Joana D’arc
Joana d’Arc foi uma camponesa francesa que ficou gravada na história do seu país por liderar tropas contra os ingleses durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453). A francesa alegava ter visões e ouvir vozes que falavam para ela ingressar na luta contra os ingleses. Após conquistar importantes vitórias para a França, foi capturada por aliados dos ingleses, levada a julgamento e condenada à morte na fogueira por bruxaria. Foi canonizada no começo do Século XX. Página 2
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Edil Gomes recebe 3 importantes prêmios
Edil Gomes, numismata botucatuense, arrebatou 3 prêmios da Sociedade Numismática Brasileira. O conhecido e competente diagramador foi escolhido como o melhor Artigo da RNB, melhor Livro do Ano e como melhor Autor do Ano. O Diário da Cuesta cumprimenta Edil Gomes, companheiro que lhe traz a qualidade editorial tão comentada e festejada.
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PARABÉNS!!! PÁGINA 3
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JOANA D’ARC
Quem foi
Joana D’arc foi uma guerreira e importante personagem da história francesa no século XV. Participou da Guerra dos Cem Anos (1337-1453) quando seu país enfrentou a rival Inglaterra. Joana D’arc foi canonizada (transformada em Santa) no ano de 1920.
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Biografia resumida e participação histórica:
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- Joana D’arc nasceu na França (cidade de Domrémy-la-Pucelle) no ano de 1412.
- A história da vida desta heroína francesa é marcada por fatos trágicos. Quando era criança, presenciou o assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a vila em que morava.
Com 13 anos de idade, começou a ter visões e receber mensagens, que ela dizia ser dos santos Miguel, Catarina e Margarida. Nestas mensagens, ela era orientada a entrar para o exército francês e ajudar seu reino na guerra contra a Inglaterra.
- Motivada pelas mensagens, cortou o cabelo bem curto, vestiu-se de homem e começou a fazer treinamentos militares Foi aceita no exército francês, chegando a comandar tropas Suas vitórias importantes e o reconhecimento que ganhou do rei Carlos VII despertaram a inveja em outros líderes militares da França. Estes começaram a conspirar e diminuíram o apoio de Joana D’arc.
- Em 1430, durante uma batalha em Paris, foi ferida e capturada pelos borgonheses que a venderam para os ingleses. Foi acusada pela Inquisição de praticar feitiçaria, em função de suas visões, e condenada a morte na fogueira.
- Morreu queimada viva, na cidade de Rouen, no ano de 1431. Ela tinha apenas 19 anos de idade.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Prêmio Literário Florisvaldo dos Santos Trigueiros Sociedade Numismática Brasileira
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ciedade Numismática Paranaense - Rogério Bertapeli - 2021
• Os ditos botões de lampião e sua verdadeira função - Gilberto Fernando Tenor e Rogério Bertapeli - Boletim da Sociedade Numismática Paranaense - 2022
Categoria: MELHOR PUBLICAÇÃO NUMISMÁTICA
• Os detectores de metais e a legislação sobre preservação do patrimônio histórico nacional: um estudo comparado entre Brasil, Portugal, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido - Thomás de Freitas Ribeiro - Monografia apresentada ao Programade Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientadora: Prof.a Leda Lúcia Soares. Belo Horizonte, 2020, 49 páginas - 2020
Caros entusiastas da pesquisa numismática, é com imensa alegria que anunciamos os vencedores do Prêmio Literário Florisvaldo dos Santos Trigueiros. Em primeiro lugar, gostaríamos de expressar nossa gratidão a todos os participantes e indicados por compartilharem conosco seus trabalhos incríveis. A qualidade e o rigor demonstrados em cada pesquisa são verdadeiramente notáveis. Após uma criteriosa análise por parte da Comissão Julgadora, temos o prazer de revelar os nomes dos vencedores em cada uma das sete categorias. Suas contribuições para o campo da numismática são inestimáveis e dignas de reconhecimento. Os vencedores demonstraram um profundo comprometimento, dedicação e excelência em suas respectivas áreas de pesquisa.
