Diário da Cuesta ANO IV
Nº 974
QUARTA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2023
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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O TÚNEL DO TEMPO: Senador Moraes Barros X Capitão Tito Côrrea de Melo “O Senador Manoel de Moraes Barros está ligado à história de Botucatu, mesmo tendo sido, junto com seu irmão, chefe político em Piracicaba. Hernâni Donato ao focalizar em seu “Achegas”, com a costumeira precisão, o período de nossa cidade dominado pelo Capitão Tito Correia de Melo, genro do benfeitor José Gomes Pinheiro, nos relata a atuação do Senador Moraes Barros. Página 2
CARREATA DE NATAL encanta com luz e alegria. Show! No domingo, mais uma vez, a tradicional Carreata de Natal da Transportadora Phenix encantou a população de Botucatu. O evento natalino contou com a participação de mais de 20 caminhões festivamente decorados, iluminando as ruas da cidade e encantando moradores e visitantes. Milhares de pessoas foram às ruas acompanhar o show das carretas, que contou até com a presença do Mickey e Papai Noel. (Fonte: Botucatu Online) (FOTOS: DESCUBRA BOTUCATU)
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O Senador Moraes Barros e Botucatu no Túnel do Tempo...
“Alguém deve rever, escrever e assinar os autos do passado antes que o tempo passe tudo a raso.” Cora Coralina É com muito orgulho que tenho procurado resgatar e registrar a ligação do Senador Manoel de Moraes Barros com a história de Botucatu. A rua MORAES BARROS, no centro da cidade, mostra a deferência que Botucatu teve com esse respeitável político de Piracicaba. Aliás, os nomes de ilustres piracicabanos fazem parte da construção da cidadania em Botucatu, entre tantos, cabe o registro de Dona Isabel de Arruda (benemérita da Misericórdia Botucatuense), do Conde de Serra Negra (o maior produtor de café do Brasil na Monarquia e na República, tinha fazendas em Botucatu, além da Fazenda Lageado, de seu irmão, Dr. João Batista da Rocha Conceição) e mais recentemente, Alceu Maynard de Araújo, que se orgulhava de se considerar um “botucudo” mesmo tendo nascido em Piracicaba. Veio ainda criança para Botucatu e aqui estruturou sua vida formando-se na Escola Normal e depois ganhando o mundo como intelectual de destaque que abriu as portas da APL – Academia Paulista de Letras aos botucatuenses.
SENADOR MORAES BARROS
“Nascido em Itu (SP), em 1º de maio de 1836, e falecido no Rio de Janeiro, em 20 de dezembro de 1902, Manoel de Moraes Barros, irmão de Prudente de Moraes, foi advogado e político. Bacharelado em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1857, foi logo nomeado promotor público da Constituição (que era o nome, na época, de Piracicaba; a cidade voltaria a ser Piracicaba em 1877, por iniciativa de Prudente), onde fixou residência. Foi, também, nessa cidade, juiz municipal e de órfãos, de 1862 a 1864.. Iniciou sua carreira política em 1870, no Partido Liberal, sendo um dos primeiros a aplaudir o manifesto republicano de 3 de dezembro de 1870, enviando ao jornal A República, junto com Bento Barreto do Amaral Gurgel, Benício Dutra, Jaime Pinto de Almeida e outros, uma manifestação de aplauso, que era uma verdadeira profissão de fé republicana. Em 1873, participou da Convenção de Itu (realizada