Edição 941

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Diário da Cuesta ANO III

Nº 941

SÁBADO E DOMINGO, 11 E 12 DE NOVEMBRO DE 2023

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

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AUGUSTO DOS ANJOS

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (20/04/1884 – 12/11/1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. O mais sombrio dos poetas brasileiros, foi também o mais original. Sua obra poética, composta por apenas um livro de poema, não se encaixa em nenhuma escola literária, embora tenha sido influenciado por características do Naturalismo e do Simbolismo. Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas. PÁGINA 2

Justiça Federal inaugura nova sede em Botucatu

A Justiça Federal está presente no município desde 2004, quando foi instalado o JEF O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) inaugurou, em 9 de novembro, as novas instalações do Fórum Federal da 31ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo, em Botucatu. O evento contou com a presença da Presidente do TRF3, Desembargadora Federal Marisa Santos; do Diretor do Foro da Seção Judiciária do Estado de São Paulo, Juiz Federal Márcio Ferro Catapani; do Diretor da 31ª Subseção Judiciária, Juiz Federal Mauro Salles Ferreira Leite; do Presidente do Juizado Especial Federal (JEF) de Botucatu, Juiz Federal Ronald Guido Junior; de autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. (Fonte: Notícia.Botucatu)

O DIÁRIO DA CUESTA noticiou a aquisição pela Justiça Federal de sua nova sede

Diário da Cuest

NA DEFESA DO

MEIO AMBIENT

SEXTA-FEIR A, 21

E E DA CIDADAN

de JANE IRO de 2022

IGUALDADE DOS CIDADÃOS PERANTE A LEI

IA EM BOTUCA TU

a

ano II Nº 376

A Assembléia Consti tuinte Franc mou o princípio da igualdade dos esa, de 1789, proclaFoi na Declaração cidadãos peran te a lei. dos Direitos do que o lema da Homem e do Cidad Repú igualdade, frater blica Francesa se inspirou: “liber ão nidade”. E, dos dade, mais importante três, para os revolucion a igualdade era o período que se seguiu à revolução, ários: “No turbulento sário optar, sacrifi sempre que foi necescou-se a liberd ade em defesa dade. É o que explic da igualdo terror". PÁGIN a a centralização do poder e o regime A3

JUSTIÇA FEDERAL DE SEDE NOVA

O prédio da HRP União, para abriga Promoções Ar�sticas em Botuc r a estrutura da atu foi comprado foi confirmada Justiça Federal por representa na cidade. A inform pela ntes do empr até então propr ação esário Hamilton ietário do imóve Policastro, l. Atualmente -se instalada em a Justiça Feder dois prédios cedid al encontraos. Toda a estru para o novo espaç tura em breve o. Os valores espec irá íficos da negoc Botucatu não iação em foram divulgados. O prédio da HRP localizado na Rua fica Papoula, Vila dos Médicos, considerada uma área nobre e uma das mais valorizadas do município. (Fonte: Acontece Botucatu).


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Diário da Cuesta

Biografia de Augusto dos Anjos Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu em 20 de abril de 1884, no Engenho Pau D’Arco, Vila do Espírito Santo, atual município de Sapé, na Paraíba. Filho de antigos senhores de engenho, o poeta vivenciou, desde a infância, a lenta decadência de sua família. O pai, bacharel em Direito, ensinou-lhe as primeiras letras até seu ingresso no Liceu Paraibano para cursar o ensino secundário. Em 1903, matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife. Nesse período, começou a publicar alguns poemas no jornal paraibano O Comércio. Os versos chamaram a atenção dos leitores, principalmente de maneira negativa: o poeta foi tido como histérico, desequilibrado, neurastênico, qualidades que lhe seriam atribuídas ao longo da vida. Na Paraíba, foi apelidado de “Doutor Tristeza”. Formado em 1907, Augusto dos Anjos nunca exerceu a profissão de advogado ou magistrado. Foi de Recife para a capital paraibana, onde passou a lecionar Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Em 1910, casou-se com Ester Fialho, com quem teve três filhos – o primeiro deles morreu ainda recém-nascido. Augusto dos Anjos - o poeta ligado à temática da morte e da podridão Desentendimentos com o governador da Paraíba levaram o poeta a se transferir para o Rio de Janeiro, onde passou a lecionar Geografia depois de cerca de um ano desempregado. Em 1912, publica seu único livro, Eu, com a ajuda financeira do irmão. Mas não obteve nenhum reconhecimento do público leitor – exceto o repúdio da crítica de seu tempo, apegada ao lirismo comedido e parnasiano. Em junho de 1914, mudou-se para Leopoldina (MG), assumindo o cargo de diretor de um grupo esco-

