Edição 784

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Diário da Cuesta

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Dia do Enfermeiro

Neste dia 12 de maio se comemora, mundialmente, o Dia da Enfermagem e do Enfermeiro. A data foi escolhida em homenagem à Florence Nigh�ngale, nascida em 12 de maio de 1820 e considerada a “mãe” da enfermagem moderna. No Brasil, a data também lembra Ana Néri, primeira enfermeira brasileira a se alistar voluntariamente em combates militares.

Em tempos de pandemia, esses profissionais, que sempre estiveram na chamada “linha de frente” dos atendimentos de saúde, se arriscam diariamente à contaminação por uma doença ainda sem cura ou vacina, para salvar o outro.

Ufa! Até que enfim...

Depois de anos de luta, em 4 de agosto de 2022, foi sancionada pelo Presidente Bolsonaro, a Lei nº 14.434/2022, aprovada pelo Congresso Nacional, que regulamenta o Piso Salarial da Enfermagem. A nova regra prevê o pagamento de R$ 4.750 para enfermeiros; R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras. Um mês após ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), em 4 de setembro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a lei por 60 dias, até que sejam analisados dados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto diante da implementação do piso. Barroso é relator de uma ação de inconstitucionalidade impetrada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde).

Piso da enfermagem: Congresso aprova projeto para viabilizar pagamento

O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (26) o projeto de lei que garante a abertura de crédito especial no orçamento federal deste ano para o pagamento do piso da enfermagem. O PLN 5/2023 vai à sanção. Pelo texto, será assegurado o valor de R$ 7,3 bilhões para ajudar no pagamento do piso, que foi criado pela Emenda Constitucional 124

O texto foi aprovado por unanimidade no Senado e recebeu o apoio da maioria dos deputados.

Notícias de Botucatu e sua gente

ANO III Nº 784 SEXTA-FEIRA , 12 DE MAIO DE 2023 Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br Diário da Cuesta LEITURA
DINÂMICA
Moderno como você!

BAHIGE FADEL

Eu queria dizer que estou contente com o que vejo. Eu queria. Mas não está fácil. Eu queria ser otimista, ver o céu sempre azul, sem ser maltratado a todo momento pelo homem, por interesses escusos. Eu queria. Mas está difícil. Cadê essa natureza perfeita?

Cadê? Se a gente quiser ver essa natureza de sonhos tem que dormir. Na realidade, ela se encontra apenas num passado remoto. Mas não temos essa capacidade de voltar para o passado. De que jeito? Só em sonhos mesmo. Depois a gente acorda e vê o quê? A ausência da natureza. O desprezo pela natureza. A destruição da natureza, para um lucro fácil. Que poder temos para mudar esse estado de coisas? O poder do berro. Berrar tudo isso. Mas é como berrar no deserto. Só as areias ouvem. E se porventura alguém ouvir, é capaz de dizer: Quem é esse louco, que fica berrando com a areia?

Eu queria dizer que estou contente com o que ouço. Eu queria. Mas não está nada fácil. Eu queria acreditar em tudo. ‘Vamos trabalhar pelo povo.’ ‘Eu sou honesto.’ ‘O amor venceu o ódio.’ ‘Vamos calar todo ódio do Brasil.’ ‘Estamos pensando nos

pobres.’ ‘Os pobres precisam ter os mesmos direitos dos ricos.’ Eu queria acreditar em tudo isso. Mas como? Por favor, ensinem-me uma maneira de acreditar nesses discursos. A pessoa que diz tudo isso se instala num hotel de luxo da Europa, com diária de R$ 90 000,00. É isso mesmo, caro leitor. R$ 90 000,00 por dia. Por que tanta ostentação, meu Deus? Se é verdade que as pessoas valem pelo que fazem, fazer isso não tem muito valor. Falar de pobreza e ostentar luxo é certo? Como acreditar no que essas pessoas falam?

Eu queria dizer que estou contente com o que sinto. Eu queria. Mas como dizer que estou contente com o que sinto, se o que sinto é uma angústia do tamanho do mundo? Como? Angustiado por sentir nojo da falsidade, da traição, dos interesses ocultos, do desprezo que as pessoas têm pelos valores mais belos e mais fundamentais. Honestidade virou bobagem; desonestidade virou esperteza. Como não ter nojo disso? A bondade virou fraqueza; a maldade virou força. Nojo! O meu direito virou ofensa; o direito do outro virou obrigação. A solidariedade está escondida num canto qualquer; o desprezo pelo próximo está sorridente à luz dos refletores. Como não sentir nojo dessas coisas todas? Impossível. A não ser que você seja uma pessoa tão cega que é incapaz de olhar além do próprio umbigo.

Mas isso não quer dizer que me tornei incapaz de contentar-me. Nada disso. Mantenho essa capacidade, ainda. Estou contente, por exemplo, com a coragem que ainda tenho de escrever sobre o que penso. Não perdi essa coragem. Estou contente em ver que ainda há pessoas dispostas a superar as dificuldades que se apresentam, para tornar o mundo um pouco melhor. Ainda bem! Mas não é fácil.

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

Contato@diariodacuesta.com.br

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

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artigo
DESEJOS

“Mãe”

Faltam-me palavras para falar dela, a linda mulher que me deu a vida.

Alguns dizem que é a alma que escolhe o lar que vai nascer e eu creio que fui sábia escolhendo seu bendito ventre, e o lar aonde vivi, e as experiências que seriam necessárias para a minha evolução.

Ela gostava de cantar e tinha uma linda voz.

Uma das canções que a ouvi cantar era esta, que escolhi para acompanhar este texto.

Não me contava muito seus sonhos e tinha alguns até meio proféticos.

Um desses sonhos foi quando morávamos na Cardoso de Almeida, e ela estava se restabelecendo de uma cirurgia, tinha muitas dores, então coloquei uma bolsa de água quente para ajudar a suavizar suas dores.

Estávamos as duas deitadas na sua cama, em seu quarto conversando, e ela disse.

“Esta noite sonhei que Jesus estava passando pela nossa rua.

Fui até o portão para saudá-lo.

Muitas pessoas gritavam seu nome e O seguiam.

Quando foi chegando perto da nossa casa, fiquei rezando e pedindo que Ele me olhasse.

Mas, Ele foi passando seguido da multidão e falando com eles animadamente.

Fiquei triste porque Ele andava distraído.

Até que, quando já ia passando a nossa casa e seguindo o caminho sem que me olhasse.

Fiquei triste e já ia entrar, quando Ele se voltou para mim, acenou e sorriu!”

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