Edição 939

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Diário da Cuesta ANO III

Nº 939

QUINTA-FEIRA, 09 DE NOVEMBRO DE 2023

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

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Cecília Meireles (7/11/1901 – 9/11/1964) foi uma escritora, jornalista, pintora, poeta e professora brasileira Página 3

Lançamento literário em Botucatu 359

MOMENTOS FELIZES

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alho é Pires de Carv Roque Roberto . Em 1.950, bancário. a-SP natural de Getulin do Exército. Advogado ento ropoMet Em 1.956 Sarg es s Faculdad desde 1.976 pela São Paulo (FMU), Espede ão Tolitanas Unidas Civil pela Instituiçtre em ito Dire em Mes cialista de Bauru (ITE), ledo de Ensino sensu) tese “A formação Educação (stricto temas transversais” pelo os do professor e Associação de da o uaçã Grad r do EnsiCentro de Pósetininga. Professo Ensino de Itap gio de São Bento em São no Médio no Colé Superior em São Paulo, no Paulo e do Ensi Bonita e Instituto Munia Botucatu, Barr Superior de São Manuel cipal de Ensino Faculdades Tibiriçá, Asrespectivamente de Botucatu (UNIFAC), no Ensi de ação bro de (FUNBBE) e soci Interior Paulista gia de São Manuel (IMES). Mem dação Faculdade do Fun Letras e Pedago s de Conclusão de Cursos da strante Faculdades de ). Pale trabalho (FIP de lista ora Pau inad o Cure do Interior Banca exam Ensino/Faculdad dual de Bauru “Dr. Arnaldo Prad ” da OLA Barra Bonita de atu e Hospital Esta “A OAB VAI À ESC na UNESP/Botuc r e Palestrante do Projeto il em Botucatu. Escreve ado vello”, Coorden Ordem dos Advogados do Bras da Serra de Botucatu, eio 25ª Subseção da al da Cidade de Bauru, Corr de Matão, Jornal “O CaJorn crônicas para o catu”, Jornal “ Tribuna Espírita” Luz” de Indaiatuba-SP. de ze conJornal “Mais Botu Botucatu e Jornal “Colméia de a Medalha de Bron cedido ui Poss . Luz” minho da Luz” l “Caminho da a Bonitense”, con Integrante do Cora e o Título de “Cidadão Barr cito Exér pelo ita. Bon cedida icipal de Barra pela Câmara Mun il.com arvalho@gma Email: roquerpc adas no Youtube Palestras grav 138 fone: (14) 99825-4 50 - Botucatu-SP - CEP: 18.611-2 Rua Luiz Mori 298

O conceituado professor Roque Roberto Pires de Carvalho, que também publica suas crônicas no Diário da Cuestas toda terça-feira, presenteia Botucatu com o seu segundo livro neste ano de 2023. Um sucesso! Agora, o “MOMENTOS FELIZES 7 – Seleta de Crônicas”, pela Veritas, 374 páginas, com projeto gráfico e diagramação de Edil Gomes, com reprodução na capa da arte em pintura da artista plástica Maria Imaculada Aria Kfouri. É toda uma caminhada firme e constante através de crônicas dedicadas à Educação e à Cultura. Como professor secundário, professor universitário e advogado, o autor tem se dedicado ao exercício da cidadania em sua plenitude. Com exemplar formação profissional, também como militar dedicado, o professor Roque deixa marcada a sua caminhada cívica com destaque perante seus concidadãos. Parabéns! Sucesso!


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Diário da Cuesta

Um Poema de Cecília Meireles Eduardo J. R. Santos Universidade de Coimbra

Este poema da Cecília Meireles, para maiores de 200 anos de tempo quântico (relativo Einstein), é uma essência não do arquétipo do envelhecimento, mas do eterno amoral apaixonamento. À procura do tempo perdido, do corpo perdido, mas que traz a mensagem da nova semente, que teremos de resgatar pelas armas emocionais: em que peito se perdeu o meu coração? rasgarei todos o suspeitos, beberei gin cínico, não porto tristonho. Em que espelho ficou perdida a minha face “Às vezes acordo triste e nem sei o porquê dessa tristeza. Uma angústia, um descontentamento, uma solidão interior... Muitas vezes vem uma vontade de chorar, uma fragilidade que nada parece estar bom... Nós, que já passamos dos 50, muitas vezes nos encontramos assim. O mundo inteiro caminha normalmente, tudo está bem e vem essa tristeza. Quantas vezes eu me olhei no espelho e me curti, me achei linda e saí dona do mundo esbanjando mocidade e vendendo alegria?

