Edição 943

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Diário da Cuesta ANO III

Nº 943

TERÇA-FEIRA, 14 DE NOVEMBRO DE 2023

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br

HOMENAGEM CONSAGRADORA Marcos Mion e Fábio Jr, no 'Caldeirão' - Foto: Globo/Trouva

Uma mega produção com artistas globais consagrados e da nova geração, todos com trabalhos em novelas com o cantor homenageado, além de registros de suas atuações como ator e cantor. Fábio Jr. cantou algumas de suas músicas de sucesso entusiasmando a platéia durante toda a tarde no programa Caldeirão com Mion... Página 2

FÁBIO JR. ESTEVE ACOMPANHADO DE SUA ESPOSA MARIA FERNANDA NA APRESENTAÇÃO NO CALDEIRÃO COM MION. EM JANEIRO DE 2021, O DIÁRIO DA CUESTA DESTACAVA A UNIÃO DO CONSAGRADO CANTOR COM A BOTUCATUENSE MARIA FERNANDA


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Diário da Cuesta

Fábio Jr. comemora 70 anos no Caldeirão e avalia carreira: ‘Faria tudo de novo, não mudaria nada’

Cantor foi homenageado no programa de Marcos Mion na tarde de sábado (11) e cantou vários sucessos da trajetória.

🎶🎤

Demorei muito pra te encontrar, agora quero só você Na tarde de sábado, o Caldeirão recebeu um dos nomes mais conhecidos da música brasileira para comemorar a chegada dos 70 anos, em que Fábio Jr celebra no próximo ano. Para comemorar o marco, ele entrará em uma turnê comemorativa pelo Brasil. No programa em sua homenagem, Marcos Mion questionou a sua carreira e pediu paara o artista fazer uma avaliação de todos esses anos de estrada musical. “Eu faria tudo de novo, não mudaria nada. Isso tudo me trouxe até aqui. Os altos e baixos, as derrotas e as vitórias. Essa é a vida. Caiu e levanta. A gente continua aprendendo sempre. A gente está começando de novo, setentinha”, declarou Fabio. Fábio Jr. se declara para mulher no Caldeirão: ‘Tenho também minha alma gêmea e para sempre’ Momento romântico também foi retribuído por Fernanda Pascucci confira: Após celebrar o pedido de casamento de um parceiro para uma fã, Fábio Jr. aproveitou o momento para se declarar também para a mulher. “Eu hoje eu tenho também minha alma gêmea e para sempre, né meu bem?”, disse ele. Em seguida, ele apontou para mostrar que a mulher estava sentada na plateia acompanhando o especial dele. Marcos Mion disse que depois de uma declaração como aquela não poderia ser diferente e, por isso, foi até ela. “A Fê, aquela pequenininha”, afirmou o cantor.

“Ela me conhece melhor do que eu”, destacou o cantor. Fernanda retribuiu o carinho e se declarou também”: “Eu nasci para você, né amor”, disse ela. No Caldeirão, os artistas convidados não esconderam a emoção com a homenagem ao cantor. Uma das mais emocionadas era a atriz Thati Lopes, que faz a Berenice em Terra e Paixão, e chorou copiosamente no programa. Da mesma forma chorou Daniela Winits que trabalhou com ele na novela “Corpo Dourado”. Fábio e Mion também choraram muito no programa. E o cantor fez questão de mandar o seu famoso “obrigado” para a plateia, formada também por muitos famosos, e para o apresentador:

«Eu amo vocês! Cada pessoa envolvida nessa maluquice que você fez, eu agradeço. Você é demais, não sei o que falar», disse Fábio, se dirigindo ao público e a Marcos Mion. (Fonte: Gshow)

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

WEBJORNALISMO DIÁRIO

Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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ARTIGO

Diário da Cuesta

“Oração ao tempo” “Tempo... tempo... tempo...tempo Vou te fazer um pedido” Maria Gadu Maria De Lourdes Camilo Souza

Anteontem era junho, virou a esquina era setembro, passou a hora do almoço era final de outubro. Acontece que hoje eu acordei e olhei na folhinha e : pah ...10 de novembro! Olhei as cartas do tarô. O vento virou as páginas do livro da vida com rapidez e fui tentar ler a mensagem cifrada deixada pelo mago para me indicar o caminho. Olhei o primeiro parágrafo e sorri meneando a cabeça sem poder acreditar. Estava ali na minha mente todo o tempo. “Você é a energia que deseja ser!” O tempo voou num instante neste ano atípico, e eu não vi. Não dá para voltar as areias levadas pelo vento. As águas que batem na praia se renovam todo o tempo. Olho o rosto das pessoas como se as visse pela primeira vez. Nem a minha face reconheço no espelho. Olho mais de perto para ver se ainda encontro algum traço ou semelhança naquele novo rosto. Quando ocorreu essa mudança? Tento me acostumar a essa nova eu. O corpo no grande espelho do vestíbulo mudou tanto que não me reconheço. Fecho os olhos e lá no fundo do meu eu, ainda vejo a criança que fui e tento retornar, escapulir para brincar. Grande e grossa vidraça esfumada não permite a fuga. Na verdade não quero mais ser quem fui, razão desse desapego. Olho só para frente, vou me despojando das velhas roupas que não me servem mais e resoluta assumo o ser que me tornei. “Tempo ...tempo...tempo...tempo Compositor de destinos”


