Edição 95

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Diário da Cuesta

ano I Nº 95

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

SÁBADO/DOMINGO, 27 e 28 de fevereiro de 2021

EDITORIAL

Pressão Popular & Acorda Botucatu

Botucatu tem passado por situações que teriam que ter uma participação mais ativa da chamada “intelligentzia botucatuense” na mobilização de sua comunidade e, da sua comunidade, mais garra no pleno exercício da cidadania. Mas não tem sido assim... Em entrevista ao saudoso jornalista e diretor teatral, Jaime Sanches, em sua destacada revista “Boca de Cena”, com a participação ativa dos jornalistas e agentes culturais, Olavo Godoy, João Carlos Figueiroa e Moacir Bernardo, procurei traçar um perfil de nossa cidade: “Eu acho que Botucatu é uma cidade diferente. Outro dia entrevistei na TV Serrana o médico Paulo Villas Boas. Ele falou uma coisa que eu repeti umas dez vezes, já. Então eu acho que isso aí é muito importante: “Botucatu é a segunda cidade, no Estado de São Paulo, em população mais idosa”. Isso representa muita coisa. O que quer dizer isso? É uma população velha. É uma cidade centenária. Conservadora (no sentido de refratária a mudanças). Então, por que não há mudança política? Porque é uma cidade conservadora, Por que não se dá um avanço cultural. Porque é uma cidade conservadora. Afinal, a Cultura de Botucatu não está sendo direcionada no sentido da exaltação da cidade. Não se confunda com atividades culturais... Então, não há mudanças em Botucatu! Se você verificar a nossa história verá que o Poder Econômico predominou desde a época de 30 até hoje, em Botucatu. Com pequenos períodos. Primeiro com Renato de Oliveira Barros que foi um prefeito voltado ao popular... Tanto que nunca mais se elegeu, não é? Porque ele se elegeu por ser primo do Adhemar (de Barros). Mas como prefeito ele se revelou popular. Fez as primeiras casas populares de Botucatu, na Vila Maria. Fez o açougue do povo, distribuindo

carne a preço subsidiado, Quer dizer, não interessa à elite conservadora... Renato, politicamente, nunca mais ganhou. Segundo, com Plínio Paganini, com lampejos populares, mas também bem integrado no status quo... Não deu trombada com a elite, mas também nunca mais teve chance”. Então, tudo continua na mesma... “Botucatu está sofrendo com isso. Eu sempre dou o exemplo de Marília, que é uma cidade nova, na idade e na população. Então houve um movimento contra o radar, aqui em Botucatu e em Marília. Em Botucatu continuou o radar. Em Marília, o prefeito teve que que tirar o radar. O governador queria colocar a FEBEM em Marília. Foi para Marília, escolheu o local na zona urbana... A população fez um movimento contra. O prefeito colocou a unidade da FEBEM na divisa com Assis. Isso quer dizer o quê? Que a população, no regime democrático, exerce a pressão popular em sua defesa, exercendo a sua CIDADANIA! Essa ação da população não é contra as regras do jogo: É A REGRA DO JOGO!!! É a pressão popular de uma sociedade organizada. Que sabe o que quer... Então Botucatu peca por isso. Está aí o radar, se vier a FEBEM, vem a FEBEM (e veio...) Já ganhamos o pedágio. Então, não é discutir o mérito desses castigos para Botucatu. É outro o enfoque. Nós queremos conquistas. E nós estamos discutindo esses castigos...” O grande mestre Hernâni Donato, no prefácio que fez para o lançamento do jornal Vanguarda de Botucatu, deixou a perspectiva a ser seguida pelos botucatuenses no futuro: “Se a bandeira do Vanguarda é fazer e renovar, não atacar ou destruir, tem um largo campo pela frente. E merece o apoio de quem sente que é preciso mudar a mentalidade para não ter que mudar de cidade...”

O Deputado Eduardo Bolsonaro teve a maior votação da história política do Brasil: 1 milhão e 800 mil votos!!! VIBRANTE DISCURSO DO DEPUTADO FEDERAL EDUARDO BOLSONARO, DA TRIBUNA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, CONTRA AS ATITUDES DO GOVERNADOR JOÃO DORIA QUE ESTÃO PREJUDICANDO SÃO PAULO. ASSIM, ELE TERMINOU SEU DISCURSO:

“A população, senhor Governador, ela vai se revoltar. O senhor está brincando com fogo! ... Governador, honre a calça apertada que veste! E deixe a população de São Paulo trabalhar. Senão não haverá outra solução que não se revoltar!”