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

Quantas vezes fui elogiada, fotografada por olhares cheios de admiração ? E no espelho desfilei caras e bocas... Com a beleza que aos poucos foi se modificando, foi mudando de fases, foi se perdendo e dando lugar a um outro tipo de mulher : a mulher madura, aquela que muitas vezes ouve como elogio : você está conservada. Que triste elogio ! Diga como vc está bonita, que linda vc está... soa melhor, engrandece a alma, que hoje já tem tantas cicatrizes. Beleza está em todas as idades, conversem com seu espelho e descubra seu ponto forte, ele pode estar no seu interior. Onde ficou perdida minha face ? Não sei, só sei que vou passar o meu batom vermelho, rímel e lápis nos olhos, deixar meus cabelos ao vento, vestir meu vestido de festa e subir no salto, como sempre fiz e sair linda e maravilhosa curtindo os meus 63 anos. Faça o mesmo vc de 50, 60, 70, 80, 90... E não se entristeça vivendo do passado e tendo medo de aproveitar a vida. Se não usar mais salto, coloque uma rasteirinha ou se preferir fique descalça na areia da praia. Você é linda em qualquer idade. Para nós mulheres.” E também homens! Against os profetas naftalínicos do futuro, não, o caminho nem sempre é para o devir abísmico, que bom procurar a casa onde nasci, o útero das fantasias, o faz-de-conta das brincadeiras, a força de um irreverente metal...

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Diário da Cuesta

CECÍLIA MEIRELES

Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles. Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias. Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista. No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas. Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). Viúva, o novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira. No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Cecília faleceu em sua cidade natal, aos 63 anos, no dia 9 de novembro de 1964. Principais características do seu estilo literário: - Cecília Meireles escreveu poesias, prosas, contos, crônicas e textos para o teatro. Porém, foi no campo da poesia que mais se destacou. - Sua obra apresenta também, na primeira fase, características do simbolismo.

- Embora modernista, trabalhou com aspectos clássicos da poesia como, por exemplo, as rimas. - Poesia social na segunda fase de sua produção literária, principalmente a partir da obra Romanceiro da Inconfidência. - Na terceira fase, ela trabalha com questões ligadas ao processo de envelhecimento humano e a passagem do tempo. É uma fase mais intimista da autora.Reaberta no dia 11 de dezembro de 2014, a Sala Cecília Meireles guarda muitas histórias. O espaço (bastante elogiado após a reforma) foi inaugurado em primeiro de dezembro de 1965, no ano comemorativo do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro e um ano após a morte da poetisa, pintora, professora e jornalista que nomeia o prédio – e era muito amiga do então governador Carlos Lacerda. Em 1961, o Cine Colonial (que a partir de 1941 passou a ser só cinema, deixando o teatro de lado) foi fechado. Três anos depois, em 1964, Andrade Muricy, que escrevia no Jornal do Commercio, criticou o fato de a cidade do Rio de Janeiro ter poucos espaços para a música clássica. Carlos Lacerda, governador do então Estado da Guanabara e ex-aluno de violino, entendeu o recado, desapropriou o espaço do antigo cinema e começou os trabalhos para que a música erudita tivesse uma casa no Rio.


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"A pena azul"

