Edição 757

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Diário da Cuesta

NA

DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

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FREI FIDÉLIS AS TRÊS PEDRASInterpretação & Mistérios

Dizia Frei Fidélis que “no Brasão da cidade de Botucatu (o 1º Brasão/1952) notamos ao lado das Três Pedras, uma estrada que os autores do escudo entendiam relacionada com um caminho que os Brasis denominavam PEABIRU e que os Jesuítas deram como “Caminho de São Tomé”. Os estudos do capuchinho centraram-se nas Três Pedras, às quais interpretou que eram formação rochosa (uma delas, a Pedra do Meio, com formato fálico) e seriam um “EX-TU” : TEMPLO NEGRO FÁLICO, catalisando em torno de si energias cósmicas profundas, constituindo-se em verdadeiro epicentro de fenômenos misteriosos. Página 3

SENSACIONAL CAMINHADA DOS AVENTUREIROS DO TÚNEL NAS TRÊS PEDRAS – 06/08/2022

O Morro Maldito & o Templo Negro Fálico. O mistério ronda as belezas naturais da CUESTA DE BOTUCATU, e as TRÊS PEDRAS (que são o pé do GIGANTE DEITADO) é o centro das pesquisas históricas. A PEDRA DO MEIO, de formato fálico, seria o TEMPLO NEGRO FÁLICO. Vale a leitura... Páginas 2 e 3

ANO III Nº 757 TERÇA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2023
DEFESA

FREI FIDÉLIS E AS TRÊS PEDRAS -

Interpretação & Mistérios

“Frei Fidélis da Mo�a, frade franciscano, é  descendente de autríacos, tendo-se naturalizado brasileiro. Nasceu  em Trento (Itália), em  06/01/1885, e faleceu  em Botucatu/SP (Brasil),  em 19/02/1968, fi lho de  João Batista Mo� e Joana Simeoni.

Foi historiador, antropólogo, lingüista, teólogo,  mas essencialmente fi lósofo. Publicou trabalhos  com o criptônimo de  Peregrino Vidal. Usou esse  cognome, principalmente

em publicações jornalísti cas. Esteve na cidade de Botucatu, interior de São Paulo, por volta dos anos 50, agregado ao Santuário “Nossa Senhora de Lourdes”. Nesse local realizou grande parte  de suas pesquisas

Foi estudioso do idioma sumério, língua de Sumé ou Hércules. Elaborou um  Dicionário Sumério-Português, talvez o único  em nosso idioma  Conheceu diversas línguas, entre as quais,  o sumério, o hebraico, o grego, o latim, o tupi-guarani e as línguas neolatinas. Suas pesquisas tem sido questi onadas por uns, admiradas por outros e analisadas por muito poucos.

Os seus livros e publicações, apesar de raros, conti nuam  sendo lidos, discuti dos, admirados ou contestados. Para  Frei Fidélis, as formações rochosas que existem na  Serra de Botucatu (ou Cuesta de Botucatu) são templos construídos pelos filhos de Deus (o culto branco) ou levantadas pelos devotos de Satã (o culto negro). Parte ele do princípio de que o  sumério, língua  do Grão-Sacerdote, Sumé, é a origem de todos os outros idiomas. Através de gravações em pedras, grutas, que ele pesquisou,  e no contexto da interpretação lingüísti ca das lendas tupis e textos bíblicos, chegou a uma nova interpretação do povoamento  da América.

