Edição 985

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Diário da Cuesta ANO IV

Nº 985

QUINTA-FEIRA, 04 DE JANEIRO DE 2024

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br

SONHO REALIZADO: Campanário da Igreja de Lourdes

Há exato 1 ano, em 04 de fevereiro de 2022, eram colocados os 3 sinos do Campanário do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes que viria a ser oficialmente inaugurado em 12 de fevereiro de 2022, nas comemorações em louvor ao aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora de Lourdes ocorrida no dia 11 de fevereiro de 1858, em Lourdes, na França. A estrutura possui 15 metros de altura com 2,5 metros de largura, bem como peso de 60 toneladas (incluindo os três sinos) e está no estacionamento da igreja. Além de acomodar os três sinos da antiga torre, um lago artificial e projeto paisagístico completam o novo campanário. A concepção da estrutura teve início em 2019 e foi motivada por causa de danos existentes na torre principal. Havia o risco de ruptura devido ao peso dos sinos. Todo o custeio, que não foi informado pela Igreja, foi oriundo de campanhas feitas junto à comunidade. Nas páginas internas o histórico do Santuário de Lourdes e seu benemérito, Dr Cardoso de Almeida.

Conquista arquitetônica e histórica Com início em 2019, as obras para a construção do Campanário do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes teve o acompanhamento do Diário da Cuesta em 2020, 2021 e 2022. É uma grande conquista arquitetônica e histórica para a Igreja de Lourdes e para a cidade de Botucatu e região.


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Diário da Cuesta

artigo

VOCÊ SABIA?

CARDOSO DE ALMEIDA Um grande estadista!

Longe de nós a exaltação pura e simples do passado. Longe de nós a fuga poeirenta do dia a dia... Ao contrário, para nós, o passado é o instrumental indispensável para que cheguemos, sem traumas e excesso de erros, ao futuro. O que buscamos é o novo, a modernidade. No entanto, é necessário que se mantenha o liame, é necessário que se mantenha a unidade. A unidade histórica de uma cidade ou de sua comunidade. Passado, Presente e Futuro não são estanques. Muito pelo contrário... Na análise dos grandes vultos do passado de determinada comunidade conseguimos reconstruir o que essa comunidade foi no seu início e o papel de sua Elite no comando de seu processo evolutivo, a sua postura de liderança em termos regionais e até estadual. Ora, a Botucatu do início do século XX – o século passado! – tinha o seu Plano Diretor Municipal, tinha moderno e avançado sistema de tratamento de esgoto, tinha usina hidroelétrica própria, tinha sólido parque industrial, comércio forte, boas escolas, enfim, tinha liderança política... Essa liderança – a maior de todos os tempos! – representou uma fase áurea para Botucatu. A liderança do Dr. José (Juca) Cardoso de Almeida marcou época. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP) e cedo revelou sua vocação de político e estadista. Teve presença certa nas grandes conquistas de Botucatu à época. O prédio do Fórum (hoje, Pinacoteca) e o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes foram conquistas suas e tiveram projeto do famoso arquiteto Ramos de Azevedo (seu cunhado), sendo que para a construção da Igreja/Santuário tudo correu às suas expensas. Como Deputado Federal teve uma ativida-

