Ediçao nº 1530

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Eurico Reis A história deste homem não dá um filme, deu muitos DR

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SEXTA-FEIRA, 19 AGOSTO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1530 (II Série) | Preço: € 0,90

Direção Regional Re abandona programa de salvaguarda do património imaterial

Cultura do Alentejo desperdiça mais de dois milhões de euros Investigação de José António Cerejo e opinião de Paulo Lima nas páginas 2/3

Beja quase um deserto e Monte Gordo aqui tão perto

Portas de Mértola vão para obras em setembro

Caixinha sozinho “Aldeia da Terra” nasce na corrida pela Coop Beja perto de Arraiolos

O projeto de beneficiação da baixa de Beja, orçado em mais de 800 mil euros, arranca já no início de setembro. Trata-se de uma obra que prevê zonas de ensombramento, zonas verdes e pontos de água. pág. 5

Antigo vereador comunista da Câmara de Beja encabeça a única lista que se apresenta hoje às eleições para os corpos sociais da Coop Beja. Não deixar cair a cooperativa de consumo é o principal desígnio desta candidatura.pág. 4

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É a “mais nova” das aldeias alentejanas. E é feita de muita imaginação. Uma espécie de “Portugal dos pequenitos” que acaba de nascer em Ilhas, bem às portas de Arraiolos. Sugestão para um agosto sem praia. pág. 16

Desde os anos 1960 que Monte Gordo se transformou no principal destino estival de muitas famílias do Baixo Alentejo. Beja, em agosto, é um perfeito deserto. Embora o seu tecido social não se desmembre por completo: transfere-se é de armas e bagagens para a mais alentejana das praias algarvias. Fotorreportagem de José Serrano, nos areais do sotavento. págs. 12/13


❝ Na Reportagem capa

Diário do Alentejo 19 agosto 2011

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O cancelamento do projecto foi a decisão mais correcta, levou a uma economia de 204.107 euros”. Aurora Carapinha, diretora da DRCA

Para lá dos sete ou oito milhões que se perderam em diversos investimentos, perdeu-se uma oportunidade única de valorizar toda uma região naquilo que tem de mais forte: a sua identidade. Oportunidade que não voltará a existir”. Paulo Lima

Abandono dos trabalhos de inventariação custou 92 mil euros em indeminizações

Cultura do Alentejo deixou morrer projecto com 878 mil euros A Direcção Regional de Cultura do Alentejo

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decisão, que nunca foi assumida publicamente nem tem qualquer despacho a formalizá-la e a justificá-la, foi tomada nos primeiros dias de 2010 pela actual directora regional, Aurora Carapinha, pouco depois da sua nomeação. O projecto, conhecido pelo nome de Identidades, prendia-se com a inventariação, valorização, promoção, divulgação e transmissão de saberes e tradições relacionados com o cante alentejano, as artes do espectáculo, as práticas alimentares e outros aspectos marcantes da identidade alentejana. Concebido pela Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA), em articulação com muitas autarquias e outras entidades, foi objecto de uma candidatura ao Programa Operacional do Alentejo (Inalentejo), financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder), em Junho de 2009. A proposta contemplava um investimento total de 1.254.480 euros, em 2010 e 2011, dos quais cerca de 878 mil seriam pagos pelo Feder e 376 mil pelo Orçamento do Estado. Antes da apreciação da candidatura, o Instituto dos Museus e da Conservação, através do director do Departamento do Património Imaterial e da então subdirectora Clara Camacho, emitiu um parecer obrigatório, que representa a posição do Ministério da Cultura, onde se afirma que “o projecto é de grande relevância para o enriquecimento do panorama patrimonial nacional”. O parecer diz também que a iniciativa “se reveste de grande pertinência patrimonial e relevância técnica e científica” e apresenta um carácter “claramente inovador”, com “possibilidade de replicação”. Além disso, atesta que “a Direcção Regional de Cultura do Alentejo reúne todos os requisitos técnicos e financeiros indispensáveis à boa prossecução do projecto”. Previamente à apresentação da candidatura, a Secretaria de Estado da Cultura tinha dado luz verde ao projecto, inscrevendo uma verba de 78.250 euros no plano de investimentos da DRCA para que o trabalho pudesse arrancar ainda em 2009 e comprometendo-se mesmo, em caso de não aprovação, a assegurar a contrapartida correspondente ao Feder. Avaliada em profundidade pelos serviços do Inalentejo, a candidatura foi objecto de um parecer favorável, em Dezembro do ano passado, parecer esse que, normalmente, deveria ter sido seguido da sua aprovação formal. No início de Janeiro, porém, a comissão directiva do Inalentejo decidiu suspendê-la, alegando apenas, em acta, que tal se devia “às componentes apresentadas” e ao “elevado montante financeiro associado”. De acordo com a mesma acta, foi deliberado diligenciar junto da DRCA “no sentido do agendamento de uma reunião, com vista à solicitação da reformulação da candidatura, por forma a que se possa revestir das condições necessárias à sua aprovação”. Nos processos arquivados na DRCA e nos serviços do Inalentejo não existe qualquer traço destes contactos, nem dos verdadeiros motivos da suspensão, mas várias fontes ouvidas pelo PÚBLICO garantem que foi a própria Aurora Carapinha, mais ligada às questões do património edificado, quem pediu, informalmente, a paragem do processo. Já em meados deste ano, a também professora da Universidade de Évora declarou ao PÚBLICO, por escrito, que, “a partir de Dezembro de 2010”, a DRCA analisou o projecto e concluiu “pelo

abandonou, no ano passado, um projecto de salvaguarda do património imaterial e oral que foi considerado de “grande relevância” pelo Instituto dos Museus e da Conservação e que tinha um financiamento europeu de 878 mil euros praticamente garantido. Texto José António Cerejo Exclusivo “Público”/”Diário do Alentejo” Foto José Serrano

cancelamento, uma vez que foram detectadas irregularidades processuais que comprometeriam a comparticipação do Feder”. A decisão de cancelamento, confirmou a directora, não foi objecto de qualquer despacho. Numa entrevista ao Diário do Alentejo em Junho do ano passado, contudo, Aurora Carapinha afirmara que houve “a necessidade de suspender – não de acabar com o projecto, atenção – enquanto não forem encontrados novos caminhos para algumas irregularidades encontradas”. Sobre a natureza dessas irregularidades, Aurora Carapinha nada disse. Nos processos consultados pelo “Público”, também nada consta, a não ser uma dúzia de folhas de rascunho existentes na DRCA com uns apontamentos manuscritos, sem data, nem assinatura, que referem falhas de natureza processual na contratação de alguns serviços, em 2009.Quanto ao Inalentejo, um novo parecer de Julho de 2010 confirma que foi o desinteresse da DRCA que motivou a decisão final de “não aprovação” tomada uma semana depois. Diz o documento que, após ser solicitada a “ponderar a reformulação, ou eventual desistência da candidatura, considerando o novo contexto (...) decorrente da mudança de direcção”, a entidade promotora não deu uma “resposta formal”, razão pela qual se propõe a “nãoaprovação”. Logo em Agosto, após ser notificada da decisão do Inalentejo, Aurora Carapinha chamou 11 empresas e particulares a quem a direcção regional já tinha adjudicado o fornecimento de serviços relativos ao projecto – desde a digitalização de espólios documentais, à gravação de som e imagem – e propôs-lhes o pagamento de indemnizações contra a revogação dos respectivos contratos. No total, foram gastos 91.931 euros em indemnizações a essas entidades, que se juntam aos 78.249 euros anteriormente pagos pelos serviços já realizados. De acordo com Aurora Carapinha, o valor total das prestações de serviços adjudicadas até então era de 374.288 euros, pelo que, “atendendo às irregularidades presentes no processo, o cancelamento do projecto foi a decisão mais correcta, uma vez que correspondeu a uma economia ao erário público de 204.107 euros [diferença entre o valor contratado e a soma do que foi pago]”. As nove câmaras municipais do Alentejo e as várias associações e juntas de freguesia com as quais a DRCA tinha celebrado protocolos relativos ao programa Identidades, antes da nomeação da actual directora, nunca receberam qualquer informação sobre o seu cancelamento. “A direcção regional nunca mais disse nada. Parece-me que aquilo morreu na casca”, disse na semana passada o presidente da Câmara de Ourique, Pedro do Carmo (PS). O mesmo respondeu o autarca de Portel, Norberto Patinho (PS), que não escondeu a sua “frustração” com o abandono do projecto. “A determinado momento, nunca por via oficial, apercebemo-nos de que, a nível nacional ou regional, tinha passado a haver uma maior atenção a outros patrimónios, que não o imaterial, e que o Identidades, em que tínhamos depositado muitas expectativas, não ia por diante”. Este artigo foi originalmente publicado na edição de 14 de agosto de 2011, do jornal “Público” e respeita a ortografia original.


Uma oportunidade perdida…

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Transformar a tradição numa riqueza

Programa abarcava nove concelhos diferentes

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programa Identidades, que ainda há dois meses aparecia em destaque no site do Ministério da Cultura, foi concebido por uma equipa liderada pelo antropólogo Paulo Lima, da Câmara de Portel, e visava não só a inventariação, como também a salvaguarda e a promoção, do património imaterial da região, numa perspectiva de sustentabilidade e criação de riqueza para a região. De acordo com a apresentação que constava do site – que entretanto foi retirada –, as acções a desenvolver eram balizadas pelo espírito da convenção da Unesco sobre o património cultural imaterial, sendo, aliás, programadas em articulação com a Comissão Nacional da Unesco Para lá da inventariação, que implicava a recolha, nomeadamente de som e imagem, a sistematização, digitalização e tratamento de grandes quantidades de informação relativa às diferentes manifestações daquele património, o projecto dava uma especial ênfase à sua salvaguarda. Nesta óptica foram celebrados protocolos com numerosas entidades, avultando os que envolveram nove municípios do Alto e Baixo Alentejo. Portel comprometia-se a desenvolver um projecto dedicado ao tema Território, Paisagem e Identidades, a instalar no extinto Convento de São Paulo; Borba centrar-se-ia no estudo e salvaguarda do teatro tradicional; Ourique trabalharia o tema da viola de arames (viola campaniça); Álcacer do Sal os cantes de improviso; Serpa o cante a vozes, com a criação da Casa do Cante; Arraiolos os têxteis do Alentejo; Beja a história oral do Alentejo; Alandroal a

Festa de Santa Cruz da Aldeia da Venda; e Reguengos a Festa de Santa Cruz e a dança da pinha. Em matéria de salvaguarda, foram também estabelecidos acordos com juntas de freguesias e colectividades locais, e ainda com a Confraria Gastronómica do Alentejo e com a Unione Delle Universitá deI Mediterraneo. Nos termos da memória descritiva da candidatura apresentada ao programa Inalentejo (ver texto principal), o projecto ia buscar a sua razão de ser à existência no Alentejo de “uma grande presença de manifestações pouco conhecidas ou mal estudadas, mas de grande espessura histórica, cuja salvaguarda se torna fundamental, como garantia de continuidade da diversidade cultural e de valorização das identidades”. No caso das Artes do Espectáculo, nas quais os promotores incluíam os diferentes tipos de canto coral, o canto de improviso ou o teatro tradicional (nomeadamente os bonecos de Santo Aleixo e os presépios do Norte Alentejano), trata-se de “uma realidade mal conhecida e em risco, não só pela perda de função, mas sobretudo pela falta de valorização e de dignificação”. Subjacente a toda a estratégia de salvaguarda deste património, os promotores insistiam na sustentabiidade das acções a desenvolver, enquanto “mais-valia para as comunidades, para os grupos e para os indivíduos”, e para o próprio Alentejo, e na inovação tecnológica, no que respeita à valorização, transmissão e divulgação do património.

té 2010 coordenei, na Direção Regional de Cultura do Alentejo (Drcalen), o Identidades, programa para a salvaguarda do património imaterial do Alentejo. O Programa Identidades era dedicado ao Património Imaterial (PCI) e estruturava-se em torno de ideias como Salvaguarda e Ética. Este projeto procurava vulgarizar práticas da Unesco e da World Intelectual Property, construindo-se sob uma correta política de salvaguarda (e não de preservação), querendo, também, proteger os direitos que as comunidades tinham sobre as suas manifestações, valorizando as opções que estas tomavam sobre estes bens. O projeto nasceu em Portel, em 2005, quando esta autarquia desejou colocar on line um conjunto de espólios de eruditos regionais que possui em depósito. Como estes se estruturavam em torno do cancioneiro, considerou-se importante organizar um colóquio internacional sobre o Canto a Vozes, e construir um projeto, a instalar no Convento de São Paulo, criando aqui a Casa do Cante, onde, além de diversos conteúdos, contemplava-se um arquivo etnomusicológico. O colóquio realizou-se em 2007, e aí foi apresentado um plano de intervenção para a salvaguarda do PCI, que tinha como promotor a recém-criada Drcalen. O Identidades partia do conhecimento do território, e das suas manifestações, valorizando a criação de uma estrutura em rede, que motivasse o Poder Local, e outras instituições, a formar parcerias em torno de determinadas expressões. A instalação de uma série de casas fazia parte desta intenção, sustentando-se a escolha dos locais no seguinte: i. a força da manifestação que se queria salvaguardar; ii. a existência de locais patrimoniais sob gestão da Drcalen; iii. a inexistência de projetos consolidados de gestão cultural. Para lá da polémica, e das questões pessoais sempre inerentes, importa ressalvar que a atitude de extinguir este projeto traduziu-se em muito mais do que a perda de mais de dois milhões de euros de investimento. Ao nível da requalificação do património arquitetónico abandonaram-se projetos como a Casa Fialho d’Almeida, em Cuba, ou o Convento de São Paulo, em Portel; não se levantou a Casa Manuel Bento, em Ourique, entre muitos outros. Mas foi essencialmente o Património Imaterial que sofreu. Não foi possível proceder à candidatura do Identidades às boas práticas da Unesco, e não podemos dar continuidade ao projeto de candidatura dos diversos cantos a vozes, em especial religiosos, integrando também o canto alentejano. Projeto para o qual a Comissão Nacional da Unesco nos tinha desafiado, em 2009, apresentado em Serpa, em 2010, num encontro da Associação MODA. Para lá dos sete ou oito milhões que se perderam em diversos investimentos, perdeu-se uma oportunidade única de valorizar toda uma região naquilo que tem de mais forte: a sua identidade. Oportunidade que não voltará a existir. As razões? Só as posso encontrar na relação entre o centro e periferia: o Alentejo em relação a Lisboa, e todo o Alentejo em relação a Évora. Mas a mais forte está na visão pobre, que considera que o construído é superior ao imaterial, e que este é “coisa etnográfica”… Esquecendo-se que o mais importante património é aquele que é formado pelas pessoas. Sem elas não há Paisagem. Há um Mundo desabitado. Paulo Lima

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Igreja da Misericórdia do Torrão aberta ao público

A igreja da Misericórdia do Torrão está aberta ao público e com visitas guiadas até dia 29. A construção deste edifício, cujos alçados austeros evidenciam o seu estilo maneirista, ter-se-á iniciado nos finais do século XV ou inícios do século XVI.

Hoje Francisco Caixinha é o único candidato

Coop Beja vai hoje a votos Francisco Caixinha candidata-se à liderança da Coop Beja, numa única lista que se apresenta hoje, sexta-feira, a eleições. A mesa da assembleia é encabeçada por Manuel Reis e o conselho fiscal por Leopoldo Santos.

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ealizam-se hoje, sexta-feira, as eleições para os novos corpos sociais da Coop Beja, na sequência do pedido de demissão do presidente da direção, João Machado, e dos restantes órgãos dirigentes. Na única lista apresentada aos cooperantes, Francisco Caixinha é candidato a presidente da direção e José Filipe Murteira à vice-presidência. Arminda Madeira, Fernanda Martins e Orlando Pereira são candidatos a vogais. Já a mesa da assembleia é encabeçada por Manuel Reis, sendo candidatos a vice-presidente e a 1.º secretário Valdemar Martins e Vítor Lopes, respetivamente. Para a presidência do conselho fiscal a lista propõe Leopoldo Santos e como vogais Miguel Quaresma e Afonso Henriques. Francisco Caixinha, em declarações

ao “Diário do Alentejo”, adiantou que são apostas da equipa candidata “continuar a trabalhar para manter a cooperativa”, assim como “lançar uma campanha de sensibilização junto dos cooperantes para que comprem nas lojas da Coop”. O candidato referiu ainda que a direção “vai fazer um esforço para que os preços possam ser mais convidativos” e “delinear um plano de viabilização da própria cooperativa”, que permita “reduzir o saldo negativo atual”. Mas para a concretização desta redução, defende Francisco Caixinha, é fundamental “que os trabalhadores se esforcem e trabalhem com a direção”. Do programa proposto destaque ainda para “a realização de uma campanha de angariação de novos cooperantes e o estabelecimento de parcerias com estabelecimentos de hotelaria e restauração”. O candidato diz que a equipa candidata pretende ainda “aumentar as vendas no serviço on line” e “diversificar ainda mais a oferta em todas as lojas”, o que “pode permitir mais cooperadores”.

Polícias nos antigos governos civis

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s instalações dos extintos governos civis poderão ser aproveitadas para instalar as forças de segurança e serviços do Ministério da Administração Interna, como Autoridade Nacional de Proteção Civil e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D´Ávila, disse que as instalações dos extintos governos civis poderão ser aproveitadas para instalar as forças e serviços de segurança e para outros serviços do Ministério da Administração Interna. Filipe Lobo D´Ávila adiantou à Lusa que o Governo está neste momento a preparar um pacote legislativo que vai proceder à “transferência de competências” dos governos civis e vai determinar “um procedimento para as questões patrimoniais” e dos respetivos funcionários. “O compromisso do Governo é que esse diploma esteja em vigor até 15 de outubro. Contamos ter novidades em relação à afetação dos imóveis dos governos civis no decurso do mês de setembro”, afirmou o

secretário de Estado. Sublinhou ser intenção do Governo que as instalações dos extintos governos civis “possam ser aproveitadas” para as forças de segurança e serviços do Ministério da Administração Interna, como Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). O secretário de Estado acrescentou que o SEF já ocupa atualmente instalações dos governos civis, podendo no futuro continuar nesses locais e ganhar mais espaço. Filipe Lobo D´Ávila disse ainda que o ministério está a fazer um levantamento de todos os arrendamentos e a fazer uma avaliação daqueles que interessa manter, à semelhança do que está a ser revisto em outros ministérios. As associações sindicais da PSP e da GNR, entretanto, congratularam-se com a intenção do Governo em aproveitar instalações dos extintos governos civis para instalar as forças de segurança, considerando que esta seria uma forma de “poupar dinheiro”.