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Diário da Cuesta

Momentos Felizes

SARAU Senhoras da sociedade interiorana tinham como lazer reunirem-se nas noites de 5a feira para, saboreando uma boa pizza, jogarem canastra e conversa fora e cuidar de alguns mexericos mais recentes. Quando não era pizza, saboreavam bolo de milho verde e sempre havia chá ou uma bebida com baixa dose alcoólica. O alegre bate-papo com conversas simples e despretensiosas transcorria sempre entre 19 e 22 horas da noite mas, dado a freqüência com que se encontravam, na casa de uma ou na casa de outra, os assuntos estavam ficando escassos e assuntos de novelas, considerados intoleráveis. Havia necessidade, como se diz agora, de uma reciclagem, de mudanças e idéias criativas para não deixar que aquelas reuniões se tornassem monótonas e sem qualquer brilho. Conversa vai, conversa vem, alguém teve a idéia mágica “Heureca!” “Heureca!” (Archimedes, 287-212 A.C). A solução para evitar o tédio havia sido encontrada. De fato. Faltava no entanto para dar vida e abrilhantar essas reuniões, algo festivo e muito alegre e isto só seria possível através da música, mas não seria música vinda dos CDs/ DVDs e sim, música ao vivo!. De corpo presente! Eufóricas e expansivas bateram palmas bradando vivas quando um nome foi lembrado para alegrar aquelas reuniões. O nome era Valério! Mas, quem era o Valério? Uma das participantes apresentou, na hora, o “curriculum” do eleito. Era um jovem com perfil grego, boa e apolínea estatura, dentes alvos, bigode aparadinho, muito bem apessoado, solteiro e sonho das solteironas e que, aos domingos na missa das 10 horas na Igreja Catedral como um dos integrantes do canto coral, encantava os presentes com sua voz de tenor, cantava Ave Maria de “Gounod” ou de “Schubert” inclusive nos casamentos. Valério foi imediatamente aprovado e seria o convidado oficial para a próxima reunião do grupo.

Roque Roberto Pires de Carvalho

Recebido o convite, ele aceitou de imediato; na noite de 5a feira e no horário aprazado lá compareceu envergando um terno azul, camisa branca, gravata também azul e sapatos pretos, impecavelmente engraxados. Sua recepção foi um sucesso. Após conversas iniciais de praxe, chazinho relaxante e sabendo que o convite era para exibir sua voz maravilhosa, não se fez de rogado. Perguntou ao grupo, modestamente, qual seria a música pretendida e de relance, percebeu que a faixa etária das presentes era em torno de 50 até 60 anos ou mais. Foi um choque. Ninguém teve a ousadia de pedir ou sugerir qualquer canção que tanto podia ser popular ou erudita. Sem respostas, Valério levantou-se, aprumou-se e percebeu um silêncio respeitoso, na verdade, um silêncio de cemitério. Na sua experiência de cantor percebeu que naquela hora, naquele silêncio, uma canção iria tocar delicadamente os corações daquelas senhoras, algumas de cabelos brancos, outras de cabelos prateados e, em sua memória, um autor brasileiro surgiu de imediato: Lamartine Babo (1904-1963) e ele teve a certeza de que, mesmo não dizendo o nome da valsa, nem do autor, a música que iria cantar, alguém a recordaria com saudades. E assim começou: -“Eu sonhei que tu estavas tão linda...” Valério fechava os olhos, romântico, nos momentos quentes quando o clima da música e a letra o exigiam: ”...teu vestido de baile lembro ainda, era branco todo branco, meu amor...!” Era o máximo! Valério percebia um discreto arrepio quando entonava a voz semeando a valsa em ramalhetes de flores naquele gostoso ambiente. Quando concluiu o seu cantar aguardou, não os aplausos que dispensava solenemente, aguardou apenas um muito bem, muito obrigada e era só isso que lhe bastava. Nesse momento, uma das senhoras que durante todo o transcorrer da música fazia rolinhos com a ponta da toalha que estava sobre a mesa, perguntou ao cantor qual era o nome daquela valsa. Valério, fitando os olhos daquela senhora disse com voz aveludada... Eu sonhei que tu estavas tão linda...! Para ela o sonho tornou-se realidade... uma gota de lágrima pingou sobre a toalha...


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