Ediçao N.º 1551

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Temos 20 convites para o espetáculo “39 Degraus”. Ligue 284 310 164

Começou a corrida aos descodificadores de TDT

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pág. 12

SEXTA-FEIRA, 13 JANEIRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, N.º 1551 (II Série) | Preço: € 0,90

Alentejo 29, com sede em Évora, é a única loja maçónica na região

Grande Loja Regular de Portugal emitiu credenciais para abrir em Beja JOSÉ SERRANO

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Unesco recebe em março candidatura do cante A comissão promotora do cante a Património Imaterial da Humanidade vai formalizar a sua candidatura, a 30 de março, junto da Unesco. No fim de semana houve reunião de trabalhos em Lisboa. Entretanto, em Serpa, ultimam-se os preparativos para a abertura da Casa do Cante. págs. 4/5

António Nobre é já um dos mais consagrados chefes de cozinha portugueses. O seu livro mais recente, Entre Coentros e Poejos – Uma viagem pela cozinha de António Nobre, acaba de ser distinguido internacionalmente. E o “Diário do Alentejo” também quis fazer essa viagem aos sabores do chefe dos dois restaurantes do grupo M’Ar De Ar, em Évora. E veio de lá deliciado. Págs. 16/17

Os poejos e os coentros do chefe Nobre Verbas do Alqueva que vão parar ao Vouga

Autarcas alentejanos adeptos do Facebook

O PS, pela voz de Luís Ameixa, acusa o Governo de querer retirar verbas comunitárias afetas ao Alqueva e desviá-las para o Baixo Vouga Lagunar. “Um desígnio”, refere o deputado socialista, que foi “escondido” num projeto de resolução social-democrata, aprovado por unanimidade no Parlamento. pág. 8

O Facebook é cada vez mais a ferramenta eleita pelos autarcas alentejanos para contactar os seus munícipes. Os presidentes das câmaras de Vidigueira, Ferreira do Alentejo, Odemira, Serpa ou Beja não perdem uma oportunidade para estar em rede com as preocupações da população. pág. 6


Vice-versa

Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

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Editorial

O Boletim Económico de inverno do Banco de Portugal avisa que os riscos para a economia e a consolidação orçamental são muitos. Carlos Costa, governador do Banco Central, disse na terça-feira que existe “um elevado grau de incerteza sobre o enquadramento nacional e internacional”, e, portanto, vai ser necessário tomar medidas de austeridade adicionais este ano e no próximo.

Maçonaria Paulo Barriga

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, garantiu na terça-feira no parlamento que o Governo não está a “planear novas medidas de austeridade sobre as famílias, para enfrentar uma derrapagem das contas públicas e garantir o cumprimento do défice”.

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m tempos fui convidado para entrar para a maçonaria. Em Lisboa. Já nem me lembro qual era a loja onde era suposto ir assistir a algumas sessões abertas. E aguardar pela piadesca iniciação. Mas durante algum tempo fui trocando impressões com o meu putativo angariador. E não me foi difícil, em breve prazo, começar a simpatizar com a ideia. Muito mesmo. Afinal, dizia-me ele, o amigo coletor de novos irmãos, que a organização se baseava nos ideais fundamentais do republicanismo. E que as palavras-chave para entrar em tão secreto universo eram a generosidade, a fraternidade, a igualdade, a liberdade. Que, de facto, eram conceitos cada vez mais em desuso no mundo “secular”. E que estavam ali mesmo à mão de semear, no cimo de umas escadarias de mármore, de olhos vendados, aventalado, rodeado de gente cheia de tiques esquisitos. Só havia um, um não, dois pequenos senãos que sempre me desviavam os passos para longe daquele paraíso na terra. Mas se a coisa existia para fazer o bem comum, para engrandecer espiritualmente o Homem, por que carga de água teria de ser feita às escondidas? Debaixo de um secretismo algo assaloiado, clandestino. Que tal discrição ou prudência servia para prevenir perseguições e malfeitorias externas, assegurava-me ele. Mas quem é que estaria interessado em perseguir o bem, o homem honesto, livre e embebido nos bons costumes? Resposta que vim obtendo nas últimas semanas. Quando a conta-gotas, e por vezes em torrente descontrolada, se tornou público que a maçonaria, esta maçonaria, se dedica vorazmente ao tráfico de influências em defesa de um único ideal, a ganância, completamente contrário ao sonho que ali por perto me detinha: uma ideia de progresso. O segundo senão teve a ver com uma pergunta muito simples do meu engajador: és comunista? Devo ter respondido que sim. Nunca mais tornou ao assunto.

Fotonotícia Ele está de volta. Quando Jorge Vieira o imaginou no terreno foi neste preciso local. O Monumento ao Prisioneiro Político, depois de necessárias obras de restauro, parece, por fim, ter chegado ao seu derradeiro destino. No largo fronteiro ao antigo convento de São Francisco, em Beja. E lá está, agora, sozinho, à espera que a pousada recupere igualmente das maleitas e do desgaste que o tempo lhe ofereceu. A cidade necessita que o seu coração persista e palpite. Necessita que a Pousada de São Francisco venha, rapidamente, fazer companhia à mais premiada das peças do escultor que ofereceu a sua obra à cidade. PB Foto de José Serrano

Voz do povo Vai aderir à Televisão Digital Terrestre (TDT)?

Custódia Rosa, 77 anos, reformada (Cabeça Gorda)

Eu tenho ouvido falar nisso. Já comprei a televisão toda preparada e já meti a antena para apanhar os canais, agora não sei se me falta mais alguma coisa ou não. A antena que eu tinha estava já ruim e disseram-me que tinha que comprar outra. Já está tudo montado e pronto a seguir.

Inquérito de Ângela Costa

Susana Silva, 33 anos, comerciante (Salvada)

Edgar Correia, 32 anos, desempregado (Quintos)

José Torrão, 72 anos, reformado (Baleizão)

Temos que aderir se não ficamos sem televisão, mas eu não concordo. Fazem de tudo para roubar o dinheiro aos pobres e assim não se chega a lado nenhum. Ainda não estou preparada, quando chegar a hora logo se vê. Mas também não estou muito preocupada. Acho que isso devia ser era dado. Se querem mudar davam as coisas às pessoas.

Acho que já tenho lá um aparelho, mas não sei de nada, o meu irmão é que está a tratar disso. O aparelho que ele tem funciona na televisão dele mas não funciona nas minhas. Não percebo nada disso. Tenho três televisões, uma no monte e duas em casa, se tiver que comprar um aparelho para cada uma é quase o preço de uma televisão nova.

Quanto mais aparelhos metem nas televisões mais porcaria se vê. Não há um programa como deve ser, é só mariquices. No princípio, quando começámos a ter televisão, ainda davam uns filmes bonitos, históricos, agora é só porcaria. Eu tenho mais de 50 canais mas não se encontra nada de jeito. Tenho televisão por cabo, pago, mas a programação não presta.


Semana passada

GRÂNDOLA DETIDO SUSPEITO DE FURTO EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL Um homem de 34 anos foi detido pela GNR de Grândola por estar alegadamente relacionado com um furto num estabelecimento comercial, revelou a força de segurança. De acordo com a GNR, foram recuperados artigos furtados e apreendidas ferramentas, assim como duas armas de fogo encontradas na sua residência.

QUINTA-FEIRA, DIA 5 CASTRO VERDE HOMEM ARMADO ASSALTA POSTO DE COMBUSTÍVEIS DE ENTRADAS Um homem armado e de cara tapada assaltou o posto de abastecimento de combustíveis de Entradas, Castro Verde, tendo roubado o dinheiro que estava em caixa, disse fonte da GNR à Lusa. O assalto ocorreu às 18 e 45 horas, quando o homem entrou no posto “de cara tapada” e, com uma arma de fogo, ameaçou a empregada, obrigando-a a entregar-lhe todo o dinheiro que estava na caixa registadora, explicou a fonte do Comando Territorial de Beja da GNR. O homem, após o assalto, fugiu a pé.

DOMINGO, DIA 8 ALTER DO CHÃO COMANDANTE DO POSTO DA GNR FOI CONSIDERADO DESERTOR O comandante do posto da GNR de Alter do Chão, no distrito de Portalegre, foi considerado desertor, por não comparecer ao serviço há vários dias sem ter apresentado qualquer justificação, disse fonte da força de segurança. A mesma fonte indicou à Lusa que a GNR desconhece “a localização” do militar, com a graduação de 2.º sargento, que comanda o posto de Alter do Chão, e que não comparece ao serviço “há mais de 10 dias”, estando por este motivo a cometer um “crime militar”. O militar está sujeito a uma pena ao abrigo do Código de Justiça Militar, indicou fonte da GNR, acrescentando que é considerado desertor o militar que se ausenta mais de 10 dias consecutivos injustificadamente.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 9 CASTRO VERDE SESSÕES PROMOVEM IGUALDADE DE GÉNERO Mais de 160 alunos da Escola Secundária de Castro Verde participaram em quatro sessões de sensibilização para a igualdade de género, dinamizadas pela Companhia de Teatro Baal 17, de Serpa. As sessões visam a preparação de oficinas de animação para a educação de mediadores de pares em igualdade de género, que irão decorrer ao longo dos próximos dois anos letivos. Nas oficinas foram usadas metodologias de teatro participativo com o objetivo de criar um espetáculo de teatro interativo com o público escolar sobre a igualdade de género. Todas as iniciativas são desenvolvidas no âmbito do projeto “IGualaRTe”, promovido pela associação de desenvolvimento local Esdime e que pretende contribuir para a prevenção da violência de género e fomentar a participação equilibrada do homem e da mulher na vida profissional.

TERÇA-FEIRA, DIA 10 BEJA CÂMARA LANÇA LINHA VERDE DA PROTEÇÃO CIVIL A Câmara Municipal de Beja passou a disponibilizar uma linha verde do serviço municipal de proteção civil. Através do 800 205 854 o munícipe “poderá transmitir qualquer problema, denúncia ou dúvida relacionada com a área da proteção civil na área do concelho de Beja”.

3 perguntas a Luís Lança Silva Coordenador da EAT da Cimbal

Deixa-me lá aliviar a gravata antes que me peçam dinheiro

Qual o resultado da execução de projetos financiados por fundos comunitários em 2011?

O ministro da Educação e Ciência esteve esta quarta-feira em Beja, no Instituto Politécnico, onde lhe foi apresentado o projeto científico e educativo de um estabelecimento que luta contra a interioridade.

Em termos da execução do financiamento das operações contratualizadas com a Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo fechou-se o ano com cerca de 35 por cento de execução (validação de despesa) face aos 4,5 por cento obtidos no final de 2010. Esta execução atingiu os 13 milhões de euros, o que equivale a cerca de 10,4 milhões de euros de Feder associado. Outro dado igualmente importante foram os cerca de 14 milhões de euros já transferidos para os municípios, que ajudaram a colmatar decréscimos de receitas nos vários municípios. Este registo ganha outra projeção quando comparado quer com o resultado do próprio INAlentejo (que “apenas” duplicou a execução em 2011), quer com as restantes 21 CIM, onde a Cimbal obteve a maior evolução em 2011.

Por muito que possa parecer não é um debate eleitoral Esta semana estiveram por terras de Ourique os deputados eleitos pelo círculo de Beja e também alguns dos candidatos não eleitos. Para falarem dos problemas de sempre. Sempre por resolver.

A que se deve o aumento da taxa de execução?

Nunca existe apenas uma razão, é sempre o somatório de vários fatores. Por um lado o papel determinante dos municípios em execução física dos projetos no terreno, isto é, nas 80 candidaturas em execução. Por outro a aprovação em meados do ano de cerca de 40 operações que se encontravam em análise desde 2010, que permitiu igualmente analisar e validar esses investimentos em 2011. As adaptações e ajustes na própria equipa interna na alteração de procedimentos contribuiu igualmente para o resultado obtido, onde os técnicos envolvidos (incluindo os técnicos dos municípios) tiveram uma entrega verdadeiramente excecional. Que peso tem esta execução nos orçamentos dos municípios do Baixo Alentejo?

Mais do que o peso, realço a importância crescente dos fundos nas autarquias. Nesta fase em que todas as restantes receitas das autarquias estão a cair, transferências do OE, receitas diretas, etc, o financiamento comunitário deverá ter sido a única rubrica a aumentar, não só pelo aumento das taxas de comparticipação que se verificou, como igualmente pela maior atenção e prioridade que atualmente esta área possui. Existem vários municípios onde exclusivamente só avançam com investimentos objeto de financiamento comunitário. Desta forma, diria que o peso do financiamento comunitário nos orçamentos municipais, entenda-se no investimento efetuado pelos municípios, é, assim, quase total.

Se for só um a puxar a bandeira sai mais facilmente Reinaugurou-se esta semana, em Olhas, Ferreira do Alentejo, o Centro de Convívio e Recreio da aldeia. E só quem vive longe dos grandes centros consegue perceber a alegria que vai no rosto destas pessoas. WWW.DISTRITALBEJA.COM

QUARTA-FEIRA, DIA 4

Rede social

São do Bairro da Conceição mas a foto foi tirada em Pombal Onde decorreu no passado sábado a primeira competição de pista coberta em atletismo. E onde os atletas do Bairro Nossa Senhora da Conceição fizeram boa figura. João Gradiz voltou a dar nas vistas.

Estas senhoras tão bem vestidinhas estão a cantar aos reis Magos A semana passada foi testemunha da recuperação do cante aos reis que se está a fazer um pouco por todo o Baixo Alentejo. Aqui mostramos uma sessão em Ervidel, mas houve cantoria um pouco por toda a região.

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“Os grupos estão distribuídos pelo Alentejo, pela área da grande Lisboa e em todos os lugares onde há alentejanos há cante. Sempre que um grupo de alentejanos se junta e bebe um copo, cantam”.

Na capa

Reunião na Casa do Alentejo em Lisboa juntou grupos corais

Cantar o Alentejo do presente e do futuro A MODA – Associação do Cante Alentejano, que reúne mais de meia centena de grupos corais, é uma das entidades que apoia a candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade, que vai ser apresentada à Unesco já no próximo dia 30 de março, pela comissão promotora. Texto Carlos Júlio

Para o presidente da MODA, que reúne mais de metade dos cerca de 120 grupos corais em atividade, a preparação e o melhoramento da qualidade dos ensaiadores é imprescindível para que o cante ganhe mais qualidade, preserve o cancioneiro tradicional

para um palco, para uma feira, tem que ser programado. E é essa necessidade de programação e de preparação que é preciso transmitir e que passa, sobretudo, pela qualidade de um homem essencial nos grupos que é o ensaiador. Atualmente, os nossos mestres ensaiadores não têm formação musical, canta-se menos do que se cantava, as pessoas que estão nos grupos já não têm aquela perspetiva de ganhar uma dinâmica forte de conjunto e as coisas vão esmorecendo”, acrescenta Joaquim Soares, que é o principal

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oaquim Soares, presidente da associação, considera que “para fazermos com que a candidatura vingue é preciso muito trabalho por parte dos cantadores, mas sobretudo dos responsáveis políticos que têm a ver com a área cultural” e mesmo que as “coisas não corram como queremos”, os “ holofotes que estão a ser criados à volta do cante já são positivos”. Domingo passado estiverem reunidos na Casa do Alentejo, em Lisboa, responsáveis pela candidatura e representantes de dezenas de grupos corais, numa espécie de “pontapé de saída” para o “muito trabalho que temos pela frente”. “Este encontro pode ter sido o início de um novo ciclo para o cante. Traçaram-se ali algumas metas e delinearam-se diretrizes para começarmos a trabalhar e uma delas é juntar os mestres de cante, conversar em conjunto e mostrar o que pode ser feito para que os ensaios possam transmitir e dar mais qualidade aos grupos”, diz ao “Diário do Alentejo” Joaquim Soares.

e, ao mesmo tempo, tenha bases para inovar. “Antes os homens cantavam no trabalho, depois juntavam-se na taberna e, no fundo, cantavam todos os dias. E da muita quantidade de pessoas que cantavam surgia aqueles que eram os melhores e os bons, que faziam os pontos e os altos, os grupos entrosavam muito bem as vozes e aquilo era uma autêntica maravilha”, refere. Hoje as coisas já não se passam assim. “Pegar nesse pessoal todo, trazê-lo para uma cidade,

Casa do Alentejo Domingo passado foi dado o “pontapé de saída” na candidatura do cante a Património da Humanidade

responsável também pelo grupo Cantares de Évora. Joaquim Soares nasceu em Beja há 67 anos, “no largo do Carmo, onde existiam várias tabernas e onde ao fim da tarde a gente que vinha do campo ia beber um copo e cantar”, mas vive há quase 40 anos em Évora. Fala com emoção e carinho do cante e dos homens e mulheres que lhe dão voz. “Os grupos estão distribuídos pelo Alentejo, pela área da grande Lisboa e em todos os lugares onde há alentejanos há cante. Sempre que um grupo de alentejanos se junta e bebe um copo, cantam. Mas os pontos fortes são quatro: Cuba, Serpa, Castro Verde e um outro que junta Aljustrel e Ferreira do Alentejo. É, sobretudo, à volta destes núcleos que o cante se desenvolve. E depois na zona de Lisboa existem alentejanos de todo o Alentejo, mas o que predomina mais são alentejanos da Margem Esquerda e da zona de Beja, levando para esses grupos a forma de cantarem das zonas donde saíram”, diz o presidente da Associação do Cante. Joaquim Soares, apesar de defender a necessidade dos grupos retomarem o cancioneiro tradicional, considera também que a inovação e o “salto” da tradição para a modernidade é um dos maiores desafios que se colocam aos grupos.

Casa do Cante Alentejano abre no verão em Serpa

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Casa do Cante Alentejano deverá ser inaugurada no verão de 2012, em Serpa, para “crescer” e tornar-se num “espaço de estudo, promoção, apresentação e ensino” do género musical, disse um dos fundadores da instituição à Lusa. O edifício deverá abrir portas no próximo verão e “depois vai crescendo e dando vida” àquela música tradicional portuguesa, “principalmente para que o cante possa ser ouvido pelas futuras gerações”, disse Pedro Mestre, um dos fundadores da Casa do Cante. A casa deverá também servir de sede à Confraria do Cante e vai trabalhar em parceria com o Musibéria, Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo

Ibérico, inaugurado em abril de 2011, onde poderão ser gravados trabalhos musicais. Para o futuro local está projetada a instalação de um museu, que acolha exposições, lojas e um centro de documentação, prevendo-se ainda a possibilidade de dar formação sobre o cante, até para responder a “dificuldades que os grupos têm”, acrescentou Pedro Mestre. O membro do grupo fundador da Casa do Cante Alentejano enumerou, por exemplo, as dificuldades de angariar fundos para transportes e fatos dos grupos de intérpretes, assim como dúvidas sobre quais os microfones a usar em palco. Para Pedro Mestre, a formação será palavra de ordem

para fazer perdurar o cante com qualidade. O membro do grupo fundador da Casa do Cante, tocador de viola campaniça, dinamizador e ensaiador de diversos grupos corais, lembrou projetos que decorrem em escolas, como acontece com turmas da Damaia e de Oeiras, para ilustrar a importância do desenvolvimento do cante até fora da região de origem, o Alentejo. A candidatura do cante a património imaterial da humanidade da Unesco deverá ser decidida em novembro de 2013 pelos peritos da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, e é protagonizada pela Câmara Municipal de Serpa e a Confraria do Cante Alentejano, com o Turismo do Alentejo.


A nova Aldeia Nova

Uma produção musical do Alentejo comtemporâneo “Cantar o Alentejo do presente e do futuro é o desafio que se coloca agora ao cante. Para isso são necessários poetas populares que tenham espaço para exteriorizarem toda a sua vivência dos dias de hoje. Mas inovar não pode ser uma coisa feita em cima do joelho, como, aliás, grande parte do reportório que anda por aí a ser cantado em que uma mesma música serve para serem cantadas várias modas, ao mesmo tempo que ainda há muita coisa por cantar, do cancioneiro tradicional, que ninguém apresenta”, salienta Joaquim Soares, para quem “é preciso que os chamados músicos eruditos também percebam a riqueza da tradição. Quando entenderem o que é o cante – o que não acontece ainda com muitos – eles irão buscar às raízes da tradição todo o sumo para poderem fazer música erudita com base nestes sons tradicionais e, assim, inovarem”. Joaquim Soares evoca também uma experiência recente levada a cabo no Teatro Garcia de Resende em que quatro modas tradicionais do cante alentejano, cantadas por ele próprio e por um antropólogo e investigador ligado à Universidade de Évora, José Rodrigues dos Santos, foram acompanhadas ao piano pelo musicólogo e professor universitário Amílcar Vasques-Dias. “É um facto que a evolução e a experimentação têm que estar nos dias de hoje em cima da mesa, mas de uma forma séria e bem estruturada”, salienta. Essencial para o “cante” é também a existência de espaços próprios onde possa ser cantado. Já não se canta no trabalho, as tabernas desapareceram, em muitas coletividades não se pode cantar, daí que Joaquim Soares aponte um caminho: a criação de espaços de convívio, públicos, onde se petisque, se conviva e se possa ouvir “cantar à alentejana”, um pouco à maneira das casas de fado, mas mantendo toda a decoração e todo o “ambiente” do Alentejo. “Temos feito isso em Évora, servimos petiscos e cantamos e as pessoas adoram. Muitas vêm de longe e voltam sempre. Acho que a criação de espaços deste tipo, mesmo nalgumas aldeias e vilas, podia ser importante mesmo em termos de mais-valias”, diz.

Fundador da MODA – Associação do Cante Alentejano; membro da Cooperativa Cultural e do grupo coral As Camponesas, de Castro Verde

“Há nomes que estão a ser excluídos”

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osé Francisco Colaço Guerreiro foi o primeiro presidente da MODA – Associação do Cante Alentejano. Está ligado à Cortiçol, Cooperativa Cultural de Castro Verde, e ao grupo coral As Camponesas de Castro Verde. É autor de um abaixo-assinado que circula na Internet a apoiar a candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade. Como encara esta candidatura?