de legislativa muito produtiva. Autor de várias leis, com destaque para a que criou a carreira policial, a que deu carreira vitalícia aos escrivães, a que organizou a Força Pública (Polícia Militar), a que proibiu acumulações de cargos remunerados, a que criou os Bancos Populares, a que criou a Bolsa de Café e a que fundou as Caixas Econômicas Estaduais, entre outras. Durante mais de vinte anos exerceu diferentes cargos de Secretário de Estado: foi Secretário da Justiça (Governo Campos Sales), Chefe de Polícia (Governo Bernardino de Campos), Secretário do Interior e da Justiça (Governo Jorge Tibiriçá), Secretário da Fazenda e Interino da Agricultura (Governo Rodrigues Alves), Secretário da Fazenda (Governo Altino Arantes) Presidente do Banco do Brasil (Governo Epitácio Pessoa). Ufa! Foi muito poderoso! Com a Revolução de 1930 e a subida de Getúlio Vargas ao Poder Federal, acabou exilado. Morreu, em Paris, em 1931. Revolução é Revolução e na fritura geral, até o os bons vão junto... O historiador botucatuense, Dr. Sebastião de Almeida Pinto dizia que “...o PERREPÊ, apesar dos pesares, era uma forja de estadistas e um celeiro de homens públicos...” No ano de 1995, a cidade de Botucatu comemorou o 1º Centenário do Grupo Escolar “Dr. Cardoso de Almeida”. É uma vida. É a presença positiva do passado. É o passado se fazendo presente e sinalizando o amanhã... Essa luz de nosso passado é que faz com que visualizemos, para o futuro, uma posição de destaque para Botucatu. Com a “intelligentzia botucatuense” retomando em suas mãos os destinos da cidade, propiciando o surgimento de novos e valorosos CARDOSOS DE ALMEIDA neste novo milênio. (AMD)

CENTENARIO DO SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DE LOURDES

Que a Cuesta é a forma de relevo escarpada em um dos lados e apresentando um declive suave do outro? Este verdadeiro “degrau”, que popularmente era conhecido como “serra”, passou a ser conhecido pelo nome da cidade próxima da qual assume proporções mais gigantescas: Cuesta de Botucatu. A Cuesta de Botucatu marca o início do Planalto Ocidental Paulista. Ela tem, na sua escarpa, o limite físico e humano entre o leste e o oeste do estado; só o rio Tietê a ultrapassa (fenda natural); rodovias e ferrovias que a cruzam serpenteiam por entre seus patamares mais suaves para atingir o topo e, depois, deslizar suavemente em direção aos limites com Mato Grosso e Paraná. No seu topo, a suavidade de um tipo climático que talvez tenha induzido os povoadores a reconhecerem ali os “bons ares”. Assim é a CUESTA: um relevo característico de regiões mexicanas, espanholas, francesas, sul-africanas e indianas, mas a Cuesta de Botucatu tem a sua identidade; por sua história, por seu significado; inclusive porque a partir dela se internacionalizou o nome “cuesta” e por se constituir, em nossa região, o espaço mais significativo e marcante do relevo paulista, ela é, por todos os aspectos um patrimônio natural, cultural, histórico, geológico e até artístico – fonte de inspiração para muitos artistas de nossa região.

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689 O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

Inauguração do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes e da Gruta, em 08/09/1918, com a presença do Dr. José Cardoso de Almeida, Frei Modesto, Monsenhor Paschoal Ferrari e Frei Luiz Maria de Sant´Ana, orador oficial.

Lançamento da pedra fundamental de construção do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, em 11/02/1911, com a presença do Dr. José Cardoso de Almeida, do Monsenhor Paschoal Ferrari, de Dom Lúcio Antunes, Bispo Diocesano e de Freo Luiz Mari de Sant´Ana, orador oficial


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Diário da Cuesta

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DE LOURDES A IGREJA QUERIDA DA POPULAÇÃO

O SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES é um marco na história religiosa de Botucatu. Tudo teve início pela iniciativa de nosso 1º Bispo Diocesano, DOM LÚCIO ANTUNES DE SOUZA com a colaboração efetiva do Dr. JOSÉ CARDOSO DE ALMEIDA , importante político botucatuense que exerceu os mais importantes cargos na administração pública e, sendo cunhado do Arquiteto Ramos de Azevedo, teve destaque na construção do Fórum de Botucatu e da Igreja de Nossa Senhora de Lourdes. O DR. CARDOSO DE ALMEIDA havia feito uma promessa no Santuário de Nossa Senhora de Lourdes , na França, pela recuperação da saúde de um de seus filhos. Conseguida a graça, esse benemérito botucatuense conseguiu, com apoio efetivo de nosso

fotos Cidinha Forti

primeiro bispo, a vinda dos frades capuchinhos para Botucatu. Doou a área para a construção do Santuário, conseguiu o projeto com seu cunhado Ramos de Azevedo e, sob sua responsabilidade financeira, viu transformar em realidade a construção e inauguração do SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES.

