Edição 991

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Diário da Cuesta ANO IV

Nº 991 QUINTA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2024

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

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OSWALD DE ANDRADE

Foi o mais radical dos modernistas que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Poeta, escritor, advogado, ensaísta e dramaturgo brasileiro, nasceu na Capital Paulista em 11 de janeiro de 1890 e faleceu em 22 de outubro de 1954, na mesma cidade. Formou-se advogado em 1919 na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Autor do Manifesto Antropofágico, publicado em 1928, que defendia a criação da poesia brasileira de “exportação”, valorizando o uso da “língua literária”, além de explicar a antropofagia, conceito que propunha “deglutir” a cultura européia e “digeri-la” sob a forma de arte essencialmente brasileira. Foi casado com Tarsila do do Amaral (de 1926 a 1929) e com Pagu (de 1930 a 1935).

O quadro Apaboru que Tarsila criou, em 1928, para presentear seu marido, Oswald de Andrade, se transformou na mais importante obra de arte do país, símbolo do modernismo brasileiro. “Abaporu”, palavra de origem indígena, significa “homem que come carne humana”, o que veio a dar origem ao movimento antropofágico.

Oswald de Andrade, pintado por Tarsila

Botucatu foi incluída no calendário de eventos da Sociedade Numismática Brasileira: no mês de abril – mês do aniversário da cidade, será realizado um Encontro de Colecionadores, onde colecionadores e comerciantes estarão presentes nos dias 6 e 7! – a SNB, que está completando 100 anos de atividades está apoiando esse importante evento cultural.


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VITAL BRASIL MINEIRO DA CAMPANHA EM BOTUCATU

Roque Roberto Pires de Carvalho

- O notável médico, cientista, imunologista e pesquisador biomédico não nasceu em Botucatu, entretanto foi nesta cidade que nos anos de 1895 até 1897 desenvolveu nos sítios e fazendas suas pesquisas para encontrar o soro antiofídicoespecífico, para o combate ao veneno das cobras peçonhentas que são encontradas nesta região, dos tipos: coral verdadeira, jararaca, cascavel, urutu-cruzeiro e surucucu, gerando para a medicina uma tecnologia inédita.- Sua passagem e permanência em Botucatu deveu-se à um convite que lhe foi feito em 1895 pelo Farmacêutico José Arnaud Paulino Pires; Vital Brasil instalou-se com sua esposa no Hotel Brasil defronte à atual Praça do Bosque; posteriormente teve residência à Rua Cesário Alvim, atual João Passos onde teve seu consultório médico; posteriormente instalou-se ao lado de uma escola na Rua Riachuelo n° 190, dando início às suas atividades. Hoje é a Rua Amando de Barros n° 817 onde um Bar e Lanchonete “Pirâmides” exibe um “banner” em homenagem ao notável Cientista. Vital Brasil já conhecia as técnicas desenvolvidas pelos cientistas franceses Albert Calmette e Camille Guérin com o antídoto aplicado às serpentes Naja-Indiana; tal antídoto não se adequava aos tipos de cobras brasileiras fato que o levou aos estudos e que, até hoje, após cento e vinte anos permanecem válidos. -Em Botucatu, Vital Brasil foi médico operador e parteiro, com especialidade em doenças de Senhoras e crianças; trabalhou com o Dr. Costa Leite na construção da Misericórdia Botucatuense, tendo sido seu Secretário e encarregado de escrever e registrar as atas. - Para suas experiências o Dr. Vital Brasil visitava os sítios e fazendas, ensinando os lavradores capturar e colocar em caixas de madeira com segurança as mais variadas cobras encontradas.Paraentendimento de suas instruções escritas de como capturar e armazenar as cobras, Vital Brasil criou uma Escola para as crianças de manhã e para adultos à noite. Visava com isso suprir a necessidade de escolarização dado o grande número de analfabetos.O Prefeito de Botucatu Renato de Oliveira Barros sanciona em 21.10.1949 a Lei que dá o nome