a 18 de abril, na residência de Carlos Vasconcelos de Almeida Prado), já que, ao lado de Bento Barreto do Amaral Gurgel, ele era um dos líderes republicanos de Piracicaba; além disso, fez parte dos vários congressos republicanos, sempre como delegado, ou representante dos clubes republicanos locais, como acontecera a reunião de Itu. Nessa ocasião já era maçom e pertencia ao quadro da Loja “Beneficência Iutana”, de Itu (SP), fundada em 29 de abril de 1873; também foi fundador da Loja “Piracicaba”, em 1875, juntamente com seu irmão Prudente de Moraes e outros trinta e três maçons; esta loja foi uma das onze da Província de São Paulo a fazer parte do Grande Oriente Unido, de Saldanha Marinho. Em 1884, Manoel foi eleito deputado provincial para o biênio 84/85; depois, foi vereador à Câmara Municipal de Piracicaba, sendo, no seu primeiro ano de mandato (1888), presidente da casa. Ao ser proclamada a República, foi, no dia 16 de novembro, nomeado delegado de polícia da cidade. Foi deputado à Constituinte nacional e relator do orçamento da Justiça, na Câmara dos Deputados, em 1891 e 1892; de 1892 a 1893 foi membro da comissão de orçamento e seu presidente. Reeleito, em 1893, deputado federal, foi presidente da primeira câmara legislativa da União, após a Constituinte. Senador, em 1895, na vaga deixada por seu irmão Prudente de Moraes, ao assumir a presidência da República, ele ocupou o cargo até falecer, em 1902. (Extraído do livro “A Maçonaria e o movimento republicano brasileiro”, de José Castellani - Editora”
COMBATENDO O CAPITÃO TITO
“O Senador Manoel de Moraes Barros está ligado à história de Botucatu, mesmo tendo sido, junto com seu irmão, chefe político em Piracicaba. Hernâni Donato ao focalizar em seu “Achegas”, com a costumeira precisão, o período de nossa cidade dominado pelo Capitão Tito Correia de Melo, genro do benfeitor José Gomes Pinheiro, nos relata: ”Começa a era Tito Correia de Melo. Por volta de 1847 fixou-se na vila um jovem mineiro que residira em São Paulo, Rio Claro, Itu e Itapetininga onde tomou por esposa uma filha de José Gomes Pinheiro, razão da sua vinda para as terras que o sogro possuía. Todo o resto do século e os primeiros anos da centúria se-
Diário da Cuesta guinte ressoarão com os ecos da atividade do Capitão Tito. A esse dilatado período chamou-se “era Capitão Tito”. Pois bem, o Capitão Tito Correia de Melo e o Advogado Manoel de Moraes Barros representavam, respectivamente, Botucatu e Piracicaba, como Deputados, na Assembléia Provincial do Império. Ainda no “Achegas” do Hernâni Donato, encontramos um perfil da “era Capitão Tito”: “Liderou com mão de ferro a política do 5º distrito, elegendo-se deputado algumas vezes, impondo vontade absoluta por todos os meios em uso na política...” Na época, Botucatu ficara famosa pelos “métodos” do Capitão Tito. Continua o relato de Hernâni: “No “A Província de São Paulo” (“O Estado de S. Paulo”) nomes fulgurantes da política e do jornalismo como Rangel Pestana, Ezequiel Freire fulminavam o procedimento do deputado por Botucatu, apontado megalomaníaco qual Napoleão e outros “tiranos”, além de Luiz XIV que seria o exemplo mirado pelo denunciado. Ezequiel Freire assinou, no dia 18 de fevereiro, longo artigo intitulado ”De Omnibus Rebus – Piadas Parlamentares”. A certa