Tem-se dado a Sumé, também conhecido por  Hércules ou  Herácles, o conceito de representante idealizado da  força combativa. É o símbolo da vitória (ou da dificuldade da  vitória) da alma humana sobre suas fraquezas O Padre Manuel da Nóbrega, em  “Cartas ao Brasil” e o Frei Vicente do Salvador, no  século XVI, relatam episódios fantásti cos sobre a vida  de Sumé no Brasil. Os relatos desses jesuítas, da passagem  de Sumé pelo Brasil, coincidem com as anotações de Frei Fidélis. A sua tradução da Bíblia, pelo idioma sumério, no relato da vida  na Atlântida, coincide com a descrição feita por  Platão. Falanos, Fidélis dos numerosos monumentos que existem no Brasil e,  em especial, da inscrição da  Serra de Itaguatiá, serra que se  levanta nas proximidades de  Ouro Preto, cercada pelo  rio das Mortes e pelo Ingahy. Essas inscrições são as mais perfeitas que  possuímos de nossa pré-história. Elas trazem uma perfeita correspondência com a descrição que Platão faz sobre a Atlântida. Ela nos fala principalmente sobre os treze povoadores da América. Os monumentos, diz, que desafi ando dezenas de séculos,  ostentam os gloriosos fundadores da primiti va civilização americana, andam semeados por toda a América. No Sul, conti nua Fidélis, mais copiosa messe deles ocorre. -Resenhamos, diz, alguns  desses monumentos, que  comprovando a narração de Platão,  nos falam, outrossim, que  a Atlântida do sábio grego, é a própria América. Viu-se a América obrigada a prestar culto singular,  mediante os seus monumentos, como no  Gigante que Dorme,  na Serra de Botucatu. Juntamente com os  13 fundadores, aparece também a fi gura majestosa e simpáti ca do Grão-Sacerdote,  o chefe, que guiou para a  América as três levas de povoadores  ou repovoadores.

Da refl exão sobre os estudos de  Frei Fidélis, da interpretação das lições da  Alquimia, principalmente através das pesquisas de  Jung e de sua dedicada discípula  Marie Louise Von Franz, do Mous Líber, do  Mysterium Conjunctionis e de outros  códigos da  Idade Média, ao lado dos  trabalhos dos jesuítas nas Missões, fomos levados a  Bofete, um local que guarda construções, esquadrinhadas por Fidélis, e que mostram lembranças da  origem da América, a pátria dos Atlantes. (AMD)

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfi ca Diagrama/ Edil Gomes  Contato@diariodacuesta com br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

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O MORRO MALDITO & TEMPLO NEGRO FÁLICO

TEMPLO NEGRO FÁLICO

Interpretação Mística? Ou sonho? Ou lenda?

Frei Fidélis Maria Di Primiero, capuchinho que  veio para Botucatu/SP, em 1952, era um historiador e  um estudioso de nossas lendas. Um dos poucos historiadores que dominava a língua  SUMÉRIA, ti nha uma  concepção completamente revolucionária para explicar o povoamento das Américas: o povoamento teria  ocorrido por pessoas de cultura suméria, prati cantes  do culto à  Serpente Negra. A tradução suméria nos  daria o seguinte:  “BUT UK” como  «TEMPLO DA SERPENTE» e «A TU» como  «ESCAVADO NA ROCHA». A verdade é que essa é a tradução literal da língua suméria.

Dizia Frei Fidélis que  «no Brasão da cidade de Botucatu (o 1º Brasão/ 1952) notamos ao lado das Três Pedras, uma  estrada que os autores  do escudo entendiam  relacionada com um caminho que os Brasis denominavam  PEABIRU e que os  Jesuítas deram como  «Caminho de São Tomé». Os estudos do  capuchinho centraram-se  nas Três Pedras, às quais  interpretou que eram formação rochosa (uma delas, a Pedra do Meio, com formato fálico) e seriam um  “EX-TU”: TEMPLO NEGRO FÁLICO, catalisando em torno de si energias cósmicas profundas, constituindo-se em verdadeiro epicentro de fenômenos misteriosos.

Para Frei Fidélis, o  TEMPLO NEGRO FÁLICO não seria composto de formação rochosa natural e, sim,  um templo construído  5.000 mil anos atrás para ser o centro de um  culto negro e que teria sido destruído por  XUMÉ ou  SUMÉ, Grão Sacerdote Sumério. Frei Fidélis dizia que o  «Peabiru» era um caminho encontrado antes da vinda dos conquistadores  europeus, caminho aberto miraculosamente pela  passagem do  Apóstolo São Tomé, o grande  missionário das Índias, caminho largo, uns  oito palmos, a  estender-se por mais de duzentas léguas, desde a Capitania de São Vicente até as margens do  Paraná,  passando pelos rios Tibagy, Itahy e Pequery”. O PEABIRU ia de São Vicente a Kusko, no Peru.

