com toda a pompa esse pequeno hospital.
Giuseppe Verdi Diário da Cuesta
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NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCA
Casa de Saúde "Sul Paulista" - 1928
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Aleixo Delmanto, primeiro dos “oriundi” de Botucatu a se formar em Medicina, nasceu em 10 de outubro de 1901. Foi Diretor da Casa de Saúde Sul Paulista: um sonho da atuante Colônia Italiana de Botucatu.
fase gloriosa de nossa Medicina, em 1928, com a Casa de Saúde Sul Paulispassou a ser referencial e orItaliana Paulista. Àquela um Professor Universitácargo docente em uma das prestigiadas Universidades (Universidade Real de NápoLudovico Tarsia, Professor Cadeira de Clínica Cirúrgica. que já àquela época Botuvocação de futuro cenuniversitário.
Bem antes da fase gloriosa de nossa Faculdade de Medicina, em 1928, com a inauguração da Casa de Saúde Sul Paulista, Botucatu passou a ser referencial e orgulho da Colônia Italiana Paulista. Àquela época, tivemos um Professor Universitário, Titular de cargo docente em uma das mais antigas e prestigiadas Universidades da Europa (Universidade Real de Nápoles): Professor Ludovico Tarsia, Professor Titular da Cadeira de Clínica Cirúrgica. Podemos dizer que já àquela época Botucatu revelava sua vocação de futuro centro médico universitário. Página 4
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Página 4
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Casa de Saúde “Sul Paulista”, em 1928. Com a presença do Consul Italiano, Cav, Serafino Mazzolino, represen inaugurado
Comemoramos o Bicentenário de dois gênios; Richard Wagner e Giuseppe Verdi!
Importantes nos processos de unificação de seus respectivos países, consagrados pela qualidade de suas óperas. Na abertura do post, propositadamente, coloquei o “Va Pensiero”, considerado o HINO DA ITÁLIA, o hino da UNIFICAÇÃO DO PAÍS!
Giuseppe Verdi e sua obra foram relembradas e executadas na Itália e, em todo mundo, homenagens foram prestadas a esse grande compositor italiano.
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É trabalho para ser lido com vagar... É trabalho magnífico que mostra o que de melhor se fez em ópera
1813
2013
Va’, Pensiero
Va’, pensiero, sull’ali dorate.
Va’, ti posa sui clivi, sui colli, ove olezzano tepide e molli l’aure dolci del suolo natal!
Del Giordano le rive saluta, di Sionne le torri atterrate.
O mia Patria, sì bella e perduta!
O membranza sì cara e fatal!
Arpa d’or dei fatidici vati, perché muta dal salice pendi?
Le memorie del petto raccendi, ci favella del tempo che fu!
O simile di Solima ai fati, traggi un suono di crudo lamento; o t’ispiri il Signore un concerto che ne infonda al patire virtù che ne infonda al patire virtù al patire virtù!
NOTA DO BLOG: A Itália sentiu que ali nascia uma versão muito própria, totalmente sua, da “Marselhesa”. Desde então, “Va’, Pensiero” consagrou-se como o hino da unificação italiana...”
A Itália toda comemora o Bicentenário de nascimento do maestro Verdi, especialmente na Regione Emilia-Romagna
Em Parma, está acontecendo o “Festival Verdi” no Teatro
EXPEDIENTE
estátua de Giuseppe Verdi em frente ao Teatro de Busseto, em Parma (AFP/ Arquivos, GIUSEPPE CACACE)
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Reggio de Parma, com a apresentação de suas óperas, até o pequeno mas precioso Teatro de Busseto estará inserido nas comemorações, sendo que no Teatro Comunalle de Bologna, as comemorações do Bicentenário de Verdi terão seu ponto alto com a apresentação da ópera NABUCO, o primeiro grande sucesso de Verdi, no próximo 19 de outubro, após o grande sucesso da apresentação “Messa di Requiem”. E o esperado “RAVENNA FESTIVAL“, com o projeto “Trilogia Popolare”(“Rigoletto”, “La Traviata” e “Il Trovatore”) que apresentará. Também, a produção shakespeariana di Verdi (“Macbeth”, “Otelo” e “Falstaff”). Toda a programação poderá ser conferida no site giuseppeverdi.it, da Regione Emilia-Romagna e dedicado ao Bicentenário verdiano. Por toda a Itália estão programadas homenagens a Verdi.
