Edição 96

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 96

SERGUNDA-FEIRA, 01 de março de 2021

Imigrante Pioneiro, fundou um Banco e é Orgulho de Botucatu !

FRANCESCO BOTTI

Cidadão prestante, em sua casa houve a união das Entidades representativas da Colônia Italiana na constituição da SOCIETÀ ITALIANA DI BENEFICENZA. Fundou o BANCO BRASUL. Liderou os botucatuenses. Foi um CIDADÃO PRESTANTE! PÁGINA 4

Crônica de Elda Moscogliato sobre a Colônia Italiana no século passado. Imperdível!

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Praça do Bosque (Botucatu)

você sabia? Que teria sido brasileiro o famoso herói inglês que marcou presença na Primeira Grande Guerra Mundial? Teria sido botucatuense esse herói? Teria nascido na Cuesta de Botucatu esse herói que encantou gerações com sua bravura e idealismo? A Revista Peabiru apresentou minucioso estudo sobre a trajetória desse herói mundial. Na história ou na “lenda” de Lawrence da Arábia, temos como berço natal do herói a Cuesta de Botucatu, mais precisamente, a Fazenda do Conde de Serra Negra, localizada Vitoriana. em Verdade ou lenda ?!? Segredo guardado ou sonho “botucudo” surgido antes virada do século passado?!? da Mas fica – com certeza! – a imagem positiva e heroica Lawrence da Arábia: um de brasileiro nascido na CUESTA DE BOTUCATU.

GRANDE CAMPEÃO DA F 1 - foi o primeiro/abriu o caminho!!! Emerson Fittipaldi foi o primeiro brasileiro a se tornar campeão mundial de Fórmula 1. Foi bicampeão em 1972 e 1974, campeão (Fórmula Indy), em 1989 da CART e bicampeão das 500 milhas de Indianápolis em 1989 e 1993! Leia “Clã Fittipaldi: uma família que tem carros de corrida e motor nas veias” - Página 4

Felipe Massa & O Tsunami do Azar...

Felipe Massa e o grande Pentacampeão da Fórmula 1, Schumaker, no Vale do Sol. PÁGINA 2

Fotos: Rodrigo Scalla

INI – Na pági– DINUCCI & PARD RO DE BOTUCATU família PARDINI com Botucatu. ORES DO FUTU da OS CONSTRUT profundas raízes ico que traz as em uma na 3, leia o histór sua folha mãe que busca da”) um pingo d’água “Cuesta Rasga tica através de na quarta página Uma viagem fantás Cuesta de Botucatu... (leia da Embaúba no cume

AS LOJAS DO COMÉRCIO ENFEI TAM SUAS VITRINES PARA O NATAL !

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EMERSON FITTIPALDI

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QUARTA-FEI RA 09 de dezembro de 2020

Concha Acústic

Estátua de Raul Torres na

ue a sua reePardini conseg ipal de O prefeito Mário à Prefeitura Munic i leição (2020/2024) início da campanha, Pardin o Botucatu. Desde na preferência do eleitorado vinha despontando vo da SABESP, teve destaExecuti . frente 35 mubotucatuense dade positiva à enfren i que por sua capaci to, Pardin te seu manda tu nicípios. Duran ram em Botuca ções que ocorre tou as inunda os generalizados pontes e estrag com queda de tar a pandemia teve que enfren anhou o e, em sequência, acomp tu ... Ufa... Botuca do vírus chinês equipe capacitada frente de uma OU a sua conseu trabalho à Municipais, RENOV e, nas Eleições O ELEITO ! fiança! ELE É

ano I Nº 26

E E DA CIDADANIA EM BOTUCAT

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Diário da Cuesta

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RAUL TORRES é um orgulho para Botucatu. Faz parte do TRIO DA MÚSICA RAIZ: ANGELINO DE OLIVEIRA, RAUL TORRES E SERRINHA. Praticament e região a CAPITAL DA MÚSICA e, fazendo de Botucatu CAIPIRA ou MÚSICA RAIZ! Com estátua na Praça do Bosque, Raul Torres tem resgatado o seu OUTRO LADO MUSICAL: do SAMBA RURAL ou SAMBA DO INTERIOR. O original e excelente TRIO GATO COM FOME, resgata com muito brilho dez sambas de Raul Torres, no álbum EM BUSCA DOS SAMBAS DE RAUL TORRES. Botucatu não poderia ficar desconhecendo esse lado musical de Raul Torres e com o também. Ver matéria completa qual fez muito sucesso, na página 2

