Diário da Cuesta







po ao redor da mesa de café, intercalando histórias e apresentações. Nesta edição, Sérgio Vieira conduzirá a roda de viola que terá a participação da dupla João Vitor e Gabriel.
Documentário - E para encerrar a programação do mês, no dia 30, às 16h, haverá a exibição do documentário “Ocupe sua presença” Dirigido por Mariana Arantes, a produção é baseada em estudos, vivências e reflexões a partir da pergunta: O que é Presença?
Conheça a Biblioteca do Max!
Além da programação especial de setembro, a Biblioteca Pública de Pardinho, localizada no Centro Max Feffer, segue com a Hora do Conto, Programa de Contação de Histórias e Mediação de Leitura oferecido às escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental I. A atividade acontece todas as quintas-feiras, às 8h30 e às 13h30.
Abertura está marcada para a próxima sexta-feira, 08, com a presença do Dj Tudo. Atividades são gratuitas
Para celebrar a chegada da primavera, o Centro Max Feffer abre suas portas durante todo o mês de setembro com uma programação especial para todos os públicos. As atividades começam na próxima sexta-feira, dia 08, a partir das 18h, com uma palestra e discotecagem do Dj Tudo.
Alfredo Bello (DJ Tudo) é pesquisador em tradições culturais brasileiras. O bate-papo irá abordar a diversidade e a riqueza da cultura popular na música. Na sequência, o DJ irá se apresentar ao som de músicas brasileiras, africanas, latinas, árabes, entre outras. A entrada é gratuita.
“Esse é um dos destaques da programação. Ele é um dos mais importantes pesquisadores da cultura brasileira. Além do bate-papo, terá a discotecagem que promete animar o feriado prolongado. É uma ótima opção para quem ainda não conhece o DJ e também para quem já conhece e nunca teve a chance de conferir a apresentação. E é uma oportunidade também para quem ainda não visitou o Centro Max Feffer vir conhecer o local e aproveitar todo o ambiente”, afirma Simone Spilborghs, Conteudista do Centro Max Feffer.
Sarau da Primavera - Já no dia 21, acontecerá o Sarau da Primavera. A partir das 19h, os alunos de teatro irão fazer a leitura de poesias para comemorar a chegada da primavera.
Clube de Leitura - No dia 22, às 13h30, o Clube de Leitura promove um bate-papo sobre o livro “O filho do caçador e outras histórias-dilema da África”, de Andi Rubinstein e Madalena Monteiro.
Vivência de Ikebana - O dia 23 está reservado para uma vivência de Ikebana, arte tradicional japonesa de arranjos de flores. Para essa atividade, as vagas são limitadas e é preciso inscrição prévia.
Café e Viola - No dia 24, domingo, a partir das 9h, o Max abre espaço para a música raiz. A atividade Café e Viola terá bate-pa-
“Nós preparamos esta programação especial para comemorar a chegada da primavera, pensando em todos os públicos. São atividades que valorizam a cultura popular e a cultura raiz e promovem conhecimento, diversão e experiências diferenciadas. As atividades são todas gratuitas. São ótimas opções de lazer e uma oportunidade para aproveitar o Centro Max Feffer, que é um espaço que está sempre de portas abertas para toda população”, diz Patrícia Ceschi, Gestora do Centro Max Feffer.
Sobre o Centro Max Feffer
O Centro Max Feffer é um local aberto à comunidade onde são promovidas atividades culturais, artísticas e educativas. O espaço faz parte da rota turística de Pardinho pela sua arquitetura atrativa e variada programação gratuita oferecida. A unidade é pública e mantida pelo Instituto Jatobás, com o apoio da Prefeitura Municipal de Pardinho e outros órgãos de fomento à cultura.
Para mais informações, o telefone de contato é o (14) 9 98792760. O horário de funcionamento é de terça a sábado, das 8h às 20h. Aos domingos e feriados, o espaço abre de acordo com a programação.
O Centro Max Feffer fica na Praça Ademir Rocha da Silva, S/N, Centro - Pardinho/SP.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
Contato@diariodacuesta.com.br Tels:
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Tendo também sempre levado em conta o desenvolvimento sustentável em suas ações, no ano de 1999 criou o instituto Ecofuturo, uma ONG mantida pelo Grupo Suzano. Faleceu no ano de 2001, deixando um legado que mudaria a vida de uma cidade.
O Instituto Jatobás
tura é apoiada também em eucalipto, concreto e alvenaria.
Certificações
O telhado tem em sua composição cerca de 42% de papelão reciclado, pintado de branco para refletir os raios solares e diminuir a sensação térmica e o conhecido efeito ‘ilha de calor’.
ecooar Tecnologia
“Um país se faz com homens e livros”. Se pudéssemos acrescentar a palavra sustentabilidade a conhecida frase de Monteiro Lobato, ela ficaria ainda mais perfeita para representar o conceito do Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade.
Betty Vaidergorn Feffer, esposa de Max Feffer, no ano de 2005, criou o Instituto Jatobás, local onde busca-se a evolução da consciência social, individual e ambiental, integrando o indivíduo ao mundo em que vivemos.
