FIM DE CICLO?!?
A Falência da Livraria Cultura
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A Livraria Cultura do Conjunto Nacional na Avenida Paulista, a última unidade que ainda estava em atividade fechou as portas e foi importante ponto de encontro de entusiastas da literatura.
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A nova unidade do Central Supermercados em Botucatu
Região do 24 de Maio explode em desenvolvimento!
Investimentos do Poder Público na duplicação de dois trechos da Rodovia
Gastão Dal Farra foi bastante positivo, melhorando o acesso a bairros novos e os já existentes. Como resultado, foram atraídos investimentos privados como a nova loja do Supermercado Central que deve ser inaugurada hoje e vai se tornar um polo gerador de empregos em Botucatu.
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FIM DE CICLO?!?
Ontem a notícia que a Livraria Saraiva fechou suas portas no Midway Mall, fechando um ciclo de 12 anos, onde o espaço era ponto de encontro também para cafés no segundo piso, literatura infantil e espera para quem ia ao cinema do shopping.
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Era a última loja do grupo ainda aberta no Nordeste.
Em recuperação judicial desde 2018, a Saraiva está atuando no vermelho e acumulou prejuízo de R$ 15 milhões somente nos três primeiros meses de 2023.
Ontem também foi a vez da A Livraria Cultura fechar as portas no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista
Com a falência decretada em 9 de fevereiro, ela ganhou uma sobrevida quando, dias depois, conseguiu uma liminar
para seguir com seu plano de recuperação judicial. Mas era só uma questão de tempo. Em maio, o recurso da Cultura foi negado e a falência foi mantida. Agora, ela cumpre a ordem de despejo
LIVRARIAS QUE RESISTEM E AMPLIAM
Hoje a rede mineira Leitura é a maior do país em número de lojas.
Ela começou 2023 com nada menos do que 99 unidades, e tem previsão de abrir pelo menos mais seis. Até o fim do ano, devem ser 25 lojas no Estado de São Paulo e a expectativa é que Marcus Telles, o proprietário, assuma o espaço que vai ficar vago com o despejo da Cultura do Conjunto Nacional.
A Leitura se espalha pelo país, assim como a rede Livrarias Curitiba – forte no Sul e que tem investido no interior de São Paulo.
Rui Campos, dono da Livraria da Travessa, que chegou timidamente em São Paulo, em 2017, tem investido na expansão do negócio aqui. Ela acaba de abrir uma unidade no Shopping Iguatemi Alphaville e inaugura, em agosto, outra no Shopping Villa-Lobos, exatamente onde ficava a Cultura – mas num espaço menor, de 600 m2 (a da Cultura tinha 3 mil m2).
Fonte: Tribuna do Norte e Estadão
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Diário da Cuesta 3
Fim da Livraria Cultura ou fim da Cultura?”
Os colunistas do Estadão, Leandro Karnal, Ignácio de Loyola Brandão e Marcelo Rubens Paiva lamentaram a notícia da falência da Cultura. “Foi decretada a falência da Livraria Cultura. Comprei centenas de livros lá, passei horas naquele café, vi muitas peças de teatro e lancei vários títulos no espaço do Conjunto Nacional. Aqui o concorrido lançamento do Hamlet com Valderez Carneiro da Silva e Thiago Lacerda. Fim de uma era. Fim da Livraria Cultura ou fim da Cultura?”, se pronunciou em rede social o escritor sobre o fato em questão”, escreveu Karnal nas redes sociais.
Livreiros e editores comentam falência da Livraria Cultura
Gerson Ramos: Diretor comercial da Planeta “Por mais que pudéssemos prever esse final, a sua materialização nos enche de tristeza.
Carlo Carrenho, fundador do PublishNews, dizia que quando se abre uma livraria todos os profissionais do mercado deveriam abrir uma champagne - e eu acrescento que cada livraria fechada deveria nos obrigar a alguns minutos de silencio, de reflexão. O sentimento é de perda e de encerramento do luto, porque já estávamos enlutados desde o início da recuperação judicial em 2018. Muito embora as maiores causas deste capítulo final devam-se mais a questões internas da própria Cultura do que ao mercado como um todo, é fundamental que cada profissional olhe para suas práticas e decisões e aja em favor do fortalecimento da cadeia produtiva para cuidar das livrarias que estão aí agora, ativas e zelosas de suas obrigações e funções, sem artifícios e tratando o livro como coração do negócio”.