No Brasil, também será festejado o Bicentenário dos dois gênios (Wagner e Verdi): “John Neschling programou “Aida”, de Verdi, para sua primeira ópera no Theatro Municipal de São Paulo, em agosto, mas agendou para novembro “O Ouro do Reno”, de Wagner.
A temporada do Municipal do Rio de Janeiro, sob direção do maestro Isaac Karabtchevsky, ainda não foi anunciada, porém rumores dão conta de que também por lá haverá uma “Aida”, contrabalançada por uma wagneriana “A Valquíria” No Festival Amazonas de Ópera, em Manaus, deve ser encenado “Un Ballo in Maschera”, do compositor italiano, e “Parsifal”, do alemão.
Já o Festival de Ópera do Theatro da Paz, que ocorre em Belém (PA), terá “Il Trovatore”, de Verdi, e “O Navio Fantasma”, de Wagner.” (Folha de S. Paulo, 19/02/2013)
BICENTENÁRIO DE DOIS GÊNIOS!
Dois dos mais importantes compositores da história da música completam Bicentenário de nascimento este ano: o alemão Richard Wagner e o italiano Giuseppe Verdi. Autores do mesmo período histórico sob o ponto de vista cronológico, suas obras marcam momentos ideológicos semelhantes em dois países com uma trajetória histórica que também guarda similaridades.
Nascidos no período das Revoluções Burguesas que agitaram a Europa entre a Revolução Francesa (1789-1801) e o fim do período napoleônico (1801-1815), eles se ligaram, de forma sólida e a marcar toda sua obra, aos destinos de seus países.
Não admira que tanto Wagner quanto Verdi tenham esco-
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
lhido a ópera como uma das formas de expressão mais límpida do nacionalismo ultrarromântico. O momento em que atingiram o auge de sua produção não poderia ser mais representativo: tanto Alemanha quanto Itália concluíram, entre 1859 e 1871, seus processos de unificação. Ambos os países foram retardatários no processo de solidificação de seus Estados Nacionais, uma vez que nações como França, Inglaterra, Portugal e Espanha fizeram-no entre os séculos XIV e XVI
VERDI 200
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Giuseppe Fortunino Francesco Verdi, nasceu em Roncole di Busseto (hoje, Roncole Verdi), do então Ducado de Parma/Itália, em 10 de outubro de 1813, falecendo em Milão, em 27 de janeiro de 1901. Ainda criança, Verdi começou a estudar música, em Bussetto, e prosseguiu os estudos até aos 20 anos, em Milão. Foi o compositor da unificação italiana e de óperas famosas («Otello”, “La Traviata”, “Rigoletto”, “Il Travatore”, “Aída”, entre outras), sendo considerado, na época, o maior compositor da Itália, da mesma forma que Richard Wagner foi considerado na Alemanha. Alguns de seus temas já estão há muito enraizados na cultura popular - como “La donna è mobile”, de “Rigoletto”, “Va’, Pensiero” (Coro dos Escravos Hebreus) de Nabuco, “Libiamo ne’ lieti calici” (Valsa do Brinde) de La Traviata e a “Gloria al Egito e ad Iside” (Marcha Triunfal) de Aida. Após a Itália ser unificada, em 1861, muitas das óperas de Verdi foram re-interpretadas como “Risorgimento”. Começando em Nápoles, em 1859 e se espalhando por toda a Itália, o slogan “Viva VERDI” foi usado como um acróstico de Viva Vittorio Emanuele Re D’Italia (Vitor Emanuel, Rei da Itália), referindo-se a Vitor Emanuell II da Itália, então rei da Sardenha, conclamando aquele que viria a ser o primeiro monarca da Itália unificada. O Coro dos Hebreus (título para Va, Pensiero) foi outra peça que entrou para o folclore. Antes do corpo de Verdi ser levado até o cemitério, Arturo Toscanini conduziu o coro com 820 cantores, na casa em Miserere, onde Il Trovatore foi apresentado.