de Avenida Dr. Vital Brasil a antiga Rua São Carlos na Vila São Lúcio. O Projeto de Lei foi do Vereador Dr. Antonio Delmanto e a inauguração aconteceu em 1° de maio de 1964 com a presença de familiares do homenageado. Nesse mesmo ano o Vereador Laurindo Izidoro Jaqueta obteve aprovação de seu projeto de lei instituindo o dia 28 de abril (data de nascimento do médico) como sendo o “Dia de Vital Brasil” no Município. Em 1897 Vital Brasil passa a trabalhar com os Cientistas Adolfo Lutz, Oswaldo Cruz e Emilio Ribas em pesquisas no combate à peste bubônica, à varíola e a febre amarela e em 1903 é reconhecido mundialmente como descobridor do soro antiofídico-específico e antiofídicos polivalentes para outros animais peçonhentos como aranhas e escorpiões. Em 1899 torna-se um dos fundadores do Instituto Butantan de em 1919 funda em Niteroi o Instituto Vital Brasil. Em 1965 o Governo de Minas Gerais dá seu nome à Rodovia que vai de Juiz de Fora até Poços de Caldas. Em 2003 através de Lei Federal Vital Brasil é considerado “Herói da Pátria” e em 2014 seu busto é colocado no “Museu Nacional de História Natural” na cidade de Paris/França ao lado de outros Eminentes Cientistas. Como curiosidades podemos dizer que Vital Brasil, chegando à Botucatu, dada sua facilidade de comunicação com as pessoas, frequentava festas, fazia e escrevia discursos e para alegrar mais, tocava clarineta. Assim também, seu pai Manuel dos Santos Pereira Jr não colocava seu sobrenome ao nome dos filhos. Colocava sim o nome e o nome da cidade de nascimento e no caso, Vital Brasil Mineiro da Campanha, Fileta Camponesa de Caldas, Eunice Peregrina de Caldas, Judith Parasita de Caldas. - Como registro histórico podemos citar que em Botucatu nasceu sua primeira filha e que recebeu o nome de Alvarina, não seguindo as tradições toponímicas aos familiares. - Falar de Vital Brasil fora das datas de nascimento e de falecimento do notável Cientista, tem por escopo não deixar se perder no tempo a memória de personagem tão Ilustre que, pesquisando em Botucatu, em apenas dois anos gravou seu nome em descoberta científica mundialmente reconhecida. A descoberta do soro antiofídico-específico para cobras brasileiras. (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre)

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

WEBJORNALISMO DIÁRIO

Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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LEITURA DINÂMICA

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– Os intelectuais Mário e Oswald de Andrade foram os grandes líderes do Movimento Modernista que culminou com a Semana de Arte Moderna de 1922.

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– Mário de Andrade participou da Semana de Arte Moderna que inaugurou o Modernismo no Brasil. Buscou divulgar, em seus textos, elementos da Cultura brasileira e criar um sentimento de identidade nacional. Seu livro mais conhecido é Macunaíma que traz como subtítulo: “o herói sem nenhum caráter”. Destaque para a publicação do famoso “Prefácio interessantíssimo” do livro “Paulicéia Desvairada”, de 1921.

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– Em 1922, ano em que eclodiu a Semana de Arte Moderna, Oswald de Andrade estreou com o romance “Os Condenados”, época também em que se casou com Tarsila Amaral.

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– Tarsila Amaral é uma referência para a criação da Antropofagia modernista brasileira, ou Movimento Antropofágico, que se propunha a deglutir a cultura estrangeira e adaptá-la ao Brasil. É um quadro que tem a digital da pintora e reúne traços comuns que já haviam sido testados em “A Negra” e “Abaporu”.


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As histórias mal contadas do 8 de Janeiro Em vez de armar um teatro “em defesa da democracia” e promover sua narrativa sobre os ataques de 8 de Janeiro, Lula e o STF deveriam aproveitar a data para esclarecer questões ainda mal respondidas aos brasileiros. Como perguntou na semana passada o embaixador do NOVO, Deltan Dallagnol, por que o ministro Alexandre de Moraes revelou só agora que havia um plano para matá-lo? Por que não mostrou provas desse plano? Por que não se declarou impedido de julgar esses acusados, tendo em vista que é uma potencial vítima dos agressores? Não há dúvida que os atos de 8 de Janeiro foram criminosos. Mas podem ser considerados “autores de uma tentativa de golpe” os vândalos que atacaram palácios vazios num domingo, não tentaram prender ou matar autoridades e que abandonaram o local sem resistência assim que alguns policiais começaram a agir? Por que outras invasões a prédios públicos, como as cometidas corriqueiramente pelo MST e pela esquerda, não foram tratadas como crimes? Por que o então ministro da Justiça, Flávio Dino, não liberou imagens de dezenas de câmeras do seu ministério? Se os petistas se esforçam para parecer comovidos pelos ataques, por que resistiram a esclarecer a atuação das autoridades durante o episódio? Por que, diante dos condenáveis atos de vandalismo e invasão dos palácios, a Força Nacional foi tão omissa quanto a Polícia Militar? É inconsistente o argumento,

