Edição 756

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Diário da Cuesta

Grandes Conquistas

de Botucatu: NOSSA ESCOLA INDUSTRIAL + o COLÉGIO TECNICO INDUSTRIAL + a FATEC !!!

Registro Histórico

Era inevitável que a criação de um Colégio Técnico Industrial em nossa cidade passasse a ser o grande objetivo de Botucatu, prestes a entrar no seu 3º Ciclo Industrial. Seria a complementação lógica e ideal de nossa Escola Industrial. Ao depois, a tão esperada criação e instalação da Faculdade de Tecnologia – FATEC. Páginas 2

Programação do Aniversário de Botucatu. Página 5

DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III Nº 756 SEGUNDA-FEIRA , 10 DE ABRIL DE 2023
NA
Colégio Técnico de Botucatu - hoje denominado Escola Estadual de 2º Grau «Dr. Domingos Minicucci Filho» Homenagem ao Governador Armando de Salles Oliveira no saguão de entrada do prédio da Avenida Santana

Colégio Técnico Industrial Grande conquista educacional de Botucatu !

No tradicional jornal botucatuense “Correio de Botucatu”, tendo como Diretor e ProprietárioPlínio Paganini e na sua redação o Neder Filho ( Rabib Neder), tinhamos, na edição de 25/06/70, a notícia da movimentação pelo nosso Colégio Técnico Industrial: «Esteve em S.Paulo a fim de tratar da instalação do Colégio Técnico em nossa cidade o Prof. Waldemar Sartori, diretor substituto do Ginásio Industrial Armando de Salles Oliveira. O novo Coordenador do Ensino Técnico de São Paulo, professor José Bonifácio Andrada Jardim, deixou bem claro na reunião realizada de que serão instaladas duas unidades em São Paulo e 5 no interior, estando incluída a cidade de Botucatu...»

poderia passar desapercebida. A nossa cidade, que já conta com o Ginásio Industrial “Dr Armando de Salles Oliveira”, passou a contar com o Colégio Técnico Industrial para a formação de sua juventude. É com prazer que registramos esse acontecimento. A belíssima solenidade teve a participação do Coral das Igrejas Evangélicas de Botucatu, sob a regência da Profa. Wilma de Souza Freire e, também, da organista, Profa. Márcia Furrier Guedelha O paraninfo foi o Prof. Jorge Pinheiro Machado e o Orador foi o jovem Celso Romero.”

( “Vanguarda de Botucatu”, de 20/03/75).

Leitura Dinâmica:

Era inevitável que a criação de um Colégio Técnico Industrial em nossa cidade passasse a ser o grande objetivo de Botucatu, prestes a entrar no seu 3º Ciclo Industrial. Seria a complementação lógica e ideal de nossa Escola Industrial.

Homenagem ao Governador Armando de Salles Oliveira no saguão de entrada do prédio da Avenida Santana

No mês seguinte, novamente o decano de nossa imprensa, o «Correio de Botucatu», edição de 26/07/70, registrava a conquista tão batalhada:

“Concretizada Uma Velha Aspiração

O Governador Abreu Sodré assinou na última quinta-feira, decreto autorizando a instalação de 15 novos Colégios Técnicos Industriais na capital e no interior. Dentre as cidades do interior beneficiadas, encontra-se Botucatu.

Essa era uma velha aspiração da gente que toma conta do Ensino em nossa cidade, vindo a Unidade Escolar trazer muito mais grandeza ao já enorme Setor Educacional de Botucatu.

A instalação desse Colégio estava sendo aguardada há muito tempo, mas somente agora o Governador do Estado houve por bem assinar o decreto autorizando seu funcionamento de maneira definitiva.

No ato de assinatura estiveram presentes no Palácio dos Bandeirantes os professores botucatuenses: Waldemar Sartori - Diretor da Escola Industrial; Jonas Alves de Araújo, Elias Ferrari, Alfredo Tortorela e Amilcar Potiens -uma atividade altamente eficiente nesse setor.

1978- Pela Lei nº 1670, de 01/07/78, o Colégio Técnico de Botucatu passou a ter a denominação de Escola Estadual de 2º Grau «Dr. Domingos Minicucci Filho», sendo que o tradicional prédio da Avenida Santana passou a sediar essa escola, indo o antigo Ginásio Industrial “Dr. Armando de Salles Oliveira”, para um novo prédio na Vila Mariana.

Domingos Minicucci Filho, botucatuense nato, completou seus estudos secundários em Botucatu, diplomando-se Cirurgião Dentista pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto Exerceu com muita dedicação suas atividades profissionais, especialmente como Dentista Escolar do DENPAO em algumas escolas estaduais de Botucatu. Atuou também no magistério, lecionando Física na EEPSG “Dr. Cardoso de Almeida”. Contratado pelo Albergue Noturno, prestou serviços profissionais aos carentes e aos moradores dos bairros próximos do Albergue, inteiramente gratuítos.

A revista PEABIRU é um dos mais importantes acervos da História de Botucatu. Em 1998, na edição de novembro/dezembro, nº 12, publicou todo o histórico da luta pela conquista da ESCOLA PROFISSIONAL, na segunda metade dos anos 30, ao depois transformada em ESCOLA INDUSTRIAL “DR. ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA” e, atualmente, faz parte das ETCs do Governo Paulista. No final dos anos 60 e início dos anos 70, governava o Estado de São Paulo, o dr. Roberto Costa de Abreu Sodré, irmão do saudoso Deputado Federal Constituinte por Botucatu, dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré (que havia sido Promotor Público em nossa Comarca) e que tão bem representou a nossa cidade e garantiu tantas conquistas até 1937, quando a Ditadura Getulista fechou o Congresso Nacional e as Assembléias Legislativas. A presença de seu irmão no Governo do Estado constituiu-se em feliz coincidência e encheu de esperanças os botucatuenses.