Verdi foi eleito como Membro da Câmara dos Deputados em 1861, seguindo um conselho do Primeiro Ministro Cavour, mas em 1865 ele renunciou ao cargo. Em 1874 ele foi nomeado Senador do Reino.
Verdi casou-se em 4 de maio de 1836 com Margherita Barezzi que deu a luz a duas crianças: Virginia Maria Luigia (26 de março de 1837 - 12 de agosto de 1838) e Icilio Romano (11 de julho de 1838 - 22 de outubro de 1839). Ambos morreran na infância, enquanto Verdi trabalhava em sua primeira ópera (Oberto) e Margherita acabou falecendo em 18 de junho de 1840, com apenas 27 anos, enquanto ele compunha
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sua segunda ópera, “Um Giorno di Regno”. Em 1859, casa-se com a soprano e companheira Giuseppina Streboni. Em 1879, após 20 anos de convívio, perde sua esposa e em 27 de janeiro de 1901, em Milão, cercado de respeito de toda a Itália, morre Giuseppe Verdi.
TEATRO REGGIO DI PARMA
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Se a cidade de Parma, no norte da Itália, é sinônimo de música italiana, o Teatro Reggio Di Parma é o grande símbolo desta tradição. Construído pela duquesa Marie Louise da Áustria, já esposa de Napoleão, não é o primeiro, mas, sim, o mais prestigioso dos 12 teatros da cidade e, com certeza, um dos mais célebres, dentre os líricos italianos. É considerado o mais importante entre os “di tradizione” e seu público é reconhecido não só pela sua competência, mas também pela exigência.
No tempo da inauguração reinavam Rossini, Donizetti e Bellini , mas a década seguinte viu acontecer o furacão Verdi: quase um terço das obras contavam com a autoria de quem já era o maior dos compositores da Itália, talvez do mundo. O próprio Verdi dirigiu, no Reggio, Don Carlo e a célebre Aida. Em homenagem ao grande referente da ópera italiana, todo ano o teatro oferece o Festival Verdi. Começa no dia do aniversário do autor de óperas como Rigoletto e La Traviata, no primeiro dia do mês, e este ano estreia com a Missa de Réquiem. Os ingressos chegam a custar 180 euros numa localização privilegiada, mas há também a partir de 10 euros - de pé, na galeria.
NOTA DO BLOG: Parma e Bologna tem um significado especial para mim. Em 1930, meu tio Aleixo Delmanto concluía seu Curso de Especialização em Radiologia na Universidade de Bologna, após ter feito o Curso de Medicina na Universidade de Parma. E meu filho, Marcelo Delmanto, fez seu Curso de Especialização em Direito – após 70 anos! – na mesma Universidade de Bologna, no ano 2000. (Blog do Delmanto, 15/10/2013)
Lista de óperas:
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• Un Giorno di Regno, 1840
• Nabucco, 1842
• I Lombardi nella Prima Crociata, 1843
• Ernani, 1844
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• I Due Foscari, 1844
• Alzira, 1845
• Giovanna d’Arco, 1845
• Attila, 1846
• Macbeth, 1847 (1865, versão revisada)
• I Masnadieri, 1847
• Jerusalem, 1847
• Il Corsaro, 1848
• La Battaglia di Legnano, 1849
• Luisa Miller, 1849
• Stiffelio, 1850
• Rigoletto, 1851
• Il Trovatore, 1853
• La Traviata, 1853
• I Vespri Siciliani, 1855
• Aroldo, 1857
• Simon Boccanegra, 1857
• Un Ballo in Maschera, 1859
• La Forza del Destino, 1862
• Don Carlo, 1867
• Aida, 1871
• Otello, 1887
• Falstaff, 1893
ALEIXO DELMANTO - Primeiro dos “oriundi” de Botucatu a se formar em Medicina!