utilizado por Flávio Dino, de que a guarda precisaria de autorização estadual. Qualquer cidadão pode atuar para deter alguém em flagrante delito. No caso de agentes da lei, cruzar os braços durante a ocorrência de crimes pode até mesmo ser considerado coautoria por omissão. Diante de inúmeros alertas, a Força Nacional poderia, sim, ter liderado uma resposta emergencial. Falando em omissão, por que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional abriu as portas do Palácio do Planalto? O que ele conversou com o presidente Lula logo antes de deixar os vândalos ingressarem na sede do Executivo? Quem vai responder pela morte de Clériston Andrade, o Clezão, um dos mantidos em prisão ilegal que morreu durante um mal súbito na Papuda, depois de dezenas de atendimentos médicos e de um parecer favorável da Procuradoria-Geral da República à sua liberdade provisória? Como se pode falar em “defesa do Estado de Direito” quando, um ano depois do 8 de janeiro, 65 pessoas ainda estão presas preventivamente, das quais 33 sequer foram denunciadas pelo Ministério Público? Por fim, como podem falar em defesa da democracia aqueles que dia após dia atropelam decisões democráticas tomadas pelos representantes do povo no Congresso Nacional? (EDITORIAL/PARTIDO NOVO)


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O passado vai ficando para trás... Edil Gomes

Um dia quando me pediram o meu endereço, fiquei pensando em quem poderia ter sido o homenageado que deu nome àquela rua, qual foi o seu feito, o que fez com que fosse reconhecido e quando fui pesquisar, me remeteu a um conterrâneo, de família tradicional, empresário que muito fez por nossa Cidade, não o conheci, mas de certa forma colaborou para que o local onde vivo se tornasse melhor. É estranho saber que andamos pelas ruas, na sua maioria são nomes de pessoas que se destacaram e fizeram algo para nossa cidade, estado ou país. Em outros casos são nomes de plantas ou nomes em que foram lembrados e ficaram. Depois temos o nosso bairro que também tem um nome, escola, espaço público, a praça perto de nossa casa, nossa cidade, Estado e mesmo país, alguns foram sendo substituídos com o tempo. E olhando um a um, e colocarmos só os que aqui se estabeleceram, seja de nascimento, ou por opção, são de diversas épocas, desde a fundação da cidade, alguns com histórias incríveis, não é apenas um nome de um endereço, é a concretização de uma homenagem por uma vida de dedicação, que muitas vezes nem nos damos o trabalho de conhecer quem foi. Talvez a correria do nosso dia a dia, de muitos afazeres e por não pararmos para pensar nisso. Temos um rico passado de pessoas que fizeram o melhor naquilo que se especializaram e com isso também melhorou o que conhecemos hoje. Tente descobrir quem é o homenageado que deu nome a sua rua e vai ter surpresas agradáveis. Assim como diz a frase “Quan-

do cuidamos bem do nosso passado e tratamos com amor quem começou a nossa história, construímos o nosso próprio futuro.” E isso que nos motiva e nos atraí e não precisa ir muito temos ótimas histórias de nossos antepassados que aqui um dia vieram. Olhe o passado projetando o futuro e tendo a certeza que hoje estamos no lugar para também deixar a nossa história. Não é apenas uma placa é uma história em que podemos nos espelhar.

Rua Humberto Milanezi Junior

Jardim Paraíso II – Lei Nº 2.749 de 11/11/1988 Filho da tradicional família Milanesi que eram proprietários das Oficinas Milanesi, situada na Avenida Floriano Peixoto. Nasceu em Botucatu, aos 20 de março de 1934, filho de Humberto Guerino Milanesi e Lucila Camargo Milanezi. Casou-se com a Sra. Adais Cesário Milanesi e dessa união nasceram dois filhos : Carla ( bióloga ) e Humberto Milanesi Neto ( Arquiteto e Urbanista ). Foi empresário em nossa cidade por longo tempo, sendo sócio da Agencia DKV, que funcionava na Vila dos Lavradores, e do Posto Esso de nossa cidade. Depois de ser empresário passou a trabalhar com representações comerciais, tornando-se autônomo. Foi presidente do Clube do Saci de futebol de salão. Fez parte do Clube de Serviços do Rotary Norte. Humberto Milanesi Junior pertenceu à família tradicional de nossa cidade. Tinha uma vida social intensa, participando de atividades sociais no Botucatu Tênis Clube e na Associação Atlética Botucatuense. Humberto Milanesi Junior, faleceu no dia 20 de agosto de 1987. (Rua Botucatuenses - Olavo Pinheiro Godoy)


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