Diário da Cuesta ANO III
Nº 914
QUARTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2023
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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ESTÓRIAS DO FUTEBOL
O futebol é um esporte que apaixona... O futebol é o esporte das multidões... O futebol é o esporte preferido do brasileiro... E nas estórias sobre o futebol, temos o registro de Botucatu e dos botucatuenses, desde o centenário DEL MANTO F.C., fundado em 1921 e que reunia os funcionários da Fábrica de Calçados Del Manto, até os nossos dias... O saudoso comentarista esportivo, ZÉ AYRTON, em sua coluna do jornal “A CIDADE”, de 27/04/1994, trouxe essa foto que mostra os valorosos jogadores da U.D.M. Página 2
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ESTÓRIAS DO FUTEBOL
Na capa, registramos o centenário time de futebol da UDM – União Del Manto, da Fábrica de Calçados Del Manto. E ali se via o entusiasmo do jovem Antônio Delmanto, meu pai, pelo futebol. Sempre foi um entusiasta. Já formado, instalou consultório médico em Botucatu e com um grupo de amigos foi participar do futebol amador da AAB. Chegou a ser presidente e a conquistar grandes títulos na Botucatuense que chegou a ser Vice-Campeã de Futebol Amador do Estado, em 1947, já tendo sido Campeã Regional Invicta de 1945.
Foi homenageado pela Diretoria da AAB que deu seu nome para o Complexo Poliesportivo do clube.
É Registro Histórico.
Mas outras estórias aconteceram: 1 – Meu tio, Dante Delmanto, ainda muito jovem foi presidente do Palestra Italia (Palmeiras). Na sua gestão, o verdão conseguiu o único TRI- CAMPEONATO PAULISTA – 1932/33/34.
Em meados da década seguinte, Dante reuniu a família em sua casa e, na ocasião, presenteou seu afilhado, meu irmão Décio, com o uniforme completo do Palmeiras. Diante do silêncio do Décio, meu tio Dante perguntou: - Gostou? E o Décio, todo encabulado: - Mas...eu sou corintiano... Tio Dante, de imediato, falou: - Você terá, amanhã mesmo, o seu uniforme completo do Corinthians. E foi o que aconteceu: no dia seguinte o Décio recebia, na casa do vô Pedro, o uniforme completo do timão... O Décio era o “bom de bola” da família. Depois de ganhar o uniforme completo do timão, o Décio intensificou sua participação no futebol, animado com a excelente fase que passava a AAB, que chegou a ser Vice-Campeã de Futebol Amador do Estado, em 1947, já tendo sido Campeã Regional Invicta de 1945. Foi mascote e chegou a jogar no amador da AAB.
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3 Os 3 Armandos: eu, o Armando filho e o Netão. Dois corintianos e um palmeirense… É preciso destacar o grande empreendimento que é o Arena Neo Química (Arena Itaquera). Com todos os mais modernos equipamentos dos estádios de futebol da atualidade. Explicando a minha posição indo na “toca do timão”… Segui o exemplo do presidente Bolsonaro: é palmeirense, mas não perde os grandes jogos e torce ora para o Flamengo, para o Grêmio ou para o Cruzeiro… Posição perfeita para quem gosta de assistir a um bom jogo de futebol. Assim, comprei uma camiseta e um boné do Corinthians. E lá fui eu… com a cara e coragem entrar na “toca do timão”… rsrsrs
Acima, o Décio é o quarto da esquerda para a direita no time amador da AAB. O Carlito Teixeira Pinto é o segundo. Embaixo: o Décio é o do meio. Resumo do ocorrido: é preciso prestigiar e apoiar as escolhas dos jovens! 2 – Depois do Décio, a família só teve outro “Bom de Bola” com o Netão, já no século XXI... E ele e o meu filho Armando são corintianos que eu, palmeirense juramentado, tenho procurado prestigiar e incentivar... Eu, meu filho Armando e o Netão estávamos programando assistir a um jogo do Timão ou da Academia do Palmeiras... E nestes dias deu certo: no sábado (8), no Arena Neo Química, o Corinthians ia receber o Atlético Paranaense do Felipão. E lá fomos nós… O Armandinho e o Netão já conheciam o Arena Neo Química, pois foram em 2016.
Arena Neo Química/Corinthians – 08/10/2022
E foi um grande jogo. Lotação entusiasmada. As torcidas organizadas agitando bandeiras e sem parar um minuto… Final: Corinthians 2 x Atlético Paranaense 1 Voltamos animados com o espetáculo. Ainda não tinha assistido a um jogo nessas modernas Arenas Esportivas… Voltamos como fomos: dois corintianos e um palmeirense juramentado… (AMD)
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
ARENA CORINTHIANS – 20/04/2016
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"Sonho líquido" Capítulo 5
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Maria De Lourdes Camilo Souza Passaram-se dois dias, e a palavra "Maktub" estava presente em algum canto da mente de Aleyna. Destino? Sina? Está escrito? O que representaria aquele anel de safira? Suspirando fundo, naquela tarde quente de outubro, resolveu que não dava mais para adiar, era um encontro que teria que enfrentar. Foi até o armário onde tinha as velhas fotos e lembranças de família e amigos. Pegou o velho álbum de fotos, uma caixa onde tinha aquelas cartas, fotos esparsas, objetos queridos. E se acomodou ali no seu canto preferido, com uma xícara de café nas mãos, preparada para a busca do passado para entender o presente. Ia buscar nas suas raízes o indício desse quebra cabeça. Tomou um gole de café, respirou, e pegando o velho álbum, abriu e olhou a primeira foto de seu antepassado mais longínquo, acariciou o rosto impresso com as pontas dos dedos. Virou as páginas uma a uma: fotos de casamentos, a família reunida no quintal, outra na frente da velha casa. Uma foto grande do lindo cachorro da família capturada no jardim florido. As mulheres da familia lavando roupa no rio. A sala de jantar, sobre a mesa um grande vaso repleto de flores. Tentou imaginar as cores reais naquela velha foto branco e preto. Fotos de férias na beira de um rio, um bebê roliço no colo da mãe, observados com amor pelo pai sorridente. As fotos eram muito família e em nenhuma delas poderia se ver alguma mulher luxuosamente vestida e usando aquele anel tão bonito. Acabou de folhear o álbum e abriu a caixa. Foi retirando os objetos, um maço de cartas amarrado cuidadosamente com uma fita de cor indefinida como a cor dos envelopes. Pensou duas vezes antes de desfazer o laço e pediu intimamente licença aos antepassados, pois ia penetrar na memória deles. Pegou o primeiro envelope e abriu retirando a carta escrita a caneta tinteiro, com uma bela letra ligeiramente deitada a direita. Começava como todas as cartas o nome da cidade e a data, e o nomes da querida pessoa a quem se destinava. Eram bastante formais, como todas as cartas de antigamente. Contavam como estavam os de cá e perguntava como estavam os de lá. Depois iam descrevendo os fatos que importavam. Despediam-se carinhosamente, almejando reencontrar-se pronto. Algumas fotos acompanhavam as cartas contendo imagens de viagens, ou de crianças nas suas primeiras imagens de bebê, batizado, primeira comunhão. Aleyna foi lendo uma a uma, suspirando as vezes encantada, revivendo as estórias. Algumas cartas referiam-se a uma velha tia que tivera um relacionamento amoroso com um personagem desconhecido numa de suas viagens a Europa. Estaria aí a chave do enigma?
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