Diário da Cuesta Dia Nacional do Livro ANO III
Nº 930
SEGUNDA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2023
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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O Dia Nacional do Livro foi comemorado no dia 29 de outubro. A escolha da data deu-se em homenagem ao dia em que também foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, quando a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para a colônia, em 1810. História do livro O que nem todo mundo sabe é que, inicialmente, os livros eram bem diferentes do que são hoje. Para quem está acostumado com livros de boa aparência, com revisão ortográfica e uma capa bem diagramada, saiba que, antes disso, na Antiguidade, os livros eram feitos de outro modo. Os primeiros registros gráficos foram feitos em papiro, uma espécie de lâmina retirada do caule de uma planta de mesmo nome e que possibilitava a escrita. Tempos depois os rolos de papiro foram substituídos pelo pergaminho, que possibilitava ser costurado, já que era feito de pele animal e tinha mais resistência. O papel chegou na Idade Média e os livros, ainda escritos à mão, começaram a substituir os pergaminhos. Em meados de 1455, o alemão Johannes Gutenberg causou a mudança que veio a ser revolucionária para a história da escrita. Gutenberg criou uma técnica de prensa com uma impressora que reproduzia letras e símbolos com relevo esculpidos em metal. O processo espalhou-se rapidamente pela Europa e, logo, pelo mundo.
Primeiras impressões A primeira impressão de um livro por Gutenberg foi a Bíblia. Inicialmente ele começou a produzir páginas com 40 linhas, mas o custo para isso era alto. Resolveu então utilizar 42 linhas em duas colunas por página. O exemplar foi escrito em latim e teve 1.282 páginas. É Registro Histórico.
IMPORTANTE POLO EDUCACIONAL DE BOTUCATU: SENAI + SENAC SENAC de Botucatu ampliará presença na cidade e na região com novo prédio em um novo endereço, estrategicamente localizado ao lado das magníficas instalações do SENAI Página 5
O Diário da Cuesta noticiava com destaque, no mês comemorativo do aniversário de Botucatu, a grande conquista educacional da cidade!
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Crônicas brasileiras - leves, divertidas e cativantes
Um livro super cativante e de rápida leitura, finalizei em poucas horas as 20 crônicas que compõem o livro. Regadas de muito bom humor e figuras de linguagem genialmente empregadas, as narrativas trazem o leitor para mais perto de cada autor através das linguagem coloquial utilizada. As crônicas retratam atividades rotineiras e cada um conta com um ponto especial, seja a uma crítica à era contemporânea do consumo , ou então, a maneira extrovertida que define o comportamento de crianças e também os chamados ?tipos de humanos?. Um diferencial muito interessante dessa obra é que no final há uma breve apresentação aos tradicionais autores de crônicas tupiniquins. Nesse espaço os leitores conhecem com mais detalhes sobre a vida de Carlos Drumond de Andrade, Rubem Braga, Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos. Foi muito enriquecedor e prazeroso fazer essa leitura, recomendo principalmente à jovens estudantes (pois as crônicas que compõem a obra costumam cair muito em questões de provas da área de linguagens).
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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“Halloween na Vila da Harmonia” Maria De Lourdes Camilo Souza Aproximava-se o Halloween e o pessoal da Vila da Harmonia estava se preparando para a festa. Capricharam na decoração com abóboras, aranhas, bruxinhas, lobisomens, caldeirão da bruxa, vassouras, caveiras, e claro: não poderian faltar os morcegos. A mãe de Bernardo e Bruna já providenciava os doces e as fantasias para os dois! As crianças combinavam as falas: “Doces ou travessu-
ras”. Um ar de excitação pairava no ar no dia da festa. Bernardo e Bruna vestiram as fantasias depois do banho. Bernardo quis a fantasia de mago e Bruna se fantasiou de Wandinha. Tinham até uma sacolinha para carregar seus doces. Na hora marcada, quando o sol começava a se pôr saíram animados até a casa dos amiguinhos da casa em frente que também já estavam prontos, trocaram doces e brincadeiras e foram bater na porta do vizinho da esquina. O dono da casa era um professor aposentado muito alegre e gentil. Tinha se antecipado e preparado as sacolinhas de deliciosos doces para cada criança. Uma das Mães providenciou música e uma mesa de guloseimas no seu quintal para a festa. Visitaram quase todas as casas, menos aquela casa que parecia vazia e escura. Todas as crianças da vila tinham medo de passar na frente dessa casa por causa do seu ar fantasmagórico e de um rotweiler negro muito bravo, chamado Boris que latia assustador para quem se aproximasse das grades do portão de ferro. Uma coruja piava sinistra na árvore da frente. Iam atravessar a rua para escapulir quando uma velhinha de cabelos muito brancos trazendo uma enorme cesta repleta de doces abriu o portão e chamou as crianças. Com uma voz muito simpática e um sorriso no rosto avisou: “fiquem tranquilos ,o Boris está preso.” Feliz Halloween! E foi distribuindo os doces seguindo com eles, animada de acompanhar a brincadeira. Surpresos foram até a casa da organizadora da festa, cantando e dançando e comendo seus doces. Um mágico estava prestes a começar a sua apresentação. E assim entre truques, sustos, magia, muitos doces e alegria transcorreu o Halloween da Vila da Harmonia.