Amanhã, 15 de novembro, é dia de Eleição Municipal e é, também, feriado da Proclamação da República. Em Botucatu são 321 seções eleitorais no Município de Botucatu e são 101.025 eleitores. O Chefe do Cartório Eleitoral da Comarca de Botucatu, Igor Ignácio, destacou algumas recomendações para o dia de amanhã: o horário de votação tem 1 hora a mais, começa h. e vai até as 17h., sendo às 7 que os eleitores com mais de 60 anos terão preferência nas 3 primeiras horas. Essa preferência é por todo o dia das eleições. res doentes, deficientes Eleitoou grávidas também terão preferência. Será seguido o Protocolo to social e o uso de álcool de Segurança, com distanciamengel obrigatórios em todas além do uso de máscara. O TRE recomenda que cada as seções, portador de sua própria eleitor seja caneta para assinatura e até para teclar os números na urna. Recomenda também que o leitor leve cumento com foto. doO TSE lembra que o voto é obrigatório. Só não é para os analfabetos, os maiores de 70 anos e nem obrigatório para os maiores de 16 e menores de 18 anos. Quem não puder votar deverá justificar no mesmo eleição, podendo fazê-lo dia da pelo aplicativo e-Título, tendo também 60 dias para fazer a sua justificativa.

Diário da Cuesta

Nº 06 SEGUNDA-FEIRA de 2020 16 de novembro

VOCÊ!

SÁBADO DOMINGO 14/15 de novembro de 2020

ODERNO COMO

E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

RAUL TORRES E O SAMBA RURAL

Nº 05

a Diário da Cuest

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE

iário da Cuesta

Diário da Cuesta

EMBAÚBA

JORNALISMO MODERNO


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Diário da Cuesta

artigo

A FIXAÇÃO DO TEMPO

José Sebastião Pires Mendes O passado só existe em nossa memória e nos sinais gravados na matéria. O futuro só existe no potencial das coisas e na nossa imaginação alimentada por cálculos e previsões da inteligência. O presente simplesmente não existe, ou é o grande filme que passa diante de nossas retinas existenciais, enquanto nossa capacidade perceptiva está em pleno uso, e cujos quadros vão se cambiando no tempo fracionado em instantes. Já repetiam os filósofos medievais, o tempo é um “nunc fluens”, um agora fluente. Mas a absorção do tempo pela voraz eternidade não impede que fixemos com empenho os momentos mais felizes da existência humana. No âmbito individual, os aniversariantes, cujas datas queremos o mais precisas possível, procurando registrar os nascimentos com exatidão de horas e minutos. Ou datas inesquecíveis, que para tanto tem que ser rememoradas ano a ano, efemérides e jubileus. No âmbito coletivo, datas o mais exatas possível, dos principais acontecimen-

tos históricos, cuja importância obriga sua celebração com detalhes de verdadeiros rituais. A repetição do momento anual impõe, a par dos sentimentos nostálgicos, quando recentes, ou de fervor religioso ou patriótico quando distantes, que se isole um instante preciso, com o que se possa ter a sensação de que esteja sendo revivido pela enésima vez. Importante não é a certeza histórica da fração do tempo em que o evento tenha se dado, mas a fixação de um momento simbólico no qual se depositam, pela imaginação, os anelos e esperanças dos que querem revivê-lo. Dir-se-ia que, diante da impossibilidade de fixação do momento preciso nos calendários, a imaginação requer uma repetição virtual do fato. Observemos a data do Natal cristão: diante da imprecisão da data histórica do nascimento de Jesus, a Igreja cristã oficializou a data fictícia, simbólica, de 25 de dezembro, na esperança de que esta, ao se repetir na volta do globo ao redor do astro-rei, retransmita aos homens os eflúvios cosmológicos de tal acontecimento. Na impossibilidade do isolamento matemático e até filosófico do instante cele-

