Edição nº1515

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Sexta-feira, 6

maio 2011, Nº

Ribeiro e Castro, deputado padrinho do CDS-PP para o distrito de Beja, inaugurou a época de caça ao voto na Ovibeja. A principal “feira política” da pré-campanha eleitoral recebeu ontem as visitas de Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa. E durante o dia de hoje aguarda-se a presença de José Sócrates e do ministro da Agricultura. Paulo Portas e Pedro Passos Coelho estão em Beja amanhã para passear na feira que encerra no domingo às mãos do próprio Presidente da República.

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1515 (II Série

ILUSTRAÇÃO PAULO

MONTEIRO

ecial Suplemento Esp

Oviesperança

SEXTA-FEIRA, 6 MAIO 2011 | Director: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1515 (II Série) | Preço: € 0,90

JOSÉ SERRANO

Caça ao voto na Ovibeja

Xutos e Buraka com raízes em Ferreira

Hermínia, a companheira de Manuel da Fonseca

Alqueva sem dificuldades de financiamento

O agricultor é uma espécie em extinção

Os Buraka Som Sistema e os Xutos & Pontapés atuam hoje e amanhã na Ovibeja. Em comum, além do facto de arrastarem mares de gente, estas duas bandas têm elementos com “raízes” em Ferreira do Alentejo. Blaya e Tim falam ao “Diário do Alentejo” sobre a sua costela alentejana. págs. 2/3

O “Diário do Alentejo” prossegue o ciclo de reportagens e de entrevistas em torno da vida e da obra de Manuel da Fonseca. Hoje publicamos em exclusivo uma entrevista com Hermínia Fonseca, a inseparável companheira dos últimos anos de vida do autor de Seara de Vento. págs. 10/11

A EDIA considera “absolutamente falsas” as informações que dão conta que a empresa está a ter “dificuldades de financiamento” para os projetos em curso no regadio de Alqueva, nomeadamente para a construção do sistema de rega da margem direita do Guadiana. pág. 7

José Ghira é o cabeça de lista do CDS-PP por Beja. E é com ele que o “Diário do Alentejo” inicia um bloco de entrevistas aos candidatos pelo círculo eleitoral baixo-alentejano. O agricultor é uma espécie em extinção, pelo que deve ser protegido, defende. pág. 19

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Mundo agrícola debatido na Ovibeja

Além das questões do regadio e da valia agrícola de Alqueva, a Ovibeja traz este ano à discussão temas como as florestas – no Ano Internacional das Florestas – o azeite, os vinhos, o turismo, a investigação, o desenvolvimento rural e o montado. Hoje mesmo, pelas 15 horas, o

auditório do Nerbe recebe o colóquio “Orçamento da UE e PAC pós 2013: Um desafio para o Alentejo”. Amanhã, sábado, estarão em cima da mesa questões em torno das “Estratégias para a valorização do azeite” (11 horas) e do “Setor Florestal: Valor e Inovação” (14 horas).

JOSÉ SERRANO

Diário do Alentejo 6 maio 2011

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Hoje Blaya (Buraka) e Tim (Xutos) falam das suas “raízes” alentejanas

Muito jogo de cintura e braços em cruz Repetentes Xutos & Pontapés mais uma vez ao vivo no palco da Ovibeja

Duas gerações de músicos, duas sonoridades distintas, mas a mesma capacidade de mobilização de públicos. É o que se espera dos Buraka Som Sistema e dos Xutos & Pontapés que hoje e amanhã, sábado, comandam as noites a partir do palco da 28.ª Ovibeja. Em comum, além do facto de arrastarem mares de gente, estas bandas têm as “raízes” alentejanas, mais concretamente de Ferreira do Alentejo, de dois dos seus elementos. Foi com Blaya e Tim que o “Diário do Alentejo” esteve à conversa. Texto Carla Ferreira

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ão duas noites que se preveem explosivas, estas que os Buraka Som Sistema e os Xutos & Pontapés se preparam para comandar a partir do palco da arena multiusos, na 28.ª Ovibeja, entre hoje e amanhã, sábado. Duas gerações de músicos, duas sonoridades distintas, mas a mesma capacidade

de mobilização de públicos. Entre o jovem urbano que aprendeu a balouçar as ancas ao jeito das ruas de Luanda, no kuduro progressivo do trio da Buraca, Amadora; e o pai de família que ainda é do tempo em que os temas “Sémen” e “Mãe” estavam interditos nas rádios. Ambos estarão lá, multiplicados em centenas de clones, e o último certamente erguerá os braços em forma de cruz na companhia do filho adolescente. Em comum, além do facto de arrastarem mares de gente, estas bandas têm as “raízes” alentejanas, mais concretamente de Ferreira do Alentejo, de dois dos seus elementos. Foi nesta vila que Blaya (Karla Rodrigues), bailarina e vocalista da banda que pôs o single “Wegue Wegue” no primeiro lugar do top nacional em Espanha (ultrapassando Alicia Keys, Alejandro Sanz ou os Black Eyed Peas), cresceu e tomou consciência de um corpo nascido para dançar. “Vivi em Ferreira do Alentejo aproximadamente 12 anos. Quando era mais nova ia com a minha mãe a aulas

de ginástica e aí comecei a perceber mais o meu corpo. No 5.º ano fui para o Externato António Sérgio, em Beringel, e desde o início que participava no desporto escolar na área de dança. Quando entrei para o Liceu de Beja formei um grupo e continuei a dançar até hoje”, lembra, vincando o significado especial que ganha o concerto de hoje à noite, na Ovibeja, mesmo depois de já ter sentido a vibração de muitos milhares desde palcos nos EUA, Japão, Rússia ou México. “Vou estar a cantar e a dançar para pessoas que conheço desde sempre. E é um orgulho tê-los presentes”, entusiasma-se. Quando Blaya chegava a Ferreira do Alentejo, vinda do Brasil, já Tim, baixista e vocalista do único coletivo de roqueiros feitos comendadores pela Presidência da República, levava muitos anos de Grande Lisboa e de música. Em 1987, nascia a menina que Lil’John, Riot e Conductor foram anos mais tarde ver dançar num ginásio de Queluz, por sugestão de uma amiga comum. E “Circo de Feras”, o terceiro álbum

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José Amadeu Baião Balcinha COMÉRCIO E TRANSFORMAÇÃO DE PEÇAS AUTO Reparação de Embraiagens e Recuperação de Maxilas de Travão Estrada de Ferreira, km2 – Apartado 006003 SOLAVIL 7800-998 BEJA Tel. 284 328 071 – Fax 284 320 663 – Tm. 962 878 279

dos Xutos & Pontapés, arrebatava as rádios, a crítica e o público, de tal maneira que chega a Disco de Ouro no fim do ano (20 mil cópias), dando a temas como “Contentores”, “N’América” ou “Não sou o único” o estatuto de verdadeiros hinos que várias gerações passaram a saber de memória. “Energia a mais de 100 por cento”

Filho de alentejanos, Tim nasce em Ferreira do Alentejo, em 1960, mas logo depois segue para Almada. Porque a “música é universal”, não se pode afirmar que as raízes alentejanas tenham condicionado a paixão precoce de Tim, mas sim a forma de estar neste universo. “Sempre achei que as minhas raízes me puxaram para o coletivo, para o grupo, para o convívio em detrimento duma carreira mais pessoal e sozinha”, confessa, lembrando o projeto Rio Grande, de 1996, ao qual deu o nome e integrou ao lado de Vitorino, Jorge Palma, João Gil, Rui Veloso e João Monge, que imaginou a história

inspirado nos operários da Lisnave que via da sua janela, em Almada. “Aí reconheci o percurso dos meus pais e ganhei uma outra visão sobre as minhas origens, que estavam um pouco nubladas. O nome surgiu da minha perspetiva do Tejo visto do Cristo-Rei; a sua travessia como último desafio para quem vinha do Sul para a capital”. Pergunta-se mas não se sabe ao certo quantas vezes os Xutos & Pontapés já pisaram o palco da Ovibeja. Foram muitas, isso é seguro. E é sempre uma oportunidade para o alentejano Tim mostrar aos seus companheiros de 32 anos de música o quanto se sente “orgulhoso” deste “produto da região” onde nasceu. Amanhã, sábado, o ritual repetir-se-á. O concerto será o ponto alto deste episódico regresso a casa, mas também um bom pretexto para “apreciar o ar, os cheiros e a luz e, por fim, confraternizar com familiares e amigos”, o que se traduz, sublinha, “numa grande alegria e sempre em alguma emoção”.


O pavilhão Azeite Alentejo oferece diariamente, entre as 11 e as 23 horas, um conjunto de atividades que constam da sua exposição interativa. Entre elas, há mostra, degustação e provas comentadas dos azeites submetidos ao 1.º Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra, prova de azeitonas de mesa, exposição de azeites regionais, nacionais e internacionais e os workshops “Ciência do Azeite”, pelo Centro Ciência Viva de Aveiro.

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Editorial O bejense Paulo Barriga

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Energia Blaya será a MC de serviço no concerto de hoje à noite

Para os Buraka Som Sistema, banda urbana até ao tutano, esta será a estreia na maior feira agrícola do País e numa altura em que acaba de estrear nas rádios o single “Hangover (BaBaBa)”, que antecede um novo álbum a sair ainda este ano, de nome “Komba”. Blaya será a MC de serviço, além de bailarina experimentada que, curiosamente, confessa, ainda se encontra em “fase de aprendizagem” dos truques do kuduro. Antes de integrar o coletivo que reinventou este techno made in Angola, batizado nos anos 90 pelo MC Tony Amado, Blaya participou em cursos e convenções de hip-hop, dançou na tour “Coca-Cola Zero” e foi bailarina do grupo Ritmos Urbanos, mas nunca antes havia tomado contacto com o kuduro. “No início aprendi com um rapaz e depois fui vendo pelo youtube. A partir daí é só adaptar ao nosso estilo, até porque, na minha opinião, nenhum kudurista dança da mesma maneira”. Falar de cada uma destas bandas é falar de sucesso. Estrondoso. PUB

Blaya criou um grupo de dança no Liceu de Beja e Tim herdou do berço alentejano, em Ferreira do Alentejo, a tendência para “o coletivo, para o grupo, para o convívio em detrimento duma carreira mais pessoal e sozinha”.