altura, resumindo o discurso de Moraes Barros, elenca: “Lamentou s.ex. a impunidade em que até hoje tem vivido os autores dos atentados praticados pela horda contra o juiz de direito Ernesto Xavier, contra o juiz municipal Marcelino de Carvalho, contra o Dr. Barros Barreto, contra o Dr. Rocha, assassinado; contra muitos outros. Declarou que Botucatu, por causa desses mandões, nem tem garantida a justiça, nem tem crédito rural, nem cousa nenhuma; - que não há caixeiros que vão lá proceder cobranças, porque seriam logo colocados na alternativa de fugir ou morrer; - que o Banco de Crédito Rural não empresta dinheiro a fazendeiros de Botucatu porque lá não existe justiça, mas arbítrio e garrucha; - que não há advogados que aceitem o patrocínio de causas naquele fôro, de medo de serem expulsos ou assassinados, etc. etc. Terminou o Sr, Moraes Barros denunciando a tentativa de assassinato de que foi vítima no dia 27 do corrente o atual promotor dr. Christiano Ritt, e requereu informações ao Governo.” Após 1884, aumentou o cerco às “atividades” do Capitão Tito. O assassinato de Quinzote, em dia de eleição, foi o fato que celou o futuro do Capitão Tito. O historiador botucatuense, dr. Sebastião de Almeida Pinto, em seu livro “No Velho Botucatu” (editado no Centenário de Botucatu, em 1955), nos relata: “O velho deputado provincial, tão combatido e discutido, merece um estudo especial, que até hoje não foi feito. As opiniões a seu respeito, são as mais diversas e controvertidas (...) Para uns, Tito era um bom homem, um grande chefe. Para outros, era truculento, vingativo e perigoso...” E sobre o assassinato do Quinzote, Tião de Almeida Pinto, descrevia: “...mandou uns cabras de confiança, chefiando capangas, dar um susto nos eleitores. Espantando-os. Coisinhas de nada. Umas porretadas, umas cachuletas e, no máximo, uns tiros para o ar. Entretando, as coisas não correram tão simples assim. O Quinzote que não era de matar com a unha, reagiu na altura. E não se intimidou com a turma. Deram uns tiros para o ar. E Quinzote continuou a avançar, seguido pelos eleitores. Nessa hora, Firmino Toreador, capanga do Capitão Tito, enraivecido, exorbitou. E fez a barbaridade. Meteu um balaço no Joaquim de Freitas. Matou o Quinzote, que era primo de Carlino de Oliveira e do Chico Padeiro. Ao que parece, Firmino e Quinzote eram velhos desafetos. Houve pânico. Os eleitores debandaram. Tito ganhou a eleição. Mas não adiantou. Parece que o sangue de Quinzote trouxe azar tremendo. O velho chefe, desde a morte do rapaz, entrou numa decadência sem fim. E acabou, como dizem, obscuramente. Num ostracismo completo. Velho. Cego. Desprestigiado. Derrocado em toda a linha. E tinha sido um grande lutador. Coisas do Mundo.” O então prestigiado jornal “O CORREIO PAULISTANO”, de 20/12/1952, em matéria comemorativa do cinquentenário de falecimento do Senador Manoel de Moraes Barros, destacava: “Dois episódios servem para definir a personalidade do senador Moraes Barros: como republicano à Assembléia da Província, moveu da tribuna uma campanha sem tréguas contra o mandonismo do seu colega Tito Correa de Melo, chefe político de Botucatu, obrigando o mandachuva a renunciar o mandato...” (do livro “Memórias de Botucatu”, de 1990, de Armando Moraes Delmanto). É Registro Histórico!