Mas a coincidência aumentava ao encontrarmos em um dos mais expressivos cargos do Governo do Estado, o dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré Filho, Engenheiro que dirigia o FECE - Fundo Estadual de Construções Escolares Ainda no campo das coincidências felizes, participavamos da Assessoria do Governador Abreu Sodré, e tinhamos como a mais grata das “tarefas” complementar a obra iniciada por nosso tio Dante Delmanto, na conquista da Escola Industrial, em 1936.

Essa “BANDEIRA DE LUTA”, era o objetivo político maior de meu pai, Antônio Delmanto, e meu. Foi a maior conquista de Botucatu depois da criação das Faculdades Oficiais (FCMBB).

Antônio e Armando Delmanto na luta pela conquista do Colégio Industrial

De destaque a ajuda e apoio constantes do dr. José Henrique Turner -Chefe da Casa Civil do governo do Estado - e do dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré Filho que sempre facilitou e incentivou as nossas reivindicações, vividas em tantas viagens a São Paulo, com a presença constante dos Profs. Waldemar Sartori e Jonas Alves de Araújo

O Chefe da Casa Civil do Governo Abreu Sodré, José Henrique Turner, foi muito importante na conquista do Colégio Industrial. Na foto, Turner e Armando Delmanto.

Há a necessidade de se salientar o grande apoio conseguido junto ao sangue jovem de Armando Delmanto, um batalhador das causas botucatuenses junto aos poderes maiores que regem o Estado de São Paulo. Anexos a esses Colégios, funcionarão também cursos de Ensino Médio de Primeiro Ciclo, Pluricurriculares e de Aprendizagem Profissional, articulados entre si ou isolados.»

Remodelação do Prédio

A comitiva de professores botucatuenses, em São Paulo, foi também ao FECE - Fundo Estadual de Construções Escolares - onde conseguiu a aprovação de medida determinativa para que o atual prédio onde funciona a Escola Industrial de Botucatu seja reformado. O estabelecimento atual, portanto, será ampliado, havendo maiores possibilidades de que as classes futuras sejam muito mais aparelhadas.”

No jornal «Vanguarda de Botucatu», de 30/07/70, encontramos o registro da auspiciosa notícia para Botucatu da criação do Colégio:

«O Colégio Técnico Industrial de Botucatu funcionará no próximo ano. O trabalho desenvolvido pelo Armando Delmanto junto ao Governador Abreu Sodré e ao Dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré Filho - Diretor do FECE, foi coroado de pleno êxito.

No dia 23 , no Palácio dos Bandeirantes, presentes o Prof. Waldemar Sartori, Diretor Substituto do Ginásio Industrial “Dr. Armando de Salles Oliveira”, e vários professores do estabelecimento, foi assinado e determinado pelo Governador o funcionamento do Colégio Técnico, que constitui uma das maiores aquisições de nossa cidade universitária.”

O jornal “A Gazeta de Botucatu”, sob a Direção de Osmar Delmanto, em sua edição de18/09/70, registrava o grande evento para Botucatu:

“Colégio Técnico Já Vem Visando a ampliação do prédio do Ginásio Industrial Dr. Armando de Salles Oliveira, para possibilitar o funcionamento já no próximo ano do Colégio Técnico que acaba de ser criado em nossa cidade, alguns professores daquele estabelecimento de ensino, acompanhados pelo Sr. Armando Moraes Delmanto, do gabinete do Governador do Estado, estiveram a semana passada no “FECE”.

Pelos entendimentos mantidos, prevê-se, com toda a probabilidade, que o novo colégio oficial já possa no próximo ano estar ministrando aulas aos seus primeiros alunos.

Trata-se de um estabelecimento de ensino de extraordinária importância para o desenvolvimento nacional que, aliado ao ensino profissional de alta categoria que vem sendo ministrado há anos pela nossa escola industrial será, por certo, a semente da Faculdade de Tecnologia que virá enriquecer o ensino superior botucatuense.

A imprensa botucatuense destacou com entusiasmo a grande conquista do nosso Colégio Técnico Industrial.

E as providências para a reforma e ampliação do prédio para o Colégio Industrial quando começaram a ser tomadas, foram devidamente divulgadas, conforme o Diário Oficial do Estado, de15/09/1970:

“...Autorizou o governador concorrência urgente para a ampliação do prédio onde será instalado o recém-criado Colégio Industrial de Botucatu, antiga aspiração do povo daquela localidade.

A fim de acertar as providências para cumprir essas determinações governamentais, estiveram reunidos os srs. Armando Delmanto, de Botucatu, e Antonio Carlos de Abreu Sodré, diretor do FECE.”

No ano de 1975 , acontecia a formatura da primeira turma do Colégio Técnico:

“1ª Turma de Técnicos em Mecânica e Eletrônica

A cidade de Botucatu esteve engalanada nos dias 14 e 15 de fevereiro quando ocorreu a formatura da 1ª Turma de Técnicos em Mecânica e Eletrônica do Colégio Técnico Industrial de Botucatu. A importância do acontecimento não

1992 - A ETESG “Dr. Domingos Minicucci Filho” passou da rede oficial de ensino para a Secretaria de Ciência e Tecnologia, através do Decreto 34.032, de 22/10/91, integrando a DEET - Divisão Estadual de Ensino Tecnológico.

1993 - Decreto nº 37 735, de 27/10/93, transferiu as Escolas Técnicas Estaduais (as ETEs) para o Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza” - CEETEPS - autarquia de regime especial vinculada e associada à UNESP.