O Pé do Gigante Adormecido  traduzido na língua suméria signifi ca:  «Templo da Serpente no Meio das Pedras», onde ele acreditava que a  pedra do meio nas Três Pedras, seria esse Templo construído  a 3.000 AC devido à sua formação, na qual o pico  deste aparenta, de longe,  grandes falos. As Três Pedras apresentam uma extensão de  300 mts desde a primeira grande pedra à terceira pedra menor, com  seus  50 mts de altura, sendo que todas elas ao redor

dominadas por paredões íngremes. A  primeira pedra é a mais di� cil de ser escalada e não se tem  notí cias de pessoas que conseguiram chegar até  o seu topo. A  segunda pedra, a que apresenta  o FALO, somente foi escalada através de pinos fi xados nas rochas. A  terceira pedra é a mais fácil,  chegando ao seu topo, por lugares com poucos paredões do lado sudeste, no entanto em todas elas  devemos ter cuidado com abelhas e quedas fatais.

Ao redor das pedras nas descidas quase suaves são encontrados pequenos e grandes blocos  de pedras, decorrentes dos desabamentos anti gos  das pedras. Para dar um exemplo, na primeira pedra podemos ter uma idéia do topo, dos paredões  ao redor e da descida suave.

Atrás da primeira pedra, em um dos blocos espalhados na descida, foram encontrados  desenhos feitos sob  picoteamento negativo e indecifráveis. Outro desenho foi encontrado  nos blocos à sudeste  da terceira pedra. Sobre a cavidade nas  Três Pedras foram encontradas  somente cinco grutas,  não existi ndo nenhuma mais, e as localizadas estão somente do lado sudeste, do qual  da cidade de  Bofete,  vemos a sudoeste.” (do livro  “Nas Trilhas do Peabiru”, de Francisco Marcelo Camargo, edição do autor, 71 páginas, 1996).

“Frei Fidélis da Mo�a, frade franciscano, é natural da  Áustria, tendo-se naturalizado brasileiro. Foi historiador, antropólogo, linguista, teólogo,  mas essencialmente fi lósofo. Publicou trabalhos  com o criptônimo de  Peregrino Vidal. Usou esse  cognome, principalmente em publicações jornalísti cas. Esteve na cidade de  Botucatu, interior  de São Paulo, por volta dos  anos 50, agregado  ao Santuário “Nossa Senhora de Lourdes”. Nesse local realizou grande parte de suas pesquisas.

Foi estudioso do  idioma sumério, língua  de Sumé ou  Hércules. Elaborou um  Dicionário Sumério-Português, talvez o único em nosso idioma. Conheceu diversas línguas, entre as quais,  o sumério, o hebraico, o grego, o latim, o tupi-guarani e as línguas neolatinas. Suas pesquisas tem  sido questi onadas por uns, admiradas por outros  e analisadas por muito poucos.

História de Botucatu/ As Três Pedras/O Gigante Adormecido/aqui Os seus  livros e publi-

cações, apesar de raros, conti nuam sendo lidos, discuti dos, admirados ou contestados. Para  Frei Fidélis, as  formações rochosas que existem na Serra de Botucatu (ou  Cuestas de Botucatu) são templos construídos  pelos filhos de Deus (o culto branco) ou levantadas  pelos devotos de Satã (o culto negro). Parte ele do princípio de que o sumério, língua do Grão-Sacerdote, Sumé, é a origem de todos os outros idiomas. Através  de gravações em pedras, grutas, que ele pesquisou, e  no contexto da interpretação lingüísti ca das lendas tupis e textos bíblicos, chegou  a uma nova interpretação do  povoamento da América.

Tem-se dado a Sumé,  também conhecido por Hércules ou Herácles, o conceito  de representante idealizado da força combati va. É o símbolo da vitória (ou da difi culdade da vitória) da alma humana sobre suas fraquezas.  O Padre Manuel da Nóbrega, em  “Cartas ao Brasil” e o Frei Vicente do Salvador,  no século XVI, relatam episódios fantásti cos sobre a vida de  Sumé no Brasil. Os relatos desses jesuítas, da passagem de  Sumé pelo Brasil, coincidem com as anotações de Frei Fidélis. A sua tradução da  Bíblia, pelo  idioma sumério, no  relato da vida na  Atlântida, coincide com a descrição  feita por Platão. Fala-nos, Fidélis, dos numerosos monumentos que existem no  Brasil e, em especial, da  inscrição da  Serra de Itaguatiá, serra que se levanta  nas proximidades de Ouro Preto, cercada pelo rio das Mortes e pelo Ingahy. Essas inscrições são as mais  perfeitas que possuímos de nossa pré-história. Elas  trazem uma perfeita correspondência com a descrição  que Platão faz sobre a Atlântida. Ela nos fala principalmente sobre os treze povoadores da América.