Vencedores
Categoria: CATÁLOGO/PREÇÁRIO
• Moedas brasileiras: Livro oficial – 7a edição - Rodrigo Maldonado - 2020
• Coleção de fichas de telefone do Brasil - Milton Alves Portelinha - 2021
• Todas as moedas de Cobre do Brasil - Enio Garletti e Rogério Bertapeli - 2022
Categoria: MELHOR ARTIGO DO BOLETIM
• Preservação da memória histórica (I) - Bruno Pellizzari -2020
• Heróis esquecidos: medalhas da Força Expedicionária Brasileira na 2a Guerra Mundial - Douglas de Souza Aguiar Jr. - 2021
• As moedas provinciais regionais de Lisboa para o Maranhão - Leonardo Rodrigues Tupinambá - 2022
Categoria: MELHOR ARTIGO DA RNB
• E o rei de Portugal autoriza cunhar moedas no Brasil - Edil Gomes - 2020
• O ouro do Brasil, o Banco da Inglaterra e a reforma monetária e financeira britânica do século 18 - Pedro Damián Cano Borrego - 2021
• A abertura de cunho em moedas de cobre brasileiras e os erros decorrentes - o Mauro Mesquita - 2020
Categoria: MELHOR ARTIGO EM PUBLICAÇÃO DE NÍVEL NACIONAL
• As raras e pouco conhecidas moedas de cobre do Brasil
- Enio Garletti - Boletim da Sociedade Numismática Paranaense - 2020
• Moedas de Cobre Falsificadas Após 1835 - Boletim da So-
• Falsificación monetaria en la Provincia de Bahia: aspectos legales y numismáticos - Bruno Henrique Miniuchi PellizzariMemorias Cartagena–Anais da 3a Convención Internacional de Historiadores y Numismáticos – Cartagena MMXXI – Convenção numismática realizada em Cartagena de Índias, na Colômbia –Páginas 349 a 362 - 2021
• O acervo numismático do Museu da Imigração de São Paulo - Bruno Pellizzari - Blog do Museu da Imigração do Estado de São Paulo - 2022
Categoria: LIVRO DO ANO
• Manual de erros em moedas 2: defeitos e anomalias em moedas brasileiras - Edil Gomes - 2020
• Dinheiro no tempo: História do dinheiro com arte e diversão para crianças - Telma Cristina Soares Ceolin - 2021
• Segredos das cédulas brasileiras - Ruy André Franco Peretti - 2022
Categoria: AUTOR DO ANO
• Edil Gomes - 2020
• Rogério Bertapeli - 2021
• Giovanni Miceli Puperi - 2022
Acreditamos firmemente que a publicação e divulgação dessas pesquisas são fundamentais para a expansão do conhecimento e o avanço da numismática. Cada trabalho premiado oferece insights valiosos, enriquecendo nosso entendimento sobre moedas, cédulas e medalhas, além de abrir novas perspectivas para futuras investigações.
Encorajamos entusiastas da numismática, pesquisadores e estudiosos a seguir os passos desses vencedores e continuar contribuindo para o desenvolvimento desse campo tão fascinante. Que suas pesquisas inspirem mais pessoas a explorar e compartilhar seus conhecimentos.
Parabéns a todos os vencedores e, mais uma vez, agradecemos a todos os participantes por seu empenho e dedicação. Juntos, fortalecemos a comunidade numismática e pavimentamos o caminho para futuras edições deste já prestigiado prêmio.
Que a paixão pela numismática continue a florescer e que os frutos dessas pesquisas continuem a enriquecer nossa compreensão desse fascinante universo. Atenciosamente, Comissão Julgadora do Prêmio Literário Florisvaldo dos Santos Trigueiro
“A benzedeira”
MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA
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Nos meus tempos de menina era muito comum levar as crianças ás benzedeiras, mulheres que com galhos de louros imersas em água de orvalho as abençoava, ou davam-lhes colheradas de água de cinza.
Davam receitinhas caseiras para vermes, nós nas tripas, olho gordo, febres, xarope para tosses, e outras pequenas mazelas.
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Em Avaré tinha uma benzedeira muito afamada, que morava lá para os lados da Estação Ferroviária
Era conhecida da amigada ( se falava entre dentes nas conversas de familia) do meu tio-avô, irmão mais novo do Vô Gijo
Era uma mulher negra, muito boa que cuidava da Nona.
Quando íamos visitar, ela estava sempre perto do fogão a lenha, Tio Tóne estava sempre a seu lado, sentado conversando com ela.
O Sirvio, irmão mais novo do Vô Gijo, em pé perto da porta
De longe se ouvia as vozes, da italianada em tom sempre alto, gesticulando muito.
,”Ma che!”
Parecia que brigavam, mas era o normal.
Minha Nona morava num quartinho pequeno, ao lado da porta tinha um pé de peras, aquelas durinhas, que davam uma compota deliciosa.
Era separada da casa dos filhos, onde tinha apenas a sua cama e uma cômoda de madeira maciça, envernizada, feita pelo meu avô, com três gavetas grandes.
Na parede sobre a cama, tinha um retrato daqueles antigos com a foto da Nona e seu finado marido.
Embaixo da cama uma comadre e um penico de ágata branca, muito limpos.
As roupas de cama alvíssimas e perfumadas que a Luzia, quarava ao sol em bacias, e depois enxaguava num riacho ali perto.
Quando chegávamos ela nos olhava nos fundos dos olhos e dizia com sua voz grossa:
“Xii essa menina está com bicha, precisa levar lá na Tunica para benzer, viu Gijo!”.
E como ficava no caminho, meu avô pegava minha mão na sua mão calosa, e
já íamos na casa da Tunica.
Ela morava numa pequena casa de madeira muito simples, e subindo três degraus já estávamos na cozinha onde guardava as ervas medicinais que pegava pelos matos ali perto, penduradas para secar, perto da porta o fogão a lenha tinha sempre um tacho de conteúdo desconhecido fervendo.
Parecia casa de bruxa.
Ela mesma não era nada bonita.
Tinha um cabelo castanho escuro preso num coque, e algumas madeixas que escapavam dos lados, presos por um lenço de cor desconhecida entre o bege e o cinza Roupas enormes descoradas pelo uso, com remendos, envolviam o seu corpo magro.
O rosto longo, olhos escuros e penetrantes, nariz grande com uma verruga na ponta.
A boca meio desdentada, de onde só se via os caninos grandes.
Já conhecia o meu Vô Gijo, me olhava e ia buscar uma colher grande de pau com uma água de cinzas para eu beber.
Depois me benzia três vezes com o galho de louro falando uma reza.
Só sei que depois disso eu melhorava, acho que as bichas fugiam de susto de ver a cara da Tunica