Diário da Cuesta
Lançamento de livro em evento de Numismática
O BOTUCATUENSE EDIL GOMES PARTICIPA HOJE, 14 DE SETEMBRO, COMO COAUTOR DA OBRA “1932: IV CENTENÁRIO DA COLONIZAÇÃO DO BRASIL”, COM GILBERTO FERNANDO TENOR, PRESIDENTE DA SOCIEDADE NUMISMÁTICA BRASILEIRA. O EVENTO CULTURAL SERÁ NO HOTEL JARAGUÁ, NA CAPITAL PAULISTA.
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OS ENCANTOS
DECORRENTES DE UM LIVRO
Na série de crônicas de Elda Moscogliato sobre a consagrada escritora Sra. Leandro Dupré, autora de livros de sucesso, com destaque para “Eramos Seis”, que foi novela campeã de audiência da televisão brasileira. Página 3
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III Nº 891 QUINTA-FEIRA , 14 DE SETEMBRO DE 2023 Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br
Lançamento do livro “1932: IV Centenário da Colonização do Brasil”
Está sendo lançando hoje, 14 de setembro o livro “1932: I Centenário da Colonização do Brasil”, do botucatuense Edil Gomes, que também é o responsável pela diagramação do Jornal Diário da Cuesta desde a primeira edição, em coautoria com Gilberto Fernando Tenor, presidente da Sociedade Numismática Brasileira
O Evento acontece em São Paulo, no Novotel Jaraguá Conventions e faz parte da programação do Encontro Especial de Setembro da Sociedade Numismática Brasileira, que ocorre de 14 a 16 de setembro com vasta programação que envolve palestras, exposição e comercialização de moedas e medalhas.
Também será realizada uma palestra com os autores do livro sobre o tema, transmitido ao vivo no canal do youtube da SNB
No mesmo evento será lançado o Catálogo de Moedas e Cédulas do Brasil de Maurício Porto e o livro Sexologia na Numismática do psicólogo Oswaldo Martins Rodrigues Jr.
Dentre as palestra terá ainda os temas: Os cunhos do acervo do Museu Histórico Nacional, Dinheiro Falsificado, Moedas romanas na Germânia Magna, Gravador Leopoldo Campos, dentre outros.
O evento faz parte do calendário numismático oficial em que traz a programação anual de todos os eventos que ocorrem no Brasil sobre o tema.
Também será lançado no evento uma cédula fantasia e uma medalha comemorativa marcando o evento. A exposição numismática em exposição durante todos os dias do evento traz as principais peças que estarão no livro.
“O livro é um trabalho de pesquisa onde traz um paralelo histórico sobre uma série de moedas, selos e uma medalha para comemorar o IV Centenário da colonização do Brasil, fatos que dão novo rumo e mostra os bastidores da criação dessas peças, sua iconografia, seus gravadores e também importantes
documentos de época, é uma viagem no tempo que pode ser aplicado aos dias atuais e também fazendo um paralelo dos artistas envolvidos na criação que tiveram participação em outros acontecimentos históricos da época”, conclui o autor Edil Gomes
O livro foi impresso em baixa tiragem tendo apenas 300 exemplares e antes do lançamento 50% há estava reservado na pré venda.
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
Cartões Postais de Botucatu
Edil Gomes
Conhecemos muitos pontos do passado de Botucatu através do momento que ficaram congelados nas fotos, alguns desses locais já não existe mais, outros ainda podemos conferir ao vivo e ver que pouco se alterou, era comum serem reproduzidos em cartões postais, enviados pelo correio e com isso ficaram registrados alguns prédios da cidade, dentre eles se destaca o do Teatro Espéria que ficava na praça do Bosque e que acabou pegando fogo, hoje só conhecido por fotos.
A Cidade conta com um magnífico acervo de Cartões Postais, os primeiros com apenas uma cor, depois os que eram enviados para a Europa para serem colorizados manualmente e por fim os postais coloridos, alguns feitos em séries. Hoje com o avanço da tecnologia, tudo é mais fácil, todos carregam um celular que pode fazer fotos e serem transmitidas simultaneamente nas redes sociais com isso já não temos as fotos impressas e o cartão postal há tempos que não mais são feitos.
