Edição 742

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Diário da Cuesta

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ANO III Nº 742

SEXTA-FEIRA , 24 DE MARÇO DE 2023

Cartão de Visitas de Botucatu

Registro Histórico: Ilustração do prof. Vinício Aloise retratando a FAZENDA LAGEADO em plena atividade, com o carregamento das sacas de café. A fazenda pertencia ao irmão do Conde de Serra negra - o maior produtor decafé no Império e na Primeira República

SALVE! Ponte restaurada!

(fevereiro/março 2023)

Desde fevereiro a Ponte do Lageado está restaurada e entregue. Essa ponte é uma importante ligação na mobilidade e logística na Fazenda Lageado. Desde fevereiro de 2020, a ponte foi destruída pelo temporal que aconteceu em Botucatu.

A conquista da Fazenda do Lageado é um marco na História de Botucatu. E essa restauração da ponte propicia a que os botucatuenses, alunos e visitantes possam usufruir do Cartão de Visitas de Botucatu

No livro “Memórias de Botucatu III”, de 2000, à página 107, temos o registro dessa importante conquista no texto ao lado:

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil

Diário da Cuesta 2 EXPEDIENTE
Contato@diariodacuesta com br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689 NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
Gomes
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Lageado: o Cartão de Visitas de Botucatu

A FAZENDA DO LAGEADO – importante “campus” da UNESP – abrigando, hoje, a Agronomia, a Engenharia Florestal e a Zootecnia e, para amanhã, abrigará toda a estrutura funcional da Faculdade de Medicina Veterinária. É um sucesso!

A FAZENDA LAGEADO assume - pela sua história rica e grandiosa – ares mágicos de um passado substancioso a marcar o poderio que foi a produção de café.

No HISTÓRICO DA FAZENDA DO LAGEADO, apresentamos valioso trabalho de pesquisa que publicamos em várias edições do “JOPRNAL DE BOTUCATU”, de autoria da profa. Inês Antonini, da equipe de pesquisas da Faculdade de Agronomia. É um resgate histórico a mostrar que essas conquistas contam, sempre, com a atuação cidadã de homens públicos compromissados com a comunidade que representam.

Hoje, o LAGEADO É O CARTÃO DE VISITAS, O CARTÃO POSTAL DE BOTUCATU! Merecidamente.

Bem administrado pela UNESP, representa o mais importante POLO CULTURAL de Botucatu. Reunindo artistas plásticos, cantores e atores teatrais. Possue TRILHA ECOLÓGICA, com áreas verdes preservadas e prédios históricos em harmonia com modernas e funcionais construções. O MUSEU DO CAFÉ é modelar.

O LAGEADO é a prova provada de que o FUTURO é POSSÌVEL!

O FUTURO, no Lageado é HOJE!!!

“Fazenda Lageado: O Futuro é Possível!”

“É isso aí. Sem tirar nem por.

Hoje, o Lageado é o Cartão de Visitas, o Cartão Postal de Botucatu. Mas é mais, muito mais! Hoje, o Lageado é a prova provada de que o futuro existe e é possível, agora, já!

Botucatu não viu, nos últimos 20 anos, volume igual de obras. Pensou-se grande, sem os adminículos dos políticos menores.

Lá, no Lageado, provou-se que se pode apostar no futuro, com competência e persistência. Lá restou provado que hoje é impossível gerir um empreendimento sem um Plano Diretor que o defina, o limite e o projete para o futuro. Lá, no Lageado, houve uma equipe que acreditou no planejamento racional e apostou tudo nele. E teve sucesso. Tanto é assim que hoje já está em sua segunda experiência administrativa à frente da Agronomia da UNESP, tendo uma magnífica obra para mostrar.

No dia 24 de Maio comemorou-se mais um aniversário da Agronomia de

Botucatu. Bem a propósito. Houve comemoração. Registro da história. Discursos. Nada mais justo. Hoje, o Campus do Lageado, pertencente à UNESP, abriga vários outros cursos universitários.

Mas eu me permito prestar um testemunho para que se registre o trabalho e a liderança de quem soube acreditar no planejamento, exercer a sua liderança e partir para a construção do futuro.

Em sua primeira gestão como Diretor da Agronomia, o Professor Ricardo de Arruda Veiga, soube montar uma coesa equipe técnico-administrativa. Sem descuidar da área docente, arregimentou excelentes colaboradores. Entregou à competência do arquiteto Eugênio Monteferrante Netto a incumbência da elaboração do Plano Diretor do Lageado Não é preciso dizer que o resultado foi uma obra prima... a partir daí, mãos à obra...

Lembro-me que em 1987 fui convocado pelo Dr. Ricardo para promover um contato com o então Vice-Governador Almino Affonso, a quem eu prestava assessoria. Fomos a São Paulo bem cedo, o Dr. Ricardo, o Dr. Monteferrante e eu, levados pelo Adilson. Falamos com o Almino, chegamos à Secretaria dos Transportes (ligada politicamente ao Almino) para tentar conseguir a Patrulha Rodoviária (Serviços de máquinas pesadas para terraplenagem, abertura de estradas, etc ) para abrir as novas vias de comunicação (avenidas) do Lageado. Para isso seria pago apenas o

combustível. Houve outras colaborações políticas. Conseguiu-se o objetivo: o maior volume de movimentação de terra já visto na cidade. Faltava o asfaltamento Ao depois, contatos políticos para conseguir o asfalto. Muita luta. Muitas promessas. Por fim, num trabalho “interna-corporis”, o Dr. Ricardo conseguiu da Reitoria a verba necessária. Após quase um decênio de lutas, estava tudo pronto... Vitória!