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ANARQUISTAS, GRAÇAS A DEUS Elda Moscogliato
Chegamos às últimas páginas do livro de Zéllia Gattai com uma multidão de fantasmas queridos ao nosso redor. Seu poder de memória posto em sequência colorida pela saudade, naquele característico humor latino sentimental que nos irmana a todos, descendentes de imigrantes, provocou-nos o revisar gostoso de cenas e personagens tão comuns à família originariamente italiana. Aquele mundo maravilhoso tão rico de “nonno” e de “nonna”, de “zio” e de “zia”, de “cugine” a quem a criançada explorava na afetividade e nos carinhos, e que aos poucos foi-se diluindo no crepúsculo dos tempos para se fixarem, todos eles, no claro-escuro das doces lembranças, deixou-nos um sabor açucarado e delicioso! Que livro lindo! Tão chegado ao nosso coração de manteiga derretida! Como já vai longe aquele mundo! “Mutatis mutandi”, Capital e Interior, ali estão as mesmas personagens. Tio Nello é o Eugenio Gattai tão bem descrito e a Zélia, caçulinha revolucionária das antigas fórmulas familiares, é a Mimi que hoje ai está! Temporaninha chegada com muito atrazo, assumiu sentimentalmente o ambiente doméstico e fez “Del babbo um pezzo di zucchero”. Para horror e admiração impotente dos outros irmãos, ao Cláudio, principalmente, que chegado com atrazo “Al pranzo ouvia cabisbaixo e tremente, a gélida e axiomática saudação paterna “Il fanciullo qui non Sá ubbedire non savrá, piu tarde, comandare! Saudosos tempos de uma fraternidade atávica oriunda lá longe, do fundo genético dos milênios, em que o “pater-familia” romano era o comandante, o guia, o balisa que indigitava, sempre para a frente, aquela revoada de aves de arribação, forjadoras do progresso onde quer que te-
nham fixado o ninho. Botucatu está presente no livro, às páginas setenta e sete e duzentos e trinta e três. Isso nos comove sobretudo, porque, através das personagens, mais uma vez, esta cidade bendita fornece subsídios literários através de nomes civilmente históricos. Tão judiada, tão politicamente subestimada ela é, se nos permitem os leitores o cabotinismo, a antiga Acrópole respeitosamente citada toda vez que se alteia a ideia sadia de nacionalismo puro, honesto, nas conquistas, na participação segura por uma Pátria coesa, grande, progressista, a marchar serena, sempre para o Alto. Zélia Gattai nos cita “Il farmacista Gustavo Falbo”. Não o conhecemos, pois daqui saiu no segundo decênio, mas assistiu ao casamento de nossos pais, pelos quais aprendemos a reverenciar-lhe a memória. Foi o proprietário da Farmácia Italiana instalada exatamente no casarão solarengo que depois veio a ser propriedade da família, lá na rua Curuzu. Romano de nascimento, farmacêutico formado, grande e invulgar cultura, educação esmerada, solteiro e arrimo dos tios Carlo e Angelina Perfetti, donos na época, de uma padaria onde hoje se situa a Casa Paganini. Relacionado com a família Pedretti, servia ao imenso clã. Naquele tempo, Botucatu só tinha dois médicos : o grande benemérito Dr. Costa Leite e o Dr. Paulo Rugna. Gustavo Falbo, respeitado e acatado pelo seu saber, medicava também. E era diferentemente ouvido nas reuniões médicas. Dono de uma ética impecável, herdeiro de uma tradicional alquimia que vinha desde a velha sabedoria beneditina dos laboratórios dos conventos medievais, possuía formulas poderosas graças às quais, na epidemia de gripe espanhola tantas famílias se conservaram imunes e tanta gente se salvou. Até então, os laboratórios industrializados não haviam invadido o mercado, destruindo a antiga farmacopéia considerada autentica panacéia. Morto o tio, Gustavo Falbo vendeu a Farmácia Italiana a Lourenço Maffei e levou a tia viúva para a Itália. Anos depois, casado com uma nobre ítalo-romana: Ana de Villanuova Castellaci, fixou-se em São Paulo, e ali lhe nasceram os filhos Jajá, Fanfan e Carleto, que brincaram com Zélia Gattai, as brincadeiras inocentes de rua. Falbo retornou muitas vezes a Botucatu, visitando amigos. Na Capital, frequentava assiduamente o palacete do cavalheiro Francesco Botti e com Augusto Panizza, esposo de Tia Anunciadina, jogava o “scoppone”. Morreu numa tarde, quando para lá se dirigia, atropelado por um auto. Zélia Gattai retrocedeu muitas páginas na nossa memória. ( A Gazeta de Botucatu - 27/07/1984)
