Diário da Cuesta ANO IV
Nº 964 SEXTA-FEIRA, 08 DE DEZEMBRO DE 2023
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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Instituído pelo Decreto-Lei nº 8.292/1945, o DIA DA JUSTIÇA, teve por objetivo homenagear o Poder Judiciário e todos os profissionais que atuam para o cumprimento da justiça no país. Apesar de ter sido criado em 1945, o DIA DA JUSTIÇA foi celebrado oficialmente pela primeira vez em 1950, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Ficou marcada a homenagem feita ao jurista Ives Gandra Martins na Câmara Municipal de São Paulo. Página 4
TRILOGIA das Memórias de Botucatu
1º VOLUME 1990 – 1ª EDIÇÃO 1995 – 2ª EDIÇÃO
2º VOLUME 1993
3º VOLUME 2000
Há exatos 60 Anos do lançamento do “TRIBUNA DO ESTUDANTE”, jornal estudantil do Colégio La Salle, em novembro de 1963, passando pelo JUBILEU DE OURO do lançamento do livro “A JUVENTUDE: PARTICIPAÇÃO OU OMISSÃO”, em 1970 e, entre outras atividades jornalísticas, o lançamento do “MEMÓRIAS DE BOTUCATU”, em 1990, seguido pelo Volume 2 em 1993 e pelo Volume 3 no ano 2000: a “TRILOGIA DAS MEMÓRIAS DE BOTUCATU”... Páginas 2, 3 e 4
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TRILOGIA DAS MEMÓRIAS DE BOTUCATU
“Para mim, uma cidade sem passado, sem lembrança concreta dos seus antepassados, sem as impressões digitais de sua história, me confrange...” PAULO FRANCIS O lançamento do livro “MEMÓRIAS DE BOTUCATU”, em 1990, obteve ampla repercussão. Abaixo, a notícia publicada no “JORNAL DE BOTUCATU”, de 22/06/1990: “Há exatos 2 meses de seu lançamento festivo na sede do Botucatu Tênis Clube, o livro “MEMÓRIAS DE BOTUCATU”, do advogado botucatuense e colaborador deste jornal Armando M. Delmanto teve esgotada a sua 1ª edição. Lançado dia 20 de bril, o livro teve o patrocínio da Academia Botucatuense de Letras, do Grupo ART, do Botucatu Tênis Clube e da Prefeitura Municipal.. Dedicado à história de Botucatu, o livro resgata importantes aspectos do passado botucatuense e registra enfoques inéditos de nossa história.
Com concorrido público em seu lançamento, desde autoridades a intelectuais e público em geral, o livro de Armando Delmanto constituiu-se em notável êxito de vendas, primeiramente na concorrida Noite de Autógrafos e posteriormente nas vendas efetuadas nas livrarias locais. Com eficiente sistema de distribuição, o livro “Memórias de Botucatu” levou o nome da cidade de Botucatu aos mais importantes centros de cultura do Estado.
Em contato com nossa reportagem, o autor nos relatou sua satisfação com o sucesso do livro e destacou os próximos Centenários da Santa Casa (1993) e do Grupo Escolar “Dr. Cardoso de Almeida” (1995) como os principais eventos a serem comemorados por Botucatu na preservação de sua história. Na oportunidade, fomos informados da oficialização do ingresso de Armando Delmanto na União Brasileira dos Escritores, para onde fora indicado pelo saudoso Prof. João Chiarini, então Presidente da Academia Piracicabana de Letras. 2ª. EDIÇÃO DO MEMÓRIAS DE BOTUCATU O “Memórias de Botucatu”, lançado em 1990, esgotou rápido e deixou um alerta: a necessidade da divulgação didática e sistematizada da História de Botucatu. Sem demérito para tantas outras publicações dedicadas a esse tema, ficou clara a demanda, principalmente entre a nossa juventude, pela apresentação sistematizada do histórico-institucional do município: sua origem, sua formação, seus antecedentes, seus dirigentes, seus representantes políticos, seus fluxos migratórios, a história da religião interligada à história da cidade, o processo de industrialização, os símbolos municipais, etc. Tudo isso apresentado com didática, com ilustrações e, sempre que possível, repetimos, apresentado de forma sistemática.