Saúdo pessoalmente esta ou qualquer outra candidatura que tivesse surgido com o intuito de sublinhar a relevância etnomusical que o cante merece, transpondo para um fórum internacional o reconhecimento que dentro de portas nem sempre se tem conseguido. É nosso entendimento que a classificação do cante como Património da Humanidade deve ser o culminar de um processo iniciado pela “MODA” – Associação do Cante Alentejano, que logrou alcançar a classificação da nossa expressão vocal mais autêntica, como património imaterial local, pela quase totalidade dos municípios do Alentejo e mesmo por algumas autarquias da área da grande Lisboa. Considero que deveria ter havido previamente uma tomada de posição regional e nacional sobre a valia do cante e depois avançar-se-ia para a classificação pela Unesco. Mas isto é um pormenor, prende-se com oportunidades e timings que eu desconheço e tal não invalida a minha total concordância com a substância da candidatura, conforme manifesto que redigi e circula como petição na Internet que reúne já cerca de 1 500 assinaturas. No seu entender o grupo de entidades que está a desenvolver a candidatura está a saber envolver a globalidade dos grupos e dos agentes que se movem na área do cante (seja em termos de maior envolvência geográfica, política, etc...) ou considera que ainda há trabalho a fazer neste campo?

Quanto à génese desta candidatura de nada serve pensarmos que poderia ter tido um surgimento diferente. Nasceu de cima para baixo, quando as searas crescem de baixo para cima. Mas existe, está no terreno e o que importa é tudo fazer para apoiar o seu propósito. Porém, entendo que antes do seu lançamento, e não depois, deveria ter sido procurado o envolvimento dos intérpretes e baluartes da moda (só no passado domingo foi feito o primeiro contacto com os grupos corais em Lisboa). Julgo que a dinâmica de lançamento da candidatura deveria ter sido partilhada desde o início com todas as autarquias onde existem grupos corais, para que o palco do cante fosse o Alentejo e não o concelho de Serpa, como está a acontecer. Por outro lado, assisto com alguma apreensão à exclusão, no momento da partida, de nomes importantes da cultura a lentejana, designadamente da área do cante, em favor de outras entidades que, embora de proa a nível nacional, sempre foram alheios ao nosso cantar. CJ

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ldeia Nova – título do livro de Manuel da Fonseca (1942) – deu nome ao novo espectáculo do cantor-autor bejense Paulo Ribeiro, que homenageia o escritor com declamação, dança, fotografia e música ao vivo. Para comemorar 100 anos do nascimento do poeta cuja obra literária, com grande profundidade e afeição, deu voz à aspereza rural do Alentejo e à esperança na revolução de Abril – a rede CAL (Cultura Alentejo) lançou um projecto inédito de co-produção, visando promover os artistas da região e a sua identidade cultural. A proposta financiada deveria integrar a obra do escritor, artistas e grupos de várias áreas e municípios e circular pelos seus cineteatros. Paulo Ribeiro reuniu assim músicos instrumentistas e cantores; actores da Lêndias d’Encantar (Beja); a Companhia Dansul (Mértola); o fotógrafo António Cunha e o cenógrafo António Caturra; e filarmónicas ou grupos corais de Serpa, Mértola, Castro Verde, Cuba, Cercal e Santiago do Cacém. O espectáculo começa na rua com uma banda filarmónica que leva o público ao auditório onde, como introdução, um grupo coral canta “Sou trabalhador de enxada: fui condenado ao nascer!” e no fundo do palco são projectadas fotografias de Manuel da Fonseca. A partir dos poemas, Paulo Ribeiro fez composições originais que variam em assuntos, timbres, ritmos e estilos, num espectro rico que manifesta a pertinência e a diversidade da obra celebrada – retratista, romântica e política. É o caso de temas como “Aldeia”, onde o estrondo vibrante da fanfarra acorda o povoado alvo e sereno; “Tu e eu meu amor” em balada terna que aconchega a “ânsia insegura de uma boca beijada”; “Estio”, que de solo introspectivo evolui para valsa alegre e saudosa do “horizonte todo de roda caiado de sol”; o coro dos desempregados da câmara em versão rap, que critica a vacuidade da vida “na penumbra das paredes, curvados p’rás secretárias (…) carimbando, pondo selos, bocejando”; e uma orquestração mais épica e dramática de “As balas” onde se recorda que, ao contrário da fertilidade das uvas que dão vinho, da lenha que dá calor e da primavera que dá cor ao campo, “…as balas só dão sangue derramado”. Com as bailarinas, e sob a minha direcção, a dança foi criada em duas partes, a partir do poema “Aldeia”. Primeiro como coreografia gestual alusiva ao quotidiano na aldeia de outrora, frente à projecção de imagens de casarios e paisagens. A segunda dança é uma abstracção da primeira, reinterpretada com improvisações, onde as bailarinas se movimentam de cabelos soltos e saias curtas, como é hábito na sua vida contemporânea. Apresentadas com temas instrumentais, estas danças evitam uma relação literal com texto e música e criam intervalos no alinhamento de canções. Também pontuando o espectáculo poemas e excertos de contos ditos por António Revez em monólogos tocantes, parecem trazer o escritor e a sua história ao presente e frequentemente suspenderam a audiência. Inovadora no seu contexto, esta “Aldeia Nova” agita memórias e expectativas e cruza património popular e experimentação multidisciplinar. Paulo Ribeiro permitiu, numa abordagem coerente, acessível e afectuosa, revisitar ou conhecer Manuel da Fonseca e mostrar a vitalidade de uma geração com ambições artísticas e profissionais que habita o Alentejo. Ainda bem que as autarquias investiram nesta produção e circulação fundamental de valores e relações culturais. O projecto termina em Santiago do Cacém, com o último espectáculo amanhã, sábado, 14 de janeiro, às 16 horas. Paula Varanda ANA MARTINS

José Francisco Colaço Guerreiro

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Atual

António Zambujo, Virgem Suta, Jorge Serafim ou Lêndias d’Encantar são apenas alguns dos produtores artísticos que marcam presença no Facebook. A interação com os fãs é o que ressalta do conteúdo das páginas. A rede social permite aos criadores culturais ter um feedback, quase instantâneo, dos seus seguidores. A indicação da agenda de espetáculos é outra das funcionalidades aproveitada.

O Facebook é cada vez mais uma arma de intervenção política

Autarcas lançam “rede” aos munícipes Tem 750 milhões de utilizadores ativos em todo o mundo. Em Portugal não se sabe quantos são os “facebookers”, mas começa a ser difícil encontrar alguém, alguma empresa ou associação que não utilize esta rede social. No entanto, entre os presidentes de câmara do distrito de Beja apenas cerca de um terço tem página aberta no Facebook. Tentámos saber, contactando-os através da rede social, quais as motivações e de que formam utilizam este instrumento de comunicação “muitíssimo poderoso”. Texto Aníbal Fernandes Ilustração Paulo Monteiro

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Facebook nasceu em 2004, f undado por quatro estudantes de Harvard: Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes. Inicialmente era uma ferramenta apenas acessível aos estudantes desta instituição universitária americana, mas a partir de setembro de 2006 foi aberta a todos os terráqueos, “com mais de 13 anos”, com acesso à Internet. Para o comum dos utilizadores o Facebook serve para, entre “amigos”, partilhar estados de alma, mostrar fotografias das férias, marcar encontros, reencontrar alguém que há muito não se vê, procurar dadores de órgão, desfazer-se de algo em segunda mão, marcar posição em relação a um acontecimento político ou não, denunciar abusos dos poderosos ou revelar talentos literários ou musicais. Mas os políticos de todo o mundo não tardaram a descobrir outras virtudes na rede social e começaram a utilizá-la, quer em períodos de campanha eleitoral, quer diariamente no contacto com os seus eleitores. Passos Coelho, Paulo Portas, António José Seguro, Jerónimo de Sousa e Francisco Louça têm páginas em seu nome. A nível distrital são cinco os presidentes de câmara que mantém, de forma mais ou menos regular, presença no Facebook: Manuel Narra, Jorge Pulido

Valente, Aníbal Costa, Pedro Carmo e João Rocha. No entanto, nem todos o utilizam da mesma forma ou com a mesma regularidade. Enquanto a

página de João Rocha, presidente da Câmara Municipal de Serpa, é, acima de tudo, um meio para receber inputs de amigos e munícipes, as de Aníbal Reis Costa (Ferreira do Alentejo) e Manuel Narra (Vidigueira) são diariamente alimentadas com informações dos autarcas para as suas comunidades. Para Narra, o Facebook é o local onde responde “aos munícipes que, por diversos motivos, não tiveram a possibilidade

de falar comigo pessoalmente”. Ta m b é m A n í - b a l Costa reconhece que todos os dias utiliza a rede social, “várias vezes durante o dia, nomeadamente através de dispositivos móveis” e contacta “de forma regular com muitas pessoas”. O autarca de Ferreira do Alentejo usa ainda o Facebook para responder a mensagens que, normalmente, dizem respeito à atividade municipal. Já os presidentes das câmaras de Beja e Ourique são menos assíduos na rede. Usam-na, no entanto, com alguma regularidade: “Para ter um relacionamento mais direto com os eleitores e também amigos e familiares distantes”, segundo Pedro Carmo; ou “Exclusivamente por motivos profissionais com o objetivo de informar e comunicar de forma fácil e direta com os munícipes e as pessoas em geral”, diz Pulido Valente. Numa coisa estão todos de acordo, é um meio de “comunicação muito válido e abrangente”, diz Pedro Carmo. Para além disso permite “criar uma ‘rede social’ com grande rapidez e consegue transmitir, rapidamente, vários conteúdos e

ideias”, acrescenta Aníbal Costa, para quem o Facebook “é polivalente em termos comunicacionais e consegue chegar onde os tradicionais meios não chegavam”. Pulido Valente soma mais uma razão para utilizar este “instrumento muitíssimo poderoso: tornar mais transparente e participada a gestão municipal”. Manuel Narra, por seu lado, utiliza-o para lançar o debate sobre “algumas ideias e intenções”, e “como esta ferramenta nos coloca em qualquer parte do mundo”, permite-lhe interagir “com outras realidades e fortalecer o relacionamento com as gentes que vivem e trabalham noutros países”. O autarca de Odemira, que confessa já ter sido ajudado pelos munícipes através do Facebook “a resolver problemas com outra perspetiva”, levanta, no entanto, uma questão pertinente e que se prende com o direito ao recato da vida privada. Diz ele que se obriga a alguma reserva na utilização do Facebook, por um lado para “manter alguma privacidade”, e, por outro, para que a sua atividade não “seja entendida como uma imposição” da sua imagem ou das suas ideias políticas, afirma. Já Aníbal Costa, olhando para a “geração mais jovem”, descobre aqui uma forma de contrariar o seu afastamento da vida política. São os jovens que “tendem a colocar mais questões” por esta via, regista. Para o presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo “as novas plataformas comunicacionais são algo verdadeiramente imprescindível para um eleito local ou nacional. Quem não perceber isso deverá fazer uma grande reflexão sobre como deve abordar a sua atividade profissional”, afirma. No entanto, o autarca lembra que, “não obstante as grandes virtudes das redes sociais”, os eleitos não se devem esquecer “de incrementar o contacto cara a cara”, com os eleitores. “Só nessa ausência devemos encarar as ‘redes sociais’ como a ferramenta essencial”, conclui.


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Fonte: “Diário de Notícias”/Rui Pedro Antunes

Como funciona em Portugal? A maçonaria está em Portugal desde o início do século XIX, tendo o Grande Oriente Lusitano – a mais antiga obediência do País – sido criado em 1804. Mais tarde, o GOL entrou em rota de colisão com a Grande Loja Unida de Inglaterra, tendo sido “irregularizado”. Os membros do GOL preferem definir-se como maçonaria “adogmática”. Nos anos 80, começaram os movimentos que deram origem à chamada maçonaria regular, cuja maior organização é a Grande Loja Legal de Portugal/GLRP (1991).

Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

O que é a maçonaria? A maçonaria é uma ordem iniciática fraternal, em que os seus membros procuram o aperfeiçoamento intelectual. De acordo com os valores maçónicos, os membros da maçonaria devem cultivar a liberdade, a igualdade e a fraternidade, bem como o aclassismo e o aperfeiçoamento intelectual, que devem usar ao serviço de uma sociedade mais livre, justa e igualitária.

Os maçons de Évora reúnem-se na Alentejo 29

Beja pode vir a ter loja maçónica António Inverno, pintor, natural de Monsaraz, é maçom vai para 30 anos e tem credenciais para abrir uma loja em Beja. Desde que regressou ao Alentejo já iniciou diferentes “irmãos” em lojas de Lisboa e do Algarve. E esteve na própria iniciação maçónica de Ramos Horta: “Uma semana depois estava a ser recebido na Casa Branca”. Agora está contra a promiscuidade entre empresários, juízes e políticos no interior desta organização secreta. Todos se deveriam assumir. Texto Paulo Barriga Ilustração Susa Monteiro

A

ntónio Inverno, um dos mais importantes artistas plásticos portugueses, que reside há vários anos no Alentejo, é também um dos rostos mais visíveis da maçonaria na região. Defende abertamente o fim do secretismo e sente “vergonha” pelos recentes casos que vieram a público e que são indiciadores de relações perigosas entre políticos, magistrados e empresários no ceio destas organizações secretas. “Um homem, qualquer homem, pode falhar, mas se queremos ser o espelho da sociedade não podemos levar bandidos lá para dentro”, re-

força o pintor maçom. António Inverno entrou na maçonaria vai para 30 anos. Foi iniciado no Estoril, nos primórdios da Grande Loja Regular de Portugal, que é talvez a mais “universalista” das lojas sediadas no nosso país, com mais de 17 milhões de membros espalhados pelo mundo. Atualmente está mais ligado à Loja Europa, em Lisboa, e a pequenas lojas situadas no Algarve, nomeadamente em Albufeira e Faro. “O Algarve continua a ter um peso interessante na maçonaria, muito à custa dos ingleses que chegam e querem fazer lobbying. Mas agora os negócios também estão mal para eles e a coisa começa a perder força”, esclarece Inverno. No Alentejo, atualmente, existe apenas uma loja em Évora, a Alentejo 29, “que não funciona lá muito bem”, mas António Inverno tem iniciado alguns alentejanos no universo maçónico: “Não posso falar em nomes, mas tenho iniciado pessoas cá de Beja em lojas no Algarve”. Inverno, aliás, refere que, neste momento, tem credenciais para abrir uma loja em Beja, “mas não quero ser eu o venerável mestre. Tenho consciência da minha desorganização”, esclarece.

nio Inverno No entanto, António ental estar considera “fundamental por dentro das coisass para aí poder criticar e fazer o bem”. Numa ssunção dos referência clara à assunção verno é bem políticos maçons, Inverno m declarar a claro: “Todos devem sua filiação e os juízess não devem ia, para que pertencer à maçonaria, úvida em renão haja qualquer dúvida ípios que eslação aos bons princípios tão por detrás desta organização, que é fazer o bem, quee é melhorar em de bem e o maçom como homem ara que ele, de bons costumes, para elhorar a sopor sua vez, possa melhorar ciedade. O que agora está a acontecer não tem nada a ver com a naria é uma maçonaria. A maçonaria de nobreza”. organização de grande alhada” vem E toda “esta trapalhada” as que des“dar razão às pessoas ais da maçoconfiam cada vez mais naria. Pelo que os políticos devem demonstrar a suaa declaração orque a funde interesses”. Até porque ção de um maçom na sociegócios, dade não é fazer negócios, ciedade é construir uma sociedade melhor, é construir o Templo mem, é evique é o próprio homem, nstrução do tar conf litos. A construção rça, a beleza, Templo é bonito: a força, ena de o dia sabedoria. Tenho pena ontente com zer, mas não estou contente o que está a acontecerr e até sinto vergonha”, reforça.

Ramos e Ameixa não pertencem, Simões não abre o jogo

Os deputados de Beja e a maçonaria

A

ligação do líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, à maçonaria e o facto de pertencer à mesma loja maçónica (Mozart) que o ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), Jorge Silva Carvalho, e que estará envolvido num processo de tráfico de influências entre os serviços secretos e grupos económicos, tem levantado o debate na opinião pública portuguesa sobre a obrigatoriedade dos titulares de cargos públicos revelarem se pertencem à maçonaria. O deputado à Assembleia da

República do Partido Socialista pelo círculo de Beja, Luís Pita Ameixa, considera que o pertencer à maçonaria apenas diz respeito ao foro pessoal de cada um. Contudo, sublinha que “não seria mau” que os políticos assumissem essa ligação, quando ela existe, sendo favorável a isso mesmo. “Isso derrubaria os preconceitos ou as dúvidas que possam existir sobre o verdadeiro objetivo da pertença a esse tipo de associações cívicas”. Para o deputado socialista, cada um é livre de pertencer ao tipo de associação que pretender, ressalvando, no entanto, que não deve

haver qualquer tipo de ingerência no poder. “Nós temos que ter um regime político que seja transparente e em que o único critério de desempenho dos cargos públicos é o critério do interesse público”. Pita Ameixa defende que “quem está em cargos públicos não está nas mesmas circunstâncias que qualquer outra pessoa”. Questionado pelo “Diário do Alentejo”, o socialista afirma não pertencer à maçonaria, já que não se enquadra com a sua “maneira de ver a vida e o mundo”, mas que, se pertencesse, assumiria esse estatuto. “Nunca pertenci à maçonaria,

nem pertenço. As únicas associações a que pertenço são perfeitamente claras e explícitas”. Quem o afirma é o deputado do PCP, João Ramos. “Tudo o que haja de ligações pouco claras entre o poder político e qualquer estrutura de poder ou de pressão” é prejudicial e negativo. Apesar desta posição, João Ramos considera que é um contrassenso a assunção da condição de maçom. “Sendo sociedades secretas ou semissecretas, nada obriga a que isso seja explicitado. No entanto, devia haver mais cuidado entre aquilo que possa ser a promiscuidade entre quem exerce funções políticas e outro tipo de poderes ou

pressões”. Já o deputado do PSD, Mário Simões, não quis falar ao “DA” sobre o tema, afirmando que se há pessoas no seu partido que “alimentam esses fait-divers”, o próprio não o faz. O social-democrata afirma que “são assuntos que vêm para a praça pública para desviar a atenção do que é realmente importante”. Opinião distinta tem a ministra da Justiça do governo PSD, Paula Teixeira da Cruz, que defendeu esta semana que as ligações à maçonaria “deveriam ser objeto de um registo de interesses”. Marco Monteiro Cândido


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Câmara de Mértola apresenta orçamento

Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

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O executivo municipal de Mértola apresenta publicamente hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, o orçamento e as grandes opções do plano. Na sessão dirigida aos munícipes, que terá lugar no Cineteatro Maques Duque, serão também apresentadas as principais obras a executar em 2012 e anos seguintes.

PS diz que Governo está a desviar verbas

De Alqueva para o Vouga Lagunar O PS acusou na segunda-feira o PSD de querer “retirar” verbas comunitárias afetas ao Alqueva para o Baixo Vouga Lagunar, um “desígnio” que diz ter sido “escondido” de um projeto de resolução social-democrata aprovado “por unanimidade” no Parlamento.

“H

á, de facto, o propósito do PSD de retirar verbas ao Alqueva para pôr noutra região”, o Baixo Vouga Lagunar, disse o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Luís Pita Ameixa, numa conferência de imprensa em Beja. Segundo o também deputado do PS eleito por Beja, na semana passada, o Parlamento discutiu e aprovou, “por unanimidade”, um projeto de resolução do PSD que recomenda ao Governo medidas de proteção ao Baixo Vouga Lagunar. A resolução do PSD teve, “e bem, a fácil adesão de todos ao proclamar abstratamente” que “sejam consideradas verbas financeiras dos programas comunitários de apoio ao desenvolvimento rural do País necessárias à conclusão do Projeto de Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Vouga Lagunar”, disse. No entanto, frisou, “não se sabia” o “desígnio escondido por trás daquelas palavras aparentemente acertadas, mas abstratas”, ou seja, a “intenção” do PSD de querer “retirar” verbas comunitárias afetas ao Alqueva para o Baixo Vouga Lagunar. A “intenção” do PSD, lembrou, foi expressa pelo deputado social-democrata e membro da Comissão Parlamentar de Agricultura, Ulisses Pereira, em declarações à Lusa um dia antes de o projeto de resolução ter sido discutido no Parlamento. Ulisses Pereira defendeu que, face à conjuntura económica do País, há opções a tomar e prioridades a estabelecer e a conclusão do Projeto de Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Vouga Lagunar poderá ser financiada pela reafectação de verbas do projeto do Alqueva.

O projeto “é também um dos projetos de regadio importantes e o Alqueva não fica nada prejudicado nos muitos milhões que são precisos para acabar, se uma ínfima parte for deslocada para o Baixo Vouga Lagunar”, disse Ulisses Pereira à Lusa. “O projeto tal como está escrito merece o voto a favor”, porque visa “resolver o problema do Baixo Vouga Lagunar” e com fundos comunitários, o que “também ninguém tem nada a opor”, disse Pita Ameixa. O “problema” é que Ulisses Pereira mostrou que “há uma intenção escondida e que não estava explícita no projeto de resolução”, ou seja, “os fundos comunitários são para retirar do Alqueva para pôr no Baixo Vouga Lagunar” e com isso o PS “não pode estar de acordo”, frisou. Se a “intenção” do PSD estivesse escrita na resolução “haveria certamente quem tivesse votado contra”, disse, referindo que o PS, no dia da votação da resolução, “não conhecia” as declarações de Ulisses Pereira e se as conhecesse teria votado contra ou, pelo menos, teria exigido um esclarecimento. A situação “é deveras grave e, sobretudo, injusta”, porque, as declarações de Ulisses Pereira “provam” que “existe verba para o Alqueva”, ao contrário dos “argumentos” do Governo para justificar o adiamento da conclusão do projeto, e o PSD “pretende desviá-la para outras regiões”, “onde, se calhar, o PSD tem mais influência”, disse. As afirmações “encaixam no ataque contra o financiamento do Alqueva, que tem vindo a ser desenvolvido pelo Governo PSD/ /CDS-PP” e “nunca teriam sido proferidas” por Ulisses Pereira “se não tivessem por trás o acolhimento do próprio Governo”, acusou Pita Ameixa. “Dá a ideia que [Ulisses Pereira] tem as costas quentes e que já há uma combinação com o Governo para a reafectação ser feita” e o Executivo PSD/CDS-PP está “confrontado” com a necessidade de “ser transparente e contar a verdade aos alentejanos”, disse Pita Ameixa.