Arquiteto Ramos de Azevedo

A pintura interna da Igreja ficou a cargo dos pintores italianos Pietro e Ulderico Gentili que a partir de 1936 realizaram um trabalho admirável. foto Adelina Guimarães

Placa na entrada do Santuário em homenagem a Cardoso de Almeida

O MAIOR BOTUCATUENSE DE TODOS OS TEMPOS As crônicas antigas do cerimonial católico conta-nos da piedade e unção do povo de Deus destas bandas comandadas por Monsenhor Ferrari, zeloso sacerdote da época. Os atos religiosos que marcavam o calendário santo tinham toda a grandeza e a poma da Liturgia de então. As várias cerimonias da Semana Santa contavam sempre com a presença fiel das autoridades enfarpeladas em trajes a rigor. A grande procissão de Corpus Christi saía, regularmente, ao meio dia, num longo trajeto. O pálio do Santíssimo, carregado pelas autoridades, tinha sempre ao seu lado um ilustre botucatuense vindo, onde quer que estivesse, para o ato religioso. Com respeito humano, na pública confissão de fé religiosa,

fazia a guarda do Santíssimo Sacramento e após, segurando uma das hastes do pálio, percorria as ruas vermelhas e esburacadas em demanda da Matriz. Esse era o então político Dr. José Cardoso de Almeida. Católico praticante, piedoso e contrito, cuja presença assegurava à Igreja sua fidelidade e ao povo seu grande e sério apoio. Foi então que Botucatu cresceu. O Dr. Cardoso de Almeida demorava-se entre os seus por alguns dias. Visitava a Santa Casa de Misericórdia do Dr. Costa Leite e o Santuário do Convento Franciscano de Lourdes de que se fizera grande benfeitor.

Na roda de amigos ouvia os justos anseios dos políticos locais. Seu apoio era inestimável. Graças a ele e aos seus trabalhos como Deputado Federal, tivemos para nós, botucatuenses, a instalação da Escola Normal Oficial, do Bispado Diocesano, o serviço de águas e esgoto, a energia elétrica e a ereção do Santuário de Lourdes de que foi o grande benfeitor. Muito trabalhou para que Botu-

catu se classificasse entre outras, como um grande núcleo educacional do Interior. Com a vitória da Revolução de 1930, ele foi exilado e morreu, um ano depois, a 6 de Outubro de 1931, em Paris. O Dr. José Cardoso de Almeida foi o maior botucatuense de todos os tempos. ELDA MOSCOGLIATO Acervo Peabiru


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LEITURA DINÂMICA 1 - A pintura interna da Igreja ficou a cargo dos pintores italianos Pietro e Ulderico Gentili que a partir de 1936 realizaram um trabalho admirável. Como a espôsa de Ulderico teve que ser operada, o pintor presenteou o Dr. Antônio Delmanto com o quadro da Igreja de Lourdes, em 1943. É uma obra magnífica e já faz parte do Patrimônio Cultural de Botucatu. Quando da publicação do Centenário do Santuário de Lourdes, o filho de Gentilli enviou uma mensagem:

“Parabéns pelas postagens e divulgação. Daniel Gentilli (filho de Ulderico Gentilli).”

2 – Placa na entrada do Santuário em homenagem a Cardoso de Almeida, iniciativa da Ordem dos Capuchinhos em agradecimentos a seu padrinho e benfeitor.