As vindimas arrancaram, ontem, quinta-feira, na região demarcada de Vidigueira. A apanha começou pelas castas tintas e a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito acredita que “a qualidade do vinho se vai manter”. As uvas brancas deverão começar a ser recolhidas na próxima semana e a vindima deverá terminar no final de setembro.

PCP leva Alqueva à Assembleia da República O PCP, a propósito das recentes declarações da ministra da Agricultura, no que diz respeito à conclusão de Alqueva no prazo previsto, e de declarações dos dirigentes distritais de Beja do PS e do PSD, garante que “voltará a levar o projeto de Alqueva à Assembleia da República, nomeadamente através da proposta de elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento para a área de influência do empreendimento e da proposta de criação de um banco de terras que permita a instalação de novos e jovens agricultores”.

Obras arrancam em setembro nas Portas de Mértola

Baixa de Beja renovada Arrancam no início de setembro as obras de beneficiação da baixa de Beja (Portas de Mértola), cujo projeto já é conhecido e prevê, entre outras coisas, zonas de ensombramento, zonas verdes e pontos de água.

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empreitada do projeto de beneficiação da baixa de Beja (Portas de Mértola) vai começar no início de setembro. A garantia foi deixada pela Câmara Municipal de Beja, que para dar a conhecer o plano de trabalhos e prestar esclarecimentos sobre as medidas tomadas, no sentido de minimizar as consequências das obras, realizou, ontem, uma sessão pública, no edifício dos paços do concelho. A obra deverá durar um ano e a empreitada (adjudicada ao consórcio Luís Frazão, S. A. – Somafre, S. A pelo valor de 823 001,30 euros +

IVA) é financiada em 85 por cento por fundos comunitários. A fiscalização, essa, encontra-se a cargo da empresa Enfigesp, Lda. O projeto de beneficiação da baixa de Beja, que se integra no projeto global de regeneração do centro histórico de Beja, foi elaborado internamente por técnicos do município. A requalificação do espaço inclui a criação de zonas de ensombramento, zonas verdes e pontos de água, bem como a renovação de todas as redes de abastecimento e drenagem e a integração de novas redes, como a de águas pluviais e de gás. A Câmara Municipal de Beja pretende, assim, “criar melhores condições no espaço em questão, promovendo a atratividade do mesmo”. Outra das intenções da autarquia é “aumentar o conforto de todos os que o utilizam”. A obra ambiciona, ainda, promover o surgimento de novas dinâmicas.

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Candidaturas Abertas De 29 de Agosto a 11 de Novembro de 2011 GAL PRÓ-RURAL

EIXO 3 – DINAMIZAÇÃO DAS ZONAS RURAIS 2º Concurso 3.1 - Diversificação da economia e criação de emprego 3.1.1 - Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola 3.1.2 - Criação e desenvolvimento de microempresas 3.1.3 - Desenvolvimento de actividades turísticas e de lazer 3.2 - Melhoria da qualidade de vida 3.2.1 - Conservação e Valorização do Património Rural 3.2.2 - Serviços básicos para a população rural Consulte os Avisos de Abertura do Concurso: www.alentejoxxi.pt Mais informações contacte: 284 318 395

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Já se vindima na região de Vidigueira


Idosos de Ferreira do Alentejo vão à praia

Diário do Alentejo 19 agosto 2011

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Arrancou na terça-feira, 16, mais uma edição do programa de animação de idosos Vamos à Praia, promovido pela Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo em colaboração com as juntas de freguesias do concelho. O programa tem como objetivo “promover hábitos de vida saudáveis e dinamizar as rotinas e

Câmara de Aljustrel apresenta novos portais e oferece computadores A Câmara Municipal de Aljustrel apresenta hoje, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, nas Oficinas de Formação e Animação Cultural, dois novos portais municipais – o site autárquico e o portal do munícipe. Na mesma cerimónia será assinado um protocolo com várias associações, juntas de freguesia, GNR e instituições particulares

ao cidadão registar-se, falar on line com o presidente, remeter as suas opiniões sobre o concelho, comunicar à autarquia os seus problemas e posteriormente verificar como estão a ser tratados e reencaminhados”. Será ainda a base para a implementação, num futuro próximo, do balcão único do município e de todos os restantes serviços on line previstos (SIG, pagamentos, entre outros).

JOSÉ SERRANO

Editorial

de solidariedade social do concelho, que visa “a promoção do acesso às tecnologias da informação e comunicação”, e distribuídos cerca de 50 computadores e material informático variado por estas instituições. O novo site autárquico pretende ser um “postal ilustrado” do concelho. O novo portal do munícipe, “único na região, pretende ser uma extensão virtual da câmara, recorrendo a uma plataforma on line que permite

relacionamentos dos participantes”. Este ano, à semelhança do que aconteceu em 2010, o programa vai levar à praia, para além dos idosos, um grupo de crianças carenciadas do concelho de Ferreira do Alentejo. As próximas idas à praia estão agendadas para os dias 31 de agosto e 6, 8, 13 e 15 de setembro.

Sudoeste Paulo Barriga

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Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (Pnsacv) é um caso sério. Ou melhor, o que por ali se passa não tem mesmo gracinha nenhuma, de tão sério e aflitivo que é. Em nome do suposto interesse nacional, é mais fácil construir um pseudoparque-de-campismo com requintes melomaníacos e faraónicos do que um simples telheiro numa qualquer habitação rural. Aliás, viver no campo na área protegida pelo parque natural é um verdadeiro poema de restrições, proibições, delimitações, inibições e interdições. Poema de rima árida. Cuja métrica polissilábica tudo aguenta menos o bicho Homem. Ser “natural”, em Portugal, é normalmente um exercício de exclusão que roça o fundamentalismo. Tudo é preservável, as praias, as falésias, as ervas, os bichos, menos as pessoas. As pessoas de lá, que lá vivem, que lá estão no meio das ervas, entre os bichos, perto das falésias, junto às praias. Essas não contam para nada. Fazem parte da rima pobre numa poesia que está talhada para os ricos. Estranha forma de fazer versos, esta, onde o sujeito aparece sistematicamente separado do predicado pela vírgula da intransigência. Raramente se ouve alguma voz levantar-se contra a agricultura intensiva que, entre Milfontes e Azenha do Mar, esgota definitivamente os solos, contamina irreversivelmente os aquíferos, espalha a olhos vistos o seu lixo pelos campos e os seus dejetos pelas praias. Como não ocorrerá a ninguém questionar os responsáveis pelo licenciamento simultâneo de três bojudos empreendimentos turísticos na malha urbana de Zambujeira do Mar. Sim, lá no mesmíssimo local onde ainda há dias foi retirada a bandeira azul em virtude do deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais. Um equipamento que está preparado para tratar despojos produzidos por 13 mil pessoas. Mas que a enchente do Festival Sudoeste fez arriar. É nestas situações que o Parque Natural costuma aparecer com pouca inspiração poética. É por demais evidente que a construção massiva em Porto Covo, Milfontes, Zambujeira ou Odeceixe não apenas descaracteriza por completo estas lindíssimas e ancestrais aldeias de pescadores, como promove um tipo de turismo que é nefasto para a própria conservação da natureza. Existem muito e o aambiente b e te naa massificaass ca mais perigos para o meio ssa sensível ção do turismo na nossa zona costeira do que na reconsbandonaatrução dos montes abandonados, ainda que para fins turísquecer que ticos. E é bom não esquecer ém faas áreas urbanas também zem parte integrante do ra Pnsacv. E que isso é para levar a sério. E que issoo se está a transformar num caso sério.

Edifícios já foram entregues a instituições do concelho

Escolas fecham em Beja O Ministério da Educação divulgou no final da semana passada a lista das 297 escolas do 1.º ciclo do ensino básico no País que não abrem portas em setembro. Segundo a mesma, no Alentejo são cinco: quatro em Beja, cujo encerramento já tinha sido decidido, e uma em Redondo.

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Alentejo é a região do País com menos escolas do 1.º ciclo a encerrar no próximo ano letivo, apenas cinco, em Beja (EB números 2, 3, 4 e 5) e em Redondo (EB Santa Susana), sendo a decisão do Governo recebida sem surpresa pelos autarcas locais. “No Alentejo, nomeadamente no Baixo Alentejo, o reordenamento da rede escolar está em curso há vários anos e, por isso, a situação está estabilizada”, justificou à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Beja, Jorge Pulido Valente (PS). O Ministério da Educação divulgou no final da semana passada a lista das 297 escolas do 1.º ciclo do ensino básico no País que não abrem portas em setembro, de entre as quais cinco da Direção Regional de Educação do Alentejo. Das restantes, 132 pertencem à Direção Regional de Educação do Norte, seguindo-se a do Centro com 85, Lisboa e Vale do Tejo com 68 e o Algarve com sete. O fecho das quatro escolas no concelho de Beja não constitui surpresa para o presidente socialista da câmara municipal, que lembrou que a medida “já estava tomada” e que “os alunos foram transferidos para novos centros educativos”. “Não encerram as escolas, porque, ou já estavam fechadas, ou já estava

previsto não reabrirem em setembro. A câmara municipal até já deliberou entregar os edifícios a outras instituições”, frisou. Segundo Pulido Valente, para albergar os alunos destas escolas foram construídos três centros escolares do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, estando o de Santa Maria a funcionar, enquanto o de Mário Beirão e o de Santiago Maior abrem em setembro. O autarca realçou que, no Alentejo, “a rede escolar está estabilizada”, porque “os municípios foram pró-ativos e avançaram com a construção dos centros educativos, na perspetiva de concentrar os alunos” das escolas mais pequenas. “Há uma ou outra escola que continuam abertas por estarem requalificadas ou por a deslocação dos alunos para outros estabelecimentos implicar transportes de longa duração, prejudiciais para o rendimento escolar”, disse. Quanto ao presidente Câmara de Redondo, Alfredo Barroso (independente), disse à Lusa “compreender e aceitar” o fecho da escola da aldeia de Santa Susana, naquele concelho. “Olhando para as condições que podemos proporcionar” no novo Centro Escolar de Redondo e para “o número de alunos na escola de Santa Susana, mesmo face à distância, acabo por compreender e aceitar” a medida, afirmou. Os “oito ou nove alunos” de Santa Susana, acrescentou, vão passar a ter aulas no novo Centro Escolar de Redondo, a cerca de uma dezena de quilómetros da aldeia. “Para os alunos não tenho dúvidas que

é melhor, mas percebo que alguns pais prefiram ter os filhos mais perto de casa, mas isso implica não ter as condições que podemos proporcionar no novo centro escolar”, argumentou. Presidente da Câmara de Santiago congratula-se com decisão O presidente

da Câmara Municipal de Santiago do Cacém considerou, entretanto, que “foram atendidos os argumentos evocados pela manutenção de todas as escolas do 1.º ciclo existentes no município na atualidade”. Em comunicado de imprensa, Vítor Proença saudou “as populações e as juntas de freguesia do concelho por esta vitória alcançada” e lembrou que “em Santiago do Cacém chegou a admitir-se o encerramento de nove escolas do 1.º ciclo”. “Houve várias movimentações e tomadas de posição da câmara municipal, juntas de freguesia e populações. Realizaram-se vários plenários com a participação de largas centenas de pessoas. Circulou também um abaixo-assinado em defesa da escola pública rural”, disse. O autarca reafirmou ainda os princípios de defesa dos interesses educacionais e pedagógicos dos alunos: “A continuidade da rede de transportes escolares; o fornecimento de refeições quentes; o recurso às tecnologias de comunicação e ao conhecimento; as condições de segurança dos alunos bem como a profunda ligação à comunidade e a importância que as escolas rurais revestem no combate à desertificação e porque o encerramento de uma escola rural pode resultar na morte anunciada de uma aldeia”.


Sílvia Ramos, líder distrital do CDS-PP, pediu a demissão de todos os cargos que ocupava no partido. O anúncio surge no seguimento de uma reportagem que foi imitada na SIC, na terça-feira, que deu destaque a uma empresa, a Megafinance, acusada de burla. Sílvia Ramos colaborou

Emmerico Nunes e Casa da Juventude de Sines partilham instalações A Câmara de Sines e o Centro Cultural Emmerico Nunes (CCEN) assinaram um acordo de colaboração relativo à deslocação da Casa da Juventude de Sines para o edifício que o centro ocupa no largo do Muro da Praia. A mudança da Casa da Juventude, atualmente localizada no largo Poeta Bocage, é justificada pelo facto “de

com a Megafinance e, em declarações à Voz da Planície, explicou que “alguém de má-fé pretendeu colar o CDS-PP às notícias que vieram a público” e que, neste sentido, decidiu abandonar todos os cargos que ocupava no CDS-PP, porque não quer “manchar a imagem do partido”.

o seu espaço atual se situar no edifício da Câmara Velha, que será requalificado e transformado em instalações definitivas do serviço de música da Escola das Artes de Sines no âmbito do Programa de Acão para a Regeneração Urbana de Sines”. Segundo o acordo, o centro “manterá no edifício a sua sede social, bem como a faculdade de continuar a realizar no mesmo algumas das suas atividades previstas no respetivo plano de

atividades”. A autarquia “instalará no edifício as valências da Casa da Juventude, ocupando os espaços considerados necessários para o efeito e, sempre, em cooperação com o CCEN”. Será feito um esforço para “articular a programação da Casa da Juventude com a programação do CCEN, de modo a permitir a adequada distribuição dos espaços ocupados face à atividade de cada uma das partes”, diz o acordo.

Portugal e Espanha criam grupo de trabalho

Sines-Europa sobre carris A criação de um eixo ferroviário de mercadorias entre Sines e a fronteira franco-espanhola foi uma das resoluções saídas da reunião entre o ministro da Economia, Álvaro Santos e o ministro do Fomento espanhol José Blanco, realizada esta quarta-feira, em Madrid.

O

s dois dirigentes analisaram vários dossiês relacionados com questões transfronteiriças e decidiram criar, nos próximos dias, um grupo de trabalho que impulsione a vontade conjunta de ligar o litoral alentejano à Europa através de ferrovia vocacionada para o transporte de mercadorias, “uma prioridade” para os dois governos, conforme explicou em Madrid

Álvaro Santos Pereira no final do encontro. Na mesma ocasião, o ministro português, referindo-se à rede de alta velocidade, revelou que o governo português tomará uma decisão sobre o assunto “no mês de setembro”, e esta será “articulada com as autoridades espanholas”. Santos Pereira prestou apenas uma declaração, sem direito a perguntas, tendo José Blanco permanecido depois da sala de imprensa para responder aos jornalistas. Questionado pela Lusa sobre o eventual impacto que uma decisão definitiva de suspensão do TVG por Portugal tenha nas contas do projeto do lado espanhol – dado o envolvimento de fundos europeus – Blanco escusou-se a antecipar posições. “Estão a analisar o projeto. Em nenhum caso disseram que

suspenderiam o projeto, adiam até tomar uma decisão definitiva, que se conhecerá no mês de setembro. Não façamos hipóteses sobre uma decisão que não conhecemos”, afirmou. Blanco explicou aos jornalistas que Portugal considera não ter, atualmente, “condições financeiras para enfrentar o custo financeiro do projeto tal como está concebido”. Ainda assim, insistiu, Espanha mantém os seus objetivos no que toca à ligação em alta velocidade entre Madrid e a fronteira com Portugal, numa altura em que todos os troços dessa ligação estão licitados, adjudicados, em fase de execução ou, em alguns casos, terminados. “Quero ratificar o compromisso de Espanha em relação com o AVE Madrid-Extremadura. Continuaremos com a nossa ação e

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CAMEIRINHA

07 Diário do Alentejo 19 agosto 2011

Sílvia Ramos demitiu-se de todos os cargos

programação, mas queremos partilhar com Portugal os objetivos e desafios que temos como país”, considerou. “Além disso, eles consideram prioritário, com ou sem alta velocidade impulsionar o transporte ferroviário de mercadorias. Por linhas de alta velocidade em linhas mistas ou linhas sem alta velocidade. Para o governo português, para a sua competitividade e o seu desenvolvimento económico é importante dar saída às suas mercadorias”, considerou. O governante português explicou que ao apostar na ferrovia de mercadorias “as nossas exportações, bem como as plataformas logísticas e portos, tornam-se mais competitivas, mais atrativas na Europa e no mundo e criarão mais riqueza e mais emprego”.

100 mil vão à Feira de Agosto, em Grândola Os Homens da Luta, Expensive Soul, The Gift, Zeca Sempre e Tony Carreira são alguns dos nomes do cartaz musical da Feira de Agosto, em Grândola, que espera mais de 100 mil visitantes entre os próximos dias 24 e 29. A Feira de Agosto, Turismo e Ambiente, que os promotores consideram ser a “maior feira franca do Alentejo” e uma das mais importantes do País”, vai decorrer no Parque de Feiras e Exposições de Grândola com três palcos de espetáculos. O certame, a cargo da câmara municipal, vai reunir, ao longo de seis dias, mais de 400 expositores para dar a conhecer a oferta turística e os diversos setores económicos da região, os produtos regionais, o artesanato e a gastronomia. À semelhança das duas edições anteriores, o dia 26 será o Dia do Emigrante, sendo esperadas mais de duas centenas de emigrantes e ex-emigrantes para um convívio.


Diário do Alentejo 12 agosto 2011

08

Os violentos acontecimentos em Inglaterra já fizeram correr muita tinta. Temo que a preocupação de tudo querer analisar nos possa fazer passar ao lado do essencial. E o essencial é que em Londres o estado falhou e a sua autoridade democrática sucumbiu. Luís Marques Mendes, “Correio da Manhã”, 15 de agosto de 2011

Opinião

Non, ou a vã glória de chatear!

Ã

Em Ilhas, junto a Arraiolos, acaba de nascer a mais recente “localidade” alentejana: a ALDEIA DA TERRA. Um local feito de imaginação e onde a arte e o sonho imperam. Por estas paragens este é, talvez, o único sítio onde os números dos Censos 2011 são contrariados. Todos os dias crescem novas casas e chegam novos habitantes. Ainda que a brincar. PB

Senhores autarcas, senhores dos organismos regionais: haverá algo que os possa ainda motivar a comemorar com decência este centenário do nascimento de Manuel da Fonseca? Se houver, digam. O tempo urge. Se não houver, paciência. Já estamos habituados à inação de quem nos diz representar. Carlos Júlio, acincotons.blogspot.com, 16 de agosto de 2011

Profissões emergentes

AEC de Música?