lar na cidade, mas uma pneumonia dupla interrompeu a trajetória do poeta, que faleceu com apenas 30 anos, em 12 de novembro de 1914. Estilo de Augusto dos Anjos Augusto dos Anjos é provavelmente o mais original dos poetas brasileiros. Embora tenha recebido algumas influências do Simbolismo e do Naturalismo, movimentos poéticos em voga na época, seu estilo literário não se encaixa em nenhuma das escolas. Pessimista, cósmica, paradoxal, mórbida e angustiante, a poesia de Augusto dos Anjos é feita de um vocabulário científico misturado com uma tristeza profunda. O questionamento existencial encontra a ciência e a Teoria da Evolução de Darwin em uma combinação insólita, jamais vista antes, que constantemente relembra a fatal finitude humana nos termos da decomposição da matéria, da carne putrefata que encerra o tempo do vivente. O amor, o prazer, a volúpia não são senão uma luta orgânica das células, como o é toda a existência humana, destinada a tornar-se cadáver e alimentar os vermes decompositores. E a própria construção dos versos de Augusto dos Anjos exprime essa luta: tudo é dito de maneira dura, cheia de excessos e hipérboles, em métrica rígida. Trata-se de uma estética da podridão, da agonia, da deformação, misturando termos filosóficos e biológicos que eclodem em um grito violento em busca das razões da existência humana. Influenciada por Arthur Schopenhauer, cuja teoria filosófica percebia uma perene impossibilidade de felicidade, já que a vida humana se resume a um pêndulo entre o sofrimento e o tédio, a poesia de Augusto dos Anjos reverbera uma “eterna mágoa”, uma dor existencial perene a que estão implacavelmente submetidos todos os seres.

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

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O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Diário da Cuesta

"Quando ela foi embora..." José Maria Benedito Leonel

Andei por dentro de mim e não me achei. Fui na esquina, parei, acendi o cigarro, fumei e nada aconteceu. Voltei. De repente, o pardal acomodou-se no fio e o bem-te-vi registrou. Eu também vi, mas e daí? O que muda na rosa amarela abaixo da janela? Nada! E se fosse um beija-flor? Daí quem sabe, haveria um singelo beijo de amor, um conto de fada. Mas não foi assim o fim do enredo. Ela foi embora livre, e eu fiquei preso no medo. O bem-te-vi não me viu. É, ver quem precisava ele não viu, o vadio. Nem pra me avisar serviu. E ela foi embora no raiar da manhã daquele dia frio e o bem-te-vi não cantou . O que fiz? Infeliz , fechei a janela do meu eu! E daí? Escondido de mim, não me achei. Bem-te-vi da praça ,você é tão sem graça. Você vê quem se equilibra no fio, mas não vê um coração vazio. Simples assim.


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Diário da Cuesta

LEITURA DINÂMICA

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– AUGUSTO DOS ANJOS foi o mais popular poeta de seu tempo... Falava às pessoas e era por elas entendido. Autor de apenas um livro ficou famoso por sua obra.

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– Até foi objeto de publicações mais didáticas como forma de divulgar e popularizar seus poemas.

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– Considerado o mais original poeta brasileiro. Lendo seus poemas pode-se comprovar a singularidade de sua linguagem e criação estética, elementos permeados por um profundo pessimismo e angústia moral.

– Hoje, Augusto dos Anjos continua a motivar o imaginário popular: camisetas, folhetos e frases de seus poemas famosos continuam a ser divulgadas pelos brasileiros.

5

- A capa de seu livro nos dá a real dimensão de sua fantasia: retratando a MORTE, a angústia e o uso de metáforas... Augusto dos Anjos se declarou “cantor da poesia de tudo que é morto”...


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