Diário da Cuesta
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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Maria Leopoldina da Áustria (nascida Leopoldina Carolina Josefa, em alemão: Leopoldine Caroline Josepha von Habsburg-Lothringen; Viena, 22 de janeiro de 1797 Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1826), foi uma Arquiduquesa da Áustria, a primeira esposa do Imperador D. Pedro I e Imperatriz Consorte do Brasil de 1822 até sua morte, também brevemente sendo Rainha Consorte de Portugal e Algarves entre março e maio de 1826. Era filha do Imperador Francisco I da Áustria e de sua segunda esposa, a Princesa Maria Teresa de Nápoles e Sícilia Também foi cunhada do Imperador Napoleão Bonaparte, casado com sua irmã mais velha, Maria Luísa. Até 1822, a influência da futura Imperatriz do Brasil sobre Dom Pedro era grande e o seu casamento com Dom Pedro e a Independência do Brasil fizeram com que se tornasse a primeira imperatriz consorte do país e a primeira Imperatriz do Novo Mundo.
A Princesa Leopoldina foi a primeira mulher a governar o Brasil. Durante a viagem de Dom Pedro a São Paulo, ela assinou a Declaração de Independência do Brasil, no dia 2 de Setembro. Destacada foi a importância de José Bonifácio de Andrada e Silva – o Patriarca da Independência!
Medalha de Dom Pedro e José Bonifácio (esquerda). Os atores Caio Castro, Leticia Colin e Felipe Camargo (direita) interpretaram, respectivamente, Dom Pedro, a Imperatriz Leopoldina e José Bonifácio de Andrada e Silva na série “Nos Tempos do Imperador”.
Imperador Dom Pedro I e Imperatriz Dona Leopoldina
Leticia Colin e Caio Castro em Novo Mundo; casal fará participação na inédita Nos Tempos do Imperador
ANO III Nº 881 SÁBADO E DOMINGO , 02/03 DE SETEMBRO DE 2023
Influência de Leopoldina na independência
Algo que poucas pessoas sabem é a importância de Leopoldina na consolidação da Independência do Brasil. Isso porque, até 1822, a influência da futura imperatriz do Brasil sobre seu marido era grande, e ela aconselhou-o frequentemente, enquanto a relação Portugal-Brasil azedava, entre 1820 e 1822.
Os historiadores mencionam a boa capacidade de Leopoldina de fazer a leitura política da situação do Brasil na época da crise com Portugal. Lembrando que a crise entre Brasil e Portugal estourou a partir de 1820, quando os portugueses, por meio da Revolução de Porto, defenderam a recolonização do país.
Percebendo que essa situação explosiva poderia trazer graves consequências, Leopoldina passou a analisar, diretamente com d. João e d. Pedro, formas de resolver a situação. De acordo com a educação que recebeu, Leopoldina colocou os interesses de Estado acima dos seus. Em finais de 1820, ela desejava retornar para a Europa, mas ficou no Brasil para, junto de d. Pedro, resolver a situação.
Ela percebeu que se os portugueses insistissem nas tentativas de recolonizar o Brasil, a possibilidade de uma revolta de caráter
liberal e republicano era grande. Assim ela passou a convencer seu marido sobre a importância de ele liderar um movimento de independência que transformasse o Brasil em uma monarquia sob a liderança dele.
A futura imperatriz teve papel essencial em convencer d. Pedro a ficar no Brasil, mesmo com a pressão das Cortes portuguesas para que ele retornasse a Lisboa. A atuação de Leopoldina sempre foi no sentido de impedir a realização de uma revolução liberal na colônia. A ideia dela sempre foi a preservação da monarquia, conceito aprendido ao longo de sua educação
Leopoldina e José Bonifácio assinaram uma carta que informava sobre a necessidade de declarar-se a Independência do Brasil em setembro de 1822. Essa carta foi enviada em caráter de urgência para d. Pedro enquanto ele estava em São Paulo. Nessa ocasião, inclusive, Leopoldina estava como Regente do Brasil, tendo sido nomeada pelo próprio d. Pedro. Com isso, podemos perceber que ela teve atuação direta em convencer d. Pedro a permanecer no Brasil (ato oficializado no Dia do Fico) e a declarar a independência (oficializada no 7 de setembro).
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NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
O PATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA
Vamos trazer para os leitores um grande líder brasileiro, maçom destacado, que circulou pelo poder desde a Coroa Portuguesa, passando pelo primeiro e segundo Impérios do Brasil, além de ter ocupado cargos de relevância na monarquia em Portugal. O Patriarca da Independência do Brasil, José Bonifácio.