Francisco Martins Ramos Antropólogo

Francisco Marques Músico

Ana Paula Figueira Docente do ensino superior

N N À

À semelhança de tantos outros, também eu rumei nos últimos dias para terras algarvias para pôr os pezinhos na areia e deleitar-me com uma das muitas maravilhosas praias que este país nos presenteou. Chegada ao areal, e depois de ter conseguido uma réstia de espaço para espetar el sombrero e estender a toalha, veio ter comigo uma conversa entre dois vizinhos que, sobre cada assunto, apresentavam à disputa – diria até sobranceiramente – um chorrilho de créditos com vista ao reconhecimento mútuo. Às tantas a conversa começou a incomodar-me, levantei-me e fui ao banho; felizmente, quando voltei, eles já lá não estavam. Mas ficou o “boneco”, ou seja, o tipo que aquelas duas pessoas representam: indivíduos que procuram palco, áviMais uma vez dos para dizer aos outros que confirmo que sabem muito de tudo e que são excelentes a todos os níveis; é a cultura e a com os quais é impossível conformação de um versar: de tanto precisarem de povo que faz a se ouvir, esquecem-se de deidiferença! Por xar falar os outros! Irrompem isso e para isso é no nosso dia a dia, seja no traimportante ajudar balho, num vulgar café, (em féa formar cidadãos rias, na praia!) ocupam espaço que vejam o mundo e tempo… perdido! Por isso, fugimos deles (tanto quanto ponão em função de demos) da sua melosa e desinsi próprios, mas teressante conversa cujo ponto com base no que fulcral é, tão-somente… eles os rodeia; que próprios! Confirmam o provérbio francês beaucoup de bruit, saibam analisar, peu de fruit e, por isso, Francis fazer comparações Bacon classifica-os como “ótie, muito mos trombeteiros”, com utiliespecialmente, dade política. Duas pequeniconsigam traçar nas reflexões a propósito: por o seu próprio um lado, apesar de as férias deverem significar um corte com caminho, a rotina para as famílias porcom virtude e tuguesas, ao invés rimam com solidariedade. frequência com substituição de rotinas; por outro lado, mais uma vez confirmo que é a cultura e a formação de um povo que faz a diferença! Por isso e para isso é importante ajudar a formar cidadãos que vejam o mundo não em função de si próprios, mas com base no que os rodeia; que saibam analisar, fazer comparações e, muito especialmente, consigam traçar o seu próprio caminho, com virtude e solidariedade.

um universo de galopantes mudanças sociais, surgem novas designações profissionais, validadas ou não pelas entidades competentes. Algumas afirmam-se na arena científica, outras surgem na opinião pública por força da promoção e propaganda, outras ainda procuram espaço por força da imitação de modelos estrangeiros. Mas convém refletir um pouco: Um(a) licenciado(a) em Sociologia (três anos?), que deveria designar-se por bacharel, não é necessariamente um(a) sociólogo(a); nem um bacharel em Ciência Política é um(a) politólogo(a); um bacharel em Turismo não é automaticamente um(a) técnico(a) superior nessa área. Mas deixemos Bolonha em paz e os eufemismos dos graus. Nos últimos três ou quatro anos, a comunicação social veicula profissões até há pouco não nomeadas ou desconhecidas. Assim, existem duas designações profissionais que invadem o nosso quotidiano: O(a) politólogo (a) e o chefe cozinheiro (sofisticadamente designado por chef). Por outro lado, indivíduos com formação superior em Turismo começaram a ser designados, nomeadamente no Brasil e em França, por turismólogos(as). Em Portugal, a moda ainda não pegou… Não sei se a profissão de comentador é assumida por alguém, mas existem comentadores que opinam sobre tudo: são os chamados tudólogos, que já foram objeto de crónica anterior. Por outro lado, alguns enólogos e enólogas não serão apenas enófilos(as)? Estas e outras Já existe o personal trainer, de profissões que se evita a tradução, porque a emergentes são designação inglesa dá estatuto à a consequência profissão. lógica das Começam a surgir jornamudanças sociais listas de investigação e, mais do que isso, indivíduos que se autoque o próprio designam por criativos. As decoprocesso de radoras de interiores já se afirglobalização e maram no mercado português, a investigação assim como consultores de imencientífica têm sas áreas (credenciados ou não). vindo a alimentar. Muito brevemente, gerontólogos(as) invadirão a nossa sociedade, dado o crescente envelhecimento da população portuguesa (e europeia). Mas a maior invasão de novas profissões prende-se necessariamente com ocupações relacionadas com as novas tecnologias (atuais e futuras) que proliferarão em áreas tão diversas como o ciberespaço, o ambiente, o planeamento urbano e a cultura. Estas e outras profissões emergentes são a consequência lógica das mudanças sociais que o próprio processo de globalização e a investigação científica têm vindo a alimentar. Para a afirmação de tais atividades laborais, em dedicação exclusiva ou em pluriatividade, torna-se necessária a adequada regulamentação, face à proliferação de tarefas que se cruzam na complexidade dos tempos atuais.

ão tenho dúvidas de que pelo facto de existirem as AEC de Música a situação do ensino da música nas nossas escolas é agora melhor do que era há alguns anos atrás. Parece-me que presentemente as nossas crianças já vão tendo uma formação musical mais efetiva e ministrada, na maior parte dos casos, por profissionais competentes quer artística, quer pedagogicamente. Contudo, parece-me uma incongruência que, existindo a Música dentro do currículo, esta seja trabalhada como uma Atividade de Enriquecimento Curricular. Aquele enorme passo de incluir a Música no currículo do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo já foi dado, ou seja, já se conseguiu que a Música, fazendo parte do currículo, tenha o seu espaço próprio e tenha as suas linhas orientadoras específicas. O passo seO facto de se terem guinte, que foi formar profissionais capazes de trabalhar a criado as AEC de música de forma consciente e música, ou seja, com a dignidade que esta exde se ter feito da pressão artística requer por Música uma área toda a sua especificidade, extracurricular, também já se deu através dos pode contribuir, diversos cursos ministrados nas escolas superiores de e o mais certo é que isso aconteça, educação. Por outro lado, e ainda que para que alunos e pareça contraditório, sou leencarregados de vado a pensar que na escola educação a vejam a Música continua a ser uma como uma área de área subvalorizada e passada pouco valor e algo para segundo plano. Penso que o facto de se terem criado que serve apenas as AEC de Música, ou seja, de para acrescentar se ter feito da música uma área mais “qualquer extracurricular, pode concoisa” ao currículo. tribuir, e o mais certo é que isso aconteça, para que alunos e encarregados de educação a vejam como uma área de pouco valor e algo que serve apenas para acrescentar mais “qualquer coisa” ao currículo. Não podemos esquecer que para o senso comum o que é importante é que os alunos cheguem ao 2.º ciclo a saber ler, escrever e contar, o que não me causa estranheza uma vez que depois de dominarem estas competências terão o caminho mais facilitado para o domínio de outras. O problema é que o domínio de outras competências, como é o caso de competências relacionadas com as artes ou o desporto, também deve ser uma meta a atingir até ao 2.º ciclo. Em jeito de conclusão, penso que é importante salientar que se deveria criar condições para trabalhar a Música como está prevista no currículo do pré-escolar e do 1.º ciclo, mantendo-a como uma atividade de enriquecimento curricular apenas até esse objetivo estar alcançado.


Efeméride Agosto de 1922 Início duma ação política mais empenhada de Joaquim Lança no distrito de Beja

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oaquim Lança, nascido em 1895, é uma figura importante da direita dos interesses, sendo um dos fundadores da União dos Interesses Económicos, em 1924. Inicia a sua atividade profissional em Beja, como funcionário da agência local do Banco de Portugal, mas no verão de 1920 encontramo-lo em Setúbal gerindo uma importante fábrica de conservas. Nesta nova ocupação, Joaquim Lança é eleito presidente da Associação Comercial e Industrial de Setúbal, vindo, em 22 de fevereiro de 1922, a ocupar o cargo de presidente da Secção Sindical de Industriais e Fabricantes de Conservas. Em novembro de 1921 Joaquim Lança adere ao Partido Republicano Liberal, data em que surge como colaborador regular do semanário “O Bejense”, adquirindo o estatuto de redator principal a partir do n.º 592 de 1 de julho de 1923, já com o jornal sendo editado como órgão oficial do Partido Republicano Nacionalista. É, no entanto, em agosto de 1922, com a constituição da sociedade de cereais, Castilho, Gomes e Lança, que Joaquim Lança inicia uma ação política mais empenhada no distrito de Beja, de que é exemplo a organização, juntamente com Palma Mira, do Congresso do Baixo Alentejo do Partido Liberal (12/08/1922). Em resultado deste seu empenho político, Lança é eleito procurador à junta geral do distrito de Beja, pelo concelho de Serpa, nas eleições de 15 de novembro de 1922, em representação do Partido Liberal. Mais tarde, com o aparecimento do Partido Nacionalista, integra a comissão que escolhe os delegados do Baixo Alentejo ao 1.º congresso desta formação política, que ocorre, em Lisboa, em março de 1923. Toda esta atividade política, onde ainda se destaca o papel desempenhado na implantação dos nacionalistas no distrito de Beja, faz de Joaquim Lança o líder ideológico das forças conservadoras do Baixo Alentejo nos últimos anos de vida da Primeira República. A partir de 1924, na qualidade de presidente da Associação Comercial e Industrial de Beja, Joaquim Lança tem um papel de destaque na criação, e posterior funcionamento, da União dos Interesses Económicos, organização constituída por representantes da indústria, comércio e agricultura que tem por objetivo não só a defesa destes grupos económicos, mas também uma intervenção política no país ao serviço destes interesses. Aquando da escolha dos candidatos a deputados pelo Partido Nacionalista, nas eleições de 8 de novembro de 1925, Joaquim Lança entra em litígio com a direção desta formação política no distrito de Beja, uma vez que esta não aceita o seu nome e o de Aresta Branco como candidatos. No seguimento desta desavença política, Lança demite-se do Partido Nacionalista, sendo um dos responsáveis pela desvinculação do Centro Republicano Nacionalista de Beja do partido e a sua transformação em centro republicano conservador autónomo, em 3 de novembro de 1825, com a designação de Centro Republicano Dr. António Aresta Branco. Constantino Piçarra

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O ESTRANHO CASO DA CALÇADA da avenida de Salvada é duplamente lamentável. É triste porque o Estado, e nomeadamente as autarquias, não pode impunemente continuar a ser mau pagador. E a fazer festas e obras com o dinheiro dos privados. É infeliz porque a atitude do subempreiteiro apenas prejudica quem não merece: a população. PB

[O governo PSD] contribui para a regressão de uma série de valores que temos tido até há pouco tempo, mesmo que não tenham sido muito cumpridos e que não tenham sido muito aprofundados – que são os valores que eu considero de esquerda, como o estado social. Tem de haver um estado social muito mais eficaz. Irene Flunser Pimentel, ao “Diário de Notícias”, 16 de agosto de 2011

Cartas ao diretor O que defendemos nós? Francisco Barbosa Velho Münster - Alemanha

Impressionante, julgo eu, é a palavra correta para classificar o desgaste emocional ou intelectual da nossa cultura democrática quando alguém critica outro que nos é simpático! Será que tais motivos nos proporcionaram, a nós portugueses, termos desbaratado enormes potencialidades ao longo dos seculos? Tentar preservar o culto da cunha, a imagem do chefe, os lóbis, os amigos, sempre foi para muita gente a imagem de marca que suplanta a defesa de instituições ou infraestruturas que servem uma sociedade ou um povo. Este “dito” vem a propósito do futuro do “Diário do Alentejo”, prestigioso órgão informativo que faz falta e serve a região e não só. Caiu o carmo e a trindade porque alguém opinou sobre uma personalidade que dizem ser a pureza de sentimentos, a sensibilidade única e a inteligência rara! A personalidade que está em causa, por motivos atuais, de certo que tem um serviço de assessores que saberão (caso esteja em causa a imagem do chefe) defendê-lo. Afinal que cidadãos somos nós? O que defendemos que seja interessante e útil às sociedades? Por casualidade lembro uma entrevista ou opinião de um técnico agrário dada ao “Diário do Alentejo” há uns 10 ou 12 anos, que entre muita coisa dizia que a agricultura no Alentejo não tinha razão de existir porque não era viável. Isto no auge da destruição de tal riqueza e quase ninguém se levantou a contestar tal afronta. E eu, ao tempo com mais de meio século de vida, ainda pensava que o Alentejo era o celeiro da Nação. Na edição de 8 de julho do ano que corre, o senhor Rosseau, que já liderou ou ainda lidera as grandes superfícies que contribuíram para “matar” o comércio tradicional, entre muitas coisas, diz que o término do pequeno comércio ficou a dever-se aos proprietários não terem visão para o futuro. “Ensinando” ele próprio que caso os pequenos queiram vencer, terão que fazer como a Sonae e Jerónimo Martins que já têm projetos de lojas de proximidade. E esta hein...! Como até à data ainda ninguém apareceu a criticar tão “brilhante” entrevista, sou obrigado a perguntar: o que defendemos nós?

Recordando Vitoriano Raposo Mário Elias Mértola

Dando sequência à minha contumaz colaboração nas páginas do “Diário do Alentejo” vou hoje fazer numa referência a uma figura singular que se dedicou às letras, mais propriamente dito ao jornalismo, ou seja, Vitoriano Raposo. Esta personalidade nasceu na freguesia de Santana de Cambas, no concelho de Mértola. Colaborou diversas vezes no “Diário do Alentejo” de parceria comigo, difundiu também inúmeros artigos no boletim da Câmara Municipal de Mértola. Vitoriano Raposo era detentor de um estilo probo, impregnado de imagens de verdadeiro sentido poético, editando uma pequena novela intitulada “O Homem da Salamandra”. Em síntese presto aqui no “Diário do Alentejo” a minha sentida homenagem tentando libertar do injusto ostracismo em que na verdade se encontra. Faleceu com 37 anos.

09 Diário do Alentejo 12 agosto 2011

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Antes mesmo de o ministro da Educação revelar a lista das ESCOLAS PRIMÁRIAS a abater em 2011, já a Câmara de Beja havia destinado o espaço de quatro antigos estabelecimentos da cidade a instituições do concelho, ao abrigo no normal reordenamento do parque escolar. Nada de novo num ano que se anunciava terrorífico nesta matéria. PB

Há 50 anos A Censura salazarista explicada aos incautos

O

“Diário do Alentejo” de 15 de agosto de 1961 abria com uma Nota do Dia em que o vespertino bejense transcrevia um artigo da “Mais Alto”, jornal da Força Aérea Portuguesa, enunciando as regras básicas da Censura salazarista à Imprensa. Censura que, como se sabe, com a PIDE-DGS, a Legião Portuguesa e outras odiosas instituições fascistas, só seria extinta com a Revolução de Abril de 1974. Considerava o texto transcrito que “Durante bastante tempo, discutiu-se e criticou-se, em Portugal e no estrangeiro, a apertada vigilância que os Serviços de Censura exerciam sobre a Imprensa”. E explicava: “Recentemente, porém, processou-se, na situação de facto pré-existente, uma modificação à qual o ‘Mais Alto’ não quer deixar de referir-se, não só pela valorização positiva e imediata que pode operar na Imprensa portuguesa, como pela repercussão que certamente provocará noutros países, como ainda pela justiça e honra que se impõe fazer, através da simples publicação do acontecimento, àqueles que o ordenaram”. Seguia-se, depois, o enunciar das “novas” regras da Censura nos jornais e revistas: “A partir de agora, todos os actos passados ou presentes da Administração poderão ser criticados com total liberdade, desde que não envolvam ataques pessoais; isto é, a Imprensa poderá discordar da maneira como são exercidas certas funções públicas, mas não lhe será permitido, e muito bem, difamar a pessoa que as exerceu ou a ser. Passa a ser inteiramente livre, também, a transcrição de toda e qualquer notícia vinda do estrangeiro. Apenas se exige, e também aqui muito bem, que, no caso de ela ser tendenciosa – infelizmente, hoje em dia, é a hipótese mais usual – o jornal que a transcreve publique um comentário no qual, através da mera exposição da verdade dos factos, se denuncie essa tendenciosidade. Por razões óbvias, continua a ser proibida, como aliás sucede em quase todos os países do Mundo, a publicação de notícias políticas e militares de carácter reservado. Deu-se, não há dúvida, uma mutação. E com ela só deve lucrar a Imprensa e, de um modo geral, o País. Esperemos, agora, que os jornais portugueses saibam utilizar, construtivamente e sem medos, o poder-dever que lhes foi atribuído”. Para lembrar aos leitores mais distraídos, que também os haveria naquela época, a distância entre as palavras e a realidade, lá figurava na primeira página dessa edição, logo abaixo da Nota do Dia, o aviso de que o jornal era “Visado pela Comissão de Censura”... Carlos Lopes Pereira


10 Diário do Alentejo 19 agosto 2011

Nestas coisas tem que haver um líder e Beja não tem um líder! Nunca teve um líder, alguém que esteja próximo dos governantes. Os políticos que temos tido são indivíduos agarrados à Assembleia da República, ao governo ou a um lugar bastante bom e não podem reivindicar. Ou melhor, acham que não podem reivindicar. É por isso que Beja precisava de alguém que não precisasse do ordenado para “bater o pé” e isso não temos. Manuel Figueira, “Correio Alentejo”, 12 de agosto de 2011

Páginas Esquecidas Fialho d’Almeida: A viagem de D. Pedro V (1837-1861) à vila de Alvito