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NO TÚNEL DO TEMPO FAMILIAR
Sou descendente, pelo lado materno, de tradicionais troncos paulistas da família Moraes Barros. Sendo meu ascendente o Senador Manoel de Moraes Barros, irmão de Prudente José de Moraes Barros – 1º presidente civil do Brasil, ambos maçons e republicanos, sendo o Senador Manoel de Moraes Barros avô de meu avô materno, Manoel de Camargo Moraes. O SENADOR MORAES BARROS E O PRESIDENTE PRUDENTE DE MORAES ERAM CASADOS , NO MESMO DIA, COM DUAS IRMÃS GÊMEAS... Na minha infância ia todo ano de férias para São Pedro e Piracicaba. Quando ia com meu avô “Caturra” (Manoel de Camargo Moraes), apelidado por meu pai porque era muito teimoso... Piracicaba era então uma grande cidade e muito calma ainda... Tinha o bonde, a Esalq, e o maravilhoso Mirante, com seu restaurante servindo o “pintado no espeto”, pescado ali no rio... A penúltima vez que estive em Piracicaba, junto com os professores Francisco Carlos Sodero e Jair de Moraes Neves, de origem piracicabana, em 1968, almoçamos no Restaurante Mirante. Inesquecível. Em 2006, portanto mais de 35 anos após a última visita, lá estava eu de novo... Com a Beth e o Marcelo fomos em busca de registros familiares. Almoçamos no Mirante e comemos o “pintado na brasa”, só que os peixes, nessa época, vinham do Mato Grosso, a poluição do Rio Piracicaba já era uma realidade. E tivemos sorte. Pouco tempo depois foi fechado o famoso restaurante do Mirante. Depois de um tempo, consta que foi reaberto. Pois bem, além do almoço, fizemos a nossa peregrinação: fomos ao “MUSEU HISTÓRICO E PEDAGÓGICO PRUDENTE DE MORAES”, localizado na antiga residência do Primeiro Presidente Civil do Brasil, com rico acervo museugráfico e museológico contemplando a vida pública do ilustre homenageado, além da História de Piracicaba. Na ocasião, obtive da coordenadora, a informação preciosa de que familiares dos Moraes Barros vieram, no início da colonização, da cidade deViseu/Portugal. Após visita ao Museu, em 2006, fomos ao Cemitério visitar o túmulo de meus avós (Manoel de Camargo Moraes e Isaura Telles de Moraes) e conhecer os túmulos de Prudente e Manoel de Moraes Barros. É imponente, verdadeiro mausoléu a perpetuar a história desses ilustres brasileiros!
Restaurante Mirante - Piracicaba/2006 Marcelo, Beth e Armando.
Mirante rio Piracicaba
Mausoléu de Manoel de Moraes Barros
Mausoléu de Manoel de Moraes Barros /Marcelo
Mausoléu de Manoel de Moraes Barros/Armando.
Mausoléu de Prudente de Moraes/Marcelo
Museu Histórico e Pedagógico PRUDENTE DE MORAES. Repara na minha testa e na do busto...
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ENDIREITAI A ESTRADA Padre Edevilson de Godoy
Duas lembranças me veem à memória. A primeira remonta a infância na roça. A criançada daquele tempo ficava feliz quando a máquina aparecia para arrumar a estrada. De algum jeito, que não conseguíamos entender, a restauração da estrada era grandemente significativa a todos nós. Brincávamos, corríamos e vibrávamos com aquilo. A segunda me leva a Berlim, precisamente, ao memorial do holocausto, me chamou muita atenção. Pedras escuras e baixas representando túmulos, colocadas de maneira desordenadas, ou seja, não em linha reta; terreno acidentado, à medida que se caminha no meio delas vão aumentando a altura a ponto de ficarem mais alta que a pessoa para no final, no outro lado do quarteirão, tornarem-se novamente baixas como no início. O Memorial aponta que o caminho da existência humana é cheio de curvas. Contradições, ódio, iniquidade, intolerância e autoritarismo entortam a humanidade.