Sobretudo cá dentro, com uma longevidade única, no caso dos Xutos, e por opção própria. “Preferimos trabalhar para o público que era nosso e nos tinha dado tudo o que tínhamos a ir atrás de uma outra coisa qualquer”, diz Tim. E marcadamente lá fora, no que toca aos Buraka Som Sistema, que assinam uma música de dança global, feita para estremecer pistas de dança em qualquer lugar do mundo. Há uma receita para isto? Blaya responde, enérgica, contagiante: “O segredo está em nós. Quando entramos em palco a nossa energia fica a mais que 100 por cento. Damos tudo o que conseguimos para agradar tudo e todos à nossa volta”. Tim resume o argumento a duas palavras: “trabalho” e “sonho”. E concretiza: “Fomos aprendendo ao logo do tempo a fazer as canções, a tocá-las, a apresentar um concerto, a competir com outros, a melhorar o que fazemos, a preparar as coisas para que elas surpreendessem quem nos vê (e quem nos contrata), e isto dá muito trabalho, que é encarado pelo grupo, muita coisa para fazer e para sonhar em como fazer. Acho que esse sonho ainda nos comanda a vida”. Antes de descer a sul, trocam-se galhardetes. Quanto terminarem de atuar esta noite, os jovens Buraka Som Sistema cedem o palco aos veteranos Xutos & Pontapés, que Blaya olha como grandes “senhores da música portuguesa”. Amanhã, sábado, os autores de “O homem do leme” sobem ao palanque certos de que têm uma “concorrência valorosa, que só nos motiva ainda mais a fazer o nosso melhor”. “Sei que vão ser duas noites fantásticas”, garante Tim.

az parte da seiva que lhe corre pelas veias: o bejense gosta de dizer mal da Ovibeja. Maldizer, criticar, esmiuçar, cuscar, satirizar, ridicularizar. Cá estão apenas meia-dúzia das ações que mais comumente acometem o ser bejense por altura da feira. Há sempre mais um reparo a fazer, uma reprovação, um palpite, uma ideia brilhante que, parecendo mentira, ninguém como ele teve ou quis ter. São os preços das entradas que estão que não se pode. Ou é a porcaria do programa que dá sempre Xutos & Pontapés. Ou é o bigode do Castro e Brito que ainda está mais torto do que nos outros anos. Ou são as tias que já não vestem calças de montar. Ou é porque o chichi das ovelhas cheira mesmo a chichi. Ou é porque já nem cheira a chichi de ovelha já que os principais animais da festa são agora notívagos. A Ovibeja guarda este magnífico dom de despertar no bejense qualquer coisa. E por muito negativa que seja tal “coisa”, não deixa de ser qualquer coisa. Por norma, o bejense, não costuma reagir. A “coisa” nenhuma. Não tem opinião. Não fala. Não comenta. Não foi e não viu e não quer saber. Beja é, por certo, o local deste País mais desprovido de massa crítica e de opinião própria e de espírito coletivo. Isto no resto do ano. Já em tempos de Ovibeja, a coisa muda de figura. Radicalmente. O ser amorfo que, por norma, prefere a playstation às esplanadas do centro histórico. Que dirige com mais habilidade um carrinho de compras do que uma bicicleta a pedais. Que dá de comer às crianças no restaurante americano da estrada variante. Cujos interesses e leituras não vão muito além da aplicação farmville. E que deixa rédea larga aos políticos locais para fazerem as maiores barbaridades com a sua cidade. Esse ser indiferente é agora um experto na única matéria a: a Ovibeja. Todos deveras arrebatadora: os anos é o último ano que o bejense vai à Ovibeja, essa porcaria que decai a olhos vistos a cada edição que nos se deprime o passa. E todos os anos eia de não pôr lá bejense só com a ideia mente nesta conos pés. E é precisamente nável, nessa tradição quase insanável, mor/ódio, confusa relação de amor/ódio, al mérito que habita o principal da Ovibeja: dar um nadioesnha de afago na autoesnda tima do bejense. Ainda que por apenas uma semana seja. Ainda que tudo volte ao normall logo e, é assim a no domingo seguinte, ngue do beOvibeja: a chaise-longue jense. E a terapia já dura há 28 anos.

Diário do Alentejo 6 maio 2011

Azeite Alentejo sempre a mexer


04 Diário do Alentejo 6 maio 2011

Dia da Europa comemorado no Alentejo

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Centro Europe Direct do Baixo Alentejo vai dinamizar várias atividades no âmbito das comemorações do Dia da Europa. “O Ano Europeu do Voluntariado”, a “Estratégia Europa 2020” e a iniciativa “Juventude em Movimento” são os temas em destaque nas atividades propostas para este ano. A Semana Regional Europeia começou na terça-feira, 3, e termina na quinta-feira, 12. Segundo Inês Cláudio, “serão dinamizadas sessões de sensibilização sobre a União Europeia, destinadas a alunos do 1.º ciclo”. Serão igualmente realizadas sessões de esclarecimentos e informação sobre a UE na Escola Superior de Educação de Beja; na Escola Profissional Comoiprel e na Escola Profissional Fialho de Almeida (Vidigueira). No dia 9, o Centro Europe Direct do Baixo Alentejo estará presente na EB 2,3 de Ourique com a exposição “Europa 2020 – os 3 Crescimentos”. DR

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Centro de Informação Europe Direct está em Mértola

E a Europa aqui tão perto Comemora-se, na segunda-feira, o Dia da Europa. Em Mértola há um serviço de informação que funciona nas instalações da ADPM que se preocupa em partilhar conhecimentos sobre a União Europeia (UE). O Centro de Informação Europe Direct do Baixo Alentejo está atento à realidade e mostra as nossas expetativas, os desafios que se colocam, as dificuldades que se enfrentam e o que o País beneficia em pertencer a esta comunidade. A Europa aqui tão perto. Texto Bruna Soares

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a segunda-feira, 9, comemora-se o Dia da Europa. Os olhos dos portugueses estão mais do que nunca focados nas instituições e nos parceiros europeus, aguardando solidariedade por parte de uns e outros para debelar a crise financeira interna. No Alentejo, mais propriamente na sede da Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), há quem se dedique a divulgar e mostrar o que se vai fazendo na União Europeia (UE). O Centro de Informação Europe Direct do Baixo Alentejo, na verdade, tem como uma das suas finalidades facilitar e estimular o diálogo e a cooperação entre os vários atores chave na vida social e económica da sociedade rural. O “Diário do Alentejo” foi tentar perceber o papel deste centro, não esquecendo os novos desafios que se colocam à região e ao País. Inês Cláudio, técnica do Centro de Informação Europe Direct do Baixo

Alentejo, afirma que “este centro torna-se importante para a região já que permite a divulgação das atividades, da produção legislativa, dos financiamentos e de toda a panóplia de informação produzida pela União Europeia”. E acrescenta que “dá a oportunidade aos cidadãos de acederem aos organismos da UE e de esclarecerem assuntos do seu interesse”. O trabalho, neste sentido, prendese essencialmente “com a divulgação das prioridades anuais, com a distribuição de materiais e informação, com sessões de divulgação e com a participação em eventos no território. Não esquecendo o trabalho importante junto das escolas”. Para a técnica do Centro de Informação Europe Direct, “a Europa desempenhou um papel importante no crescimento do Baixo Alentejo, tal como noutras regiões do País, particularmente na construção de infraestruturas e na dinamização de projetos, através das oportunidades geradas pela Europa”. No entanto, em várias áreas as expetativas ficaram aquém do esperado com a entrada de Portugal na União Europeia, nomeadamente no que respeita “à coesão social e territorial”. Inês Cláudio reconhece ainda que “para uma grande parte dos cidadãos a Europa continua a ser um ‘organismo’ que está muito longe e que aparentemente só interessa aos políticos e decisores de políticas públicas, não sendo identificada com o papel decisivo que efetivamente tem na vida de todos os cidadãos”. E considera que para aproximar a Europa aos cidadãos “é essencial aumentar as possibilidades de contacto entre os organismos e representações das instituições europeias”,

sendo também necessária “mais informação e divulgação do efetivo papel e impacto das decisões da Europa”. As dificuldades para passar a mensagem do significado da Europa são muitas e a técnica da ADPM explica: “Vivemos numa sociedade de democracia representativa e pouco participativa, o que conduz a um alheamento dos cidadãos para além dos momentos de eleger os representantes. Por outro lado, a mensagem da UE é, por vezes, muito institucionalizada e tecnocrática, o que dificulta a sua disseminação massiva”. A Europa, na opinião de Inês Cláudio, permitiu, contudo, “um maior crescimento ao País e um maior contacto com países com patamares de desenvolvimento maiores, o que contribuiu para a descoberta de novos espaços para o desenvolvimento, a inovação e a criatividade. Permitiu, igualmente, robustecer a sociedade civil, a interculturalidade e a coesão de vários espaços territoriais”. Nesta fase difícil que o País atravessa, para o Centro de Informação Direct do Baixo Alentejo, “a Europa deve encontrar os melhores caminhos para o crescimento económico, de uma forma sustentável, justa e equilibrada”. Inês Cláudio conclui: “Deve igualmente encontrar formas e mecanismos de controlo para as atividades com tendência para a especulação, em particular imobiliária e financeira. Deve também conseguir uma maior harmonia entre o Norte e o Sul. A distribuição da riqueza é outro aspeto importante a merecer mais atenção da Europa”.


A estratégia comunicacional da Igreja Católica deve passar “cada vez mais” pela Internet, “o grande púlpito da era digital”, sobretudo para evangelizar a juventude, “muito atraída” por redes sociais e blogues, defendeu o bispo de Beja. Na Igreja, “temos que ser mais criativos e interativos,

sobretudo com os jovens, e, para isso, é preciso usar a Internet, porque não podemos só evangelizar dentro das igrejas”, disse António Vitalino Dantas à Lusa. Através da Internet “podemos chegar a muita gente que, normalmente, não frequenta os nossos templos”, sobretudo a juventude.

05 Diário do Alentejo 6 maio 2011

Igreja aposta na Internet para passar mensagem

Luta pelos comboios em destaque na Ovibeja – O movimento de cidadãos em defesa das ligações ferroviárias a Beja vai estar presente na Ovibeja. O objetivo é alertar mais uma vez para a importância da manutenção do Intercidades e para as ligações diretas a Lisboa. O movimento defende que “é importante procurar caminhos de futuro para o desenvolvimento da região”. A comitiva leva ainda consigo bandeiras, camisolas, brancas e pretas, onde demonstra o seu amor pela cidade e pela região.

