Diário da Cuesta
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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O Dia Nacional do Voluntariado foi instituído pela Lei de Nº 7.352, de 28 de agosto de 1985. Desde então, tornou-se um dia especial ao reconhecer e destacar o trabalho de pessoas que, motivadas por valores de participação e solidariedade, doam seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada para causas de interesse social e comunitário.
Em Botucatu a Ação do Voluntariado foi um grande sucesso: Na VACINAÇÃO
EM MASSA DA POPULAÇÃO!
Na ocasião, a Câmara Municipal de Botucatu aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei de iniciativa da Vereadora Erika da Liga do Bem que instituiu o dia 16 de Maio como o Dia
MUNICIPAL DO VOLUNTARIADO. Foi destacada a participação de cerca de 2.000 Voluntários na viabilização voluntária dos botucatuenses.
LIVRO
HISTÓRICO SOBRE A IGREJA MATRIZ DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
O próximo dia 1º de setembro marca o CENTENÁRIO DA IGREJA DO BAIRRO: A IGREJA MATRIZ DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS.
O livro “A igreja do Bairro e sua história centenária”, escrito pelo pesquisador e acadêmico Gesiel Júnior, comemora a criação da segunda paróquia de Botucatu, situada na Vila dos Lavradores O lançamento será às 20 horas, na Igreja Matriz.
Com 240 páginas, o livro foi prefaciado por Dom Maurício Grotto de Camargo, nos 100 anos da Paróquia que foi criada pelo 1º Bispo de Botucatu, Dom Lúcio Antunes de Souza, em 1923.
Em 2023, uma série de comemorações para os 130 Anos da Vila dos Lavradores está em destaque com a recuperação completa da Praça Cavalheiro Virgínio Lunardi pela Prefeitura Municipal de Botucatu.
aqui as edições do Diário da Cuesta
ANO III Nº 876 SEGUNDA-FEIRA , 28 DE AGOSTO DE 2023
Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III Nº 686 QUARTA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2023 Cavalheiro
Lunardi Imigrante Italiano Pioneiro da industrialização no 1º Ciclo industrial de Botucatu, presidiu e consolidou, por dezenas de anos, a Società Italiana Di Beneficenza. Nas palavras do Professor Pedretti Neto na inauguração do busto de Lunardi na Vila dos Lavradores: “Este, de fato, foi um homem; este, de fato, é um símbolo”. Página 4 Edição comemorativa dos 130 anos da Vila dos Lavradores Você encontra
http://blogdodelmanto.blogspot.com
Diário da
Virgínio
Livro de Gesiel Júnior celebra os 100 anos da Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Obra resgata as origens da igreja da Vila dos Lavradores
Está programada para a sexta-feira, 1º de setembro de 2023, a sessão de autógrafos do livro “A igreja do Bairro e sua história centenária”, escrito pelo pesquisador e escritor Gesiel Júnior , da Academia Botucatuense de Letras e colaborador do Diário da Cuesta. O evento comemora a criação da segunda paróquia de Botucatu, situada na Vila dos Lavradores. O lançamento será às 20 horas, na Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus.
Com 240 páginas, a obra foi prefaciada pelo Arcebispo Dom Maurício Grotto de Camargo, que a considera “um precioso instrumento, senão o mais importante”, para a comemoração dos 100 anos da paróquia, criada pelo primeiro Bispo, Dom Lúcio Antunes de Souza, em setembro de 1923.
“Nessa narrativa dá pra percorrer dos primórdios até a atualidade a saga do catolicismo em Botucatu, com foco na igreja da Vila dos Lavradores, o lugar para onde confluem tradições, expectativas, problemas culturais, sociais e políticos de seus habitantes”, realça Gesiel. Ele diz que aos leitores a publicação apresenta uma série de dados inéditos e de fotografias raras, frutos de pesquisa arquivística e de análise histórica.
OBRA PRIMOROSA
“O novo livro do Gesiel é um primor. Afinal, ele soube alinhavar fatos locais aos nacionais e internacionais da Igreja. Chega a ser emocionante a maneira como ele os descreve com base em comprovações documentais, incluindo as jornalísticas. E a intimidade com o desenrolar dos fatos dentro da diocese é muito própria do Gesiel, apenas. Isso demonstra a correção da escolha dele para tão importante missão. Está de parabéns, mais uma vez”, avaliou o escritor e pesquisador botucatuense João Carlos Figueiroa.