Diário da Cuesta

Imagine uma menininha de uns 6 anos, loirinha, cabelinhos longos, carinha em formato de coração. Sol é seu nome. Olhinhos grandes castanhos expressivos, já perdeu os dois dentes da frente, que deixou debaixo do travesseiro para a Fada do Dente que lhe regalou um dinheirinho. Tem sempre um sorriso desdentado naquela carinha meiga. A pequena Sol não fala desde que foi abandonada pela mãe muito jovem e que não a queria, e num acidente de carro acabou ficando sem o pai, que era tudo para ela. Depois dessas tragédias, Sol não conseguia mais falar. Só usava a linguagem dos sinais. Ficou morando num orfanato. Um dia de muito vento, ela estava brincando solitária no pátio próximo ao casarão do orfanato Madre Sofia, quando uma peninha de passarinho muito azul trazida pelo vento veio pousar na palma da sua mãozinha muito branca. Sol pegou aquela peninha e ficou ali alisando com seus dedinhos. Olhava para o céu procurando o passarinho dono da peninha. Imaginava encantada ser da asinha de algum anjinho, quem sabe do seu anjinho da guarda. E ao pensar isso sorriu com sua boquinha banguela. Dias depois, enquanto estava com os coleguinhas na sala de aula, desenhou uma moça loura de cabelos longos. Olhava muito para ela e imaginava ser a mulher que a adotaria. O pensamento era tão agradável e forte que soprou no vento junto com a peninha azul. Ela voou, voou longe e foi cair na manga do casaco branco de uma mulher jovem que passava em frente ao orfanato. A mulher distraída não percebeu, mas entrou decidida pelo portão alto de ferro. Queria adotar uma menina. A velha e alta freira diretora a recebeu atenciosamente e depois de uma longa conversa, levou-a até o pátio mostrando as meninas. No corredor da frente, cruzou com a pequena Sol e seus olhos se encontraram. A senhora sorriu encantada para ela. Sol devolveu o sorriso e veio até ela e solicita tirou a peninha azul que estava enroscada na manga do casaco da visita. A freira diretora ficou olhando a cena preocupada, pediu desculpas pela menina. A menina brincava com a peninha. A senhora quis saber seu nome e a freira diretora caminhando junto a ela, contou sua estória. A mulher escutou preocupada e depois da visita foi embora. O rostinho da pequena Sol não saia da sua cabeça. No dia seguinte voltou lá no orfanato e formalizou seu pedido de adoção. Precisava de muitos documentos e levou algum tempo para que seu desejo se realizasse. Ela sempre visitava Sol levava roupas novas e brinquedos. Finalmente seu pedido foi atendido e elas saíram juntas e felizes pelo portão principal do orfanato rumo a sua casa. Com o tempo e com o carinho recebido, um pouco de terapia e Sol voltou a falar. Então contou para sua nova mãe adotiva que um dia a peninha azul veio pousar em sua mão, e ela sussurrou ao vento um pedido de uma mãe ao anjinho da guarda. E que no dia que a senhora tinha vindo pela primeira vez ao orfanato, ela trazia a peninha enroscada na manga do casaco. Seu anjinho da guarda atendeu o seu pedido. Ao escutar a estória elas se abraçaram emocionadas e ficaram um bom tempo ali naquele momento mágico. E como terminam as estórias encantadas, foram felizes para sempre.


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Diário da Cuesta

Praça Anita Garbaldi, a heroína do Brasil e da Itália

Essa pequena praça é uma das mais antigas de Botucatu e está ligada diretamente a comunidade italiana na Cidade. O espaço foi criado em 1895 quando ocorreu o aterro e entroncamento da Rua General Telles e Avenida Floriano Peixoto, sendo também confrontada atualmente com a rua Tiradentes. Edil Gomes A praça tem o formato de um triângulo isósceles, situado no início da rua General Telles, próximo a agência Central Central dos Correios. Quando da sua inauguração em 13 de julho de 1907, foi comemorado o centenário de Garibaldi, recebendo a denominação inicialmente de "Largo Anita Garibaldi", nesse local foi erigido um obelisco em formato piramidal tendo na sua parte superior uma estrela de 5 pontas e em sua base quatro degraus. Nos séculos XIX e XX era comum se erguer obeliscos em praças como memorial de datas comemorativas, marcos geográficos, heróis de guerra, entre outros motivos e em Botucatu não foi diferente, esse monumento é monolítico de uma base quadrangular em posição vertical, terminando em pirâmide ou estrela na ponta, formato característico desse tipo de monumento. Em uma reforma na praça, após 1950, esse obelisco foi demolido, contudo foi mantido o nome como "Praça Anita Garibaldi', outra curiosidade é que essa localidade não tem lei municipal de sua criação ao contrário de outras existentes. Anita Garibaldi (Ana Maria de Jesus Ribeiro), é brasileira nascida em 30 de agosto de 1821, em Laguna, Santa Catarina. No Brasil casou-se com Giuseppe Garibaldi em um cenário da Guerra da Farroupilha. Em 1849, Garibaldi e Anita seguem Praça Anita Gartibaldi em 1934. Ao lado da Praça (hoje Borracharia do Alemão), o prédio onde residia Miguel Losso, médico e cônsul italiano em Botucatu. (Arquivo de João Thomaz de Almeida)

para combater em Roma, mas são perseguidos e durante a fuga, próximo a província de Ravenna, Anita é acometida por febre tifoide e não resiste, vindo a falecer no dia 04 de agosto de 1849. Em Roma, na colina de Gianicolo, foi erguido um monumento equestre, onde está enterrada. Corajosa e dedicada, Anita foi homenageada em Santa Catarina com o nome de dois municípios: Anita Garibaldi e Anitápolis. Junto de seu marido Giuseppe Garibaldi, são considerados os heróis dos dois mundos, combatentes na lutas Libertárias do Rio Grande do Sul e Uruguay (Revolução Farroupilha) e Itália (Unificação da península itálica).


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Diário da Cuesta A contribuição Italiana principalmente em Botucatu está ligada a vários setores que se refletem até hoje, foram cientistas, pesquisadores, arquitetos, engenheiros, fotógrafos, pintores e escultores, empresários e comerciantes.