3 - O DR. CARDOSO DE ALMEIDA havia feito uma promessa no Santuário de Nossa Senhora de Lourdes , na França, pela recuperação da saúde de um de seus filhos. Conseguida a graça, esse benemérito botucatuense conseguiu, com apoio efetivo de nosso primeiro bispo, Dom Lúcio Antunes de Souza, a vinda dos frades capuchinhos para Botucatu. Doou a área para a construção do Santuário, conseguiu o projeto com seu cunhado Ramos de Azevedo e, sob sua responsabilidade financeira, viu transformar em realidade a construção e inauguração do SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES. 4 – A edição do DIÁRIO dedicada à comemoração do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes repercutiu em toda comunidade botucatuense. Com a foto do lançamento da pedra fundamental do Santuário, em 1911 até a foto da inauguração do Santuário e da Gruta, em 1918, com a presença em ambos os eventos do Dr. José Cardoso de Almeida, do Monsenhor Paschoal Ferrari e do Frei Luiz Maria de Sant‘Anna. Sendo que em 1911, estava à frente das comemorações Dom Lúcio Antunes de Souza – Bispo Diocesano. Destaque para a presença nos dois eventos, como Orador Oficial, do Frei Luiz Maria de Sant’Anna que seria Bispo Diocesano de Botucatu de 1938 a 1946. É Registro Histórico.


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EXFIBOT – A 2ª Exposição Filatélica de Botucatu 1955 Ângelo Albertini do Amaral Durante o evento foi lançado os únicos selos comemorativos oficiais de Botucatu emitidos pelos Correios

Era para ser emitido dois selos oficiais de Botucatu pelo Correio, na 2ª Exposição Filatélica de Botucatu em 1955, mas aconteceu o imprevisto, ou previsto. Imprevisto para os organizadores do certame. Previsto pelo gerente de vendas do Correio. O selo de taxa de valor mais barato não chegou no dia certo. Só chegou o selo de valor de CR$ 1,20, de cor verde que se tornou o rei da festa, badaladíssimo, com todas as honras de um primogênito. Mais tarde foi lançado o mixuruquinha de CR$ 0,60 inclusive com variantes de cores, e que vai ser o arroz de festa, inserido em todos ou quase todos os momentos filatélicos vindouros. Apenas o selo de cor verde levou os carimbos comemorativos, que foram dois: o comemorativo do dia do município, postal e obliterador e circular, e um retangular não obliterador comemorativo da exposição. E veremos adiante, que mais dois carimbos comemorativos entrarão em nossa história durante este ano de 1955. Esta exposição como a anterior reservou um espaço para moedas. Aliás, esse negócio de selos e moedas andarem juntos não é de se estranhar, afinal nascem debaixo do mesmo teto, o teto da Casa da Moeda do Brasil, que por sua vez tem como santa padroeira, a Senhora Santana, que também é a santa padroeira de Botucatu, cujo dia se festeja em 26 de julho. Poderíamos dizer com um pouquinho de liberdade de pensamento que todos tem um soberano traço em comum: uma certa afinidade com a avó de Nosso Senhor Jesus Cristo. Poucas informações achamos a respeito deste certame, que como a Mostra anterior aconteceu no salão do Aero Clube, segundo andar do Cine Paratodos, atualmente Biblioteca Municipal “Emílio Pedutti”. A revista “São Paulo Filatélico”, nº 18, ano 2, de maio de 1955 , estampou uma reportagem desta exposição e onde vamos colher os seguintes dados: “A exposição, organizada pelo entusiasta filatelista Dr. Walter Wagner, com 26 expositores, sobressaindo as coleções temáticos, como se deverá ver pela relação dos exibidores: 1 – Werner Ahrens, sobrecartas com valor declarado, do Brasil; 2 – Harry Bayer, coleção da Áustria em geral; 3 – Dr. Walter Wagner, Alemanha geral e coleção especializada da Suíça, com as emissões “pro juventude”; 4 – Sociedade Filatélica Campineira, selos do Brasil, em quadras. 5 – Massai Nagato, selos do Japão, em coleção completa; 6 – Dr. Edmundo Araujo de Oliveira, selos do Brasil em blocos e folhetos; 7 – Clube Filatélico de São Paulo – Boletim São Paulo Filatélico; 8 – Joaquim Nunes, coleção completa de quadras dos selos do Brasil; 9 – Francisco A. de Campos Barros, quadras carimbadas de selos comemorativos; 10 – Ana Maria Sikula, Blocos particulares do Brasil; 11 – Johan Sikula, coleção da Áustria (República); 12 – Dr. Angelo Zioni (Irmão do futuro arcebispo de Botucatu), coleção das emissões que comemoram centenários de selos postais; 13 – Seleções Filatélicas, revista do Dr. Angelo Zioni; 14 – Walquiria Broglio, selos de animais (Zoologia); 15 – J.L. Barros Pimentel, histórico documentário – filatélico da revolução constitucionalista de 1932.