Dizem que uma foto vale mais que 1000 palavras e através dessas fotos que ficaram registradas nos cartões postais conseguimos viajar no tempo e imaginar como era a cidade de outros tempos.
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Vistas aéreas centrais de Botucatu em diferentes épocas, na primeira a Praça do Paratodos e na segunda em destaque o primeiro edifício da cidade
Estação Ferroviária
Colégio Diocesano
Teatro Santa Cruz Espéria, ficava na parte alta da praça do Bosque
OS ENCANTOS DECORRENTES DE UM LIVRO (II)
ELDA MOSCOGLIATO
Nesta altura da crônica ainda não me apossei do livro e nem lhe conheco a ilustração da capa, nem sequer o título, e muito menos ainda, o seu contexto. Ele passa das mãos de mamãe para as de papai, com absoluta prioridade.
Não protesto. A leitura recorda-lhes a mocidade. Eles não foram das relações de Zezé Monteiro. Ela nem ao menos sabe que eles existem. E que viveram nos seus dias de mocidade. Com mais anos vividos, é certo. Mas foram seus contemporâneos. A leitura do livro faz-lhes bem. Retornam ao passado revivendo momentos que sua memória aviva e lhes acentua os contornos. O livro coloca-os exatamente na sua despreocupada e feliz juventude. Conheceram página por página, os dias botucatuenses que a Sra. Leandro Dupré descreve. Conheceram-na jovem professorinha elegante e distinta, lecionando no Grupo Escolar “Dr. Cardoso de Almeida”. Ela , a autora, cita amizades que foram também, as do conhecimento de meus pais. Conheceram vagamente o engenheiro Leandro Dupré.
O livro de leitura apaixonante desperta outras recordações. Mais dos leitores, do que da autora. E mamãe, no decorrer do dia, junto à mesa da copa, entranha-se no passado distante.
Num dos momentos, o Dr. Aleixo Delmanto, figura familiar muito querida entra e indaga curioso?.
- O que está lendo de bom, a distinta leitora?...
- Oh! Aleixo! Você precisa ler esse livro. É da Sra. Leandro Dupré, que nós conhecemos simplesmente como Zezé Monteiro, da alta roda botucatuense, no nosso tempo de moços. É irmã de D. Nicota de Barros...
O livro quase inteiro fala de Botucatu antigo. E fala como verdadeiramente era a vida aqui, no começo do século. E
É uma beleza! Ela conta as coisas com naturalidade E conta exatamente como se vivia naquele tempo.
- É?
- Cita as brigas políticas das duas correntes da família : cardosistas e amandistas... Interessante ler, para quem viu isso, nos seus dias... Só que ela desconhece a participação do seu avô. o tio Aleixo. numa dessas contendas de partido.
- Como foi?
- Ah! Você já havia seguido para a Europa, para os seus estudos. Aqui, vivia-se a temporada quente da eleição do
marechal Hermes da Fonseca. Disputavam-se os dois partidos : os amandistas, eram civilistas, isto é, torciam por Ruy Barbosa e os cardosistas eram do Hermes. Seu avô, como maçom, era hermista. Um dia, ao passar pela Casa Amando, o Pedrinho de Barros, conhecendo-o como velho amigo e provocando-lhe a fácil iracúndia, abordou-o sobre o Hermes...
- E meu avô?
- Não queira saber o que saiu! Irado e apoplético, ele resumiu todo seu protesto...num palavrão!..
- E o Pedrinho de Barros?...
- Ele conhecia de sobra, seu avô... Aquilo era só da boca pra fora...
A conversa prossegue entre as páginas do livro e o que elas reacendem na memória da alegre leitora. O Dr. Aleixo, que partiu do Brasil com apenas nove anos de idade, esteve ausente durante dezesseis anos. Portanto, muita citação da autora é, para ele, interessante novidade.
As horas passam. Quando o Dr. Aleixo sai, entram os filhos, já de volta da repartição. A tarde cai.
Fogão ligado há horas, panela fervendo, mamãe vai agora, coar o caldo. Ih! No ardor da leitura, esquecera-se de botar a carne para a sopa!...
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Sra. Leandro Dupré