Além de agradecer a Figueiroa, que o auxiliou na checagem de dados históricos, o autor cita outros escritores e acadêmicos, dentre os quais Hernâni Donato, Olavo Pinheiro Godoy, Armando Delmanto, Alfredo Colenci Júnior, Luiz Baptistão, Trajano Pupo e Maria Amélia Blasi de Toledo Piza.
O pároco da igreja do Bairro, padre José Hergesse, informa que o livro teve a sua edição patrocinada por empresas e famílias da comunidade, as quais quiseram celebrar o jubileu paroquial como forma de “agradecer pelas ações boas que foram realizadas ao longo desses anos e recomeçar a partir de Jesus Cristo, nossa luz e nossa única esperança”.
Com selo da Editora Gril, a publicação traz na contracapa a descrição da primeira Matriz do Sagrado Coração de Jesus, cujas ilustrações foram reconstituídas digitalmente pelo designer Douglas Pires. O exemplar custa R$ 40,00.
Contracapa mostra imagens revitalizadas da primeira Matriz do “Bairro”
Com mais de duzentas ilustrações, “A igreja do Bairro e sua história centenária” traz na contracapa uma série de imagens digitalmente reconstituídas pelo designer Douglas Pires, de Avaré. Gentilmente, o artista elaborou seu trabalho com base numa rara fotografia em clichê da primeira igreja matriz do Sagrado Coração de Jesus, publicada pelo jornal “Correio de Botucatu” em 1925.
O livro de Gesiel Júnior também reproduz duas fotos raras de Dom Lúcio Antunes de Souza, o primeiro Bispo Diocesano, cujo último ato antes de morrer foi justamente assinar o decreto de criação da paróquia da Vila dos Lavradores.
O leitor também encontrará perfis biográficos da maioria dos párocos, como os padres Salústio Rodrigues Machado, João Marin, José Luiz Peres e Zezinho Lorusso. Conhecerá os leigos que garantiram a criação da paróquia, como Virgínio Lunardi, Manoel da Silva, Camilo Mazzoni e Ricardo Zanotto, além de figuras ilustres nascidas no “Bairro” e que se destacaram na educação, nas artes e na política, como os professores Décio Ranzani, Zuleika Pavão, José Carlos Antonelli e Joel Spadaro.
“Frutífera, ainda que imperfeita e incompleta, a história paroquial reavivada neste livro faz emergir nomes emblemáticos e relaciona fatos e aspectos pitorescos. Neles podemos reencontrar sentidos e sentimentos para jamais renegar raízes e sementes”, conclui Gesiel.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Diário da Cuesta 2
"FARDOS DA VIDA"
José Maria Benedito Leonel
Cada um de nóis carrega o próprios fardos.
Eu, ao pensar nos meus, lembro-me dos fardos de algodão de minha infância; algodão plantado e colhido pelo pai em terra alheia e fraca. Guardo malemá na memória as flores do algodoal vestindo de branco quadras de chão.
Criança que era, eu achava lindo e era.
Depois via com inocente tristeza os fardos de algodão, já vendidos, irem embora. Lembro-me da carroça e da tropa: no tronco, o Cigano, um burro preto, na rédea, a Granfina, uma mula tordilha. Ah,os fardos da vida. Aqueles da minha infância me deixaram a suavidade das plumas do algodão.
Hoje, uma vida depois, são outros os meus fardos. Os de minha infância eram pesados e vendidos em arrobas.
Hoje, meus fardos são doídos, mas leves, pesados na balança do meu coração: saudade da mãe, do pai, de gente que foi embora, do canto de invernada onde nasci, do meu cavalo pampa e dos
sonhos de minha mocidade. E o que aprendi até aqui, já que a criança que fui ficou no tempo?
APRENDI que posso carregar o peso que me cabe porque Deus conhece minha força.
APRENDI que a lã não pesa pro carneiro.
APRENDI que quanto mais escura a noite, mais perto está a madrugada.
APRENDI que muitas vezes, ganho se calo, perco se falo. Aprendi que há muito por aprender, basta olhar de lado ou pra trás e ver os fardos alheios.
De fardos pesados, se os tive ou tenho, não falo Simples assim
Diário da Cuesta 3
“Caminho de cristal”
Maria De Lourdes Camilo Souza
Aproximava-se a Festa de Outono em Lugano, cidade na fronteira entre Itália e Suíça.
