Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº 87
QUINTA-FEIRA, 18 de fevereiro de 2021
Comércio Varejista é o que mais emprega em Botucatu, diz Seade
Segmento representa 17,1% dos empregos no município (foto: Acontece Botucatu)
O comércio varejista é o que mais emprega em Botucatu. É o que mostrou nesta semana a Fundação Seade, órgão vinculado ao Governo do Estado, que disponibilizou uma plataforma interativa de consulta de dados sobre os municípios do Estado de São Paulo. Segundo os números, o comércio varejista é responsável por 17, 1% dos empregos em Botucatu, segundo estatísticas baseadas no ano de 2020. Em segundo lugar vem o setor de fabricação de veículos automotores, onde se destacam as indústrias Caio e Irizar. Em terceiro lugar aparece o setor de atividades de atenção à saúde, com 9,3%. Botucatu é considerada um polo regional de saúde, com diversos equipamentos como Hospital das Clínicas, Hospital Estadual, Casas Terapêuticas, Unidades de Saúde, além dos serviços da rede particular, como Hospitais e Clínicas, entre outras. (Acontece Botucatu)
NOTA: O PLENÁRIO DA CÂMARA FEDERAL DEVERÁ REVOGAR A PRISÃO DO DEPUTADO FEDERAL DANIEL SILVEIRA DETERMINADA PELO MINISTRO ALEXANDRE MORAIS.
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Cemitério dos Cheques sem Fundos Olavo Pinheiro Godoy
A imprensa noticiou, recentemente, o aumento substancial dos cheques sem fundos. Tanto que, alguns comerciantes já não estão confiando na velha e tradicional ordem de pagamento e, somente aceitando cheques de clientes conhecidos. É o eterno problema das dívidas. Tão eterno quanto complexo, porque deparamos casos especiais. Condenar, sistematicamente, qualquer cidadão que não soluciona os seus compromissos econômicos, é ser rigoroso em demasia. Acusar, de modo indiscriminado, os credores, constitui outro erro. Afinal de contas para tudo existe exceção. Estamos diante da vida como um sujeito que presencia ruidoso espetáculo de variedades, ora dramático, ora cômico. Há um estado de espírito que merece o estudo dos psiquiatras : denomina-se obsessão pelas dívidas. Vultos eminentes padeceram dessa neurose. Mirabeau, que sempre lutara contra o absolutismo e os privilégios da realeza, vivendo em dificuldades por causa de suas dívidas, foi acusado de receber dinheiro da corte para defender Luís XVI. O pavor aos credores provoca fugas rocambolescas. Alexandre Dumas, em apertos econômicos, refugiou-se na Bélgica, onde se avistou com Vítor Hugo. Era um exilado financeiro encontrando-se com um exilado político. Mesmo distante da pátria o devedor pode sentir-se esmagado. Mark Twain, chegando a Viena, escreveu ao seu amigo Henry Rogers: “Vamos começar a ver essas dívidas. Não posso mais suportar esse fardo. É coisa que me impede inteiramente de trabalhar.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
Na minha infância conheci em Botucatu um comerciante que mandou fixar à porta do seu estabelecimento, enorme quadro com os dizeres : “Cemitério dos Cheques sem Fundos”. Todos os cheques devolvidos pelo banco eram ali afixados. Naquela época quando o ato de dever tinha outro nome e não inadimplência, surtia ótimos efeitos. Meu avô, com toda aquela simplicidade econômica herdada dos povos de antanho, costumava dizer que os juros das dívidas não dormem. . . Atualmente diversos estabelecimentos de crédito valorizam e premiam os bons pagadores com descontos nas taxas de juros. Dickens o criador de David Copperfield, viveu uma infância melancólica, escutando as ameaças dos agiotas que vinham cobrar contas do seu pai.A fome era a única inquilina satisfeita no lar miserável. Por fim o pai de Dickens foi preso, e o filho, em tenra idade, teve de ajudar no sustento da numerosa família, empregando-se numa fábrica de graxa. As dívidas gostam de cravar as garras naqueles que vivem acima de suas posses. Estes, debaixo unhas afiadas, gemem, estertoram, dão piruetas, dançam na corda bamba , tentam desvencilhar-se. Mas as famigeradas estendem os braços compridos, movem os dedos na ânsia de esganar o indivíduo devedor. As vítimas só se libertam, na maioria das vezes, quando alargam os cordões da bolsa ou descem à sepultura.