1996 - A escola se denomina ETE «Dr. Domingos Minicucci Filho”, integrando o quadro de 90 escolas técnicas em todo Estado, vinculadas ao CEETEPS

Jubileu de Prata 1971 - 1996

Apesar das constantes mudanças ocorridas no ensino técnico estadual, o nosso Colégio Técnico Industrial “Dr. Domingos Minicucci Filho” conseguiu prestar excelentes serviços à juventude botucatuense. A procura pelos técnicos formados em Botucatu ficou famosa. Tanto da Capital como do ABC, as industrias paulistas disputavam o concurso dos técnicos botucatuenses.

FACULDADE

DE TECNOLOGIA - FATEC

Primeiramente, tivemos a Escola Industrial (Escola Profissional Secundária - 1936), após 34 anos conseguimos o Colégio Técnico Industrial - 1971 e, no ano de 1996, comemoramos o Jubileu de Prata da criação do Colégio Técnico Industrial e os 60 anos da criação da pioneira Escola Profissional...

Mas era preciso caminhar. Era preciso completar o ciclo iniciado com idealismo em 1936: Botucatu quer a sua Faculdade de Tecnologia !

O assunto não é novo Já em 1970, ao analisarmos a criação do Colégio Técnico Industrial, diziamos que...”com a complementação que o Colégio Técnico dará ao Ginásio Industrial, serão milhares de jovens botucatuenses que estarão aptos a enfrentar o problema da mão de obra especializada. Botucatu estará adaptando-se, através da mão de obra especializada, para transformar-se em celeiro da técnica, em verdadeiro chamariz de novas e grandes industrias.

Mas em termos de concorrência com as demais cidades do Interior do Estado é preciso completarmos o ciclo tecnológico que está vivendo a nossa cidade: no próximo ano, pleitearemos do Governo do Estado a instalação da Faculdade de Tecnologia, e a instalação do Distrito Industrial em nossa cidade será de inevitável certeza....” (“Vanguarda de Botucatu”, nov./70)

A luta continuou...Nada acontece sem muito trabalho, sem muito empenho. Vejam a Escola Profissional Secundária de Botucatu (Escola Industrial): criada em 1936, somente teve concluído seu majestoso prédio no ano de 1947 e, somente depois de 34 anos, conseguiu o seu Colégio Técnico Industrial em 1971 !

Nos anos de 1983/88 e de 1989/92, o Vereador Antonio Carlos Cesário batalhou pela criação da FATEC. À partir de 1993, o Vereador Arthur Sperandeo de Macedo, filho do então Reitor da UNESP, realizou intenso trabalho com grande possibilidade de exito, eis que a FATEC, através do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, tinha relação direta com a UNESP.

Em 1998, porta de entrada do novo século, a luta continuou... Os estudos técnicos realizados já concluiram pela viabilidade da nossa Faculdade de Tecnologia - FATEC.

Hoje, a FATEC é uma feliz realidade para Botucatu e região. Numa iniciativa do Deputado Estadual Milton Flávio, representante de Botucatu na Assembléia Legislativa, Botucatu conseguiu a sua Faculdade de Tecnologia, criada pelo Decreto-Lei nº 39.695, de 16/12/1994, tendo sido instalada no ano de 2002.

(Revista PEABIRU, nº 12/1998 e Blog do Delmanto, 02/11/2019)

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Colégio Técnico de Botucatu - hoje denominado Escola Estadual de 2º Grau «Dr. Domingos Minicucci Filho»

ESCOLA INDUSTRIAL: 80 ANOS DE SUCESSO!

A revista PEABIRU é um dos mais importantes acervos da História de Botucatu. Em 1998, na edição de novembro/dezembro, nº 12, publicou todo o histórico da luta pela conquista da ESCOLA PROFISSIONAL, na segunda metade dos anos 30, ao depois transformada em ESCOLA INDUSTRIAL “DR. ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA” e, atualmente, faz parte das ETCs do Governo Paulista.

Escola Industrial “BOTUCATU : Em busca de progresso e desenvolvimento, Botucatu consegue as suas primeiras escolas, suas primeiras indústrias ( 1º Ciclo Industrial), sua Diocese (1908), sua Escola Normal (1910/11), o Colégio dos Anjos - Santa Marcelina (1912), o Colégio Diocesano Nossa Senhora de Lourdes, ao depois Arquidiocesano, hoje La Salle (1913), Escola de Comércio (1919) e a Escola Profissional, posteriormente Escola Industrial (1936). Passa por uma grande crise (1929/30) que se arrasta pelos anos 30/40, passa por seu 2º Ciclo Industrial, consegue as Faculdades Oficiais (Medicina, Medicina Veterinária, Agronomia e Biologia), hoje destacado Campus da UNESP, em 1962, e, em meados dos anos 70 tem início o seu 3º Ciclo Industrial que traz uma perspectiva sólida para o seu futuro. Com uma população estimada em 140 mil habitantes, Botucatu começa a representar importante pólo de desenvolvimento industrial no Estado e são concretas as possibilidades de vir a sediar uma Universidade Regional Estadual, tendo como base o Campus local da UNESP.