Para tanto, reescrevemos toda a parte histórico-institucional da cidade. Acrescentamos, adequamos e ampliamos as matérias. Contamos com a técnica de Marco Antonio Spernega na atualização das ilustrações apresentadas na primeira edição. Procuramos, assim, dar ao “MEMÓRIAS DE BOTUCATU” o perfil que ele mesmo já havia esculpido: livro de pesquisas, retrato do município, memória registrada da cidade. MEMÓRIAS DE BOTUCATU 2 O lançamento do livro “MEMÓRIAS DE BOTUCATU 2”, repercutiu positivamente na cidade de Botucatu. Com ampla cobertura da imprensa, os amigos, admiradores e intelectuais foram prestigiar esse importante lançamento cultural. A notícia do jornal “A CIDADE”, de 07 de julho de 1993, nos dá uma ideia desse concorrido evento: “Armando Delmanto lança “Memórias de Botucatu 2” Contando com o apoio da Academia Botucatuense de Letras e do Centro Cultural de Botucatu, o advogado Armando Delmanto lança no próximo dia 23 de julho seu mais novo livro, intitulado “Memórias de Botucatu 2”. Depois de escrever “Crônicas da Minha Cidade” (1976), “O Sonho Não Acabou” (1988) e “Memórias de Botucatu” (1990), em sua nova obra Delmanto nos traz a História da Medicina na cidade, desde a fundação da Misericórdia Botucatuense em 1893 pelo médico Costa Leite, pas-
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3 sando pela fundação da Casa de Saúde Sul Paulista que em 1928 foi a pioneira em ter como diretor um professor universitário, até chegar à criação e instalação da Faculdade de Medicina há 30 anos atrás. A matéria referente à Casa de Saúde Sul Paulista é inédita e traz a público importante período da história de Botucatu, resgatado através de pesquisas que Delmanto fez em jornais da época, em números da revista “A Cruzada”, que circulou no final dos anos 20 e início dos anos 30, além de depoimentos de pessoas que vivenciaram a grandiosidade do importante hospital da colônia italiana. Procurando preservar a memória de grandes personalidades botucatuenses, “Memórias de Botucatu 2”, destaca o saudoso Dom Henrique Golland Trindade, 4º bispo e 1º Arcebispo da cidade. As atuações de Dom Henrique no setor social, na mobilização para retomada do desenvolvimento na década de 50 e a liderança em pról da conquista da Faculdade de Medicina, representam exemplos que precisam ser de conhecimento das novas gerações e permanecer em lugar de destaque na história de Botucatu. O lançamento do livro “Memórias de Botucatu 2”, ocorrerá no próximo dia 23 de julho, às 20 horas, na sede do Centro Cultural de Botucatu”. Na solenidade festiva, o destaque para a apresentação do Conjunto Vocal e Instrumental ligado ao Coral da Igreja de São Bendito, tendo à frente o Prof. José Celso Soares Vieira, destacado músico botucatuense e Presidente da Academia Botucatuense de Letras. Com seu salão totalmente tomado pelos presentes, a presença de alunos da UNIFAC, do Prof. Moacir Godinho, foi destacada e notado o interesse pela obra do autor que seria objeto de trabalho cultural.
a ABL que tem no Dr. Armando Moraes Delmanto um de seus dignos Efetivos e enriquece a nossa Biblioteca Especializada dos Autores Botucatuenses, ponto alto da nossa cultura tradicional”. Destacando que “a preocupação do Autor é fixar em suas páginas, vultos e acontecimentos muitos dos quais relacionados textualmente com a feliz e privilegiada situação de nossa cidade no contexto histórico científico através da nossa já renomada internacionalmente Escola de Medicina”. (“A Gazeta de Botucatu”, 02 de julho de 1993) Entre as manifestações que já chegaram referentes ao lançamento do livro “Memórias de Botucatu 2”, a reportagem do JORNAL DE BOTUCATU destaca as seguintes: “Li “Memórias de Botucatu 2” de ponta a ponta, com muito prazer e proveito. Sou dos que gostam do gênero desses seus trabalhos. No caso particular, por se tratar de Botucatu e envolver instituições e pessoas que me mereceram sempre a maior consideração Muitos dos personagens destas suas memórias foram ou ainda são de meu relacionamento e estima pessoal. Cumprimento-o por mais este serviço prestado à memória de Botucatu, que diz respeito à memória de São Paulo e do Brasil, com o mérito de fazer justiça, mantendo no coração do povo personalidade, vida e obra de cidadãos prestantes, a serviço do bem comum. Agradeço-lhe as citações de meu nome, como Secretário de Estado da Educação, no Governo Carvalho Pinto, ligado, assim, através da criação da Faculdade de Medicina, à sua terra e à sua gente, no qual contei, desde a adolescência, como conto ainda, com amigos de sempre. Fraterno abraço solidário do Sólon Borges dos Reis (vice-prefeito de São Paulo e Secretário Municipal da Educação)”. “Recebi sua publicação sobre a nossa terra e agradeço-lhe a lembrança. A bi-memória de Botucatu, original e estética sem descuidar dos aspectos tecnocientíficos, revela o seu talento literário, marcado desde os tempos escolares, dos quais fomos participantes, como professor. Botucatu é uma cidade sui-generis, atípica, na concepção freudiana, pois ela cativa, atrai, envolve, prende, vela, enfaixa e protege seus filhos, sem abafá-los. Está você compondo o tabuleiro rico e colorido, emotivo e emoldurado, das estórias da nossa história. Parabéns e esperamos o tri. Agostinho Minicucci (Professor botucatuense, ex-Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Botucatu e da FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas)”.