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ALEIXO DELMANTO (1901- 1994)
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Os imigrantes italianos que vieram para Botucatu no final do século retrasado (1887), chegaram carregados de esperanças e com uma só determinação: serem vencedores na nova pátria. Como a educação no Brasil, no início do século, ainda não tivesse atingido o nível que hoje possui, principalmente no interior, Aleixo Varoli patrocinou a ida de seus netos para a Itália, para que pudessem estudar e preparar-se para a futura vida profissional.
Aleixo Varoli enviou seus netos para que estudassem no tradicional e conceituado “Collegio Maria Luigia”, da cidade de Parma, em regime de semi-internato. Mais uma vez, contou com a colaboração de Giuseppe Botti para que fizesse o acompanhamento, na sua ausência, da atuação dos meninos. Foram do Brasil, com média de 9 anos, Aleixo Delmanto (filho de Pedro/Maria Delmanto) e Alfonso, Julio, Carlos e Mário Botti (filhos de Francisco/Albina Botti).
Todos fizeram do básico ao colegial na Itália, tendo Aleixo Delmanto feito também a Faculdade de Medicina da Universidade de Parma e, depois (1930/31), especialização na Universidade de Bolonha - a mais antiga Universidade do Mundo! Tanto Parma como Bolonha pertencem, hoje, à Região Emilia-Romagna, uma das mais desenvolvidas da Itália. Em seu retorno ao Brasil, o jovem médico botucatuense (primeiro “oriundo” local a formar-se em Medicina), recebeu uma grata surpresa e um grande incentivo: seu pai, o industrial italiano Pedro Delmanto, havia construído uma réplica reduzida de um grande Hospital de Florença! Seria em 1928 a inauguração, em Botucatu, da Casa de Saúde “Sul Paulista”...
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CASA DE SAÚDE “SUL PAULISTA”
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No inicio dos anos 20, a então poderosa colônia italiana em Botucatu atingia o auge de sua prosperidade Era mais unida e o sentimento da origem comum ainda era forte A colônia italiana tinha a sua escola, a sua banda musical, o seu jornal, o seu clube social, o seu teatro, os seus estabelecimentos comerciais, as suas fábricas e até a sua loja maçônica. Longe deles qualquer sentimento di visionista, ao contrário, o que havia era uma natural aglutinação de pessoas com a mesma ori gem, os mesmos costumes, a mesma paixão pelas coisas...
Como ocorrera, com muito sucesso, na capital, onde a colônia italiana erguera, sob ocomando do Conde Matatarazzo, o imponente Hospital Umberto
Primo, em 1904, ampliando-o sucessivamente, o exemplo passou a ser seguido pelos núcleos mais expressivos dos imigrantes italianos nas cidades do interior do estado
E Botucatu estava situada no limite de onde chegara a Estrada de Ferro Sorocabana, em 1889 e dali partindo para a conquista do interior, “plantando” cidades com o progresso que as suas paralelas levavam: Lençóis Paulista, Bauru, Assis, Ourinhos e Presidente Prudente se destacando entre tantas outras Inaugurada com toda a pompa, com banda de música, a presença de autoridades e comparecimento expressivo da população num verdadeiro congraçamento dos imigrantes com os botucatuenses e, suprema honra, com a presença do Cônsul Geral da Itália representando o Rei da Itália. Sucesso. Com a Direção do Prof. Dr. Ludovico Tarsia, compunham a Diretoria: os Drs. Aleixo Delmanto e Miguel Losso, médico italiano já integrado à colônia local
ALEIXO DELMANTO – O PRIMOGÊNITO ! Com apenas 9 anos, o menino Aleixo foi estudar na Itália. Imaginem um menino de 9 anos... Lá, Aleixo fez seus estudos em Parma onde acabou cursando Medicina, com especialização na tradicional Universidade de Bolonha. Em Parma, casou-se com Rina (Arthurina) Cantoni. E voltou para o Brasil como o primeiro dos “oriundi” formado em Medicina. Foi uma vitória da família e, com certeza, de toda a numerosa colônia italiana de Botucatu. Primeiramente, de forma pioneira, na Casa de Saúde Sul Paulista e, ao depois, por 40 anos na Misericórdia Botucatuense, como Chefe do Serviço de Radiologia.