Memorial do Holocausto
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O profeta João Batista, desde Isaías, nos pede no imperativo: “endireitai sua estrada”. Com certeza esse endireitar caminhos tem uma dimensão espiritual. No sentido de reconciliar-se com Deus, participar da comunidade, renovar a fé. Todavia, sua maior relevância está na convivência humana. Toca nas relações familiares, sociais e ecológicas. A “curva” é a metáfora das desumanidades, injustiças, maldades e desamor. O jeito como nos relacionamos com os vulneráveis, o uso do poder financeiro para oprimir pessoas, a cultura do descarte, a indiferença diante do sofrimento, da fome e de outras mazelas sociais. Por fim, a crise ecológica coloca-nos um imperativo ético. O desrespeito à natureza, a poluição, a mentalidade utilitarista e destruidora, a forma como convivemos com a terra e a criação podem “entortar” os caminhos de toda a comunidade. Jesus de Nazaré é um reconstruidor de caminhos. Cauterizador de feridas. Cuidador da vida. Embora, a tradição ocidental tenha enfatizado a força da individualidade e do subjetivismo; o potencial da liberdade e da inteligência. O cristianismo não abre mão da graça como luz do alto que ilumina nossas decisões. Nesse sentido, a nobre missão de endireitar a estrada é um caminho percorrido na fé; um processo de conversão. Endireitar a estrada é tarefa bela e, paradoxalmente, complexa. Precisa coragem. Tem que sair da zona de conforto. Reconhecer erros, fracassos e perrengues. Demanda humildade, resiliência, desejo de começar de novo. O motivo para esse serviço – endireitai a estrada – é encontrar Cristo, celebrar o natal do evangelho. Descobrir a humanidade de Deus que nos exorta a tornarmos cada vez mais humanos nas relações. Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, tão humano que para ser humano desse jeito era Deus. Ele nos revela o rosto íntimo de Deus e do homem ao próprio homem. Aproximar-se dele nos ensina a relacionar-se com o próximo, principalmente, os vulneráveis. Meu caros e caras – endireitai a estrada – significa tornar-se uma pessoa melhor, mais humana, instrumento da paz, do amor e da solidariedade. Ainda que o caminho da vida seja marcado por momentos tortuosos e acidentados. Deus está do nosso lado nos amando e nos ajudando cada dia a buscar a retidão. Em nome da fé, na alegria do tempo de natal que se aproxima. Vamos lá – endireitar a estrada. Façamos com a leveza das crianças que corriam atrás da máquina concertando a estrada. Acreditem: o amor de Deus vai nos ajudar!
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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LEITURA DINÂMICA 1
– No Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes, em Piracicaba, o busto do primeiro presidente civil do Brasil.
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– Os dois irmãos, Prudente José de Moraes Barros e Manoel de Moraes Barros, tiveram uma trajetória política de destaque no Estado de São Paulo e na consolidação da República no Brasil. Ambos advogados, formados pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP), lutaram sempre pelo Estado Democrático de Direito.
Declarou que Botucatu, por causa desses mandões, nem tem garantida a justiça, nem tem crédito rural, nem cousa nenhuma; - que não há caixeiros que vão lá proceder cobranças, porque seriam logo colocados na alternativa de fugir ou morrer; - que o Banco de Crédito Rural não empresta dinheiro a fazendeiros de Botucatu porque lá não existe justiça, mas arbítrio e garrucha; - que não há advogados que aceitem o patrocínio de causas naquele fôro, de medo de serem expulsos ou assassinados, etc. etc. Terminou o Sr, Moraes Barros denunciando a tentativa de assassinato de que foi vítima no dia 27 do corrente o atual promotor dr. Christiano Ritt, e requereu informações ao Governo.”
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– O advogado Marcelo Delmanto em visita ao Cemitério da Saudade/Piracicaba (2006), aos túmulos do presidente Prudente de Moraes e de seu irmão, o senador Manoel de Moraes Barros.
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– “O Senador Manoel de Moraes Barros está ligado à história de Botucatu, mesmo tendo sido, junto com seu irmão, chefe político em Piracicaba. Hernâni Donato ao focalizar em seu “Achegas”, com a costumeira precisão, o período de nossa cidade dominado pelo Capitão Tito Correia de Melo, genro do benfeitor José Gomes Pinheiro, nos relata: “Lamentou s.ex. a impunidade em que até hoje tem vivido os autores dos atentados praticados pela horda contra o juiz de direito Ernesto Xavier, contra o juiz municipal Marcelino de Carvalho, contra o Dr. Barros Barreto, contra o Dr. Rocha, assassinado; contra muitos outros.