Diário da Cuesta ANO IV Nº 977 SÁBADO/DOMINGO/SEGUNDA-FEIRA, 23, 24 E 25 DE DEZEMBRO DE 2023
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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O Natal é a data em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo. É nessa época que nos reuniu entre os nossos para comemorar o nascimento de Jesus Menino que é o sentido do Natal. Nunca se esqueça que Natal não é Papai Noel somente, mas a comemoração do nascimento de Jesus. Enfim, aproveite o Natal com alegria, pois Natal é sem sombra de dúvidas a Festa da Família! Esses são os votos do Diário da Cuesta!
Feliz NATAL!!!
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ARTIGO
Diário da Cuesta
Os referenciais maiores da “alma paulista”...
A poesia de PAULO BOMFIM a homenagear a cidade de Botucatu – EU VOU PRA BOTUCATU ! -, tornou-se a oração de amor à cidade dos BONS ARES E DAS BOAS ESCOLAS! Verdadeiramente é um privilégio: o saudoso Príncipe dos Poetas Brasileiros homenageando Botucatu, em 2001, com a poesia EU VOU PRA BOTUCATU e escrevendo a carta de 1993, na qual o poeta exalta a nossa cidade. Nasceu na Capital, em 1926 e faleceu em 2019, tendo recebido inúmeros prêmios, com destaque para o Prêmio Juca Mulato, em 1981. PAULO BOMFIM pertenceu à Academia Paulista de Letras e produziu extensa obra: Transfiguração (1951), Relógio do Sol (1952), Cantiga do Desencontro e Poemas do Silêncio (1954), Armorial (1954), Quinze anos de Poesia e Poema da Descoberta (1958), Sonetos (1959), Colecionador de Minutos e Ramo de Rumos (1961), Antologia Poética (1962), Sonetos da Vida e da Morte (1963), Tempo Reverso (1964), Canções (1966), Poemas Escolhidos (1973), Praia de Sonetos (1981), Sonetos do Caminho (1983), Súdito da Noite (1992), 50 Anos de Poesia (1999),
ARTIGO REFLEXÃO DO REVERENDO ANTONIO COINE A manjedoura de Jesus. O que significa ela no plano da Redenção? Agostinho interpretou o significado da manjedoura com um pensamento que pode, à primeira vista, parecer quase inconveniente, mas, examinado mais atentamente, encerra uma verdade profunda. A manjedoura é o lugar onde os animais encontram o seu alimento. Agora, porém, jaz na manjedoura Aquele que havia de apresentar-Se a Si mesmo como o verdadeiro pão descido
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
ESTATUA PRODUZIDA POR LUÍS MORRONE EXPOSTA NO PARQUE DO IBIRAPUERA
Sonetos e Aquele Menino (2000), O Caminheiro (1991), Tecido de Lembranças (2004), Rituais (2005), Janeiros de Meu São Paulo (2006) e Cancioneiro (2007).