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lém dos reis da Casa d’Avis que atrás menciono vários Braganças vieram também nos últimos tempos fazer visita ao castelo dos barões, e foram D. Pedro V com os irmãos D. Augusto e João, D. Luís sendo já rei, e ultimamente D. Carlos, que todos por estes sítios espaireceram excursões, merendas ou caçadas. D. Maria II, na sua viagem a Beja, não demora em Alvito, visto o legitimismo acendrado dos marqueses, que só com Pedro V se converteram à causa liberal. A viagem deste príncipe hamlético ficou célebre, e toda a ternura plebeia fundiu suas doçuras de cão por junto às plantas do ídolo, que pela primeira vez, depois duma quase invisibilidade de três sécu1os, lhe corporizava a ideia religiosa de rei numa diáfana figura de adolescente alemão, de cabelos doirados e olhos azuis de miosótis. D. Pedro V por estes sítios foi alvo duma quebreira sentimental em que ainda hoje os velhos falam, insistindo na melancolia poética do pobre moço que merecia as açucenas de Sant’António, e seduzia pela pulcridade estranha dos instintos. Ao tempo a linha férrea do sul só chegava do Barreiro a Vendas Novas, e esse troço fresco inaugurado servira à viagem de D. Pedro, que percorreu a cavalo, por étapes marcadas, em ida e volta, toda a charneca dentre Vendas Novas e a Mina de S. Domingos, que era o termo obrigado da jornada. Assim, no próprio dia do desembarque em Vendas Novas, o rei, malos irmãos, seguiu para Évora, onde estiveram uns dias; marcharam depois d’Évora à Cuba, onde na igreja lhes foi servido o supositório obrigado d’um Te-Deum, e esse dia e noite recolheram-se na Quinta dos Barahonas, morgados do Cebolinho, que D. Maria II fizera viscondes da Esperança. Camponeses e povoléu miúdo de Cuba e cercanas terras, que tinham vindo de véspera, à passagem do rei, acamparam de roda dos muros da quinta, e eram duares imensos de carros e bestiolas, foguetaria e lumes de comezaina, e nas clareiras fechadas pelos carros, gentuza cantando ao som d’adufes e trebelhos, tanta e tão viva que o mesmo Pedro V, depois de ceia, andou pelas ranchadas, até tarde, não faltando vivório e expansões de cândida borracheira, nem troveiros silvestres que a som de viola lhe soleassem boas vindas. No dia seguinte, depois d’almoço, a cavalgata partiu pela estrada de Beja, atravessando as terras do morgado, que iam da Cuba até ali perto da cidade; e aí o Barahona que era ao tempo, um pujante e orgulhoso arador de muitas searas kilométricas, mandara estender aos dois lados da estrada, em ordem de batalha e coberta de flores, toda a instrumental da sua casa de lavoira: os arados apeirados nas cangas, as pezadas charruas bíblicas de três e quatro juntas, toda a criadagem de couteiros, lavradores, semeões,

mantieiros, escameis, moços de alavão e rouparia, bem firmes nos seus postos, com seus apetrechos de faina, e logo os rebanhos de lã, que eram profusos, zagaletes, pastores e cães de gado, num formigueiro de pupilas luzentes e de cornos... Esta foi talvez a primeira ideia de cortejo rural e exposição agrícola sugerida em terra portuguesa, e curioso seria segui-la evolução mental decorativa, que algumas dezenas d’anos deitou de si o tão apregoado préstito do centenário camoniano. A multidão que teimava em acompanhar o rei, era tão espessa, que a cavalgata houve de moderar o andamento, para que as mulheres das aldeias e dos montes, que erguiam os filhos pedindo que S. Real Majestade lhes deitasse a bênção, pudessem enlevadas gravar bem a fisionomia triste do príncipe, e a poeira das correrias não sufocasse os jornadeantes, impedindo-os de ver a exibição das charruas e dos gados. Pedro V, educado pelo romântico Herculano à moda antiga, considerava o mister de rei não pelo lado propriamente político e diplomático, como mais tarde seu sobrinho D. Carlos, que disso foi vítima, mas como uma espécie de munificente pastor talhado em patriarca, intervindo pessoalmente nas leis, distribuindo ele mesmo as graças e a justiça: e por isso se com prazia na exibição destes demorados convívios populares, donde a sua alma wertheriana sacava a delícia duma espécie d’auto-idolatria cabotina. À saída das chãs chamadas Os Vales, começaram a ficar para trás ranchos de fêmeas, e a cavalgata seguiu ainda com guarda de honra de jornaleiros e artífices, que teimava em correr às bandas da carreteira. O rei ia na frente, entre os irmãos D. Augusto e D. João; atrás, na comitiva, seguiam o marquês de Ficalho, o marquês d’Alvito e o vermelhaço D. Carlos de Mascarenhas. Antes de S. Matias, já fora das terras da Esperança, dois rapagões de chapéu na mão, adiantaram-se d’um rancho de jornaleiros e ganhões que ficara retraído, e deslumbrado, ao ver os príncipes. Divisava-se-lhes grande agitação e como um começo de disputa, pelos gestos sacados que faziam. Do monte de ganhões saíam vozes: – É não ter acanhação, senhor Joaquim! – É falar durrijo, para eles ouvirem bem. E as caras pálidas, os olhos balbuciantes, tudo mostrava que alguma coisa grave ia correr. Em resumo. Uma lavradora da Cuba, da família Pêgas Taquenho, no alvoroço súbito da Majestade lhe passar à porta, acordara rimando éclogas cândidas de hossana às excelências de Pedro e dos infantes, que fizera aprender a dois filhos já homens Manuel Bonifácio e Joaquim Firmino, os quais, à orla da courela, e sem saber que destino dar aos chapéus e às mãos, faziam-se de mil cores, varados da audácia de ter de as recitar diante do rei. – Ai que vergonha, ai que vergonha que me dá! dizia um, com o instintivo jeito de se esconder por trás das jornaleiras.

– Não sejas alarve, tornava o outro. Olha o papel! O que há-de dizer depois a nossa mãe... Os versos armavam uma espécie do diálogo de pastores, onde um fingia o alvoroço por saber quem fose esse príncipe brilhante como o sol, que despontara na Cuba, e o outro metaforicamente lhe explicava as origens fabulosas da viagem, e as excelcezas fulgentes do herói entre cópia d’alusões mitológicas e minusculorias arcádicas ingénuas, que a boa mulher certo colhera de Rodrigues Lobo ou João Xavier de Matos, nalgum surrado tomo de pastorais e ditirambos. A crónica refere que Joaquim Firmino e Manuel Bonifácio, d’atrapalhados co’a presença do rei, não tiveram saliva avonde para lubrificar a gorja e dar curso à língua poética materna, e isto por não poderem mexer a própria no paladar resseco da comoção que lhes embargara o nó vital. Também D. Pedro V perdeu uma ocasião única d’inquérito à pulmoeira poética e lírica da Cuba, que me parece não volverá a rimar enquanto a população não souber ler. Deixemos o rei em Beja, onde ao passar um arco de triunfo, este abateu, dando-lhe ainda os armatostes do tímpano uma violenta pancada no cavalo; deixemo-lo ir comer a casa do marquês de Ficalho, em Serpa, o prometido jantar alentejano onde o porco brilhou té sob a fama de feijão com orelheira; deixemo-lo na horrorosa jornada à Mina de S. Domingos, início a sério da exploração mineira em Portugal... Neste sul de província deserta, completamente fechado ao espírito de crítica, e revivendo ainda as crenças lendárias dos séculos d’obscurantismo e de servidão, não admira que aos episódios da admiração popular ingénua, se misturem de quando em quando uns, mais grotescos, que os infantes só a muito esforço de morder lábios não recebem a francas gargalhadas. Tal por exemplo a história do Paneirinho de S. Matias... aldeola entre Beja e Cuba, formada por famílias de ganhões das convizinhas grandes lavoiras da planície. Paneirinho era uma espécie d’anão negrusco, d’olho africano e gestos de bichinina, que d’ordinário fazia quartel-general em S. Matias, irradiando pelos povos rodeiros, com o macho carregado e a clavina no garroxo, à coca de vender as saragoças e briches que lhe mandava um irmão, da Castanheira. Com uma imaginação ardorosa, cuja exibência de galas sempre o simplismo rústico dos meios d’acção prejudicava, este homem que nalguma rica cidade teria sido um ordenador de cavalgatas históricas, ali, no chavascal da aldeia, apenas achou para mandar ao encontro de D. Pedro V e dos infantes, o seu próprio macho das saragoças, albardado de velho e com um lençol que o envolvia desde a cabeça, deixando avoejar os alvejantes fraldões por sob a anca, onde aqui e além luziam mataduras. Vestiu a opa melhor, pôs o sombreiro dos domingos, broslado, com abas de velódromo, e que um lenço d’Alcobaça resguardava das malandrices do vento, atado em barbuqueixo; e com sua espora no calcâneo, o cajado enristado em lança manchega, ei-lo

D. Pedro V Reprodução da estampa expressamente composta para solenizar o faustoso aia da Sua Aclamação, 16 de Setembro de 1855

cavalga dramaticamento o macho, que ao avoejar do lençol produzia a estilização de um corcel de torneio ou quer que o valha. A pouco trecho topa a régia comitiva, e possesso de jubilo, sem encontrar na língua falada do seu uso exclamações que exprimam o inexplicável clangor monárquico que o vibra, tira o chapéu e desata a gritar: – Viva o Santíssimo Sacramento! O rei e os príncipes, desconcertados sobre o tipo bizarro que lhes surge, contestam com uma reverência às exclamações do Paneirinho, que sem se desguarnecer da filáucia manchega avança para os três e diz assim: – Qual de Vossa Xúrias, indas que eu mal prégunte, é Vossa Real Maestade? Mostram-lhe D. Pedro V, e ele, às mesuras: – Como tem Vossa Real Maestade passado, a senhora rainha, e mais companha? Responde o rei que bem, e lhe agradece. – Pois eu, diz o Paneirinho, venho por mandado além dos daquela aldeia, que são uns brutos, e tiveram vergonha de vir ver o rei do seu país. Uns alarves daqueles! Se em vez dum rei fosse uma pipa de vinho, aposto em como abalavam todos e nem lá ficavam cegos e entrevados. Pergunta D. Pedro V se a terra é próspera e as colheitas foram fartas. – Vai-se passando, V. Real Maestade, vai-se passando. O que faz falta é um moinho de vento. Para moermos a ceara, temos de levá-la lá fora, ao Guadiana. – Não será difícil arranjar o moinho, diz o rei. – Mas em terras baixas o vento é pouco; de sorte que o moinho raro trabalharia se não construíssem também uma montanha… Acha D. Pedro a ocorrência pitoresca, mas não é dado aos reis remover assim terras, dum bloco. Se pedissem por exemplo, uma escola primária.... – Isso as escolas, contravém escorreito o Paneirinho, servem só para fazer doutores e aumentar o descaro dos caloteiros. No dia em que todos soubessem ler teria de lhes baixar o preço das saragoças e dos briches... De sorte que se não puder ser o moinho, venha uma lei que torne por exemplo a saragoça obrigatória… – Vá descansado, diz o monarca sorrindo, e saúde em meu nome os do seu povo. – Vou mas é explicar àqueles alarves que o rei não é nenhum papão que meta espanto, e todos os portugueses ganham em ver de perto os príncipes que os mandam. E com isto não enfado, Senhor D. Pedro V; visitas à senhora rainha, e aos meninos – que eu não sei se V. Real Maestade tem borregage…


Faz o rei que não com a cabeça. – Pois é preciso arranjá-la. Não há matrimónio feliz sem mulherota poupada e calças d’açoites nas petizes. Lá em minha casa tenho dez que não dou vestidos nem calçados; pois se algum dia me faltassem, perderia o único entretimento alegre da vida, que é todos os dias zurzir uns três ou quatro. Esporeou a besta, que num repoupo deu costas, deflagrando sob os fraldões do lençol, não sei que estrépitos festivos. E meio voltado na albarda: – Desculpem Voss’Xúrias esta divergência da cavalgadura. Como não está acostumada a ver grandezas... À volta da excursão, no regresso da mina, D. Pedro V outra vez pernoitou na quinta da Esperança, e na seguinte manhã, primeiro de Novembro, tomava pela estrada d’Alvito, onde caiu em plena feira de Santos, a das castanhas e das nozes, espalhada de roda do castelo. Ao atravessar, inda no termo da Cuba, as herdades do Banahona (José Maria de Barahona Fragoso Cordovil da Gama Lobo), nova exibição de gados, desta vez em máxima afluência: manadas de éguas, boiadas, infinitas cabras e ovelhas, alfeires, varas de porcos, milhares de cabeças com dezenas de guardas negrejando nos valeirões do restolho, em infinitas finsulas moventes. E outros lavradores vizinhos tinham tomado o exemplo do visconde, posto ao comprido da estrada em bandeletas, riquezas pecuárias que transfiguram súbito a campina, ocorrendo com as que migravam para a feira, e todas tocando de pastoril relevo a aridez já um pouco outonal dos costadoiros. O rei viu esse dia um espectáculo a que não estaria acostumado: a entrada galopante dos gados, sob a poeira fulva, em pleno charivari da corredoira, o zumbido apoplético d’um arraial de rurais em plena verve nómada de tráfego: e na apoteose da luz, em pagãs espirais, toda a exaltação do coro pastoril à glória de Pomona e Ceres, deusas tutelares da agricultura. Em Alvito ficou dois dias na câmara que lhe conserva o nome, e permanecendo alfaiada como de quando a habitara o rei nostálgico, foi muitos anos objecto duma romaria piedosa e enternecida; daí se foi a Aguiar, cerca de Viana, onde entrando em casa do pároco, quis comer. A estância era mui pobre – queijo de cabra, pão quente, aguamel numa malga ratinha, e alguns cheirosos peros de Montemor – e não havendo copo, bebeu por uma canada de barro, que foi o que o cura achou de melhor na prateleira... Fialho d’Almeida In Estâncias de Arte e de Saudade (Ed. Póstuma, 1921, cap. “Em Alvito – o Castelo”); actualizada a ortografia, manteve-se a pontuação do autor.

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Urbanismo iluminista nas ruas de Vila Real

A exposição ao ar livre “Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista” é o contributo desta cidade fundada pelo Marquês de Pombal, em plena era das Luzes, para o projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada “Algarve: do reino à região”. A mostra pode ser visitada na marginal do Guadiana, na rua da Princesa, na praça Marquês de Pombal ,e nos largos António Aleixo e Lutegarda de Caires, durante o mês de agosto.

Fotorreportagem

Diz-se de Monte Gordo que é a única praia do mundo onde os bejenses conseguem bronzear as axilas, de tanto acenarem uns para os outros. Aliás, Monte Gordo é a verdadeira e única causa da profunda desertificação que Beja sofre em agosto. A cidade – tal como acontece com Serpa ou Cuba – muda-se de armas e bagagens para os extensos areais do Sotavento. Migração estival que acontece desde os anos 1960, quanto, precisamente em Monte Gordo, se experimentou no Algarve o conceito de turismo em massa. Fotos José Serrano


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Série de fotografias obtida com uma máquina de filme muito rudimentar e económica, da marca “Lomo”. Tem a vantagem de resistir à água e à areia sem deixar de funcionar. É verdade que às vezes risca a película e nem sempre foca corretamente, mas isso são apenas pormenores sem a mínima importância...


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Perfil

Ajudava no que podia. Ia buscar com um carrinho de mão ou com uma carreta os filmes à estação de comboios e à rodoviária de Aljustrel. Colava os cartazes das películas em exibição no largo principal. Comecei por fazer estas tarefas. Em troca podia assistir aos filmes. Eurico Reis

A vida de Eurico Reis é dar filmes aos outros

Cinema paraíso A vida de Eurico Reis, projecionista, poderia dar um filme. Mas o que o mais lhe interessa é poder projeta-los e mostrá-los às pessoas. Às pessoas que continuam a ir às salas de ci-

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nema ou a assistir aos filmes ao ar livre. O homem que cresceu e viveu com os olhos postos nos ecrãs de fundo branco continua na cabine, agarrado à máquina. Até porque é aqui que se sente bem, no seu cinema paraíso. Texto Bruna Soares FOTOS DE COLEÇÃO PARTICULAR

urico Reis projeta filmes há anos. Há tantos anos que já lhe perdeu a conta. Não sabe quantas películas lhe passaram pelas mãos, porque esse somatório também há muito que o deixou de fazer. As histórias e as emoções dos filmes interessam-lhe mais do que os números. Num dia igual a tantos outros, onde o vento não sopra e o sol não brilha, Eurico Reis abre a porta da sua casa. Começa por mostrar umas fotografias que repousam sobre uma mesa. As mais gastas pelo tempo exibem-no ainda sem o cabelo grisalho. As provas estão à vista. É, sem dúvida, o ofício de uma vida. Eurico Reis, como não poderia deixar de ser, revê-se na história de um filme. “Cinema Paraíso”. A película conta a história de um rapazinho que, tal como Eurico, se apaixonou pelos encantos da sétima arte bem cedo. Em “Cinema Paraíso”, “Totó”, personagem principal, em criança, fugia para o cinema, espreitando as projeções dos filmes. Eurico, com oito ou nove anos, também era para lá que corria, fazendo companhia ao projecionista. Foi nos bastidores, tal como o ator principal do seu filme de eleição, que Eurico Reis aprendeu a amar o cinema. “Cinema Paraíso” foi rodado em Itália. O enredo da vida de Eurico Reis, esse, passa-se em Aljustrel. “Comecei a ir muito cedo para o Cine-oriental, dada a proximidade a que este estava da casa dos meus pais. Sempre me interessei. O senhor Francisco Conceição era, na altura, o proprietário do cinema e eu mostrava muito interesse, o que o levou a simpatizar comigo. Ajudava no que podia. Ia buscar com um carrinho de mão ou com uma carreta os filmes à estação de comboios e à rodoviária de Aljustrel. Colava os cartazes das películas em exibição no largo principal. Comecei por fazer estas tarefas. Em troca podia assistir aos filmes”, conta Eurico, com um sorriso. O menino que passou a infância com os olhos postos no ecrã de fundo branco fez-se homem. Cresceu em altura e consigo cresceram também as

responsabilidades. “Quando já tinha uns 18 anos a Lusomundo comprou o cinema de Aljustrel e fiquei à frente da sala. Já estava preparado para assumir essa responsabilidade. Depois fui chamado para cumprir o serviço militar e tive de abandonar o cinema. No exército, no entanto, ingressei na especialidade foto-cine – Fotografia e Cinema dos Serviços Cartográficos do Exército. Aprendi inúmeras coisas na tropa. Interessei-me muito pela fotografia e comecei a fazer fotorreportagem. Deixei, nesta altura, um pouco o cinema, mas o bichinho ficou sempre cá”. Os dias do cinema Eurico Reis é, na verdade, um apaixonado por inúmeras artes. Para além de passar grande parte da sua vida agarrado à máquina de projeção, vendo os filmes através da própria cabine, passa

também grande parte do seu tempo a pintar, a fotografar e a fazer serigrafia. “Sou um interessado pelas artes em geral. É este mundo que me fascina e que me move”. O cinema, sempre o cinema, porém, é o que o ocupa profissionalmente. Atualmente projeta filmes no auditório António Chainho, em Santiago do Cacém. É o homem da máquina de projeção. Conhece-lhe a mecânica, o ouvir do trabalhar. Faz parte de si, até porque o fez sempre. Eurico, contudo, está consciente do que se passa atualmente no mundo do cinema. “O cinema, ao longo dos tempos, tem tido altos e baixos” E, como sabe do que fala, explica: “Quando apareceram as cassetes o cinema ressentiu-se. Muita gente começou a ver os filmes em casa. Depois vieram os DVD e, atualmente, a Internet disponibiliza

todo o tipo de filme. Muitos, inclusive, ainda estão em exibição no seu país de origem. A magia do cinema, aquela pela qual se esperava meses para se ver o filme mais famoso, perdeu-se”. Eurico foi desse tempo, do tempo em que se esperava para ir ver o filme ao cinema. “Para as películas chegarem à província era necessário esperar muito. Primeiro rodavam nas grandes salas, que estavam nas grandes cidades. Só passado muito tempo é que chegavam e nesse dia, no dia em que eram exibidos, a sala enchia. O povo vestia-se a rigor e ia ao cinema, que era um ponto de encontro e de convívio”. De uma coisa, contudo, Eurico tem certeza. “Quem gosta de cinema continua a ir. O ambiente da sala, os sons, a grandeza do ecrã e toda a envolvência são coisas que

não se conseguem reproduzir em casa. Podemos ter um ecrã de topo, com alta definição, que não temos as mesmas sensações de estar a ver o filme no cinema. Essa é a magia que nunca se perderá”. Eurico continua a promover o cinema como pode e tenta levá-lo a todos os sítios. Tanto que, há uns anos, adquiriu uma máquina de cinema portátil. “Posso passar cinema em todos os sítios. Basta-me ter uma parede ou uma tela branca”. É o cinema na rua, ao ar livre, lembrando as antigas esplanadas. Em 2000 Eurico avançou para ideia de fazer cinema itinerante. E a sua máquina, de origem chinesa, já correu inúmeros recantos do Alentejo. “Dá-me prazer levar o cinema às freguesias mais isoladas. Estive em vários sítios onde as pessoas nunca tinham visto cinema. Por exemplo, na aldeia de Estrela, no concelho de Moura, a primeira vez que as pessoas viram cinema foi através do meu sistema. Isto são experiências e sensações que não se esquecem”. O cinema ao ar livre, para Eurico Reis, “é muito cativante”. “A máquina de projeção está no meio das pessoas. As pessoas acompanham todo o processo. Veem os rolos das bobines, as películas, ouvem o barulho da máquina a rodar. É um cinema de proximidade. As crianças ficam totalmente encantadas e a sensação é muito boa”. Mas também o cinema itinerante já teve melhores dias. “Este verão está muito fraco. As verbas para este tipo de atividades estão reduzidas e é muito difícil”. Eurico continua, porém, a meter a máquina a trabalhar. “Pode estragar-se por rodar muitos filmes, mas também pode estragar-se por estar demasiado tempo parada”, ironiza. Passados tantos anos, Eurico Reis continua com os olhos postos no ecrã de fundo branco. Continua a ver muitos dos filmes através da cabine e o futuro é coisa que não o assusta. E, neste sentido, o cinema digital também não. “Tudo evolui. É o progresso”, considera, até porque, como diz uma das frases mais célebres do mundo do cinema (“E tudo o vento levou”), “afinal de contas, amanhã será outro dia!”.