16 – J.L. Barros Pimentel, coleção recortes em jornais; 17 – Américo Pardini, coleção geral do Brasil; 18 – Moisés Garabosky, crônicas filatélicas ao Jornal “Diário de Notícias”; 19 – Luiz e Paulo Mascarenhas, envelopes comemorativos de dirigíveis “Zeppelin”; 20 – Dr. Benedito Nóbrega do Canto, selos do Brasil em geral; 21 – José Roberto Canto, selos do Brasil; 22 – Durval de Barros, selos do Brasil; 23 – Sílvio Dardes, selos com motivo ”Crianças”; 24 – Alexandre Trambika, selos do Brasil em quadra; 25 – Abílio de Almeida Junior, homenagem à 1ª Exposição Filatélica de Botucatu 26 – Amir Maggi, selos do Brasil.” O Clube Filatélica de São Paulo fez-se representar pelo dr. Joaquim Nunes, que foi portador das coleções de mais onze associados da referida agremiação. Falou-se das dificuldades de se fazer uma exposição e que entre os problemas estão os quadros expositores, que no caso relatamos foram cedidos pelas Sociedade Filatélicas Paulista e pela Federação das Associação Filatélicas do Estado de São Paulo. Neste ponto da reportagem o autor abre parênteses para uma briga de bicudos. E como dois bicudos não se beijam, segundo o adágio popular, o autor faz referência a omissão da Federação das Associação Filatélicas do Estado de São Paulo, entidade fundada para prestigiar a filatelia no interior, dando-a por até agonizante, e entre tapas e bordoadas, sem beijos, certamente tudo terminou com muito apertos de mãos. O júri foi formado por Werne Ahrens, Isaac Pasvolsky e o Dr. Canto e a premiação foi a seguinte: Grande prêmio medalha de ouro: Harry Bauer, Austria. Medalhas de Vermeil: Massai Nagato (Japão completo), Johan Sikula (Áustria-República), Luiz e Paulo Mascarenhas (Envelopes de dirigíveis Zepellin). Medalhas de prata: Dr. Walter Wagner (Alemanha e Pró Juventude), , Sociedade Filatélica Campineira, (Brasil em quadras), Joaquim Nunes (Brasil comemorativos em quadras), Francisco A. de Campos Barros (Brasil comemorativos em quadras), J.L. de Barros Pimentel ( Documentário Histórico Filatélico da Revolução Constitucionalista. Brasil em quadras); Medalhas de bronze: Dr. Edmundo Araujo de Oliveira (Brasil em Blocos e folhinhas), Clube Filatélica de São Paulo (Revista São Paulo Filatélico), Dr. Angelo Zioni (Centenário do selo postal), Walkiria Broglio (Zoologia); J.L. Barros Pimentel (Recortes de jornais). Moisés Garabovosky (crônicas filatélicas do “Diário de Notícias”), José Roberto Canto (Brasil), Silvio Dardes (Crianças), Abílio de Almeida Junior (homenagem à 1ª Exposição Filatélica de Botucatu). Menções honrosas: Ana Maria Sikula (Blocos do Brasil), Angelo Zioni (Revista “Seleções Filatélcias”), Américo Pardini (Brasil), Durval de Barros (Brasil), Amir Maggi (Brasil). Fedelho ainda, na e em numismática, nosso primeiro amor, do qual não nos divorciamos, lá estivemos de xereta. A comissão confeccionou 1000 folhinhas e 500 envelopes comemorativos, que levaram apenas o selo de 1,20, o de cor verde, os carimbos usados durante a exposição, que esteve franqueando ao público de 14 a 24 de abril. Angelo Albertini do Amaral - Botucatu – SP – Brasil - MISCELÂNIA FILATÉLICA E NUMISMÁTICA, QUASE LIVRO


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