Edição 963

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Diário da Cuesta ANO III

Nº 963 QUINTA-FEIRA, 07 DE DEZEMBRO DE 2023

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

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RAMOS DE AZEVEDO

Na véspera do nascimento de Francisco de Paula Ramos de Azevedo (8 de dezembro) destacamos a importância que teve para a arquitetura em geral e, para Botucatu, a importância que teve para a nossa arquitetura, especialmente para a construção do FÓRUM DE BOTUCATU, o FÓRUM “DESEMBARGADOR ALCIDES DE ALMEIDA FERRARI”, hoje abrigando a 1ª. PINACOTECA DO INTERIOR DO ESTADO.

O famoso arquiteto Ramos de Azevedo tinha laços de parentesco com a família CARDOSO DE ALMEIDA, de Botucatu. O deputado federal José (Juca) Cardoso de Almeida , líder político na 1ª. República pelo PRP – Partido Republicano Paulista, trouxe a energia elétrica para Botucatu e teve atuação política efetiva em seguidos governos estaduais: Secretário da Justiça (Governo Campos Sales); Chefe de Polícia (Governo Bernardino de Campos); Secretário do Interior e Justiça(Governo Jorge Tibiriçá); Secretário da Fazenda e Agricultura (Governo Rodrigues Alves); Secretário da Fazenda(Governo Altino Arantes); Presidente do Banco do Brasil(Governo Epitácio Pessoa); exercendo a liderança do partido no Governo de Washington Luiz, sendo por 3 vezes Relator da Receita Federal. O Dr. José Cardoso de Almeida, na parte política, e o arquiteto Ramos de Azevedo, com seu Escritório de Arquitetura, mudaram o visual da capital Paulista. Os principais edifícios públicos, saíram da prancheta de Ramos de Azevedo: Teatro Municipal, Mercado Municipal, Palácio da Justiça, Correios, Escola Normal e tantas outras obras que marcaram a pujança e o desenvolvimento paulista. E Botucatu foi privilegiada ao receber o projeto de seu Fórum do escritório de Ramos de Azevedo. O arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo foi a maior expressão da arquitetura brasileira na 1ª. República. Atuou também na área acadêmica, sendo professor e Diretor da Faculdade de Engenharia (Politécnica) da USP, tendo atuação expressiva na Maçonaria. Era cunhado do deputado Cardoso de Almeida, que era casado com sua irmã, Dona Ismênia Ramos de Azevedo Cardoso de Almeida.

1º Circuíto Cafeeiro da Cuesta PARDINHO

Grande sucesso empresarial e turístico alcançado pelo CIRCUITO CAFEEIRO DA CUESTA (30/11 a 02/12), que teve o patrocínio do Sindicato Rural de Pardinho e foi realizado no CENTRO DE CULTURA MAX FEFFER, com a presença de grande público e a realização de palestras, exposição de produtos da CUESTA, com cupping de cafés campeões, workshop de torra, métodos e expresso!


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Dino não

É hora do Senado reagir. É hora do Senado deixar de lado o caráter protocolar da sabatina de indicados ao Supremo e liderar a defesa da democracia no Brasil. É hora do Senado tomar coragem, enfrentar os donos do poder e barrar a nomeação de Flávio Dino ao STF. Boa parte da sociedade civil repete há tempos que nossas liberdades e garantias têm sido vilipendiadas por decisões arbitrárias e desproporcionais de integrantes da Suprema Corte. Se a indicação de Flávio Dino ao Supremo for confirmada pelo Senado, teremos mais do mesmo problema. Mais contorcionismo verbal e citações de eminentes juristas estrangeiros para considerar constitucional o que é obviamente inconstitucional, mais exageros e falácias lógicas para enquadrar como “ameaça à democracia” qualquer voz dissonante, mais bandidos sendo libertados e inocentes sendo perseguidos. Mais oscilação de critérios, ora garantistas, ora punitivistas, ao sabor da conveniência política. Em sua curta passagem no Ministério da Justiça, Flávio Dino foi um péssimo guardião das garantias constitucionais. Em um caso claro de abuso de autoridade, perseguiu empresas que se manifestaram de modo transparente e legítimo sobre um projeto de lei. Condenou previamente os envolvidos na confusão com Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma. Omitiu dados essenciais para comprovar o acordo de leniência da Odebrecht, levando à anulação de todas as provas da Operação Lava-Jato. Entre enormes suspeitas, enviou imagens de ape-