brado, escolheu-se uma data mística da cultura pagã, mais devotada aos momentos cíclicos do calendário astronômico, responsáveis pelas transformações da natureza terrestre. Com efeito, celebrava-se a 25 de dezembro, na cultura pagã europeia, a festa do “sol-invictus”, ou seja, o momento do solstício de inverno. E muitos são os exemplos em que se observa a tentativa, às vezes desesperadoramente compulsória, de se fixar o tempo, para que as alegrias e exultações de um acontecimento não se percam na memória, e continuem se reproduzindo na imaginação humana, alimentada pela vivência. Em toda celebração, seja ela de caráter civil ou religioso, existe o momento ideal, fração de tempo isolada, no qual se depositam todas as energias das mentes, produzidas pela memória reavivada ou imaginação fomentada. Tal momento especial, ao qual convergem todas as atenções e para o qual se dispendeu todo um esforço de preparação, representa a reprodução no tempo e no espaço do fenômeno que se deu no passado. Esse fenômeno é quase sempre bom, embora possa ser maléfico, quando dele se aguardam recordações de outro teor, que fazem eclodir sentimentos de justiça e dor.

É bom saber. O artista plástico e conhecido webdesigner botucatuense Marco Antonio Spernega, foi quem idealizou a Cuesta de Botucatu estilizada e com todo o seu simbolismo: a escarpa, o verde representando as nossas matas e o azul do céu... A criação do Spernega valorizou a nossa CUESTA que teve, em sua estilização, o impacto que as obras dos grandes artistas tem. Vejam no Expediente o logotipo do Diário da Cuesta! Marco Spernega tem exposto seus trabalhos em concorridas exposições. Esta ilustração é uma obra de arte e de simbolismo histórico!

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Diário da Cuesta

artigo Elda Moscogliato Quando se anunciou a demolição do palacete Emílio Pedutti – hoje transformado num mero estacionamento dos clientes do Sudaméris – em detrimento da memória de um líder, desde a infância até sua ascenção no cenário sócio-financeiro-político, não só da cidade como do País – fizemos clandestinamente uma visita ao prédio em escombros, revivendo uma das fases mais lindas da nossa infância. Foi quando timidamente embora, propusemos à Academia, que aprovou a ideia, a conservação do mesmo, na exaltação dos homens que o habitaram e o valorizaram: Francisco Botti, primeiramente e Emílio Pedtti, logo após, numa época como a atual, em que pouco se conta com a memória dos pósteros. Foi inútil. O Sudaméris nos respondeu, através de atenciosa carta do prof. Milton Marianno, então ativo, justificando-se que havia prioridades importantes a atender. Ficamos certa de que não era o coração botucatuense que se manifestou, mas sim, o auditor do Banco. Com um travo amargo de veneração e saudade, quisemos revivificar memórias, reedificar um cenário encantador que nos envolveu a infância transformando-nos na Alice do País das Maravilhas. Lá, o cenário maravilhoso jamais esquecido. Era ele, no longínquo passado o solar do cavalheiro Francisco Botti, casado com d. Albina Varoli Botti, que além de prima (os pais eram irmãos: Aleixo e Xisto Varoli ), era amiga muito ligada à nossa saudosa matriarca, naquele relacionamento de intimidade e confidências, onde entravam desde os passados sonhos da juventude, agora, já casadas, incluíam-se os temas de enxovaizinhos de bebês a caminho, receitas culinárias, troca de xaropes, coisas caseiras, contada ainda a assídua frequência

Fantasmas Familiares ao camarote cativo do Casino, nas grandes “soirées” artísticas em que brilhava no poço da orquestra o jovem flautista. Assim se justifica a presença no velho solar, de uma menina cantadeira, mais insistente que a cigarra – a alegrar no diário convívio o grupo de adolescente Mário, Júlio, Afonso, Anita e Carlos – ela, no Santa Marcelina então chamado Colégio dos Anjos, eles, na Escola de italiano, rumo próximo para estudos superiores na Europa. Até aí, a severa figura de pai aos olhos infantis da menina cantadeira, se limitava a um coração bondoso, que se comprazia em ouvir-lhe a vozinha afinada cantando trechos de canções de ninar: De manhã quem me desperta É o sol a meia-luz, Que encontrando a porta aberta Por toda a parte reluz... Mais tarde, no despertar da razão, somados os depoimentos familiares de quem se fez o protótipo do cidadão íntegro, chefe de família exemplar, banqueiro conceituado, membro ativo de uma sociedade em evolução, o nome de Francisco Botti gravou-se-nos indelevelmente pela admiração e pela sincera gratidão, mercê do que representou para o grupo familiar imenso: acolheu humildes, orientou amigos, aconselhou familiares, encaminhou jovens, participou da vida citadina, contribuiu para o desenvolvimento da sociedade, encorajou iniciativas benemerentes, deixou gravado seu nome e de sua esposa, na galeria nobre da Misericórdia Botucatuense. A meninazinha tréfega de ontem, aprendeu a reverenciá-lo no seu coração e na sua memória. Tudo isso nos alentou na clandestina visita à mansão agora em demolição. Recordamos o piso encerado, recoberto de tapeçarias aveludadas e macias. A bela antiga residência surgiu-nos em contornos