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Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

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“Gestão rigorosa dos recursos financeiros”

Almodôvar fecha exercício sem dívidas a fornecedores

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Encontro com agricultores ainda sem data

Indefinições inquietam autarquias

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Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) vai promover uma reunião com várias entidades, como associações de agricultores e empresários, para ser tomada uma posição pública conjunta sobre as “indefinições” à volta do projeto Alqueva. O presidente da Cimbal, Jorge Pulido Valente, disse à Lusa que o conselho executivo da entidade decidiu promover a reunião com várias entidades do Baixo Alentejo “com interesse ou ligação ao projeto Alqueva”, como associações de agricultores, empresários e deputados. Através da reunião, ainda sem data marcada, explicou, pretende-se “tomar uma posição pública conjunta” sobre “as indefinições, os atrasos, os adiamentos e os novos dados preocupantes” relativos ao projeto Alqueva. Segundo o também presidente socialista da Câmara de Beja, “está a ser feita uma total descapitalização” da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), que “atravessa dificuldades financeiras” e “não está a preparar o lançamento de novos concursos para as obras das fases seguintes do projeto”. “Quando as obras em curso terminarem, não vão começar outras que fazem parte do projeto” global de Alqueva, disse. Por outro lado, há “novos dados preocupantes”, ou seja, “há a intenção de desviar fundos comunitários destinados ao Alqueva” para a região do Baixo Vouga Lagunar, lamentou. O eventual desvio de fundos, “associado às indefinições, aos adiamentos e atrasos do projeto”, ref lete “uma

intenção clara do Governo de desinvestir no Alqueva”, afirmou. O desinvestimento no Alqueva seria “dramático para a região”, porque, “a pensar nos prazos inicialmente previstos, há projetos agrícolas que já estão no terreno e precisam de água e há outros que estavam preparados para avançar, mas aguardam decisões do Governo relativamente ao projeto”, sublinhou. Jorge Pulido Valente explicou que a reunião surge também porque a Cimbal “ainda não obteve qualquer resposta” da ministra da Agricultura ao convite que lhe fez “há mais de um mês” para se deslocar à região para “esclarecer a situação e prestar informações sobre as perspetivas do Governo relativamente a Alqueva”. A Cimbal, “antes de tomar qualquer posição pública”, decidiu convidar a ministra da Agricultura a deslocar-se à região para “esclarecer a situação”, mas “como não obteve qualquer resposta, decidiu promover a reunião para tomar uma posição pública”, explicou. No passado mês de setembro, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, prometeu um “grande empenho” na conclusão do Alqueva até 2015, mas salientou que o andamento da obra dependia das “condições de financiamento do Estado português”. Na altura, a governante frisou que “não é possível fazer um esforço imenso de financiamento para concluir Alqueva em 2013”, como estava previsto pelo anterior Governo PS, referindo que o atual Executivo ia “arregaçar as mangas para que seja possível concluir [as obras] até 2015”.

Câmara Municipal de Almodôvar do Orçamento do Estado, da diminuição das poupou quase dois milhões de euros receitas e da situação económica e financeira do em 2011 e fechou o ano sem dívidas a país”, sublinhou. fornecedores, sobretudo devido aos “segredos” “É necessário rigor para responder às nede uma “gestão rigorosa”, disse à Lusa o presi- cessidades do concelho, manter as contas equidente da autarquia. libradas, pagar aos fornecedores e ainda ter al“O município de Almodôvar fechou o ano guns recursos financeiros para 2012, que vai ser de 2011 com uma taxa de execução orçamen- um ano muito complicado, mas vamos encarátal que ascende a cerca de 80 por cento da rea- -lo com conforto e confiança”, disse. lização da receita e a 70 por cento da realização Segundo o autarca, a “situação financeira da despesa”, o que permitiu poupar “quase dois equilibrada” do município assume “especial immilhões de euros”, precisou António Sebastião. portância” no atual contexto de crise económica Por outro lado, a autarquia fechou 2011 e e financeira e “tendo em conta” que em 2011 o entrou no novo ano “sem quaisquer dívidas município fez investimentos “significativos” e a fornecedores”, disse, lem“manteve uma política de ação brando que, nos últimos anos, social muito ativa”. o tempo médio de pagamento “Alguém poderá ser levado aos fornecedores do município a pensar que se trata de uma câtem rondado os “10 dias”. mara com uma dimensão muito Segundo António Sebastião, reduzida e que faz gestão cora “situação financeira equilirente e, portanto, é mais fácil brada” da autarquia deve-se aos atingir a estabilidade financeira, “segredos” de uma “gestão rigomas não é assim”, lembrou. rosa dos recursos financeiros”. O município “não faz só uma A “filosofia” do executivo de gestão corrente da sua atividade” “realizar orçamentos realistas”, e “conseguiu a estabilidade fi“Alguém poderá ser a “eliminação de despesas sunanceira fazendo investimenpérfluas”, o “rigor” na aquisição levado a pensar que se tos”, frisou, referindo que autarde bens e serviços e o aprovei- trata de uma câmara quia em 2011 teve uma execução tamento de fundos comunitá- com uma dimensão orçamental da receita de pouco rios para financiar investimenmuito reduzida e que mais de três milhões de euros e tos são os “segredos” da “gestão “uma parte substancial foi para rigorosa”, que permitiu ao mu- faz gestão corrente e, investimentos”. nicípio “poupar recursos, sa- portanto, é mais fácil Por outro lado, frisou, “o tisfazer os compromissos e atingir a estabilidade concelho de Almodôvar é comresponder às necessidades do plexo e tem quase 800 quilófinanceira, mas concelho”, explicou. metros quadrados de área”, o Tudo isto “apesar dos cortes não é assim”. que “obriga a investimentos António Sebastião onerosos”. sucessivos nas transferências PUB


Sistema elevatório da zona industrial de Aljustrel

Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

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A Câmara de Aljustrel e a empresa Águas Públicas do Alentejo assinaram o contrato de consignação para a construção do sistema elevatório da zona industrial da vila, num investimento superior a 148 mil euros. O sistema, que inclui uma estação elevatória, uma conduta elevatória, um troço de coletor

Câmara de Serpa lança balcão único de atendimento e serviços on line A Câmara Municipal de Serpa lançou uma nova “solução de comunicação integrada” entre o município e os cidadãos, que inclui um balcão único de atendimento, disponibilização de serviços on line e o portal do munícipe. O balcão único, que

gravítico e outro de pressão gravítica, servirá para assegurar o encaminhamento do afluente da zona industrial para tratamento na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Aljustrel. A empreitada é apoiada pelo Programa Operacional Temático Valorização do Território.

faz parte de uma plataforma mais vasta e inclui vários canais de ligação com o utente, de forma presencial, por telefone ou via Internet, vai “potenciar a qualidade e eficácia no atendimento”, explica o município. O serviço vai permitir a entrega digital de documentação e o seu tratamento e encaminhamento de forma eletrónica, diminuir

o tempo de resposta, reduzir custos, nomeadamente com papel, e “um melhor e mais seguro arquivo de documentação”. No final de fevereiro, todos os serviços do balcão único vão estar disponíveis no Portal do Munícipe, o que irá permitir aos cidadãos aceder a todos os serviços da autarquia via Internet.

Governo pondera utilizar Beja

Companhias low cost no aeroporto

O

Governo está a ponderar a utilização do aeroporto de Beja como alternativa para receber as companhias aéreas de baixo custo (low cost), segundo uma resposta do Ministério da Economia ao deputado do PCP João Ramos. “O aeroporto de Beja está a ser equacionado como alternativa para receber companhias low cost”, pode ler-se na resposta do Ministério da Economia e do Emprego, datada de 3 de janeiro. O ministério tutelado por Álvaro Santos Pereira refere, no entanto, que “ainda não estão definidos os critérios que irão presidir à escolha dessa alternativa”. A 19 de dezembro, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, esteve em Beja e participou numa reunião com autarcas,

deputados e agendes económicos do Baixo Alentejo, tendo lançado o desafio de criar um grupo de trabalho para definir “soluções de consenso” para o desenvolvimento do aeroporto de Beja. O governante explicou, na altura, que o objetivo do grupo de trabalho seria “encontrar alternativas para estimular a utilização” do aeroporto de Beja, que afirmou ser um “pólo de retração”, porque existem “contas a pagar, que oneram o Estado e as entidades que participam no capital da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB)”. O Governo anunciou a criação de um grupo de trabalho para definir a localização da base da companhia aérea low cost easyJet. A decisão deverá ser conhecida no final deste ano.

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Empresários participam em diferentes feiras

Turismo do Alentejo pela Europa

H

olanda, Bélgica e Espanha são os três mercados externos em que o Alentejo vai realizar ações de promoção turística, durante este mês, sobretudo através da presença em feiras, com a participação de empresários do setor. As iniciativas são promovidas pela Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (Arpta), sendo a Holanda o primeiro país “visitado”, desde terça-feira, 10, numa feira na cidade de Utreque. O Alentejo, integrado na participação de Portugal, está presente, até amanhã, sábado, na Vakantibeurs, “a mais importante feira de turismo da Holanda”, realçou a Arpta. Nesta intervenção no mercado holandês, a agência de promoção externa é acompanhada por algumas empresas turísticas alentejanas para procurar “estabelecer novas parcerias com operadores turísticos”. O grande objetivo, acrescentou a Arpta, é reforçar “a presença do Alentejo naquele que é um dos seus mais importantes mercados”. Depois desta aposta, revelou também a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo, as atenções da Arpta concentram-se na Feira Internacional de Turismo em Espanha (Fitur). Igualmente com empresários, numa delegação constituída por “mais de duas dezenas” de participantes, a agência pretende aproveitar a feira, que decorre em Madrid, entre os dias 18 e 22, para “fazer uma prospeção ao mercado espanhol”.

“A delegação que se desloca à maior feira ibérica de turismo é composta por empresários que representam diferentes tipologias de empreendimentos turísticos e agentes de animação”, referiu a Turismo do Alentejo. Mais para o final do mês, entre os dias 26 e 31, o “alvo” é a Bélgica, com a presença do Alentejo na feira Vakantiebeurs Vlaanderen, em Antuérpia, e uma ação de promoção conjunta entre a Arpta e a TAP. “O Benelux é o segundo mercado externo mais importante para o Alentejo e também um dos que apresenta um potencial de crescimento mais interessante”, realçou Vítor Fernandez da Silva, presidente da Arpta. A iniciativa tem por objetivo “reforçar a notoriedade das marcas Alentejo e TAP junto do consumidor final, com recurso a contornos muito particulares”, resumiu a ERT. Nos dias 27 e 28, na Estação Central de Antuérpia e no recinto da feira, respetivamente, vão ser promovidos eventos de ativação daquelas duas marcas com a realização do jogo “Avião da TAP Portugal”. Trata-se de “um momento lúdico” em que os populares vão ser convidados a fazer aterrar um pequeno avião de papel no logótipo da companhia aérea que estará no chão. Para os vencedores há pequenos presentes, como miniaturas de garrafas de azeite alentejano ou convites para visitarem o stand da região na feira, onde se habilitam, através de sorteio, a uma semana de férias no Alentejo.


O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória – NAM comemora amanhã, sábado, em Lisboa, o 50.º aniversário do assalto ao quartel de Beja, “uma ação revolucionária, inserida num plano para o derrubamento do regime fascista, ocorrida em 1 de janeiro de 1962”. As comemorações incluem uma sessão aberta ao público, na Biblioteca

DECO dá apoio jurídico gratuito em Odemira A DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor vai continua a promover sessões de atendimento ao consumidor em Odemira, sendo a primeira já no próximo dia 23. À semelhança dos anos anteriores, as sessões são gratuitas e abertas a todos os consumidores, sendo efetuadas por um jurista da DECO,

Museu da República e da Resistência, com início às 15 horas. Serão oradores os historiadores Irene Pimentel e António Lousã e o coronel Carlos Matos Gomes. O NAM pretende, assim, “homenagear todos os heroicos protagonistas desta ação revolucionária que consideramos um marco histórico na luta contra a ditadura do Estado Novo”.

um dia por mês, entre as 14 e as 17 horas, “garantindo-se toda a confidencialidade nesse atendimento”. As sessões decorrerão nas instalações do Gabinete de Inserção Profissional, situado na rua José Maria de Andrade. A iniciativa tem por objetivo “esclarecer dúvidas sobre os direitos do consumidor, acerca de compra e venda de bens e serviços para uso particular, garantias de objetos

adquiridos, prazos de reclamação, prazos de resolução de contratos, serviços públicos essenciais (como eletricidade, água, gás e comunicações eletrónicas), bancos e entidades financeiras, seguros, entre outras questões”. A DECO também poderá prestar apoio na renegociação das dívidas com as entidades financeiras e situações de sobre-endividamento.

Segundo dados da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana

Angola é o principal destino dos vinhos do Alentejo

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ngola é o principal destino de exportação dos vinhos do Alentejo, mercado que registou o maior aumento de vendas de janeiro a outubro de 2011, 82,5 por cento, face a igual período de 2010, segundo a CVRA. O diretor de marketing da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVR A), Tiago Caravana, revelou à Lusa que, de janeiro a outubro do ano passado, foram exportados para Angola 3,2 milhões de litros de vinho do Alentejo. Um volume de exportações que, PUB

disse, faz daquele país africano o “maior importador de vinhos portugueses”. “A tendência é para crescer ainda mais a exportação de vinho do Alentejo para Angola, visto que a economia daquele país está a evoluir e existe uma parte da população que já consome, com frequência, vinhos de qualidade”, salientou. Segundo Tiago Caravana, é essencialmente o “vinho de qualidade” do Alentejo, sobretudo o tinto, que é “apreciado” em Angola e que está a ser exportado para aquele

país africano, com tendência para um crescimento. Os vinhos do Alentejo, juntamente com os vinhos verdes, lembrou, foram pioneiros na promoção de vinhos portugueses em Angola e a CVRA já promove anualmente em Luanda, desde há alguns anos, provas de vinhos da região. A CVRA adiantou que, de janeiro a outubro de 2011, os vinhos alentejanos aumentaram as exportações, em 34,5 por cento, para os principais mercados fora da União Europeia (UE), com Angola a liderar o ranking.

11 Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

Assalto ao quartel de Beja faz 50 anos

Comparando com igual período de 2010, referiu a CVRA, os países que mais aumentaram o volume de importações, além de Angola (82,5 por cento), foram a China (juntamente com Macau e Hong Kong) com 44 por cento, e o Brasil e Canadá, com 14,9 e 10,2 por cento, respetivamente. Tiago Caravana explicou que Angola, Brasil, Estados Unidos, China e Canadá são, atualmente, por esta ordem, os cinco principais mercados de destino dos vinhos do Alentejo.

“Energybus” visita Castro Verde O “Energybus”, um autocarro temático para promover o consumo eficiente de energia elétrica em Portugal, vai estar em Castro Verde entre 31 de janeiro a 2 de fevereiro, para sensibilizar a população para o uso racional de eletricidade. Na estrada desde Outubro de 2007, o autocarro, que já foi visitado por mais de 55 mil portugueses, vai estacionar em Castro Verde na rua da Liberdade, onde poderá ser visitado entre as 9 e as 18 horas. O “Energybus”, uma iniciativa da EDP em parceria com a TerraSystemics, está a percorrer Portugal, oferecendo aos visitantes uma “viagem interativa”, através de equipamentos de demonstração de novas tecnologias, experiências e conselhos úteis.


Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

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Migração para a TDT concluída a 26 de abril

De acordo com a Anacom, para ontem, quinta-feira, estava agendado o desligamento apenas do emissor de Palmela e dos retransmissores de Alcácer do Sal, Melides e Sesimbra, quando o previsto era que esta data se aplicasse ao swtich-off em todo o litoral do País. A 23 será a vez de serem desligados o emissor de Foia – Monchique, bem como os retransmissores de Santiago do Cacém, Cercal do Alentejo, Odemira, Odeceixe, Monchique, Aljezur e Silves.

Programa de comparticipação a equipamento TDT Cidadãos com necessidades especiais elegíveis, isto é, com grau de deficiência igual ou superior a 60 por cento; famílias beneficiárias do rendimento social de inserção (RSI); e reformados e pensionistas com rendimento inferior a 500 euros mensais podem beneficiar de

O emissor de Lisboa-Monsanto e os retransmissores do Areeiro, Barcarena, Caparica, Carvalhal, Cheleiros, Estoril, Graça, Montemor-o-Novo, Odivelas, Sintra, Malveira, Sobral de Monte Agraço, Coruche e Cabeção, desligar-se-ão, por seu turno, no dia 1 de fevereiro. Dias 13 e 23 de fevereiro ocorrerão mais duas fases deste processo, tal como a 22 de março e 26 de abril, dia em que ficará concluída a migração para a TDT.

um programa de comparticipação a equipamento TDT, segundo o site oficial da TDT em Portugal. O valor da comparticipação será de 50 por cento do valor do equipamento TDT (set top box), até um máximo de 22 euros. A comparticipação será atribuída após a compra do equipamento.

Apagão analógico no distrito de Beja está agendado para 26 de abril

Confusão de datas origina corrida a descodificadores de TDT Confusões com as datas das cessações das emissões televisivas analógicas terrestres têm originado uma crescente procura de descodificadores do sinal de TDT no distrito de Beja. O apagão analógico na região só terá lugar a 26 de abril. Texto Nélia Pedrosa Ilustração Paulo Monteiro

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pouco mais de três meses da cessação da emissão televisiva analógica terrestre no distrito de Beja – com exceção de Odemira, que integra a primeira fase do desligamento que avançou ontem –, João Galamba, proprietário da Casa Galamba e único instalador de antenas de televisão em Brinches (Serpa), tem em lista de espera, a aguardar os seus serviços que permitam fazer a migração para a TDT (televisão digital terrestre), “quase uma aldeia inteira”. Desde dezembro último que a sua loja de eletrodomésticos tem registado uma grande procura de descodificadores do sinal de TDT e antenas (equipamento necessários para que se possa continuar a ter acesso aos quatro canais nacionais em sinal aberto), isto porque, esclarece o proprietário, “as pessoas pensavam que o apagão analógico na nossa região era já no dia 12 [ontem] e não a 26 de abril, e não queriam ficar sem televisão”. “Eu digo-lhes para terem calma, que ainda é muito cedo, e que quando chegar o apagão estará tudo pronto”, adianta. A esmagadora maioria dos clientes que aguarda a instalação dos equipamentos é idosa, com escassos recursos financeiros, “sem possibilidades para instalar a televisão paga [a TDT não afeta os serviços de televisão por subscrição] e suportar uma mensalidade, como outras pessoas por aí que estão a aproveitar as campanhas” feitas pelos operadores privados de televisão “porque ficam também com telefone, entre

outras coisas”, diz João Galamba. O principal entrave apontado ao processo de migração é “a questão monetária”, acrescenta o responsável, e por isso os seus fregueses “vão pagando como podem”. Na Electromelo, em Aljustrel, o cenário não é muito diferente. António Pereira Martins, proprietário da referida loja de eletrodomésticos, vendeu até ao momento perto de quatro dezenas de descodificadores e tem agendados para os próximos tempos vários serviços de instalação. “Nestes últimos 15 dias, principalmente, tem havido um aumento de pedidos de informação sobre a TDT, porque as pessoas pensavam que o apagão era agora, mas eu tenho-as elucidado, dizemos-lhes para não se preocuparem porque ainda temos três

Desfeito o equívoco quanto às datas, e conhecidos os custos com a transição, “algumas pessoas” acabam por adiar a compra e a instalação dos equipamentos.

meses. É claro que não vamos deixar para o último dia, mas de facto não é preciso estarmos agora a correr”. Desfeito o equívoco quanto às datas, e conhecidos os custos com a transição, “algumas pessoas” acabam por adiar a compra e a instalação dos equipamentos. “As pessoas quando sabem quanto é que vão gastar, e que o apagão é só daqui a três meses, dizem que depois logo se vê, que melhores dias hão de vir. Grande parte das pessoas mais idosas põe à cabeça sempre o problema financeiro, dizem que estavam a ver bem com o sistema antigo e que agora são obrigadas a gastar dinheiro, nomeadamente com a compra de uma nova antena e o dito descodificador. São sempre no mínimo 100 euros”, diz António Pereira Martins. Também na loja de eletrodomésticos Pereira & Sousa, na cidade de Beja, tem-se registado “na última semana uma grande procura de descodificadores”. “As pessoas veem as notícias na televisão e pensam que é já, não sabem que é só em abril”, diz o sócio-gerente Mário Engana, adiantando que grande parte dos clientes “lamenta” os custos que a transição da televisão analógica para a televisão digital acarreta. O “Diário do Alentejo” contactou ainda a Sonae, solicitando informação sobre o volume de vendas de descodificadores na loja Worten de Beja. Os responsáveis pelo grupo responderam, no entanto, que “a política interna” da empresa não permite que se divulguem dados relativos à TDT. O “DA” tentou ainda obter informações junto da Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações, entidade coordenadora do processo de transição, e da Telecom (empresa responsável pela instalação da infraestrutura de rede necessária para cobrir todo o País com televisão digital e que também comercializa descodificadores), sobre o decorrer do processo de migração para TDT no distrito de Beja, mas até ao fecho da presente edição tal não foi possível.