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
Olavo Pinheiro Godoy - Escritor e do Centro Cultural de Botucatu O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
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ROBÔ-ASPIRADOR
Nando Cury Nosso aspirador de pó “quase teleguiado”, com grande fio e tomada, sai, de vez em quando, da sua caixa-casinha e vai direto pro escritório dar uma geral no carpete. Depois, pede licença pra aspirar os sofás e as cadeiras de veludo da mesa da sala. Ao completar o serviço, volta desligado, com ar meio cabisbaixo, pra sua caixa-casinha na área de serviço. Está assim, acabrunhado, desde que ficou sabendo da chegada das primeiras unidades do robô-aspirador nas lojas de eletrodomésticos. E quase entrou em depressão, depois que a faxineira relatou, pra minha mulher, as mil maravilhas que faz um robô-aspirador que mora na casa da outra patroa dela. Por causa do robô, a faxineira mudou sua rotina de trabalho. Deixou de fazer algumas tarefas. E agora, sai 2 horas mais cedo, o que corresponde à autonomia média da bateria do robô: fica duas horas ininterruptas, sem fazer barulho, completando a limpeza da faxineira. Surpreendente é o modo como os robozinhos se integram nas famílias. Recebem nomes, apelidos. Andam livres e soltos pela casa, em contato com a claridade do dia. São tratados como pets: ”ai minha fofura”, “coisa redonda mais linda da mãe”, “vem meu Luluzinho limpador”. Quando estão de repouso, ganham um canto privilegiado da casa para ficarem expostos, virando decoração. Esses detalhes de acolhimento aniquilam a moral dos aspiradores de pó de 3 anos ou mais. Que nunca tiveram
um quê de carinho. Sempre foram considerados meros objetos. A maior parte do tempo viveram no escuro, enclausurados dentro de armários. Imagina, então, um dos anos 90, como é caso do nosso “quase teleguiado”. Os robozinhos já representam um surpreendente nicho de mercado. E, de acordo com suas características – duração da bateria, quantidade de sensores, potência, maior ou menor poder de sucção - podem, além de aspirar, assumir outras funções como varrer, passar pano e até liberar um produto de limpeza no chão. Alguns voltam sozinhos pra sua base. Outros são capazes de evitar choques com objetos. Há ainda uma elite de robôs-aspiradores que, utilizando seus sensores e a inteligên-
cia artificial, conseguem mapear a casa. Segundo dados de uma importante consultoria de negócios, as vendas de robôs-aspiradores cresceram 375% de 2019 para 2020. E lógico que já entraram na lista de presentes de casamento. Se a pandemia, por acaso, barrou uma parte dos presentes de novos casamentos, os robozinhos se destacaram na lista de renovações de votos de casamentos. Imaginem o efeito psicológico que causaram em casais que se presentearam com eles? O impacto tecno-pético naqueles que comemoraram 1, 5, 10 anos de casados, chegaram em bodas de prata ou de ouro? Nesta semana tentamos ligar nosso aspirador “quase teleguiado” para mais uma faxina básica, mas ele não quis funcionar. Alegou alergia crônica a gadgets domésticos. Puxa, será chegamos no futuro e nem percebemos?