nas quatro das 185 câmeras do Ministério da Justiça que registraram os eventos do 8 de janeiro. Em vez de dar explicações, atacou a imprensa quando ela revelou o lobby do Comando Vermelho em seu ministério. Alguém realmente acredita que esse homem, se ministro do STF, tomará decisões baseado na Constituição ou nos princípios do Direito? Ainda pior, Dino será mais uma ameaça à liberdade de expressão. Fortalecerá o grupo do Supremo que se incumbiu do papel de decidir quais opiniões são válidas e o que é verdade ou mentira – um papel que cabe à sociedade civil, e não a autoridades. O grupo que, em nome da defesa da democracia, enfraquece a democracia, pois leva metade do eleitorado a deixar de acreditar que suas preferências serão validadas caso vençam as eleições. É verdade que todo tribunal constitucional tem um toque político, mas o que vemos no Brasil vai muito além disso. Como diz o jurista Horácio Neiva, trata-se de um “ator do jogo político ordinário, que faz parte das negociações de cargos e políticas públicas, mas que não estão sujeitos ao escrutínios democráticos e que, ao contrário dos demais atores com quem negociam, não podem ser responsabilizados politicamente”. Ao indicar Dino, Lula se curva à lógica nefasta que se impôs no Brasil. Se o STF é um tribunal político, então que se indique a ele políticos – um ex-governador do PCdoB, um ex-presidente da Embratur, um aliado de primeira hora. O critério da vaga para o Supremo é a lealdade política, não o notório saber jurídico.Sabendo que até mesmo o fato de não estar na cadeia depende do STF, Lula indica à mais alta corte do país não um juiz de respeito. Mas um mero adulador. É hora, senadores, de reagir.

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

WEBJORNALISMO DIÁRIO

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(Editorial/ Partido Novo)

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NOVO FORUM-JUSTIÇA DE CASA NOVA! Botucatu já tem “casa nova” para a Justiça! Foram anos de sofrimento e de falta de estrutura adequada. O antigo fórum da cidade, magnífica obra projetada pelo escritório de Ramos de Azevedo já não apresentava as condições mínimas de segurança e espaço para seu funcionamento. O Fórum havia sido interditado, em 2002, por seu juiz-diretor, Luis Otávio Camacho, que destacou a falta de segurança e o risco de desabamento. A consequência foi o desmembramento das varas e cartórios em locais diferentes, dificultando o normal funcionamento da Justiça com evidente prejuízo para a coletividade. Foram 10 anos de extrema dificuldade para uma Comarca que teve o privilégio de ter seu Fórum inaugurado nos anos 20, com projeto arquitetônico de Ramos de Azevedo. Recebeu a denominação de FORUM “DESEMBARGADOR ALCIDES DE ALMEIDA FERRARI”, em uma justa homenagem ao primeiro botucatuense formado em Direito e que fez brilhante carreira na Justiça Paulista, quando alcançou a Presidência do Poder Judiciário.