A recém-constituída Plataforma Saúde vai promover um conjunto de ações pela melhoria das condições de acesso à saúde e por uma região com futuro. A primeira ação tem lugar amanhã, sábado, pelas 15 horas, em Beja. A Plataforma Saúde reuniu em Serpa, em dezembro, “representantes do Poder Local, do movimento sindical, do movimento de reformados e das comissões de utentes do serviço nacional de saúde (SNS) para analisar em conjunto a situação da saúde no distrito de Beja e apontar medidas a tomar para que a população continue a ter o direito à saúde que a Constituição consagra, um SNS universal e tendencialmente gratuito”.

JuveBombeiro de Aljustrel promove ações de sensibilização sobre o 112 O núcleo da JuveBombeiro de Aljustrel está a levar a efeito vários workshops e ações de sensibilização de “comunicação em emergência” que visam “instruir e explicar à população o funcionamento do 112, como e quando recorrer a essa linha e as

técnicas de comunicação adequadas para sua utilização”. O workshop tem como público-alvo a população em geral. O núcleo espera que “após esta iniciativa a chamada para o 112 seja um ato consciente de cidadania e que a disponibilização de informação ao operador seja a devida e facultada no mais curto espaço de tempo”.

Alargamento do canal do Panamá

Porto de Sines é a “porta de entrada” da Europa

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om o alargamento do canal do Panamá, “Portugal torna-se a porta de entrada na Europa” para mercados tão importantes como Estados Unidos, Brasil e Ásia, sustenta o economista Paulo Borges. A previsão foi sustentada na tese de mestrado “Sobre o Conceito de Centralidade Económica: Uma Aplicação a Nível Internacional”, defendida em dezembro, onde desenvolveu um índice que determina o posicionamento internacional de PUB

um país, dado o nível de atividade económica e a distância geográfica entre os países. Através da aplicação do índice a 174 países, o economista, mestre em Economia Portuguesa e Integração Internacional pelo Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (Iscte), apurou que a Europa é a região com maior centralidade económica e que “Portugal, apesar de se encontrar numa posição relativamente periférica para a Europa, apresenta um bom nível de

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Plataforma Saúde em luta por uma região com futuro

centralidade para outros mercados, como Brasil e América do Norte”. Com o alargamento do canal do Panamá, que deverá estar concluído em 2014, a centralidade da economia portuguesa aumenta: “O alargamento do canal do Panamá vai permitir reduzir significativamente as distâncias das exportações dos continentes asiático e americano e, ao encurtar essas distâncias, o nosso nível de centralidade vai subir”, afirmou Paulo Borges.

“Aí, sim, Portugal tornar-se-á a porta de entrada de mercadorias para a Europa”, uma vez que “o primeiro porto que encontram é o de Sines”. Esta particularidade pode permitir o desenvolvimento de um grande ‘hub’ [plataforma de redistribuição] de mercadorias, a exportação direta para o centro da Europa por via-férrea e a redistribuição, por transporte marítimo através de barcos mais pequenos, para a costa africana e para o Mediterrâneo, detalha.

Beja recebe Europeu de modelismo náutico Beja recebe no próximo dia 21 o Open Regional Sul 2012, uma prova de modelismo náutico que apura o campeão regional sul e tem efeito para o ranking de seleção do Europeu 2012, a realizar em Espanha. A prova, apoiada pela Câmara de Beja, terá lugar no lago do parque da Cidade. A organização admite inscrições até ao dia 15, até um máximo de 40 participantes. De acordo com Nuno Bon de Sousa, “apesar de ser a primeira vez que a prova se realiza em Beja, o lago do parque da Cidade oferece as condições ideais para a prática da modalidade, pelo que Beja passará certamente a ser ponto de paragem obrigatório. Tem o melhor espelho de água, para a realização deste tipo de iniciativas, a sul do País”.


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Os aeroportos são centralidades que com o seu progressivo desenvolvimento atraem para a sua proximidade empresas e agentes económicos que aí vão desenvolver a sua atividade e a que habitualmente chamamos de cidades aeroportuárias. Pedro Beja Neves, administrador da ANA, ao “Jornal de Ferreira”, dezembro de 2011

Opinião

Antes da hora da nossa morte Martinho Marques Poeta

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ntes da hora da nossa morte, da minha e da do jornal onde mostrei muitas vezes os frutos da minha escrita, quer nos meus tempos de moço quase imberbe, quer nos de barba estritamente preta, quer nos de branqueamento ou de queda de cabelo, está-me empurrando o desejo de comparecer de novo, mais que não seja para poder fazer prova de vida... eu que me sinto em pecado por nunca ter comparecido desde que, brilhantemente e (ousaria dizer) de forma ousada, Paulo Barriga assumiu dirigir este jornal. Numa altura em que já está em vigor o novo acordo ortográfico e quando parece estar a impor-se o desacordo, com cada um a escrever conforme lhe dá na gana, assinalando por vezes se escreve em conformidade com a nova ou com a velha ortografia, ainda que eu não queira submeter a reconfiguração o que mantenho inédito, prometo que neste texto irei guardar fidelidade a ambas. Procurarei ser moderno, sem deixar de ser antigo. Eu explico como farei (ou como já principiei a fazer): começo por escrever conforme o treino que a prática da escrita me foi dando ao longo de muitos anos e depois substituo o que for assinalado pela ferramenta informática de corrigir (até aqui eu já fiz diversas substituições), mas sem usar as palavras que mudaram de grafia, sempre à luz ou à sombra do acordo. De outra forma: buscarei o resultado da interseção do velho com o novo e por utilizável só terei o que for comum a ambos. E isto para no texto vos trazer o quê? Opinião talvez não... É mais provável que sejam sentimentos; sentimentos que, por certo, são comuns a muita gente, alguma da qual, considerada em geral pragmática e realista, não se atreve a exteriorizar porque é fiel ao exterior, ao que há e ao que é, sem ao menos sonhar interiormente o que haveria se tudo estivesse a aproximar-se do que deveria ser. Entrou-se em 2012, um ano que se anuncia como construtor de infernos, a adicionar ao inferno que tem sido construído, embora tenha sido anunciado como o melhor dos céus, porventura como o céu que se anuncia para depois dos infernos imediatos, que ninguém já se atreve a disfarçar, porque se avistam à légua. O que de maneira clara muito pouco se refere (nem o fazem muitos daqueles que são bem remunerados por construirem infernos) é como é que um devedor paga, sendo sucessivamente desprovido (e não acrescido) dos meios com que podia pagar. Além disso, muito pouco se refere que, no inferno da grande maioria, encontram alguns o céu. Pelo menos, a curto prazo. É que o que é subtraído não sofre evaporação para se vir a confundir com o ar que no céu ainda exista, não sendo descabido recordar nem descurar que há gatos e há pardais e que o céu dos segundos se diz ser a barriga dos primeiros. O Padre António Vieira, há perto de quatro séculos, não falava de gatos e pardais, mas de peixes e peixes, em que os grandes devoravam os pequenos. Se cá voltasse, veria que o seu tempo não era assim tão diferente do de hoje. O que sobeja a alguns continua a faltar a muitos mais. Neste mundo, que é supertecnológico, ainda não se inventou a forma de evitar que, sem limite, se especule e acumule, talvez porque quem preside à construção de normas não esteja muito interessado em evitar essas práticas. De resto, quando se diz que uma prática é legal, mas que não é uma prática legítima,

O nosso chefe de serviço, o bejense ANTÓNIO NOBRE, tem, pela editora Caminho da Palavra, um livrinho incontornável: Entre Coentros e Poejos – Uma viagem pela cozinha de António Nobre. Um álbum, delicioso que se farta, que agora foi distinguido nos prémios Gourmand World Cookbook. Esta semana fomos conhecer a sua magia. PB

Não parece haver outra solução que não seja a execução do orçamento anterior, ainda que transitória, até aprovação do orçamento do ano em curso. E sabe-se que vários municípios têm governado com os orçamentos dos anos anteriores, ainda que com diversas dificuldades, Álvaro Nobre, no “Alentejo Popular, sobre o chumbo do orçamento da CM Beja, 5 de janeiro de 2012

talvez a culpa deva atribuir-se aos produtores da lei. Não, senhor, como dizíamos, o verbo sair não traz consigo apenas evaporação, pressupõe o verbo entrar. Quando sai de uns entra noutros. O pior é que sai do lado mais vazio para o lado que transborda (são os grandes que comem os pequenos, escrevia António Vieira), não importando as fronteiras, que só existem para haver governos que parece que só funcionarão se funcionarem como cobradores (que, ainda por cima, cobram para quem frequentemente aufere de todos os territórios, sem que tenha de assumir nenhuma obrigação em nenhum deles). Local e globalmente, por exemplo, da redução de verbas na saúde a resultante poderá chamar-se morte, não a palavra, mas a morte mesmo, morte que dizem ser crime, mas que parece não ser, se for por causa estatal. Se a dita ciência económica abertamente falasse e não omitisse nada, falaria dos benefícios da morte. À poupança nos recursos por falta de tratamento adiciona-se a poupança com as suas consequências, porque aos mortos não são devidas reformas. A imagem que me ocorre é a de financeiros financiando o aumento da mortalidade no mundo. Os que pouco apreciam a beleza das diversas artes talvez achem nestas mortes a beleza, a beleza suprema que, para eles, só pode ser a beleza económica, a única que conhecem, por nada haver mais belo que a saúde das empresas próprias, que estão acima da saúde humana e que têm de ser prósperas quando os seus proprietários não são pessoas quaisquer, mas têm a importância de (como eles próprios dizem) falarem com os mercados, coisa notável que mostra como passámos do espaço de Adam Smith, onde o mercado tinha mãozinha invisível, a outros onde os mercados têm, pelos vistos, à vista, além das garras, os órgãos que permitem ouvi-los e falar-lhes. Se, ao menos, a convivência íntima com eles levasse a solicitar-lhes ajuda para se erguer um grande monumento aos mártires que produzem... Se, ao menos, o conhecerem a forma como funcionam fizesse pôr a hipótese de politicamente matutarem na descida do rating das agências de rating... Mas oh! Santa ingenuidade! O princípio que vigora é a falta de princípios, de princípios morais, o que vigora não é política ou é uma política que tem por fim a estrita sujeição ao capital, que continua exercendo o seu domínio e pondo menoridade em todas as maiorias, ainda que pensem ser dominadoras, nesta Terra onde o que há mais é a maximização dos egoísmos, cuja salvação duvido que seja individual. Mas consenso não há nem haverá, pelo menos enquanto as horas não mostrarem que há caminhos que conduzem a todas as nossas mortes. Perto do consensual está a reclamação de liberdade para a Terra, mas nem todos aceitam nem assumem que ela está profundamente prisioneira do dinheiro. Hão-dizer que tudo isto contraria o que dizem os peritos, mas pouco me importa a mim, que leio diariamente Luís Afonso, o cartoonista, para poder aceder aos mais breves e, também, aos mais sérios e certeiros dos comentários políticos. Nada sério é isentar os rendimentos maiores de alguns dos cidadãos e retirar aos que não podem retirar-se as verbas para, com elas, também cobrir consequências de crimes não punidos, num sistema que pune a seriedade e que eu não sei se ainda é de mercado quando conduz ao extermínio quase epidémico de compradores e, em consequência disso, de produtores e de vendedores. Por estas e por outras é que eu, por andar atestado de tristeza (que a morte me levará, mas era bom que ainda não levasse), a abrir o ano de 2012 vou abrir uma garrafa e procurar (não remédio, mas) auxílio, num copo de vinho tinto, uma espécie de sangue do Alentejo, a escolher entre Redondo, Reguengos ou Vidigueira. Perdão: num copo de wine! Porque modernamente não será com vinho, mas com wine, que um bom marketing (que geralmente não compro) faz a promoção

do vinho alentejano, que eu não sei se é acessível às bolsas e aos saberes, linguísticos e outros, de todos os habitantes desta terra. O que sei é que voltei... Mas agora vou-me embora... e não sei se voltarei antes da hora da nossa morte.

I am the captain of my soul* Ana Paula Figueira Docente do ensino superior

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ano de 2012 começou com mais alguns sinais da austeridade que nos tem sido prometida e aconselhada. Apesar de compreender a necessidade de muitas das decisões tomadas, existem casos – mormente os que respeitam ao acesso a tratamentos e à saúde na generalidade – que considero dramáticos e, por vezes, até cruéis. A propósito, li recentemente alguém que dizia: “Há outro caminho. Mais justo!”. Mas afinal o que é ser mais “justo”? O que é a justiça? Já Aristóteles dizia que a base da sociedade é exatamente a justiça e que o julgamento – a forma de a aplicar – confere a ordem a essa mesma sociedade. À partida, a justiça teria – ou deveria ter – um valor sagrado, procurar o bem social e estar “acima” de tudo, ou melhor, dos interesses individuais ou corporativos dos homens que integram a sociedade. Todavia, são os homens os criadores, os intérpretes e os executores desses pressupostos ditos justos e orientadores e, cada um deles, como ser humano que é, tem valores, crenças e ideologias que o conduzem, mais ou menos explicitamente, nessa tripla tarefa. Assim, o que é justo para um, pode não ser para outro, dependendo da capacidade criativa e argumentativa de cada um e da convicção com que faz a sua defesa. Para além disso, a justiça necessita da ter força – seja para se legitimar como tal (de adeptos, em número e qualidade, que concordem com os seus princípios) ou para ser exercida; não devendo confundir-se com tirania, é necessário que o justo seja forte e que o forte seja justo. É claro que nesta “dança” envolve-se a política, a disputa e a capacidade de captação, adesão e envolvimento dos cidadãos. Quero, pois, dizer que, em meu entender e face a qualquer decisão, existe sempre outro caminho, defensavelmente mais justo. E quanto a nós, cidadãos comuns, que votamos e elegemos por maioria os nossos governantes, que concordamos ou discordamos das suas decisões porque as entendemos justas ou injustas, e beneficiamos ou sofremos com os seus resultados? Como nos devemos, individualmente, posicionar? Recorro à ajuda do filme “Invictus”(2009) assinado por Clint Eastwood. Morgan Freeman interpreta Nelson Mandela no seu primeiro mandato como presidente da África do Sul; ao reconhecer a necessidade de união do seu povo e de conquista da auto estima recorre à equipa nacional de rugby para ganhar o campeonato do mundo dessa modalidade em 1995. A sua opção foi contestada mas ele continuou a acreditar e a estimular a equipa que acabou por ganhar a famigerada taça. A certa altura, Mandela partilhou com os jogadores o poema “Invictus” de Henley cuja leitura o ajudou a aceitar, com serenidade, os longos anos em que esteve fisicamente preso mas em que a sua alma permaneceu inconquistável. Uma importante lição de vida de Mandela neste início de ano: apesar das contrariedades, mais justas ou injustas, de acordo com a avaliação individual e do momento, importa não perder a Esperança num Futuro melhor, tanto quanto mais homens queiram e busquem ser os capitães das suas almas! * Sou o capitão da minha alma (extraído de “Invictus” de William Ernest Henley)


Há 50 anos O capelão, o ex-capitão, budistas e comunistas

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os poucos, as edições do “Diário do Alentejo” dos primeiros dias de 1962 deixavam de falar do “assalto ao quartel de Infantaria 3”, a ação revolucionária encabeçada por Varela Gomes e ligada ao general Humberto Delgado – que tinha entrado clandestinamente em Portugal e se encontrava na altura escondido em Vila de Frades. No dia 4 de janeiro, o jornal de Beja titulava na primeira página que se mantinha “estacionário” o estado de saúde do líder do movimento. E noticiava: “ Nu m q u a r to d o ho s pit a l d a Misericórdia desta cidade continua internado, sob prisão, o ex-capitão Varela Gomes, que comandava o grupo de insurrectos que, na madrugada do passado dia 1, assaltou o Regimento de Infantaria 3. O seu estado não experimentou desde ontem qualquer modificação sensível, podendo dizer[-se] que é estacionário. O ferido continua entregue aos srs. drs. José Maltez e Joaquim Delgado, médicos do hospital que, desde o primeiro momento, o têm tratado com grande competência e os maiores cuidados. O hospital continua a ser guardado por praças do Exército, da GNR e da PSP. Nas ruas da cidade circulam ainda ‘jeeps’ com praças do Exército.” Sobre o tema, na mesma edição, o vesper tino contava “um episódio curioso”, citando um jornal de Lisboa: “O ‘Diário Popular’, ao referir-se ontem aos acontecimentos, publicava a seguinte local: ‘Pouco depois de o ex-capitão Varela Gomes ter dado entrada no hospital, compareceu ali o capelão daquele estabelecimento, cónego dr. Anjos Brandão, que se manteve junto do ferido, orando em silêncio. A certa altura, porém, o ex-capitão, dando pela sua presença, perguntoulhe: – Que está aqui a fazer? Ao que o sacerdote respondeu: – Estou aqui no cumprimento da minha missão. – Pois eu sou budista! – exclamou o ferido, a quem o capelão replicou: – O senhor não é budista: é comunista.’” O “Diário do Alentejo” publicou em todas as edições seguintes pequenas informações sobre o estado de saúde de Varela Gomes, que ia melhorando, até que, a 10, noticiou que o militar seguira nesse dia, “sob prisão”, para Lisboa. A partir daí, tal como acontecera antes com a “invasão de Goa”, o assunto desapareceu das páginas do jornal. Carlos Lopes Pereira

Ainda o ORÇAMENTO da Câmara Municipal de Beja, que levou 15 chumbo recente na Assembleia Municipal. É imperioso que, de uma vez por todas, os nossos eleitos locais se arredem de caminhos extremos e que se consigam assentar à mesma mesa para negociar. É isso que a cidade e o concelho necessitam: bom senso. De ambas as partes. PB

O município de Vidigueira não pode continuar a ser o abono de família de câmaras que propositadamente e matreiramente se colocam na retranca para não pagarem as suas responsabilidades, Manuel Narra ao “Correio Alentejo”, 6 de janeiro de 2012

Cartas ao diretor O paraíso e o inferno fiscais José Fernando Batista Aljustrel

Não é nada de novo e desta vez foi o segundo homem mais rico de Portugal, com uma fortuna fabulosa (dois mil milhões de euros), a transferir as suas ações da Jerónimo Martins para a Holanda. Esta decisão visa evitar o pagamento dos impostos em Portugal e vem demonstrar mais uma vez a fragilidade política nesta matéria, que deixa escapar os ricos para paraísos fiscais e tributa cada vez mais a classe média e os trabalhadores. Esta operação não é exclusiva de Portugal, é comum por essa Europa fora, o que só demonstra o fraco poder político e os interesses que defendem. A estas manobras dos milionários chamam-lhe pomposamente planeamento fiscal; aos suspeitos do costume: trabalhadores por contra de outrem, que não podem transferir o seu rendimento para nenhum paraíso, é fuga ao fisco. Vivem(os) no inferno fiscal. Exige-se que sejam tributados os lucros das empresas independentemente da localização da sede das mesmas, por uma questão de justiça e da ética.

A troika Diamantino António Funcheira

Agora a troika é que passa a mandar em todos os países. No nosso país a troika vai mandar 30 mil funcionários públicos embora. A troika também devia mandar o nosso governo embora porque ele não faz cá falta nenhuma, só dá é prejuízos à nação, prejudica o desenvolvimento, não há crescimento.

Francisco Correia das Neves Manuel Dias Horta Beja

Eterna glória a quem a possui. Orgulho de quem a atribui. Existe, felizmente, nesta terra um conjunto de pessoas que, à margem de protagonismos ou insensatas vaidades, por aqui vai deixando os seus saberes, as suas investigações que contribuem para o prestígio e enriquecimento cultural da região Correia das Neves é o paradigma do que está contido nas palavras com que inicio este texto. Numa destas tardes outonais, cruzei-me, numa rua estreitinha, com o dr. Correia das Neves, quando o sol já caía, a neblina subia e a luz esmorecia. Não vi o tal casaquinho que o diretor deste jornal celebrizou. Provavelmente estaria a coberto dum vistoso e agasalhador sobretudo, cor de café com leite, que me pareceu envolto em denso nevoeiro, mas que constatei ser, apenas, o fumo de um tímido cigarro, escondido das vistas de algum hipotético transeunte. Este homem nascido nas Beiras veio para o Alentejo por imposição da profissão que escolhera. Pouco tempo depois estava Francisco Correia das Neves perdido de amores por uma mulher e pelo Alentejo. À mulher deu o que um apaixonado deve dar – o amor. À terra que tão hospitaleiramente o acolheu escreveu e dedicou um magnífico livro – A Estepe das Abetardas –, que salpicou de tons esverdeados e dourados, as mesmas tonalidades da planície imensa. Sob a batuta da sua pena, como por magia, o agreste e o selvagem da planície, ou o dócil e o afável daquela terra, são-nos desvendados pelo autor. A harmonia ou as suas contradições constituem um retrato forte, vivo e pungente que Correia das Neves nos lega das coisas e da labuta diária daquela gente. Fialho e Manuel da Fonseca devem estar orgulhosos do seu sucessor. Atrai-me a conversa do dr. Correia das Neves e admiro a sustentabilidade que coloca nos seus argumentos e a exigência a que sujeita os seus interlocutores. Não só por isto, mas por tudo, tem Francisco Correia das Neves um lugar reservado na galeria dos alentejanos ilustres.

Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

A questão da MAÇONARIA, a questão da suposta influência dos maçons na esfera da política e da justiça, subvertendo os princípios de democráticos de uma e de outra, está na ordem do dia. Concordo que os responsáveis de cargos públicos devam fazer a sua declaração de interesses nesta matéria. E que os juízes devam estar a milhas destas casas. PB

Efeméride Efeméride 13 de janeiro de 1912

Greve dos trabalhadores rurais de Évora

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om a chegada da primavera/verão de 1911, numa altura em que a ceifa faz aumentar a procura de mão de obra nos campos, a Associação dos Trabalhadores Rurais de Évora decreta uma greve para 31 de maio por aumentos salariais. Esta greve que mobiliza milhares de trabalhadores termina vitoriosa, passando a jorna a variar entre os 400 e os 700 réis conforme a época do ano, quando, em média, desde 1902 era de 240 réis. Conhecedores da luta vitoriosa de Évora, os trabalhadores rurais de Beja, contra a vontade da sua associação de classe, decretam greve por aumentos salariais a 18 de junho de 1911, sendo, no entanto, fortemente reprimidos por uma força de 60 praças de cavalaria chamadas à cidade pelo governador civil Aresta Branco. Com a chegada do inverno de 1911/1912 os lavradores deixam de cumprir os salários acordados e a tensão regressa aos campos do Alentejo. Em Évora, os assalariados rurais decretam greve para 13 de janeiro de 1912. As autoridades que já estavam de sobreaviso movimentam a GNR e o exército no sentido da ocupação militar da cidade. Vários operários corticeiros são presos e a Associação dos Trabalhadores Rurais de Évora é encerrada. Dos campos de Évora, onde 20 mil assalariados rurais estão paralisados, a luta generaliza-se aos operários da cidade e daqui alastra pelo distrito, estimando-se em 50 mil o número de trabalhadores em greve. A 22 de janeiro chega a Évora uma delegação sindicalista, chefiada por Carlos Rates, facto que marca o isolamento do movimento social dos assalariados rurais alentejanos e a sua integração no movimento operário português. Dois dias depois, a 24 de janeiro, por iniciativa do governador civil de Évora, inicia-se a repressão sobre os trabalhadores, da qual resultam vários feridos, um morto e muitos presos. No rescaldo da luta, a 28 de janeiro, é convocada, em Lisboa, uma greve geral de apoio aos trabalhadores de Évora. Acusando os grevistas de estarem ligados à causa monárquica, o Governo declara o estado de sítio na capital, a casa sindical é encerrada e centenas de operários são presos, o que irá contribuir para o cavar do divórcio entre o operariado e a República. Entre 25 e 26 de agosto deste mesmo ano, de 1912, realiza-se o I Congresso dos Trabalhadores Rurais, em Évora, com a presença de 39 sindicatos, cinco dos quais do distrito de Beja (Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo, Odemira e Vila Alva), sendo aqui decidido criar a Federação Nacional dos Trabalhadores Rurais, cujo órgão será o “Trabalhador Rural” Constantino Piçarra


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❝ Reportagem

Este é o meu pequeno mundo, que me permite testar. Só depois das iguarias estarem muito apuradas é que as apresento”.

Um dia na cozinha de António Nobre

Coentros e poejos cinco estrelas António Nobre, chefe bejense, ganhou um lugar ao sol na cozinha portuguesa. Mas o reconhecimento, esse, também chega do estrangeiro. O seu

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sol começa a aquecer na cidade de Évora, que, como em muitas outras manhãs de inverno, acordou gelada. A relva humedecida à entrada de um dos hotéis da cidade deixa perceber que a noite foi fria. Nada que iniba os turistas, munidos de casacos, cachecol e luvas, de calcorrearem as ruas da cidade. Imune às baixas temperaturas parece estar António Nobre, chefe bejense, responsável pelas cozinhas dos hotéis M’Ar De Ar (Aqueduto – cinco estrelas – e Muralhas – quatro estrelas).

livro Entre Coentros e Poejos - Uma Viagem pela Cozinha de António Nobre está a concorrer entre as melhores escolas literárias gastronómicas internacionais. Foi uma ida à tropa que lhe traçou o destino e hoje, o homem que “nem sabia estrelar um ovo”, é o chefe dos hotéis M’Ar De Ar, em Évora. “Sinto que dirijo as cozinhas de um nove estrelas”, diz. O resultado da soma de um hotel de cinco estrelas com um de quatro. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano

A porta da garagem de um dos hotéis abre-se. António Nobre estaciona o seu carro e apresenta-se de cabelo rigorosamente rapado, pasta, jaleca preta e mangas arregaçadas. Começou mais um dia na vida do chefe que não esqueceu a cozinha alentejana e que alcançou o reconhecimento a nível nacional e internacional. António Nobre rapidamente se esgueira até ao seu pequeno recanto. Lá dentro, prateleiras repletas de pastas de arquivo armazenam a aprendizagem de uma vida dedicada à gastronomia. Uma para as verduras, outra para os


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peixes, outra para as carnes, outra para as entradas. Outra e mais outra. Uma arca atestada de peixes. Cachos de uvas pendurados. Livros, papéis, notas, apontamentos. Um verdadeiro laboratório, livre dos olhares mais indiscretos, onde António Nobre dá asas à criatividade. Onde experimenta, aperfeiçoa e inventa, numa busca incessante à procura de novos paladares. Novas combinações perfeitas, mas, sobretudo, saborosas. “Este é o meu pequeno mundo, que me permite testar. Só depois das iguarias estarem muito apuradas é que as apresento. Tenho aqui, por exemplo, umas uvas que estão penduradas desde o mês de setembro”, conta entre sorrisos. É aqui que o processo começa. Mas é na cozinha, junto dos tachos e dos alimentos, que António Nobre passa a vida, dirigindo uma equipa escolhida por si, que lhe transmite a confiança necessária para que tudo, sem exceção, corra pelo melhor. Nesta cozinha não podem existir falhas, até porque a exigência é elevada. E as regras estão na ponta da língua, mas também nas mãos. “Nada se faz se não existir uma boa equipa”, garante. Pega na agenda. Vê as tarefas diárias, as marcações. Está na hora de deixar o seu pequeno recanto e ir para a cozinha, o seu local de eleição. Pelos corredores vai cumprimentando quem passa. “Isto são os bastidores do hotel. Podemos chamar-lhe assim”, explica António Nobre, enquanto caminha a passo acelerado. “Normalmente chego ao trabalho por volta das 10 horas. Quando tenho de ir ao mercado o dia começa mais cedo. Dou muita importância aos produtos locais e regionais e muitas vezes encontro-me com fornecedores e procuro produtos específicos”, afirma, enquanto caminha. Mais um corredor, outro. Umas escadas e por fim a cozinha. As panelas já assentam sobre os bicos do fogão. Já há alface lavada e legumes a serem cortados, uns em cubos, outros em fatias. O chefe cumprimenta os elementos da equipa um a um. As mulheres ganham beijinho. Os homens aperto de mão. As tarefas de cada um ficaram definidas no dia anterior e não há dúvidas. Todos sabem o que têm de fazer. De acordo com António Nobre, “aqui não há segredos”. “Temos as portas sempre abertas. Acho que as receitas, as dicas têm de ser partilhadas. Não sou de esconder nada. A gastronomia, para que evolua, para que todos possam desfrutar dela e dos seus maravilhosos sabores, tem de ser dada a conhecer. Em minha opinião, não faz sentido estar a esconder o que se sabe. Até porque, quando ensino uma receita a melhor das recompensas é que as pessoas a consigam fazer em casa e que desfrutem dela. Existem, certamente, maravilhosas receitas que se perderam, porque as pessoas não as divulgaram”, diz. Primeiro passa pela cozinha do hotel de quatro estrelas. Em seguida irá à do de cinco estrelas. “Costumo dizer que sinto que dirijo as cozinhas de um nove estrelas. Acho que não poderia desejar mais”. Mas como chegou até aqui o rapaz que se fez chefe? Por ironia do destino, ou não, foi a ida à

“A gastronomia, para que evolua, para que todos possam desfrutar dela e dos seus maravilhosos sabores, tem de ser dada a conhecer. Em minha opinião, não faz sentido estar a esconder o que se sabe”.

tropa que lhe mudou o rumo. “Fui chamado a cumprir o serviço militar. Não queria varrer só as pontas dos cigarros. Queria progredir e resolvi inscrever-me em três cursos, sendo que cozinha foi a minha última opção. Na primeira opção coloquei empregado de mesa, depois padeiro e só depois é que coloquei cozinheiro. Acabaram por me meter em cozinheiro e ainda bem, acabou por ser a minha vida”, lembra. Mostra a sua pequena horta. Passa a mão pelas várias ervas aromáticas e colhe um pouco de hortelã-pimenta. “Este cheiro é magnífico”, afirma, enquanto prossegue com a conversa. “Tive também a sorte de bons cozinheiros me ensinarem muitas coisas”. Filho de uma cozinheira de mão cheia, embora não o tenha sido profissionalmente, António Nobre até chegar ao serviço militar garante que “não sabia estrelar um ovo”. O gosto pela cozinha, porém, foi-se desenvolvendo, e a seguir a um curso veio outro e mais outro e a vontade enraizou-se. “Regressei a Beja e na altura passei por uma rua que tinha um letreiro numa montra de um restaurante a dizer: ‘Abre brevemente’. Por curiosidade perguntei se não precisavam de um cozinheiro. Acharam piada e aceitaram-me. As coisas correram bem e fui chamado para a cozinha da Pousada de Beja e passado uns tempos o sr. Cameirinha convidou-me

Livro de António Nobre entre os melhores do género

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chefe viu recentemente o seu livro Entre Coentros e Poejos – Uma Viagem pela cozinha de António Nobre ser distinguido pelos Gourmand World Cookbook Awards na categoria de Chef Cookbook “Melhor livro do chef”. “É sempre difícil encontrar uma editora. A Caminho das Palavras foi quem acabou por pegar no livro e agora recebi esta distinção. É uma alegria muito grande”, conta António Nobre. Na verdade, o livro irá concorrer com as melhores escolhas literárias gastronómicas internacionais. O resultado será conhecido a 6 de março, mas António Nobre garante: “Já é muito gratificante ter visto o meu trabalho reconhecido. É uma honra”. O que vier será assim muito bem-vindo para o chefe bejense. Satisfação e alegria no trabalho é algo que já ninguém lhe tira. Bruna Soares

para ir para a cozinha de uma das suas unidades. Depois fui convidado para vir para Évora e cá estou”. É no Alentejo que se sente bem, até porque é aqui que tem a maioria dos ingredientes que utiliza na sua cozinha. Garante que é um apaixonado pela “reinvenção dos sabores, principalmente os alentejanos” e que gosta “de inovar, sem esquecer a tradição”. Vai muitas vezes ao estrangeiro para aprender, como diz, “sempre mais” e para “levar o que de bom se produz na região”. Não vive “sem as ervas aromáticas, sem as especiarias e sem produtos de qualidade” e, entre sorrisos, confessa: “Ver a torre do Castelo de Beja também me faz muita falta”. Está, contudo, bem em Évora, no “seu nove estrelas”, como lhe costuma chamar. É aqui que se sente realizado o homem que já ganhou várias distinções e prémios, que já publicou livros e que os viu serem reconhecidos, que já foi júri de vários concursos de cozinha, que dá cursos, que pertence à Confraria Gastronómica do Alentejo, que frequenta o Congresso de “lo mejor de la gastronomia”, que colabora com várias revistas e jornais e que é chefe da Slow Food, entre tantas outras coisas. Mas quando questionado sobre como se sente por ter alcançado este lugar de destaque no mundo da gastronomia, António Nobre responde: “Sou o mesmo. Sinto-me igual”. António, entre tachos e panelas, continua a falar. Dá a volta aos bifes que apuram na frigideira. Vê se estão no ponto. Dá novas indicações. Mexe as migas e envolto em vapor garante: “Já fiz muita coisa. Sinto-me realizado”. E confessa: “Continuo a gostar muito do que faço”. Está na hora de ir para a cozinha do seu cinco estrelas. Volta a tirar o seu carro da garagem. Coloca os óculos e conduz pelas ruas da cidade. “Todos os dias são assim. Tenho hora para entrar, mas nunca tenho hora para sair”. Todos os dias, exceto o domingo e a segunda-feira, que são dias de folga. Mas esta não é uma regra, pode haver alterações. “Às vezes é preciso trabalhar sempre”, conta António, que sente o peso da responsabilidade de dirigir as duas cozinhas. Entra na cozinha e aqui a azáfama também já é grande. António volta a distribuir cumprimentos. Pega nos tachos. Vê como estão a correr as coisas. Fala com a equipa. E o tempo começa a escassear. É preciso deixar tudo pronto. Nada pode falhar à hora do almoço. António apressa-se mais. Olha para as travessas. Ultima os pormenores. Prova e aprova. Pode ser servido, vai à confiança do chefe António Nobre.


Fernando Encarnação é o novo técnico do Odemirense

Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

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Desporto

Fernando Encarnação é o novo técnico do Odemirense, preenchendo a vaga deixada pela saída de Luís Miguel. Encarnação, que tem como adjunto o ex-jogador do clube Miguel Neves, treinava a equipa de juniores do clube odemirense e no seu jogo de estreia sofreu uma goleada na Vidigueira, que tinha no banco o também estreante Fernando Piçarra.

Carlos Guerreiro deixou o Aldenovense A derrota em Serpa, no fim de semana, provocou a saída do técnico Carlos Guerreiro da equipa do Aldenovense, por não ter resistido à contestação dos adeptos aos maus resultados que a equipa vinha obtendo no campeonato distrital.

Nacional 2.ª Divisão 14.ª jornada Moura-At. Reguengos....................................................... 0-3 Monsanto-Louletano .........................................................1-2 Carregado-Fátima ...............................................................3-1 Sertanense-Pinhalnovense ..............................................4-2 Torreense-Juventude Évora .............................................2-1 Tourizense-Mafra ............................................................... 1-0 Oriental-Caldas................................................................... 5-0 1.º Dezembro-Est. Vendas Novas ....................................1-1 Oriental Torreense Carregado Pinhalnovense Fátima E. Vendas Novas Louletano Sertanense Mafra 1.º Dezembro Moura Tourizense At. Reguengos Monsanto Juventude Évora Caldas

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14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

9 8 7 8 7 7 6 6 4 4 4 3 3 2 3 2

3 4 4 1 3 3 4 3 7 4 3 5 4 6 2 2

2 2 3 5 4 4 4 5 3 6 7 6 7 6 9 10

31-9 25-11 24-17 21-17 20-15 23-13 13-11 18-16 14-9 10-12 14-30 12-20 12-22 10-18 14-23 7-25

30 28 25 25 24 24 22 21 19 16 15 14 13 12 11 8

Próxima jornada (15/01/2012): At. Reguengos-Monsanto, Louletano-Carregado, Fátima-Sertanense, Pinhalnovense-Torreense, Juventude Évora-Tourizense, Mafra-Oriental, Caldas-1.º Dezembro, Estrela Vendas Novas-Moura.

Derrota caseira Lances do jogo Moura-Reguengos, cujo resultado foi zero a três

Moura voltou a perder em casa

Nacional 3.ª Divisão 13.ª Jornada

Vendas Novas para mudar de agulhas

Lagoa-Aljustrelense ...........................................................2-3 Fabril-Pescadores................................................................2-1 Messinense-Despertar ..................................................... 0-0 Redondense-Sesimbra ......................................................0-1 U. Montemor-Quarteirense ............................................. 1-0 Farense-Esp.Lagos ............................................................. 5-0

Mais uma derrota caseira do Moura numa partida em que pouco fez para merecer a vitória. O executivo reuniu com o plantel e a equipa técnica e houve “puxão de orelhas”. Texto e foto Firmino Paixão

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endas Novas é o próximo destino do Moura para cumprir o calendário da jornada 15 do Nacional da 2.ª Divisão numa altura em que soam campainhas de alarme ali para as bandas da cidade de Salúquia, após a inesperada e inaceitável derrota dos mourenses ante o Atlético

de Reguengos, por concludentes três a zero, insucesso que fez os responsáveis do clube descer ao balneário. A equipa foi recentemente reajustada, bem como o departamento médico, em claro rompimento com o passado recente, mas os frutos tardam em se revelar. O Atlético de Reguengos é uma equipa do mesmo campeonato do Moura, luta pelo mesmo objetivo de manutenção e era de todo imprevisível que saísse do Baixo Alentejo com os três pontos. Mas levaram-nos e com toda a justiça, porque foram a melhor equipa, embora marcando três golos em lances de bola parada (dois penaltis

convertidos pelo inevitável Rui Sousa). A equipa local mostrou pouca clarividência e falta de agressividade e, mesmo podendo queixar-se de presumíveis erros de avaliação do juiz da partida, foi por demais evidente a sua incapacidade para contrariar a superioridade do adversário. A equipa baixou um lugar na tabela, ainda não está em posição muito crítica, mas na verdade podia estar numa situação bem mais tranquila se não fosse a propensão para a perda de pontos no seu próprio terreno. Em Vendas Novas não será fácil pontuar e as oportunidades de somar pontos vão-se esgotando com a progressão das jornadas.

Despertar e Mineiro pontuam no Algarve

Sinais de uma vida nova

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Despertar recebe o líder do campeonato e o Aljustrelense joga em casa com o Redondense. Jogos importantes para as duas equipas, vindas de uma jornada positiva. O Farense lidera o campeonato e estará em Beja no domingo para defrontar o Despertar. Não será fácil para os despertarianos contrariarem o favoritismo dos algarvios, mas perspetiva-se um bom jogo, já

que os bejenses começaram o ano a pontuar fora de casa e confirmam a melhoria de rendimento que o técnico Filipe Felizardo já vinha anunciando. Um pouco mais a sul, o Aljustrelense recebe o Redondense, num jogo em que os mineiros são francamente favoritos, sobretudo depois do sucesso obtido no passado domingo no terreno do Lagoa, um dos concorrentes mais diretos aos lugares

de manutenção automática. Se o Despertar conseguiu apenas o seu segundo ponto, e note-se que o empate em Messines ajudou indiretamente o Aljustrelense, os tricolores colocaram-se a escassos dois pontos de um lugar entre os seis primeiros da tabela, zona onde garantirão a manutenção automática nesta divisão. O próximo passo para que isso venha a suceder será ganhar à formação do Redondo. Firmino Paixão

Farense Esp.Lagos Fabril U.Montemor Pescadores Sesimbra Quarteirense Messinense Aljustrelense Lagoa Redondense Despertar

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10 8 7 7 6 5 6 5 5 4 4 0

3 1 1 0 2 4 1 2 2 3 1 2

0 4 5 6 5 4 6 6 6 6 8 11

32-9 25-15 23-19 13-11 17-15 16-15 15-16 14-17 19-21 9-14 14-18 5-32

33 25 22 21 20 19 19 17 17 15 13 2

Próxima jornada (15/01/2012): Lagoa-Fabril, Aljustrelense -Redondense, Esp. Lagos-U.Montemor, Despertar-Farense, Sesimbra-Messinense, Quarteirense-Pescadores.

Distrital 1.ª Divisão 14.ª jornada FC Serpa-Aldenovense ......................................................2-1 Panoias-Castrense ............................................................. 0-0 Almodôvar-Desportivo de Beja ...................................... 2-0 S.Marcos-Sp. Cuba ..............................................................3-2 Guadiana-Rosairense .........................................................1-3 Vasco da Gama-Odemirense............................................6-1 Milfontes-Ferreirense ....................................................... 3-0 Castrense Milfontes FC Serpa Rosairense Ferreirense Panoias Vasco da Gama Odemirense Almodôvar Aldenovense Desportivo S.Marcos Guadiana Sp. Cuba

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11 10 7 7 7 6 6 6 5 6 4 3 3 2

3 1 4 3 3 3 1 1 3 0 3 3 1 1

0 3 3 4 4 5 7 7 6 8 7 8 10 11

35-5 31-12 20-12 20-17 21-19 17-21 30-20 20-22 24-22 16-16 17-20 14-35 17-43 15-33

36 31 25 24 24 21 19 19 18 18 15 12 10 7

Próxima jornada (22/01/2012): Aldenovense-S.Marcos, Desp. Beja-FC Serpa, Ferreirense-Almodôvar, Castrense-Guadiana, Rosairense-Vasco da Gama, Odemirense-Milfontes, Sp. Cuba -Panoias.


Campeonato Nacional de Juniores (18.ª jornada): Atlético-U.Montemor, 7-1; Estoril-Despertar, 8-0; BM Almada-Internacional, 0-2; Olhanense-Farense, 2-1; Oeiras -Lusitano, 2-0; Imortal-Desportivo Portugal, 3-0. Líder: Estoril, 41 pontos. 11.º Despertar, 14. Próxima jornada (14/1): Despertar-Beira Mar de Almada. Campeonato Nacional de Juvenis (2 0.ª jornada): Barreirense-O Elvas, 4-0; V. Setúbal-Olhanense, 3-0; Imortal-Odemirense, 2-0; Oeiras-U.Montemor, 1-0; Amora-Casa Pia, 2-3; Estoril-Cova Piedade, 1-2. Líder: Casa Pia, 52 pontos. 7.º Odemirense, 26. Próxima jornada (15/1): Odemirense-Oeiras. Campeonato Nacional de Iniciados (18.ª jornada): Barreirense-Lagos, 4-0; V.Setúbal-Olhanense, 0-0; Imortal-Despertar, 0-2; Juventude-Louletano, 3-2; Castrense -Lusitano, 1-0; Odeáxere-Lusitano VRSA, 1-1. Líder: Olhanense, 37 pontos. 7.º Despertar, 22. 10.º Castrense, 17. Próxima jornada (15/1): Despertar-Juventude; Louletano-Castrense. Campeonato Distrital de Juniores (7.ª jornada): Almodôvar-Amarelejense, 2-0; Castrense-Aljustrelense, 6-0; Piense-Vasco da Gama (adiado para 28/1); Desportivo de Beja-São Domingos, 0-2; Moura -Odemirense, 2-0. Líder: Moura, 19 pontos. Próxima jornada (14/1): Desportivo de Beja-Moura; São Domingos-Piense; Vasco da Gama-Castrense; Aljustrelense-Almodôvar; Amarelejense-Odemirense.

