Edição 871

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Diário da Cuesta

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DIA DO FOLCLORE NACIONAL 22 de Agosto

A palavra Folclore tem a sua origem na língua inglesa: folk = povo e lore = conhecimento.

Assim, é o conhecimento que vem do povo, um conhecimento popular.

Objetivando a preservação do rico folclore brasileiro, o Congresso oficializou, em 1965, que todo dia 22 de Agosto seria destinado à comemoração do folclore nacional. Valorizando as histórias e personagens do folclore brasileiro. E a Cultura Popular ganhou mais importância na cultura nacional, possibilitando que o folclore passe de geração para geração, preservando as raízes culturais do povo brasileiro.

As comemorações do Dia 22 de Agosto são marcadas por várias comemorações em todo o país. Nas escolas e centros culturais são realizados eventos para que a riqueza cultural do nosso folclore seja preservada

ALCEU MAYNARD DE ARAÚJO

NO DIA DO FOLCLORE (22 DE AGOSTO), A NOSSA HOMENAGEM

AO MESTRE ALCEU MAYNARD DE ARAÚJO

LEITURA DINÂMICA

Notícias de Botucatu e sua gente

PÁGINAS 2 E 3

DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III Nº 871 TERÇA-FEIRA , 22 DE AGOSTO DE 2023
NA
da Cuesta
Diário

Dia do Folclore Nacional - 22 de Agosto!

A palavra Folclore tem a sua origem na língua inglesa: folk = povo e lore = conhecimento.

Assim, é o conhecimento que vem do povo, um conhecimento popular.

Objetivando a preservação do rico folclore brasileiro, o Congresso oficializou, em 1965, que todo dia 22 de Agosto seria destinado à comemoração do folclore nacional. Valorizando as histórias e personagens do folclore brasileiro. E a Cultura Popular ganhou mais importância na cultura nacional, possibilitando que o folclore passe de geração para geração, preservando as raízes culturais do povo brasileiro.

As comemorações do Dia 22 de Agosto são marcadas por várias comemorações em todo o país. Nas escolas e centros culturais são realizados eventos para que a riqueza cultural do nosso folclore seja preservada.

Um dos grandes estudiosos do Folclore Nacional foi o escritor e acadêmico ALCEU MAYNARD ARAÚJO. Trabalhou com MÁRIO DE ANDRADE no Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo e percorreu o Brasil todo resgatando e registrando o FOLCLORE NACIONAL!

CENTENÁRIO DE NASCIMENTO

1913 - 2013

A cultura brasileira comemorou em 2013 - o CENTENÁRIO DE NASCIMENTO do ilustre intelectual ALCEU MAYNARD ARAÚJO. E no DIA DO FOLCLORE NACIONAL! Assim, vamos comemorar o FOLCLORE NACIONAL lembrando o CENTENÁRIO deste ilustre intelectual que dedicou sua vida a estudar, pesquisar e divulgar o nosso rico folclore. Alceu Maynard Araújo pertenceu à Academia Paulista de Letras.

Foi meu PATRONO na ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS – ABL e meu professor na ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA, Alceu foi um intelectual pioneiro da CULTURA PAULISTA. Juntamente com MÁRIO DE ANDRADE realizou importante trabalho na Prefeitura Municipal de São Paulo, em seu Departamento de Cultura. Foi um dos mais destacados folcloristas brasileiros e ocupou cargos de destaque como o de GRANDE SECRETÁRIO DA CULTURA DO GRANDE ORIENTE.

Vamos reproduzir o trabalho que fizemos para a revista PEABIRU em sua homenagem:

Alceu Maynard Araújo

Não nasceu em Botucatu mas se considerava um “botucudo” de primeira linha. Piracicabano de nascimento, Alceu Maynard veio criança para Botucatu, aqui fez seus amigos, aqui criou seus horizontes, aqui se formou e daqui partiu para realizar grandes obras por esse Brasil imenso...