Para o ano 2.000, graças a sua privilegiada posição geográfica, fica para Botucatu a esperança de vir a sediar a futura Capital do Estado de São Paulo, cuja mudança para o interior foi expressamente prevista pela Constituição Estadual, promulgada em 1989” (do livro «Memórias de Botucatu 1”, 2ª edição, págs. 19/20, 1995)

Nesse cenário está resumida a história das conquistas de Botucatu... A cada vitória, a cidade crescia, redobrava as suas forças, caminhava com firmeza para o futuro

Esse era o espírito no longínquo ano de 1936 ! Após a Revolução Constitucionalista de 1932, passando pela Assembléia Constituinte Paulista de 1934, a cidade de Botucatu reunia suas forças e vislumbrava boas perspectivas para o seu futuro. A perda irreparável de seu grande chefe político, Dr. José (Juca) Cardoso de Almeida, que como líder político do Presidente Washington Luís, foi exilado com a Revolução de 30, vindo a falecer em 1931 em Paris, marcara tristemente a nossa cidade

Assim, a presença do Dr. Cantídio de Moura Campos (primeiro botucatuense formado em Medicina) como Secretário Estadual da Educação e Saúde Pública, no Governo de Armando de Salles Oliveira, mais a representação oficial na Assembléia Legislativa, com o Deputado Estadual Constituinte, Dr. Dante Delmanto, e a representação oficial na Câmara dos Deputados, com o Deputado Federal , Dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré, passaram a representar a esperança de um futuro mais promissor.

Com a Escola Normal, a nossa cidade já ostentava foro de primoroso centro irradiador de cultura... Era preciso uma atenção maior para o ensino técnico-profissionalizante. A busca de tecnologia a credenciar a cidade como pólo industrial privilegiado, passou a ser a grande aspiração dos botucatuenses.

O Governo de Armando de Salles Oliveira ficaria marcado pela modernidade: a implantação de Escolas Profissionais, a idealização e criação do IDORT e, principalmente e com destaque, com a implantação da Universidade de São Paulo - USP São Paulo começava a assumir o seu perfil de locomotiva do Brasil...

Aí começou a surgir o sonho maior de Botucatu: ter a sua Escola Profissional !

De início todo o apoio do Prefeito Carlos César Em seguida, todo apoio do Prefeito Nestor Seabra...

A “Folha de Botucatu”, de 01/01/1936, trazia a manchete tão esperada: “A Nossa Escola Profissional”, destacando em sub-título: “Foi apresentado o projeto de criação da Escola Profissional de Botucatu no Congresso Estadual - Telefonemas e Telegramas dos Srs. Dr. Cantídio de Moura Campos e Dr. Dante Delmanto.”

E prosseguia no texto: “Em nosso número 10, de 3 de maio do ano que ontem se findou, demos a primeira nota sobre a necessidade de ser criada a Escola Profissional de Botucatu, um velho desejo do nosso povo.

Essa campanha iniciada em 3 de maio, continuamos até hoje, com uma insistência às vezes exagerada que chegou a desagradar os nossos amigos políticos locais e os nossos representantes

no Legislativo e no Executivo.

São recentes os nossos artigos em que, aproveitando a vinda do Dr. Cantídio de Moura Campos à nossa cidade, relembravamos a promessa feita por S.Exa. , obtendo a reafirmação da sua promessa de 8 de Setembro.

Sábado último, quando já estava quase todo o jornal impresso, recebemos de parte do ilustre dr. Secretario da Educação e Saúde um telefonema em que nos era comunicado ter sido apresentado o projeto de criação da Escola Profissional de Botucatu pelo jovem e ilustre tribuno dr. Dante Delmanto que brilhantemente representa a nossa cidade no Legislativo Estadual.

Infelizmente não nos era mais possível dar a alvissareira notícia em primeira mão.

Anteontem recebemos do dr. Dante Delmanto, o telegrama que abaixo publicamos:

Redação “Folha de Botucatu”

Tenho grande prazer comunicar essa ilustre redação que de acordo senhor Secretário da Educação já apresentei Assembléia projeto referente Escola Profissional Secundária de Botucatu, que será criada ainda este ano.

Cordiais Saudações, Dante Delmanto

A notícia repercutiu em nossa cidade grandemente, tendo-se espalhado por todos os cantos e provocado vivas manifestações de alegria de todo o povo botucatuense.

É realidade a maior aspiração do nosso povo.

É preciso não esquecer que o Sr. Carlos Cesar, quando Prefeito da nossa cidade, teve oportunidade de referir-se à Escola Profissional, assunto de que já havia tratado com as autoridades do Estado.

na porta da redação.”

A “Folha de Botucatu”, sob o comando competente de Pedro Chiaradia firmava posição e apresentava, incontinenti, telegramas ao Governador Armando de Salles Oliveira, ao deputado botucatuense Dante Delmanto e ao Secretario da Educação Cantídio de Moura Campos apresentando os cumprimentos por tão importante conquista.

Botucatu sempre foi rica em termos de imprensa e sempre teve a positiva disputa entre seus órgãos de imprensa

Se a “Folha” era posicionada politicamente a favor do Partido Constitucionalista, o decano dos jornais botucatuenses, o “Correio de Botucatu”, sob o comando vigoroso de Manoel Deodoro Pinheiro Machado, alinhado ao famoso PRP, também apresentava o seu posicionamento:

“Do Ilustre Deputado Botucatuense à Assembléia Paulista, Dante Delmanto, recebemos expressivo telegrama sobre o Projeto de criação de uma escola Profissional:

Redação do “Correio de Botucatu”

Tenho grande prazer comunicar a essa ilustre redação que de acordo com o sr. Secretário da Educação já apresentei Assembléia projeto referente Escola Profissional Secundária de Botucatu que será criada ainda este ano.

Cordiais cumprimentos, Dante Delmanto

ESCOLA PROFISSIONAL SECUNDÁRIA, em seu prédio de 1936, onde havia residido a escritora Maria José Duprè.

A “Folha de Botucatu” se rejubila com essa sua primeira e grande vitória.

