Diário da Cuesta
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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A Gazeta do Rio de Janeiro, fundada em 10 de setembro de 1808, foi o primeiro jornal impresso no Brasil, nas máquinas da Impressão Régia, no Rio de Janeiro. (O Correio Braziliense é um pouco mais antigo, mas era impresso em Londres.)
Seu lançamento marca o início da imprensa no país. Coincidentemente, em Botucatu surgia, em 1876, “A GAZETA DE BOTUCATU”, nosso primeiro jornal. Nesta edição, vamos rememorar um pouco da história do jornalismo de Botucatu indo da typografia para a atual editoração digital.
A publicação de matérias referente à cidadania sempre teve acolhida na imprensa botucatuense, através dos jornais VANGUARDA, JORNAL DE BOTUCATU e FOLHA DE BOTUCATU em suas respectivas épocas.
Entre os dias 07 e 10 de setembro, das 9 às 20 horas, a Secretaria Municipal do Verde realizará a 26ª edição da Feira do Verde. A entrada será gratuita em todos os dias.O evento será no Parque Municipal
“Joaquim Amaral Amando de Barros” e expositores de empresas de paisagismo, jardinagem, floricultura entre outros. Também estão previstas apresentações musicais com artistas locais, praça de alimentação e brinquedos infantis. (Notícias.Botucatu)
Através deste jornal, a família real pretendia moldar a opinião pública a seu favor. Por este motivo, a publicação divulgava basicamente comunicados oficiais e publicações sobre decisões reais. Apesar de publicar também notícias sobre a política internacional, era considerado um veículo parcial, devido ao seu aspecto extremamente oficial.
Publicado duas vezes por semana, o impresso era dirigido pelo Frei Tibúrcio José da Rocha. Em 29 de dezembro de 1821, passou a ser chamado simplesmente de Gazeta do Rio. E depois da independência deixou de circular, sendo substituída pelo Diário Fluminense e posteriormente pelo Diário do Governo
É bom recordar que antes da circulação da Gazeta do Rio de Janeiro, o brasileiro Hipólito José da Costa, exilado em Londres, lançou o jornal “Correio Braziliense”, em 1º de julho de 1808. Era o primeiro jornal brasileiro produzido fora do país.
Editado mensalmente, o jornal era impresso em Londres e trazido clandestinamente para o Brasil através de viagens de navio – uma operação que demorava quase um mês. O Correio era um jornal voltado para atacar os defeitos da administração do Brasil.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
Contato@diariodacuesta.com.br
Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Por entender que o “Vanguarda de Botucatu” representou o espírito de uma geração que soube assumir o compromisso com seu tempo é que estamos promovendo a divulgação do que foi o Vanguarda, com a reprodução de alguns artigos dos muitos colaboradores que teve. Artigos que foram um marco, ficaram na história da imprensa botucatuense. E mostramos, abaixo, o layout da coluna social (“Acontecências”, idealizada por Olavo Pupo e que teve enorme influência na juventude botucatuense por muitos anos. No início, feita pelo Olavo e a Rita Pedroso, foi comandada também por Claudia Pedroso, Totica Pedroso e Andrea Morato e Fernando Amando de Barros). FOI OBJETO DE FORTE RESISTÊNCIA DE SETORES TRADICIONAIS DA COMUNIDADE BOTUCATUENSE POR SUGERIR UM “MEMBRO GENITAL”...rsrsrs
Mas não move as mãos, não aplaude. É frio!».
2º ato: um humilde botucatuense que nos anos 40 chegou a campeão brasileiro de um certo esporte: «o pessoal, lá na terra, parece que tem vergonha de me cumprimentar. É onde menos sou festejado!».
3º ato: d. Frei Henrique, anos 50, assistindo a um bem organizado desfile cívico-religioso, ali na Cel. Moura: “Aplaudam. Vamos aplaudir, ó povo frio. Não sabem o trabalho que dá?”.
Tradução: se a rapaziada que forma com a Vanguarda ou em torno dela - excluída toda e qualquer conotação político-partidária - tem mensagem ou acredita tê-la e quer fazer algo pela cidade, não espere compreensão, nem aproveitar fundamentos existentes. Comece da base, feche os ouvidos, abra os olhos, veja as nossas lições mais práticas da história local e geral. E construa o legado da sua geração. Não espere aplausos. Haverá exceções, busca de diálogo, oferecimento de ajuda que afinal os voluntariosos estão em toda parte.
O “Vanguarda de Botucatu”, já o dissemos, não acabou em 1980. Ele continuou através do “Jornal de Botucatu”, fundado em novembro de 1980. O “Jornal de Botucatu” surgia como um jornal bi-semanário, sem engajamento político, mas com uma linha definida de defesa da comunidade. Foi o primeiro jornal feito no linotipo em Botucatu à partir dos anos 70 Até 1980, os nossos jornais eram feitos no tipo, com exceção do Vanguarda, sempre feito fora de Botucatu por problemas de perseguições políticas dos poderosos de então. Pois bem, em 1980 , trouxemos para Botucatu a gráfica completa do Ariosto Campiteli, de Bauru, que passou a ser sócio do jornal recém criado. Hoje, a Revista Peabiru procura manter a mesma linha de atuação, mobilizando a nossa comunidade, convocando a “intelligentzia botucatuense», enfim, construindo a nossa cidadania O prefácio de Hernâni Donato e seu artigo comemorando os 10 Anos do “VANGUARADA” e + os promeiros artigos da equipe jovem de colaboradores é um precioso acervo de nosso jornalismo:
“Um Voto Esperançoso...Mais Um....”
