Diário da Cuesta
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foi um dos principais artistas da segunda geração da arte moderna brasileira. Ganhou destaque com pinturas de casas e bandeirinhas de festas juninas (sua marca registrada). Nasceu na charmosa cidade de Lucca (Itália) em 1896 (14/04) e veio para o Brasil com sua humilde família quando ainda era um bebê. Faleceu em 28 de maio de 1988. Teve uma trajetória singular, pautada por sua paciência e pelo apego à família. Jamais perdeu o sotaque italiano e nunca quis se naturalizar para tentar se manter ligado com suas raízes europeias. Tinha quase 50 anos quando fez sua primeira exposição individual e pintou por quase sete décadas. Com certeza, Alfredo Volpi foi um artista muito mais do que o pintor das bandeirinhas.
Leia a Leitura Dinâmica, pág 4
- Nossa tarefa é plantá. Se vai tê colheita, só Deus sabe.
- É isso mesmo.
Assim proseava o pai e seu parceiro de luta, o Chico Pequeno
Guardei a prosa. Então vamos lá. Penso que meus netos, que estudam em renomadas escolas, precisam saber que todas as crianças do mundo tem fome, sede, frio, medo, vontades e amores.
Mas não é só saber. É preciso ter convicção dessas coisas e fazer delas cláusulas pétreas no coração, amá-las e defendê-las.
E é preciso que meus filhos busquem garantir o que é essencial nas suas mesas e nas mesas de quem dependam deles. Que meus filhos saibam que o quê dói em mim, dói no outro, que as lágrimas não são doces pra ninguém.
Saibam eles, meus filhos e netos, que não são os degraus da sociedade que separam os humanos, mas sim o que trazemos dentro de nós.
Acredito mesmo nisso? Acredito! Às vezes fico meio sozinho, meio perdido,
meio zonzo, mas não mudo minha crença. Acredito no humano do ser humano. Parece-me que é preciso escolher o que se planta nas terras dos corações. Não se colhe amoras plantando joás. Simples assim.
Reunião do Cruesp definiu um reajuste de 10,51% nos salários dos servidores
A reunião entre o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e o Fórum das Seis, que representa as entidades de classe da USP, da Unicamp e da Unesp, realizada no último dia 18 de maio marcou o primeiro encontro do Cruesp sob a presidência do professor Pasqual Barretti, reitor da Unesp. Na ocasião, os representantes acordaram um reajuste de 10,51% nos salários dos servidores docentes e técnico-administrativos das três instituições.
A intenção de Barretti é que a atuação do Conselho vá além das discussões salariais e paute temas que fortaleçam a atuação das universidades paulistas junto à sociedade.
Por determinação de decreto estadual, a presidência do Cruesp é rotativa entre os reitores das três universidades públicas estaduais paulistas e cada mandato tem duração de um ano. A formação do Conselho inclui ainda o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e
Inovação e o Secretário da Educação do Estado de São Paulo.
Na avaliação de Barretti, a reunião com as entidades de classe realizada na sala do Conselho Universitário da Unesp, na região central da capital paulista, ocorreu em um ambiente republicano e construtivo que colaborou para o entendimento comum da realidade das três universidades.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
Contato@diariodacuesta com br
Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
“A negociação foi demorada porque o que daria maior conforto para as três universidades seria a aplicação do reajuste inflacionário. Contudo, depois de muito estudo, concluímos que seria possível caminhar um pouco na valorização dos profissionais, atingindo o valor de 10,51%, que acredito deixou a comunidade satisfeita e esperançosa”, afirmou o Reitor da Unesp. (BOTUCATU.NOTÍCIAS)
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Hoje acordei imaginando um grande novelo etéreo de fios dourados e tomando da agulha, iniciava a tecer uma estória.
Inicialmente ia desenhando paisagens, delas ia criando uma estrada que seguia os rumos da infância.
Dos pontos apertados surgiam florestas com os mais variados tipos de árvores, jardins floridos a beira das águas límpidas de um rio.
Virando a curva via surgir o casario seguindo reto se via a imponente igreja, rodeada de flamboyants tingidos de flores vermelhas esvoaçando ao sabor do vento.
No céu muito azul, salpicado de nuvens alguns pássaros formando uma seta, alegres cantarolando e seguindo para novos rumos.
Das tramas douradas se desenhavam ruas de algumas casinhas brancas com janelinhas azuis, quebradas pelas amarelas de jardins muito verdes.