inesquecíveis. Rebrilhava ao sol matinal que lhe invadia amplos cômodos através dos janelões de caixilhos reluzentes. As altas paredes retornaram à beleza dos painéis decorados pelo Crozza que usou a pintura para decoração sóbria da velha Matriz de Sant’Ana. Percorremos enternecida os muitos quartos revivendo a beleza severa do mobiliário de carvalho lustroso, entre móveis e “biseautés” rebrilhantes, com entalhes a mão, obra-prima do Pighinelli, famoso marceneiro da cidade. Cortinas esvoaçantes e macias voltaram a acariciar-nos o rosto. Na sala de jantar, a beleza acolhedora do mobiliário da “belle-époque” faiscante do brilho da prataria e dos cristais. Ah! A velha talha antiga, cheinha da deliciosa água saudável e potável do Seminário, trazida nas pipas da carrocinha do velho Blasco. A mesma antiga talha imortalizada por Rembrandt em sua série de Cenas Familiares, hoje admiradas nos museus berlinenses, aqui reproduzidas pelo artesanato de Blumenau que fornecia a d. Albina, inclusive, os delicados canecos ilustrados em alto-relêvo pelas lendas dos Irmãos Grimm. No teto trabalhado, as belezas florais em gesso, adornando candelabros da Boêmia. Nas paredes, motivos alegóricos em medalhões de vivo colorido, ostentando naturezas mortas entre peixes prateados, queijos, aves e flôres. Avançamos até a cozinha da nossa imaginação. Lá estava a fiel Francisca a nos receber misturando açúcares, farinha e ovos, no preparo sempre lembrado do bolo para o desjejum de amanhã. Voltamo-nos e nos dirigimos ao andar térreo descendo emocionada a escadaria de fino lavor em madeira, os degraus suavizados pelo “draps” vermelho. Já às portas da rua, voltamo-nos em despedida. Lá do alto, pela memória emotiva, acenavam-nos sorridentes, numa visão de Eternidade, o Fanquino, D. Albina, Anita e os meninos – velhos queridos fantasmas familiares que enriqueceram nossa infância. Acervo Peabiru


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Diário da Cuesta

GERAÇÕES DA CIDADANIA BOTUCATUENSE

HOMENS QUE FIZERAM BOTUCATU!

FRANCESCO BOTTI Na atuação da Colônia Italiana de Botucatu é preciso que se dê destaque à atuação do pioneiro industrial Aleixo Varoli. Com Indústria de Licores e Refrigerantes, Aleixo Varoli atuava também na cafeicultura, possuindo na região de Itu uma grande fazenda para a produção de café. Na virada do século, conseguiu unificar as entidades representativas da Colônia Italiana em nossa cidade em histórica reunião realizada, em 1902, na casa de seu genro Francisco Botti, constituindo a Società Italiana di Beneficenza (Hoje, o Centro Brasil-Itália). Aleixo Varoli presidiu por muitos anos a Società Italiana di Beneficenza e foi Agente Consular da Itália em nossa cidade. Com o casamento de suas 3 filhas, constituiu ampla família, com efetiva influência e destaque na sociedade local. Seus genros, todos italianos, Francisco Botti (Francesco Botti Caffoni), Pedro Delmanto (Pietro Del Manto) e Adeodato Faconti. Francisco Botti, casado com Albina Varoli, atuou no setor bancário e deu continuidade à atuação na cafeicultura do sogro, assumindo a sua grande propriedade rural. Botti chegou a ter seu próprio banco, o Banco Brasul (absorvido em meados da década de 1970 pelo Banco Itaú) em sociedade com a família Mellão, da vizinha cidade de São Manoel. Pedro Delmanto, casado com Maria Varoli, atuou no setor calçadista, possuindo Loja de Calçados, Fábrica de Calçados e o Curtume Bella Vista, especialmente montado para servir a Fábrica Delmanto. Adeodato Faconti, casado com Leonilda Varoli, sucedeu ao sogro na Industria de Bebidas, além de atuar de forma expressiva como jornalista e escritor, tendo exercido a vereança em Botucatu. Aleixo Varoli patrocinou a vinda da família Botti para Botucatu, em 1887, como resultado de suas relações de amizade familiar e do relacionamento promissor de Francesco Botti (Botti Caffoni) com sua filha Albina, que teve início na Itália durante as férias periódicas da família Varoli em Pontremoli, culminando com o casamento de ambos em 1898. Em 1887, vieram para Botu-