A GRANDE INAUGURAÇÃO DO FORUM: “Na tarde desta terça-feira, de vários anos trabalhando em condições inadequadas, com Varas, Promotorias Cartórios e outros departamentos forenses espalhados por diferentes locais da Cidade, o novo Fórum da Comarca de Botucatu foi, finalmente, inaugurado. O imóvel foi construído na Avenida Aeroporto, às margens da SP 209 - Rodovia João Hipólito Martins - Castelinho, na região do Jardim Riviera. O cerimonial contou com a presença de diversas autoridades. Entretanto, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, o senador Aloysio Nunes Ferreira, assim como parte do secretariado do Estado não conseguiram horário na agenda para comparecer. Em razão disso, prefeito João Cury Neto, também não esteve presente e deverá marcar uma nova data para que as autoridades estaduais possam participar de um novo cerimonial. A fita inaugural foi cortada pelo presidente do TJSP, desembargador Ivan Ricardo Garisio Sartori e outras autoridades judiciárias. O diretor do Fórum de Botucatu, juiz Josias Martins de Almeida Júnior agradeceu a presença das autoridades e explanou que o modelo do novo prédio vai oferecer uma qualidade de serviço muito superior à população e aos que prestam serviços ao Fórum ou que se utilizam dele, já que terão uma estrutura adequada para trabalhar. “Será um novo marco na jurisdição de Botucatu, uma vez que o prédio oferecerá melhores condições de promover um atendimento diferenciado à população, que espera de nós a aplicação da verdadeira Justiça”, apontou o magistrado. Diz o magistrado que o prédio tem um modelo pré-definido e planejado, contando com as Varas e os respectivos cartórios, além dos outros departamentos forenses. “Então, não houve problemas na distribuição das Varas e esse processo foi feito em consenso com meus colegas magistrados, definindo o lugar de cada um. Não posso deixar de externar minha gratidão a todos aqueles que, colaboraram para vivermos hoje esse momento (da inauguração)”, observou Josias Júnior. Também presente na inauguração, o coordenador da circunscrição da Associação Paulista de Magistrados do Estado de São Paulo (APAMAGIS), juiz José Antônio Tedeschi, que acompanhou todo esse processo da construção do novo Fórum para Botucatu, salientou que a inauguração do novo prédio fará com que o Poder Judiciário viva uma nova realidade. “Todos nós que trabalhamos na área jurídica sabemos as dificuldades que passamos sem o Fórum e agora vamos viver uma nova era, porque esse prédio novo é a menina dos olhos do Tribunal de Justiça”, colocou Tedeschi, lembrando um detalhe interessante. “Desde que o Fórum foi interditado, não nos esquecemos do prédio antigo, que durante esse processo, foi doado ao Município pelo Estado e abrigará uma Pinacoteca. Ele será restaurado mantendo todo o desenho criado pelo arquiteto Ramos de Azevedo”, diz. Também discursaram no cerimonial o presidente do TJSP, Ivan Ricardo Garisio Sartori, o presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, desembargador Newton de Lucca, a promotora de Justiça, Cláudia Lourenção; o presidente da Câmara Municipal André Rogério Barbosa – Curumim e o presidente Ordem dos Advogados do Brasil – Subsecção de Botucatu, Samir Daher Zacharias. Ainda durante o cerimonial, o presidente do TJSP recebeu homenagens das autoridades botucatuenses, entre elas o título de “Cidadão Botucatuense”, entregue pelo