Por ser uma obra que utilizada soluções sustentáveis, utilizando materiais reaproveitados, com o consumo reduzido de água e também de energia elétrica, em 2009, ela foi a primeira construção da América Latina a conquistar a Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pelo United States Green Building Council.
Como uma onda
Localizado a 200 km de São Paulo, na cidade de Pardinho, o Centro transformou-se rapidamente em referência de espaço cultural, com cursos de formação para as pessoas, recheado de livros, uma arquitetura bem peculiar e acima de tudo ecológica. E tudo teve início com uma pessoa: Max Feffer
Quem foi Max Feffer?
Filho de imigrantes ucranianos, Max Feffer nasceu no ano de 1926 e desde cedo estava destinado a deixar sua marca no mercado de celulose, sendo a solidariedade um valor familiar passado de geração para geração.
Utilizando a arte como elemento cultural, a fim de fomentar a criatividade através de atividades complementares ao ensino escolar, o Instituto Jatobás atua para o fortalecimento do desenvolvimento local da cidade de Pardinho.
Inclusive no ano de 2017 o Instituto Jatobás recebeu o Selo das 100 melhores ONGs do Brasil, concedido pela revista Época, Instituto Doar e Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas, concorrendo com mais de 527 instituições analisadas.
E foi desta forma que a cidade de Pardinho recebeu um dos seus maiores tesouros.
Foi no ano de 2008 que uma revolução aconteceu bem no centro da cidade, mais precisamente em uma praça local, com a construção do Centro Max Feffer de Cultura e Sustentabilidade, criado a partir de uma tecnologia milenar com a utilização de bambus e com as mais modernas técnicas baseadas em edifícios verdes
Esse incrível projeto de mais de 800 metros quadrados e que utiliza apenas 15% do espaço do terreno da praça onde o conjunto está instalado, foi idealizado por Leiko Hama Motomura, considerada a pioneira do uso de materiais alternativos na arquitetura brasileira, que promove a sustentabilidade na construção civil desde 1985.
A construção gera 25% de economia de energia elétrica, pois utiliza 80% de luz natural. Possui iluminação LED e sensores de presença nos banheiros, que também utilizam água de reuso, captada da chuva, além de torneiras de fechamento automático, para evitar o desperdício. Existe inclusive um sistema que armazena o ar quente para aquecer o ambiente quando necessário através do sistema Trombe
O cimento que foi utilizado permite a drenagem da água da chuva para o terreno e o formato da obra possibilita uma melhor circulação do ar nos ambientes. Inclusive 63% do terreno em volta está reflorestado com árvores nativas. A maioria dos materiais utilizados, como o corrimão e os parapeitos do local, são provenientes de sucatas restauradas e reaproveitadas, bem como as madeiras que são de demolição.
Cultura aplicada
O local reserva inúmeras surpresas, atuando proativamente em favor da cultura local, que é considerado o berço da música raiz do estado de São Paulo. O centro comporta projetos voltados a sustentabilidade, com explanações sobre a cultura caipira, com a realização de aulas gratuitas de viola, violão e lutherie (que é a técnica utilizada na construção da viola), além de balé e cursos de capacitação
Max Feffer Multicultural
Formou-se Engenheiro pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie e junto de seu pai Leon Feffer (1902-1999) fundou o Grupo Suzano, inovando o setor celulose e papel já nos anos 1950, desenvolvendo produtos com melhoria das fibras do eucalipto e, dessa forma, revolucionando o mercado.
“A vida que a gente quer, depende do que a gente faz”, Max Feffer
Além de engenheiro, Max também gostava de artes e possuía um talento musical, que fez com que ele fosse nomeado, na década de 1970, Secretário de Estado da Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo durante o governo de Paulo Egydio Martins. Um dos eventos mais conhecidos foi o Festival de Inverno de Campos do Jordão.
A cobertura com bambus, em um primeiro momento provenientes do Paraguai, é um produto ecológico e renovável, que ganha destaque na montagem por suas linhas sinuosas e a farta entrada de luz e ar. Hoje os reparos da obra já utilizam a produção própria de bambus, plantados na Fazenda dos Bambus, em Pardinho, sede do Instituto Jatobás. Toda essa estru-
Estrutura feita de bambus amplia a conexão com a natureza e com a sustentabilidade
A Biblioteca é mista, Municipal e Comunitária, e conta com um acervo de mais de 5 mil livros e uma brinquedoteca. Algumas das ações realizadas pela Biblioteca no ano de 2019: contação de histórias, encontro com escritor, exposições artísticas, feira de trocas de livros, mediação de leitura, mostras de livros temáticos, oficina de escrita criativa e literatura do vestibular, palestras, premiação do “Leitor do mês”, sarau, teatro, tricotando (conversa com os leitores e mediação de leitura), visitas monitoradas e além do Café com Viola, que acontece uma vez por mês.
Outros locais do Centro Max Feffer são salas de leitura, inclusão digital, área multiuso, sala para reuniões, escritório, depósito de lixo reciclável e espaços de apoio para eventos, além do palco e da área externa que são utilizados por toda a população da cidade e da região Desta forma o Centro Max Feffer de Cultura e Sustentabilidade, consegue deixar sua marca na vida de quem conhece o espaço e o utiliza para aprender e conhecer mais sobre a cultura de nosso país.