Na esquina a Padaria com suas vitrines mostrando os diversos e deliciosos pãezinhos e bolos enfeitados dos glacês coloridos, indo pela calçada irregular ia dar no portão da casa simples e sem pintura.
Passando pela casa da Itália, amiga da minha mãe de portão baixo de ferro preto, um corredor de folhagens variadas dava na sua área envidraçada, ela surgia com sua cara grande, com um grande sorriso mostrando dentes grandes e separados na frente.
Enxugando as mãos úmidas no avental xadrez, seguida do Tone, seu marido.
Cumprimentava alegre e seguíamos.
Naquela calçada, de piso desigual, brincando de amarelinha, me estabaquei tropeçando, e cai de cara no chão, entre as risadas das crianças e um mar de sangue saiu do meu nariz quebrado. Vó Angelina segurando diante de mim uma bacia de metal prateado, e tentando me consolar.
E me dizia fique de cabeça levantada que já vai passar, e eu ficava olhando o forro de madeira pintado de bege, alguns pontos escuros dos pregos seguindo desigual que as goteiras formaram.
Vô Gijo passava olhando assustado.
Horas depois chegava a Nona Constantina, que da porta já disparava um :
Mária Vérgine! E punha as mãozinhas calosas de dedinhos tortos pela artrite reumatoide no rosto.
Os olhinhos azuis esbugalhados, atrás dos óculos de aro fino, lentes arredondadas.
Vinha seguida dos meus primos e primas.
Formava aquele alvoroço quando, dos grandes bolsos do avental cinzento que cobria seu vestido de preto com florzinhas coloridas miúdas, tiravam um pacote de balinhas azedinhas verdes, amarelas, vermelhas.
Do fogão a lenha na cozinha exalava o cheiro do tacho, onde fervia o molho de tomates com manjericão.
Na mesa de madeira cheia de farinha ainda tinha uns pedacinhos de macarrão que secavam pendurados no varal lá no enorme quintal, ao lado da mesa de marcenaria do Vovô.
Tio Carlos falastrão e sorridente pegando um miolo de pão chuchava o molho, logo sendo afastado de perto do fogão, pela minha mãe que rindo dizia: espere pelo almoço, seu comilão.
E uma grande colcha dourada ia saindo das agulhas e urdidas pela memória.
1– Volpi começou em 1925 sua atuação artística ao vender um quadro sobre sua irmã: “Minha irmã costurando”. Somente em 1944, com 48 anos, realizou sua primeira exposição individual. Em 1953, na 2ª Bienal de São Paulo foi escolhido como o melhor pintor do Brasil ao lado de Di Cavalcanti.
3– Embora estigmatizado como o pintor das bandeirinhas, Volpi teve várias temáticas durante sua longa vida artística: paisagens, marinhas, casas, fachadas dos casarios, retratos, igrejas e catedrais.
2– Sempre pintava sob a luz do sol, gostava de pintar ao ar livre... Nunca fazia o movimento de vai e vem com o pincel. Adorava pintar temas religiosos, com igrejas e madonas.
4– Foi um poeta na pintura... Reconhecido mundialmente por sua criatividade e pintura viva e multicolorida, alegra a todos que apreciam seu trabalho. É um orgulho esse pintor ítalo-brasileiro!
Botucatu conquistou na noite da última quinta-feira (25), o título da Série Prata da Copa Record de Futsal Feminino.
Em partida disputada no Ginásio Anis Abras, em Santa Cruz do Rio Pardo, o time botucatuense enfrentou Garça na disputa da taça.
A partida se apresentou com muitas dificuldades para Botucatu, que foi para o intervalo com uma desvantagem de 2 a 0 no placar.
No entanto, na etapa final, o time comandado pelo técnico Bruno Soler soube se recompor, chegando ao empate graças aos gols de Bianca Peres e Maria Carolina, numa cobrança de pênalti faltando pouco mais de um minuto para o encerramento do jogo.
Com a igualdade no marcador ao final do segundo tempo, a disputa do título da competição acabou indo para a emocionante cobrança de pênaltis.
Com 100% de aproveitamento em suas cobranças, Botucatu ficou com o título após Vanessinha, Aline e novamente Maria, converterem suas batidas, superando a equipe de Garça por 3 a 2.
Festa para Botucatu, que conquistou seu segundo título na competição.