Particularmente, trago boas lembranças de Paulo Bomfim. Ainda calouro da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco tive a oportunidade de conhece-lo... Através de meu padrinho no jornalismo – o saudoso jornalista Arruda Camargo -, participei no final dos anos 60 de reunião na casa do poeta, quando fui por ele apresentado à “verdadeira instituição cultural” que era Aureliano Leite e para a “lenda viva”, o “Tribuno da Revolução Constitucionalista”, Ibrahim Nobre... Imaginem o que isso significou para um jovem estudante “botucudo” que chegava à capital cheio de sonhos e encontrava, de uma só vez, “os referenciais maiores da alma paulista...” Em suas palavras, o seu retrato: “Procuro renascer todos os dias. Não concordo em morrer vivo. Sou um rebelde de paletó e gravata, um grão que teima em não virar massa, um pássaro que persiste no canto dentro da gaiola dos horários. Gosto de morar em pessoas, de falar dialetos de ternura e de dar asas a tudo o que me cerca. Creio na alquimia de certos encontros e que a eternidade é uma questão de garra e de graça...” Assim foi o poeta... (AMD)
A MANJEDOURA do céu, como o verdadeiro alimento de que o homem necessita para ser pessoa humana. É o alimento que dá ao homem a vida verdadeira: a vida eterna. Dessa forma, a manjedoura torna-se uma alusão à mesa de Deus, para a qual é convidado o homem a fim de receber o pão de Deus. Na pobreza do nascimento de Jesus, delineia-se a grande realidade, em que misteriosamente se realiza a redenção dos homens.” (A Infância de Jesus, J.Ratzinger, pg.61). Acervo Diário da Cuesta. DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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ARTIGO
CARTÕES DE NATAL ELDA MOSCOGLIATO Perde-se num passado distante, a origem dos cartões de Natal. O termo, em sua exata acepção prende-se a esboços de pintura. Usaram-no já no século XVI, os grandes pintores renascentistas, Michelangelo, da Vinci, Rafael, deles se utilizaram para seus primeiros ensaios, e valiosos, de seus murais e esculturas. Seria esse seu aspecto utilitário. Os cartões sociais propriamente ditos, teriam sua origem com o advento dos correios. A indústria inglesa da “imprimerie” desenvolveu com arte a confecção de tais cartões. Temos sob os olhos a reprodução de vários tipos deles. De tamanhos diversificados, em preto e branco, coloridos, com alto e baixo-relevo com flores, crianças e mulheres; traziam as mais diversas mensagens inclusive a de tão divulgada hoje promoção da indústria tipográfica. Davam tais cartões, mais para o humorismo, para a crítica. O Cristianismo assenhoreou-se dos cartões. Transformou-os em mensagens de fraternidade universal, em amor. Vemo-lo estampados no papelão, no fino cetim bordado a fio de seda, dourado e artístico. Reproduzem pinturas célebres, paisagens tradicionais. Muitos deles estampam inclusive, melodias natalinas. Há, em fina celuloide, a reprodução inteira, do “Chistmas Carol”, canção popular inglesa, a quatro vozes. Vinhetas as mais lindas e coloridas completam os antigos cartões, adornados muitos, com artísticas iluminuras que repre-
Diário da Cuesta sentam riquíssima criatividade. Hoje prevalece mais, a simplicidade evangélica do Presépio. Pastores, magos, cordeiros, a Estrela de Belém, o perfil da Sagrada Família, os areais, tocam-nos mais a sensibilidade. Tudo que diga da autenticidade do Advento. As mensagens cifram-se numas poucas e ternas palavras. Os melhores augúrios. Temos recebido todos os anos a mensagem dos Artistas Pintores aleijados. Enviam-nos a reprodução de seus belos trabalhos. Artistas sem mão, que pintam com os pés, e a boca num esforço inaudito de sobrevivência com dignidade. Infundem-nos profunda admiração. São dignos de serem incentivados. Há grandeza em seus quadros de grande beleza. As crianças da APAE enviaram-nos suas lindas mensagens. Uma onda de ternura invade-nos o coração ao sabê-las tão singelas, tão carentes de amor e de compreensão. O que dizer das mestras abnegadas que se dedicam a esses cerebrozinhos embotados, incapazes de externar tudo que lhes vai n’alma? Elas mesmas, as crianças, pintaram e desenharam. Tudo tão simples, tão lindo, e tão comovente! Há dois anos já, recebemos os cartões confeccionados pelas Servas do Bom Pastor, de São Paulo. É uma congregação religiosa das antigas penitentes. Essas irmãs tem o mais árduo e belo trabalho missionário: a reabilitação dos que perderam a Fé e os caminhos do Bem. Vivem do trabalho. Sua especialidade é o cartão. Em fino papel-pergaminho. Nele, elas tecem, com uma paciência de artistas, os mais delicados bordados, com a ponta de alfinete. Quanto tempo levarão para confeccionar uma só das vinhetas que produzem, não o podemos nem sequer avaliar. Cada cartão, é um, rendilhado precioso. Além do entremeio, fazem também, as rendas de ponta. São lindos. Como se não bastasse, pintam-nos também. Com delicadeza invulgar. E em manuscrito, estampam as mais lindas frases em simplicidade e beleza. Neste Natal, todos os nossos amigos vão receber um cartão desses.