Botucatu fica devendo ao Partido Constitucionalista nas pessoas dos seus representantes no Executivo e no Legislativo e o seu diretório local, essa contribuição de assinalado vulto que vem ser um novo e decisivo fator para o seu progresso, para a sua grandeza e para o seu desenvolvimento.

Redimen-se os políticos de Botucatu, com a criação da nossa Escola Profissional de quaisquer atos ou gestos que tenham de qualquer forma desagradado.

Cumpre ao povo botucatuense, agora, cerrar fileiras em torno dos seus expoentes políticos que fazem a pujança e a grandeza do

P. Constitucionalista, prestigiando-os como merecem pelo bem que fizeram à nossa terra.

O Partido Constitucionalista nasceu em Botucatu, e é preciso que, aqui, agora e sempre, como demonstrou nas eleições de 14 de Outubro, ele se coloque na vanguarda, em torno da figura ímpar de estadista modêlo, - Dr. Armando de Salles Oliveira - o Governador de S. Paulo

Do dr. Dante Delmanto, sobre o mesmo assunto, o Sr. Jayme de Almeida Pinto recebeu o telegrama abaixo:

Dr. Jayme Pinto - Botucatu

Comunico prezado colega e amigo já ter apresentado Assembléia projeto criando Escola Profissional Secundária em Botucatu que será uma realidade ainda este ano. Abraços e felicidades 1936.

Dante Delmanto

Ontem, às 21 horas, recebemos uma telefonada do dr. Dante Delmanto comunicando haver sido aprovado o projeto por ele apresentado ao Congresso Estadual.

Por esse motivo, em regozijo foram soltados foguetes

Escola Industrial:

Acima, em 1948

Abaixo, atual fachada 50 anos depois...

Com a manchete acima, em sua edição de 31/12/35, o “Correio de Botucatu” iniciava o seu posicionamento sobre a conquista Em seu Editorial, de autoria de Adolpho Pinheiro Machado, a posição oficial do jornal:

“...Acaba de chegar ao conhecimento que o Dr. Dante Delmanto, outro filho ilustre de Botucatu e que ocupa no parlamento paulista uma posição de grande destaque pelo fulgor de sua inteligência, apresentou de comum acordo com o Sr. Secretário da Educação, o projeto para criação da Escola Profissional Secundária nesta cidade, o qual já foi aprovado em segunda discussão.

Mais auspiciosa notícia não poderia haver, pois vemos que os nossos conterrâneos e representantes junto ao Governo de S. Paulo, não esquecem da cidade que os viu nascer, procurando sempre dotá-la de tudo que lhes esteja ao alcance.

Com esse serviço prestado a Botucatu, os Drs. Cantídio de Moura Campos e Dante Delmanto deixam assinalado no cenário político de suas públicas funções, com um empreendimento de vulto, o elevado grau de estima e consideração em que tem a terra que os cercou na infância de grandes carinhos, e, hoje, elementos de destaque no governo paulista, rodeia-os de forte simpatia e inesquecível gratidão.»

Era uma só voz em Botucatu. A cidade unida comemorava a grande conquista... O Sr. Jayme de Almeida Pinto, pelo diretório local do Partido Constitucionalista e o sr. Emílio Peduti, pela Associação Comercial também expressavam, através de telegramas, o entusiasmo pela grande conquista e os cumprimentos aos Srs. Governador Armando de Salles Oliveira, Secretário da Educação Cantídio de Moura Campos, Deputado Federal Antonio Carlos de Abreu Sodré e Deputado Estadual Dante Delmanto.

Diário da Cuesta 3
Cantídio de Moura Campos

Diário da Cuesta 4

O Terreno e o Prédio

A paz entre os aguerridos órgãos de imprensa duraria até o posicionamento da “Folha” favorável a que se escolhesse logo o local para a construção do prédio e que se instalasse provisoriamente a escola em prédio provisório. O “Correio” alfinetava que o concorrente estava querendo ser mais realista que o Rei...

E Pedro Chiaradia apresentava em editorial a sua sugestão para a localização da Escola Profissional. Parecia premonição...

Tão especial foi a sugestão dada na edição de 15/01/36, que a reproduziremos na íntegra:

“A Localização da Escola Profissional

“Cumprindo a promessa que fizemos em um dos nossos artigos passados de tratar da localização da nossa Escola Profissional Superior, aqui estamos hoje.

Estamos informados de que é pensamento dos políticos em evidência de nossa cidade envidar os seus esforços no sentido de ser localizado o novo estabelecimento de ensino nos altos da cidade, nas imediações da Escola Normal, Colégio dos Anjos, etc.

Completa-se assim a formação de uma zona escolar em Botucatu, no seu ponto mais distinto, próximo aos jardins da Praça Rubião Júnior, em lugar distante do movimento comercial, etc.

Somos inteiramente de acordo com esse pensamento, e não vemos, mesmo, melhor colocação.

Achamos que a escolha do terreno deve ser, de preferência na Avenida Sant´Anna: seja defronte a Casa de Saúde Sul Paulista, ou mais para cima, em ponto mais próximo dos velhos estabelecimentos locais, o que seria preferível, até.

A futura Avenida, que saindo do Bairro da Estação, quando for demolida a velha Catedral, que se prolongará até o cemitério, depois de toda calçada e arborizada, terá nela localizada os principais estabelecimentos públicos escolares, hospitalares, etc.

Aos forasteiros que nos visitarem poderemos oferecer um espetáculo soberbo levando-o pela referida Avenida, mostrando-lhe a Casa de Saúde Sul Paulista, a Escola Profissional, a Escola Normal, o Grupo Cardoso, o Ginásio Diocesano, o Orfanato Amando de Barros, a Misericórdia Botucatuense, a Cadeia Pública, a nova Catedral, etc.