Os monumentos, diz, que desafi ando dezenas de  séculos, ostentam os gloriosos fundadores da primiti va civilização americana, andam semeados por toda  a América. No Sul, conti nua Fidélis, mais copiosa messe deles ocorre. -Resenhamos, diz, alguns desses monumentos, que  comprovando a narração de Platão,  nos falam, outrossim, que  a Atlântida do sábio grego, é a própria América. Viu-se a América obrigada a  prestar culto singular, mediante os seus monumentos,  como no  Gigante que Dorme, na  Serra de Botucatu Juntamente com os  13 fundadores, aparece também  a fi gura majestosa e simpáti ca do  Grão-Sacerdote, o  chefe, que guiou para a  América as três levas de povoadores ou repovoadores.

Da refl exão sobre os estudos de  Frei Fidélis, da  interpretação das lições da  Alquimia, principalmente  através das pesquisas de Jung e de sua dedicada discípula Marie Louise Von Franz, do Mous Líber, do Mysterium Conjunctionis e de outros códigos da  Idade Média, ao lado dos  trabalhos dos jesuítas nas Missões, fomos levados a  Bofete, um local que guarda  construções, esquadrinhadas por  Fidélis, e que mostram lembranças da origem da  América, a pátria dos Atlantes.

Os jesuítas, como  Fidélis, foram estudiosos e  pesquisadores da  Alquimia. O culto da  Alquimia e o entendimento de seus segredos, cuidadosamente  guardados, com muito zelo, eram obra de  iniciados Os seus mistérios foram passados, principalmente,  por via oral ou por  códigos esotéricos, a bem poucas  pessoas. Todo esse trabalho de pesquisa deu origem  aos “Bruxos do Morro Maldito e os Filhos de Sumé”. (do livro “Os Bruxos do Morro Maldito e os Filhos de Sumé”, de autoria de Agostinho Minicucci e desenhos  de Benedito Vinício Aloise, Editora Moraes,1992).

Obs.: As ilustrações deste post são do prof. Benedito Vinício Aloise. (AMD)

Diário da Cuesta 3
“Para o Frei Fidélis, Botucatu gua suméria signifi ca:

HITLER E A AMAZÔNIA + A ATLÂNTIDA ERA NA

AMAZÔNIA + AS PIRÂMIDES DA AMAZÔNIA

A Amazônia esteve nos planos de Hitler como um território a ser conquistado pelo III Reich. Uma enorme cruz de madeira ostenta uma suástica nazista no cemitério de uma ilhota sem nome do Rio Jari, entre os estados do Amapá e Pará É o que resta da expedição nazista com cerca de 2 mil homens que chegou a Belém ...

Em carta endereçada a  Hitler, no dia 3 de abril de 1940, o oficial da SS Heinrich Peskoller diz que as reservas de ouro e diamantes locais seriam suficientes para sanar a situação financeira da Alemanha em poucos anos.

O ditador ADOLF HITLER pode ter escapado da invasão soviética a Berlim em 1945 e forjado o próprio suicídio a fim de fugir para a América do Sul, onde teria vivido e morrido com cerca de 95 anos na pequena cidade de Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá. Pelo menos é o que defende o livro “Hitler no Brasil – Sua Vida e Sua Morte”, dissertação de mestrado em jornalismo de Simoni Renée Guerreiro Dias, que subverte a versão conhecida dos últimos dias do nazista.

Um persistente ar de mistério cerca uma

grande cruz com uma suástica gravada em um cemitério próximo da remota cidade brasileira de Laranjal do Jari, no Amapá. Uma inscrição na cruz diz, em alemão: “Joseph Greiner morreu aqui de febre em 2 de janeiro de 1936, a serviço da pesquisa alemã”.

A expedição nazista à floresta amazônica  foi conduzida por Gerd Kahle, Gerhard Krause, Joseph Greiner e o líder da expedição, Otto Schulz-Kampfhenkel, entre 1935 a 1937.

Complementando este mistério sobre a Amazônia, destacamos o post  A Atlântida era na América + As Pirâmides da Amazônia. Vale a leitura!

A Atlântida era na América + As Pirâmides da Amazônia

Complementando os estudos de Frei Fidélis, citados no post sobre “O Templo Negro Fálico”, seria impossível não reproduzir, com destaque, este artigo de Pedro Marangoni, já tantas vezes citado no Blog do Delmanto.