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ACONTECÊNCIAS
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DICAS E RECADOS Beatriz Soares
ENTREVISTA A entrevista de hoje é com Newton Losi Filho (Newtinho), profissional muito capacitado para nos passar um pouco de sua experiência profissional. Qual sua profissão e onde se formou? Sou administrador de empresas formado pela PUC e profissional de coaching. Em que área atua? Atuo nos ramos de couro na empresa CURTUME PIONEIRO de minha propriedade. Empresa fundada em 1902 com mais de 120 anos de história. A empresa trabalha na fabricação de couros para cintas, bolsas e calçados, produtos para o ramo de pet e na produção da matéria prima colágeno. Como você vê o cenário comércio x pandemia? Foi muito prejudicado com os fechamentos, mas teve setores que foram beneficiados e estão muito bem. Com a questão do Covid 19, tivemos uma mudança total de mercado. Muitas empresas foram fechadas, vários segmentos foram afetados mais que os outros; bares e restaurantes tiveram uma redução significativa. O turismo, assim como o comércio, caiu muito, mas também tivemos outros setores com aumento de vendas, pessoas que também acreditaram que em momentos de crise, você também pode crescer, ter maiores resultados, então, temos um balanço aí. Mas, no geral, tivemos um balanço negativo em que muitas pessoas perderam o emprego, deixaram de pagar suas contas. Para quem quer iniciar no ramo de empresas, qual conselho daria? Pesquise o segmento, faça um planejamento, estude o mercado em que irá atuar. Se possível, faça uma visita aos concorrentes. Hoje, temos um vasto material na internet. Verifique preço, tenha um plano de negócio, busque orientação. Se você não tem experiência, veja algumas dicas no Sebrae, escritório contábil, mas o principal é ter vontade de fazer, começar pequeno! Conheço muitas pessoas que começaram pequeno e hoje tem grandes negócios, inclusive tem um programa televisivo sobre isso. Acredite! O importante é ter um sonho, acreditar nele e “tocar o barco”!
PERSONALIDADES
Dra. Ana Paula Baston Theodoro Bengozi, delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Botucatu/SP, que em 2017 recebeu pela Câmara Municipal de Botucatu a Medalha Reconhecimento Comunitário de Segurança. Parabéns pelo excelente trabalho feito na cidade! Sucesso!
Nessa época de feriados, lembre-se que o seu pet é parte da família! Não abandone, não maltrate e nem acorrente! Maus tratos é crime e dá cadeia! Anote aí!
OLHO NO DIREITO
Você sabe o que é legítima defesa? O Código Penal no seu artigo 25 diz que “Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.” E o mesmo código, em seu artigo 23, II, diz que “não há crime quando o agente pratica o fato em legítima defesa”. OK, mas o que significa tudo isso? Quem age em legítima defesa, não comete crime e portanto, não se pode falar em pena. A agressão deve ser atual ou iminente (ainda está por acontecer). Se o ataque do agressor aconteceu, a vítima já pode se defender. Esta legítima defesa também pode ser de terceiros. Exemplos : 1) Caio, 25 anos, está com sua namorada Ana em uma balada e João se encanta por Ana e começa a paquera-la. Caio que percebe o que está acontecendo e não gosta, chama João para conversarem lá fora. Acontece que Caio é franzino e tem asma, já, João, tem corpo atlético e muito forte. Os dois começam a discutir por causa de Ana e é quando João pega uma
barra de ferro e parte para cima de Caio. Caio assustado, pega a primeira coisa que vê em sua frente, uma pedra e atira contra a cabeça de João que vem a morrer por traumatismo craniano. Este é um caso típico de legítima defesa. 2) Dona Maria, idosa com seus 75 anos e debilidades físicas provenientes da sua idade, mora sozinha em sua casa no interior de São Paulo. Seu marido, já falecido, deixou seu revólver municiado e sempre dizia para que Dona Maria o utilizasse, caso fosse necessário. Já tarde da noite, se preparando para dormir, Dona Maria vê uma sombra e imediatamente pega seu revólver. O ladrão entra na sua casa e ela de pronto, atira 6 vezes em sua direção vindo a mata-lo. É outro exemplo de legítima defesa. 3) Tião, pai de Gabriela, que ao ver sua filha sendo estuprada, imediatamente atira 4 vezes com seu revólver em direção a José, que vem a morrer. Isto é legítima defesa de terceiros.
SOCIAL
Ao casal de primos, Tulio Soares, advogado do escritório Franco Soares Advocacia e Silvia Soares, desejo os brindes de saúde e alegria!!!
Luís Felipe Soares, primo e Fernanda Godinho Chiacchio, advogados do escritório Franco Soares Advocacia, em merecido passeio, curtindo a natureza! Showww!!!