Nonna Francesca cozia uma colcha de retalhos, sentada na varanda florida de onde se podia ver as montanhas do Cantão italiano
De longe se podia ver um pequeno rebanho de ovelhas, voltando do pasto com Ciccilo, o jovem pastor.
Junto ao riacho via-se pedras coloridas que brilhavam sob a luz do sol.
Ouvia-se os balidos das ovelhas entremeado dos badalos que levavam pendurados ao pescoço.
A cena rural prendeu seu olhar por instantes.
Os óculos escorregavam, ajeitou-os e continuou o trabalho, escolhendo retalhos para o trabalho de patchwork
Pensou em reproduzir aquela cena, contando a estória na colcha.
Nisto ouviu a neta Giovana chegar, e sua voz animada perguntando por ela.
-Nonna Francesca aonde está?”
Aqui na varanda!
Viu sua cabeça loura aparecer junto a porta de vidro.
Levantou-se para abraçá-la.
Preciso que me ajude a fazer a roupa para a dança folclórica do meu grupo, na festa de Outono, em outubro.
Trazia nas mãos uma sacola com os tecidos e enfeites, bem como uma foto da roupa típica.
Francesca procurou a fita métrica e começou a tirar as medidas da neta.
Trabalho difícil visto que ela não parava de gesticular, falando animadamente como seria a dança.
E juntando às palavras alguns passos da dança e cantarolando a música!
Dava uns saltos, batendo palmas e girava no ar. Francesca riu e pediu ternamente que ela ficasse quieta para poder tirar as medidas.
Foi anotando as medidas numa caderneta. E depois colocou o lápis apoiado na orelha.
Olhou os tecidos dentro da sacola, enquanto os carregava para seu quartinho de costura.
Ia seguida de Giovanna que tinha passado pela cozinha e vinha mastigando uma crostata espalhando farelos por onde passava.
Foi limpando a grande mesa, colocou a sacola sobre a poltrona de tecido florido ao lado da máquina de costura.
Sentia-se animada para começar imediatamente.
Viu que a neta tinha esquecido de alguns aviamentos, e já planejava mentalmente ir na manhã seguinte ao bazar para comprá-los.
Giovanna despediu-se da avó com beijos estala-
dos nas bochechas agradecendo, e correndo porta afora ao ouvir o barulho de uma buzina em frente a casa.
Dias depois ligou para a neta pedindo que viesse fazer a prova da roupa.
Era um traje típico do Cantão.
Levava uma saia florida com suspensórios, blusa branca bordada entremeio de passamanaria, com mangas bufantes e nas costas levaria uma capa de veludo verde musgo.
Ela usaria meias brancas e sapatilhas pretas com fitas entrelaçadas no tornozelo.
Trabalhou muito e terminou o trabalho justo na véspera da festa.
Estava muito emocionada enquanto ajudava Giovanna a se vestir.
Seus cabelos louros estavam especialmente brilhantes e cacheados e levavam uma coroa de flores naturais amarrados com fitas.
Ela estava particularmente linda.Ficou olhando Giovanna sair, literalmente encantada, lembrava uma imagem da ninfa dos bosques.
Deu uma última olhada no espelho, arrumando uma mecha do cabelo grisalho na testa, apanhou sua bolsa que estava sobre o aparador de vidro grosso na sala de estar e saiu para os festejos.
Diário da Cuesta 4
LEITURA DINÂMICA
BAIRRO DA ESTAÇÃO
O Mago e o Desenho
O Prof. Benedito Vinício Aloise
Aloise já é bastante conhecido de todos Foi o principal ilustrador dos livros dos autores botucatuenses Militou e deixou saudades na Escola Normal, na CESP e na UNESP (ex- FCMBB). Foi Membro Honorário da ABL – Academia Botucatuense de Letras e colaborou com os jornais e revistas da cidade. Foi um Cidadão Prestante!
A folha da EMBAÚBA, ÁRVORE SÍMBOLO da CUESTA
DE BOTUCATU, foi desenhada por ele e tem sido destaque nas publicações da Revista
PEABIRU e, agora, passa a ter destaque nas publica
ções do DIÁRIO DA CUES
TA. A ilustração da folha da Embaúba foi a motiva
Por que é chamado de Bairro da Estação? Vila dos Lavradores ou Bairro da Estação?!?