Formação do litoral em dificuldades Lance do jogo entre o Vasco da Gama da Vidigueira e o Odemirense

Milfontes e Serpa na perseguição

Castrense empatado em Panoias O Castrense perdeu dois pontos em Panoias e deixou aproximar os rivais mais diretos, não o Odemirense, porque foi goleado em Vidigueira e afundou-se na tabela. Texto e foto Firmino Paixão

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ogou-se a ronda de abertura da segunda volta do campeonato e a prova fará agora mais uma pausa para dar entrada à 1.ª eliminatória da Taça Distrito de Beja. Importa, por isso, extrair aquilo que foi o essencial da décima quarta jor-

nada, com relevância para o empate, sem golos, a que a turma do Panoias forçou o líder e para a exibição do novo Vasco da Gama, em que a estreia do técnico Fernando Piçarra valeu uma, impensável, goleada ao Odemirense, comandado pelo, também estreante, Fernando Encarnação. Os dois pontos que a formação orientada por Careca retirou ao Castrense injetaram um pouco mais de competitividade no campeonato, porque permitiram a aproximação das equipas perseguidoras, entre elas o Milfontes e o Serpa, que, tendo ganho as respetivas partidas, foram os mais

beneficiados com o deslize do líder. Boa prestação do Serpa, o terceiro lugar não é um acaso e o percurso da equipa de Hugo Felício tem-no comprovado. O Aldenovense voltou a perder e Carlos Guerreiro saio do comando da equipa. O Sporting de Cuba continua no fundo da tabela, e a derrota em São Marcos foi duplamente penalizadora porque ambos rivalizam na sobrevivência, a par do Guadiana que tarda em mostrar a sua potencialidade e juventude. O Almodôvar venceu o Desportivo de Beja e os bejenses ficaram mais próximos do rodapé da tabela.

O campeonato ganha mais cor

Um líder a preto e branco

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mudança estava anunciada. Logo que o Ferrobico cumprisse a jornada de descanso perderia o comando da prova, a dúvida era saber se o sucessor seria o Amarelejense ou o Piense. Dado que a turma de Amareleja empatou no Bairro da

Conceição e os alvinegros de Pias venceram o Vale de Vargo, coube a estes assumir a liderança da prova, com um ponto de vantagem sobre os segundos classificados. Sendo relevante sublinhar que na próxima jornada será a vez de folgar o Amarelejense, deixando caminho aberto

para o Cabeça Gorda ficar isolado no segundo ou primeiro posto, dependendo de si e do resultado que o Piense trouxer de São Luís. Mas essas contas ficam para depois porque a Taça também vai envolver nesta primeira fornada algumas equipas do segundo escalão. FP

Taça Distrito de Beja

Uma Taça pouco cheia

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ais uma pausa no campeonato maior da AF Beja, agora para dar entrada à Taça Distrito de Beja, em seniores, cuja primeira eliminatória deixou de fora, para efeitos de enquadramento das próximas rondas, nada menos que sete equipas, entre elas cinco emblemas do escalão principal. O sorteio desta etapa inicial da prova escalonou apenas dois jogos en-

tre formações da primeira divisão: um ocorrerá em Beja entre o Desportivo e o Vasco da Gama, outro no Rosário entre a turma local e o São Marcos. Os restantes jogos têm desfechos de fácil previsão, a não ser que em algum desses campos a equipa menos apetrechada se supere e faça acontecer o imprevisível. O quadro completo da primeira elimi-

natória é o seguinte: Milfontes-Ourique; Panoias-Renascente; Amarelejense-Negrilhos; Bairro da Conceição-Guadiana; Alde novense-Piense; Desportivo de Beja-Vasco da Gama; Castrense-Vale de Vargo; Rosairense-São Marcos; Ferreirense -Alvorada. Isentos: Almodôvar, Odemirense, Sporting de Cuba, Serpa, Cabeça Gorda, Saboia e Messejanense. FP

Campeonato Distrital de Juvenis (1.ª jornada): Aljustrelense-Desportivo de Beja, 0-8; Aldenovense-Castrense, 2-1; Despertar-Sporting de Cuba, 11-0; Moura-Boavista, 8-2. Líder: Despertar, três pontos. Próxima jornada (15/1): Desportivo Beja-Aldenovense; Boavista-Aljustrelense; Castrense-Despertar; Sporting de Cuba-Moura. Campeonato Distrital de Iniciados (11.ª jornada): Amarelejense-Serpa, 2-2; Odemirense-Ourique, 6-0; Desportivo de Beja-Bairro da Conceição, 5-0; Despertar-Ferreirense, 5-1; Almodôvar-Moura, 0-2; Milfontes-Guadiana, 2-1. Líder: Desportivo de Beja, 30 pontos. Próxima jornada (15/1): Ourique-Amarelejense; Bairro da Conceição-Odemirense; Ferreirense-Desportivo de Beja; Moura-Despertar; Guadiana -Almodôvar; Negrilhos-Milfontes. Campeonato Distrital de Infantis – Série A (14.ª jornada): Operário-Bairro da Conceição, 1-5; Sporting de Cuba--Ferreirense, 3-1; Sporting de Beja-Vasco da Gama, 1-5. Líder: Despertar, 30 pontos. Próxima jornada (14/1): Alvito-Sporting de Cuba; Vasco da GamaDespertar; Ferreirense-Beringelense. Série B (10.ª jornada): São Domingos-Guadiana, 1-3; Moura-Serpa, 3-1; Piense-Aldenovense, 1-1; Santo Aleixo-Despertar B, 3-0. Líder: Moura, 25 pontos. Próxima jornada (14/1): Serpa-São Domingos; Aldenovense-Moura; Despertar - -Piense; Barrancos-Santo Aleixo. Série C (10.ª jornada): AlmodôvarAljustrelense, 6-0; Ourique-Milfontes, 1-12; Odemirense - -Operário, 7-2; CastrenseBoavista, 16- -0. Líder: Operário Rio Moinhos, 24 pontos. Próxima Jornada (14/1): Milfontes-Almodôvar; Rio Moinhos-Ourique; BoavistaOdemirense; Renascente-Castrense. Campeonato Distrital de Benjamins (10.ª jornada) – Série A: Sporting de Cuba-Vasco da Gama, 3-4; Ferreirense -Figueirense, 25-0; Beringelense-Sporting de Beja, 2-3; Benfica de Beja-Despertar A, 0-2. Líder: Ferreirense, 24 pontos. Próxima jornada (14/1): Figueirense-Sporting de Cuba; Sporting Beja-Ferreirense; Despertar-Beringelense; Alvito Benfica Beja. Série B: Bairro da Conceição-Serpa, 3-1; Despertar B-Desportivo de Beja, 22-0; Aldenovense -Piense, 5-3; Amarelejense-Guadiana, 2-3. Líder: Despertar, 27 pontos. Próxima jornada (14/1): Desportivo de Beja-Bºairro da Conceição; Piense-Despertar; Guadiana -Aldenovense; Moura-Amarelejense. Série C: Odemirense-Almodôvar, 3-1; Milfontes-Castrense, 2-3; Panóias-Rosairense, 12-2; Renascente-Ourique, 5-2. Líder: Renascente, 27 pontos. Próxima jornada (14/1): Castrense- Odem i rense; Rosa i rense-M i l fontes; Ourique-Panoias; Aljustrelense-Renascente. Campeonato Dis trital de Futebol Feminino (7.ª jornada): Aljustrelense -Benfica de Castro Verde, 3-2; Benfica de Almodôvar-Odemirense, 1-8; Ourique -Serpa, 0-1. Líder: Aljustrelense, 16 pontos. Próxima jornada (14/1): Benfica Castro Verde-Ourique; Benfica de Almodôvar -Aljustrelense; Serpa-Odemirense. FUTSAL Taça Distrito de Beja (4.ª jornada) Série A: Sporting de Moura-Alfundão, 5-5; Alcoforado-I.P.Beja, 5-6. Líder: Sporting Moura, oito pontos. Próxima jornada (27/1): IPBeja-Sporting Moura; Alfundão-Alcoforado. Série B: V.N.São Bento-Vila Ruiva, 8-6; A.Surdos Beja-Almodovarense, 3-16. Líder: V.N.São Bento, 12 pontos. Próxima jornada (27/1): Vila Ruiva-A.Surdos Beja; Almodovarense-V.N.S.Bento.

19 Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

Futebol juvenil


20 Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

Custo zero José Saúde

Iniciados O Campeonato Nacional começa a 13 de fevereiro

CCP Serpa há cinco épocas na 1.ª Divisão

Manutenção “ainda é possível” O Centro de Cultura Popular de Serpa disputa, há cinco épocas consecutivas, o Campeonato Nacional de Iniciados da 1.ª Divisão de Andebol e quer por lá continuar.

com quatro meses de atividade com eles. No ano passado construímos uma equipa que obteve a melhor classificação, fez o 5.º lugar na zona sul da 1.ª Divisão Nacional, mas grande parte dos jogadores subiu de escalão.

muitas tentativas de divulgação da modalidade junto das escolas e está a ser muito difícil o recrutamento. O andebol praticantes?

Texto e fotos Firmino Paixão

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coletividade movimenta cerca de sete dezenas de jovens na modalidade de andebol, repartidos pelos escalões de bambis, minis, infantis, iniciados e juvenis, e no escalão de iniciados tem a sua equipa há cinco épocas na primeira divisão nacional. Este ano o campeonato não está a correr de feição e paira sobre a equipa a ameaça de uma possível despromoção. António Baião, treinador dos iniciados do CCPSerpa, enumera as grandes dificuldades que o coletivo tem sentido, sublinha as dificuldades de recrutamento existentes na comunidade local, mas revela uma forte convicção de que ainda é possível manter a equipa, que é o orgulho do andebol regional, no alto patamar onde se encontra há cinco temporadas. Não tem sido um campeonato fácil e a equipa não consegue ter sucesso?

Era previsível que isto acontecesse nesta temporada. Atingimos o quinto ano na 1.ª Divisão, temos tido algumas dificuldades em recrutar jogadores e, só para lhe dar uma ideia, temos 10 iniciados e andamos a jogar com infantis, para atingirmos o máximo que a federação exige, que são 12 jogadores. São jogadores, alguns deles, que chegaram em setembro à equipa, estamos

Escasseiam os atletas que são os principais recursos?

O início de campeonato foi muito complicado, jogámos contra equipas com maior potencial, com mais hipótese de recrutar jogadores, somos a única equipa do Alentejo a disputar esta prova e, por tudo isso, temos sentido algumas dificuldades. Nesta época apenas conseguimos ganhar um jogo, sabíamos que seria muito difícil fazer melhor do que temos conseguido. Está assumida a despromoção à segunda divisão?

Não, não está nada assumido. Temos que lutar até ao fim, ainda faltam três jogos nesta primeira fase e mais 10 na segunda. A outra fase é cruzada com outra série, onde há equipas apenas com um ou dois pontos a mais do que nós e juntam-se cinco equipas para descerem três. Não podemos dizer que não teremos grandes dificuldades, mas a progressão que a equipa está a revelar nestes últimos tempos dá-nos alguma confiança para acalentarmos a esperança de podermos ainda assegurar a manutenção. E o grupo está motivado para atingir esse objetivo?

Tenho que acreditar que sim, estamos neste ambiente de competição e temos sempre que acreditar até ao fim, não podemos transmitir, nem

Baião, treinador dos iniciados: “A progressão que a equipa está a revelar dá-nos alguma confiança para acalentarmos a esperança de podermos ainda assegurar a manutenção”. deixar perceber, outro tipo de sentimento. Terá que ser com muito trabalho, mas esse é outro problema que temos tido aqui ao longo destes quatro meses com os atletas. Treinamos três vezes por semana mas nunca juntamos todos os jogadores. Chego a ter aqui seis ou sete atletas e assim a própria evolução dos jogadores é mais lenta. Temos atletas que jogam andebol há um ano e há menos tempo, é um processo formativo que vai demorar a dar frutos, mas cada vez tornase mais difícil. O clube tem feito

está

a

perder

Direi que o investimento na formação depende de zona para zona. Se olharmos para o Norte e Centro do País, o andebol evolui aí de uma forma progressiva. Mesmo na formação os clubes do norte geralmente são mais fortes do que os do sul e isso quer dizer alguma coisa. Quer dizer que conseguem ter mais atletas, porque têm uma base de recrutamento maior, e conseguem também ter mais qualidade. Nós estamos com dificuldades, mas não podemos deitar a toalha ao chão, obviamente que vamos continuar a trabalhar e tentar manter a equipa neste escalão, porque uma equipa do interior como a nossa, que está cinco anos na primeira divisão nacional, não é fácil. A atividade do centro não se esgota nesta equipa, tem uma base de formação mais ampla…

Temos uma equipa de juvenis com 19 jogadores e muito bons valores, mas depois surgem-nos as grandes dificuldades que é ir além dos juvenis. O clube quer fazer juniores e seniores, mas os miúdos chegam aos 17 ou 18 anos e saem para as universidades. Ainda bem que é assim, mas sentimos que são os problemas da interioridade. Aqui não há soluções e os miúdos querem acautelar o futuro académico. Na formação temos os minis e os bambis, desde há dois anos com metade dos atletas de outros tempos, apesar dos esforços que fazemos junto dos pais, que são antigos atletas, e junto da comunidade escolar. É muito difícil…

Apraz-me registar com a exuberância que a própria decisão impõe quando na edição anterior do “Diário do Alentejo” me deparei com as declarações do líder da comissão administrativa que gere o Desportivo de Beja, Rogério Palma Inácio, que referia: “A maioria (jogadores) ficou ao serviço do clube a custo zero”. Abraço esta deliberação e aplaudo a ética manifestada pelos atletas na hora de tomarem resoluções profundas relativamente ao futuro do histórico clube. Tenho conhecimento, porque é público, que os jogadores se disponibilizaram em oferecer o seu contributo, realçando-se, ainda, o regresso de atletas que avançaram de imediato quando se depararam com a fragilidade financeira que o Desportivo atravessa. Bem-haja, pois, a disponibilidade enorme manifestada por esse grupo de homens que, ao som do toque a rebate, decidiram unir-se, evitando, também, que o poder caísse, eventualmente, na rua. Porém, tal não aconteceu! Conhecemos em pormenor os meandros da agremiação da rua de Sembrano. O último folgo é deveras soberbo. Nos anais históricos do Desportivo de Beja constatam-se dilúvios que não ousaram passar a fronteira da continuidade. Noites de insónias que se transformam em sonhos angelicais. Da ambiguidade resultou, por norma, certezas absolutas. O trilho, sendo variável, encontra sempre a razoabilidade desejada. O Desportivo jamais viveu sob o espectro da ausência de homens para se colocarem ao leme da sua nau. Em horas difíceis, lá surge um rol de amigos que se predispõe em levar por diante a componente diretiva. E o clube prossegue inabalável aos infortúnios entretanto impingidos. A bandeira da região, que outrora cimentou uma verdade desportiva a nível distrital, é hoje um clube que sobrevive de gentes que se entregam desinteressadamente a uma coletividade com história. Jogar a custo zero numa equipa sénior onde antigamente era uma honra é, agora, uma medida ajustada ao tempo!


O Moura Atlético Clube comemora amanhã, sábado, o 70.º aniversário da sua fundação, mas as comemorações oficiais realizam-se no sábado seguinte, dia 21, com um jantar aberto a todos os sócios, adeptos e população em geral.

Moura Vólei Clube vai a Marinha Grande

Taça Fundação Inatel – Agenda (14 e 15/1/12). Série A (10.ª jornada): Cavaleiro-Cercalense; Campo Redondo-Malavado; Longueira-Soneguense. Série B (9.ª jornada): Pereirense-Nave Redonda; SantaclarenseRelíquias; Luzianes-Garvão; Amoreiras Gare-Colense. Série C (9.ª Jornada): Penedo Gordo-Figueirense;

A segunda volta do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Voleibol completa-se amanhã, sábado, e o Moura Vólei Clube terá uma deslocação até ao pavilhão do Sport Operário Marinhense, na Marinha Grande.

Santa Vitória-Faro do Alentejo, Beringelense-São Matias; Mombeja-Jungeiros. Série D (9.ª jornada): Sobral D’Adiça-Neves; Louredense-Ficalho; Serpense-Brinches; Quintos-Salvadense. Série E (9.ª jornada): Trindade-Sta Claraa-Nova; Sanjoanense-Alcariense; Aldeia de Fernandes-Sete; Albernoense-Almodovarense.

Lá vai Serpa, lá vai Moura…

E o Piense é o novo líder Os resultados conjugaram-se e a primeira jornada do novo ano trouxe um novo líder para o distrital da 2.ª Divisão da AFBeja. É o Piense de José Manuel Rações.

de tentar recolocar o Piense na 1.ª Divisão Distrital. Se o iremos conseguir ou não ainda não temos a certeza, apesar de as coisas estarem no bom caminho, mas estamos a trabalhar e a dar o nosso máximo para que isso aconteça.

Texto e foto Firmino Paixão O Piense é um histórico que deverá ter lugar cativo na divisão principal?

O

título no escalão secundário e a promoção à divisão principal são os objetivos assumidos pelo treinador do Piense, José Manuel Rações, que enquanto jogador foi uma das boas referências do futebol regional. A equipa chegou ao primeiro lugar mas o técnico, apesar de assumir os objetivos com frontalidade, ainda revela reservas quanto ao futuro. Rações fala de um novo Piense, de uma boa sintonia com os dirigentes locais e com a massa associativa do clube e puxa pelo seu coletivo para que o clube regresse ao lugar a que tem direito no futebol da região.

É verdade e acho até que clubes com o historial que este tem nunca deviam descer de divisão, mas isso acontece quando as coisas não correm tão bem como os dirigentes desejam. Estes clubes dão um brilho maior à primeira divisão, sem menosprezo pelos que lá estão, mas o Piense tem um historial bonito, apesar de já ter passado por momentos muito difíceis, mas merece estar na primeira divisão. O clube já foi um modelo de organização e já passou por momentos conturbados. Agora está estabilizado?

O Piense está a fazer um campeonato discreto mas com muita qualidade. É uma estratégia?

Era isso que tínhamos planeado para esta época e já esperávamos ter atingido o topo da tabela há algumas jornadas atrás, mas tivemos alguns jogos negativos, principalmente o que fizemos em Messejana, que não nos correu tão bem. Mas o que procuro transmitir aos meus jogadores é esse espírito de conquista, tentarmos ser um coletivo forte e coeso e ao mesmo tempo mostrarmos qualidade. Que argumentos tem este plantel para conseguir os sucessos que se esperam dele?

Temos muitos jogadores da terra e alguns de concelhos vizinhos como Serpa e Moura. São jovens com uma boa margem de progressão, temos aqui jogadores com muita qualidade, mas não basta dizer que temos qualidade, temos também que trabalhar para evoluir e com alguns destes jogadores isso não tem acontecido porque, estando aqui em Pias, não têm muitas oportunidades de se mostrarem. Julgo

que isso não se passa só aqui, os jogadores às vezes acomodam-se e isso dá muito mais trabalho ao treinador. O Cabeça Gorda folgou, o Amarelejense empatou e o triunfo do Piense sobre o Vale de Vargo projetou a equipa para o primeiro lugar…

Esse era o objetivo que perseguíamos desde o início do campeonato. Neste percurso já tivemos duas oportunidades de subir ao primeiro lugar mas não conseguimos, e sabemos que à medida que o campeonato avança as oportunidades vão ficando escassas. Mas agora estamos lá, temos que ganhar alguma estabilidade, procurarmos dilatar a diferença de pontos para que nos seja possível encarar o futuro com uma margem que nos permita encarar uma falha ou um erro nos jogos mais complicados que ainda temos pela frente. A primeira divisão está a ficar

21 Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

70.º Anivernsário do Moura Atlético Clube

José Manuel Rações, treinador do Piense: “Acho que aquilo que fiz como jogador foi excelente e agora espero que neste segundo ano como treinador me consiga afirmar e ter continuidade”. cada vez mais perto, e a outra meta será o título da segunda divisão?

É a meta que perseguimos, é o nosso objetivo, sempre fui habituado a ganhar, essa é a mentalidade que tenho procurado transmitir aos meus jogadores desde que assumimos este projeto

Estes dirigentes têm vindo a fazer um trabalho muito bom, resolvendo algum passivo que existia e procurando estabilizar o clube, Tem sido um trabalho muito eficaz que começaram no ano passado e que nesta época estão a dar continuidade para que o Piense tenha boa saúde, por isso só ficava bem que a equipa subisse de divisão. A massa associativa do clube está em comunhão com o sucesso da equipa?

Sem dúvida. As pessoas de Pias gostam muito de vir ao futebol. Este ano têm mais dificuldade porque os jogos são ao sábado e há muita gente nesta região para quem esse é, também, um dia de trabalho. Mas as pessoas acompanham o percurso da equipa e estão sempre muito interessadas no Piense. E o José Manuel Rações já tem saudades de vestir a camisola e marcar golos?

Ainda não ultrapassei esse trauma porque ainda me sinto com bastante vontade, mas temos que chegar a uma altura em que temos que por uma pedra por cima das coisas e sentir que fazem parte do passado, mas acho que aquilo que fiz como jogador foi excelente e agora espero que neste segundo ano como treinador me consiga afirmar e ter continuidade.

Andebol Zona Azul mas muito brilhante A Zona Azul e o Lagoa jogam amanhã à tarde, na cidade de Beja, a partida relativa à 15ª. jornada do Campeonato Nacional de Andebol da 3.ª Divisão – seniores masculinos, zona sul, mais uma final determinante na caminhada vitoriosa que a equipa bejense está a rubricar nesta prova. Depois da vitória em Almada (32/37) no passado fim de semana e depois também de ter beneficiado do empate entre Boa Hora e Torrense (26/26), equipas que lhe sucedem na pauta dos pontos, os comandados de Carlos Guerreiro só pensarão em mais um triunfo. O jogo disputa-se no pavilhão de Santa Maria, pelas 15 horas. O Andebol Clube de Sines, que na jornada anterior perdeu em casa com o Loures (18/28), desloca-se a Vila Real de Santo António para defrontar o Náutico. O Centro de Cultura Popular de Serpa desloca-se ao Pavilhão do Alto do Moinho para jogar a partida relativa à 13.ª jornada do Nacional da 1.ª Divisão de Iniciados, depois de ter sido batido em casa pelo Vitória de Setúbal (27/37) na jornada do último sábado. Outros resultados: Nacional de Infantis Masculinos (3.ª Jornada): Zona Azul-CCPSerpa, 15-20. Nacional de Juvenis Masculinos 2.ª divisão (9.ª Jornada): Portalegre-CCPSerpa, 22-33; Zona Azul-Vasco da Gama, 27-19. Redondo-Évora AC, 37-23.