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A loja em Évora e uma página na net

Tiago e Magda mantêm a funcionar a Oficina da Terra no centro histórico de Évora, na travessa do Sertório. Na net, na página oficinadaterra.com, é possível aceder a mais informação sobre os artesãos e a sua obra. Também é disponibilizada uma reportagem televisiva sobre a “Aldeia da Terra”.

Verão

Horta gigante Um espaço para os gaiatos brincarem

Como ir: Na Estrada Nacional 370, que liga Évora a Arraiolos, nos semáforos da povoação de Ilhas, vira-se à esquerda para a rua dos Olivais. A partir daí o percurso de cerca 800 metros encontra-se indicado por placas. A entrada é paga: adultos, 5 euros, crianças, 3 euros. Está aberto 365 dias por ano; abre às 9 e fecha às 18 horas.

A Aldeia As casas crescem como cogumelos

Nas Ilhas, em Arraiolos, dois artesãos fundaram a “Aldeia da Terra”

A mais nova aldeia alentejana Há uma povoação no Alentejo apostada em contrariar os números apurados nos Censos 2011 que revelaram uma inexorável desertificação e o dramático envelhecimento do território. Na “Aldeia da Terra”, em Arraiolos, todos os dias, nascem novos habitantes e as casas crescem como cogumelos. Texto Aníbal Fernandes Fotos Rute Reimão

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sta história começa há pouco mais de uma década, em 1998, com bonecos de plasticina e uma pequena mentira. Tiago Cabeça, na altura estudante universitário e tarefeiro na EDP, gostava de fazer bonecos de plasticina com o sobrinho. Magda Ventura, hoje sua mulher e na altura namorada, frequentava uma formação de pintura em olaria tradicional, em São Pedro do Corval. Tiago tinha jeito e muita vontade de criar peças menos efémeras. Com a desculpa de que queriam moldar uns cinzeiros, pediram algum barro na olaria. Dessa massa sem vida nasceram estudos anatómicos que originaram a sua primeira exposição no Posto de Turismo de Évora. “À procura de um corpo” era o título da mostra e a venda de todas as peças expostas surpreendeu Tiago e Magda. Seis meses depois

teve lugar uma segunda mostra, desta vez dedicada à “Paixão de Cristo”, um tema que lhe era muito pedido. Ao contrário das primeiras obras não pintadas, estas já contaram com a experiência de Magda no processo criativo: ela é ainda hoje a responsável pela aplicação da cor em tudo o que sai das mãos de Tiago. Descobriram por esta altura, pela voz de um técnico do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), que não faziam bonecos. O que criavam era “artesanato contemporâneo” e a Feira Internacional de Lisboa (FIL) era o sítio certo para o mostrar. O resultado foi, logo em 2000, o 1.º Prémio de Artesanato Contemporâneo, galardão reconquistado nos três anos seguintes. Ainda a estudar e a trabalhar, resolveram procurar um espaço em Évora para instalar uma galeria/oficina. O empréstimo ao banco serviu para recuperar um espaço de 50 metros quadrados na rua do Raimundo que se tornou “logo um sucesso”. O mesmo não se pode dizer dos cursos universitários que, depois de decidirem dedicar-se a tempo inteiro à nova atividade, “ficaram pendurados até hoje”. Em 2004, com o nascimento do filho, deixaram de frequentar feiras. Ao mesmo tempo resolveram adquirir um terreno em Arraiolos, nas Ilhas. Um espaço com pouco

menos que um hectare onde habitam e onde nasceu a “Aldeia da Terra”. A ideia deste projeto nasceu por boas e más razões. Por um lado, as exposições que iam realizando – sempre com milhares de visitantes – e as solicitações permanentes de escolas para visitas aconselhavam a mudança para um espaço maior; por outro, a “guerra” movida pelos senhorios – que de cinco em cinco anos lhes aumentavam as rendas de forma insuportável – levou-os à solução de uma “exposição a céu aberto” integrando várias valências: oficina, loja, quiosque, workshops e, claro,

Mãos Moldar um projecto de vida

a “Aldeia da Terra”. Desde 23 de junho que se pode visitar, mas as obras nas infraestruturas ainda estão a decorrer. O investimento previsto é de 200 mil euros e contou com a comparticipação de fundos europeus. Não fosse o processo burocrático teria arrancado mais cedo, mas este “projeto de vida” tem tido “reações muito boas” o que lhes dá a certeza de estarem no bom caminho. Os dois meses que levam de atividade provam, para já, que a ideia tem pernas para andar. A média de visitantes é de uma dezena por dia numa altura em que ainda não começou o ano letivo e o estudo

de viabilidade económica diz que com seis entradas por dia o projeto é sustentável. No dia em que o “Diário do Alentejo” visitou o espaço, Tiago Cabeça estava a ajudar ao parto de um novo habitante. Fazia lembrar o ex-deputado e comentador político Pacheco Pereira sentado num cadeirão, rodeado de livros que, depois de pintado, irá povoar a Tasca, um dos espaços da aldeia. A povoação está organizada por ciclos: azeite, pão, vinho, leite, mel, tecelagem e olaria. Existem ainda núcleos temáticos: os militares, o aeroporto, a oficina, a banda, a igreja. Em lugar de destaque, o “casamento”, uma réplica da peça com que ganharam o primeiro prémio nacional, chama a atenção. Os bonecos são como cartoons a três dimensões. No entanto, as cenas rurais pretendem ter também uma função etnográfica e pedagógica. Uma horta gigante e um pequeno zoológico com reproduções em cimento (elefante, girafa, porco, burro) permitem a interatividade das crianças com as peças expostas. Num espaço à sombra, debaixo de quatro oliveiras, tijolos coloridos colocados em círculo esperam pelas crianças que ali ouvirão histórias e comerão os lanches depois de visitarem a única aldeia do Alentejo que, em pleno século XXI, não para de crescer.


BEJA: pista de atletismo Fernando Mamede. Perímetro: 400 m. Balneários: quatro. Lotação: 1200 lugares. Piso: tartan. Cobertura: descoberta. Modalidade: especializada. Setor: federado. CASTRO VERDE: pista simplificada do Estádio Municipal 25 de Abril. Dimensão: 4850 m2. Perímetro: 219 m. Descoberta. Especificações: seis corredores

na reta da meta e quatro no anel. Balneários e eletrificação. Piso tartan, bancada com 157 lugares. ODEMIRA: pista municipal de Odemira. Dimensão: 6.930 m2. Perímetro: 400 m. Descoberta. Especificações: seis corredores na reta da meta e quatro no anel. Balneários e eletrificação. Piso tartan. Bancada com 1000 lugares.

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Pistas de atletismo na região

Desporto

Investimento Remodelação completa da pista de tartan pode rondar os 500 000 euros

Beja sem provas nacionais de atletismo

Era uma vez uma pista de tartan O estado de crescente degradação do tartan da pista de atletismo do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, não permite a realização de provas de cariz nacional. Texto e foto Firmino Paixão

H

á três anos ainda se disputaram em Beja os Campeonatos Nacionais da 3.ª Divisão. Nessa altura já o estado de conservação do tartan era questionável, mas atualmente, e segundo declarações do presidente da associação regional da modalidade, António Casaca, ao “Diário do Alentejo”, “não podem vir para cá provas nacionais porque face ao estado de degradação da pista não há condições para trazer esses atletas”. A implantação desta infraestrutura desportiva municipal data de 1999, tendo evoluído do piso de cinza para tartan. O atual executivo da Câmara Municipal de Beja, pela voz do

vereador com o pelouro do desporto, Miguel Góis, diz acompanhar esse problema desde o dia em que tomou posse. “Era um dossier que já conhecíamos, uma situação que, inclusive, está mencionada no nosso próprio programa eleitoral e é um problema que está identificado para ser resolvido”, diz o autarca, adiantando que a partir do momento em que tomaram posse efetuaram “diligências junto dos gestores dos quadros comunitários e da Federação de Atletismo de Portugal” no sentido de apresentarem uma candidatura para financiamento da implantação de um novo tartan mas verificaram que “face aos prazos muito reduzidos que existiam para efetivação dessa candidatura a mesma não foi aprovada devido a não existir a maturidade do projeto”. Ora, sendo que o importante é a beneficiação do equipamento, o que quererá dizer isto de maturidade do projeto? Miguel Góis explica: “Quer dizer que nós, e quando digo nós refiro-me à Câmara Municipal de

Beja, nomeadamente quem nos antecedeu, se tivéssemos apresentado o projeto mais cedo, por exemplo em 2008, início de 2009, e lançado os procedimentos respetivos, essa candidatura teria sido aprovada, contudo não foi. Neste momento, como é público, não existem, no âmbito dos quadros comunitários, linhas de financiamento disponíveis para o efeito. Estamos em conversações estreitas com a Federação de Atletismo de Portugal, temos mantido uma atividade bastante efetiva na procura de soluções alternativas, algumas soluções que neste momento estão a ser utilizadas, nomeadamente na Andaluzia, para remodelação deste tipo de pisos”, acrescenta o responsável. As condições climatéricas da região são, por outro lado, muito agressivas para este tipo de matérias, mas diz Miguel Góis afirma: “Quando a obra foi realizada já se sabia que o Alentejo tinha este tipo de clima, as obras fazem-se tendo por base os

pontos fortes e fracos que terão que ser previstos. Existem condições de manutenção que têm que ser respeitadas”. Quantificando o valor do investimento, Miguel Góis revelou: “Temos dois ou três níveis de intervenção e de volume financeiro consoante a intervenção a realizar. Se falarmos de uma remodelação completa os montantes rondarão os 500 000 euros, se falarmos de níveis diferentes como remodelação parcial ou apenas de alguns melhoramentos falaremos de valores significativamente mais baixos”. Perspetivando o momento em que essa intervenção se realizará, o vereador lembrou que “a questão é que não está aberta qualquer linha de financiamento ao nível de espaços comunitários ou programas de apoio ao investimento desportivo”: “Temos o projeto pronto a ser submetido, quando abrirem essas possibilidades avançaremos”, disse. Oposição refuta acusações Miguel Ramalho, vereador da oposição e

membro do executivo da CDU, citado por Miguel Góis como responsável pela não apresentação atempada da candidatura do projeto de beneficiação do piso da pista, não deu grande relevância às declarações do atual vereador do desporto, alegando que estas desculpas já se tornaram recorrentes: “Na altura apresentámos as candidaturas que entendemos serem oportunas, agora este executivo está na câmara há dois anos e a desculpa para a sua inação é sempre a mesma. Não podem desculpar-se eternamente com o passado, porque este executivo até dispõe de possibilidades de recurso a financiamentos comunitários como nenhum outro teve na câmara de Beja. Em vez de candidatarem as Beja Wine Night e outro tipo de festas façam outras opções que seguramente serão mais corretas. O melhor é que cumpram as suas responsabilidades e os seus compromissos para não serem diariamente notícia pelos piores motivos”, concluiu.


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11.º Open “Praias de Grândola”

Realiza-se no dia 4 de setembro, na praia de Melides, Grândola, o 11.º Open de Pesca Desportiva de Mar “Praias de Grândola”, competição organizada pela Associação dos Pescadores Desportivos de Grândola, que se insere no mês do desporto na Vila Morena. A concentração da prova está marcada para a 6 e 30 horas, na praia de Melides, e a

Cruz de João Mendes inaugura polidesportivo de ar livre A Junta de Freguesia de São Francisco da Serra inaugurou o polidesportivo de ar livre da Cruz de João Mendes, no bairro da Esperança. O polidesportivo está apetrechado para várias modalidades como futsal, ténis, basquetebol e andebol. Funcionará entre as 9 e as 22 horas, mediante inscrições. O mais recente equipamento desportivo do concelho de Santiago do Cacém está

prova decorre entre as 8 e as 12 horas. A organização atribui prémios monetários aos primeiros cinco classificados e troféus até ao vigésimo. Coletivamente serão premiadas as primeiras três classificadas. Os prémios serão entregues durante um almoço a realizar nos pavilhões da Feira de Melides, certame que decorre nesse fim de semana.

orçado em cerca de 70 mil euros e contou com financiamento do Proder, através da Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejo, de 42 mil euros. A câmara atribuiu um apoio financeiro para os arranjos junto ao polidesportivo de 16 mil euros. A candidatura resulta de uma parceria entre a junta de freguesia, o Grupo Desportivo e Recreativo de São Francisco da Serra e a Associação Jovem de Festas da Cruz de João Mendes.

Despertar no Algarve e Castrense em casa Já é conhecido o calendário do Campeonato Nacional de Iniciados, época 2011/2012, prova em que a Associação de Futebol de Beja tem como representantes o Despertar Sporting Clube e o Futebol Clube Castrense. Na primeira jornada, que terá lugar no dia 4 de setembro, a equipa bejense desloca-se ao Algarve para defrontar o Louletano, enquanto a formação de Castro Verde vai jogar no seu campo com o Barreirense. As duas equipas integram a série F do campeonato, têm como adversário outras duas formações alentejanas, o Lusitano e o Juventude, ambos de Évora, e jogarão entre si na 9.ª jornada da prova, em casa do Despertar, em ronda marcada para o dia 23 de outubro.

Odemirense empatou no Estoril O Odemirense iniciou o Campeonato Nacional de Juvenis com um empate a uma bola no terreno do Estoril Praia. Um ponto precioso para a formação do litoral alentejano, motivador para o confronto da próxima jornada em que vai atuar em casa frente ao Casa Pia. A equipa do litoral alentejano está a competir na série D no Nacional de Juniores B, em conjunto com outras duas equipas do Alentejo, o União de Montemor, em representação da A.F.Évora, e a formação de O Elvas, filiado na A.F.Portalegre. Os resultados da ronda inaugural foram os seguintes: Casa Pia,6-União Montemor,0; Estoril Praia,1-Odemirense,1; Amora,1-Olhanense,1; Oeiras,7-O Elvas,1; Imortal,3-Barreirense,0; Cova da Piedade,0-Vitória Setúbal,6. A classificação após a primeira jornada é a seguinte: em primeiro: Oeiras, Vitória de Setúbal, Casa Pia e Imortal, com 3 pontos. Em quinto: Amora, Estoril, Olhanense e Odemirense, com 1. Em nono: Barreirense, O Elvas, Cova da Piedade e União de Montemor, com zero. No próximo domingo o Odemirense joga em casa com o Casa Pia, uma das equipas que assume o primeiro lugar da série face ao resultado volumoso com que venceu o União de Montemor.

Intercâmbio Participantes no Campus de Jovens e Mértola Radical desceram o rio Guadiana de canoa

Um fim de semana no ar, na água e em terra

Mértola Radical Mértola Radical e Campus de Jovens reuniram na Vila Museu cerca de 200 participantes entre atividades realizadas em Mina de São Domingos, Alcaria Ruiva e rio Guadiana. Texto e foto Firmino Paixão

S

usana Andrade, 31 anos, licenciada em engenharia de minas e geo ambiente é, neste momento, técnica superior de higiene e segurança no trabalho, é natural de Vila Nova de Gaia. Blanca Gómez, 33 anos, oriunda de Espanha, trabalha como monitora de desporto. Duas jovens que têm em comum o gosto pela aventura, pela descoberta de maravilhas naturais e prática de desportos radicais. O destino ou essa predestinação para o contacto com a natureza juntou-as em Mértola, a descer o rio Guadiana em canoa, uma entre outras atividades que a união entre os programas Mértola Radical e Campus de Jovens lhes proporcionaram. Estas duas jovens são apenas dois exemplos escolhidos aleatoriamente entre os cerca de 200 participantes nas iniciativas promovidas pela câmara da Vila Museu, que incluíram um peddy

paper em Mértola, a descida do rio Guadiana (entre ao canais e o cais da vila) em canoa, jogos aquáticos, orientação noturna em BTT e paintball, em Mina de São Domingos, e o 14.º Encontro Internacional de Parapente, Paramotor e Voos Bilugar, que decorreu na serra de Alcaria Ruiva. A engenheira de minas justificou a sua presença: “Estou a passar uns dias de férias em Castro Verde com uns amigos, estudaram comigo e estão cá a trabalhar. Eles tiveram conhecimento deste evento e convidaram-me”. Confessou conhecer pouco de Mértola: “Esta descida do rio Guadiana foi a primeira iniciativa do género em que participei, estou ansiosa, não conheço a região e tenho alguma curiosidade, acho estas iniciativas muito interessantes, é uma forma de divulgar locais que são pouco conhecidos”, disse, revelando que vive perto do Douro mas é que a primeira vez que faz canoagem. “Estou a gostar bastante do Alentejo, vou recomendar a outros amigos”. A andaluz Blanca, monitora da Associação de Municípios de Beturia, enquadrava os jovens da comunidade no encontro transfronteiriço mas ela própria disse que é a

primeira vez que visita Mértola e que toma contacto com esta zona do Guadiana: “É muito bonito, estou impressionada, já estive lá no cimo da vila e fiz uma gincana fotográfica muito bonita”. Quase a entrar da canoa confirmou: “Vamos descer o Guadiana, vamos molhar o pé, é muito interessante trocarmos experiências, conhecermos estas realidades, através de uma saudável união entre portugueses e espanhóis, e espero que seja para continuar, a próxima será no meu país”. O intercâmbio desportivo Campus de Jovens reuniu 50 participantes de diversos municípios portugueses e espanhóis, revelou Hugo Felício, técnico superior de desporto da câmara de Mértola, especificando: “É um intercâmbio que faz parte do projeto Turismo Ativo Guadiana (TAG) que envolve vários concelhos do Baixo Guadiana, jovens entre os 16 e os 18 anos, e o objetivo é mostrarmos as potencialidades do nosso concelho. Estes jovens ficarão a conhecer melhor a nossa região”. O projeto TAG, explicou, “envolve os municípios de Mértola, Vi la Rea l, Castro Marim, Mancomunidad Beturia (municípios de El Almod, Cartaya, El

Granado, San Bartolomé de la Torre, Sanlúcar de Guadiana, San Silvestre de Guzman Villablanca e de Villanueva de los Castilejos) e Ayamonte e visa potencializar as relações sociais e culturais transfronteiriças”. Felício adiantou que para além deste Campus de Jovens de Mértola, este ano vão ter outro campus na Mancomunidad Beturia com o objetivo “de promover o convívio e a troca de experiencias de prática desportiva”. Coincidência feliz o Campus de Jovens coincidir com o Mértola Radical? “Todos os anos nós desenvolvemos esta atividade que é o Mértola Radical e, este ano, surgindo a oportunidade de organizarmos o Campus de Jovens, tentámos fazer coincidir os dois eventos de forma a que os jovens tivessem simultaneamente oportunidade de partilharem todas as atividades,” explicou o técnico, adiantando que Mértola, Alcaria e Mina de São Domingos constituem “um triângulo perfeito”, sem deixar de sublinhar que no concelho existem outros lugares “que não sendo tão conhecidos têm enormes potencialidades para receber outro tipo de eventos”.