E nos deixou uma lição de cidadania: “Vou lhes dar 3 diagnósticos para um mal que é típico da gente serraçumana: 1º Ato: Cornélio Pires, no Palco da Casino, fim dos anos 30: “é difícil entender este povo. Gosta das minhas piadas porque ri de estourar. Mas não move as mãos, não aplaude, é frio!”. 2º Ato: um humilde botucatuense que nos anos 40 chegou a campeão brasileiro de um certo esporte: “o pessoal, lá na terra, parece que tem vergonha de me cumprimentar. É onde menos sou festejado!”. 3º Ato: d. Frei Henrique, anos 50, assistindo a um bem organizado desfile cívico-religioso, ali na Cel. Moura: “Aplaudam. Vamos aplaudir, ó povo frio. Não sabem o trabalho que dá?”. Tradução: se a rapaziada que forma com o Vanguarda ou em torno dele – excluída toda e qualquer conotação político-partidária e se a bandeira do Vanguarda é fazer e renovar merece todo o apoio. E que ajude a repor Botucatu entre as primeiras de nossas cidades. Se ela perdeu – quem negará que ela tenha perdido lastro, infelizmente? Voltem a cabeça e vejam as conquistas e realizações dos últimos 10 anos. Individualizem os seus realizadores. A constatação será melancólica....” Lição de cidadania que é ATEMPORAL ! Acorda, Botucatu! TODO INTERIOR está lutando na defesa de suas cidades e respectivas populações! O LOCKDOWN, ESTÁ PROVADO, NÃO IMPEDE A DISSEMINAÇÃO DO VÍRUS ! O GOVERNO NÃO CUMPRIU A PROMESSA DE INSTALAR LEITOS DE UTI/COVID NO INTERIOR !!! AS VACINAS DO BUTANTAN SUMIRAM !!! POLITICAGEN, NÃO!!! ACORDA BOTUCATU !!! A DIREÇÃO.


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Diário da Cuesta

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Diário da Cuesta

a r t i g o SOBRE APARTES, ROSAS, DESMAIOS E TORTURAS Roberto Delmanto Meu pai Dante Delmanto, Oscar Pedroso Horta e Américo Marco Antonio foram três criminalistas que pontificaram no Tribunal do Júri de São Paulo em meados do século passado. Ao seu lado, também brilhantes, J.B. Viana de Moraes e Esther de Figueiredo Ferraz. Dante e Oscar foram adversários em júris memoráveis. Em um deles - ocorrido ao tempo em que talão de cheques se chamava livro de cheques - meu pai defendeu um rico industrial que se apaixonara por uma jovem cujo irmão era um conhecido estelionatário. Depois que o industrial e a jovem se tornaram amantes, ela e o irmão passaram a explorá-lo ao máximo, até que o industrial, cansado dos abusos de ambos, parou de dar-lhes dinheiro. A amante, então, o abandonou. Inconformado, o industrial tentou por várias vezes, sem sucesso, a reconciliação. Certo dia, armado de um revólver, postou-se nas imediações do cabeleireiro que a ex-amante frequentava, aguardando sua saída. Avisada do que ocorria por uma das funcionárias do salão de beleza, ela saiu correndo pela rua. O industrial foi atrás, atirando sem êxito em sua direção. Um guarda civil que por ali passava atracou-se com ele, tentando arrebatar-lhe a arma, ocasião em que esta disparou, atingindo-o mortalmente. Orientado por Dante, o industrial doou à viúva do guarda civil uma casa e garantiu aos filhos menores uma pensão alimen�cia até que atingissem a maioridade. Denunciado e, depois, pronunciado por homicídio contra o policial e tentativa de homicídio contra a ex-amante, a viúva do guarda civil, em razão da grande ajuda recebida,

deixou de habilitar-se como assistente do ministério público. Já a ex-amante, com o dinheiro obtido do industrial durante o tempo em que conviveram, contratou ninguém menos do que Oscar Pedroso Horta para auxiliar da acusação. No júri, a certa altura de sua fala, Oscar, orador eloquente, disse: “Na época da minha mocidade, quando um homem ia encontrar-se com sua amada, levava-lhe um buquê de flores, um vidro de perfumes ou um livro de poesias”. E, apontando para o réu, acrescentou com a voz sonora que o caracterizava: “Este, senhores jurados, levava uma arma”. Foi aí que Dante deu-lhe um aparte histórico: “É engano de V.Exa.. Meu cliente levava um livro”. E, após uma breve pausa, arrematou: “Um livro de cheques, que era do que sua cliente mais gostava...” Em outros júris, Oscar e Dante ocuparam juntos a tribuna da defesa. No dia seguinte à vitória obtida em um deles, Dante recebeu em sua casa três dúzias de belíssimas rosas vermelhas, conhecidas pelo nome de “príncipe negro”. O remetente