presidente da Câmara Curumim. “Quero agradecer a acolhida que tivemos aqui em Botucatu e pedir desculpas à Cidade por esses anos de espera. Agora Botucatu tem um prédio moderno e equipado para aplicação da Justiça e eu declaro inaugurado o Fórum de Botucatu”, disse Ivan Sartori. Nesta segunda-feira (3) o prefeito João Cury justificou sua ausência com um comunicado oficial. Entre os dizeres, Cury observou que “infelizmente, a data escolhida pelo Tribunal de Justiça, sem consulta prévia ao Palácio dos Bandeirantes, não permitirá as presenças do governador Geraldo Alckmin; da secretária de Justiça, Eloísa de Sousa Arruda e do senador Aloysio Nunes Ferreira, privando figuras importantes nesse processo emblemático, de participarem de um momento histórico para o desenvolvimento de Botucatu e para a Justiça de São Paulo”. Estrutura O prédio do novo Fórum com seus três andares terá espaço suficiente para alojar até sete varas (entre cível e criminal), com os respectivos cartórios e promotorias públicas, salas de advogados, sala de júri, Juizado de Pequenas Causas (JPC), Sala da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), restaurante, salas de espera, agência bancária, salão de júri, celas, entre outras coisas. A construção do novo Fórum foi feita pela empresa Resiplan, em uma área de 10 mil metros quadrados, no Jardim Riviera e o contrato assinado em 18 de março de 2010 foi orçado em R$ 14.570.327,09. O antigo Fórum havia sido interditado no início do ano 2002 por determinação do diretor da época, Luis Otávio Duarte Camacho (já falecido), sob alegação de que o prédio não oferecia segurança e corria o risco de desabar. Por causa disso, as varas e cartórios foram desmembrados e passaram a funcionar em locais diferentes” (jornal on-line AconteceBotucatu./ foto Quico Cuter) O PROJETO DE RAMOS DE AZEVEDO O famoso arquiteto Ramos de Azevedo tinha laços de parentesco com a família CARDOSO DE ALMEIDA, de Botucatu. O deputado federal José (Juca) Cardoso de Almeida , líder político na 1ª. República pelo PRP – Partido Republicano Paulista, trouxe a energia elétrica para Botucatu e teve atuação política efetiva em seguidos governos estaduais: Secretário da Justiça (Governo Campos Sales); Chefe de Polícia (Governo Bernardino de Campos); Secretário do Interior e Justiça (Governo Jorge Tibiriçá); Secretário da Fazenda e Agricultura (Governo Rodrigues Alves); Secretário da Fazenda (Governo Altino Arantes); Presidente do Banco do Brasil (Governo Epitácio Pessoa); exercendo a liderança do partido no Governo de Washington Luiz, sendo por 3 vezes Relator da Receita Federal. O Dr. José Cardoso de Almeida, na parte política, e o arquiteto Ramos de Azevedo, com seu Escritório de Arquitetura, mudaram o visual da capital Paulista. Os principais edifícios públicos, saíram da prancheta de Ramos de Azevedo: Teatro Municipal, Mercado Municipal, Palácio da Justiça, Correios, Escola Normal e tantas outras obras que marcaram a pujança e o desenvolvimento paulista. E Botucatu foi privilegiada ao receber o projeto de seu Fórum do escritório de Ramos de Azevedo. O arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo foi a maior expressão da arquitetura brasileira na 1ª. República. Atuou também na área acadêmica, sendo professor e Diretor da Faculdade de Engenharia (Politécnica) da USP, tendo atuação expressiva na Maçonaria. Era cunhado do deputado Cardoso de Almeida, que era casado com sua irmã, Dona Ismênia Ramos de Azevedo Cardoso de Almeida. NOVO DESTINO PARA O PRÉDIO DE RAMOS DE AZEVEDO. Por atuação pontual do então Secretário da Cultura do governo paulista, Andrea Matarazzo, o prédio histórico de Ramos de Azevedo terá uma destinação nobre: sediará a 1ª. Pinacoteca do Estado no Interior! Essa conquista dará à cidade de Botucatu e toda a sua região, status de centro irradiador de cultura. O projeto está em execução, devendo ser efetivada a reforma do prédio do antigo fórum. (AMD – 05/12/2012)