Dívidas da delegação de Beja ascendem a 350 mil euros

Notícias avançadas recentemente pela rádio “Voz da Planície” dão conta de que a delegação de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa apresenta “uma situação financeira debilitada”, decorrente de “atos de gestão menos corretos”, ascendendo as dívidas a 350 mil euros.

JOSÉ FERROLHO

Cruz Vermelha não está em risco

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ontactada pelo “Diário do Alentejo” a Cruz Vermelha Portuguesa lembra que “é uma entidade única com um único número de contribuinte e a sua situação financeira global é positiva independentemente de poderem existir pontualmente um problema ou outro numa ou noutra delegação para cuja solução a sede procura encontrar as soluções adequadas”. “Esta é a situação da delegação de Beja cuja situação financeira se encontra controlada em consequência das medidas que vêm sendo adotadas”, adianta. Não desmentindo o valor da dívida divulgada pela comunicação social, a instituição afirma ainda que o passivo da delegação de Beja “tem vindo a ser progressivamente reduzido no âmbito de um conjunto de medidas que estão a ser implementadas com vista a dotar a delegação de sustentabilidade económica e financeira” e garante que “nem a continuidade da delegação nem os postos de trabalho estão em causa no atual quadro económico da delegação. Aliás na Cruz Vermelha a anulação de postos de trabalho é sempre a última das soluções quando não podem ser encontradas outras alternativas de gestão”.

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O PS de Serpa critica o facto da apresentação das contas referente ao ano 2010 da Câmara Municipal de Serpa ter sido feita “somente no final de abril e em reunião não pública”. Embora tendo sido efetuada nos moldes previstos na lei, o PS considera que “a votação sem a possibilidade de discussão pública é reveladora da comum prática política da maioria CDU na câmara, pouco aberta à transparência, à participação pública e cívica e ativa e à prestação de contas com clareza”. Os socialistas dizem que “o documento peca por espartano e ‘seco’” e que “pode e deve melhorar em toda a sua dimensão qualitativa”.

Socialistas em primeiro lugar no boletim de voto

Delegação Situação financeira encontra-se “controlada”, dizem responsáveis

Com cinco valências dispersas por três edifícios no centro histórico da cidade de Beja – um dos grandes projetos (e aspiração antiga) dos responsáveis pela delegação de Beja passa pela construção de novas instalações na Colina do Carmo, num lote de terreno cedido gratuitamente pala Câmara Municipal de Beja, em 2007. De acordo com a Cruz Vermelha a delegação tem já “aprovado um projeto de construção para as novas instalações mas como a sua candidatura a financiamento do POPH não foi aprovada decidiu revê-lo com vista a dotá-lo de

viabilidade económica em função do financiamento bancário que será necessário para a sua concretização”. O novo edifício prevê uma residência/lar para cerca de 60 utentes, um centro de dia para cerca de 30 e apoio domiciliário para cerca de 75. A instituição avança ainda que “neste momento, em cooperação com a autarquia, está previsto o desenvolvimento de atividades de apoio domiciliário, cuidados geriátrico em casa e teleassistência com o objetivo de manter as pessoas na sua casa e na sua comunidade o maior tempo possível”. Nélia Pedrosa

Por alegadas dificuldades financeiras na Câmara de Beja

Assembleia Municipal assume 25 de Abril

s comemorações do 25 de Abril em 2012 em Beja vão ser organizadas pela Assembleia Municipal, após a câmara PS não ter promovido qualquer iniciativa para assinalar a Revolução dos Cravos este ano, alegando “dificuldades financeiras”, disse fonte municipal. “Tem sido sempre tradição a Câmara Municipal de Beja organizar as comemorações do 25 de Abril, o que não aconteceu este ano. Para evitar que isto volte a acontecer, a Assembleia Municipal decidiu tomar as rédeas das comemorações do próximo ano”, disse à Lusa o presidente deste órgão, Bernardo Loff. A decisão consta de uma moção apresentada pela bancada da CDU e aprovada na última reunião da Assembleia Municipal de Beja,

PS de Serpa preocupado com a dívida da câmara

com os votos a favor da CDU e do BE, os votos contra do PS e a abstenção do PSD, explicou. Segundo Bernardo Loff, “o argumento de dificuldades financeiras” evocado pelo executivo PS da Câmara de Beja para justificar a ausência de iniciativas para celebrar o 25 de Abril este ano, como o tradicional fogo de artifício na véspera, “não colhe”, já que “podiam ter sido organizadas comemorações mais simples e económicas”. Assim, em 2012 as comemorações do 25 de Abril vão ser organizadas pela Assembleia Municipal, em parceria com a câmara, juntas de freguesia, associações e entidades culturais e recreativas do concelho de Beja, para que aquela data “histórica” seja “comemorada com dignidade”. “Concordo absolutamente que seja a

Assembleia Municipal a tomar a iniciativa de organizar as comemorações do 25 de Abril, mas estranho que não o tenha já feito este ano”, disse o presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente. Segundo o autarca, na cidade de Beja, na véspera do 25 de Abril, pelo segundo ano consecutivo, não houve o tradicional fogo de artifício porque “teria custos elevados que a câmara não podia suportar, devido às dificuldades financeiras”. No dia 25 de abril, ao contrário de anos anteriores, também não houve as tradicionais iniciativas desportivas, porque os parceiros da autarquia “não se mostraram disponíveis” para as realizar por a data coincidir com o período da Páscoa, acrescentou.

Os três lugares de deputado por Beja vão ser disputados, nas legislativas de 5 de junho, por 13 forças políticas, tendo o sorteio das candidaturas determinado que o PS ocupe o lugar cimeiro no boletim de voto. O sorteio das candidaturas apresentadas no tribunal judicial local colocou o Bloco de Esquerda na 13.ª posição, a última do boletim de voto, surgindo as restantes forças com assento parlamentar no 3.º lugar (PPD/PSD), 4.º (CDS-PP) e 10.º (PCP-PEV).

Sócrates recebe apoio de autarcas independentes José Sócrates, secretário-geral do PS, recebeu o apoio de quatro presidentes de câmara do Alentejo eleitos por movimentos independentes. Manuel Coelho, de Sines, Alfredo Barroso, de Redondo, Luís Mourinha, de Estremoz, e João Grilo, de Alandroal, almoçaram com o candidato socialista, no domingo passado, em Aldeia da Serra, para lhe manifestarem apoio nas eleições legislativas de 5 de junho. Recorde-se que Manuel Coelho e Alfredo Barroso são ex-militantes comunistas e ambos foram eleitos, durante vários mandatos, pelas listas da CDU. Luís Mourinha, por sua vez, foi vereador e presidente eleito pela CDU e João Grilo foi vereador na Câmara Municipal de Alandroal, eleito pelas listas do PS. Segundo declarações de Alfredo Barroso, proferidas aos jornalistas na altura, “este é um apoio ao candidato mais capaz para governar o País”. Manuel Coelho e Alfredo Barroso recusaram atribuir qualquer significado político ao facto de serem ex-militantes comunistas.


Diário do Alentejo 6 maio 2011

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Cuidados continuados e lar de idosos em Casével

Foram inaugurados o Lar de Idosos e a Unidade de Cuidados Continuados de Casével, no concelho de Castro Verde. A cerimónia contou com a presença da ministra da Saúde, Ana Jorge. O projeto, da responsabilidade da Fundação Joaquim António Franco e seus Pais, integra a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e representa um investimento superior a 2,5 milhões de euros. O projeto tem o apoio da Administração Regional de Saúde do Alentejo e da Câmara Municipal de Castro Verde.

Exames gratuitos – A mamografia e todos os exames realizados no âmbito do Programa de Rastreio de Cancro da Mama, promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, são gratuitos para a utente. Para fazer face aos custos, a Liga realiza anualmente um peditório nacional. “Podemos até dizer que o rastreio dá um prejuízo tremendo porque só uma agulha de biopsia custa 500 euros e quando as pessoas vão a Lisboa fazer uma biopsia estamos a gastar sem olhar ao que estamos a gastar”, diz o coordenador adjunto do rastreio, Nuno Marques. O programa de rastreio conta com a estreita colaboração dos cuidados de saúde primários e com o apoio das autarquias locais. Atualmente o rastreio está a decorrer no concelho de Beja.

Mais de 45 mil mulheres rastreadas em Beja

Sobreviver ao cancro da mama Dados intermédios da avaliação do rastreio de cancro de mama em Portugal, divulgados no passado mês de abril, permitem concluir que existe uma sobrevivência maior no caso dos tumores rastreados comparativamente aos outros. No distrito de Beja foram rastreadas 45 286 mulheres desde o início da campanha, em março de 2003. Texto Nélia Pedrosa Foto José Ferrolho

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número de mulheres do distrito de Beja que responderam à chamada para a realização de uma mamografia no âmbito do Programa de Rastreio de Cancro da Mama, promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, tem vindo a aumentar gradualmente desde 2009. Este acréscimo deve-se, de acordo com o coordenador adjunto do Rastreio de Cancro da Mama, Nuno Marques, à descentralização dos rastreios, “uma estratégia assumida como fundamental”. Com o rastreio, que tem como população alvo mulheres com idades ente os 45 e os 69 anos – onde a incidência é maior –, pretende-se um diagnóstico precoce, “descobrindo tumores muito pequenos, muitas vezes não palpáveis e só vistos em mamografias ou ecografias”. Dados intermédios da avaliação do rastreio de