O post “Quimeras Incas: pirâmides na Amazônia?” precisa ser lido e divulgado. O capuchinho austríaco, Frei Fidélis, que foi Superior dos Frades Capuchinhos foi até a Amazônia para comprovar e ampliar seus conhecimentos sobre a povoação das Américas pelos SUMÉRIOS.

O artigo abaixo vem se somar a tudo o que já se escreveu sobre o tema. É um testemunho muito importante.

“No início da década de 90 recebi a missão de deslocar um Bell 212,helicóptero bi turbina para 15 ocupantes ou 1500kg de carga da Base da Petrobras de Porto Urucu,Amazonas,com destino à cidade de Cruzeiro do Sul,no Acre,às margens do Rio Juruá,onde ficaria baseado para deslocamentos de apoio a uma sonda de petróleo na região do Rio Ipixuna. Voo sem passageiros ou carga,apenas eu no comando e a co-piloto Lia,com previsão de abastecimento em Eirunepé. Como de costume a co-piloto assumiu os controles da aeronave e eu me limitava a

meditar,com o queixo apoiado nas mãos,observando a floresta que passava lentamente pelos visores colocados abaixo dos pedais. Mantendo o Rio Juruá à nossa direita e com dois grandes tanques suplementares de combustível,não me preocupei com uma navegação acurada e nos desviamos à esquerda da rota,mais que o aceitável. Feita a correção,aproando o grande rio e voando sobre uma área fora dos trajetos normais,tive a atenção despertada por pequenos montes agrupados,atípicos no imenso tapete verde da Amazônia. De minha anterior experiência voando nos garimpos de Rondônia,deduzi que deveriam ser aflorações de cassiterita,que se apresentam em elevações que se destacam na vegetação. Não usávamos GPS e navegando por contato é sempre prudente ir anotando pontos de referência na carta WAC (World Aeronautical Chart) e foi o que fiz,automaticamente desenhando montículos no mapa na posição aproximada e não pensei mais no assunto.

Após pousar no aeroporto de Cruzeiro do Sul,enquanto arrumava meus pertencespara abandonar a aeronave alguém se aproximara e conversava com minha co-piloto,que me chamou. Já fora do helicóptero dirigi-me ao personagem nitidamente europeu,baixo,ligeiramente calvo,suado,com o rosto avermelhado e vestido como explorador de filmes de Hollywood,os típicos trajes cáqui cheios de bolsos Se apresentou em francês como um pesquisador sobre Incas,perguntou-me sobre minha rota e disparou:

-por acaso não avistou um agrupamento de pirâmides na margem direita do Juruá?

Num ápice meu cérebro,que ignorara as elevações atípicas avistadas durante o voo,reviu o que eu considerara apenas um ponto relevante para a navegação e lembrei-me de um fator importante:aflorações de cassiterita costumam ser isoladas,não em grupo!

Com a co-piloto Lia,na missão que deu origem ao livro

-Lia,por favor,a carta WAC! Mostrei ao francês o mapa com os montículos desenhados e ele conseguiu ficar mais vermelho ainda:

-Exato,exato,é no ponto onde o Juruá se alarga que eles entraram floresta adentro!

-Eles quem,monsieur?

-Os Incas,é claro!

E foi minha vez de ficar embasbacado... Sua teoria era que descendo o rio e procurando um refúgio seguro e distante dos espanhóis ou guerras internas haviam evitado prosseguir na parte mais larga do Juruá -que poderia ser habitadoe se embrenharam na selva para construir uma cidade...

Este meu relato pode ser confirmado pela co-piloto,pelos operadores do aeroporto que permitiram que o francês entrasse no pátio das aeronaves e a missão aérea através dos livros de bordo e registros da firma de táxi aéreo. Uma história que achei tão interessante que resolvi,mesclando realidade com ficção,escrever o romance  “Quimeras Incas”(Amazon/Kindle) e que está sendo traduzido para o inglêspor Rafa Lombardino,CEO da  http://wordawareness.com/da Califórnia,USA.” (AMD)

Read more:http://pamarangoni.blogspot. com/#ixzz1w5M31ufb

Diário da Cuesta 4
Equipe de apoio,mecânicos e mestres de carga do Bell 212 em Porto Urucu

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