Hóquei em Patins Castrense em casa e Mineiro no Algarve O Castrense recebe amanhã à tarde a formação do Azeitonense em jogo relativo à 10.ª jornada do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, zona sul, de hóquei em patins, ronda que leva o Aljustrelense ao pavilhão do Boliqueime e deixa de descanso o líder invicto da prova, o Hóquei de Grândola. Na jornada do último fim de semana verificaram-se os seguintes resultados: H.Santiago-H. Grândola, 4-5; Lisbonense-Estremoz, 4-8; Seixal-Salesiana, 4-4; Azeitonense-Lobinhos, 2-1; Aljustrelense-Castrense, 8-4. Lidera o Hóquei de Grândola com 27 pontos. O Aljustrelense é o nono e o Castrense é o último, apenas com um ponto. Na 2.ª Divisão Nacional o Vasco da Gama jogará amanhã pelas 18 horas, em casa, com o Sesimbra.


saúde

Sexta-feira, 13 JANEIRO 2012 Nº 1551 (II Série)

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Análises Clínicas

Medicina dentária ▼ Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal) Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028

FRANCISCO BARROCAS

Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

Cirurgia Vascular

HELENA MANSO

Psicologia Clínica Psicoterapeuta e Terapeuta Familiar Membro Efectivo da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva – Lisboa

CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

JOÃO HROTKO

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

Fisioterapia

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Marcações pelo tm. 919788155

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Dermatologia Fisioterapia

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA Marcação de consultas de dermatologia:

Medicina dentária ▼

Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

Luís Payne Pereira Médico Dentista

HELIODORO SANGUESSUGA

Consultas em Beja

CONSULTAS a partir das 15 horas

Clínica Dentária

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

DR. MAURO FREITAS VALE MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

GASPAR CANO

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

às 3ªs e 4ªs feiras,

HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente) Clínica Geral

Clínica do Jardim

NERVOSO

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232

Dr. José Loff

Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Urgências Psiquiatria

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Prótese fixa e removível Urologia

Estética dentária

FERNANDO AREAL

Acordos com A.D.S.E., ACS-PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

DOENÇAS DO SISTEMA Fisiatria – Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional – Elsa Silvestre Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia – Classes de Mobilidade – Classes para Incontinência Urinária – Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico – Reabilitação Pós Mastectomia

Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Marcações pelo telef. 284325059

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde

de Sousa, 56-A – Sala 8

DRª CAROLINA ARAÚJO

JOSÉ BELARMINO, LDA.

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

Consultas de Neurologia

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

Rua Capitão João Francisco Acordos com:

Neurologia

Obesidade

Consultas de 2ª a 6ª

Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

MÉDICO Consultor de Psiquiatria

Implantologia

AURÉLIO SILVA

Aparelhos fixos

UROLOGISTA

e removíveis

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias

VÁRIOS ACORDOS

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Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas

Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA

Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA

Tel. 284320749

Pneumologia Pneomologia ▼

Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

Ex-Chefe Serviço Hospital Pulido Valente Consultas às 5ªs feiras Marcações: tel. 284 32 25 03 CLINIPAX Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA

BEJA

Otorrinolaringologia

DOENÇAS PULMONARES ALERGOLOGIA Sidónio de Souza

Cirurgia oral/

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

Oftalmologia

Médico oftalmologista

Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B, 7800-522 Beja Tel./Fax 284322503 TM. 917716528 Albufeira: OFICINA DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL, Quinta da Correeira, Lote 49, 8200-112 Albufeira Tel. 289541802 Tm. 969420725

FERNANDA FAUSTINO

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

Psicologia

DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA


saúde

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Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente

GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA.

Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia

Gerência de Fernanda Faustino

(Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/ dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria –

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício

Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia

Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual

Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro

Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica

Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do

Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cardiologiabeja@mail.telepac.pt

Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO

Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/ Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência.

ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório

Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira

Maria

José

Espanhol – Enfermeira

António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo –

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Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

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Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-

amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

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institucional diversos

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Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

OFICINA RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS TESTAGENS

Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 2.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS Serviço de Finanças de BEJA-0248

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Encamisar blocos orçamentos com ou sem material PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA

CASADINHO Sítio Horta de St. António Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516

ANÚNCIO VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0248.2011.90 - Executado: Carlos Miguel Sousa Teixeira por reversão de Carlos Teixeira Unipessoal, Lda 1/2 indiviso da fracção autónoma designada pela letra “F” do prédio urbano destinado a habitação, sito na Rua Jorge de Sena nº8 1º andar F, em Beja, freguesia de Salvador, concelho de Beja, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3104, composta por sala, três quartos, cozinha, marquise, duas instalações sanitárias, despensa, circulação, duas varandas e estacionamento na cave designado pelo nº12, com a área bruta privativa de 107,2000 m2 e área bruta dependente de 27,9000 m2. Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) CARLOS MIGUEL SOUSA TEIXEIRA ANDRE, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2012-01-06 e as 10:00 horas do dia 2012-03-06. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 30.274,49. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”.A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2012-02-20, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2012-03-06 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/ CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200801025597 (e apensos) NIF/NIPC: 218908423 Nome: CARLOS MIGUEL SOUSA TEIXEIRA ANDRE Morada: R JORGE SENA 8 1º F URBANIZAÇÃO QUINTA D’EL REI - BEJA 2011-12-20 O Chefe de Finanças Manuel José Borracha Pólvora

Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA

EDITAL CEMITÉRIO DE BEJA CONCESSÃO DE TERRENOS A TÍTULO PERPÉTUO JOSÉ DOMINGOS NEGREIROS VELEZ, Vereador dos Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Beja, faz saber que: Em reunião de Câmara de 21 de Dezembro de 2011, foi deliberado autorizar a concessão do direito de ocupação, a título perpétuo, dos covais temporários existentes no Cemitério Municipal de Santa Clara, A e B, em Beja, nas seguintes condições: 1.º O período de candidatura ocorrerá de 16 de Janeiro a 24 de Fevereiro de 2012. 2.º A concessão será atribuída aos responsáveis legais pelos restos mortais. Os interessados deverão dirigir-se à Secretaria do Cemitério Municipal de Santa Clara em Beja, onde darão cumprimento às formalidades prescritas no Capítulo IX do Regulamento do Cemitério de Beja. Beja, 5 de Janeiro de 2012. O Vereador do Pelouro dos Serviços Urbanos José Domingos Negreiros Velez

ASTRÓLOGO

GRANDE MESTRE SISSÉ Não há vida sem solução Africano, grande cientista espiritualista, com super magia negra e branca mais forte. Trata e ajuda a resolver com rapidez no máximo de 7 dias qualquer que seja o seu caso, mesmo que seja grande, grave ou de difícil solução. Exemplo: amor, saúde, negócios, prender e desviar, afastar e aproximar pessoas amadas, exame, jogo, doenças espirituais, impotência sexual, vício, alcoolismo, droga, maus-olhados, invejas, etc., etc.. Lê a sorte, dá previsão de vida e futuro pelo bom espírito e forte talismã. Faz trabalho à distância. Considerado um dos melhores profissionais em Portugal. Consulta das 9 às 20 horas, de segunda a sábado.

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Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 1.ª Publicação PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

ANÚNCIO

Tribunal Judicial de Serpa - Secção Única Acção Executiva Processo n.° 280/06.8TBSRP-A Exequente: Banco Santander Totta, S.A. Executada: Deolinda Raquel Nunes Tormenta FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 1 de Fevereiro de 2012, pelas 14:30 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio Urbano, propriedade total, sito no Largo do Adro, n.° 8, em Brinches, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 996, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob a ficha 384/19890602, Brinches - Serpa, sito no Largo do Adro n.° 8. O bem pertence à Executada: DEOLINDA RAQUEL NUNES TORMENTA, NIF: 171458907, residente na Rua Lucinda do Carmo, n.° 16 - 1° dt., em Lisboa VALOR BASE: 80.000,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 56.000,00€, correspondente a 70% do Valor Base. É Fiel depositário que o mostrará a pedido a executada Deolínda Raquel Nunes Tormenta. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

EXPLICAÇÕES

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institucional diversos necrologia Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 Única Publicação

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Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

Mértola PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Albernoa - Beja PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA DE 7º DIA

CÂMARA MUNICIPAL DE BARRANCOS

EDITAL N.º 01/2012

Ana Balbina Romba

(Publicitação das transferências concedidas pela Câmara Municipal de Barrancos no 2.º Semestre/2011) ANTÓNIO PICA TERENO, Presidente da Câmara Municipal de Barrancos, torna público, nos termos e para cumprimento do disposto na Lei n.º 26/94, de 19 de Agosto, os benefícios concedidos no 2.º semestre de 2011

Suas filhas, filho, genros, nora, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no passado dia 3 de Janeiro e agradecer a todos quantos os acompanharam neste momento difícil, ou, de alguma forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 1.ª Publicação

Listagem das transferências concedidas

PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

ANÚNCIO

Tribunal Judicial de Moura - Secção Única Acção Executiva Processo n.° 129/05.9TBMRA-A Exequente: Francisco Póvoa & Helena, Lda Executados: José Manuel Santa Rita Serrano e Maria João Cruz de Quintanilha Mendonça Santa Rita FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 1 de Fevereiro de 2012, pelas 10:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio Urbano, propriedade horizontal, sito na Rua de São Luís, Lote 47 - 1° Esq, em Moura (Santo Agostinho), em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 2817-D, descrito na Conservatória do Registo Predial de Moura sob a ficha 701/19871106, Moura (Santo Agostinho). O bem pertence aos Executados: JOSÉ MANUEL SANTA RITA SERRANO, NIF: 188304770, MARIA JOÃO CRUZ DE QUINTANILHA MENDONÇA SANTA RITA, NIF: 104162325. VALOR BASE: 71.785,71€ Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 50.250,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel Depositário que o mostrará a pedido os executados José Manuel Santa Rita Serrano e Maria João Cruz de Quintanilha Mendonça Santa Rita, residentes na Urbanização Mourasol, Lote 47, 1° Esq. Moura. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

José Joaquim Nogueira Foste embora meu querido pai Mas eu jamais te vou esquecer Deus está contigo no eterno descanso Teu amor vou lembrar enquanto viver Deixaste saudades meu bom amigo Não tenho palavras para descrever Estarás sempre perto de mim No meu coração mesmo sem te ver Seus filhos participam o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 07/01/2012, e agradecem por este meio a todas as pessoas que se dignaram acompanhá-lo à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 13/01/2012, sexta-feira, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo desde já a todos que nela participem.

Transportes de Serviços Urgentes

Câmara Municipal de Barrancos, 05 de Janeiro de 2012 O Presidente da Câmara Dr. António Pica Tereno

Urgente diurno (recolhas e entregas no próprio dia) Urgente nacional (de hoje para amanhã) Urgente Espanha (de hoje para amanhã, antes das 10H) Urgente internacional (o mais urgente com cobertura mundial) e-comerce – para empresas que comercializam os seus produtos através da Internet Outros

Contactos: Beja, Évora – 284 321 760 | Sines – 269 636 087

Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 1.ª Publicação

Aljustrel PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

ALUGA-SE Em Beja, apartamento T2, centro da cidade (Rua Capitão João Francisco de Sousa, nº 12, 2º). Contactar pelos tel. 284311630 ou tm. 962904537

Florinda Afonso Baltazar Palma 5º Ano de Eterna Saudade

ANÚNCIO Tribunal Judicial de Moura - Secção Única Acção Executiva Processo n.° 838/O6TBBJA Exequente: RHR - Construções, Lda Executados: Albertino Mendonça Gaidão FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 1 de Fevereiro de 2012, pelas 09:45 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Verba 1 - Prédio urbano, em regime de propriedade horizontal, descrito sob a inscrição 712/251187 - AB, da freguesia Porches, concelho de Lagoa, Artigo matricial n°1581 - AB - Lagoa, sito na Urbanização Quinta das Palmeiras, Bloco G-1-1, 3° andar, Apartamento C, no sitio das Senhora das Rochas em Porches - 70% de 250.000,00€ (175.000,00€) Verba 2 - Prédio Misto, denominado de CARVALHAL, descrito sob a inscrição 2068/20070309, da freguesia de Pias, concelho de Serpa. Artigo matricial n° 57- G Rústico e 1858 Urbano - Serpa - 70% de 400.000,00€ (280.000,00€) Os bens pertencem ao Executado: ALBERTINO MENDONÇA GAIDÃO, NIF: 136790178. VALOR BASE: 650.000,00€ Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 455.000,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel Depositário que o mostrará a pedido o executado Albertino Mendonça Gaidão, residente na Rua da Parreira, n.° 41 - 1° Drt. em Moura. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

MISSA

Mário Domingos Garcia

M i n h a e s p o s a l e m b ra da, FLORINDA AFONSO BALTAZAR, de 64 anos, faz 5 anos que faleceu no dia 19/01/2012, por isso eu, meus filhos, netos e restante família vamos mandar celebrar uma missa pela sua alma neste dia, quinta-feira, às 18.30 horas na Igreja da Sé em Beja, agradecendo desde já a todas as pessoas que se dignarem comparecer.

N. 17-10-1938 – F. 07/01/2012

ALENFLOR CENTRO DE JARDINAGEM DO ALENTEJO, LDA. Estrada Nacional, 122, km 1600, 7800-720 BEJA Tel. 284323568 | 917217309

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Sua esposa cumpre o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma lhe manifestaram o seu pesar. MUDANÇA DE INSTALAÇÕES

J.C.CARVALHO TINTAS CIN

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NOVA MORADA: Rua Dom Frei Amador Arrais, nº14 - R/C 7800-491 Beja Telf/Fax: 284 327 730 - Telm: 919 719 855

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José Miguel Martins Na edição publicada no passado dia 06.01.12 houve um lapso e foi mencionado que o senhor se encontrava internado, mas a informação estava incorrecta pelo que pedimos desculpa, pois o senhor encontrava-se no seu domicílio.


necrologia

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Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309 www.funerariapax-julia.pt E-mail: geral@funerariapax-julia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

SÃO MATIAS

BEJA/BERINGEL

BEJA

MINA DA JULIANA/ SANTA VITÓRIA

Serpa

BEJA

h

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

MANUEL RATO GAVINO, de 62 anos, natural de Barrancos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 5, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.

MARGARIDA DA GRAÇA RODEIA DE SOUSA, de 54 anos, natural de Beringel – Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 5, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Beringel

MARIA VITÓRIA CORREIA, de 80 anos, natural de Salvador – Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 7, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

LUÍSA MARIA ROSALINA, de 91 anos, natural de Albernoa – Bela, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 7, da Igreja da Mina da Juliana, para o cemitério de Santa Vitória.

BEJA

BEJA/ALBERNOA

BEJA

TRIGACHES

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†.

Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO MIGUEL COLAÇO URBANO, de 70 anos, natural de Santiago Maior – Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 8, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento do Sr. José Manuel Bule Rebocho de 51 anos, casado com a Sra. Maria Cristina Patermeu Martins Rebocho. O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 6 de Janeiro da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Á família enlutada expressamos os nossos sentidos pêsames. Funerária Central de Serpa, Lda. Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

A-do-Pinto †. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ

EDMUNDO CAMACHO DA CRUZ, de 72 anos, natural de Odivelas – Ferreira do Alentejo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 8, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

JOAQUIM NOGUEIRA, de 92 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 8 das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Albernoa.

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO MANUEL REMECHIDO PEIXE, de 73 anos, natural de Salvada Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11 da Igreja Paroquial do Carmo em Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo onde foi cremado.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. LUDOVINA AURÉLIA FELIZARDA TORRÃO, de 89 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 12, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA EMÍLIA FERREIRA PINTO TEIXEIRA, de 85 anos, natural de Santa Maria de Viseu - Viseu, casada com o Exmo. Sr. António Teixeira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências. Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt Alcaria da Serra PARTICIPAÇÃO

Vidigueira PARTICIPAÇÃO

Vidigueira PARTICIPAÇÃO

Vera Cruz PARTICIPAÇÃO

Pedrógão PARTICIPAÇÃO

h

É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento do Sr. Mário de Jesus Martins de 86 anos, casado com a Sra. Mariana Dias. O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 7 de Janeiro da Casa Mortuária de A-dopinto para o cemitério de Vila Nova de S. Bento. Á família enlutada expressamos os nossos sentidos pêsames. Funerária Central de Serpa, Lda. Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

Januária Rosa Colaço

Francisco José Coxinho Penas

Perpétua Maria Carvalho Pio

Genoveva Mendes Negas

Francisco Manuel Andrade Farinho

Nasceu 13.08.1913 Faleceu 05.01.2012

Nasceu 03.01.1949 Faleceu 06.01.2012

Nasceu 29.08.1926 Faleceu 07.01.2012

Nasceu 08.02.1932 Faleceu 09.01.2012

Nasceu 14.08.1954 Faleceu 09.01.2012

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Faleceu o Exma. Sra. Januária Rosa Colaço, natural de Vera Cruz, Viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 06, da casa mortuária de Alcaria para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

Faleceu o Exmo. Sr. Francisco José Coxinho Penas, natural de Vidigueira, casado com a Exma. Sra. Mariana dos Santos Caramba Bagio Penas. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 8, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

Faleceu o Exma. Sra. Perpétua Maria Carvalho Pio, natural de Vidigueira, Viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 8, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

Fa l e c e u o E x m a . S r a . Genoveva Mendes Negas, natural de Vera Cruz, Viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da casa mortuária de Vera Cruz para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

Faleceu o Exmo. Sr. Francisco Manuel Andrade Farinho, natural de Pedrógão, casado com a Exma. Sra. Maria Margarida Matado Beringel. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da casa mortuária de Pedrógão para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

Francisco António Rosa

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DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS

Filho, nora, neto e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 02/01/2012 e na impossibilidade de o fazer pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhá-lo à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.


Em forma de concurso, este é um desafio dirigido aos alunos do secundário. Um desafio à imaginação e ao trabalho em grupo. Pretende-se a criação desta figura, o Contador-Mor, não esquecendo todo o universo plástico de Paula Rego. Para inscrições e mais informações consultem o site www.casadashistorias.com ou através do email actividades.se@casadashistorias.com

27 D Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

Criação de personagem a partir do universo de Paula Rego

A parte mais difícil é encontrares alguém que ainda tenha um gira-discos, talvez os teus avós ainda tenham um guardado. Diverte-te.

A páginas tantas... O urso e o gato selvagem é um dos poucos livros para crianças que aborda o tema da morte e do luto de uma forma inteligente, delicada e simultaneamente bonita. Um livro que nos mostra que a dor é necessária para que se possa transformar de novo numa vontade de viver e que essa dor tem um tempo e que a presença de um amigo pode ajudar muito. “Um dia de manhã, o urso estava a chorar. O seu amigo passarinho tinha morrido”. A história de Kazumi Yumoto mostra-nos um urso consumido pela tristeza, incapaz de aceitar o sucedido, tentando adiar ao máximo a despedida, mas tudo mudará graças a um gato selvagem que o vai ajudar a reencontrar o seu caminho.

Dica da semana A dica desta semana é a partir do trabalho da designer Henrietta Swift. Uma forma divertida e colorida de animar os interruptores da luz. Embora possas encontrar à venda estes autocolantes, o interessante é seres tu a criares as tuas próprias personagens. Podes ver mais em http://www.hellobubba.co.uk/


28 Diário do Alentejo 13 janeiro 2012

A Fofinha é uma cadelinha jovem com menos de um ano, muito meiga e sociável com todas as pessoas e outros cães. É de porte pequeno e por isso adapta-se bem a um apartamento. É ativa e bem disposta. Já foi vacinada e desparasitada e é esterilizada em breve. Venham conhecê-la ao Cantinho dos Animais. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Boa vida Comer Febras de porco fritas com especiarias Ingredientes: 1 kg. de febras; 1 cebola picada; 4 dentes de alho picados; q.b. de sal grosso; 1 colher de café com cominhos em pó; 1 colher de café com açafrão em pó; 1 colher de café com coentros em pó; 2 troncos de hortelã picada (só os troncos sem as folhas); q.b. de azeite. Confeção: Marine as febras de porco com todos os ingredientes. Deixe ficar durante duas horas no frigorífico. Numa frigideira aqueça um pouco de azeite e frite a carne. Sirva bem quente com batata frita e salada. Bom apetite…

O mundo do vinho em 10 artigos Número 0 – O vinho sem complicações

M

uitos são os assuntos que podem ser abordados quando falamos de vinho mas, acreditem, poucos são verdadeiramente importantes. No contacto com leitores e consumidores fico com a sensação que nós, formadores de opinião e educadores, passamos uma mensagem de que o vinho é tão complexo e pleno de nuances que se torna indecifrável pelo comum dos mortais. Esta criação de uma elite do vinho não só é perversa, como é falsa; à exceção de uns poucos concidadãos com falhas físicas no seu aparelho sensorial (falta de aroma ou de paladar), a maioria dos portugueses sabe distinguir e classificar dois vinhos diferentes. Acreditem que o que diferencia, verdadeiramente, um conhecedor de um iniciado é o número de vinhos provados e o investimento (em tempo e dinheiro) que cada pessoa decida fazer para conhecer o mundo do vinho. A descomplicação do vinho é o pressuposto de base que peço a todos os leitores, a partir do qual escreverei 10 artigos que, sem falsa modéstia, poderão servir como um mini-curso de educação e prova. 1. O gosto do vinho 2. Copos e decantação 3. Temperaturas de serviço 4. A guarda de vinhos 5. Picoteio e vinhos 6. Mar e vinhos 7. Carnes e vinhos 8. Queijos e vinhos 9. Doces e vinhos 10. A compra de vinhos Aníbal Coutinho

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Vinho de Calendário

Vinho Diário

Já se encontra on line e de acesso gratui to o novo guia “Copo & A lma, 319 Melhores V inhos para 2 012 ”. Só tem de entrar em www.w-anibal.com e conferir. No A lentejo o mais bem pontuado dos vinhos brancos foi Scala Coeli, IG A lentejano de 2 010 .