Calendário O concelho de Beja recebe até julho a quarta volta do Programa de Rastreio de Cancro da Mama

cancro de mama em Portugal, divulgados no passado mês de abril, permitem concluir que existe uma sobrevivência maior no caso dos tumores rastreados comparativamente aos outros. “Há muita gente que não comparece ao rastreio por não ter transporte. A Liga Contra o Cancro neste momento está a optar por descentralizar o rastreio. Até 2009 fazíamos rastreios na sede do concelho, neste momento estamos a baixar ao nível da freguesia para chegar mais perto das pessoas, para conseguimos

chegar a toda a gente”, diz o responsável. Nuno Marques dá como exemplo o concelho de Ourique, em que se passou “de uma taxa de participação de 55 por cento para 72 por cento, só pelo simples facto de se ter ido a Santana da Serra, Garvão, Panóias e Ourique”. Segundo o coordenador adjunto, acabaram por “rastrear senhoras que já eram chamadas há três voltas consecutivas, portanto há seis anos seguidos [cada concelho é visitado de dois em dois anos], e que nunca tinham participado”. As mulheres são convocadas por

carta. Outras razões que explicam o aumento de participação, adianta o coordenador adjunto, são “a confiança que as pessoas vão ganhando ao longo dos anos e o passa palavra que acaba por ser uma boa publicidade”. Apesar de todos os esforços da Liga, ainda há uma percentagem considerável de mulheres em idade rastreável (45-69 anos) “que fica de fora”, muitas vezes por receio. Nuno Marques diz que o medo “é o maior aliado do cancro” e que a maneira mais simples de o

combater “é através do testemunho de pessoas que sobreviveram por terem descoberto atempadamente os seus problemas”: “Esta é uma grande arma a utilizar, os próprios médicos de família têm um papel muito importante ao alertarem as mulheres, neste caso estamos a falar especificamente de cancro da mama, de que um diagnóstico precoce é muito mais favorável do que um diagnóstico tardio”. O coordenador adjunto realça ainda que o cancro da mama “não atinge só a mulher a que foi detetado, mas também todo o seu agregado familiar e o círculo de amigos”. “Por cada mulher doente, vamos acabar por ter em seu redor 20 ou 30 pessoas que vão sofrer com esta situação, portanto as mulheres têm que se consciencializar disto”, diz o responsável, adiantando que “através de um rastreio se podem salvar vidas, uma vez que o cancro da mama, para além de se poder metastizar para outras partes do corpo, mata muita gente por ano”. Desde o início do rastreio de cancro de mama no distrito de Beja, em março de 2003 (o concelho de Vidigueira foi o primeiro), foram rastreadas 45 286 mulheres. Destas, 1273 compareceram à consulta clínica de aferição, dado que o exame suscitava algumas dúvidas. Duzentas e setenta e sete acabaram por ser encaminhadas para o Hospital José Joaquim Fernandes para tratamento.

Grupo de voluntários apoia doentes

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o mesmo tempo que o rastreio de cancro da mama arrancava no distrito nascia na cidade de Beja um grupo de apoio integrado no Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Rita Mira Coroa, a coordenadora do grupo, explica que era necessário “prestar apoio às mulheres rastreadas a quem foi detetado cancro da mama”. Em funcionamento desde finais da década de 90, e com instalações na rua Infante D. Henrique (perto do hospital), o grupo conta atualmente com 15 voluntários, com uma média de idades acima dos 50 anos. O grupo faz voluntariado hospitalar todos os dias até à hora de almoço, “fazendo companhia ao doente que aguarda na sala de espera pela quimioterapia e servindo um chá, um copo de leite ou uma bolacha para ajudar a

passar o tempo”; para além de promover campanhas de angariação de fundos, ações de prevenção e distribuição de folhetos. O grupo dispõe ainda da valência “Vencer e viver”, um movimento que é assegurado por sete voluntárias mastectomizadas (que se submeteram a uma remoção completa da mama) que apoiam mulheres que já fizeram ou vão fazer uma mastectomia, prestando assistência na consulta de senologia (doença da mama) do hospital e disponibilizando próteses capilares, mamárias e suportes mamários (soutien). As próteses capilares também são disponibilizadas a senhoras com outro tipo de cancro. “Este movimento é de máxima importância. Deve ser muito simpático conseguir conversar com uma pessoa a

quem lhe aconteceu o mesmo e que de alguma maneira sobreviveu, venceu esse cancro e se adaptou ao seu novo modo de vida, com um corpo diferente, mas que vive com qualidade e que está de tal maneira bem-disposta que é capaz de prestar apoio a outros. A mensagem de esperança que estas senhoras passam é importantíssima”. O grupo de apoio de Beja promove ainda a ação “Um dia pela Vida”, que está a decorrer até ao dia 28 deste mês na cidade de Serpa e que consiste em “envolver toda uma comunidade na problemática do cancro, pôr as pessoas a falar sobre o cancro, a desmontar mitos e a alertar para a importância da prevenção”, para além de promover uma angariação de fundos. O distrito de Beja conta ainda com um outro grupo de apoio, instalado em Almodôvar.


O Hospital José Joaquim Fernandes realizou o primeiro implante de pacemaker biventricular do Alentejo. Este feito marca uma nova etapa da arritmologia no Alentejo, permitindo aos doentes com insuficiência cardíaca ou dessincronia ventricular (quando os ventrículos não efetuam os batimentos de forma

sincronizada) não só fazer a operação mas também ter consultas e realizar tratamentos no hospital de Beja, sem necessitar de se deslocar a outros serviços hospitalares. O serviço de pacing irá acompanhar todos os doentes que sofrem desta patologia, que afeta principalmente pessoas acima dos 65 anos.

07 Diário do Alentejo 6 maio 2011

Primeiro implante de pacemaker do Alentejo

Serpa cidade criativa Unesco – A cidade de Serpa poderáano passar a in- de 21 -americanas. A Rede de CidadesemCriativas da Unesco tem como objetivo estimular Plano de formação COTRda2011 O Centro Operativo e de um total ações de formação divididas quatro temas: Rega, tegrardea Regadio Rede de (COTR), Cidadesem Criativas da Unesco. A apresentação do projeto de candi- dearega, trocaGestão de experiências, conhecimentos, habilidades e inovações tecnológicas para Tecnologia Beja, iniciou no passado dia 19 o priEquipamentos da rega e Formação complementar em diamanhã, sábado,básicos 7, pelasde17hidráulica, horas, na inserido Biblioteca Abadeáreasque as cidades,Sendo ao aderire, ao programa, assegurem meiro datura curso dedecorre formação em conceitos noMunicipal versas outras relacionadas. uma associação sem fins lucrativosa possibilidade de desenvolCorreia da Serra. pela Confraria Cante de Alentejano, o apoioterão da umver o seu papel como deeuros excelência plano de formação para oPromovida ano de 2011. Criado com odo objetivo realçar a com os cursos custo de inscrição que um variacentro dos 150 aos 375criativa. euros, Atualmente pertencem à Câmara de Serpa, a candidatura, âmbito daotemática da música,do tempo Rede de da Música cidades de Bolonha (Itália), Gent (Bélgica), importância doMunicipal empreendimento de fins múltiplos dono Alqueva para de- dependendo deCidades duraçãoCriativas que vai das 14 às 35ashoras. A próxima será direcionada para o cante sonoridades iberoGlasgow (Escócia) e Sevilha (Espanha). senvolvimento Regional eprincipalmente do regadio em Portugal, o COTRalentejano prevê paraeeste formação – Sistemas de rega localizada - decorrerá de 9 a 13 de maio.

Regadio de Alqueva concluído em 2013

EDIA nega problemas de financiamento A EDIA considera “absolutamente falsas” as informações que dão conta que a empresa está a ter “dificuldades de financiamento” para os projetos em curso no regadio de Alqueva, nomeadamente para a construção do sistema de rega da margem direita do Guadiana, com origem na barragem do Pedrogão. O ministro da Agricultura reconhece, no entanto, que a EDIA tem “dificuldades de financiamento como qualquer empresa privada”, mas que, “com os dados que temos neste momento, há todas as condições para continuarmos a obra ao ritmo que tem vindo a ser feita”. Texto Carlos Júlio

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ontes ligadas ao sector agrícola em Beja disseram ao “Diário do Alentejo” que “recentemente a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA) contactou várias entidades bancárias para um empréstimo de 93 milhões de euros. A empresa recebeu respostas de apenas três ou quatro bancos e o valor que conseguiu foi de menos de um terço da verba pedida e a juros altíssimos”.

Também já esta semana, em nota de imprensa, a propósito da realização da 28.ª Ovibeja, a Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS) considerou que “é com redobrada preocupação que assistimos ao avolumar das dúvidas relativas à capacidade do Estado para assegurar o financiamento da última fase da obra [do regadio de Alqueva], que não só envolve os melhores solos do País, como incide sobre um conjunto muito vasto de investimentos, já PUB

Medalhas de mérito

A bulha continua

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Assembleia Municipal de Beja reuniu-se na segunda-feira, 2, e a questão das medalhas de mérito voltou a estar em discussão. Desta vez a Assembleia Municipal decidiu não atribuir a medalha de honra do município à Guarda Nacional Republicana (GNR) e a medalha de mérito municipal grau de prata à Caixa de Crédito Agrícola. O escrutínio, efetuado através de voto secreto, não recebeu consenso e a proposta de entrega de medalha à GNR arrecadou 16 votos a favor, 19 contra e um em branco. Já a votação para a atribuição de medalha à Caixa de Crédito Agrícola ditou 18 votos contra, 16 votos a favor e dois em branco. Com estas votações apenas será entregue a medalha de honra do município ao Hospital José Joaquim Fernandes e à Cáritas Diocesana, bem como a medalha de mérito municipal grau de prata à Liga dos Amigos do Hospital de Beja e ao Conservatório Regional do Baixo Alentejo. Recorde-se que este ano o município não atribuiu medalhas de mérito municipal grau de prata, no que às personalidades diz respeito. Os nomes não recolheram os votos necessários. O PSD, em comunicado, considera que “o PS e o PCP voltaram a dirimir na praça pública as suas recorrentes dificuldades de relacionamento democrático”.

no terreno, num esforço de investimento privado ímpar no nosso país”. Contactada pelo “Diário do Alentejo” a EDIA negou “quaisquer dificuldades de financiamento”. Carlos Silva, porta-voz da empresa, disse que é “completamente falsa” qualquer notícia que esteja a circular nesse sentido. “Não houve qualquer recusa de crédito por parte da banca e ainda no passado dia 21 de abril foi assinado com a Direção Geral do Tesouro e Finanças um contrato de financiamento no valor de 82,5 milhões de euros”, acrescentou. “Isso não quer dizer nada. São as verbas do Orçamento de Estado. O que está em causa é o financiamento que a EDIA tem que assegurar junto da banca, como qualquer privado, e que está a ser mais difícil, daí que o setor veja com preocupação o que se está a passar e que pode representar o adiamento da

conclusão do regadio na margem direita, que representa um terço de todo o regadio de Alqueva e onde se situam as terras de melhor qualidade”, disse ao “Diário do Alentejo” a mesma fonte ligada ao setor. Confrontado com estes receios, o ministro da Agricultura reconheceu, em declarações ao “Diário do Alentejo”, que no atual cenário de crise “a EDIA tem dificuldades de financiamento como qualquer empresa privada”: “Hoje não podemos dizer que temos as mesmas condições de financiamento que tínhamos há dois ou há um ano atrás. Os financiamentos têm sido difíceis de obter, mas nada impede que se concluam as obras que estão planeadas. No próximo ano, em 2012, há condições para adjudicar as últimas obras na rede secundária, que se situam na margem direita. Não antevejo dificuldades, o plano financeiro está feito, a EDIA continua a trabalhar no reforço dos mecanismos

de financiamento, temos hoje um quadro estabilizado de apoio na área do Proder, do QREN e também da banca, com contratos já firmados e também na área do Ministério das Finanças, garantindo o Orçamento de Estado meios suficientes para andar com a obra”, disse. Daí que António Serrano conclua: “Com os elementos que tenho hoje, se nada se alterar, temos todas as condições para em 2013 termos a obra concluída. É claro que ninguém sabe o dia de amanhã, mas com os dados que temos neste momento, seja do lado da empresa, seja do lado do Governo, há todas as condições para continuarmos a obra ao ritmo que tem vindo a ser feita. É natural que as pessoas com esta crise se questionem e se interroguem. Mas esta é uma palavra de tranquilidade que eu queria deixar, a de que estamos a trabalhar de acordo com o que estava planeado”.