Homenagem a Anita Garibaldi

Foto Luiz Simonetti (Acervo Centro Cultural)

Italiano em Botucatu

A história da comunidade italiana que adotou Botucatu remete aos primeiros imigrantes que vieram inicialmente para trabalhar nas fazendas, cuidando das plantações de café no final do século XIX. Isso se deu antes mesmo da abolição dos escravos ocorrida em 1888. Os italianos que aqui chegavam, eram contratados, na maioria jovens, casados, com filhos, vinham na sorte, para tocar com a família um conjunto de pés de café, findo o primeiro contrato, parte deles perambulava pelas fazendas, procurando melhores condições na qualidade de vida, como instalações, rendimentos, ou contratos que possibilitassem ter sua própria criação de animais ou roça. Aos poucos foram se adaptando tanto na zona rural, quanto na cidade. A presença dos italianos em Botucatu era considerável, visto hoje que ainda temos vários sobrenomes tradicionais de origem italiana, tornando aqui um pedaço de chão italiano no alto da serra com destaque também na culinária e construção. Após as guerras mundiais, tivemos outros grupos de italianos que vieram para Botucatu, fortalecendo o comércio e indústria. Foi uma das fases de maior crescimento, com investimentos em vários setores, surgindo inclusive o Hospital Italiano, a Casa de Saúde Sul Paulista, o Teatro Espéria, Sociedades culturais e esportivas, escolas regadas a tradição e principalmente a religião católica. Dia 21 de fevereiro se comemora o Dia Nacional do Imigrante Italiano no Brasil, sendo o país que abriga a maior comunidade de descendentes de italianos do mundo, estimada em cerca de 32 milhões de pessoas, deixando clara a dimensão dos laços de sangue entre os países.

Não é por acaso que essa heroína foi homenageada, os italianos tinha por hábito cultivar seus costumes. Uma delas era a “Breccia di Porta Pia”, sempre com muitos festejos, organizados em conjunto pela Società e Agência Régia, relembrando a unificação da Itália ocorrida em 20 de setembro de 1870, quando Garibaldi comandou o exército através da “bresccia” aberta nas muralhas do Vaticano e incorporou o território romano ao reino. Em um relato do professor Pedretti Netto em artigo de 1947 e transcrito na revista Peabiru de 1998, relembra o feito: “Encenavam-se os ataques à cidadela papal, em Roma. Representando soldados, italianos e filhos de italianos marchavam, a cavalo, pela Rua Riachuelo, até a Praça da Liberdade, onde ficava a Igreja S.Benedito (atual Cel.Moura) e ali, a golpes de sabre, rompiam as muralhas da cidade eterna, para penetrá-la através de uma fenda: era a “Breccia di Porta Pia”. Para júbilo dos espectadores, oriundi vindos das fazendas, no dia da Patria - 20 de setembro.” Essas comemorações do 20 de setembro pela colônia italiana só perdeu sua força nos anos 40.

Reforma e revitação

A Prefeitura de Botucatu, através do programa “Nossas Praças”, da Secretaria Municipal de Obras, promoveu no dia 19 de julho de 2015 a cerimônia de entrega das obras de revitalização da Praça Anita Garibaldi que agora conta com 340 metros de um novo piso com blocos intertravados, material antiderrapante de maior durabilidade e que favorece a absorção da água no solo. As guias foram recuadas para a criação de um bolsão de estacionamento aos taxistas. O ponto de ônibus na calçada também foi recuado com objetivo de oferecer melhor mobilidade aos pedestres e

Existe poucos registros da primeira formação da praça, nota-se que o olelisco possuía uma placa, também com o destino incerto. Praça Anita Garibaldi em 1949 (Arquivo de João Thomaz de Almeida)

pessoas com deficiência. O ângulo de curva entre as ruas General Telles e Tiradentes também foi aumentado para oferecer mais conforto e segurança aos motoristas que seguem em direção à Vila Maria e outros bairros da região Leste. O projeto ainda incluiu a instalação de novos bancos, lixeiras, bebedouro, piso tátil para pessoas com deficiência visual, postes antivandalismo e sistema elétrico novo, rampas de acessibilidade, paisagismo, pintura e instalação de guarda-corpo e corrimão metálico. Além da manutenção das sibipirunas [árvores com mais de 50 anos de existência], recebeu diversas plantas de forração, palmeiras e também azulzinhas, peperônias, crossandras, agapantos, lanterninhas chinesas, entre outras que deixaram a praça bastante florida. A placa que marcou essa revitalização já não existe mais e a praça Anita Garibaldi se mantém sem sua devida homenagem.

Praça Anita Garibaldi Antes da sua reforma ocorrida em 2015


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