Um dos vinhos que mais me impressionou na recente prova cega que deu origem ao meu “Guia Popular de V inhos”, edição 2 012 , já nas livrarias e nos supermercados, foi o tinto regional alentejano Herdade dos L agos, A ragonez, 2 0 0 9 .

Petiscos Peixe e forno, um casamento feliz

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o fim de um longo período de copiosa carnufa vamos lá enfim falar de peixe. Até porque vem aí a morte do porco, a matança. Vai-nos então sobrar o bafo quente das gorduras mansas, descompostas pelo descanso, enquanto chega o rigor mortis que permite melhor corte. E mais certeiro. Vamos também falar do forno: é o encontro entre uma necessidade e a expectativa dum resultado que, quando alcançado, encaixa como as mais rebuscadas peças dum puzzle. Quando se utiliza um forno na cozinha pode-se estar a tentar chegar a dois tipos diferentes de resultados. O primeiro será naturalmente cozer, talvez mais lentamente, os alimentos sem que a água – da cozedura – ou o óleo – da fritura – interfiram no processo. Mas há um outro efeito a que se pode chegar aumentando o calor e fazendo com que este chegue aos alimentos vindo de um só ponto. Normalmente a fonte de calor é superior e pode ser muito quente. Tem por objetivo “queimar” a superfície de um só lado, modificando o gosto, chamuscando a superfície e alterando a textura. Quando se associa a esta operação o gosto do queijo temos aquilo a que vulgarmente chamamos “gratinar”. Compre lá então peixe, pode ser congelado, refiro-me a qualquer coisa que seja ou vagamente se pareça com pescada. Coza-o com pouca água, um fio curto de azeite, sal, pimenta, salsa e cebola. Chamam os franceses a isto um court bouillon. Outra vez os franceses? Lamento muito, é a vida! Corte-o em troços de polegada e reserve. Compre espinafres, coza-os, escorra-os e tire-lhes os veios centrais maiores. Corte em pedaços, três dedos. Reserve. Faça agora um molho branco. Já aqui se falou longamente no molho branco e no bechamel. Vou só dar uma pequena ideia. Frite farinha em manteiga, bem frita, sal, pimenta e noz-moscada. Quando aquela estiver quase castanha, junte a água da cozedura do peixe e de leite gordo na mesma proporção. Deixe ferver e espere até o molho estar suficiente espesso. Na dúvida? A varinha mágica, é quase instantâneo. Faça um refogado de cebola com azeite, leve, e quando pronto está preparado para montar o prato. Um pirex: primeiro a cebola refogada, seguidamente ponha-lhe o peixe em cima, depois os espinafres e tape finalmente o tabuleiro com o molho branco. Pegue de lado e sacuda com as mãos para uniformizar. Disperse pela superfície queijo das ilhas ralado – ou, em alternativa, parmesão – e leve ao forno a gratinar, isto é, mais lume do lado superior e mais forte. Come-se bem quente, o que está fresco é o vinho branco que acompanha. António Almodôvar


Letras Cinema no Estado Novo – A encenação do regime

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Filatelia Aniversário da Escola do Exército é a primeira emissão do ano

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s 175 anos da Escola do Exército foram assinalados com uma emissão de selos (0,32; 0,68 + bloco de 2.50 €) que entraram ontem em circulação. Na pagela anunciadora da emissão, escreve o seu comandante tenente-general Vítor Manuel Amaral Vieira: “A Escola do Exército foi criada em 12 de Janeiro de 1837 pelo Marquês de Sá da Bandeira, constituindo a mais ilustre antecessora da actual Academia Militar. Após a Restauração, foi criada por D. PUB

João IV, em 1641, a Lição de Artilharia e Esquadria, que se pode considerar a primeira escola destinada à formação superior dos quadros militares. Seguiu-se a Aula de Fortificação e Arquitectura Militar, a Academia Militar da Corte, a Academia Real de Marinha e o Real Colégio dos Nobres. Em 1790, foi criada por D. Maria I a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, considerada ‘a primeira escola verdadeiramente científica, destinada ao ensino superior das matérias que interessam ao oficialato do Exército Português’. Depois de sucessivas reestruturações (Escola do Exército 1837-1910, Escola de Guerra 1911-1919, Escola Militar 19191938 e novamente Escola do Exército 19381959), foi criada a Academia Militar, a 12 de Fevereiro de 1959, tendo por objectivo a preparação dos oficiais do Exército e da Força Aérea, passando os seus cursos a serem equiparados “para efeitos gerais, aos demais cursos superiores” (...). Geada de Sousa

análise comentada de uma série de filmes produzidos, em Portugal, entre as décadas de 30 e 50 é a base de sustentação do olhar que Patrícia Vieira lança sobre a “encenação” do Estado Novo. De que modo é que os filmes ajudaram a construir uma retórica sobre o País? Dos assumidamente propagandistas “A revolução de maio” e “Feitiço do império”, aos nacionalistas “Bocage” e “Camões”, passando pela construção do Estado religioso através de “Fátima”, terra de fé, sem esquecer a elegia militar e imperial que é “Chaimite”, a autora propõe ver os filmes não como “meros documentos sociológicos que revelam o modo de vida deste período ou práticas governamentais específicas [...]”. A pesquisa desta investigadora portuguesa, professora na Universidade de Georgetown, em Washington, é tanto mais pertinente quanto estes filmes têm sido pouco vistos e ainda menos debatidos e comentados. Através deles, a nação projetou-se ideologicamente sem que a crítica dessa projeção fosse feita. É como “testemunho de um país fantasiado” pela Política do Patrícia Vieira Espírito, inventada por Ferro nos anos da Edições Colibri política espetáculo em que o cinema serviu PVP: 15 euros 220 pág.s a estetização da política, que se olha para as obras cinematográficas “mais sérias” produzidas com o apoio do regime mas também para as “comédias à portuguesa, que ainda hoje são um fenómeno de popularidade”. Os filmes que Ferro tanto repudiou cumpriram – e muito bem –, por via do riso, o seu papel na veiculação de uma ordem social proposta pelo Estado: era o elogio da pobreza alegre e honrada, que exorciza os demónios revolucionários com uma cantiga, sempre pronta, e se conforma com a saudade. Maria do Carmo Piçarra

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Inkilina Sazabra apresentam “A Divina Maldade” em Grândola

O projeto de rock industrial alternativo Inkilina Sazabra é a primeira proposta do Cineteatro Grandolense para o ano que agora arrancou, com um concerto agendado para amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas. Os Inkilina Sazabra foram fundados no início de 2010 pelo multi-instrumentalista Carlos Sobral e pelo escritor e vocalista Pedro Sazabra, a que se juntaram César Palma, Paulo Dimal e Carlos Bixo. “A Divina Maldade” foi o single de apresentação da banda, antecedendo o álbum de estreia homónimo, atualmente na estrada em fase de promoção.

Fim de semana

Serafim anima serão no espaço Os Infantes Com o objetivo de “fazer mexer a vida cultural da cidade” de Beja, a companhia Lendias d’Encantar avança com a programação para o primeiro mês do ano no espaço Os Infantes, que é agora a sua casa. O contador de histórias bejense Jorge Serafim é o primeiro dos convidados, apresentando-se hoje à noite, a partir das 22 horas. Segue-se, no dia 20, o trio Nau, inspirado pelo universo da lusofonia, e os últimos dias do mês 26, 27 e 28) estarão reservados ao teatro, com a companhia anfitriã a apresentar a comédia “O Jantar das Feras”.

“Os 39 degraus” hoje e amanhã no Pax Julia

Espionagem, aventura e romance

Teatro Fórum de Moura em digressão nacional Após a estreia em Moura, no último mês de novembro, e de apresentações nas cidades de Coimbra e Porto, a peça “Ascensão e Queda da Cidade de São Cifrão”, uma produção do Teatro Fórum de Moura, acaba de dar início à sua digressão nacional. Hoje, sexta-feira, sobe ao palco do Teatro Extremo, em Almada, pelas 21 e 30 horas; amanhã e domingo, vai estar no Teatro Garcia de Resende, pelas 21 e 30 e 16 horas, respetivamente. O espetáculo é inspirado no original de Brecth, “A Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny” e trata-se de mais uma incursão da companhia na obra do dramaturgo alemão produzida no decorrer da Grande Depressão de 1929, cujas repercussões económicas e sociais são “muito semelhantes” às da atual crise, considera a companhia.

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daptado do clássico de Alfred Hitchcock, a partir do livro de John Buchan, “Os 39 degraus” apresenta-se hoje e amanhã, sábado, no palco do Pax Julia Teatro Municipal, com um elenco de quatro atores que, sozinhos, desempenham mais de 100 personagens, naquele que é um dos mais premiados espetáculos da Broadway e West End. O espetáculo, produzido por Paulo Sousa e Costa (Yellow Star Company), tem encenação de Cláudio Hochman e as interpretações de Vera Kolodzig,

Joaquim Horta, João Didelet e Rui Melo. O resultado, desvenda a produtora, “só pode ser uma comédia a alta velocidade que tem tudo: intriga, espionagem, aventuras, heróis, vilões, romance e muitas gargalhadas”. Mais que um espetáculo, acrescenta, “Os 39 degraus” promete “uma experiência teatral nunca antes vista nos palcos portugueses”. Hoje, sexta-feira, o serão teatral tem início pelas 21 e 30 horas; amanhã, sábado, a peça cumpre duas sessões, pelas 16 e 30 e pelas 21 e 30 horas.

Matilde Rosa Araújo revisitada na Biblioteca de Beja É já amanhã, sábado, que a cave da Biblioteca Municipal de Beja abre portas à exposição “O Destino das Fadas”, sobre a vida e obra da escritora Matilde Rosa Araújo, que dizia “ter a infância no coração”. A mostra, que recorda o legado da autora que dedicou toda a sua vida aos problemas e direitos das crianças, tendo deixado publicados mais de 20 livros para a infância, pode ser visitada livremente, entre segundas-feiras e sábados, das 17 e 30 horas às 19 e 30 horas. As visitas guiadas (para grupos escolares e para pais e filhos) pressupõem inscrição no balcão da biblioteca.

Fotografia de Júlio Roriz em Castro Verde Inaugurada ontem, quinta-feira, a exposição “Longevo Fiir”, do fotógrafo Júlio Roriz, vai estar patente no Fórum Municipal de Castro Verde até ao próximo dia 11 de fevereiro. A mostra, centrada nas naturezas mortas, descreve e representa “a luz e os espaços, os lugares e os objetos, corpos vivos e/ou defuntos – mas também visões e ideias insólitas da própria natureza”. Trata-se de uma organização da Câmara Municipal de Castro Verde em parceria com o município de Beja.


arecer (e se nÃo ap ndidos…) ficamos ofe

Para as quatro pessoas que aderiram à página da “Não confirmo, nem desminto” no Facebook o meu agradecimento. A sandes de torresmos segue no correio da próxima segunda-feira. Quanto aos “ausentes”, passem por lá e digam de vossa justiça. E mais: se não passarem esta mensagem a 15 amigos podem ser mordidos na rua por um macaco com ébola ou, ao sair de casa, poderão ser atingidos na cabeça pela quina de um piano de cauda. Está bem? Pronto. facebook.com/naoconfirmonemdesminto

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into” m s e d m e n , mo “nÃo confir ua espera estÁ a s . no faceboopk or lÁ,

Negociadores de paz no Médio Oriente dizem que negociação do orçamento da Câmara de Beja “é que é um problema difícil de resolver” As ondas de choque que seguiram a reprovação do orçamento da Câmara de Beja continuam um pouco por todo o mundo (e também em Monforte). Desta vez as reações chegam do Médio Oriente, em particular dos negociadores de paz naquela região. Ephraim Falafel, diplomata israelita, diz que acompanhou as negociações do orçamento à distância e que aquilo lhe doeu “mais do que uma saraivada de pedras lançada por 300 adolescentes palestinianos”: “A sério! Vi menos tensão nas trocas de reféns na Faixa de Gaza ou na última viagem de um bombista suicida… Conselhos para os políticos da região? Bom senso, bebam chá de camomila e, quando a coisa aquecer, duches frios. Parece que isso resultou nas negociações em Camp David…”.

Aeroporto de Beja pode começar a receber voos low cost do Jardim do Éden Depois das 5 214 notícias sobre projetos para o aeroporto de Beja, surge mais uma possibilidade de negócio. Após a “instalação de oficinas de manutenção de pirilampos mágicos” ou a “vinda da Força Aérea do Benim” para o aeroporto local, é a vez do governo português apresentar como hipótese a utilização do empreendimento para receber voos de companhias low cost. “Não serão voos low cost quaisquer, como aquelas companhias em que

viajamos no porão com galinhas e 15 emigrantes vietnamitas. Estamos a falar de uma novidade a nível internacional: voos para alegorias bíblicas, como o Jardim do Éden – Beja será um pólo de atração para católicos de todo o mundo e já estamos em negociações com companhias aéreas como a Abel & Caim Airlines ou a Êxodo Air”, como nos referiu fonte da ANA Luísa, concorrente direta da ANA Aeroportos.

SONDAGEM Maioria dos clientes do Pingo Doce não se importa que a empresa transfira acionista maioritário para a Holanda desde que o pão alentejano passe a ter toque de marijuana Uma sondagem conjunta Não confirmo, nem desminto/mestre Silva/24 Kitchen realizada no Terreirinho das Peças a mais de três pessoas, entre as 6 e as 12 horas da manhã do dia 1 de janeiro, revela que 66,6666666 por cento dos clientes do Pingo Doce tem passado ao lado da polémica envolvendo a cadeia de supermercados e a transferência do acionista maioritário para a Holanda. Falámos com um entrevistado, Ludmilo Seringa, que defende que o Pingo Doce devia ser mais holandês: “A Holanda é um país que me enche a alma assim ao nível de ser humano, ‘tás a ver… Curtia bué que o pão alentejano tivesse assim um toquezinho de marijuana. Não era preciso muito, até porque comer aquilo com manteiga de cor é que me dá uma pedrada do catano… E já agora, se as broas passassem a ser feitas com haxixe era bom… ajudava-me com o glaucoma e a aturar os anúncios do Pingo Doce sem ter vontade de lamber um berbequim acabado de usar, ‘tás a ver…”.

Inquérito

Depois do sobreiro, Assembleia da República eleva a unhaca do dedo mindinho a símbolo nacional

A Assembleia da República aprovou o sobreiro como árvore nacional, o que deixou muitos alentejanos contentes, apesar de não saberem distinguir um sobreiro de um bonsai. Mas o reconhecimento de símbolos da região pode não ficar por aqui – a nossa correspondente na AR apurou que está para breve a elevação a símbolo nacional da unhaca do dedo mindinho. “Pelo traço característico do homem português, em particular do alentejano, a unhaca é uma ferramenta de higiene íntima, permite descascar batatas, coçar diversas micoses e, nos mais dotados, também pode ser usada como busca-pólos”. Este excerto pode ser lido no relatório ultrassecreto encontrado num avental de um deputado da nação.

É apreciador de vinhos alentejanos?

ABÍLIO MALANJE, 25 ANOS Importador angolano de vinhos alentejanos e de peças usadas para o joelho do Mantorras Em Angola são um sucesso. Gente fina de Luanda já não quer saber de comprar empresas portuguesas, nem de palitar os dentes com palitos incrustados com diamantes. Agora, a moda é não tomar banho com leite de burra mas sim com vinho alentejano. Se os alentejanos lançarem um vinho tipo Vidigueira Kizomba 2010 deve vender mais do que pão ou arroz.

MATÍAS CACAHUETES, 26 ANOS Toureiro espanhol e traficante de pipas

Eu cá adoro, pois toda a gente sabe que os melhores vinhos alentejanos são espanhóis. Portugal nunca fez nada de jeito: a Amália era de Toledo e o Eusébio de Saragoça, e com os vinhos é a mesma coisa. Aquele tipo que transformou água em vinho? Era de Benidorm, claro!

GONÇALO ENÓLOGO CABERNET, 27 ANOS Produtor de vinho alentejano e pessoa que acha que as uvas nascem no mercado municipal Cada vez mais. O vinho alentejano é um produto de excelência, porque é feito com amor e carinho, seguindo rituais ancestrais. Nas nossas vinhas as uvas ainda são pisadas, mas ao contrário do que acontecia no passado, por homens sem joanetes nem pé de atleta. Só assim alcançamos o tinto encorpado ao nível de um Jô Soares e os aromas abaunilhados das farturas da Feira de Castro.


Nº 1551 (II Série) | 13 janeiro 2012

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 comercial@diariodoalentejo.pt Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 jornal@diariodoalentejo.pt | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

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Hoje, sexta-feira, o céu vai estar nublado e a temperatura oscilará entre os cinco e os 13 graus centígrados. Amanhã, sábado, prevê-se sol e no domingo podem cair alguns aguaceiros na região.

Antigo jornalista fez-se artesão na aldeia de Graça do Divor

Mobiliário moderno coberto de lã de Arraiolos

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pós o seu ciclo de vida, um velho pneu pode ter um destino bem mais digno do que o abandono ou até mesmo a vulgar reciclagem. Pode, por exemplo, transformar-se num confortável e colorido puff, graças à resistência e maleabilidade da lã de Arraiolos. João Bruno Videira, artesão e designer autodidata que criou há seis anos a marca Água de Prata, a partir da pequena aldeia de Graça do Divor, no concelho de Évora, vem experimentando possibilidades dentro deste novo conceito de mobiliário, que vem gerando clientela, entre particulares, arquitetos e decoradores de interiores. Foi jornalista e produtor de vídeo independente antes de tornar-se artesão e designer autodidata. Como se deu esta viragem, aparentemente nada óbvia, no seu percurso?

Foi de facto uma viragem no meu percurso profissional, mas que aconteceu de forma natural, isto é, não troquei uma profissão por outra. Após ter sido jornalista da RTP e posteriormente produtor de vídeo independente, decidi abandonar esta área de trabalho e foi nesse período que decidi um dia fazer a experiência, quase por brincadeira, de dar uma vida nova a uma velha cadeira, utilizando, para tal, a lã de Arraiolos. O resultado dessa experiência foi de tal forma positivo que, nesse mesmo instante, percebi o potencial que tinha em mãos. E como estava sem trabalho PUB

naquela altura, optei por dedicar-me a tempo inteiro a esta nova atividade. Explora um novo conceito de mobiliário, ao aliar técnicas e materiais tradicionais, como a lã de Arraiolos, ao design. Como tem evoluído a recetividade do público ao seu trabalho que é, em certa medida, pioneiro, e quem são os seus principais clientes?

João Bruno Videira,

38 anos, natural de Tomar É artesão e designer autodidata desde 2006, ano em que cria a marca Água de Prata. Um nome que vai beber à fonte que nasce junto à igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor, aldeia entre Arraiolos e Évora onde vive e desenvolve um conceito de mobiliário em que foi pioneiro. É licenciado em Ciências da Comunicação, foi jornalista da RTP e neste percurso conheceu o Alentejo e por ele se “apaixonou”. A lã de Arraiolos é o fio condutor das suas peças, que reinventam o uso desta “matéria-prima de excelência”.

A recetividade do público ao meu trabalho tem sido extremamente positiva, desde o início. Pela diferença e originalidade do trabalho, quase ninguém lhe fica indiferente. Os meus principais clientes são particulares, que direta ou indiretamente acabam por ter conhecimento do mesmo, assim como arquitetos ou decoradores de interiores. Que possibilidades oferece a lã na reutilização de mobiliário velho e obsoleto ou de outros materiais recicláveis? Pode dar-me exemplos de algumas peças?

A lã de Arraiolos, pela sua resistência e maleabilidade, permite a utilização de diferentes técnicas que permitem criar múltiplos objetos para a casa. Do leque de peças de mobiliário que crio, destacaria aquelas que são fruto da reciclagem de materiais, nomeadamente os puffs, tal como as “Pedras de lã”, que resultam do reaproveitamento do meu próprio desperdício de lã, ou a série “I’m so tyred”, que consiste na transformação de pneus velhos em puffs feitos com lã. Carla Ferreira

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Vítor Encarnação lança Fio de Ariadne em Beja Professor de inglês, cronista e escritor, Vítor Encarnação lança hoje à tarde, a partir das 18 e 30 horas, na Biblioteca de Beja, a sua mais recente obra, que resulta de uma seleção de 35 crónicas publicadas mensalmente no jornal “Correio Alentejo”. Fio de Ariadne, publicado pela 100 Luz, editora de Castro Verde, será introduzido na sessão de conversa pelo jornalista Paulo Barriga. Sobre a obra pode dizer-se que “é um livro de impressões e intuições, um olhar intimista e alternativo sobre a realidade que dá corpo e existência ao autor. (…) São essencialmente ideias do mundo em que vive: sempre coisas de homens e mulheres aquém e além de si próprios”.

“Entrudanças” de 18 e 20 de fevereiro em Entradas O nono festival “Entrudanças” vai decorrer de 18 e 20 de fevereiro na vila de Entradas, Castro Verde, com várias iniciativas de música e dança e a apresentação dos trabalhos comunitários do projeto “Entrudanças nas Escolas”. “Reinventar o Carnaval: Partidas e Brincadeiras” é o tema do projeto deste ano que já arrancou e envolve alunos das escolas básicas de Entradas e de São Marcos da Atabueira, que irão participar em várias oficinas, como as de máscaras de papel, animação digital e dança das fitas. A envolvência das escolas na dinamização de projetos relacionados com o tema do “Entrudanças” é “um dos pontos altos” da programação do festival, que é organizado pela Associação PédeXumbo, pela Câmara de Castro Verde e pela Junta de Freguesia de Entradas.

Balões de ar quente promovem Alentejo em Lisboa De 29 de fevereiro a 4 de março, durante a realização da BTL, em Lisboa, vão ser visíveis no céu da capital balões de ar quente com a imagem do Alentejo, numa ação de promoção do balonismo e da região. Ceia da Silva revelou que, em conjunto com a PubliBalão, esta iniciativa permitirá passear de balão em Belém, no Parque Eduardo VII e no Parque das Nações.


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