A secção de BTT do Grupo Desportivo e Cultural de Mombeja promove no dia 4 de setembro o VII Passeio de BTT Pelos Trilhos de Mombeja, prova com três níveis de dificuldade: 20 quilómetros com andamento guiado; 45 e 70 quilómetros em andamento livre. A prova tem como objetivo complementar ao convívio entre os participantes a divulgação da freguesia de Mombeja e a promoção da modalidade.

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O finar de velhas tradições? José Saúde

Bairro da Conceição faz captação de iniciados O Centro de Cultura e Desporto do Bairro Nossa Senhora da Conceição vai dar início no próximo dia 23 aos treinos de captação para jovens com idade compreendida entre os 12 e os 14 anos (escalão de iniciados)

tendo em vista a participação no campeonato distrital da Associação de Futebol de Beja, época 2011/2012. Os treinos realizam-se no campo de jogos daquele clube, às terças, quintas e sextas-feiras, a partir das 17 e 30 horas, sob orientação do técnico Pedro Crispim.

Os “emigrantes” do futebol

Quatro bejenses em Reguengos de Monsaraz

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á são quatro os jogadores oriundos do futebol baixo alentejano que atualmente vestem a camisola da formação do Atlético Sport Clube de Reguengos de Monsaraz, clube que atualmente milita na 2.ª Divisão Nacional. O êxodo começou com o médio esquerdino João Nabor que antes se notabilizou ao serviço do Desportivo de Beja, tendo representado outros emblemas como o Vasco da Gama de Sines e Despertar. Cobiçado pelo técnico Jorge Vicente, que antes tinha orientado o Desportivo, Nabor foi o precursor deste movimento migratório que valoriza os futebolistas sul alentejanos através do valor que lhe é reconhecido noutras paragens. Seguiram-se o avançado Rui Sousa e o defesa Paulo Maurício. O primeiro já com um invejável currículo acumulado pelas experiências em Paços de Ferreira, Oliveira do Hospital, Oriental, Pinhalnovense e Aljustrelense; o segundo com longa permanência no Castrense.

Os “emigrantes” do futebol João Nabor, Rui Sousa, Jorginho e Paulo Maurício.

O último reforço dos reguenguenses pescado no distrito de Beja foi o avançado Jorginho, jogador que nas últimas épocas representou o Mineiro Aljustrelense.

E não está na foto, mas chegou há duas épocas a Reguengos, o guardaredes Carlos Rato, oriundo do Cuba com representações posteriores em Serpa e Lusitano de Évora.

E o que têm todos eles em comum? Fizeram o seu percurso formativo no Desportivo de Beja, clube que os lançou na ribalta do futebol distrital.

Da Madeira à China, passando pelo Kuwait

Os alentejanos no mundo do futebol

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o passado fim de semana disputou-se a primeira jornada da “Liga Zon Sagres”. Mais uma vez, nenhuma equipa alentejana marca presença no campeonato de futebol mais mediático de Portugal. No entanto, se procurarmos bem, encontramos três bejenses, noutros tantos clubes primodivisionários: Pedro Caixinha, João Aurélio e Tiago Targino. O treinador da União de Leiria, que cumpre o segundo ano como técnico principal, viu a sua equipa perder os três pontos frente à Académica, depois de estar a ganhar ao intervalo (1-2). Parece que o penoso final de campeonato protagonizado pela equipa de Leiria na última época se está a repetir. Para já, desentendimentos entre o clube e o município levaram a equipa para a

localidade vizinha de Marinha Grande, criando, assim, dificuldades acrescidas aos adeptos que pretendam apoiar a equipa. Se juntarmos a isto as saídas de atletas no defeso dá para perceber que Caixinha vai ter muitos problemas para “ficar entre os oito primeiros”, objetivo traçado para este ano. Tiago Targino foi titular do Vitória de Guimarães no jogo grande da jornada contra o FC Porto. A partida, mais disputada que a Supertaça da semana anterior, acabou da mesma forma, com a vitória dos campeões nacionais. O jovem bejense foi substituído aos 70 minutos e correm rumores de que, até ao fim de agosto, poderá rumar ao estrangeiro. João Aurélio, que tal como Targino integra as seleções nacionais nos escalões jovens, assistiu

do banco ao empate sem golos do Nacional na casa emprestada do Feirense, em Aveiro. O jovem médio, que está há três anos na Madeira, alinhou em 56 jogos, tendo marcado cinco golos. Na época passada era presença assídua no 11 inicial e deu nas vistas nas provas europeias. Miguel Garcia, que em 2010/11 integrou o plantel do Sporting de Braga, que se classificou em 4.º lugar e disputou a final da Liga Europa frente ao FC Porto, este ano transferiu-se para o Ordusport, da Turquia, onde tem a companhia de outro português, João Ribeiro. Também emigrado está José Romão, 57 anos, natural de Beja. O consagrado treinador alentejano foi distinguido com o prémio para o melhor técnico do Kuwait na época passada. Apesar de ter decidido fazer “uma paragem de

seis meses para refletir” a insistência por parte do Al-Arabi levou-o, em julho, a aceitar mais um desafio das arábias. Nelo Vingada, que se sagrou campeão da Coreia do Sul com o FC Seoul, deu um saltinho e passou-se para a China onde tem como tarefa salvar o Dalian Shide, atual 12.º classificado da liga chinesa, a três pontos da despromoção. Em declarações ao site “Mais Futebol” o treinador serpense revelou que foram “muito bem recebidos” e percebeu “que se trata de um grande clube e de grande prestígio”. “Vai ser um desafio muito interessante, as pessoas confiam na equipa técnica, existe um grande respeito por nós termos um currículo importante e somos campeões em título na Coreia do Sul, o que tem um grande impacto na China”, acrescentou. AF

Subjugado ao processo evolucionista do futebol, sinto-me, hoje, desarreigado em princípios básicos que criaram outrora raízes profundas neste ilustre torrão lusitano. Reconheço que o tempo não perdoa, tanto mais que a ânsia da vitória é agora encarada com uma dimensão extra que se enquadra em pleno com as mais-valias monetárias entretanto arrecadas. Numa incursão cabimentada na temática trazida à estampa, revejo tempos idos onde figuravam nos clubes nacionais e regionais nomes que o povo conhecia em toda a sua linha. Atualmente essa filosofia está ultrapassada, sendo que alguns dos históricos clubes portugueses (Benfica) já entram em campo com um único jogador (Ruben Amorim) de nacionalidade lusa no 11 inicial. Outros com uma percentagem mínima na equipa principal. Constatado o facto é caso para afirmarmos que a coisa é mesmo para pasmar. Os nomes comuns da ortografia do império que um dia D. Afonso Henriques conquistou com valentia à senhora sua mãe, D. Urraca, na batalha de São Mamede, lá para as bandas de Guimarães, foram agora desvirtuados por exércitos de jogadores de qualidade dúbia, cujos dirigentes pomposamente declaram como craques imutáveis, esquecendo, por outro lado, os fartos dinheiros gastos no setor da formação. Quando interessa proclamam as virtualidades alcançadas pelos jovens atletas, porém, tudo acaba quando em causa colocam virtuais cenários vencedores com o plantel sénior. Constatando esta certeza evidente que se passa no futebol português, ante o estrangeirismo agora visualizado no seu contexto geral, é oportuno lançarmos um sinal de alerta sobre as hesitações que o futuro nos reserva. Oportuna é pois a interrogação: será que vivemos o pesadelo que reflete o finar de velhas tradições? O futebol, ópio do povo, está descontente com a corte de dirigentes que conduziram o jogo para este beco sem saída.

Diário do Alentejo 19 agosto 2011

Pelos trilhos de Mombeja


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Tardes de cinema em Odemira

Ao longo do mês de agosto a Biblioteca Municipal José Saramago, em Odemira, vai promover sessões de cinema gratuitas dedicadas à população mais jovem do concelho. Todas as quartas-feiras e sábados, a partir das 15 horas, crianças e jovens e, claro, quem goste de cinema poderá disfrutar de tardes divertidas a ver e rever alguns êxitos de bilheteira, como “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, de Tim Burton, “Megamind”, de Justin Lin, “As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Caminheiro da Alvorada”, de Michael Apted, e “Gru o Maldisposto”, de Chris Renaud e Pierre Coffin, entre muitos outros.

Vitória, estória vitória conta a tua A páginas tantas ... Com a estreia do filme “Os Smurfs”,, a ASA editora lançou em julho três livros baseados os no filme, Uma Aventura entura Smurfante!, Fujam, Vem Aí o Gargamel!, gamel!, Onde é que nós viemos Smurfar?, ?, e a chegar às livrarias estão mais seis títulos que contam a história ia das pequenas criaturas as azuis de Peyo e do temível mível Gargamel. Peyo é a assinatura com que Pierre rre Culliford d ficou conhecido. ido. Designer err e escritor de banda da desenhada, celebrizou-se zou-se mundialmente por ter criado “Os Smurfs”, inicialmente mente chamados “Strumfs”. fs”. “Os Smurfs” têm as suas raízes na sériee Johan et Pirlouit, uit, que Peyo publicava va nos anos 50 nas páginas do “Journal de Spirou”.

DRAGOART

Aprende a desenhar passo a passo o Smurf Chefe:

Dica dda semana Di Esta semana centramo-nos no trabalho do designer e ilustrador Rop van Mierlo, que usa aguarelas para dar ilustr vida aos seus personagens. Com uma técnica muito própria dde por muita água na cor pretendida, Rop Mierlo cria manchas que servem de corpo aos seus animais, de tal manc forma que a tinta ao espalhar-se no papel dá a sensação form pelo. Podes ver um pequeno vídeo com mais do próprio pr sugestões. suge


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Castro Verde continua a celebrar as noites ao relento e recebe, na praça da República, pelas 21 e 30 horas, Sara Gonçalves, “dona de uma voz inigualável, que traz na alma a paixão do fado e a autenticidade das palavras, intimistas e sentimentalistas”. Neste projeto junta-se aos “Alma”, cinco músicos de carreira – Carlos Amarelinho (saxofone), Diogo Carvalho (percussão), Laurentiu Simões (violino), Ricardo Carvalho (trompete) e Rui Martins (guitarra)) –, aliando o tradicionalismo do fado a uma melodia onde imperam novas emoções e sons carregados de destino e de saudade. Sendo de uma formação invulgar, Sara Gonçalves & os Alma tem merecido os mais rasgados elogios do público e da imprensa. DR

Noites ao relento em Castro Verde

Fim de semana

Restauração da independência

IV Feira Histórica e Tradicional de Serpa

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ma arruada de tamborileiros pelo burgo seguida do anúncio da leitura de aclamação do duque de Bragança por um mensageiro que chega a cavalo, salvas de canhão e concentração dos populares na praça do Paço marcam o início hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, da quarta edição da Feira Histórica e Tradicional de Serpa, que decorrerá até domingo, 21, no centro histórico da cidade, devidamente decorado ao estilo da época. Uma hora depois terá lugar o cortejo histórico para a receção a D. João IV e D. Luísa de Gusmão. A recriação do quotidiano seiscentista por ocasião da revolta contra a monarquia dos Filipes de Espanha e da aclamação de D. João IV é organizada por um conjunto de entidades, entre elas a câmara municipal e as juntas de freguesia do concelho, associações culturais e desportivas e Viv`Arte – Companhia de Teatro. O programa para este primeiro dia reserva ainda a arregimentação de voluntários para incorporarem “o terço de defesa das Linhas da Raia”, treino de piqueiros e experimentação de armas de fogo (20 horas), danças indianas da corte do Rei de Cochim, vassalo da Coroa portuguesa, treinos de artilharia e anúncio do concurso popular de trova (22 horas), um espetáculo de malabares de fogo no palco da praça do Paço (24 horas) e a passagem dos beleguins, de lampião, pelas ruas e praças mandando encerrar os festejos no burgo. Amanhã, sábado, haverá, a partir das 18 horas, entre outras propostas, uma arruada de bombos pelas praças do burgo, seguida da leitura do edital anunciando a criação da Guarnição de Serpa leal à Casa de

Helena Félix da Cruz expõe cerâmica Continua patente ao público, na Biblioteca Municipal Manuel José “do Tojal”, em Vila Nova de Santo André, no âmbito da iniciativa Artistas da Região, uma exposição de cerâmica da autoria de Helena Félix da Cruz. A mostra, intitulada “Bolota”, pode ser vista até ao dia 31. Helena Félix da Cruz nasceu em Lisboa, em 1979. “Um compasso significativo da sua infância”, pode ler-se no folheto que acompanha a exposição, “ficou marcado pelos cheiros da terra, pelo manuseio da realidade campestre no litoral alentejano”. A atração pela estética “revela-se desde cedo, pela sensibilidade e exploração no domínio da cor, presente em todos os parâmetros da sua vida e pela pesquisa de equilíbrios criativos”. O seu interesse pela cerâmica “segue-se a um deambular pela tapeçaria”.

Bragança, assim como uma desfilada a cavalo pelas ruas de Serpa, desembocando na praça do Paço. Para as 20 horas está agendado um torneio de armas a cavalo para apuramento de cavaleiros no socorro às praças da fronteira, sob o comando do capitão Matias de Albuquerque. Pela mesma hora partirão as tropas comandadas pelo capitão-mor D. Manuel de Melo para irem acudir a Santo Aleixo. A noite reserva ainda a apresentação da embaixada de Macau que vem declarar o seu apoio à Casa de Bragança, com danças e exibições coreográficas de um dragão chinês, um espetáculo equestre, danças barrocas, treinos de artilharia, dramatização de “As Sanzalas do Brasil” e um leilão de um lote de escravos da Guiné. Os festejos do último dia, domingo, têm início com nova arruada pelas praças do burgo, pelas 18 horas. O restante programa integra o julgamento de dois malfeitores capturados, torneio de armas a cavalo em justa singular pelo desagravo da honra de um dos fidalgos, treinos de artilharia, notícias da guerra na Catalunha e procissão e auto de fé de heréticos e de cristãos novos judaizantes. Um espetáculo de fogo de artifício dá por encerrada a feira história e tradicional. Durante os três dias haverá ainda espaço para uma animação ambulante, “A Ralé nas Guerras da Restauração”. Do pregador João à taberneira Maria, passando pelos loucos, proxenetas e outras ralés da época, vários personagens animam a feira, interagindo com o público, “recreando costumes e comportamentos do dia a dia do povo na época da restauração da independência portuguesa”, numa organização da TEN_TART.

Moura recebe danças do mundo A cidade de Salúquia acolhe desde ontem, quinta-feira, o Danças do Mundo – Festival Intercultural da Cidade de Moura, que se prolongará até ao próximo dia 23. Em palco estarão artistas oriundos da Bielorússia, Polónia, Porto Rico, Grécia e Arábia Saudita, bem como grupos de várias regiões de Portugal, sobretudo do Alentejo, com destaque para participação de vários grupos de Moura. O Festival Danças do Mundo é uma organização da Câmara Municipal de Moura e da cooperativa Comoiprel e realiza-se no âmbito da promoção da interculturalidade que as duas entidades têm vindo a desenvolver nos últimos anos, com vista à aproximação entre os povos. Para hoje, sextafeira, segundo dia de festival, estão agendadas as atuações dos grupos acordeonistas de Moura e Radost, da Bielorrússia, pelas 21 e 30 horas, no jardim da Porta Nova. A noite de amanhã, sábado, será dedicada à música tradicional, recebendo a praça Sacadura Cabral, também a partir das 21 e 30 horas, os grupos Terra Nostra, Penedo Redondo, Gente do Alto Mira, Musical Amoreirense e Musical Cantar o Alentejo. Na terça-feira, dia 23, as propostas passam pela atuação dos grupos de dança Wisla (Polónia), Danza Cultura (Porto Rico), Alrayah (Arábia Aaudita) e Estia Pieridon Mousson (Grécia) e ainda da banda do Centro Recreativo Amadores de Música Os Leões” (Moura) e dos grupos Coral Brisas do Guadiana (Moura) e musical Ardila (Moura). As atuações terão lugar na praça Sacadura Cabral, a partir das 20 e 30 horas.


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João Ramos expõe fotografia na Biblioteca de Odemira

“Distância que nos une”, uma exposição de fotografia da autoria do artista João Ramos, pode ser vista até ao dia 2 de setembro na Biblioteca Municipal José Saramago, em Odemira. Ao longo de 27 fotografias João Ramos “pretende transmitir

Boa vida

uma distância temporal e afetiva, dispersa, entre outros significados ao público”. O rio, tema dominante desta exposição, “é abordado de modo peculiar em que a presença humana se encontra omnipresente”, adianta a câmara municipal local.

