a seguiam outras e mais outras em seus vestidos brancos.

Assombrou-me uma linda mulher que estava carregando algo como um enorme lençol que a envolvia toda e tinha a arrogância de querer travestir algo como uma noiva.

Um só e imenso pano que cobria parte da cabeça e se desenhava como uma cobra pelo corpo.

Algumas de preto.

Muitos vestidos eram cheios de panos transparentes que mal cobriam os corpos.

De repente surgiu o preto e branco unidos.

Uma atriz mal conseguia andar devido ao acúmulo de pano preto sobreposto ao branco.

Uma profusão de pano que tentava dar alguma forma.

Ela tentava desesperadamente mudar de posição aos berros dos fotógrafos imersa nos tecidos e nem conseguia andar ou posar.

Aí surgiu alguém conhecido, sempre charmoso: ninguém nem mais, nem menos que Hugh Grant.

Claro que tinham que inventar uma entrevista polêmica dele com uma modelo.

Assisti a entrevista.

Hugh foi conciso em suas respostas.

Atribuíram que ele teria sido arrogante.

Discordo, afinal: perguntas cretinas e corriqueiras merecem respostas longas?

De repente surge Kate Hudson, muito linda, mas quase irreconhecível.

Precisei olhar duas vezes para identifica-la.

E a enorme fila seguiu.

Alguns quiseram tanto chamar a atenção que pareciam caricaturas.

Uma nipônica com seu cabelo cortado num Chanel, muito armado usando um enorme óculos vermelho para acompanhar o vestido na mesma cor.

Aí ela surgiu, icônica, inesquecível: Cate Blanchet.

Caras e bocas, poses e os fotógrafos gritavam: Cate! Ela ia atendendo os pedidos e divando.

Atrás dela, acho que para dar uma gritante dessemelhança uma simpática gordinha com enorme vestido vermelho os cabelos presos num grande rabo de cavalo.

Melissa não sei oque.

Devo reconhecer que alguns homens me surpreenderam !

A elegância dos smokings, alguns em duas cores, com coletes e casacos bordados. Usavam jóias, correntes e até broches.

Passando à cerimônia em si, e a entrega de prêmios.

Filme: "Tudo no mesmo lugar; ao mesmo tempo"

A música do meu queridinho: Top Gun - Maverick , cantada pela sempre controversa Lady Gaga, vestindo jeans e camiseta esfarrapada, mas a voz grandiosa, essa continua a mesma.

Avatar, O caminho das águas. James Cameron sempre brindando com maravilhosas imagens.

"A baleia" estrelada por Brendan Fraser, emocionadíssimo.

"Entre mulheres" com Frances MacDormand.

"Os Banshees de Inisherin".

Enfim o Oscar: diversão garantida como sempre, mas, ainda perdendo e muito para a grande idade de ouro da telona que já vivemos.

Diário da Cuesta 4

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