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CRÔNICA DE NATAL
Olavo Pinheiro Godoy Academia Botucatuense de Letras
O Natal é essencialmente cristão. Nem o Natal pode ser Natal, se não for cristão, animado pela mesma seiva original, que lhe deu vida através dos séculos. Natal sem Cristo reinante nas almas, durante as comemorações particulares e públicas, é tudo menos Natal; quando, sob outro sentido, que não o próprio, se adote o nome, é abuso e sacrilégio. O Natal é uno. Se cada povo tomou sua forma de o celebrar, nem por isso perdeu a significação cristã. Se, porém, se desvia da mística do Natal de Cristo, e quebra a ligação com o simbolismo vivo da liturgia, esse Natal morreu, para dar lugar a qualquer outra coisa, que já não é o Natal. O meu inesquecível amigo Sebastião da Rocha Lima, costumava comentar que nesta vida dinâmica, o homem vive sempre a bracejar doidamente para não perder tempo, o precioso tempo em amealhar riquezas. E nem sequer lhe chegam aos ouvidos embotados os sons dos sinos, com a alma tomada pelos vendilhões, não lhe causam mais efeitos as palavras do Mestre, repetidas ainda hoje pelos escribas, mecanicamente, nos sempre velhos tempos. Essa vida moderna, todavia, cria o critério amorfo, e neutro, dessas modas correntes. A consciência, adormecida, sem dar pelo perigo, aceita o corrosivo, e entrega-se gostosamente como a escondida morfina, que aniquila os ímpetos, ainda com viços de primavera. A lição dos fatos está bem à vista. Abra os olhos quem pode ainda abri-los com a humildade humana de quem sinceramente sente que se enganou. O Natal é amor ao próximo, porque só assim é Natal, e será quando todos nós convencermos de que ele é força espiritual e símbolo aliciante de unidade entre os homens e de paz na terra.
Você Sabia ??
Que a Embaúba é uma árvore típica do cimo da Cuesta de Botucatu? Pois é, a Embaúba que também é conhecida por Umbaúba, Ambaíba, Ambaúba, Imbaúva ou Imbaúba, é árvore da família das Moráceas (cecropia palmata); é árvore de tronco indiviso. Embaubal é o bosque de embaúbas. Também é chamada de árvore-dos-macacos ou árvore-da-preguiça ou torém. O antigo traçado férreo da Sorocabana passava por Vitória (Vitoriana), Lageado e...Embaúba... Sim, Embaúba é uma pequena Vila pertencente a Botucatu que até hoje é procurada pelos amantes da pesca por ser um local ideal e piscoso. Hoje, o descuido e o desrespeito à natureza reduziu muito o número de Embaúbas em nossa região, mas podem ser encontradas na Cuesta e em vários pontos verdes de nossa cidade.
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"Dia da Bondade" MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA
Dias atrás num desses posts vi que era o "Dia da Bondade" e uma foto significativa de uma criança abraçando a outra, quaisquer dizeres a respeito, achei bonito. Agora todo dia é Dia de alguma coisa, já repararam? Dia de alguma profissão, Dia da Árvore, Dia do Índio, dia disso, dia daquilo... O Natal chegando.. O comércio funcionando .. Enfeites de Natal. Cantatas, carreatas lindas... Fiquei procurando lá no meu íntimo "O Espírito do Natal", nestes dias complexos. Escavei fundo e nada. Não consegui visualizar. As pessoas fazendo campanhas, entregando presentes para crianças na periferia da cidade, vestidos de Papai Noel, coletando dinheiro para presentear os lixeiros da vila. Talvez porque faltam alguns dias, ainda não tenha me incorporado aquele tão falado "espírito natalino". Como diz aquela música "Natal todo dia", Bondade não deveria ser utilizada todo o tempo? Noite dessas, saímos com as amigas, fomos confraternizar comendo uma pizza. Na saída da pizzaria, um indivíduo bem nutrido, bem vestido, cara saudável nos abordou dizendo estar em "situação de rua", (palavras dele) e, quando nos negamos a dar-lhe dinheiro nos olhou com ar ameaçador. Um dos funcionários da pizzaria que gentilmente nos acompanhava veio em nosso socorro afastando o homem. Saímos de lá ainda olhando para todos os lados amedrontadas. Penso que o sentimento deveria ser espontâneo, atendendo os realmente necessitados; mas como vislumbrar com mais de 60.000 presos soltos na famosa saidinha de Natal? Quem sabe mudar o olhar? Mudar a situação? Mudar o interior? Esperar o Cristo nascer? Sabe de uma coisa? Ele não deveria estar em nós? Estar em cada ato, palavra, acão, no olhar para com o próximo? Porque esperar o Natal para nascer dentro de nós? O amor vai estar no presente que dermos na Noite de Natal? Ele está aqui dentro, vivo em nós e é todos os dias de cada mês, de cada ano. Basta acordar e reconhecer, e manifestar. A data é simbólica e o sentimento tem que ser real. Vencer a batalha do bem contra o mal todos os dias e em todas as horas não só dentro de nós. Feliz Natal, queridos! Gratidão a todos que me seguem! Gratidão "Diário da Cuesta" que me deu esta oportunidade! Que o Cristo renasça em nós todos os dias!