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Senac Botucatu ampliará presença na cidade e na região com novo prédio em um novo endereço O Senac Botucatu está ampliando sua presença na região com a construção de um novo prédio na cidade. A unidade continuará a oferecer cursos de alta qualidade, aumentando a capacidade de atendimento da população, que hoje é de 2.500 alunos por ano. No dia 6 de outubro ocorreu a assinatura da escritura de doação do terreno pela Prefeitura Municipal ao Senac São Paulo. O documento foi oficializado pelo Dr. Abram Szajman – Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, do Centro do Comércio e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac no Estado de São Paulo, e pelo Excelentíssimo Prefeito de Botucatu, senhor Mário Eduardo Pardini Affonseca, com o acompanhamento da senhora Fátima Baldini, Presidente do Sincomercio de Botucatu e membro do Conselho Regional do Senac no Estado de São Paulo. Localizado na Avenida Mario Barberis, o terreno de 7.450 metros quadrados, doado pela prefeitura municipal, abrigará uma moderna unidade do Senac. “Com a expansão, o Senac Botucatu reforça a sua missão de levar educação de excelência para mais pessoas, confirmando mais uma vez seu compromisso com a educação profissional e a qualificação para o mundo do trabalho”, diz Lucas Miguel França, Gerente do Senac Botucatu. A trajetória do Senac Botucatu A história do Senac na cidade de Botucatu começou na década de 1947, com a instalação e funcionamento de um núcleo da Universidade do Ar (Unar). Em 1949, foi inaugurada a primeira unidade na cidade, em um prédio alugado, compartilhado com o Sesc, de propriedade da Casa de Caridade Portuguesa Maria Pia, então denominada Escola Senac Antonio Gonçalves Leite Mont’
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Serrat, em homenagem ao fundador da Associação dos Empregados no Comércio de São Paulo. Com a crescente demanda de formação profissional na região, em 1961, por meio da doação de terreno pela Prefeitura Municipal de Botucatu, iniciou-se a construção da nova unidade, inaugurada em 1966. Após vinte anos do início das atividades em prédio próprio, o Senac Botucatu passou por uma ampla reestruturação de suas instalações físicas e inaugurou nova infraestrutura em janeiro de 1986. Na década de 2000, a unidade passou por diversas reformas e melhorias. Em 2016, recebeu a ampliação e modernização de seus espaços, chegando aos atuais 1.500 metros quadrados de área construída e 11 ambientes educacionais que atendem aproximadamente 2.500 alunos por ano. Atualmente, o Senac Botucatu oferece cursos técnicos e livres nas áreas de beleza e estética, comunicação e artes, desenvolvimento social, gestão e negócios, meio ambiente, saúde e bem-estar, segurança e saúde no trabalho e Tecnologia da Informação. Com o objetivo de ampliar não apenas seu espaço físico, mas também a oportunidade ao acesso de mais pessoas à educação de qualidade, o Senac Botucatu destina 80% das vagas ao ensino gratuito, por meio do Programa Senac de Gratuidade. “A missão do Senac São Paulo é a formação de profissionais altamente qualificados, acreditando no poder transformador da educação e no estímulo à cidadania. E nós, do Senac Botucatu, temos orgulho dessa expansão, que vai ampliar essas oportunidades”, completa Lucas França. (Botucatu Online)