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TRAGÉDIA ANUNCIADA!!! NA 2ª. FEIRA:

NA 4ª. FEIRA: Resumindo: Na segunda-feira a área do Terminal Rodoviário novamente inundou e um carro ficou submerso... Na quarta feira, a ponte desabou... Vamos aguentar até quando a falta de um PLANO URBANÍSTICO para BOTUCATU?!?

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O início da Filatelia em São Manoel - SP Ângelo Albertini do Amaral

Quando pela primeira vez bispei o nome de José Leandro de Barros Pimentel, foi manuseando um exemplar da revista “Santos Filatélica”, de 1948. Mencionava-o como presidente do Clube Filatélico e Numismático de Santos, nos anos de 1940 e seguinte. Mais tarde viemos saber que ligado ao comércio de café, veio residir em São Manoel, onde não tardou em fundar o seu primeiro clube filatélico. Nosso arquivo não é dos mais bem organizados e tivemos também, nossa fase de vândalo e de estropiador de alfarrábios. Assim de uma folha de “Brasil Filatélico” podemos colher informações da primeira diretoria desse clube. José Leandro de Barros Pimentel foi o seu primeiro presidente; Willian Saez, Secretário e Olavo Alves de Oliveira, tesoureiro. Na primeira Assembleia Geral foi presidida pelo Dr. Lincoln de Assis Moura e foi secretário o Prof. Lino José Saglietti. São seus sócios fundadores: Gervásio Gonçalves Galiza, Wilson S. Suritz, José Leandro de Barros Pimentel, Willian Saez, Olavo Alves de Oliveira, Alberto Santarem, Prof. Lino José Saglietti, Castorino Guimarães, Fábio de Oliveira, Dr. Lincoln de Assis Moura, Laudelino Ricci, Antonio Ricci, Francisco Martins Sobrinho, Prof. José Oscar Guimarães, João Chingotti, Dr. Giovani, B. Luíz Danziato, José Ribeiro do Prado e Tarsis de Camargo. Se propunha a agremiação a fazer propaganda da filatelia e de editar um boletim informativo de suas atividades. Filatelista culto, idealista e batalhador, semeava seu ideal pelo chão que pisava e regava suas plantinhas com muito amor e dedicação. Mal fundara o clube e já promoveu a primeira mostra filatélica da cidade, talvez da região. Foi entre os dias 22 a 25 de feverei¬ro de 1948. Contou com extenso quadro de expositores. Temos dados para relata-lo. "Foram os seguintes os expositores que concorreram nesse certame: Dr. Benedito Nóbrega do Canto: Variedades Brasil, Alemanha; Albertino Iasi: Telégrafos Brasil, Falsos; Genésio C. da Costa: Brasil, Curiosidades; Roberto P. Canto: Wurtemberg, Espanha; Abilio Almeida Junior: Envelopes, Folhas Come¬morativas, Inteiros 2ª Guerra Mundial, Moedas do Brasil e es¬trangeiras; Dr. Walter Wagner: Áustria, Suiça, Blocos e Folhihhas do Brasil; Harry Bauer: Bosnia completa; Justiniano Mauriz Neves: Brasil quadras, Variedades Varig; Vitor Marques de Oliveira: Brasil—Folhinhas; Alberto Santarém: Colônias Inglesas; Antonio Ricci: Estrangeiro, Brasil em quadras; J.L. Barros Pimentel: Império Brasil, República Brasil, novos, aéreos, oficiais, quadras do Brasil, folhinhas e blocos; Laonte Klove(10 anos): universais avulsos; Fábio Campos de Oliveira: comemorativos do Brasil; Sergio di Giovanni: Avulsos do Brasil; William Saenz: quadras e blocos do Brasil, serie "netinha"; Prof. José Oscar Guimarães: Universais, Brasil, motivos esportivos; João Chingotti: Brasil avulsos; Olavo Alves de Olivei¬ra: Brasil, Taxas; Dr. Lincoln Assis Moura: Brasil, quadras, Cuba, Argentina; Prof. Lino José Saglietti: Brasil, quadras, visitantes ilustres; Francisco de Paula Moura: Brasil, folhas inteiras; Sanchez & Cia: material filatélico; Dr. Angelo Zioni: revista mensal "Seleções Filatélicas"; Clube Filatélico e Numismático de São Manoel: Boletin mensal; Linns Weekly Stamps News: revista mensal; Revista mensal "Correios e Tele¬grafos”; Sociedade Filatélica Minas Gerais: Boletim mensal; Centro Fi¬latélico de la Plata: Revista mensal; La Gaceta Filatélica Panamericana: revista mensal; Antonio de Padua de Assis Moura: avulsos e quadras.” Foram quarenta expositores de várias localidades e esteve presente delegações de Bauru, Botucatu, São Paulo e Santos. Devidamente autorizado, o Clube emitiu 500 folhinhas comemorativas, além de envelopes e cartões especiais. Foi instalada uma agência postal e utilizado um carimbo co¬memorativo não postal, até o último dia da mostra. O evento foi promovido pelo Clube Filatélico e a Prefeitura Munici-pal, sendo utilizado para a Mostra os salões do Clube Recreativo, inaugurada com a presença de um grande público. O discurso inaugural, foi proferido pelo Dr. Lincoln de As¬sis Moura, Juiz de Direito da cidade e também sócio e um dos expositores. Foi também essa autoridade que presidiu na cerimônia de encerramento, a entrega dos prêmios aos parti¬cipantes. Nesse dia ocorreu um inédito leilão de selos na cidade. A folhinha que se lançou durante o evento foi desen¬hada pelo sócio e um dos expositores, William Saenz e foi impressa por Richetti & Alves, firma local, nas cores pre¬to, verde e vermelho. O Edital Nº 4 - 48, descreveu o carimbo. Embora longo vamos transcreve-lo na íntegra, para documentar. "Carimbo comemorativo não postal da lª Mostra Filatélica de São Manoel. Faço saber que de ordem do Senhor Diretor Geral, que observadas as prescrições da Portaria nº613, de 23 de maio de 1946, será utilizado por este Departamento em comemoração à 1ª Mostra Filatélica e Numismática de São Manoel, Estado de São Paulo, no período de 22 a 25 de fevereiro, um carimbo de borracha, comemorativo, não postal cujas características principais são os seguintes: Formato retangular. Tinta a empregar – marca Pelikan de cor azul rei. Motivo – 1ª Mostra Filatélica Regional. Descrição: A) Um retângulo transfixado, em diagonal, por um ramo de café em justificação, apresentan-