Aleixo se dedicou à medicina por 60 anos de efetivo exercício profis-
sional. Nos primeiros anos da nossa Faculdade de Medicina pode colaborar com seus ensinamentos para o engrandecimento dessa modelar instituição
Comunicativo e extrovertido, Aleixo participou sempre das atividades culturais e festivas da colônia italiana na cidade Traduziu os clássicos italianos, escreveu as letras de muitas músicas, inclusive, a letra do HINO DE BOTUCATU. Foi um dos fundadores do TAENCA (Cine Teatro Nelli) e da Academia Botucatuense de Letras. Enfim, foi um cidadão prestante. Seus filhos, Rubens Aleixo (médico) e Glória Maria (professora), deixaram-lhe netos e bisnetos
Em carta datada de 08 de fevereiro de 1914, meu pai, Antônio Delmanto, deixava expressa toda a felicidade e todo o orgulho que a família e amigos tinham do jovem Aleixo:
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“...ti faccio sappere che sono passatto nella Scuola Botucatuense per poter imparare anche a língua portoghese ma il babbo me disse che da qui 2 anni vengo anch’io in Italia per poterme imparare come sideve, qui noi tutti stiamo bene...Riceve um baccio dal tuo fratello, Antonio Delmanto”.
E termina, com letras maiores:
“Viva Alessio,Viva Alessino!”
Saudades, caríssimo Tio Aleixo! Saudades! (AMD)
Momentos Felizes
PRIMAVERA
A última tarde de inverno se mostrava carrancuda e a escura silhueta do ocaso se esfumaçava; a chuva fina, misturando-se às flores que aromatizam o jardim da casa grande era a garantia de inebriante perfume.
Na hora crepuscular, retendo os olhos nos últimos brilhos da tarde, ele recordando, examinou o local onde ficavam diariamente seus bichos de estimação; aqueles da raça felina, meigos e muitos dóceis em retribuição ao amor com que eram tratados.
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Quando a noite chegou após o cessar da chuva, uma lua branca e prateada surgiu atrás da serra derramando sobre os campos, e sobre a cidade um aspecto diferente; deixou apagar a claridade do dia, proporcionando para os homens e para a natureza apenas o seu clarão bonito, muito lindo...
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O chão batido e molhado recolhe-se sob o manto da noite clara, abrindo espaços para que os notívagos pirilampos com as suas luzes fosforescentes colaborem com a claridade lunar, para alegria daqueles que durante a noite circulam pela natureza.
As rochas do Gigante e das Três Pedras, imemoriáveis por suas antiguidades assumem formas mais altas, mas nobres e mais tristonhas pelo sombrio da noite As águas do Lavapés carregam em sua trajetória ao longo dos tempos, as esperanças de saúde que um dia, seguramente, haverá de chegar. Os passarinhos já foram para os seus ninhos, para seus filhotes ou para seus esconde-
Roque Roberto Pires de Carvalhorijos nas frondosas árvores, seus abrigos naturais. Exceto aqueles que lamentavelmente vivem (?) presos e cativos das abomináveis gaiolas e viveiros, sem o direito de pedir cantando, pedir para sair em liberdade plena... voar, voar na amplidão do céu primaveril, beijar as flores em saudação, beijar as flores...
Os cães estão recolhidos ao canil vigiando pela segurança de seus donos e em troca oferecendo muito amor. Os gatinhos em suas caixas de papelão ronronavam como faziam todas as noites, sejam noites de lua cheia ou não, de chuva ou sem chuva, simplesmente ronronavam e esse ronronar é o objeto deste texto, nesta tarde quente mas que deveria ser fria em final de inverno. O encanto desta tarde e desta noite é a estrela bonita ancorada no jardim; amanhã cedo será o colorido das rosas, dos pássaros, dos bichos e das borboletas multicoloridas. Os pirilampos apagando as suas luzes irão dormir, pois afinal, amanhã será mais um dia da bonita estação, a mais colorida do ano.