Nascido a 21/12/1913, filho de Mário Washington Araújo e D. Altina Maynard Araújo, Alceu começou cedo a mostrar as suas tendências pela cultura: formado pela nossa tradicional Escola Normal “Dr. Cardoso de Almeida”, atuou como secretário do jornal “O Momento”, de Botucatu e, aqui em Botucatu, publicou seu primeiro livro, “Chuvisco de Prata”, em 1931 Professor Primário, lecionou na pequena Pirambóia, onde começou a se interessar pelo rico folclore de nosso interior. Na Capital, formou-se pela Escola de Educação Física da USP e exerceu inúmeros cargos de direção na ACM - Associação Cristã de Moços, onde cursou o”Boy’s Work Secretary” e onde exerceu o cargo de Diretor da Divisão de Menores da ACM. Dessa sua atuação na ACM e na Prefeitura, em seu Departamento de Cultura, Alceu tomou vivo entusiasmo pela educação e preparo da juventude dentro de nossa realidade sócio-cultural, ou seja, buscando, no folclore, as raízes necessárias para a construção do caráter do brasileiro de amanhã

Com esse espírito, Alceu Maynard continuou sua busca de maior conhecimento da realidade brasileira: formou-se na Escola de Sociologia e Política, onde foi aluno dos Professores Donald Pierson e Herbert Baldas, ficando, posteriormente, como Assistente do antropólogo Emílio Willens. Em sua busca de mais saber, Alceu formou-se pela tradicional Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP) Aquele que era conhecido como “o peito de ferro” por seu porte atlético era também uma cabeça de ouro, voltada essencialmente para os principais aspectos da brasilidade.

Na Capital, entre tantas atividades, Alceu Maynard fundou com Mário de Andrade os famosos Clubes de Menores Operários da Divisão de Educação e Recreio do Departamento de Cultura, da Prefeitura Municipal de São Paulo. Folclorista de renome nacional.

Diário da Cuesta 2

Educador e Intelectual festejado, Alceu Maynard Araújo foi o primeiro botucatuense (ele sempre se considerou um botucatuense) a galgar os degraus da glória acadêmica, sendo o primeiro botucatuense a ingressar na Academia Paulista de Letras Lá, abriu caminho para os outros dois botucatuenses que tanto valorizaram Botucatu na cultura de nosso Estado: Francisco Marins e Hernâni Donato.

Quando eu ingressei na Academia Botucatuense de Letras, na Cadeira n” 2, cujo Patrono é exatamente Alceu Maynard Araújo e tendo como Fundador o Dr. Sebastião de Almeida Pinto, no distante ano de 1983, recebi de meu sempre Mestre, o Professor Agostinho Minicucci, correspondência à respeito de minha posse e de meu Patrono. Por oportuno, transcrevo seu inteiro teor:

“São Paulo, 12/08/83.

Prezado Armando:

Acabo de receber a faustosa notícia de que você se torna imortal em a nossa Academia. Quem o conhece desde estudante, quem tem acompanhado os seus sucessos, a sua ânsia de vencer, a sua determinação por acompanhar a via clara e prestigiosa dos Delmantos, o seu acendrado amor pela terra-mãe...pode avaliar inteiramente a sua escolha como acadêmico. Parabéns. Nós acompanhamos Maynard em São Paulo durante largos anos, quando fomos Diretor da Metropolitanas(FMU) e ele foi nosso Vice e nas Faculdades de Guarulhos, quando ele foi Diretor e nós fomos Professor. Há muitas facetas de rara riqueza na personalidade desse educador-escritor que só quem conviveu com ele, teve a felicidade de sentir. Quando tanto se fala em folclore, é necessário reviver a obra de Maynard, divulgá-la nas escolas, nas academias, na imprensa. Tenho a certeza de que você irá fazer isso. Estou vibrando por isso tudo. Abraços. Prof. Agostinho Minicucci.”