do em conjunto o formate de um selo postal; B) na parte superior a legenda lª Mostra Filatélica Regional; C) no ângulo inferior à direita vê-se a representação gráfica de um carimbo circular obliterador com os dizeres "São Manoel - S.P. -Brasil", tendo ao cen¬tro do segundo círculo a data "'22 — 25 — Fev. 48". O referido carimbo estará a disposição do público na Agência postal a ser instalada pela D.R. de Botucatu no recinto da Mostra durante o período de seu funcionamento. Dito carimbo não poderá obliterar selos postais representativos de franqueamento da correspondência, podendo, entretanto, ser aplicado no verso ou anverso das sobrecartas ou em qualquer parte de outros objetos de correspondência, sem pre¬juízo da legibilidade do endereço e do espaço necessário as anotações. Todavia, a pedido dos interessados, sua aplicação é permitida em selos, folhas, quadras, blocos e papeis avulsos quando não estiverem aderidos a objetos de correspondência, sempre por servidores postais, mediante estrita observância das normas reguladoras da matéria. Preenchido os fims que se destina o mencionado carimbo não mais poderá ser aplicado sob qualquer pretexto, devendo ser remetido, tal como foi utilizado a esta Diretoria de Cor¬reios, que promoverá seu recolhimento imediato ao Museu Postal Telegráfico em organização, com os esclarecimentos à catalogação da peça. (Processo Nº 40.453. 47) - Carlos Luíz Taveira, Diretor de Correios - (D.O. de 7-1-48) O selo escolhido oficialmente para a folhinha foi o da Semana da Asa de 1947, o único selo triangular emitido no Brasil até a data presente. Com o valor de franquia que era a taxa simples da época, de quarenta centavos, levava uma sobretaxa de dez centavos, a favor da Casa do Aviador, do Rio de Janeiro. Este selo original, foi idealizado por um filatelista e membro da entidade beneficiada, Sr. Abrahão Said Abu Janra, e se ilustra com o quadro "O despertar de Ícaro", do pintor Lucílio de Alburquerque. A próxima notícia que logramos em sequência, foi referente a um encontro de filatelistas programado para a segun¬da ou terceira semana do mês de outubro, um domingo do ano de 1.951. Em 1953, em eleição realizada no dia 22 do dezembro, assumiu uma nova diretoria. Comentou o cronista: "uma renovação total". Presidente - Prof. Benjamim Roberto da Silva; Vice-presidente – Laudelino RICCI; Secretário - João Chingotti; Tesoureiro - Prof. Daniel de Oliveira Neves Filho; Diretor de TrocaS - Orlando Brusadin. Boa parte do recheio deste livreco, vem de nossa garimpagem em papéis obsoletos, daí a continuação deste nosso papo. O “Correio de Botucatu” de 23 de abril de 1970, fazia referência à II Mostra Filatélica de São Manoel, que ocorreria entre 17 a 21 de junho, "sob os auspícios da Comissão Estadual de Filatelia, como parte e dos festejos do centenário da cidade. (Eventos desse tipo foram subsituidos por rodeios – espetáculos em que bois e cavbalos levam esporadas e até pauladas para que o montador vire artista no pacadeiro). Cem quadros protegidos por acrílico seriam expostos nos salões do Insitutlo “Dr. Manuel José Chaves”. Segundo a notícia seriam confeccionados envelopes especiais e folhinhas comemorativas, devidamente autorizados pela Empresa Brasileira de ?Correios e Telégrafoa, que para oi evento autorizaria o uso de um carimbo comemorativo. Estava prometida para essa exposição a participação de filatelistas de: Jau, Piracicaba, Pirajuí, Rio de Janeiro, Botucatu, Barra Bonita e de São Paulo”. De caráter divulgativo, não teria julgamento e como prêmio seria oferecido a todos os participantes medalhas e diplo¬mas. Referindo—nos a segunda exposição de São Manoel, lembramo-nos que de nossas leituras, vimos muitas vezes notícias de outras exposições nas décadas de 70,r de 80 e mais. Seriam em cumprimento da Lei do Deputado Alfredo Inácio Trindade, como se vê no carimbo estampado abaixo? E lê-se no carimbo: "Promulgação da Lei Oficializante das Exposições Filatélicas no Estado de São Paulo". E parece que a Lei deu de vila diogo. Tonou analgésico de comprimido. Angelo Albertini do Amaral - Botucatu – SP – Brasil - MISCELÂNIA FILATÉLICA E NUMISMÁTICA, QUASE LIVRO


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