A sessão lítero-cultural foi presidida pelo presidente da ABL, Acadêmico José Celso Soares Vieira, secretariado pela Profa. Carmem Silvia Martin Guimarães. A consagrada cronista botucatuense, Elda Moscogliato destacou que o livro “honra
mente, aos que praticam essa História-cronicada em que você se desenvolve muito bem. Que fartura de informações, quantas ilações nos pequenos anúncios no “Jornal de Notícias” que você reproduziu às págs. 78-1 e 78-2. Deu-se conta? Leio na crônica da Elda, na “A Gazeta” que me chega hoje a morte de duas notáveis (e minhas) professoras: dona Ziza, dona Eunice. Merecerão figurar no seu “Memórias 3”. Pág. 45 - “Porque a cidade, etc...” A verdade é que os líderes políticos e sociais, no 1º momento gelaram o pedido da Faculdade de Medicina. Não acreditaram (...) Se a cidade queria uma Faculdade, pleiteariam a de Direito. Fácil, sem instalações, etc. Houve reunião no Gabinete do Emílio. Estudantes (não guardei os nomes, 2 ou 3, o Faraldo, eu) (...) Seria medicina ou nada... O Jânio ajudou muito. Quando a idéia enraizou, os políticos acorreram. Isso é fato. Ainda vejo o Faraldo aos gritos! Falaremos mais, Obrigado. Hernâni Donato (escritor botucatuense da APL - Academia Paulista de Letras e Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo)”. “Recebi o exemplar do livro “Memórias de Botucatu 2”, de sua autoria, com sua gentil dedicatória. Quero agradecer a amabilidade de sua oferta, cumprimentá-lo pelo referido trabalho. À oportunidade peço que aceite minhas cordiais saudações. Antonio Ermírio de Moraes ( Superintendente do Grupo Votorantim)”. “Recebi o exemplar do livro “Memórias de Botucatu 2” que teve a gentileza de me enviar, bem como sua amável referência ao meu avô Comendador Pereira Ignácio. Grato por sua atenção, aceite meus cumprimentos e votos de muito sucesso. Atenciosamente, José Ermírio de Moraes (Presidente do Grupo Votorantim)”. “Muito agradecido por sua carta e pelos 2 volumes de Memórias de Botucatu. Vou ler essa obra com interesse... Estou lhe remetendo em anexo o livro “Contribuição para a História da Ciência no Brasil”, no qual reuni vários artigos a maioria publicados em “O Estado de São Paulo”. Agradecendo as referências de especial apreço a meu pai em sua carta e em seus livros, subscrevo-me atenciosamente, Oswaldo Vital Brazil (filho de Vital Brazil)”.
“Recebi o seu delicioso “Memórias de Botucatu II” e devorei-o em uma sentada. Nada mais posso dizer além do que já foi dito, faltariam-me adjetivos. Espero, para deleite de todos nós, que você não pare por aí. Afetuoso abraço. Sebastião de Almeida Pinto Filho (médico, filho do Dr. Sebastião de Almeida Pinto, historiador Emérito de Botucatu)”.
