Diário da Cuesta
Jornalista,
contista, novelista, romancista e ensaísta, nasceu em nossa região, em Lençóis Paulista, em 12 de julho de 1903, falecendo no Rio de Janeiro, em 13 de julho de 1986.
Artigo do saudoso
Reverendo Antonio
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Coine nos traz o perfil positivo e atuante de Lessa. Página 3
LENÇÓIS: A CIDADE DO LIVRO
Lençóis Paulista recebeu esse título pelo acervo da Biblioteca Municipal Orígenes Lessa, que é o maior do interior paulista. Há também o Museu Literário dentro da biblioteca. Lençóis foi instituída por meio de Decreto Municipal como a “Cidade do Livro”.
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VOCÊ QUER FICAR?
José Sebastião Pires MendesJá faz um bom tempo que “ficar”, além da enorme quantidade de sinônimos, significa “namorar mais profundamente.” Mas não é isso. Quando você vai a um museu, principalmente aos museus europeus, vai encontrar uma infinidade de obras de arte quase irreais, que nossos antepassados nos legaram. Encontrará também estátuas, documentos e biografias de grandes vultos da Humanidade. Esses personagens, que foram gente igual a nós, pelo menos na estrutura básica, que são a morfologia e a constituição biológica, marcaram com sua passagem momentos muito especiais de nosso passado, e talvez até se tornaram, com suas ações e influências, fatores determinantes para os rumos da História. Contudo tais seres, semelhantes a nós na potencialidade humana, não ficaram famosos só por terem sido “bem-nascidos”, mas sim por algum motivo especial, que os evidencia do resto da Humanidade como um todo, no tempo e no espaço.
Todos nós temos guardada lá no fundo de nosso ego aquela vaidadezinha meio besta de querer ser famoso. Há ainda aqueles que a arrancam de seu cantinho embolorado no porão dos desejos semi-conscientes, e fazem-na aflorar, às vezes até violentamente. “Falem mal, mas falem de mim!” é a frase que se ouve, sempre que uma pessoa, por algum motivo, fica na berlinda. Bem, se não é manchete de jornal, como aquele slogan de velho programa radiofônico “se você aprontou, virou notícia!”, mas saiu com sua estampa meio desengonçada se não teve tempo de se ajeitar, ou já passou da bela idade, nas colunas sociais (dos excelentes fotógrafos que temos desse gênero comunicativo), é claro que você gostou. Mas quando sefala em lápides, panegíricos ou nomes de ruas, torcemos um pouco o nariz “Eu quero sim ficar famoso, mas enquanto estou vivo!” Virar estátua para passarinho sujar, idiotas picharem ou crianças treparem para fotografias (que gracinha!) destinadas aos avós, não nos interessa muito Queremos usufruir da “boa” fama, aqui e agora. Mesmo assim, queremos sobreviver de qualquer jeito. Mas aí é que está: por quê? Porque essa angústia de querer sentir que alguma coisa de nós permanecerá depois que nós morrermos? Quando vai se aproximando a fase da vida em que nos sentimos desgastados porque nossos natalícios já se acumularam demais (bom, demais não é bem o termo, viver nunca é demais...) começamos a pensar em arrumar nossa malinha. Então, toca dar isto e aquilo para alguém, resolver pendências de todo naipe com as mais diversas pessoas, porque pelo menos a morte natural nos dá essa chance (às vezes). E se não deu tempo de construir uma filosofia pessoal, apegamo-nos às convencionais, que as religiões tradicionais oferecem às pampas. Se não filosofias, pelo menos ensinamentos matusalênicos. Que respeitamos, ora pois!