Diário do Alentejo 6 maio 2011

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– O Bin Laden era multimilionário… e usou a sua fortuna para financiar muita coisa. – Parece que sim. Mas tinha um conceito um bocado diferente de “ajuda externa”, Bartoon, “Público”, Luís Afonso, 3 de maio de 2011

Opinião

Alcunhas políticas

Francisco Martins Ramos Antropólogo

A

gora que os políticos estão na ordem do dia (nem sempre por boas razões), convém desanuviar com alguns comentários irónicos que a riqueza das alcunhas alentejanas prodigaliza. De facto, as alcunhas são transversais a toda a sociedade e o Alentejo parece ser o terreno mais fértil para a proliferação deste instrumento comunicacional. Elas são, na realidade, factores de democratização linguística e social: ultrapassam as barreiras sociais; metem no mesmo saco pobres e ricos, velhos e novos, homens e mulheres, bons e maus. O campo da política não deixa de ser invadido por formas de tratamento e de referência que identificam um artefacto cultural tendencialmente lúdico, mas com funções bem precisas (identificação, proximidade, antagonismo, superioridade, chacota, pertença, etc.). No Alentejo foi possível coligir designações que ultrapassam a paróquia: Brejenev, Carmona, Churchill, Hitler, Kadaffi, Lumumba (ou Labumba), Mário Soares, Otelo, Palma Carlos, Pinto Balsemão, Ramalho Eanes, Sá Carneiro, Salazar, Samora Machel, Savimbi, Spínola, Teófilo Braga, etc. A um outro nível encontramos alcunhas que traduzem cargos, comportamentos, posições ou orientações políticas não personalizadas. Tais são os casos de: Ministro, Primeiro-Ministro, Ministro sem Pasta, Segunda Vereadora, Vereador Consorte, Reforma Agrária, Regedor, Brigadas Vermelhas, Nazi, República, Guarda Republicana. Outro tipo de alcunhas, endereçadas a figuras nacionais, não deixa de ser interessante. Toda a gente sabe que Mário Soares é Bochechas, mas poucos saberão que a alcunha alentejana de Ramalho Eanes era Valete de Paus e Álvaro Cunhal era apelidado de Lã Branca. Não resisto a descrever a alcunha Salazar. Numa mão cheia de localida localidades do Alentejo, encon encontramos indivíduos que receberam esta alcunha por diversas razões: Un Uns porque eram parecidos fi fisicamente com o ditador; numa localidade indiví um indivíanal duo analfabeto recebeu al tal alcunha por ser se exímio a fazer contas de ca cabeça; noutra noutras

A 9 assinala-se o DIA DA EUROPA. Durante décadas, esta foi uma data com um simbolismo muito especial para os povos periféricos que ambicionavam a qualidade de vida dos seus congéneres do Norte. Mas, por fim, quando se tratou de remexer na algibeira, a máscara caiu. Será que ainda se pode falar em Europa? PB

No entanto, não posso deixar de reconhecer que politicamente o dr. Fernando Nobre é, presentemente, um equívoco”, Jorge Pulido Valente, “Correio Alentejo”, 29 de abril de 2011

comunidades, a designação surgiu porque os alcunhados são (ou eram) forretas como o dito cujo; como não podia deixar de ser, outros indivíduos foram alcunhados com tal epíteto porque comungavam das mesmas ideias políticas do ditador. Numa localidade o alcunhado era guarda e passava multas a toda a gente, noutra povoação o receptor não gostava de ouvir falar do estadista e, os amigos, para ele se aborrecer, começaram a chamar-lhe Salazar. Foram ainda receptores desta alcunha indivíduos autoritários, convencidos e emproados. O discurso totalizante das alcunhas de uma população é um texto que se lê, um livro aberto que reflecte elementos da ordem do económico, moral, profissional, estético, político e ideológico.

(…) contai com isto de mim, para cantar e para o resto Cristina Taquelim portuguesa, funcionária pública, aprendiz de feiticeira. Tem bicos de papagaio, duas hérnias, uma artrose. 46 anos

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osto de ler a História e buscar-lhe sentido. Olho para o tempo ganho, para o tempo perdido e, mau grado a crise, acredito que haverá um dia em que deixaremos de ser cidadãos adiados. Sei de onde me vem esta fé, esta crença, esta utopia. Conheço de memória o lugar, o tempo, a hora … um pequeno país, em Abril, quando um punhado de capitães fortalecido pelo Povo, derrubou um poder paternalista e autoritário e recusou ser carne de canhão, numa guerra que não era a sua. Nessa altura, como hoje, também era uma guerra económica. Sei que nesse Abril foi possível sair para as ruas oferecendo cravos, que as palavras cantadas falavam de paz e de pão e a liberdade e a esperança caminhavam de peito aberto pelas ruas. Trago desse Abril de poetas o prenúncio das palavras que me permitem ler os sinais dos tempos que correm: Entretém-te meu anjinho, entretém-te que (…) eles ajudam, eles emprestam, eles decidem(…)se hás-de construir barcos para a Polónia ou cabeças de alfinete para a Suécia, se hás-de plantar tomate para o Canadá ou eucaliptos para o Japão, descansa que eles tratam disso.”(*) Olho hoje para o meu País hipotecado e, no meio desta imensa tempestade, sei que apesar de tudo valeu a pena a travessia e que é preciso lembrar as palavras do poeta*(…) lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, e partir daqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar” (*) . Normalmente não temo as crises – quase todas me fizeram crescer – mas receio esta, porque sei que estamos a perder a capacidade de aprender com a História. Temo que, se não formos buscar a esse Abril Mítico o desejo de mudança, se não mudarmos de protagonistas, de modelo de desenvolvimento, de nível de compromisso, esta crise não sirva rigorosamente para nada. * José Mário Branco: FMI

Acreditar em Portugal Manuel António do Rosário Padre

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nosso País passa por uma grave crise, cujos contornos ainda não estão definidos e cuja solução não se vislumbra no horizonte. Diz a Moral Cristã que não há pecado sem pecador, quer se trate de pecado social, ou até de pecado estrutural. A crise que se vive em Portugal também tem responsáveis. Deixo esta análise, porém, para outros mais competentes, e convido-vos a um exercício de reflexão sobre algumas das nossas responsabilidades colectivas. É sensível e bastante generalizada uma mentalidade que se pode resumir assim: a) Máximo ganho, com o mínimo esforço, não importando os meios para atingir os fins; b) Facilitismo paternalista, que nos garante a resolução de todos os nossos problemas: desde que tenhamos com que pagar; c) Fuga às responsabilidades colectivas e ao empenho pelo bem comum, que se manifesta, por exemplo, na economia paralela (24 por cento a 34 por cento do PIB); d) Aumento do fosso entre ordenados e pensões de reforma, que faz com que sejamos considerados um dos países mais injustos da União Europeia; e) Descrédito dos políticos e consequente separação entre a actividade político-partidária e as preocupações dos cidadãos. Fico por aqui na análise do negativo, e partilho, em voz alta, alguns hipotéticos caminhos de solução. Porque a crise não é só económica e financeira, mas também social, cultural e ética, a Doutrina Social da Igreja propõe quatro pilares/valores fundamentais (não soluções técnicas): centralidade e dignidade da pessoa humana; bem comum; solidariedade; e subsidiariedade. Importa, pois, investir na formação da consciência pesos vasoal para os verdadeiros udes, di isselores e virtudes, disseiça, repor a minar a justiça, confiança no Estado, rimazia da d defender a primazia verdade e daa transpaão da “res rência na gestão entar a lilipublica”, fomentar niciativa, berdade de iniciativa, onsensos encontrar consensos es em vámobilizadores rojecrias áreas e projectar para médio e longo prazo, trabalhar e produzir, mais! Basta querer e querer é poder!


alvitrando.blogs.sapo.pt - Por estes dias a OVIBEJA não é, para mim, apenas “Todo o Alentejo deste mundo” mas “todo o mundo” ou, se quiser, “o centro do mundo”., José Lopes Guerreiro, 2 de maio de 2011

Cartas ao diretor Análise política sobre as eleições… autárquicas Luís Pita Ameixa Ferreira do Alentejo