No entanto, é preciso que se destaque a garra e a persistência do Prof. Ricardo de Arruda Veiga e a competência de toda a sua equipe. O respeito ao Plano Diretor e a postura de preservá-lo às naturais resistências dos contrários às mudanças...

Valeu a pena!

O Lageado, hoje, é a certeza de que o futuro é possível... É a maior obra turístico-viária de Botucatu dos últimos 30 anos...

Desde o seu início com tantos professores desbravadores e competentes. Com a firmeza na Direção do Kimoto, do Júlio Nakagawa, do Flávio Abranches e, por duas vezes, com o comando seguro do Ricardo Veiga.

Valeu a pena!

Hoje, ao comemorar mais um aniversário, a Agronomia (Lageado) assume a certeza de que é o Cartão de Visitas, o Cartão Postal de Botucatu. O Lageado e a UNESP comemoram o futuro que chegou. Botucatu comemora a descoberta de uma equipe competente e arrojada que lhe deu a grande obra deste final de século.

Visitem o Lageado!

Vejam que o futuro é possível...”

(“Memórias de Botucatu”, Armando M. Delmanto, 2ª edição, 1995)

Diário da Cuesta 3

EsporteDestaque em Futebol, rock’n roll e respeito às diferenças – Conheça o St. Pauli

Clube que disputa a segunda divisão da Alemanha mostra que o futebol é apenas mais um ingrediente em seu cotidiano

O torcedor de um clube de futebol geralmente sonha em ver sua equipe disputando os principais campeonatos pelo mundo, conquistando títulos e ter os melhores jogadores vestindo as cores de sua equipe.

Para os torcedores do St. Pauli, isso passa bem longe. Para os fanáticos desse pequeno clube da cidade Hamburgo, o mais importante é manter vivo os seus ideais e a mística que cerca essa peculiar equipe.

Fundado em 1910 no bairro de Sankt Pauli, o clube homônimo é mais conhecido por seus feitos fora de campo, com seu poder de estar um passo à frente em relação aos demais.

O clube tem uma cultura de esquerda entre a maioria de seus torcedores. Aliado a isso, é comum ver em partidas da equipe bandeiras com o rosto de Che Guevara, além de manifestações contra o fascismo, o racismo e machismo.

Outro fato interessante na agremiação é que ela foi a primeira ter em seu cargo máximo um presidente homossexual assumido: Corny Littman ocupou o cargo entre 2002 e 2010.

Na arquibancadas do acanhado, mas moderno Millerntor-Stadion se vê, além dos torcedores tradicionais, “gente como a gente”, pessoas com um visual punk, rockeiros, com suas tatuagens, piercings e alargadores, trazendo consigo, além das cores e escudo do time, a famosa bandeira com a caveira pirata, um símbolo não oficial do time.

A pegada rock’n roll se estende aos gramados: A trilha sonora da entrada do time em campo, nada menos que Hells Bells, do AC/DC e, em cada gol marcado pela equipe, outro clássico ecoa no estádio: Song 2, do Blur.

Ainda que nas quatro linhas as conquistas passem longe, fora de campo, clube e torcida podem ser celebrados como se campeões fossem.

O Sankt Pauli é a favor da vinda de refugiados, dando ajuda e abrigo.

Outro fato que atrai a atenção é o olhar que a instituição tem com as minorias.

A Fanladen do St. Pauli é uma espécie associação que serve o torcedor e que é independente do clube, mesmo funcionando nas dependências do estádio.

Essa instituição é a responsável por organizar as excursões para os jogos fora de casa, dá assistência aos torcedores visitantes, resolve qualquer divergência que envolva a torcida e/ou a comunidade do bairro.

A Fanladen ainda funciona como centro de acolhimento e assistência para as crianças, sendo que muitas aparecem para utilizar as instalações do clube após a escola, com seus funcionários dando o apoio estrutural e até psicológico necessário.

Esse braço não oficial do clube ainda organiza eventos de solidariedade, de apoio às causas libertárias, torneios de futebol para mulheres, além de juntar doações para grupos de refugiados dentro e fora de Hamburgo, apoiando exposições sobre a história

do Holocausto.

Visando a proteção à mulher, já organizou cursos de autodefesa para mulheres para a sua torcida e comunidade como forma de combater o machismo e o sexismo, outras bandeiras levantadas com orgulho e vigor pelo clube.

Outro feito que chama a atenção foi a criação da Copa do Mundo da FIFI em 2006 e que contou apenas com a presença de países sem representação na FIFA.

Com um conceito e história tão ricos arraigados em sua torcida, pouco importa se o time disputa a elite contra um Bayern de Munique ou está jogando a terceira divisão contra uma equipe qualquer. No St. Pauli, a transmissão desses valores é verdadeiro motivo de luta e orgulho.

O futebol em todo esse contexto, é apenas um dos outros tantos ingredientes que fazem a equipe de Hamburgo ser tão admirada, tanto dentro como fora da Alemanha.

Diário da Cuesta 4
Alves
Vinícius

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