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LEITURA DINÂMICA
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– O Natal, dia 25 de dezembro, comemora o nascimento de Jesus Cristo, a figura mais importante do Cristianismo. Por esse motivo, para os cristãos, trata-se de uma das principais datas comemorativas, ao lado da Páscoa, em que se celebra a ressurreição de Jesus. O Natal teve origem em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno). Eles cultuavam o Deus Sol (natalis invicti Solis), e ainda realizavam dias de festividades com o intuito de renovação. Outros povos da antiguidade também celebravam a data, seja pela chegada do inverno ou pela passagem do tempo.
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– Com o Natal surgem vários sinais representativos dessa comemoração festiva, cada qual com um significado distinto e com origem pagã ou religiosa. Quando falamos no nascimento de Jesus, a representação mais presente na nossa cabeça é o presépio, afinal ele retrata o cenário onde o Menino nasceu. E aí, de forma conjunta ou isolada, conhecemos os elementos que nele figuram: a sagrada família, composta por Jesus, José e Maria, os três reis magos, o anjo e a estrela.O presépio recria a cena do nascimento do Menino Jesus. Você sabia que o primeiro presépio foi montado por São Francisco de Assis? Sim, foi no século XIII, na Itália, que São Francisco quis recriar a cena do nascimento de Jesus para explicar para o povo como teria acontecido.
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– ÁRVORE DO IBIRAPUERA/2007 - A árvore de Natal é um dos símbolos mais emblemáticos da festa. Nem todo mundo monta o presépio, mas a árvore, muita gente tem. A tradição de montá-la, numa proposta religiosa, é mais recente. Foi Martinho Lutero, a principal figura da Reforma Protestante, quem montou a primeira árvore em casa. Antes
de Lutero as pessoas já usavam árvores enfeitadas para comemorar a chegada do inverno. É justamente por isso que não se trata de uma árvore qualquer, mas um pinheiro, porque essa árvore é a que mais resiste aos invernos rigorosos. Ela é, portanto, símbolo de esperança e paz, assim como Jesus para os cristãos. Montada próximo da data festiva, a árvore é desmontada no Dia de Reis, em 6 de janeiro.
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– Mesa preparada para Ceia de Natal com o tradicional peru. E para finalizar, vamos à ceia! A sua origem vem da Europa, onde as pessoas costumavam deixar a porta das suas casas abertas para receber viajantes. Ela simboliza a união e a confraternização das famílias. Assim, na véspera de Natal, os familiares se reúnem à mesa para a tradicional Ceia de Natal. Na cultura brasileira é comum ter o peru de Natal, as frutas secas e o panetone.
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– Se a árvore é o símbolo mais emblemático, o Papai Noel é o personagem mais importante da festa. A figura do Papai Noel é inspirada em um bispo turco chamado São Nicolau. Ele costumava deixar moedas próximas às chaminés das pessoas mais necessitadas. É por isso que ele representa a generosidade que acaba invadindo os corações na época natalina.