Alexandre Martins Fontes: Proprietário da Livraria Martins Fontes
Durante décadas, a Livraria Cultura foi a maior referência no mercado de livros do Brasil, e o excelente trabalho do Pedro Herz, uma fonte de inspiração para todos nós. Quando eu assumi a Livraria Martins Fontes da avenida Paulista, no início dos anos 2000, me perguntaram o que eu pretendia com aquele projeto. Minha resposta foi: ‘se eu conseguir fazer um pouco do que a Livraria Cultura faz, já serei um homem feliz. No entanto, com o passar do tempo, nós assistimos a uma sequência enorme de decisões equivocadas: empréstimos e investimentos maiores do que o livro permite fazer, a abertura de loias de tamanhos e em locais questionáveis, a comercialização exagerada de espaços para a exposição de produtos, permitindo que o fornecedor - e não o cliente - ditasse que livros mereciam destaque. Enfim, a Livraria Cultura se tornou tudo aquilo que ela nunca foi: uma loja genérica, sem vida e sem alma. E nenhuma empresa resiste muito tempo a um comportamento assim”.
Rui Campos: Proprietário da Livraria da Travessa “A Livraria Cultura, modelo e inspiração para o mercado durante anos e anos, perdeu o chão quando passou a desconsiderar o livro como foco da empresa. A venda de livros de papel cresce no mundo inteiro. Eles apostaram em quinquilharias e no fim das lojas físicas”.
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Mônica Carvalho: Proprietária da Livraria da Tarde Sou mineira, vim para São Paulo em 2006, como muitos, abrir um negócio e trabalhar. Lembro que “meu lugar” em São Paulo era a Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Lá eu marcava cafés, ia a peças de teatro, palestras, escolhia as próximas leituras, participava de lançamentos de livros e levava todos os amigos e familiares que vinham me visitar em São Paulo Achava a Cultura lindíssima! Confesso que tinha alguma dificuldade em escolher e encontrar livros, mais pela minha retaguarda provinciana, do que por qualquer outro motivo (como diria Caetano, Narciso acha feio o que não é espelho), a grandeza do lugar, a oferta volumosa de livros me assustava um pouco, mas também me encantava Saber da falência da Cultura dá uma nostalgia, mas infelizmente não me surpreende Desde 2017, eu vinha acompanhando a crise, sentindo na pele como leitora a decadência da livraria e espaço cultural Quando entrou em recuperação judicial e as lojas começaram a fechar me deu um estalo e pensei que ali poderia haver uma oportunidade para minha transição de carreira Lembro que li tudo que saiu na mídia, e fui capturando os contatos das pessoas que participavam das matérias para depois conversar e entender
se aquela crise tinha a ver com a falta de leitores ou problemas de gestão. Ao conversar com as pessoas fui percebendo que ali havia mesmo um problema de gestão, não só de fornecedores, mas de pessoas, financeira e tudo mais, parecia que o mercado já esperava o seu fim mesmo. No início de 2019 decidi abrir a Livraria da Tarde, certa de que o modelo das megastores estava esgotado e que o modelo da livraria de bairro, pequena, com um acervo selecionado, atendimento acolhedor, era o melhor caminho a seguir. Desde então a gente vem traçando nossa história, cheia de gente vem traçando nossa história, cheia de obstáculos (pandemia, crise econômica, falta políticas de apoio a livrarias, concorrência desleal com grandes magazines), mas também com muitas alegrias e realizações.
Diego Drummond: Sócio da Livraria Drummond “Uma livraria ameaçada de fechar deixa os livros, a leitura e a literatura menores. Espero que os autores, editoras, livrarias e leitores possam criar muitos outros espaços para os livros - mesmo sabendo que todos são insubstituíveis. Sugiro a todos operadores do mercado editorial que, tendo condições, num esforço de ampliar os pontos de venda, exposição e experimentação de livros, adotem ou, ao menos, estimulem a abertura de uma livraria mais. Só com isso já teríamos o dobro de pontos de venda disponíveis aos leitores atualmente”.
