Edição 989

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Diário da Cuesta ANO IV

Nº 989 TERÇA-FEIRA, 09 DE JANEIRO DE 2024

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

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LEITE LIA - LIDERANÇA REGIONAL E ORGULHO DE BOTUCATU! -

Por muito tempo funcionou em Botucatu, no número 58 da Rua Capitão José Paes de Almeida, famosa indústria de laticínios: o Laticínio Lia, uma unidade da empresa Laticínios Sul de Minas Ltda. O depósito central da empresa no Estado de São Paulo ficava na capital, no número 983 da Rua da Cantareira, bem próximo ao Mercadão da Cantareira.

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“LIA” o primeiro leite pasteurizado da região Francisco Basso Por muito tempo funcionou em Botucatu, no número 58 da Rua Capitão José Paes de Almeida, famosa indústria de laticínios: o Laticínio Lia, uma unidade da empresa Laticínios Sul de Minas Ltda. O depósito central da empresa no Estado de São Paulo ficava na capital, no número 983 da Rua da Cantareira, bem próximo ao Mercadão da Cantareira. Havia cinco outras unidades desse laticínio, além da localizada em Botucatu, as quais funcionavam nas cidades de Paraguaçu Paulista, Sapezal (MT), Borá, Olímpio de Noronha (MG) e Cambuquira, também em Minas Gerais. Em Botucatu a usina recebia leite de várias localidades da região: Pardinho, Itatinga, Piapara e Porto Martins, dentre outras. Também para cá era enviado leite oriundo de Paraguaçu Paulista, Borá e Sapezal. Assim que chegava, o produto era analisado. Testes de densidade de água, gordura e índice de acidez, além de outros exames, eram realizados em pouco tempo. Posteriormente, estando o leite em condições ideais de consumo após esses primeiros testes, ocorria a fase de pasteurização (processo de esterilização de alimentos que consiste em expô-los a uma temperatura inferior a seu ponto de ebulição e submetê-los em seguida a resfriamento súbito, a fim de eliminar certos microrganismos nocivos) e, depois, o envasamento em recipientes de vidro, isso por volta de 1965, devendo o leite ser consumido no dia; por essa época, o engarrafamento do leite passou a ser feito por uma máquina própria de alto rendimento, que até então não havia na usina. O leite e seus derivados industrializados pelo Laticínio Lia de Botucatu, cujo produto de destaque era o conhecido “Leite Lia”, eram encaminhados para vários pontos fora da esfera do município; chegava mesmo a serem enviados diariamente para hospitais e presídios do Estado, na capital paulista, quando a empresa saía vencedora das concorrências públicas que o governo estadual promovia. O leite era o produto mais consumido da indústria Lia. Mas também havia outros que se destacavam e eram significativos no faturamento da empresa, especialmente queijos, dentre os quais “queijo minas”, “prato”, “parmesão” e “mussarela”, além de ricota e manteiga, feita com o excesso de gordura extraída do leite após sua padronização. Nessa época, a indústria Lia tornou-se pioneira no Estado no tocante à fabricação de iogurte, com sabores naturais de frutas, as quais compunham o produto em estado semi-cozidas. Nos primórdios do funcionamento da indústria em Botucatu, o leite engarrafado era entregue de casa em casa por meio de carrocinhas conduzidas a cavalo. Também era levado para armazéns, bares e padarias, que funcionavam como entrepostos da época; supermercados eram remotos, praticamente inexistiam. Com o passar do tempo, a empresa fechou. Seu prédio foi demolido e no local funciona hoje um estacionamento que serve aos clientes de uma churrascaria que fica ao lado. (Jornal Lavapés, 14/07/2017)

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

WEBJORNALISMO DIÁRIO

Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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(“Gazeta de Botucatu”, 14/04/2006: “Botucatu Cidade das Boas Indústrias”)

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Momentos Felizes

5 Roque Roberto Pires de Carvalho

NINHO VAZIO... No silêncio das primeiras horas do crepúsculo, sentados em uma cadeira praiana o casal apreciava a beleza das flores do grande jardim. Era uma típica tarde de outono! São lindas as tardes de outono... não há e não havia nenhuma pressa... lá longe, nuvens sobrepostas tentavam esconder o sol quase poente e ele, com seu resplendor fantástico retribuía com rendas brancas e luminosas as bordas das teimosas nuvens...

Ao olhar para o telhado apoiado em pilastras de tijolos havia, em sua junção um ninho e nele uma rolinha deixava aparecer sua cabecinha esperta. Com certeza estava ali chocando e protegendo o futuro da sua espécie. Na árvore em frente, um outro ninho só que este, vazio! No devaneio de uma tarde de encantos, de mãos dadas com sua amada comentou à respeito daquele ninho vazio e seus gravetinhos embaralhados. Nesse retrato da natureza era possível ver que ali estiveram seres alados, receberam nutrientes, criaram asas revestidas de penas e assim que perceberam o céu azul, o ar fresco da liberdade voaram para bem longe. Ao seu próprio tempo e em algum dia e lugar irão fazer seus próprios ninhos para a renovação da vida. Na vida dos pais, a casa grande também foi um grande ninho... um dia, esse ninho também ficou vazio. Os filhotes, nutridos pelo amor, educados e responsáveis alçaram seus próprios voos... Quanta semelhança há entre os homens e os pássaros...


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