Nem é preciso dizer que quando o Mestre Agostinho -Guardião da nossa Cultura! - prescreve tarefas, elas devem ser sempre cumpridas... Mas é com prazer e orgulho que temos procurado divulgar a obra de Alceu Maynard Araújo. Já em nossa posse na ABL, destacávamos em nosso discurso que:

“Título: A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia.

“Se me cortam um verso, escrevo outro;

Se me prendem vivo, escapo morto; E, de repente, eis eu aí de novo, Exigindo a paz e exigindo o troco”.

As coisas em nossas vidas nunca acontecem por acaso. Fui indicado para a Academia Botucatuense de Letras pelo saudoso médico e professor Dr. Sebastião de Almeida Pinto. Indicado, fui aceito pela gentileza de seus membros para ocupar a cadeira que tem por Patrono o notável escritor Paulo Setúbal

Mas a vida quis, o que muito me honra e sensibiliza, que houvesse um remanejamento, não muito normal em casos que tais, vindo eu a ocupar a cadeira que tem comoPatrono o ilustre historiador e folclorista Alceu Maynard Araújo e, como antecessor, exatamente, aquele que me convidou e indicou para fazer parte deste seleto sodalício: o Dr. Sebastião de Almeida Pinto.

É uma dupla honra: suceder a tão ilustre botucatuense e ter como Patrono esse excelente folclorista

O Dr. Sebastião foi professor de Alceu na sempre tradicional Escola Normal de Botucatu.

E o Dr. Alceu foi meu professor na Escola de Sociologia & Política de São Paulo.

Aqui, abro um parêntese. A festa com que Alceu recebeu um botucudo, a atenção que me foi dispensada e os ensinamentos que desse Mestre aprendi, marcaram-me para sempre. Fecho o parêntese.

Alceu e Tião sempre dedicados à história e à pesquisa Ambos tendo por Botucatu um carinho e uma predileção marcantes Nosso passado e nossas peculiaridades. Os desbravadores. Os nossos sonhos. As nossas decepções. As vitórias e derrotas da cidade e dos botucatuenses tiveram a atenção e o relato desses

cultores da nossa história e do nosso folclore A eles, sucedo. Às suas qualidades, não tenho a pretensão.

“Se me cortam um verso, escrevo outro;

Se me prendem vivo, escapo morto;

E, de repente, eis eu aí de novo, Exigindo a paz e exigindo o troco”.

Novamente repito: A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia.

Do Dr. Alceu, em discurso histórico, o Dr. Sebastião de Almeida Pinto traçou o perfil Foi esportista, professor, diretor, sociólogo, escritor, Patrono da cadeira n” 2 da Academia Botucatuense de Letras e membro da Academia Paulista de Letras, juntamente com Hernâni Donato e Francisco Marins. Nascido em Piracicaba, Alceu, desde pequeno, foi criado em Botucatu, cidade que considerava como sua. Aqui fez suas amizades e estudos, culminando com sua diplomação pela Escola Normal de Botucatu. Formado Professor, Alceu foi lecionar em Pirambóia. Atento observador foi registrando os usos e costumes, as tradições, as crendices, as esperanças e os antepassados dessa gente boa do interior.

Transferindo-se para São Paulo, Alceu, que sempre foi conhecido como o “peito de ferro”, por seu porte atlético, ingressou na Escola Superior de Educação Física da USP. Formado, lecionou em inúmeras escolas municipais. Na busca do saber, licenciou-se em Sociologia. Lecionou na Escola de Sociologia e Política, agregada à USP, onde tive o privilégio de ser seu aluno. Não satisfeito em sua busca do saber, bacharelou-se em Direito pela tradicional Faculdade de Direito do Largo de São Francisco - USP. Nesse tempo todo dedicava-se ao folclore: pesquisando, escrevendo artigos para jornais e revistas. Enfim, Alceu dedicou-se inteiramente à cultura, escrevendo, lecionando e dirigindo faculdades Foi Vice-Diretor das Faculdades Metropolitanas Unidas -FMU, quando era Diretor da mesma, outro grande botucatuense, Mestre de todos nós, o Professor Agostinho Minicucci, Participou da elaboração da Enciclopédia da Cultura e Folclore Nacional, autor de “Medicina Rústica” e “Pentateuco Nordestino”, Alceu teve vida produtiva e granjeou o respeito e a admiração de seus pares Não tendo nascido em Botucatu, orgulhava-se de ser considerado autêntico botucudo