Marcelo Levy: Diretor comercial da Todavia
“A Todavia lamenta muito o ocorrido com a Livraria Cultura. Deixar de existir é um estrago brutal na paisagem da cidade e no cenário cultural do País inteiro. Estantes de bibliotecas leitores de todo tipo estão repletas de livros comprados na Cultura. Esperamos que nossa indústria encontre nesse revés motivação para criar e manter caminhos sustentáveis para chegar ao leitor.”
Paulo Verano: Editor e sócio da Edições Barbatana, no Facebook “A morte da Livraria Cultura é triste para quem a frequentou em seu período áureo, mas já era óbvia no nosso papo de 2017. Também é óbvio que muitas livrarias pequenas, como nós editores pequenos, vêm surgindo nas ruas com força, garra e beleza. E com dificuldades imensas, é claro. O que me parece claro, também, é que esse caminho triste da LC pode voltar a ser percorrido por outras empresas editoriais e livreiras maiores no futuro, caso prefiram continuar a não enxergar essas novas forças do sistema do livro que são revolucionárias apenas porque insistem em pôr o fazer editorial e a circulação dos livros em primeiro lugar. Porque não desistimos disso.”
Bruno Zolotar: Diretor comercial e de marketing da Rocco, no Facebook “Desavisados apavorados com a notícia da falência da Livraria Cultura. A coisa já vinha muito mal e descendo ladeira desde 2018, quando aconteceu a recuperação judicial da rede, fruto de várias questões. Surpresa zero. Acredito que a gente tenha que mudar o foco. Falar de quem está crescendo e abrindo loja como a Leitura, a Travessa e a Vila. E de outras redes firmes e fortes como a Vanguarda e a Livrarias Curitiba e das várias novas e independentes que estão surgindo. As livrarias físicas cresceram em 2022, ao contrário dos e-commerces. É preciso focar no positivo. Em lojas lindas e novas como a da foto que é da Travessa do Iguatemi em São Paulo que tem evento hoje e está lotada”.
Fundação Saramago
“É de todos também sabida a impressão que a Livraria Cultura deixou para o Prêmio Nobel de Literatura José Saramago, que a descreveu como uma linda livraria, uma catedral de livros, moderna, eficaz e bela.”
Central Supermercados inaugura nova loja em Botucatu
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A rede Central Supermercados possui cinco unidades na região
A nova unidade do Central Supermercados em Botucatu já tem sua data de inauguração definida Está marcada para esta quarta-feira, 5 de julho, a partir das 9 horas, o início das atividades da loja instalada na região do 24 de Maio.
A rede Central Supermercados possui cinco unidades na região, sendo três em Botucatu, bem como mais uma em Jaú e outra unidade em São Manuel.
Tendo início em 1928, a rede entrou no ramo de super-
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mercados a partir de 1978, com sua unidade na Rua Amando de Barros. Em 1997 houve modernização da unidade e expansão da marca para outras cidades da região. A empresa, hoje, é uma das principais empregadoras na Cidade. (Botucatu.Notícias)
Diário da Cuesta
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Botucatu não poderia ficar desconhecendo esse lado musical de Raul Torres e com o qual fez muito sucesso, também. Ver matéria completa na página 2
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ELEIÇÕES MUNICIPAIS
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Amanhã 15 de novembro, é dia de Eleição Municipal é também, feriado da Proclama- ção da República. Em Botuca- são
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de 60 anos ão preferência nas 3 primei- ras horas Essa preferência é por todo o dia das elei ões. Eleito
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doentes, deficientes ou grávidas também terã preferência. Será seguido o Protocolo de Segurança com distanciamen- to social e o uso de álcool gel obrigatórios em todas as se ões, além do uso de máscara. TRE recomenda que cada eleitor seja portador de sua própria caneta para assinatura e até para teclar os números na urna. Recomenda também que o leitor leve do- cumento com foto O TSE lembra que o voto é obrigatório Só não é obrigatório para os analfabetos, os maiores de 70 anos e nem para os maio- res de 16 e menores de 18 anos.
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tou as inundações que ocorreram em Botucatu com queda de pontes e estragos generalizados e, em sequência, teve que enfrentar a pandemia do vírus chinês... Ufa... Botucatu acompanhou o seu trabalho à frente de uma equipe capacitada e, nas Eleições Municipais, RENOVOU a sua con- fiança! ELE É O ELEITO !
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