Mostra de artesanato e produtos locais em Santiago do Cacém A Câmara Municipal de Santiago do Cacém promove nos dias 27 de agosto e 24 de setembro (aos sábados) uma mostra de artesanato e produtos locais. A mostra vai decorrer na quinta do Chafariz entre as 9 e as 13 horas e as 14 e as 17 horas. São no total 24 artesãos/produtores que vão passar pelo local na iniciativa “Encontro com a nossa terra”, que se realiza pela primeira vez. Trata-se de mais uma iniciativa da autarquia “para dinamizar os produtos locais e mostrar aos visitantes o que de melhor existe na região”.

Vamos lá saindo Postal do Algarve Manta Rota

H

DR

á uma faixa do Sotavento algarvio que frequento há quase meio século. Todos os verãos. Conheço bem a costa desde Monte Gordo a Tavira mas especialmente a praia da Manta Rota. É com certeza o Algarve mais pobre mas tenho-lhe amizade. Ainda por cima deram-lhe um nome bonito, Ria Formosa. O mar cor de chumbo é meu velho conhecido. Sempre que me sinto encalmado pego na toalha e vou ao seu encontro. Refresca-me com a generosidade de sempre, ele que às vezes é tão maltratado pelos despejos que lhe fazem, talvez por ser tão manso. A areia finíssima e dourada da praia não me interessa, atravesso-a com a indiferença de um dromedário que pisa areia todos os dias. Entretanto, como em fornalha de Belzebu, nela torram ao sol os corpos de muitos apaniguados, a maioria senhoras, em prolongadas curas de embelezamento. Quantas vezes recordo por antinomia as mulheres ceifeiras da minha infância que sob o sol em brasa só deixavam os olhos à vista porque os não podiam tapar! Parece que o nome da praia terá vindo desses tempos em que o sol

metia respeito a toda a gente. É que não havendo os toldos de hoje, os banhistas se abrigavam da torreira com o que tinham à mão, as mantas mais velhas, com certeza rotas do uso, sustidas por meia dúzia de canas espetadas na areia. Na praia da Manta Rota se refugiavam os alentejanos que não se queriam expor nas esplanadas de ostentação de Monte Gordo, fugindo ao convívio dos conhecidos que inevitavelmente repetiam as conversas que nas terras de origem tiveram todo o ano. Por isso aqui há menos alentejanos. Desse grupo mais restrito faço eu parte, talvez um atípico banhista, mas resistente. O mar e a areia são hoje os mesmos mas a envolvência da praia com equipamentos e serviços está muito diferente, para melhor. Obra feita em dois ou três anos. Coisa de espantar para o nosso país e para o Algarve pobre onde o progresso anda a passo de caracol. Na tentativa de salvar a duna os responsáveis vedaram-na, construindo sobre ela passadiços elevados que conduzem à praia. Os restaurantes e cafés que sobre a mesma se tinham levantado de forma mais ou menos ilegal, e

sempre improvisada, tiveram que ceder à mesma lógica ambientalista. Quando sigo na passadeira sei apontar o sítio exato onde se levantava “O Restinga”, o “Landoc” (nome que lhe dei por não saber o de registo) e “O Caninhas”, os dois últimos especialmente frequentados por mim. O senhor Landoc era um homem pequeno, de pele baça, a madame Landoc, pelo contrário, era uma mulherona alta, forte, branca, corada, de olhos azuis qual bávara alemã aterrada no Algarve. Nunca soube a idade dos membros do casal mas não errarei muito ao dar-lhes os 80 quando foram obrigados a fechar a baiuca. A madame Landoc tinha maus fígados e quando gritava punha em pânico o marido que não sabia onde meter-se, entretanto ele recusava-se a tirar a placa que ostentava na parede por detrás do balcão “Se tens inveja de mim faz como eu, trabalha”. Na esplanada do “Landoc” recordo o café diário com o Manel Madeira, amigo de todas as horas, que já nos deixou, e com o Manel da Fonseca que esporadicamente aparecia quando por cá andava e que teve problemas com a madame da casa devido às garrafas de tinto.

No “Caninhas” era outra coisa, a luz do sol entrava no recinto coando-se pelos intervalos das canas do coberto, daí o nome do espaço onde íamos petiscar após o banho da manhã. O grupo de amigos (as mulheres ficavam na praia a cuidar das crianças) encaminhava-se de porta-moedas em punho e pedia-se o primeiro prato de conquilhas e a primeira garrafa de branco. Depois outro com “estopeta” e assim por diante até ao limite do razoável. A partir daí regressávamos à praia retomar o papel de pais de família. Mas havia um grupo de habitués barrigudos (entre os quais o presidenta da Junta de Cacela) que tomavam banho bem cedinho e ali ficavam até o relógio impiedosamente os chamar para o almoço. O corpo avermelhado destes heroicos veraneantes em calções ficava com a marca das riscas do sol do “Caninhas” mas eles não se importavam. Era assim a Manta Rota de onde agora escrevo. Parte do que se disse pertencia a outros tempos. A saudade por vezes também vem a banhos... João Mário Caldeira Agosto/2011

Comer Pescada no tacho Ingredientes para quatro pessoas: 4 postas de pescada (com 200 g cada) fresca se possível 2 cebolas 4 tomates maduros 4 dentes de alho 2 dl de vinho branco 1/2 dl de azeite 1 molho de salsa 1 folha de louro sal q.b. batatas cozidas ou puré de batata Confeção: Tempere as postas de pescada com sal umas quatro horas antes da confeção. Corte o tomate às rodelas, as cebolas e os alhos. Leve tudo num tacho ao lume com um pouco de sal, azeite e deixe cozer. Adicione o vinho branco, a salsa, o louro e a pescada. Deixe cozinhar lentamente com o tacho tapado Quando o peixe estiver cozido retifique o tempero. Sirva a pescada com puré de batata ou batata cozida. Bom apetite...

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora


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Dois copos de conversa O berço da vinha

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uem se interessa pela história do vinho sabe que todos os livros e cursos apontam o extremo oriental da Europa mediterrânea como o berço da vinha. Os dados são ilustrados por hieróglifos do antigo Egito e por ânforas de gregos e fenícios. E se o outro extremo do mediterrâneo – Portugal – tiver sido o verdadeiro berço da vinha? Esta tese tem sido levantada com o suporte científico de equipas universitárias que descobriram 20 povoamentos de videiras silvestres, sobretudo nas bacias do Guadiana, Almansor, Pônsul e Sado, com mais de 10 000 anos de datação. O mais extraordinário desta descoberta é que os estudos moleculares efetuados comprovam uma maior proximidade genética entre as castas (ou variedades) atuais e essas videiras silvestres agora descobertas, relativamente às videiras do mediterrâneo oriental que pensávamos originais, o que é considerado um bom indicador contra a corrente atual de importação, para a Ibéria, de videiras do Oriente pelos mercadores fenícios. Num esforço conjunto das universidades e empresas, e com o apoio de instituições públicas, foi constituída a Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira que está a implantar pólos de conservação das várias castas e a estudar a respetiva variabilidade genética com resultados muito interessantes, como a confirmação da origem geográfica das castas nacionais e a chocante capacidade de obtermos, no seio da mesma variedade, uma produção de uvas que varia de uma a cinco vezes ou a produção de compostos da cor, do simples para o dobro. Sabia que uma das castas de maior implantação nacional se apelida Tinta Roriz e a sua antiguidade em Portugal é maior no norte do que no sul? Em Espanha chama-se Tempranillo e até há pouco tempo pensavase que teria nascido nas terras da Rioja. A genética vem agora demonstrar que a casta Tempranillo criou as primeiras raízes mundiais a sul da Rioja, numa denominação de origem chamada Valdepeñas, na província de Aragón (Aragão). Talvez seja a explicação para esta casta se designar Aragonez, no Alentejo. Aníbal Coutinho

Vinho de calendário Em julho foram conhecidos os resultados da 5.ª edição do Concurso de Vinhos Engarrafados do Alentejo, iniciativa que teve lugar no Convento do Espinheiro, em Évora, no dia 18 de junho. O prémio de excelência foi atribuído ao IG Alentejano Herdade Grande, reserva de 2008, na categoria vinho tinto.

Vinho diário Um dos vinhos que mais me impressionou na recente prova cega que deu origem ao meu “Guia Popular de Vinhos”, edição 2012, que estará nas bancas em setembro, foi o Montinho de São Miguel, IG Alentejano, tinto de 2010. Uma das compras seguras em qualquer prateleira.

Matando o bicho Joaquim Moura http://olhares.aeiou.pt/moura78 PUB


Nº 1530 (II Série) | 19 agosto 2011

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POR LUCA

Hoje, sexta-feira, 19, o céu poderá apresentar algumas nuvens. A temperatura vai oscilar entre os 18 e os 34 graus centígrados. Amanhã, sábado, podem cair alguns aguaceiros e no domingo o céu deverá estar nublado.

Fanfarra Alfares é o novo projeto de José Emídio

Um disco “para combater o adormecimento”

O

novo projeto de José Emídio, Fanfarra Alfares, pretende sair pela estrada fora para divulgar a nova música de intervenção, até porque, segundo o músico, “faz falta combater o adormecimento”. José Emídio explica: “O álbum ‘Promessas Absolutas’ fala de coisas sérias à boa maneira do nosso cancioneiro popular”. Como surge o projeto Fanfarra Alfares?

Fanfarra Alfares é um projeto de raiz eminentemente popular, que pretende ocupar um espaço cada vez mais pertinente: a canção satírica. O sentido crítico submergiu alguns anos após o 25 de Abril em cantigas de teor vincadamente político, partidário ou panfletário, que se desatualizaram irremediavelmente no panorama atual. No entanto, e volvidos que são 37 anos, a descaraterização dos valores que perspetivaram a mudança e o seu reflexo no descontentamento popular justificam a oportunidade de um novo espaço de recriação para este tipo de canções. E é neste contexto que pensámos num projeto cujo embrião foi amadurecido com a observação e a experiência, tendo em conta as vertentes que consideramos essenciais: textos inéditos e irónicos, destinados a contextos amplos de audição, obrigatoriamente com os “temperos” de humor que tornam mais suportável o nosso quotidiano. O disco chama-se “Promessas Absolutas”. Que promessas são estas?

Absolutamente só promessas que ficam por cumprir e que fazem parte da cartilha da maioria da nossa classe política que à conta de um tacho por rapar consegue vender depois da mãe a própria alma. Artistas PUB

José Emídio

47 anos, natural de Beja José Emídio, mais conhecido como Zé Emídio, conta com vários projetos musicais no seu currículo, destacando-se Adiafa e Baile Popular. Fanfarra Alfares é o seu primeiro trabalho a solo. A música é, sem dúvida, a sua paixão, dedicando-se a ela a tempo inteiro, e a tradição e a identidade alentejana é uma marca inquestionável no seu trabalho. Na verdade, o músico tem, ao longo de vários anos, levado as sonoridades do Alentejo por esses campos fora e não só.

principais de um palanque à beira mar plantado que repartem como aves de rapina as sobras das ossadas por entre arraiais do arroto com sabor a bifanas e sardinhadas. Mais a pitada final das emoções roucas das vozes que eternizam velhas “Promessas Absolutas” que fundamentam a caça ao voto, por muito que na contrabalança possa existir a certeza de posterior e viciado incumprimento. O título que dá voz ao CD, composto por grande parte de temas escritos de forma satírica e com humor, não disfarça, como a contradição do próprio título sugere, um sentido mais profundo de insatisfação, comprovando o velhinho mas sapiente ditado popular que nos garante a pés juntos que “quem mais jura, mais mente”. Até onde pode ir este projeto?

Apesar de recente este projeto já foi censurado. Enquanto conseguirmos tornear a censura, ele seguirá com a sua missão. São muitas as pessoas que participam neste trabalho…

É um projeto concebido por José Emídio com letras de Paulo Abreu Lima, a que se juntam João Frade (acordeão), Adriano Alves (baixo elétrico), Leonardo Tomich (bateria). Este álbum contou com a participação de António Zambujo, Eduardo Espinho, Fernando Pardal, Helena Viana, Jorge Roque, Jorge Vadio, Luís Espinho, Paulo Ribeiro, Zé Francisco Vieira, Alexandre Frazão, André Conde, Henrique Gabriel, Johan Zachrisson, Joaquim Simões, José Conde, Mário Delgado e Miguel Amado. Entrevista de Bruna Soares

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Festas em Honra de Nossa Senhora da Rocha em Cuba A Comissão de Festas da Paróquia de S. Vicente de Cuba vai realizar mais uma edição das Festas Tradicionais em Honra de Nossa Senhora da Rocha, que terão lugar nos dias 26, 27 e 28. O programa reserva noite de fados com Luís Saturnino, Francisco Aires, João Nobre e Susana Caixeiro, acompanhados à guitarra e à viola por António José Caeiro e António Barros; largadas; baile; a atuação de Jorge Roque, vencedor do programa da RTP “Operação Triunfo 2010”; e a tradicional missa e procissão. No domingo, 28,terá lugar a gala equestre “Campo em festa”, que “recria uma parte da vida no campo, de uma forma festiva, dando grande destaque ao cavalo e às tradições portuguesas”, e onde não faltará música e animações.

Festas tradicionais em Santana da Serra Santana da Serra, no concelho de Ourique, recebe entre hoje, sexta-feira, e domingo, dia 21, as festas tradicionais. A primeira noite conta com a já habitual tourada com os cavaleiros João Moura, Tito Semedo e Miguel Moura e o Grupo de Forcados Amadores de Cascais. O programa para os dias 20 e 21 integra jogos e distrações típicas da região, comes e bebes, música e baile com João Paulo Cavaco.

Uma noite a dormir com livros na biblioteca de Odemira No âmbito da comemoração do seu 11.º aniversário, a Biblioteca Municipal José Saramago, de Odemira, volta a proporcionar uma noite diferente às crianças do concelho com a iniciativa Dormir com Livros, agendada para o dia 2 de setembro. Os jovens leitores têm a oportunidade de dormir na biblioteca, “numa noite recheada de contos fantásticos, divertidas dinâmicas de grupo e muitas outras surpresas”, adiantam os responsáveis. As inscrições estão abertas até ao próximo dia 27, no setor infantil da biblioteca. A participação é gratuita, mas está restrita a um máximo de 20 crianças, com idades entre os sete e os 10 anos. O encontro está marcado para as 21 e 30 horas.


Resialentejo recolhe 3000 litros de óleos alimentares

Sexta-feira, 19 AGOSTO 2011 Nº 1530 (II Série)

A Resialentejo, Empresa Intermunicipal de Gestão de Resíduos que abrange oito municípios do distrito de Beja, recolheu no segundo trimestre do ano mais de 3000 litros de óleos alimentares usados, depositados nos oleões colocados nesses municípios. Também durante o segundo trimestre a empresa procedeu à colocação de mais uma dezena de oleões nos concelhos de Serpa e Beja. Recorde-se que o projeto, denominado Oilnet, teve início no final do ano passado, tendo, na ocasião, sido distribuídos cerca de quatro dezenas de oleões pelos municípios associados (Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Serpa, Mértola, Moura e Ourique).

Cadernodois 100 milhões de euros serão desbloqueados

O Governo garante que os pagamentos do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) em dívida vão ser efetuados em breve. Ficam assegurados, de imediato, os pagamentos em dívida aos beneficiários de todos os projetos do Proder, incluindo modernização das explorações, todas as instalações de jovens agricultores, regadio do Alqueva e Eixo 3.

JOSÉ SERRANO

Governo assegura que apoios do Proder vão ser pagos em breve ano não ocorram mais situações de falta de dinheiro no Proder.

O

s pagamentos do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) em dívida vão ser efetuados em breve, uma vez que o Governo desbloqueou a contribuição nacional de 25 milhões de euros necessária para receber 75 milhões de euros de apoio comunitário. Fonte do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, disse à Lusa que o Governo conseguiu a libertação das verbas nacionais para pagamentos do Proder, um passo indispensável para serem desbloqueados os apoios financeiros comunitários para o setor, num montante global de 100 milhões de euros. Com este valor, segundo a mesma fonte, “ficam assegurados, de imediato, os pagamentos em dívida aos beneficiários de todos os projetos do Proder, incluindo modernização das explorações, todas as instalações de jovens agricultores, regadio do Alqueva e Eixo 3”. Este pagamento vai ao encontro do esforço de investimento do setor, adiantou a mesma fonte, realçando que “grande parte dos pagamentos tem um retorno fiscal para o Orçamento do Estado, através da cobrança de IVA no investimento, bem como aumento de receitas de IRC, TSU e IRS”. No final de julho, numa audição na Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República, a ministra da Agricultura assegurou que o Governo estava a fazer tudo para alocar mais 50 milhões de euros para garantir o aumento da comparticipação nacional no Proder, para que não haja atrasos nos pagamentos aos agricultores e penalização por parte de Bruxelas por devolução de fundos. “Estamos a trabalhar, em conjunto com o Ministério das Finanças, para que isso seja uma realidade a muito breve trecho, mas só nessa altura o direi”, disse então Assunção Cristas, adiantando que está a trabalhar para que “não haja mais atrasos” e que até ao final do

“As verbas chegam ao agricultor sete meses depois do investimento, um atraso dramático. Por isso, são muito bem vindas porque a tesouraria dos agricultores está desfalcada”.

CAP diz que esta é uma boa notícia A Confederação dos Ag ricu ltores de Portugal (CAP) considera que o pagamento de 100 milhões de euros em dívida do Proder é “uma boa notícia”, realçando que “a tesouraria dos agricultores está desfalcada”. O presidente da CAP, João Machado, adiantou que “em alguns casos, as verbas chegam ao agricultor sete meses depois do investimento, um atraso dramático. Por isso, são muito bem vindas porque a tesouraria dos agricultores está desfalcada”. João Machado realçou que entre os pagamentos em atraso “há medidas que estão atrasadas dois ou três meses e outras sete e oito meses”, realçando que “há agricultores que estão com muitos problemas, porque os bancos não estão a facilitar a vida”. Para o presidente da CAP, o desbloqueamento da contribuição nacional para o Proder representa “um esforço por parte da ministra da Agricultura para poder cumprir aquilo que estava no Orçamento do Estado”. João Machado manifestou expetativa de que o esforço se estenda ao reforço da comparticipação nacional no Proder prevista no Orçamento do Estado, em mais 50 milhões de euros, acrescentando ter a indicação de que “as negociações com as finanças estão a correr bem”. Por sua vez, a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) considerou que o pagamento de 100 milhões de euros em dívida do Proder “é importante”, mas alertou para a necessidade de reforçar o programa de forma a evitar atrasos nos pagamentos. “Consideramos que é importante o desbloqueio da verba até porque o Estado português tem que garantir os seus compromissos e devolver a verba é honrar os seus compromissos com os agricultores que estão à espera do dinheiro já contratualizado”, afirmou o dirigente nacional da CNA, Pedro Santos. Reagindo à notícia de que os pagamentos do Programa de Desenvolvimento Rural (proder) em dívida, no valor de cerca de 100 milhões de euros, vão ser efetuados em breve, Pedro Santos disse que “o Proder nunca devia ter chegado a estes valores em dívida perante os agricultores”.