era o colega e amigo Oscar e, no cartão, estava escrito: “Um homem não deve mandar flores para outro homem. Mas um admirador pode fazê-lo.” Tempos depois, no auge da fama, Oscar defendia, com o costumeiro brilho, outro acusado de homicídio. Sua tese era a da legítima defesa da própria vida, o maior de todos os bens humanos. Findos os debates, já na sala secreta, os vários quesitos da excludente vinham sendo respondidos com folga a favor da defesa. Quando chegou a vez do último deles, que indagava se o réu usara moderadamente dos meios necessários para defender-se, a votação revelou-se dramática: a primeira cédula foi sim, a segunda, não, e assim sucessivamente, até que a contagem chegou ao empate de três a três. Nesse instante, Oscar desmaiou. Não se tratava, obviamente, de qualquer simulação, mesmo porque a sétima cédula já se achava depositada na pequena sacola de votação, não podendo ser mudada. Atendido pelo médico de plantão no Fórum Criminal e recuperado do desmaio, procedeu-se à leitura da última cédula, que, merecidamente, foi favorável à defesa. Oscar, que certa vez comparara os advogados de júri aos gladiadores da antiga Roma, que para sobreviver derramavam o próprio sangue, decidiu, então, não mais participar de julgamentos populares. Foi o canto do cisne do grande tribuno. Ou melhor: de um cisne branco... Após alguns anos, deixava de vez a advocacia criminal. Entrando para a vida pública, foi Secretário da Justiça e Ministro da Justiça nos Governos de Jânio Quadros. Eleito, depois, Deputado Federal pelo antigo MDB, sempre que era informado pelos ex-colegas criminalistas das torturas praticadas pela ditadura militar, com coragem, denunciava da tribuna da Câmara o mais hediondo dos crimes contra os direitos humanos.

Que a Embaúba é uma árvore típica do cimo da Cuesta de Botucatu? Pois é, a Embaúba que também é conhecida por Umbaúba, Ambaíba, Ambaúba, Imbaúva ou Imbaúba, é árvore da família das Moráceas (cecropia palmata); é árvore de tronco indiviso. Embaubal é o bosque de embaúbas. Também é chamada de árvore-dos-macacos ou árvore-da-preguiça ou torém. O antigo traçado férreo da Sorocabana passava por Vitória (Vitoriana), Lageado e...Embaúba... Sim, Embaúba é uma pequena Vila pertencente a Botucatu que até hoje é procurada pelos amantes da pesca por ser um local ideal e piscoso. Hoje, o descuido e o desrespeito à natureza reduziu muito o número de Embaúbas em nossa região, mas podem ser encontradas na Cuesta e em vários pontos verdes de nossa cidade.


Diário da Cuesta

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C OMENTA Carolina Aragon, estética Rodrigo Scalla

avançada corporal e facial Carolina Aragon Estética Avançada trata-se de uma Clinica de alto padrão de tecnologia com as mais modernas máquinas e seguras dentro do conceito de Estética, saúde e beleza e dermatologia, atende com profissionais gabaritados e capacitados, no mercado há quase 15 anos promovendo a saúde e o equilíbrio do seu corpo com a sua mente. Recomendo conhecer o trabalho dessa grande profissional com grandes resultados em 5 se-

Diploma gente de Sucesso: Durante meu evento " Gente de Sucesso" entreguei diploma de profissional de destaque a Carolina, ladeada por Pida Pardini ( tia Pida) e Nah Santos, na ocasião mestre de cerimônia. Tudo impecável.

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Em tempos de Pandemia atendendo com todas as medidas necessárias com a clínica totalmente repaginada

Carolina e este colunista, muitos anos de amizade

Premiação: Carolina dispõe de vários prêmios em sua área de atuação

Sociedade Dr. Sérgio Aun, advogado de renome na cidade me recebeu para um delicioso jantar em seu elegan�ssimo e bem decorado apartamento de cobertura ao lado do também advogado Dr. Marcelo. Foi um tempo agradável de muitas festas e recepções na intimidade. Amizade sincera que perdura até hoje. Dr. Aun é um dos advogados que me auxilia e protege , além, é claro do Dr. Paulo Furquim. Nós Colunistas temos que nos proteger tendo grandes profissionais da advocacia do nosso lado. Não posso esquecer da amiga Dra. Rosângela Maganha

A direita da foto a advogada Dra. Rosângela Maganha muito bem acompanhada conferindo as novidades da loja Gold & Silver. Sempre chiquérrima!


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