Neste momento, em que se vive no auge o processo eleitoral para a Assembleia da República, surgem no entanto no ar os primeiros perfumes das eleições… autárquicas de 2013! Não é preciso saber ler nos astros, basta analisar os comportamentos partidários da CDU para se perceber o devir. Os casos de Moura e Serpa, onde os atuais presidentes atingem o limite de mandatos e não se podem recandidatar, são os mais patentes. Por agora vejamos o primeiro. Em Moura a Câmara da CDU denota evidentes debilidades na sua equipa dirigente, muito dependente só do presidente, e é baseada numa força política sem aparentes soluções locais próprias minimamente credíveis. Aliás esta é uma das câmaras CDU enxameada de elementos políticos importados de fora pela máquina partidária, fenómeno igualmente verificado em Serpa, Castro Verde e também em Vidigueira. O dirigente partidário comunista Carlos Lopes Pereira acaba de abandonar o jornal “Diário do Alentejo”, onde prestava serviço, para ir para chefe de gabinete na câmara de Moura. Como ele próprio escreveu, no seu anúncio de saída, já andou por Moçambique, Guiné, Cabo Verde, agora no Alentejo. Uma rota política. Amanhã sabe-se lá onde?… Ainda que o lugar na Associação de Municípios fique lá assegurado como o próprio refere. Trata-se de um conhecido dirigente da organização partidária que, ao mesmo tempo que tinha em vigor a carteira profissional e fazia funções de jornalista do “Diário do Alentejo”, era responsável por estruturas partidárias e pela ação do Partido em vários domínios!!! Chegou a ser diretor do jornal, num dos, quanto a mim, mais negros períodos deste, aplicando na prática a conceção do jornal instrumento – antidemocraticamente colocando um órgão de comunicação público (isto é, propriedade de todos) essencialmente ao serviço de uma ideologia e de uma intervenção estratégia só de alguns. Bem sei que ele só estava a cumprir a doutrina comunista e os ditames dessa militância, mas com isso não me posso conformar por ser errada e injusta, pelo que, na altura própria, lhe enderecei publicamente tal crítica política. É óbvio que a sua nomeação política para a Câmara de Moura, nesta altura, tem já a ver com as próximas eleições autárquicas. Sem dúvida mais um peso pesado na partidarização comunista da Câmara de Moura e que denota necessidade de reforço político por previsão de dificuldades e receio eleitoral. Na realidade se a CDU não tem ou não confia em soluções próprias mourenses para candidato a presidente da Câmara de Moura, só lhe resta importar algum. E pode começar a testá-lo já…

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Esta é a edição de todas as provações para a OVIBEJA e para os seus organizadores. As finanças do País estão como estão. A economia chegou ao que chegou. Os índices de confiança nos políticos são o que se sabe. Morreu a ideia de solidariedade social. Vamos ver até que ponto está a Ovibeja imune a tamanha epidemia. PB

Efeméride 11 de maio de 1919 Primeiras eleições para deputados e senadores após a queda do sidonismo

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o desenvolvimento do assassinato de Sidónio Pais e da derrota da tentativa de restauração monárquica que ocorre de janeiro a fevereiro de 1919, dia 11 de maio deste ano realizam-se eleições para a Câmara de Deputados e para o Senado da República, uma vez que, com a queda do sidonismo, é retomada a Constituição de 1911. Em termos nacionais os resultados eleitorais traduzem-se numa vitória, por maioria absoluta, do Partido Democrático, agora chefiado por António Maria da Silva. Afonso Costa, a 12 de março, é nomeado presidente da delegação portuguesa à Conferência de Paz e, nessa conformidade, vai para Paris. No Baixo Alentejo, onde existem dois círculos eleitorais, o de Beja, constituído pelos concelhos de Beja, Barrancos, Castro Ve r d e , M o u r a , Mértola e Serpa, e o de Aljustrel, integrando Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Cu b a , Fe r re i r a do Alentejo, Odemira, Ourique e Vidigueira, reEzequiel do Soveral Rodrigues, eleito em maio de alidade que vem 1919 senador da república e presidente da comissão executiva do município bejense desde a proclamação da República, a vitória eleitoral é também do Partido Democrático que nestas eleições surge coligado com o Partido Evolucionista, facto que possibilita a eleição para o Senado de Joaquim Celorico Palma, de Mértola, líder deste partido na região. Contabilizados os resultados, verifica-se que o Partido Democrático elege quatro deputados, dois pelo círculo de Beja – José Monteiro e Paulo Limpo de Lacerda – e dois pelo círculo de Aljustrel – Francisco da Cunha Rego Chaves e Liberato Damião Ribeiro Pinto. O Partido Unionista elege os restantes dois deputados: António Aresta Branco, por Beja, e Manuel de Brito Camacho, por Aljustrel. No que se refere aos senadores, para cuja eleição só havia um círculo, correspondendo este à área geográfica do distrito de Beja, igual vitória do Partido Democrático que elege Ezequiel do Soveral Rodrigues e Joaquim Celorico Palma (Partido Unionista). Afonso Castro e Lemos do Partido Unionista é o outro senador eleito. Nestas eleições, onde os eleitores de Alvito e Almodôvar não vão a votos, é de sublinhar a eleição, como senador, de Ezequiel do Soveral Rodrigues que, poucos dias depois, no rescaldo da vitória do Partido Democrático nas eleições municipais de Beja, é eleito presidente da Comissão Executiva da Câmara de Beja, cargo que acumula com o de senador da República, sendo substituído nos seus impedimentos por António da Silva Serrinha, comerciante e republicano independente.

09 Diário do Alentejo 6 maio 2011

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A trapalhada é infame e mexe com coisas que vão muito para lá das birrinhas dos Pulidos e dos Ramalhos. Está na hora de os políticos aqui da praça ganharem tento e pudor. A questão das MEDALHAS MUNICIPAIS tresanda. E cada vez é maior o número de pessoas e instituições sérias que veem os seus nomes deitados à lama. PB

Há 50 anos Soldados do R.I. 3 regressam da Índia

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e regresso da Índia Portuguesa, teve carinhosa recepção o contingente de soldados expedicionários do R.I. 3 que esta madrugada chegou a Beja”, titulava o “Diário do Alentejo” na primeira página, a 5 de maio de 1961. E noticiava: “O contingente de soldados do Regimento de Infantaria n.º 3 que, em 27 de Abril de 1959, partiu para a Índia Portuguesa, integrado no Batalhão de Além-Tejo, a fim de cumprir, durante dois anos, uma missão de soberania, regressou ontem a Lisboa, no cargueiro ‘Rovuma’ e esta madrugada chegou a Beja, em comboio especial”. Relatava o jornal: “Não obstante a hora matutina, a população bejense, com natural relevo para as famílias das tropas expedicionárias, quis prestar aos valorosos soldados alentejanos uma entusiástica e carinhosa recepção, comparecendo na gare da estação da C. P. e no largo fronteiro algumas centenas de pessoas que, à chegada do contingente, lhe tributaram uma expressiva e emocionante manifestação de simpatia e de admiração”. A reportagem revelava que “à parte uns leves e naturais enjoos, por motivo de forte tempestade que o ‘Rovuma’ teve de suportar durante alguns dias, no Mar Mediterrâneo, a viagem decorreu sem quaisquer atritos, chegando todos os soldados de boa saúde”. O vespertino acrescentava que, nessa mesma manhã, as tropas não residentes em Beja “regressaram às suas localidades, muitas do concelho e distrito de Beja, tendo-lhes sido também prestado emocionante acolhimento por parte de familiares e amigos”. Na mesma edição, na secção Varandim da Cidade, Melo Garrido dava voz à reivindicação de uma leitora que morava na rua do Esquível, em Beja: “Pretende ela que os serviços camarários respectivos promovam a limpeza das sarjetas das Portas de Moura com a regularidade necessária, para evitar o cheiro nauseabundo e os perigos para a saúde pública que resultam da falta dessa prática”. O jornalista apoiava a exigência: “Estamos, pois, perante uma pretensão inteiramente justificada. Só será de lamentar que se torne necessário dar-lhe publicidade, tentando-se, assim, o seu rápido deferimento”. E mais: “Exija-se à população a indispensável colaboração neste capítulo [a higiene da cidade]. Mas que seja sempre a Câmara, pelo seu departamento respectivo, a dar o bom exemplo. Porque de contrário mal irá a higiene da cidade...”. Palavras justas e ainda hoje atuais.

Constantino Piçarra Carlos Lopes Pereira


Diário do Alentejo 6 maio 2011

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“Aldeia Nova” de Serpa para o Alentejo

Estreou na passada quarta-feira, no Cineteatro Municipal de Serpa, “Aldeia Nova”. Um trabalho multidisciplinar que lembra Manuel da Fonseca no centenário do seu nascimento. A conceção do espetáculo e direção artística pertence a Paulo Ribeiro, que junta no mesmo palco contributos de dezenas de artistas da região. “Aldeia Nova” vai agora entrar em digressão por diferentes palcos do Alentejo.

Entrevista

Quando ele falava, toda a gente o ouvia embevecida, porque o Manuel tinha uma naturalidade, uma espontaneidade que cativava… Mas, atenção, essas conversas eram muito bem preparadas.

Entrevista com Hermínia, a derradeira companheira de Manuel da Fonseca

Poeta sim, mas não tanto Hermínia Fonseca partilhou 16 anos de vida com o autor de Cerromaior. Conheceu Manuel da Fonseca em 1978 e esteve ao seu lado até aos últimos dias. Acompanhou-o inúmeras vezes em deslocações a escolas, bibliotecas e outros locais onde a presença do escritor de Santiago do Cacém era reclamada. Ao recordar esses tempos, Hermínia não esconde alguma amargura. Lamenta que as obras de Manuel da Fonseca não se vejam nas livrarias, o que traduz, em sua opinião, o esquecimento a que o escritor neorrealista foi votado após a morte. Como reagiria Manuel da Fonseca aos tempos difíceis que vivemos? “Com ironia, certamente”, responde a viúva. “Continuaria a dar as suas pancadinhas, dizendo as coisas que deviam ser ditas.” Entrevista Alberto Franco Ilustração Susa Monteiro Fotos Arquivo “DA” Hermínia e Manuel Inseparáveis nos últimos anos de vida do poeta

Quando conheceu Manuel da Fonseca?

Que opinião tinha sobre ele como escritor?

Conhecemo-nos em 1978, na antiga livraria Opinião, perto do largo da Trindade, que o Manuel frequentava. No prédio da livraria existia uma delegação da empresa dos produtos que eu vendia. Ninguém nos apresentou. Eu já conhecia o Manuel de vista, conhecia-lhe os livros, e a nossa relação nasceu espontaneamente.

Gostava muito dos livros dele. Atraía-me o grande conhecimento das pessoas que o Manuel demonstrava, a mensagem que enviava nas páginas que escrevia. Era uma mensagem para os pobres. Para as pessoas do Alentejo, que sofreram na pele muita coisa. Depois havia também os livros sobre Lisboa, como Um Anjo no Trapézio, porque o Manuel

gostava muito do Alentejo, mas era também um grande apaixonado por Lisboa. Preferia a prosa ou a poesia?

Eu gosto muito da poesia dele, mas preferia a prosa. Que livro dele a tinha impressionado mais?

A Seara de Vento, sem dúvida. Uma história muito forte, com um conteúdo que impressiona.