2 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011

saúde Análises Clínicas

Medicina dentária ▼ Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal) Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar

Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028 Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

FRANCISCO BARROCAS

Psicologia Clínica Psicoterapeuta e Terapeuta Familiar

Membro Efectivo da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva – Lisboa

Cirurgia Vascular

HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Neurologia Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

Oftalmologia

JOÃO HROTKO Médico oftalmologista Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja Consultas de 2ª a 6ª Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia

DRª CAROLINA ARAÚJO Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

Fisioterapia

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Medicina dentária ▼

Luís Payne Pereira

LUÍSA GALVÃO PSICOLOGIA CLÍNICA Consultas Crianças, Adultos e Avaliação Psicológica

CONSULTAS às sextas-feiras das 9 às 20 horas Tel. 284326965 Tlm. 967630950

DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

DR. MAURO FREITAS VALE MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Fisiatria – Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional – Elsa Silvestre Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia – Classes de Mobilidade – Classes para Incontinência Urinária – Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico – Reabilitação Pós Mastectomia Acordos com A.D.S.E., ACSPT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Otorrinolaringologia ▼

DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

Pneumologia

DOENÇAS PULMONARES ALERGOLOGIA Sidónio de Souza Ex-Chefe Serviço Hospital Pulido Valente Consultas às 5ªs feiras Marcações: tel. 284 32 25 03 CLINIPAX Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA

HELIODORO SANGUESSUGA DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Médico Dentista Consultas em Beja

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde

Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Dermatologia

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA

Clínica do Jardim

GASPAR CANO

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

Médico Psiquiatra Psicanalista da Sociedade Portuguesa de Psicanálise Membro da International Psychoanalytical Association SUPERVISÃO DE GRUPO EM PSICOTERAPIA OUTUBRO 2011

HEMATOLOGIA CLÍNICA

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA

Psiquiatria

FERNANDO AREAL MÉDICO Consultor de Psiquiatria

Informações e Inscrições 91 790 28 36

Consultório

DR.ª FÁTIMA CAETANO Doenças Respiratórias Alergias Respiratórias Apneia do Sono Consultas às quintas-feiras Praça António Raposo Tavares, 12 – 7800-426 BEJA Tel. 284313270

Dr. José Loff

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Clínica Dentária

Orlando Fialho

Pneumologia

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

Hematologia

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Psiquiatria

Clínica Geral

Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

DR. JOSÉ BELARMINO

Obesidade

Marcação de consultas de dermatologia: HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)

Consultas de Neurologia

Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B, 7800-522 Beja Tel./Fax 284322503 TM. 917716528 Albufeira: OFICINA DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL, Quinta da Correeira, Lote 49, 8200-112 Albufeira Tel. 289541802 Tm. 969420725

FERNANDA FAUSTINO

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

Psicologia

Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749

PARADELA OLIVEIRA Psiquiatra do Hospital de Beja Retoma as consultas na Policlínica São Paulo

Rua Cidade São Paulo, 29, BEJA Marcações: Tel. 284328023

Doenças do Sangue

ANA MONTALVÃO Assistente Hospitalar Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313

Oftalmologia

CÉLIA CAVACO Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

Urologia

AURÉLIO SILVA UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

BEJA


3 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011

saúde PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo

GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Ana Frederico Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja E-Mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Urologia

FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/ dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/ Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/ amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

Terapia da Fala

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO Consultas em Beja CLINIBEJA – 3ªs, 5ªs, 6ªs Rua António Sardinha, 25, r/c esq. CENTRO DE FISIOTERAPIA S. JOÃO BATISTA – 2ªs e 4ªs Rua 25 de Abril, 11, cave esqª Tm. 962557043

medicina geral e familiar Dr. Luís Capela

endocrinologia | diabetes | obesidade Drª Luísa Raimundo

terapia da fala Drª Vera Baião

psiquiatria e saúde mental Dr. Daniel Barrocas

Diversos Acordos

Įsioterapia | reabilitaĕĆo (pós-AVC/ pós-cirurgia/ traumatologia/ cinesioterapia/ coluna) Dr. Fábio Apolinário

ginecologia | obstetrícia | colposcopia Drª Ana Ladeira

psicologia clínica Drª Maria João Póvoas

psicologia educacional Drª Silvia Reis

podologia Dr. Joaquim Godinho

cirúrgia vascular Drª Helena Manso

medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia) Drª Ana Rita Barros (ortodonƟa)

prótese dentária Téc. Ana Godinho

cirurgia maxilo-facial Dr. Luís Loureiro

pediatria do desenvolvimento Drª Ana SoĮa Branco

psicomotricidade | apoio pedagógico Drª Helena Louro

Rua António Sardinha nº 23, 7800-447 Beja Telefone: 284 321 517|Tlm: 96 134 11 05 e-mail: clinibeja@gmail.com

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA


4 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011

institucional/diversos Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 Única Publicação

Tribunal Judicial de Cuba

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Secção Única

Nos termos do n.°1 do art.78.° do Decreto-Lei n.°555/99, de 16 de Dezembro, torna-se público que a Câmara Municipal de Beja emitiu em 24.06.2011 o Alvará de Loteamento n.° 1/11. Titular do alvará “RAFAEL ANTÓNIO ROGADO CANDEIAS”. Prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o n° 482/19940922 e inscrito na matriz predial sob o artigo 269 da freguesia de Nossa Senhora das Neves. A operação foi aprovada por deliberação camarária de 29 de Outubro de 2009. Área abrangida pelo Plano Director Municipal Área do prédio a lotear – 2.202,50m2 Área total de implantação – 764,64m2 Área total de construção – 1.422,15m2 7 Lotes, com a área de 164,15m2 a 193,57m2 N.° Máximo de pisos acima da cota de soleira: 2 N.° Máximo de pisos abaixo da cota de soleira: 0 N.° de Fogos total: 7 N.° de Lotes para habitação: 7 Área de cedência para domínio público municipal: 529,71m2, de terrenos destinados a infraestruturas.

DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIO

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA

Processo: 272/10.2TBCUB Divórcio Sem Consentimento do Outro Cônjuge Requerente: Napoleão Cândido Branco Estevens Réu: Sandra Licel Rodrigues de Deus Estevens

ANÚNCIO VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(a) ré(u) Sandra Licel Rodrigues de Deus Estevens, com última residência conhecida em domicílio: Rua João Severino N° 3, Cuba, 7960-449 Vila de Frades, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a presente acção, com a indicação de que a falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido consiste, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. Cuba, 11-07-2011 N/Referência: 512936 O Juiz de Direito, Dr(a). Vanda Lisa Sousa O Oficial de Justiça, José Bicho

Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 Única Publicação

O Presidente da Câmara Municipal Jorge Pulido Valente

Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALMODÔVAR Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, neste Cartório, no livro de escrituras diversas n.° 147-C, a fis 26 e seguintes, MARIA CELESTE DA CONCEIÇÃO GUERREIRO PINTO e marido Joaquim Manuel Guerreiro, casados na comunhão de adquiridos, naturais da freguesia do Rosário, concelho de Almodôvar, onde residem na Rua do Lavadouro, n.° 5, com os N.I.F. 113559305 e 181756676 declararam: Que, Maria Celeste, acima identificada, é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel: Prédio urbano, situado no lugar do Rosário, freguesia do Rosário, concelho de Almodôvar, composto de edifício de rés-dochão para habitação com 3 divisões e cozinha, com superfície coberta de cinquenta e quatro metros quadrados, a confrontar do: norte com via pública, sul com Manuel Daniel, do nascente com José Francisco Nogueira e do poente com António Vizeu, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 440, com o valor patrimonial e atribuído de € 205,89. Que o prédio está omisso na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar e inscrito na respectiva matriz em nome da justificante. Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e oitenta e dois, ano em que o adquiriu por doação meramente verbal feita por seu avô, Francisco José Maria da Conceição Guerreiro, viúvo, residente que foi no mencionado Rosário. Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o referido prédio, procedendo a todas as obras de conservação e restauração, habitando-o, nele guardando os seus haveres e fazendo essa exploração com a consciência de ser a sua única dona, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por usucapião, que expressamente invoca para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial. Está conforme. Almodôvar, 10 de Agosto de 2011. A Conservadora, em funções notarias Maria Joana Santos de Matos Garrido

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ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO ALENTEJO, I.P

Aviso Informam-se os interessados que se encontra publicado na Bolsa deEmprego Público (BEP), no site www.bep.gov.pt um aviso relativo ao recrutamento de trabalhadores, para a Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P., em regime de mobilidade interna na categoria, nas seguintes categorias: Categoria

Local de Trabalho

Remuneração

Técnico Superior de Serviço Social (1)

Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de Santiago do Cacém

1.201,48 €

Assistente Técnico (5)

Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de Alcácer do Sal

683,13 €

Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - SUB Odemira Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UAG Assistente Operacional (4)

Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de Alcácer do Sal

Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 1ª Publicação

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Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de Odemira Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de Santiago do Cacém Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - SUB Odemira

O recrutamento destina-se a trabalhadores com relação jurídica de emprego público, previamente estabelecida por tempo indeterminado. O requerimento de candidatura, acompanhado de CV em formato europass, deve ser dirigido à Sra Presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P. e enviado através do e-mail recursos.humanos@arsalentejo.min-saude. pt, ou via correio, para a Rua do Cicioso, nº 18, 7001-901 Évora. Prazo para envio de candidaturas – 9 de Setembro de 2011. Évora, 16 de Agosto de 2011. A Presidente do Conselho Directivo, Rosa Valente de Matos

N.º da Venda: 0248.2011.78 - Prédio urbano, construído em alvenaria de tijolo e estrutura resistente em betão, que se destina a habitação. Está constituído em propriedade horizontal, com 6 fracções designadas pelas letras A; B; C; D; E e F, autónomas entre si, individualmente independentes e isoladas, tendo comum a todos o terreno onde está implantado o prédio e todas as demais peças descritas no artigo 1421 do Código Civil. Fracçao B, destinada a habitação, sito na Rua Bernardo Santareno, nº 13, Beja, rés do chão esquerdo, constituído por quatro assoalhadas, uma cozinha, duas casas de banho, um corredor e duas despensas, inscrito sob o artigo nº 1822, concelho de Beja, com a área bruta privativa 137,4000 m2 e com o valor patrimonial de € 89.060,00. Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) FLORIVAL GUERREIRO RAMOS, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 14:00 horas do dia 2011-08-19 e as 18:00 horas do dia 2011-10-17. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 62.342,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2011-10-03, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-10-18 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248201001000225 (e apensos) NIF/NIPC: 120310945 Nome: FLORIVAL GUERREIRO RAMOS Morada: R BERNARDO SANTARENO LOTE 13 R/C - ESQº BEJA - BEJA 2011-08-09 O Chefe de Finanças Manuel José Borracha Pólvora

ANÚNCIO O senhor Vicente Chanu Bexiga, revoga totalmente qualquer procuração ao Dr. Luís Garlito (advogado), no dia 16 de Agosto de 2011.


5 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011

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6 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011

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Para existir é necessário estar presente, aparecer, permanecer a cada instante. E tal, agora, apenas é possível lá no tal lugar onde o universo, a natureza, as sensações, a vida e até o ser e o estar se tornam virtuais: a Internet.


7 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011

necrologia Vale do Poço

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Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

h É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento do Sr. José Inácio Tomaz de 78 anos, casado com a Sra. Maria Bárbara da Silva. O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 13 de Agosto da Casa Mortuária de Vale do Poço para o cemitério de Vales Mortos. A família na impossibilidade de o fazer individualmente, agradece a todas as pessoas que pela sua presença ou de outra forma expressaram o seu pesar. Funerária Central de Serpa, Lda.

Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

BEJA

SANTA VITÓRIA

BERINGEL

†. Faleceu o Exmo. Sr. DIAMANTINO ANTÓNIO MARTINS, de 72 anos, natural de São Pedro de Solis - Mértola. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. HELENA FREITAS, de 90 anos, natural de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 12, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

BEJA/BERINGEL

NOSSA SENHORA DAS NEVES

Francisco José Salgueiro Barão Mãe, irmãos, sobrinhos e primos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 10/08/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA. Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A 7830-344 SERPA

Beja MISSA DO 30.º DIA

António Joaquim Amador Barradinhas 1.º Mês de Eterna Saudade Filhos e restante família participam a todas as pessoas de suas

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO DA SILVA LEITÃO de 64 anos, natural de Salvador – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria da Nazaré Camacho Candeias Elias da Silva Leitão. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 17, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beringel.

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO NOBRE BENTO, de 60 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Bárbara Ramos Isidro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.

LAURINDA DE ASCENSÃO FRADE, de 85 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 26/08/2011, Sexta Feira, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participem.

Dê SANGUE dê VIDA Associação Humanitária dos Dadores de Sangue de Beja

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8 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011

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Geada de Sousa

“Le Sang de Caroline”, por Roger Seiter e Johannès Roussel, sob edição Casterman. É o sexto tomo da série “H.M.S., les Vaisseaux de sa Magesté”.

Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha

Alegremente achando...

C

om edição Bertrand, o álbum “Os Descobrimentos a Passo de Cágado” só podia ser da autoria de mestre Artur Correia, com textos de António Gomes de Almeida. Didático, mas também extremamente divertido, sobretudo graças à perícia que Artur Correia tem no seu talento para a arte de bem fazer rir. Aqui, um inteligente e secular cágado tem o papel de narrador e vai-nos contando os principais factos relacionados com as gloriosas descobertas ou achamentos dos Portugueses. Um álbum alegre e imprescindível.

O Pão (I)

I

ntrodução: “A terra produziu verdura, erva com semente, segundo a sua espécie (...) foi o terceiro dia (Génesis 1, 11). Depois Deus disse: façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança (Génesis 1, 26). Também vos dou todas as ervas com semente (...) para que vos sirvam de alimento (Génesis 1, 29). O Senhor Deus levou o homem e colocou-o no jardim do Éden, para o cultivar (Génesis 2, 15) e disse-lhe Não comas o (fruto) da árvore do conhecimento (Génesis 2, 17). Vendo a mulher que o fruto da árvore devia ser bom para comer agarrou-o, comeu e deu dele também a seu marido (Génesis 3, 6). Então o Senhor Deus disse (...) maldita seja a terra por tua causa. E dela só arrancarás alimento à custa de penoso trabalho, todos os dias da tua vida. (Génesis 3, 17). Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes”. Para além destas referências ao pão, encontramos muitas outras na Bíblia Sagrada, tanto no Velho como no Novo Testamento. É dado como certo que a atividade agrícola teve um papel fundamental na sedentarização do homem. Enquanto foi nómada, para além da caça, só poderia deitar a mão a um ou outro fruto da terra que encontrasse no seu caminho, para se poder alimentar. Ao fixar-se, com caráter mais ou menos prolongado, num determinado território, o homem já podia semear e colher alguns produtos que lhe estavam vedados enquanto ser errante, seguindo as presas mais fáceis, que lhe serviam de alimentação. O consumo do pão remonta à mais alta antiguidade. Já era produto muito conhecido e apreciado no antigo Egito. No adagiário português há muitas dezenas de provérbios dedicados a este precioso produto alimentar. Se alguns deles nos abrem o apetite, outros deixam-nos adivinhar as grandes dificuldades porque o homem passa para o poder apreciar. Veja-se, como exemplo, que “pão mole depressa se engole” e que devido às dificuldades que muitas vezes o homem passou para o poder saborear diz-se, com razão, que “comeu o pão que o diabo amassou”. Sobre o seu preço, controlado artificial-

mente muitas vezes pelos estados, também há referências adagiárias, pois “pão comprado não enche a barriga”, o que certamente quer dizer que por ser caro não se pode comer muito. O pão também serve para premiar os bons, pois a sabedoria popular não deixou de registar que, quanto ao seu mérito, há que dar “pão a uns e pau a outros”. O povo no seu saber também diz que comer pão embeleza, pois “pão mole e uvas às moças põe lindas e às velhas tira as rugas”. Porém há que ter cuidado a comê-lo quando ele está mais apetitoso; é preciso não esquecer que “pão quente faz mal ao ventre”. Este precioso alimento é o produto preferido em qualquer lar, para substituir uma refeição que não houve tempo de cozinhar ou de ingerir. Uma vez saído da padaria, está sempre pronto a ser consumido. Invocação divina – mitologia A sentença divina, de caráter perpétuo, referida no Génesis, capítulo 3, versículo 19, obriga o homem a canalizar todos os seus esforços para o obter. Os católicos, numa das suas orações, o Padre Nosso, pedem a Deus que “o pão nosso de cada dia nos dá hoje (...)”. Muito antes do aparecimento do cristianismo, já os nossos avoengos invocavam os seus deuses para obterem boas colheitas. Para que o pão nunca lhes faltasse, sentiram a necessidade de os invocar para que a natureza não lhes fosse madrasta e lhes proporcionasse boas colheitas. Não se pense que a invocação divina é exclusiva de culturas primitivas. Recorde-se que ainda está na memória de todos a realização de uma procissão católica no nosso distrito, invocando a queda da chuva que tardava em aparecer. (continua)

Bibliografia Bíblia Sagrada (3.ª ed.) – Lisboa, Difusora Bíblica, 2001, 2143 pp. GRIMAL, Pierre – Dicionário da Mitologia Grega e Romana – Lisboa, Difel, 2009, 556 pp.

“Jugurta/Intégrale 1” Editora: Lombard. Autores: Jean-Luc Vernal, Hermann e Franz. Obra: “Jugurtha, l’Intégrale 1”.

Magestoso volume de banda desenhada que, para além do dossiê de apresentação, reúne quatro aventuras do herói numida Jugurta: “Le Lionceau des Sables”, “Le Casque Celtibère”, “La Nuit des Scorpions” e “L’Île de la Résurrection”. As duas primeiras histórias são desenhadas por Hermann, enquanto as outras duas já são pelo traço de Franz. Claro que as de maior valor são as criadas por Hermann, dado que o texto se baseia em documentação romana e nos relatos histórico-lendários dos sucessores (tunisinos e argelinos) do povo numida. Não menosprezando o grafismo de

Franz, as aventuras por este desenhadas já são mera e fantasiosa ficção.

“A Deusa Negra” Editora: Asa. Autores: Jean Dufaux e Philippe Delaby. Obra: “A Deusa Negra”, da série “Murena”.

Neste episódio desta notável série, Nero e Murena já estão reconciliados. O imperador vai modificando (para pior) a sua vaidade e a sua prepotência. Seu amigo Murena vive afastado da corte, na companhia da bela Acté, há algum tempo repudiada por Nero, depois de ter sido sua amante. Mas a sinistra e influente Popeia intriga, intriga e intriga... A edição da magistral série “Murena” em português tem aparecido de um modo muito maltratado, o que não cabe na cabeça de ninguém,

sobretudo quando se verifica tal erro pela parte da editora responsável!...


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