catu, o primogenito Giuseppe e Maddalena Botti Caffoni ( mais 2 filhos), o cunhado Francesco Sartori e sua família. No ano de 1903/4, mais uma vez a atuação providencial de Aleixo Varoli. Como Presidente da Società Italiana di Beneficenza e Agente Consular da Itália, promoveu e deu o necessário apoio ao retorno repentino de parte da família Botti para a Itália. Na Itália, na cidade de Parma, passou a ter também os seus negócios e uma propriedade rural. Giuseppe Botti representava seus interesses quando Alessio Varoli estava no Brasil. Francesco Botti foi gerente do primeiro Banco de Botucatu: o Banco Francês e Italiano para a América do Sul. Depois, associado ao cafeicultor e exportador João Melão, de São Manuel, fundou o Banco Brasileiro para a América do Sul, que teve seu nome mudado para BANCO BRASUL DE SÃO PAULO S/A. Sérgio Pinho Melão e Mário Botti, filhos dos fundadores, foram os Diretores Executivos do Banco Brasul. Banco de atuação tradicional na agricultura paulista, notadamente entre os cafeicultores e exportadores , teve presença destacada até sua incorporação, junta-

mente com o Banco América de Herbert Levy, ao Banco Itaú nos anos 60/70, seguindo a tendência da área financeira do país pós Revolução de 1964. Casado com Albina Varoli, teve os filhos: Mário, Carlos, Júlio, Alfonso e Anita. Francesco Botti, “descobriu” o talento para os negócios de Emílio Peduti que o sucedeu na gerência do Banco Francês e Italiano para a América do Sul, vindo posteriormente a residir no sobrado em que morou Francesco Botti, defronte ao jardim do Bosque onde depois funcionou a agência do Banco Sudameris. Primeiro Retorno (1913) Como a educação no Brasil, no início do século, ainda não tivesse atingido o nível que hoje possui, principalmente no interior, Aleixo Varoli patrocinou a ida de seus netos para a Itália, para que pudessem estudar e preparar-se para a futura vida profissional. Aleixo Varoli enviou seus netos para que estudassem no tradicional e conceituado “Collegio Maria Luigia”, da cidade de Parma, em regime de semi-internato. Mais uma vez, contou com a colaboração de Giuseppe Botti para que fizesse o acompanhamento, na sua ausência, da atuação dos meninos. Foram do Brasil, com média de 9 anos, Aleixo Delmanto (filho de Pedro/Maria Delmanto) e Alfonso, Julio, Carlos e Mário Botti (filhos de Francisco/Albina Botti). Todos fizeram do básico ao colegial na Itália, tendo Aleixo Delmanto feito também a Faculdade de Medicina da Universidade de Parma e, anos dep ois (1930/31), especialização na Universidade de Bolonha - a mais antiga Universidade do Mundo! Tanto Parma como Bolonha pertencem, hoje, à Região Emilia-Romagna, uma das mais desenvolvidas da Itália. Francesco Botti foi destaque na importante Colônia Italiana de Botucatu, como banqueiro e empreendedor. Era Cav.UFF da Coroa Italiana. Foi um benemérito, tendo o seu retrato e de sua esposa na Galeria dos Beneméritos da Misericórdia Botucatuense. É Registro Histórico. (AMD)


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