E que vista magnifica, que impressão grandiosa causará um passeio desses pela nossa cidade?

Há, na zona escolar, e mesmo na Avenida Sant´Anna, terrenos que se prestam admiravelmente para a localização da Escola Profissional.

Citaremos, de momento, a chácara do Sr. Victoriano Villas-Boas, o terreno fronteiro a Casa de Saúde Sul Paulista e a Chácara do Sr. Emílio Garcia.

Fala-se, ou falou-se no antigo posto zootecnico, cujo terreno é de propriedade da municipalidade.

Não somos de acordo com esse pensamento por muitos motivos, dentre os quais se sobressaem a situação daquele próprio municipal em um bairro novo e relativamente pouco habitado, além de prejudicar o conjunto que se projeta nos altos da cidade.

Voltaremos ao assunto.”

Não é fácil encontrar uma imprensa de tão alto nível como a nossa no distante ano de 1936...

A “Folha”, em editorial, mostrava uma visão de nossa Esplanada nos altos da cidade e acertava, em cheio, na localização da futura Escola Profissional na Chácara do Sr. Victoriano Villas-Boas, que grifamos acima.

Encerrando essa primeira etapa do histórico da criação da Escola Profissional de Botucatu, registramos a posição da “Folha” diante da promulgação do projeto que criou a nossa escola:

“Foi Promulgado o decreto criando a Escola Profissional Secundária em nossa cidade.

Não obstante o palpitoso “Correio de Botucatu” ter noticiado, logo após a aprovação pelo Congresso Estadual do projeto Delmanto, a sua promulgação pelo Sr. Governador do Estado, somente anteontem, 14, foi o decreto assinado:

É com satisfação que publicamos o referido decreto na íntegra.

Eí-lo:

“Lei nº 2587, de 14 de Janeiro de 1936.

Autoriza o Poder Executivo a criar, em Botucatu, uma Escola Profissional Secundária.

Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar, na sede do município de Botucatu, uma Escola Profissional Secundária.

Art. 2º - Fica o Poder Executivo igualmente autorizado a adquirir por doação, compra ou desapropriação, o terreno necessário à construção do edifício destinado a essa Escola Profissional.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio do Governo, 14 de Janeiro de 1936.

Armando de Salles Oliveira

Cantídio de Moura Campos

Clóvis Ribeiro.”

Já no mês de fevereiro, a mesma “Folha” trazia, na edição de 23/02/36, sob o título de Escola Profissional, a seguinte matéria:

“Com o fim de escolher o futuro terreno para o levantamento do prédio da nossa Escola Profissional, estiveram nesta cidade, ontem, o ilustre deputado botucatuense dr. Dante Delmanto e o engenheiro da Secretaria da Agricultura, Industria e Comércio, encarregado desse serviço...”

Na “Folha “ de 21/10/36, temos a entrevista do Prefeito Municipal Nestor Seabra que, sobre a Escola Profissional, afir-

mou: “...Quanto à Escola Profissional as novas são alvissareiras. Estive com o Secretário da Educação que enviará dentro em breve para a nossa cidade os técnicos que farão os estudos de adaptação e construção do novo prédio da Escola. Para o início desta obra já consta do orçamento da Secretaria a verba de trezentos contos de reis. As aulas serão iniciadas no próximo período letivo no prédio adquirido pela Prefeitura Municipal e que será em breve adaptado às exigências técnicas. Na parte de cima desse mesmo terreno , situado na Avenida Sant´Anna, será construído o grandioso prédio da Escola Profissional Regional.”

Novamente na “Folha”, de 01/11/36, outra notícia sobre a escola:

“Encontra-se nesta cidade, desde ontem, o Sr. Brasilides Godoy, superintendente do Estado, que veio inspecionar os terrenos para a construção do futuro prédio da Escola Profissional e as adaptações a serem feitas no prédio adquirido pela Prefeitura.”

Como consequência, por decreto especial, o Estado aceita a doação de um terreno para a construção da escola. A Lei nº 30, da Câmara Municipal de Botucatu autoriza o Poder Executivo a adquirir, pela quantia de 76 contos, a Chácara do Cel. Victoriano Villas-Boas, situada à Avenida Sant´Anna nº 620, com boa casa e com uma área de 6.806 metros quadrados A firma Dinucci & Filhos, ficou encarregada de fazer as reformas no prédio existente de acordo com o relatório apresentado pelo Sr. Brasilides Godoy. Essa mesma firma é quem ficou encarregada da construção do novo prédio

A Direção da Escola Profissional No dia 03 de agosto de 1937, foram feitas as primeiras nomeações:

Diretor: Diógenes de Almeida Marins; Português: Anísia de Almeida; Matemática: Mário Leite de Campos; Desenho: Adelina Lucas Evangelista; Ed. Doméstica: Lígia Mauro; Mestra de Confecção e Corte: Maria Renço Alegro; Mestra de Roupas Brancas e Bordados: Madalena Chedid; Ajudante de Confecção e Corte: Lina Bolognesi; Mestra de Flores: Wanda Coimbra Bertocci; Inspetora-Almoxarife: Maria da Conceição Camargo Alves; Guarda-Livros: Guido Albino Bissacot; Escriturário: Clybas Pinto Ferraz.

Devidamente autorizados pela Superintendência do Ensino Profissional é iniciada a fase de propaganda e divulgação da nova escola, através de anúncios em jornais, divulgação na rádio, nos cinemas, através de impressos avulsos, etc São 223 candidatos para o exame de admissão. E o bom resultado não tarda: em 13/09/37, entram em aula, pela primeira vez, 69 alunas do Curso Vocacional e 38 para Bordados e Roupas Brancas No Curso Noturno, são 49 alunas Sucesso !