Uma observação interessante: Desde as pirâmides do Egito, supostamente
EXPEDIENTE
erigidas por este ou aquele faraó, os monumentos funerários existem para, de certo modo, garantirem a perpetuidade de seus pretensos ocupantes. Embora sua função seja para que nos lembremos de seus feitos ou suas contribuições em nossa vida social e política, na verdade, guardam aquilo que foi de mais íntimo de tal personagem, que é a múmia, a carcaça, a ossada ou as cinzas, no caso de ter sido cremado. Mas até mesmo aqueles nossos antepassados que deram sua vida para “provar”, ou pelo menos fazer valer a ideia ancestral de nossa sobrevivência após a morte, possuem mausoléus que garantem que eles nunca se afastarão da memória coletiva. Até mesmo Allan Kardec, defensor ferrenho da vida de além-túmulo, tem seus despojos muito bem guardados no cemitério de Père Lachaise, em Paris Não bastaram suas ideias e seus seguidores para imortalizá-lo. E mesmo que os fiéis adeptos da doutrina cristã da ressurreição acreditem que Jesus não só venceu a morte física, que teve sobre ele poder de não mais, talvez, que 38 horas, mas também e principalmente a morte espiritual, até hoje seu sepulcro é visitado e honrado, como se algo dele ainda ali estivesse. Isso nos dias atuais, sem levar em conta as guerras fratricidas que existiram no passado, tomando isso como pretexto. Porque? Porque ninguém quer morrer, todo mundo gostaria de “ficar pra semente”. E acontece que todos nós ficamos sim, para semente. Aliás, essa é a nossa função. A Natureza arranjou muito bem as coisas, o instinto sexual teima em se fazer valer, mesmo que o “esperma deite em terra”, como na passagem bíblica sobre Onã. Pois mesmo que sejamos solteirões convictos, ainda assim engendramos espiritualmente bons ou maus filhos. De alguma forma plantamos nossas sementes, se não são biológicas e naturais, são as oriundas de nossas ações, benéficas ou maléficas Quer elas sejam familiais, sociais, políticas ou culturais, somos responsáveis, queiramos ou não, pelo futuro da Humanidade. E é essa “malinha” que precisamos arrumar, não no final da vida, mas no decorrer dela, se quisermos sobreviver à verdadeira morte. Como nos lembra o livro sacro, “Bem-aventurados os mortos que morreram no Senhor. De hoje em diante, diz o Espírito que descansem dos seus trabalhos, porque as suas obras os seguem” (Apocalipse, 14-13)
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DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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MEMÓRIAS – O ÚLTIMO SERMÃO DE ORÍGENES LESSA (*1903 - +1986)
Antonio CoineFoi no dia 14 de dezembro 1980, que esse querido irmão presbiteriano, Orígenes Lessa, pregou, na Igreja Presbiteriana Independente de Lençóis Paulista, SP, um belíssimo sermão histórico por ocasião do Centenário dessa amada Igreja que havia sido organizada no ano de 1880, onde seu pai o Reverendo Vicente do Rego Themudo Lessa havia sido pastor. E foi nesse período que pastoreei essa amada igreja, de 1974 a 1981.
e Albuquerque, João Ribeiro, Menotti del Picchia e Sud Mennucci. Seguiram-se a essa coletânea Garçon, garçonnette, garçonnière, menção honrosa da Academia Brasileira de Letras, e A cidade que o diabo esqueceu
Em 1932 participou ativamente na Revolução Constitucionalista, durante a qual foi preso e removido para o Rio de Janeiro. No presídio de Ilha Grande, escreveu Não há de ser nada, reportagem sobre a Revolução Constitucionalista, e Ilha Grande, jornal de um prisioneiro de guerra , dois trabalhos que o projetaram nos meios literários. Nesse mesmo ano ingressou como redator na N. Y. Ayer & Son, atividade que exerceu durante mais de quarenta anos em sucessivas agências de publicidade.
lista, SP.
Era, juntamente com a esposa, membro da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, Catedral Evangélica, pastoreada pelo Reverendo Guilhermino Cunha, vindo, praticamente morrer nos braços desse pastor que cuidou dele até os seus últimos dias.
Recebeu inúmeros prêmios literários: Prêmio Antônio de Alcântara Machado (1939), pelo romance O feijão e o sonho; Prêmio Carmem Dolores Barbosa (1955), pelo romance Rua do Sol; Prêmio Fernando Chinaglia (1968), pelo romance A noite sem homem; Prêmio Luísa Cláudio de Sousa (1972), pelo romance O evangelho de Lázaro.[4]
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(PS. Estamos preparando vários quadros dessa foto histórica para serem doados para a Biblioteca Orígenes Lessa, Faculdade Orígenes Lessa e Igreja Presbiteriana Independente de Lençóis Paulista que neste ano completa seu 141º. Aniversário de Organização Eclesiástica. As informações aqui publicadas foram tiradas da Wikipédia, bem como por ele contada a mim, pessoalmente, em Lençóis Paulista, dentre outros fatos. Era uma pessoa muito amável, um grande cavalheiro mesmo.).