“Estou encantado com o convívio de suas “Memórias de Botucatu”. Guardo de sua cidade a melhor das lembranças quando fui hóspede de Paganini e Agnelo. Botucatu de Alcides Ferrari, Rafael Ferraz de Sampaio, Alceu Maynard de Araújo, Ibiapaba Martins, Francisco Marins, Hernâni Donato, Armando Delmanto e tantos outros amigos, é hoje poesia no coração do poeta. Ainda há pouco, recordava com Laudo Natel o encanto das noites de sua cidade e o carinho de sua gente. Um abraço muito grato de seu irmão em Arruda Camargo e Ibrahim (Ibrahim Nobre). Paulo Bomfim (da Academia Paulista de Letras, considerado o Príncipe dos Poetas Paulistas)”.
“Muito obrigado pelo exemplar de “Memórias de Botucatu 2”. Estava ansioso para lê-lo mais uma vez convocando esses vultos memoráveis. Um poder - e grande - reservado aos que cultivam a História é o de poder fazer justiça...ao que estava esquecido. Principal-
“Permita-me chama-lo assim, porque você tem idade para ser meu filho. Gostei muito do livro Memórias de Botucatu. Lembrei-me de várias coisas e pessoas que você citou com tanta nitidez. A homenagem a meu pai, prestada nesse livro, deixou-me comovida e saudosa. Ele adora-
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Diário da Cuesta va Botucatu, não permitia que se falasse uma palavra que a prejudicasse. Tenho um neto estudando aí, Zootecnia. Parabéns pelo seu belo trabalho. Lourdes Ferrari Porchat (filha do Des. Alcides de Almeida Ferrari - Patrono do Fórum de Botucatu e ex-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo)”. NA TERRA DO PEABIRU: MEMÓRIAS DE BOTUCATU III
(ilustração de Vinicio Aloise)
A repercussão do lançamento do livro “Memórias de Botucatu III”, completando a “TRILOGIA DAS MEMÓRIAS DE BOTUCATU”, foi muito positiva para a cultura botucatuense. A imprensa destacou esse lançamento literário.
Neste 3º volume das “Memórias”, ficam registrados os principais aspectos ligados à história de Botucatu, como o histórico das tradicionais escolas Normal e Industrial, do nosso primeiro Arranha-Céu, o Aquífero de Botucatu, Turismo Rural/Turismo Raiz, Balneário e Termas de Piapara, Lageado: o Futuro é Possível e O Legendário Lawrence da Arábia: um brasileiro nascido na Serra (Cuesta) de Botucatu. Abrindo as atividades culturais do Ano 2.000, do Novo Milênio ! Do Novo Milênio?!? Simples final de ano ou final de século e de milênio?!? É uma discussão superada, afinal o mundo já elegeu o 2.000, com todo o seu magnetismo, como o marco do novo século e do novo milênio. E as comemorações ocorridas comprovam essa escolha. No entanto, todos sabemos que o Calendário Gregoriano começa no ano 1 e não no ano 0. O nosso primeiro século também teve início no ano 1, indo até o ano 100... Os séculos subsequentes, idem. Quer dizer o primeiro milênio foi do ano 1 ao ano 1000, da mesma forma, o segundo milênio irá do ano 1001 até o ano 2,000 (completo). Assim, o terceiro milênio somente teria início em 2.001. Teria... Já se disse que mais vale a versão do fato do que o fato propriamente dito... Será?!? A verdade é que o mundo, a mídia, os governos, a população de todos os povos, a Igreja, elegeram o ANO 2.000 como marco divisório entre os milênios. Todavia, fica aqui o registro.