Rapazes: o diretor do jornal não brinca em serviço. Chegou e mandou: Vanguarda quer inovar. Sacuda a nossa moçada. Dê-lhe um plá dosado para os males de Botucatu.
Bom, não tenho receituário para uso dos moços que insistem em abrir o seu caminho dinamitando a estradinha aberta pelos mais velhos. Mas concordo em que para Botucatu, o momento, mais do que nunca, é o de balançar a roseira. Mais do que nunca porque ela goza de privilégio único de receber, de golpe, o enriquecimento do sangue novo de milhares de universitários. Gente de sangue quente, às vezes descontrolada exatamente por causa do sistemático “pé na tábua” em que vive, mas de cuja generosidade é possível esperar tudo. Mesmo aquilo que é mais necessário para a cidade: giro de duzentos graus na bússola do comportamento coletivo.
Vou lhes dar 3 diagnósticos para um mal que é típico da gente serraçumana.
1º ato: Cornélio Pires, no palco do Casino, fim dos anos 30: «é difícil entender este povo. Gosta das minhas piadas porque ri de estourar.
Se a bandeira da Vanguarda é fazer e renovar, não atacar ou destruir, tem um campo largo pela frente. E merece o apoio de quem sente que é preciso mudar a mentalidade para não ter que mudar de cidade. Espero que Vanguarda, liberta de ganchos políticos que a limitem e imobilizem, tenha forças para resistir aqueles que vão tentar destruí-la, pela omissão; negá-la, pela tentativa do ridículo; esfriá-la, pela inércia com que gelaram tantos outros empreendimentos igualmente generosos; desviá-la pelo descrédito organizado e sistemático. E que ajude a repor Botucatu entre as primeiras das nossas cidades. Se ela perdeu - quem negará que ela tenha perdido lastro, infelizmente? - foi só por culpa da sua gente. Gente que brinca com o futuro, com o voto, com as lideranças. Estou exagerando? Voltem a cabeça e vejam as conquistas e realizações dos últimos 10 anos. Individualizem os seus idealizadores. A constatação será melancólica.
Por isso - sem que isto signifique pronunciamento político ou grupal, mas apenas mais um voto de esperança, confio em Vanguarda. Como em todo movimento de juventude. Nós já tivemos freios demais. Precisamos de bons aceleradores.
Toque aqui, Vanguarda ! Prá frentex, gente.”
O posicionamento de Hernâni Donato não deixa de ser uma aula de sociologia “botucuda”. Era o quadro, sem tirar nem por, de nossa sociedade sedimentada mas com falta de perspectivas para o futuro No 10º aniversário do “Vanguarda de Botucatu”, em 1980, mais uma vez a palavra amiga e incentivadora de Hernâni:
“Pelos Primeiros Dez Anos de o “Vanguarda”
Segundo as agências de propaganda, um jornal atinge a maioridade ao superar a marca do ano de publicação. Este período está para o jornalismo, assim como o nada saudoso “mal de sete dias” estava para crônica da mortalidade infantil nos velhos tempos. Mas, quando se trata de jornal interiorano, elas, as agências, exigem três anos de publicação. Aí sim, passam as folhas caboclas a gozar do “status” de jornal a merecer conceito, às vezes até uma programação que lhe oxigene os pulmões financeiros.
Pois o jornal do Delmanto está quebrando a barreira dos dez anos. Mesmo quantos não subscrevem a linha política que ele imprimiu ou imprime ao “seu” jornal, hão de parabenizá-lo por vir respondendo ao gongo que tiranicamente o convoca para novos assaltos dessa luta sem intervalos que é o fazer imprensa. Principalmente - isto já é um refrão mas nem por isso é menos verdade - principalmente, imprensa interiorana.
Quantos amem Botucatu e respeitem o jornalismo - uma das formas de manter dignas as comunidades - hão de fazer coro ao nosso voto: o de que, pelos decênios em fora, o Armando saiba fazer bem o seu jornal. E seja feliz com ele e por ele”.
1 – O primeiro jornal estudantil impresso em tipografia foi o “Tribuna do Estudante”, do Colégio Arquidiocesano La Salle, em 1963
2- O saudoso professor Vinício Aloise imortalizou a Igrejinha de Rubião como logotipo do “Jornal de Botucatu”, em 1980 A criação foi tão comemorada que passou a ser um dos símbolos de Botucatu.
3- O lançamento da “Folha de Botucatu” e do livro “O Sonho Não Acabou”, de Armando Moraes Delmanto, em 1988, reuniu políticos como o prefeito Jamil Cury e o futuro prefeito Joel Spadaro e intelectuais na Livraria Papirus. Com a presença de colaboradores do jornal “Vanguarda”, intelectuais como Dr Marão, presidente da ABL, profa. Elda Moscogliato, secretária da ABL, Luiz Baptistão, Antonio Tilio Jr, Osmar Delmanto, amigos e familiares.
4– A publicação de matérias referentes à cidadania sempre teve acolhida na imprensa botucatuense, através dos jornais VANGUARDA, JORNAL DE BOTUCATU e FOLHA DE BOTUCATU em suas respectivas épocas.