Reverendo Antonio Coine,vdm. Pastor Emérito e Ministro Jubilado (Inverno de 2021).
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Orígenes Themudo Lessa, nasceu na cidade de Lençóis Paulista no dia 12 de julho de 1903, vindo a falecer no Rio de Janeiro, no dia 13 de julho de 1986, com 83 anos de idade.
Foi um jornalista, contista, novelista, romancista e ensaísta brasileiro. Um dos imortais da Academia Brasileira de Letras.
Aos 19 anos ingressou na Faculdade de Teologia da Igreja Presbiteriana Independente, vindo a deixar dois anos depois. No entanto, enquanto seminarista pregou em várias igrejas da região da Alta Sorocabana, bem como de outras regiões também, conforme nos relatou.
Em 1929, começou a escrever no Diário da Noite de São Paulo e publicou a primeira coleção de contos, O escritor proibido, calorosamente recebida por Medeiros
Voltou à atividade literária, publicando a coletânea de contos Passa-três e, a seguir, a novela O joguete e o romance O feijão e o sonho, obra que conquistou o Prêmio Antônio de Alcântara Machado e teve um sucesso extraordinário, inclusive na sua adaptação como novela de televisão.
A partir de 1970 dedicou-se também à literatura infanto-juvenil, chegando a publicar, nessa área, quase 40 títulos, que o tornaram um autor conhecido e amado pelas crianças e jovens brasileiros Foi casado com a jornalista e cronista Elsie Lessa, sua prima-irmã, com quem teve um filho, o jornalista, cronista e escritor Ivan Lessa. Também foi casado com Edith Thomas, com quem teve outro filho, Rubens Lessa. Na ocasião de sua morte, estava casado com Maria Eduarda Lessa. Foi sepultado em sua cidade natal, Lençóis Pau-
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“O som das pedras”
Maria De Lourdes Camilo Souza
Dia desses zapeando no Google atrás do significado de umas palavras turcas, vi uma matéria sobre umas pedras esquisitas.
Imagine que as pedras parecem vivas, mudam de tamanho, de formato, até de lugar?
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Pensei comigo: barbaridade, e essa agora?
E curiosa fui ler a matéria.
São chamadas Pedras Trovants, que significa tesouro.
Acredite elas existem e são um incrível fenômeno geológico que acontece na pequena aldeia de Costesti, ao longo de um rio em Gresarea Brock, nas proximidades da vila de Otesani, no Condado de Valsea, aproximadamente uns 15 kms de Horezu na Romênia, país do Leste europeu.
A única referência que tenho na minha memória desse país é a fantástica ginasta Nádia Comănesci
Anos atrás os moradores da região nem davam importância para essas pedras, achando que eram normais.
Atualmente essa região transformou-se em um museu a céu aberto : Museu Romeno da Reserva Natural de Trovant (Muzeul Trovantilor), patrimônio da humanidade pela UNESCO.
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São formas esféricas de areia cimentada, e apareceram na Terra após poderosas atividades sísmicas.
Os terremotos que ocorreram por lá há 6 milhões de anos são a causa.
Depois de uma chuva forte pedras menores se formam sobre as maiores.
Por isso se chamam pedras de crescimento.
Essa formação teria relação com uma coisa chamada “Diagenesis”.
Isto é uma teoria.
Esse fenômeno ocorre também na Rússia, nas estepes do Cazaquistão, na República Tcheca
Já em Death Valley, na Califórnia, na Racetrack Playa, diversas pedras se movimentam, deixando rastros longos e sinuosos.
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Uma vez no leito do lago elas se movem.
Esse fato do efeito da água que faz a pedra crescer ou mover-se e parecer viva, me lembrou do filme “Os Goonies”, quem for desse tempo vai rir.
Cientistas levaram anos estudando o porque desse fenômeno, e chegaram á conclusão que se deve a fatores ambientais únicos.
São pedras rolantes, mas se liga, não são os Rolling Stones, os dinossauros do rock, capice?
Essas pedras rolantes são as que produzem sons.
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