E em nosso terceiro milênio, abrindo o século XXI, temos o lançamento do “Memórias de Botucatu III” - Na Terra do Peabiru! - marcando e completando as TRILOGIAS DAS MEMÓRIAS DE BOTUCATU. A seguir, algumas considerações: S.Paulo, 25/01/2000. Caríssimo Delmanto, Retornei hoje a São Paulo depois de um descanso necessário. Cheguei no aniversário de São Paulo, com muita saudade de Botucatu. Na correspondência encontrei o presente de uma jóia – “Memórias de Botucatu III”. Corri os olhos, ansioso e pude notar numa vista rápida que o livro deveria chamar-se “A Bíblia de Botucatu”. Ele é um misto de alta literatura, científica, histórica, modelo de pesquisa, calendário de projetos, antologia de vultos históricos, sociologia psicológica de um povo, poema de
uma cidade, geografia comunitária, um projeto de História da Educação de Botucatu, enciclopédia de vultos históricos e, sem dúvida, o roteiro político da continuidade do progresso de uma cidade que nasceu com perfil de gigante para não ficar eternamente deitado. Você teve o dom de reunir séculos com estórias e histórias. Volto a dizer que Delmanto é Botucatu, ou melhor,“Botucatu é Delmanto” Preciso ler o Memórias III com mais vagar e sentimentos e essa leitura só pode ser feita na terra do Peabiru, isto é, a pátria do Delmanto. Agradeço-lhe como sempre, as suas referências ao meu nome. Um abraço AMIGO do, Agostinho Minicucci.” S.P., 20/01/2000. Caro Armando M. Delmanto, Começo melhor para o ano 2.000 no campo histórico-cultural-editorial não poderíamos ter em Botucatu. Obrigado pelas “Memórias III”. Modo original de fazer História juntando o documento e a sua análise. Li-o, apenas retirado do envelope. Continue. Parece-me que mudaram o nome do aquífero para Aquífero Mercosul. É isso? Não se adiantou na pesquisa? O Paulo Henrique Cardoso conseguiu algo? Na Inglaterra é que está a solução do enigma. Há décadas cheguei a esboçar um romance “A Fazenda” que não sendo a do Conde seria aquela. O antigo editor Diaulas Riedel, menino-jovem passou ali férias de verão e com entusiasmo e minúcias, descreve-a. A Condessa, idosa, mantinha quiosque no Boi de Bologne no qual, no inverno, oferecia café brasileiro. De certo, da fazenda. Imagine escravos abrindo picada, do Porto Martins à fazenda e transportando ardósias francesas, veludos italianos, mudas de pinho de Riga, piano alemão para a casa sede. Boa tarefa será um volume – elaborado sem pressa – para tal casa, a mais importante da região. Abraço, obrigado. Hernâni Donato” S.P., 19/01/2000. Caríssimo Armando, Mal recebi e já mergulhei na leitura das “Memórias de Botucatu III”. Como sempre, você consegue aliar à pesquisa uma linguagem coloquial, o que torna a visão de nossa história ainda mais agradável e atraente. Fiquei emocionado com os detalhes da construção do nosso primeiro arranha-serra (bela expressão). As memórias do menino botucatuense misturam-se aos dados fornecidos pelo historiador. Como uma personagem do “Amacord”, também eu sempre imaginei a boate do Peabiru como palco de festas suntuosas e de encontros fortuitos. E, em minha cabeça, padres furibundos barravam o meu sonho felliniano. O “Lawrence” é material para novela! Que história mais fantástica. E fiquei comovido ao ver a foto da casa da Sra. Leandro Dupré. Quero saborear cada página, pois sei que aprenderei muito com essa leitura. Mais uma vez você contribui, de forma incisiva, para que Botucatu não perca sua identidade, e para que nós tenhamos muito orgulho da cuesta. Obrigado pela dedicatória tão gentil, parabéns pelo belíssimo trabalho, e um abraço a todos de sua família, Alcides Nogueira.”
Diário da Cuesta
JURISTA IVES GANDRA MARTINS É HOMENAGEADO NA CÂMARA
WAGNER MAGALHÃES
Em comemoração ao Dia Nacional da Justiça, a Sociedade Heráldica e Humanística prestou uma homenagem a profissionais de destaque na área. A solenidade foi realizada na Câmara Municipal de São Paulo.