Deu uma peça de teatro. E o Cerromaior deu um filme, em 1980. Era uma época em que todos conheciam bem o Manuel. O telefone não parava. O Manuel “escondia-se”, e por isso falavam comigo: “Hermínia, precisamos que o Manuel vá aqui. Hermínia, tens que fazer com que o Manuel vá acolá”… E eu transmitia-lhe: temos de ir aqui, temos de ir além. Ele começava por esbracejar, por dizer que não, que estava

cansado, mas depois lá íamos. Depois que o Manuel faleceu, o meu número de telefone continua a ser o mesmo, mas ninguém se tem interessado... As pessoas são hipócritas, é o que se pode concluir. Mas o Manuel conhecia-as, e por isso escrevia como escrevia. O que a atraiu nele?

A sua personalidade, tão rica. Nunca me cansava de o ouvir,

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Diário do Alentejo 6 maio 2011

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bebia o que ele dizia. Aprendi muito com ele. Acompanhei-o em mu it íssi ma s oc a siões, quando era convidado para palestras em escolas, bibliotecas, feiras do livro, por todo o País. Quando ele falava, toda a gente o ouvia embevecida, porque o Manuel tinha uma naturalidade, uma espontaneidade que cativava… Mas, atenção, essas conversas eram muito bem preparadas. O Manuel costumava dizer: “Ser espontâneo dá muito trabalho”. Antes de ir falar a qualquer lado, consultava livros, escrevia os seus papéis, preparava tudo muito cuidadosamente. E lá ia eu com ele, como chauffeur, pois ultimamente o Manuel já não conduzia.

Pela estrada fora Manuel da Fonseca nunca recusava um convite para falar dos seus livros

Recorda-se de alguma situação curiosa acontecida nessas viagens pelo País?

Apesar da importância literária de Manuel da Fonseca, as suas obras são hoje difíceis de encontrar nas livrarias. Porquê esta ausência?

Lembro-me que um dia fomos convidados por uma escola de Castelo Branco. Ao atravessar o pátio da escola, vimos um grupo de alunos, miúdos de 12, 15 anos. Um deles disse: “Olha, aquele é que é o Manuel da Fonseca”. “O quê”, respondeu-lhe outro, “aquele velho, gordo e careca?” O Manuel fartou-se de rir, e a conversa na escola começou precisamente com o dito do miúdo...

O que acontece é que a editora, a Caminho, agora integrada no Grupo Leya, deixou de fazer distribuição dos livros. Disseram-me que quando os livreiros precisam, pedem. Ou seja, para se comprar um livro do Manuel da Fonseca é necessário encomendar... Acho que não faz sentido. Se as obras não estão nas livrarias, é muito mais difícil vendê-las. Eu tenho um contrato com a editora, assinado depois da morte do Manuel, que diz que alguns livros devem ser reeditados. E isso não está a ser cumprido. Vão-me chegando alguns rendimentos através da Sociedade Portuguesa de Autores, mas não dão para viver, muito longe disso.

Como era Manuel da Fonseca no dia a dia?

Vivia muito mais para os outros do que para ele próprio. Durante algum tempo, morámos em Beja. Um dia, estávamos a almoçar, bateram-nos à porta. Era uma vizinha que estava desempregada, a perguntar ao Manuel se podia fazer alguma coisa. Ele nem acabou de almoçar: saiu porta fora e foi falar com alguém dos seus conhecimentos para tentar resolver o problema da senhora… Era assim com toda a gente. “Os outros precisam mais do que eu”, costumava dizer. Com os interesses dele e de quem o rodeava, o Manuel era muito mais condescendente. Sempre liberal, para ele estava sempre tudo bem. Eu tentava chamá-lo à realidade e dizia-lhe: “Ó Manuel, poeta sim, mas não tanto. Porque os poetas também comem e também bebem”...

Seara de Vento Hermínia Fonseca identifica-se com Amanda Carrusca, personagem aqui recriada por Susa Monteiro Como reagiria ele aos tempos difíceis que vivemos?

C om i ron i a , c e r t a me nte . Continuaria a dar as suas pancadinhas, dizendo as coisas que deviam ser ditas, devagar, sem brusquidão. Tenho muitas saudades do Manuel. Não tanto como escritor, mas sim como homem, como companheiro. Como gente. Qual a personagem criada por Manuel da Fonseca com que mais se identifica?

O que é que o Alentejo representava para ele?

O Manuel gostava muito do Alentejo. Os livros que lhe

dedicou, o Cerromaior, a Aldeia Nova, a Seara de Vento, mostram bem como ele amava a região. É verdade que saiu de lá cedo, viveu a maior parte do tempo em Lisboa, mas gostava muito da sua terra. Tanto que regressou a Santiago do Cacém. Só que às vezes tinha um desabafo: dizia que a terra dele não era mãe, era madrasta. Neste ano do centenário, o Manuel está a ser recordado. Nos últimos tempos tenho recebido muitos contactos de gente interessada em celebrar o seu nascimento. Querem associar-se ao centenário de um escritor, querem brilhar, e acho bem que o façam. Mas o Manuel morreu há 18 anos. E nesses 18 anos, desculpe-me o desabafo, pouca gente se lembrou dele.

José Moedas Uma das muitas tertúlias com o falecido jornalista do “Diário do Alentejo”

Com a Amanda Carrusca, da Seara de Vento. Uma mulher de ideias firmes, com a força que todas as mulheres deviam ter.


Diário do Alentejo 6 maio 2011

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A 30 de abril, pela décima primeira vez desde que a tradição foi retomada, centenas de romeiros a cavalo chegaram, finalmente, a Viana do Alentejo. O início da jornada, como sempre, tem lugar na Moita, três dias antes. A história desta romaria remonta ao século passado, quando os lavradores da região ribeirinha se deslocavam com o seu gado, através da antiga Canada Real, por quintas e caminhos de terra batida, até ao santuário da Nossa Senhora d’Aires. Durante a procissão os animais eram benzidos e os donos rezavam a pedir boas colheitas.

Fotorreportagem

A cavalo, durante três dias, da Moita até Viana do Alentejo

Romaria ao Santuário da Nossa Senhora d’Aires


Nascido em Portugal mas criado em Moçambique, Luís Vasconcelos (1947) iniciou-se como fotojornalista no “Jornal Novo”, em 1975, e durante uma década integrou sucessivamente as agências ANOP, Notícias de Portugal e Lusa. Foi fundador e editor fotográfico do “Público”, cargo que exerceu mais tarde na “Visão”. Fotografou em mais de uma centena de países e a sua obra está publicada numa dezena de livros. É membro fundador e director da Estação Imagem, em Mora.

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A XI edição da Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo decorreu entre os dias 27 de abril e 1 de maio e foi organizada pelas câmaras municipais da Moita e de Viana do Alentejo, pela Associação de Romeiros da Tradição Moitense e Associação Equestre de Viana do Alentejo e contou com o apoio das entidades regionais de turismo do Alentejo e do Vale do Tejo. Esta romaria é um dos maiores eventos equestres nacionais, tendo voltado a realizar-se em 2001, depois de um interregno de mais de 70 anos. Durante os quatro dias, os romeiros pernoitam no Poceirão, Landeira, Casebres, S. Cristóvão, Casa Branca e S. Brás do Regedouro.


Diário do Alentejo 6 maio 2011

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Passeio campestre em S. Cristóvão

No dia 14 realiza-se, em S. Cristóvão, no concelho de Montemor-o-Novo, o VI Passeio Campestre. Os participantes vão andar entre as ervas aromáticas, o moinho, a moagem e o Cromeleque do Tojal. O ponto de encontro está agendado para as 9 e 30 horas, no largo 25 de Abril, em S. Cristóvão. A organização encontra-se a cargo do Centro de Estudos Documentais do Alentejo – Memória Coletiva e Cidadania e da Associação dos Apicultores do Concelho de Montemor-o-Novo.

Região

Terras Sem Sombra entrega galardões

O Festival Terras sem Sombra de Música Sacra entrega, amanhã, sábado, na igreja Matriz de Santiago do Cacém, pelas 17 e 30 horas, o Prémio Internacional Terras sem Sombra. De periodicidade anual, o galardão destina-se a distinguir personalidades ou instituições que tenham prestado notáveis serviços, ao longo da carreira, nos domínios focados diretamente pelo festival: a irradiação da Música, a conservação do Património Cultural e a salvaguarda da Biodiversidade e dos Recursos Naturais. Neste primeiro ano o cargo de patrono do prémio foi assumido pelo príncipe Pavlos da Grécia e da Dinamarca, que presidirá à cerimónia de entrega dos galardões.

Teatro de revista em Alcácer do Sal – O Teatro Pedro Nunes recebe amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, um espetáculo de teatro de revista, levado a cabo pelo Grupo Cénico da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba (Pazôa). A coletividade pretende ver recuperadas algumas tradições, que se foram perdendo ao longo dos tempos, como é o caso do teatro amador, que não passava pela Pazôa há mais de 15 anos. O espetáculo será composto por duas partes: “Por causa do futebol” e “Isto há cá destinos”.

Festival de Sines destacado pela “Songlines”

FMM regressa no final de julho O

Fest iva l Mú sic a s do Mundo (FMM) de Sines é um dos 25 festivais internacionais de world music destacados na edição de sexta-feira da revista inglesa “Songlines”. O FMM de Sines – cuja 13.ª edição decorre de 22 a 24 e de 27 a 30 de julho, em Sines – faz parte de uma lista de 25 certames internacionais em destaque na revista britânica que especialistas consideram uma das publicações de referência na área de músicas do mundo, lê-se num comunicado da Câmara Municipal de Sines.

Africa Festival (Alemanha), Dr uga G odba (E slovén ia), Fe s t i v a l I nt e rc e lt ique d e Lorient (França), Forde Folk Fe st iv a l (Nor ue ga), Guc a Tr u mpet Fest iva l (Sér v ia), Musiques Metisses (França) são alguns dos festivais europeus citados pela publicação. O O s l o Wo r l M u s i c Festival (Noruega), o Sfinks Festival (Bélgica), o Sommelo Festival (Finlândia) e o Sziget (Hungria) são os outros certames europeus distinguidos na publicação britânica. Fora da Europa, são destacados os festivais Chicago

Wo r l d Mu s i c F e s t i v a l e S av a n n a h Mu sic Fe s t i v a l (EUA), o ESP Á f rica /Cape Tow n I nt e r n a t i o n a l Ja z z Festival (África do Sul), os Essaouira Gnawa & World Music e Fés Festival of Sacred Music (Marrocos), Festival in the Desert (Mali), o Jodhpur RIFF - Rajasthan International Fol k Fe st iva l (Í nd ia), L a Grande Rencontre (Canadá). L a k e of St a r s (M a l aw i), Rainforest Festival, Sarawak (Ma lásia), Sauti za Busara, Zanzibar (Tanzânia), Ulsan World Music Festival (Coreia do Su l) e WOM A Dela ide

(Austrália). A galega Mercedes Peón, o senegalês Cheikh Lô e o caboverdiano Mário Lúcio são alguns dos músicos que atuam no Músicas do Mundo 2011, de um total de 35 concertos. O FMM foi criado em 1999 com o intuito de valorizar o castelo de Sines. Mo s t r a r a d i ve r s i d a d e das expressões musicais do mundo evocando a importância dos contactos interculturais decorrentes dos descobrimentos foi, segundo o sítio do FMM, outro objetivo do festival.