Sendo o primeiro botucatuense a entrar para aAcademia Paulista de Letras, logo foi seguido por Francisco Marins e Hernâni Donato. O Prof. Alceu Maynard Araújo, Patrono da cadeira n° 2 de nossa Academia. enriqueceu a cultura botucatuense e tornou-se modelo exemplar para a nossa juventude

Na verdade, Alceu Maynard Araújo representou, com dignidade e brilho, a cultura nacional Entre os inúmeros cargos de destaque que ocupou, ressalte-se o de Grande Secretário de Cultura do Grande Oriente de São Paulo.

Obras Literárias: Durante sua fértil produção literária, Alceu Maynard escreveu os seguintes livros e álbuns ilustrados com fotos e desenhos: Chuvisco de Prata -1931, Caminhos Apenas,.. - 1939, Seis Lendas Amazônicas -1943, Acampamento Ajuricaba - 1946, Cururu -1946, Danças e Ritos Populares de Taubaté • 1948, Folias de Reis de Cunha -1949, Rondas Infantis de Cananéia -1952, Documentário Folclórico Paulista -1952, Instrumentos Musicais e Implementos -1954, Literatura de Cordel -1955, Canta Brasil -1957, Ciclo Agrícola, calendário religioso e magias ligadas às plantações -1957, Cem melodias folclóricas -1957, Poranduba Paulista - 1958, Alguns Ritos Mágicos – 1958, Folclore do Mar – 1958, A Congada Nasceu em Roncesvales – 1959, Medicina Rústica – 1961, Brasil – Paisagens e Costumes – 1962, Novo Dicionário Brasileiro (Verbetes de folclore) Melhoramentos – 1962, Folclore Nacional – 1964, Escorço de Folclore de uma Comunidade – 1962, Discursos de Posse na Academia Paulista de Letras – 1965, Artesanato e Desenvolvimento – “Ocaso cearense” – José Arthur Rios” – 1970, Pentateuco Nordestino – 1971 e Cultura Popular Brasileira – 1971. Esse o perfil do “botucatuense” Alceu Maynard Araújo!

Viva o Dia 22 de Agosto - Dia do Folclore Nacional!!! (AMD)

Diário da Cuesta 3

“Renascimento”

Gosto muito de flores.

E com a primavera que se aproxima vejo com muita alegria que algumas das minhas estão reflorindo. Esse crisântemo rajado, tão deslumbrante, tinha sucumbido.

Peguei um galho do que sobrou e com fé replantei.

Ontem ao molhar as plantas vi que tinha uns botões e sinceramente?

Tive vontade de dançar de alegria.

As orquídeas pareciam que o Covid também as pegou.

Dois anos sem flores, uma tristeza.

Resolvi atacar com casca de ovo, água de arroz, pó de café...

A suculenta que anos atrás deu uma linda flor em cada galho, ficou tristonha, mas recentemente, em pelo menos um galho deu uma explosão de estrelinhas de cor rosa suave.

Até as clívias que foram arrasadas pelo furacão Mindy, estão renascendo das cinzas.

Em compensação as primaveras estão nuas, devido ao frio intenso que as fez secarem e mesmo que não ficassem cobertas de flores, sempre tem alguns tufos de cores rosa e branco.