Ives Gandra Martins O evento também fez uma alusão à criação da ‘Ordem de Saint Yves de Treguier’, ou simplesmente Santo Ivo, patrono dos advogados e magistrados. O nome, aliás, foi o mesmo que batizou, não por acaso, um dos maiores juristas brasileiros: Ives Gandra Martins. Aos 82 anos, ele foi um dos homenageados da noite, e aproveitou para fazer uma reflexão sobre o momento do Judiciário no País. “Tenho a impressão que chegou o momento de uma reflexão maior sobre a harmonia e separação dos poderes. Até que ponto a Justiça pode intervir, invadindo competências de outros poderes, como o Legislativo e o Executivo? Neste momento de turbulência, em que há invasões de competência, e no momento em que o País precisa que cada poder exerça sua devida função, uma análise sobre o papel do padroeiro dos advogados é muito válida. E creio que hoje trouxemos um pouco dessa reflexão aqui para a Câmara”. O ex-ministro da Justiça José Gregori também chamou a atenção para o momento atual do da Justiça brasileira. “É sempre uma grande oportunidade comemorar o Dia da Justiça e ligar o tema ao exemplo e à vida de Santo Ivo, nosso patrono, que defendeu muito a Lei, mas nunca quis se sobrepor a ela, e nem escondê-la com argumentos
falaciosos. No Brasil, a Justiça é independente e tem que continuar sendo assim, mas sempre seguindo a Lei. Sem nenhuma pressa de querer entrar para a história, mas também nenhum atraso de ficar aquém da história”. O advogado Antônio Penteado Mendonça, que também recebeu a homenagem, discorreu sobre o papel da categoria em um momento delicado da política nacional. “Como advogado me orgulho profundamente da minha profissão. Porque o advogado é que dá voz a quem não tem diante dos poderosos. O Brasil atravessa um momento complicado da sua história. Por um lado há um trabalho excepcional da Lava Jato, mas ao mesmo tempo ela tem aberto portas para alguns excesso praticados em nome da Justiça. A justiça é a Lei, nem mais nem menos. E nesse contexto o advogado tem um papel fundamental”, disse.
Antônio Penteado Mendonça O presidente da Sociedade Heráldica e Humanística, comendador Dom Galdino Cochiaro, explicou que foi a primeira vez que a comenda ‘Ordem de Saint Yves de Treguier’ foi entregue na Câmara Municipal. “A Soberana Ordem do Mérito de Sain Ives está sendo instalada hoje. Além disso, comemoramos o Dia da Justiça e trouxemos várias pessoas de diversas regiões do país para lembrarmos a data e também para darmos a honra ao doutor Ives Gandra, que é o nosso chanceler-mor e está conosco há 30 anos. Não só a ele, mas também ao ex-ministro Gregori e ao Penteado Mendonça, que representa tão bem a classe dos advogados”. A solenidade, que ocorreu no Plenário da Câmara, teve o apoio do gabinete do vereador Gilberto Natalini (PV). (Dezembro de 2017)
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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Esporte em Destaque
Vinícius Alves
Futsal de Base botucatuense é dos destaques do esporte no final do ano Equipes Sub-17 fazem história ao chegar às finais da Liga Paulista de Futsal A reta final de 2023 é comandada pelos jovens atletas do esporte botucatuense! Nas disputas de futsal, as equipes masculina e feminina de Botucatu agitam as quadras na reta final das competições. O maior destaque fica para os times da categoria Sub-17 do futsal. Na disputa da Liga Paulista de Futsal, tanto o time masculino como o feminino fizeram história ao alcançar a grande final do torneio estadual. No feminino, a classificação veio na emocionante vitória por 3 a 2 sobre a equipe do ASF São Carlos, com o gol da vitória sendo marcado nos últimos milésimos. Com o triunfo, o time deu a volta por cima já que no primeiro semestre havia sido derrotado pelo time de São Carlos: (3 a 3 no tempo normal e 2 a 0 na prorrogação), o que causou a desclassificação. No entanto, desta vez, com o triunfo do sub-17, Botucatu garantiu pela primeira vez a vaga na final na Liga Paulista, tendo como destaque dessa semifinal a goleira Ketelin (Tocão). A grande final do Sub-17 feminino da Liga Paulista será no próximo dia 09 (sábado), contra o CATS
Taboão, às 16:15 no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo do Campo. Para a decisão, o grande trunfo de Botucatu é a atleta Maria Martins, artilheira da Liga com 14 gols e que assinalou os 3 gols equipe na semifinal. Entre os homens, Botucatu também fez bonito, com o seu time Sub-17 também alcançando a grande decisão da LPF. Na disputa da semifinal, a equipe masculina também enfrentou dificuldades, superando o Desportivo Mogiano pelo placar de 2 a 1, partida em que contou com o talento e os gols de Filipe Barduco e Fabinho. Agora, na grande decisão, os garotos do Sub-17 terão pela frente o time da AD Prudente. A decisão também será no próximo dia 09 (sábado), a partir das 17:45 no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo do Campo. Com suas duas equipes na decisão de uma competição de nível estadual, Botucatu dá mostras de que possui em formação, uma grande geração de atletas, que poderão levar a cidade a grandes conquistas no esporte pelos próximos anos.