O início das aulas foi divulgado com destaque pela “Folha de Botucatu”, de 15/09/37: “ESCOLA PROFISSIONAL SECUNDÁRIA DE BOTUCATU

Começou a funcionar segunda-feira a nossa Escola Profissional

Homenagem ao Governador Armando de Salles Oliveira no saguão de entrada do prédio da Avenida Santana

Ilmo Sr Professor Horácio Augusto da Silveira, dd Superintendente Educação Profissional e Doméstica. Rua Monsenhor Andrade, 142 - S. Paulo

Comunico V S início nesta data funcionamento em trabalhos Escola Profissional de Botucatu. Grande entusiasmo botucatuenses. Saudações.

Na mesma data, o sr. prof. Jurandy Trench, passou os seguintes telegramas:

Exmo Sr Dr Cardoso de Mello Neto, dd Governador do Estado - S. Paulo

Instalando-se hoje aulas Escola Profissional Secundária de Botucatu, congratulo-me V. Exa auspicioso acontecimento...

Com o mesmo texto, o Sr. Jurandy Trench enviava telegrama ao Sr. Cantídio de Moura Campos, dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré e dr. Dante Delmanto.

As Professoras Mestras e Inspetora passaram ao Ilmo Sr Professor Horácio Augusto da Silveira, dd Superintendente da Educação Profissional e Doméstica, o seguinte telegrama:

“Suas alunas de ontem, diplomadas Instituto Profissional Feminino, hoje Inspetora, Mestras e auxiliares da Escola Profissional de Botucatu, ao iniciar seus trabalhos apresentam ilustre chefe e amigo congratulações e mais uma vez reafirmam inteira dedicação, entusiasmo nosso Ensino e inteira solidariedade. aa) Maria Conceição, Maria Renzo, Magdalena Chedid, Lygia Mauro, Lina Bolognesi, Adelina Lucas Evangelista e Olga Vasques.

Pelo Diretório do Partido Constitucionalista foram passados telegramas às autoridades e deputados da zona.

E com a notícia acima temos a certeza de que mais uma aspiração do povo de Botucatu acaba de ser concretizada, graças aos esforços dos nossos representantes no Congresso Estadual e Federal, graças a grande amizade e amor do ilustre filho desta terra, dr. Cantídio de Moura Campos, da Secretaria da Educação e Saúde Pública e, finalmente, graças a grande visão e patriotismo de S. Exa o sr. J.J. Cardoso de Mello Neto que tão bem interpreta o sentimento e aspirações dos paulistas.”

Leitura Dinâmica:

1938: É concluído o prédio das oficinas da seção masculina, para a qual nesse ano se abrem matrículas;

1943: É determinada a imediata construção do novo prédio da escola pelo Secretário da Viação e Obras Públicas em visita à cidade;

1944: Lançamento da Pedra Fundamental da nova escola pelo Dr. Fernando Costa, Interventor Federal no Estado de São Paulo;

1946: Pelo Decreto nº 16159, de 30/09/46, foi dada a denominação à escola de Escola Industrial “Dr. Armando de Salles Oliveira”, perpetuando-se o nome de seu criador;

1947: Pronto o prédio, iniciam-se as aulas no novo local;

1949: O Prof Arnaldo Laurindo, ocupando o Departamento de Ensino Industrial, encaminha ao Executivo proposta criando os Cursos de Mestria;

1952: Ex-alunos são nomeados para docentes da Escola: Elias José Ferrari, Elsa Perizzoto, Hermínio de Souza Gomes.

Nos anos 50, a Escola Industrial está sedimentada e prestigiada no meio educacional botucatuense A Diretoria da Escola nesse período é a seguinte:

Diretor: Jorge Pinheiro Machado; Vice-Diretor: Gastão Dal Farra; Contadores: João de Oliveira Martins Filho e Ary Pescatori; Orientador Educacional: Waldemar Sartori; Técnico de Educação: Alberto Laurindo; Atendente: Lourdes da Silva; Auxiliares da Secretaria: Dirce de Campos P. Machado, Maria de Lourdes Amaral e Ema Monteferrante..

Às 8,30 hs., o Revmo Monsenhor Tojal, digníssimo Cura da Sé e Vigário Geral da Diocese, acompanhado dos funcionários da Escola, deu a benção ao prédio e em seguida saudou a Diretoria e Professores.

Às 12 hs. Entraram as primeiras meninas e que vão fazer o Curso Vocacional, curso esse que dá direito à carreira e às inúmeras vantagens do Curso Profissional.

Às 19 hs. Iniciaram-se também as aulas do Curso Noturno.

O Professor Diógenes de Almeida Marins passou os seguintes telegramas:

Exmo Sr Dr Cantídio de Moura Campos, dd secretario da educação e saúde pública - S. Paulo

Tenho a subida honra comunicar V.Exa início trabalhos Escola Profissional de Botucatu. Intenso jubilo e satisfação. Cordeais Saudações.