Não cabe discussão: os dois são válidos. Em um passado mais recente, com certeza, seria mais usado Bairro da Estação. Afinal, o bairro tinha, no passado, a sua força vinda de dois polos: as Indústrias Lunardi e a poderosa Estrada de Ferro Soroca -
bana. Na estação era o point não só da Vila dos Lavradores mas de toda a cidade de Botucatu. Afinal, quem não tinha que passar pela estação uma ou outra vez? Sempre considerada, no passado, a principal PORTA DE ENTRADA DE BOTUCATU , a Vila dos Lavradores ou Bairro da Estação mantém, ainda hoje, toda essa importância histórica.
LÍDER COMUNITÁRIO I
A Vila dos Lavradores ou Bairro da Estação, sempre foi pródiga em revelar lideranças. A primeira delas a ocupar lugar de destaque efetivo em Botucatu, foi a do saudoso comerciante e líder comunitário e religioso, Laurindo Izidoro Jaqueta. Sempre enaltecia e promovia as boas coisas do bairro. Foi um dos criadores e idealizador do Centro Social e Cívico da Vila dos Lavradores – CIVIL, ponto de encontro e festas da comunidade vilense. Foi Vereador
e foi Presidente da Câmara Municipal de Botucatu por três vezes. Foi a primeira liderança da Vila dos Lavradores a ter efetiva projeção política. Pela importância da população do bairro e pelo destaque de sua atuação como líder comunitário e religioso, Jaqueta foi convidado a ser candidato a vice-prefeito. Não foi eleito mas abriu caminho seguro para outros vilenses chegarem ao topo do Poder.
LÍDER COMUNITÁRIO II
Quando do movimento das Diretas Já, o então PMDB, começou a tomar proporções invencíveis em nosso estado. Em Botucatu, sob a liderança de Progresso Garcia, optou por buscar na Vila dos Lavradores o candidato a vice-prefeito, repetindo a iniciativa realizada com Jaqueta. Foi procurado, primeiramente, o João Pilan, popular futebolista pertencente a tradicional família vilense. Diante da negativa absoluta do mesmo que não queria entrar para a política, optou-se pelo nome de Joel Spadaro, também
futebolista e, novidade e orgulho para o bairro, pertencente à primeira turma de formandos da nossa Faculdade de Medicina. O Joel Spadaro elegeu-se vice-prefeito, posteriormente elegeu-se , vindo a ocupar a Diretoria da Faculdade de Medicina/UNESP. A Vila dos Lavradores ou Bairro da Estação representa, sem dúvida, um bairro com características próprias. É um bairro/cidade que polariza o comércio de tantos outros bairros em seu entorno.
ção para que o nosso jornal buscasse nessa típica árvore do cimo da cuesta, o símbolo a marcar a caminhada jornalística estreitamente ligada às suas origens, ao seu povo e à sua história.
É uma raridade, podem crer É coisa de artista No entanto, como já dissemos, a Embaúba aí está, em vários pontos, como a querer mostrar que aqui é o seu lugar...e é!!! O antigo traçado férreo da Sorocabana passava por Vitória (Vitoriana), Lageado e...Embaúba! Sim, Embaúba é uma pequena Vila pertencente a Botucatu que até hoje é procurada pelos amantes da pesca por ser um local ideal e piscoso.
Prof. Vinício: o Mago do Desenho a registrar a História de Botucatu!
AS INDÚSTRIAS LUNARDI
Juntamente com Petrarca Bacchi, o Cavalheiro Virgínio Lunardi implantou um rol de indústrias em nossa cidade e – isso é importante! – fez questão que todas ficassem localizadas no Bairro da Estação ou Vila dos Lavradores. O complexo industrial Lunardi era muito poderoso. Cresceu tanto que teve que buscar seu irmão Mansueto Lunardi , na Itália, para viesse ajudá-lo. Era o orgulho não só da Vila dos Lavradores mas de toda a cidade de Botucatu. O Cavalheiro Virgínio
Lunardi ocupou os principais cargos ligados ao setor industrial, presidiu com competência a Sociedade Italiana e foi uma pessoa de boa e firme presença cívica em Botucatu. Após o fechamento das Indústrias Lunardi , um de seus netos, Fúlvio Chiaradia , recuperou o antigo complexo industrial e adaptou-o para o comércio, sendo hoje ponto importante e referencial do comércio do bairro. Fica o registro histórico, destacando que em nossos dias a má informação e o descuido, repetidas vezes, ao citar o nome desse importante industrial ou da praça da igreja que leva o seu nome, escreve-se erroneamente Virgílio em lugar de Virgínio...
Diário da Cuesta 5