No jargão das exaltações, podemos dizer sem medo de errar que José Bonifácio, foi um homem à frente do seu tempo. A ele se atribui uma gama de feitos registrados nos livros de história. Com forte presença e atuação nas áreas das Ciências, Química, Mineralogia e Metalurgia. Nos seus estudos de mineralogia catalogou entre eles o da petalita, que em 2008 foi usado para tornar os fornos de micro-ondas econômicos e eficientes. James Dana, cientista norte-americano em 1868, batizou a descoberta de um mineral com o nome de andradita, em homenagem ao brasileiro José Bonifácio de Andrada
Nosso Patriarca, é considerado o primeiro mineralogista das Américas. Fez parte de várias Academias e Sociedades de Ciências na Europa. Um brasileiro cosmopolita, homem das letras e das ciências, pequeno de estatura e grande nas ações.
O maçom José Bonifácio de Andrada, foi o primeiro Grão-Mestre Geral, do Grande Oriente do Brasil, instituição fundada em 17 de junho de 1822, tendo em seguida passado à administração do GOB para o recém iniciado na Ordem Maçônica, ninguém mais ninguém menos que o próprio Imperador, D. Pedro I, a época ainda Príncipe Regente. Ato este que objetivou entregar os destinos da Maçonaria brasileira nas mãos do Príncipe, para que ele seguisse o que há muito já havia sido decido dentro das lojas maçônicas, efetivar a independência do Brasil da Coroa Portuguesa. José Bonifácio, voltou a ocupar o cargo de Grão-Mestre Geral da Maçonaria brasileira de 1831 a 1837.
O movimento político para independência do Brasil da Coroa de Portugal já existia nas lojas maçônicas brasileiras, mas a entrada do Príncipe Regente para Maçonaria, foi um facilitador desse processo. Aqui cabe o registro de que a época, não existia partido político no Brasil. Então, as lojas maçônicas, foram o vetor político desse processo, uma vez que em seus quadros estavam todas as elites brasileiras, o clero, os intelectuais, militares, fazendeiros e donos de engenhos, etc. e todos queriam a independência do Brasil de Portugal. Uns desejavam que após a independência, de imediato houvesse no Brasil, a implantação de uma república no modelo americano.
Esse grupo de maçons que queriam esse sistema de governo, eram liderados por Joaquim Gonçalves Ledo, mas isso tinha um complicador, a implantação de um sistema republicano naquele momento, poderia levar a desintegração do território brasileiro. Tanto ontem quanto hoje, a cobiça por nossas riquezas era grande e o risco de isso ter acontecido era real.
José Bonifácio de Andrada como os demais, queria essa independência e por ela lutou brava e fervorosamente, porém de forma a manter a monarquia dentro de um regime constitucional, ou seja, a monarquia com poderes limitados. Seu objetivo era além da independência, o de manter a integralidade territorial brasileira intacta e assim, conseguiu.
O maçom José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência do Brasil, foi um homem de grandes virtudes, intelectuais e morais, rejeitou todos os títulos de nobreza que o Imperador lhe ofertou, inclusive o de Marques. O líder maçom e político que foi, ficou para sempre na história do Brasil e do mundo, quando deixou este plano terrestre no dia 06 de abril de 1838.
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LEITURA DINÂMICA
– O PATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA!
José Bonifácio de Andrada e Silva. Um grande líder brasileiro, maçom destacado, que circulou pelo poder desde a Coroa Portuguesa, passando pelo primeiro e segundo Impérios do Brasil, além de ter ocupado cargos de relevância na monarquia em Portugal. O Patriarca da Independência do Brasil, José Bonifácio.
2
– Dona Leopoldina presidindo sessão do Conselho de Estado, por Georgina de Albuquerque. Na tela, José Bonifácio discursa para a princesa regente sobre a separação do Brasil de Portugal.
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– Museu Paulista da Universidade de São Paulo, também conhecido como Museu do Ipiranga ou Museu Paulista, é o museu público mais antigo da cidade de São Paulo, cuja sede é um monumento-edifício que faz parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência. É o mais importante museu da Universidade de São Paulo e um dos mais visitados da capital paulista
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– Depois de quase nove anos fechado, três deles em obras, o espaço finalmente reabre ao público, com o dobro de área construída e o triplo de capacidade expositiva. É um novo Museu do Ipiranga.
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– Independência ou Morte é uma pintura do artista brasileiro Pedro Américo. É considerada a representação mais consagrada e difundida do momento da independência do Brasil, sendo o gesto oficial da fundação do Brasil.
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