Semana passada o menino do dedo verde e seu pai, o elfo Irineu dos pés peludos, passaram por aqui e fizeram uma poda e limpeza.

Já começam a mostrar alguns brotos.

O calanchoe laranja dobrado e espaçoso vai se espalhando qual tapete.

Os olhos brilham ao mirar.

A alma se alegra e a gente sente esperança, dança leve e feliz ao som da marchinha na voz bonita do saudoso Emilio Santiago:

“Vê, estão voltando as flores Vê, nessa manhã tão linda Vê, há esperança ainda.

Vê, como é bonita a vida, Vê as nuvens vão passando, Vê um novo céu se abrindo, Vê o sol iluminando por onde nós vamos indo”

Diário da Cuesta 4

Momentos Felizes

NAS ASAS DO VENTO

Era uma noite de sábado, calma, serena e gostosa; suave aragem inundava aquele ambiente de muita paz. Sozinho em seu quarto e olhando pela fresta do batente via o clarão da lua cheia. Para sua surpresa eis que entra pela janela aberta da casa grande, sem pedir licença, uma flor, uma flor branca/leitosa exalando discreto perfume. Não era de seu direito identificá-la ou perguntar sua origem. Recolheu a flor em suas mãos e passou a examiná-la. Nunca havia visto flor igual, mas sabia algumas histórias... a misteriosa tinha o seu desabrochar por volta de vinte e duas horas, sobrevivendo linda, elegante e charmosa até por volta de quatro horas da madrugada, hora do seu recolhimento ditado pela natureza. A curiosidade para conhecê-la melhor, saber a sua origem e período de seu encanto perdurou por algum tempo, sendo que ao indagar de um ou de outro, ouviu pela primeira vez tratar-se da “flor-de-baile” ou “dama-do- baile” dadas suas aparições noturnas. Quando das indagações, ele conheceu alguém que iria ajudá-lo na arte de plantar e cultivar flores e esse alguém, era uma moça tão bonita e vistosa quanto a flor visitante daquela noite. No primeiro encontro com esse alguém falando apenas de flores, algumas palavras que poderiam ser ditas ficaram no cofre do coração e suas chaves, tão bem guardadas ficaram que desapareceram do olhar. Aquele encontro poderia ser o início de um relacionamento humano bom e duradouro, ou mesmo, efêmero como o vento outonal ou a existência também efêmera daquela flor.

Acabou sendo o fim sem ter, sequer, começado. Ele, apesar de muitos anos vividos era tímido, acanhado e por quê não dizer, medroso! Saber a origem da flor branca/ leitosa bastava para ele. Sua opção de estar só não era entendida e nem mesmo compartilhada por circunstantes. Refletia sempre e entendia que sua vida iria se recompor, ele

era muito feliz nas suas múltiplas atividades e se faltava algum colorido, como ouvia dizer alhures, ele acreditava e havia evidências disso sobre esse tão falado, decantado e colorido amor; era questão de dar tempo ao tempo. Recebia sempre sugestões de passeios, viagens, freqüência aos clubes, restaurantes, arrumar namorada para um breve romance ou até mesmo relacionamento de maior duração; tais sugestões, individualmente, mereciam de sua parte uma forte decomposição das idéias. Se era para sonhar que esse sonho fosse de olhos abertos. A imparcialidade do grande espelho da sala e a sua visível longevidade não deixavam dúvidas; entendia não ter o direito de delegar à outrem as preocupações com as quais já se ocupava. A lareira com sua boca inútil, estava longe de aquecer seu coração e as cinzas ainda visíveis, remanesciam do último inverno passado ao lado do seu inesquecível, verdadeiro e saudoso amor. Aquele alguém prestativo, dizendo à ele a origem da flor branca/leitosa, que surgiu do nada, apenas nas asas do vento, inoculou desejos de há muito tempo não experimentados...

Diário da Cuesta 5

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