Nesse período era editado o periódico “O Técnico Aprendiz”, sob a responsabilidade doorientador educacional. Os seguintes cursos eram mantidos pela escola: Industrial Básico, Mestria, Noturno Extraordinário e Avulsos de Alvenaria e revestimento, Alfaiataria, Corte e Costura e Arte Culinária. Nesse período tinha um total de 342 alunos: sendo 136 para a secção masculina e206 para a feminina, sendo 205 alunos para o curso diurno e o restante para o noturno O corpo docente e administrativo compreendia 23 Mestres para mecânica, marcenaria, fundição, corte e costura e alvenaria e 19 Professores para Português, Matemática, Ciências Físicas e Naturais, Geografia e História do Brasil, Música, Ed Doméstica, Desenho, Mecânica Geral, Organização do Trabalho e Contabilidade Industrial, Higiene Industrial, Educação Física, Mecânica de Automóveis e Alfaiataria (Revista PEABIRU, nº 12, de 1998 e Blog do Delmanto, 07 de janeiro de 2016)

PROGRAMAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DE BOTUCATU – 168 ANOS

dia 13 de abril - a partir das 18h apresentação dos artistas locais:

18h – DJ Alex Castro

18h40 – Zé Cláudio e Banda

19h20 – Ramos Groove

às 21h-Demônios da Garoa

Demônios da Garoa é um grupo brasileiro de samba formado em São Paulo em 1943 e reconhecido pelo Guinness World Records Brazil, edição de 1994, como o Grupo Vocal mais antigo e em atividade na América Latina.

Com Adoniran Barbosa (um dos mais importantes compositores da Música Popular Brasileira) nasceu a parceria que rendeu os principais sucessos do grupo e seu reconhecimento nacional. Toda essa carreira vitoriosa e longeva lhes rendeu vários sucessos, dos quais podemos destacar Mulher Rendeira, Saudosa Maloca, Samba do Arnesto, Iracema, As Mariposas, Tiro ao Álvaro, Prova de Carinho, Ói Nóis Aqui Traveis, e o emblemático samba Trem das Onze, detentor de diversos recordes e considerado o samba do Século XXI, já gravado em mais de 20 idiomas. Os Demônios da Garoa construíram sua reputação cantando Samba e Música Popular Brasileira por quase 8 décadas (completando os 80 anos agora em 2023). Patrimônio da música e cultura brasileiras, o grupo que tem a “cara” de São Paulo, encontrou um estilo, uma marca própria e uma forma original de interpretar e cantar com humor o cotidiano do povo paulista, junto com seus inconfundíveis e bem estruturados arranjos vocais. Hoje, o Demônios da Garoa é um dos principais Grupos de Samba e Música Popular Brasileira e também um dos mais respeitados do Brasil.

Atualmente o Demônios da Garoa é formado por Sérgio Rosa (afoxê e vocais), Ricardinho Rosa (pandeiro e vocais), Dedé Paraízo (violão 7 cordas e vocais) e Everson Pessoa (violão 6 cordas, violão tenor e vocais).

dia 14 de abril

a partir das 13h20 Artistas Locais

na Praça Rubião Junior

13h20 – DJ Beatracks

14h – Rap de Mina

no Palco em frente ao EECA

14h40 – Sara Fernandes

15h20 – Dhiego Falcão e banda

16h – Wilson Teixeira

16h40 – Show Pop Nick Neli

17h20 – DJ Mano Jão

18h – Banda Pagu

18h40 – Banda Rednecks

19h20 – Brown Town

20h – Aulão Mix Dance – Arte Dance Studio

20h40 – Blues Sinfônico – Orquestra Filarmônica do Instituto de Biociências

dia 15 de abril

a partir das 17h apresentação dos artistas locais: Somos Um; Ministério Efratá; Ministério Hagius; Raquel Reis e banda; Banda Vikarius ; Ministério Promessas; YGM Music; MEV; Quem Faz é Deus; Banda TMJ

milhões de visualizações no YouTube. Com vários álbuns em uma década de carreira, o quarteto é responsável por hits como É tudo sobre Você, Uma Coisa e Para que Entre o Rei, exemplos do comprometimento dos músicos com a Palavra.

O grupo já se apresentou em mais 150 cidades, participando dos maiores eventos do nosso país, já tocou em 7 países (Londres, Bolívia, França, EUA, Emirados Árabes, Jordânia e Israel) e segue firme em seus projetos, buscando sempre uma nova experiência para seu público, através de sua arte.

dia 16 de abril

a partir das 10h apresentação dos artistas locais:

na Praça Rubião Junior

10h – Ybytucatu das Antigas

10h40 – O mundo do visível e invisível

11h20 – Contos da Caipora

12h – Apresentação Som & Circo

12h40 – Espetáculo Além da Magia

13h20 – Matinê Vamo Pula

no Palco em frente ao EECA

14h – Samba da Minha Terra

14h40 – Rodrigo Montenegro

15h20 – DJ Fer Parré

16h – Body and Soul

16h40 – My Sweet George

17h20 – D.I.E.

às 21h

Banda Morada - Com 14 anos de estrada, fazendo um rock alternativo misturado ao reggae e ao folk, com pitadas de hip-hop.

Essa diversidade musical, eclética, criativa, divertida e muito forte faz da banda Morada, ou simplesmente Morada, um dos grupos mais versáteis do gênero gospel no Brasil.

Considerada uma das maiores bandas gospel do país, Morada acumula mais de 400

às 21h - Pedro Paulo & Alex

Desde 2011, a dupla paranaense Pedro Paulo & Alex traça uma linha ascendente no cenário sertanejo. Desde que se conheceram em churrascos e encontros de repúblicas, os dois entraram na mesma sintonia e seguem até hoje usando o que têm de melhor para proporcionar um espetáculo para o público. Contagiantes do início ao fim, as apresentações da dupla, sua influência e presença no mercado têm uma marca ímpar no mercado nacional e algo difícil de ser conquistado: estilo próprio. Quando toca a batida do PPA, é praticamente impossível não associar ao rosto e voz dos paranaenses.

Diário da Cuesta 5

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