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A Câmara Municipal de Mértola e a Merturis – Empresa Municipal de Turismo apresentam, mais uma vez, na Ovibeja, a oferta turística do concelho, dando ênfase nesta edição à promoção do Festival Islâmico de Mértola que decorre de 19 a 22 de maio. No stand, organizado por núcleos temáticos, o município dá a conhecer a quem visita este certame o património histórico, cultural, natural e gastronómico do concelho.

Diário do Alentejo 6 maio 2011

Mértola dá a conhecer Festival Islâmico na Ovibeja

Seis novas crias no Badoca A primavera trouxe seis novas crias à herdade da Badoca. Nos últimos meses nasceram animais de várias espécies, entre os quais um lémur de cauda anelada, uma suricata, um chimpanzé e uma zebra. As crias estão já integradas com as respetivas “famílias” e é possível conhecê-las numa visita ao parque. Além das crias que nasceram no parque, chegaram à herdade dromedários oriundos de um zoo espanhol e que já podem ser vistos no percurso do safari. As girafas recentemente chegadas ao parque abandonaram já a zona protegida em que iniciaram o período de adaptação na herdade, estando também em liberdade como as restantes manadas.

Áurea, Joana Amendoeira e Baile Popular vão estar em Serpa, em junho

Encontro de Culturas apresenta-se em Lisboa

O

compositor João Gil, a fadista Joana Amendoeira e Áurea, a cantora revelação do ano, vão estar segunda-feira, 9, na Casa do Alentejo, em Lisboa, para a apresentação pública do 8.º Encontro de Culturas, que decorre entre os próximos dias 2 e 18 de junho, em Serpa. A sessão, agendada para as 18 horas, conta também com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Serpa, João Rocha, e do músico Laurent

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Filipe, diretor do Musibéria – Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo Ibérico, que passará a funcionar em Serpa, a partir de 18 de junho, e cujos detalhes também serão desvendados na ocasião. Além de Áurea, que abre a programação de 2011 do Encontro de Culturas, a 2 de junho, já estão confirmadas, para a primeira semana de espetáculos, as presenças do norte-americano Muddy Waters Jr (dia 3), de Joana

Amendoeira (dia 4) e do projeto Baile Popular (dia 5). No segundo round, sobem ao palco da praça da República, sempre pelas 21 e 30 horas, a cabo-verdiana Mayra Andrade (dia 8), os brasileiros Banda Orquestra do Fubá (dia 9), o cantor de flamenco Diego El Cigala (dia 11) e, a encerrar, a mexicana Lila Downs. A 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Serpa dedica todo um programa de iniciativas ao

cante alentejano. Tal como em anos anteriores, o Espaço Nora recebe os concertos “fora de horas”, um desfile de nove propostas a inaugurar pelos Raspa Tacho (dia 2) e a encerrar com os Pé na Terra (dia 12). Pelo meio, há Reggae Mamba (dia 3), Fernando Pardal e Tabernê Sonvinhom (dia 4), Patricias SA (dia 5), Vira Lata (dia 8), Trio Manaia (dia 9), The Cadillacs (dia 10) e Sons de Cuba (dia 11).

Percursos de Roda Pé em Moura Amanhã, sábado, a ADCMoura irá realizar, no âmbito dos Percursos de Roda Pé, um passeio nas imediações da aldeia histórica de Santo Aleixo da Restauração, mais concretamente na zona da Coutada, para conhecer e acompanhar um peculiar rebanho de cabras comunitário, constituído por animais de criadores particulares da aldeia, conhecido localmente pela apropriada designação de “cabrada da Adua” (do árabe ad-dula, que significa “grande rebanho”). O encontro dos participantes está marcado para o largo da igreja de Santo Aleixo da Restauração, pelas 10 horas.


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Cavaco inaugura lar de idosos em Vidigueira

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“Entardecer Solidário” é o novo lar de idosos de Vidigueira. O projeto da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades, com o apoio da Câmara de Vidigueira, será inaugurado no próximo domingo, dia 8, pelas 16 e 30 horas. A cerimónia conta com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva.

é o número de filmes que o único clube de vídeo de Beja aluga por semana

O fim dos videoclubes

Sexo, mentiras e Internet Num curto espaço de tempo, aproximadamente 20 anos, os videoclubes apareceram e conquistaram milhares de utilizadores. Agora, estão cada vez mais perto da extinção. Resta pouco mais de um terço dos que existiam na época dourada das vídeo cassetes VHS, nos anos 90. Texto Ângela Costa

O

número de clubes de vídeo tem vindo a decrescer em proporção direta ao crescente ritmo da adesão à Internet. Hoje em dia, as operadoras de comunicações disponibilizam banda larga de alta

velocidade a um preço bastante acessível. Este fato está a aumentar o número de downloads ilegais, uma vez que permite descarregar vários tipos de conteúdos da rede de forma rápida e totalmente gratuita. O download de filmes, que na sua grande maioria estão disponíveis on line vários meses antes de estrear em Portugal, e os milhares de títulos disponibilizados pelas operadoras de televisão por cabo, que podem ser alugados a qualquer momento com um simples toque no comando de TV e sem sequer sair do sofá, são as principais causas do desaparecimento dos clubes de vídeo. Beja já teve, em

tempos, três clubes de vídeo. Hoje resta apenas um, o Beja Filmes. Segundo Paulo Costa, o proprietário, a maior ameaça aos clubes de vídeo é mesmo o download e a venda ilegal e ao desbarato. O Beja Filmes tem uma média de aluguer de 20 filmes por semana, a preços que variam entre os 0,99 euros por três horas e os 2,50 euros por 24 horas. Paulo Costa explicou que “quem gosta mesmo de cinema continua a alugar porque os da Net não têm a mesma qualidade” e os preços praticados pelos fornecedores de televisão são muito elevados: “Quem aluga aqui um filme por semana gasta cinco euros por mês e se alugar na Meo gasta 20”.

Criatividade na educação pré-escolar

IPBeja recebe conferência

O

auditório principal do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) acolhe a primeira conferência “Creanet, Criatividade na Educação Pré-Escolar”. O evento, a decorrer até amanhã, sábado, é organi-

zado pela Escola Superior de Educação do IPBeja e coordenado pelo Sweden Emilia Romagna Network & Scandino Minicipality, inserindo-se no programa europeu Comenius – Redes Multilaterais. A rede Creanet

visa desenvolver um fórum europeu de discussão, investigação, partilha de boas práticas no âmbito da “Criatividade em Educação Pré-Escolar”, a partir de perspetivas multidisciplinares e transversais.


O Beja Basket Clube venceu fora de casa a União Sportiva dos Açores, em jogo a contar para a 3.ª jornada da fase zonal do Campeonato CNB 2 de basquetebol. A equipa bejense encontra-se na quinta posição com duas vitórias e uma derrota. O BBC recebe amanhã, 7, o Stella Maris, de Peniche.

Futebol Faro do Alentejo vence Inatel

A equipa do Faro do Alentejo arrebatou a taça Fundação Inatel na final que se disputou em Aljustrel. Na final, a equipa do concelho de Cuba venceu o Luzianes-Gare 5 a 4 após marcação de grandes penalidades. No tempo regulamentar, o resultado estava em 0 a 0. O Faro do Alentejo tinha vencido anteriormente o Grupo A enquanto o Luzianes-Gare o grupo B.

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ANA MARGARIDA ENGANA

Desporto

Maioria dos atletas provêm das camadas jovens

“Rasga à roupa” é campeão distrital Após 29 anos o Despertar volta a ganhar o campeonato distrital de futebol em seniores. O clube bejense venceu muitos títulos distritais nas camadas jovens nos últimos anos e regressou ao futebol sénior há quatro épocas. “A vitória foi o corolário do trabalho realizado no clube desde há 20 anos”, explica com satisfação, o presidente, Mariano Baião. Texto João Fialho

A

principal dinâmica do clube continua a ser o trabalho efetuado nos escalões de formação. “É a parte sagrada desta casa”, assume Mariano Baião, acrescentando que “a formação nunca será afetada”. Esse facto reflete-se na constituição do plantel sénior, que é formado em cerca de 80 por cento por atletas com o “selo” do Despertar. “Este clube é um oásis num deserto no que toca a este modelo de organização”, considera o treinador João Caçoila. “Há atletas que sempre representaram o Despertar”, acrescenta. No regresso do futebol sénior desde a segunda divisão distrital, os jogadores formados na casa têm sido a sua imagem de marca. “Tenho orgulho em dizer que fomos campeões com uma equipa com menos custos que na temporada passada”, salienta. O treinador reconhece que foi um risco em reduzir o número de jogadores, mas foi uma aposta ganha. O treinador João Caçoila não esconde a sua alegria por este triunfo já que no

início da época, apesar de ter como objetivo a subida, esta era vista como difícil de alcançar. “Começamos o campeonato em primeiro lugar e já não largamos a liderança”, lembra. Para alcançar esse objetivo o treinador considera que houve uma mudança de mentalidade para melhorar o que tinha sido feito nas épocas anteriores. Dessa forma, o Despertar contratou alguns jogadores que à partida seriam uma mais valia para o clube, como José Claúdio, Rui Pepe, Bruno Amaro, Ricardo Vargas e o guarda-redes Eduardo. “São jogadores que conhecia e sabia que seriam importantes para a equipa”, reconhece. Para o treinador, o jogo que marcou a época vitoriosa do “rasga” foi o de Plantel Guarda-redes: Eduardo, Ivan, Vargas (júnior) Defesas: Fábio Xavier, Vítor Rolim, Bruno Amaro, Fabiano, Tiago Torres, Filipe Catarino, Alexandre Médios: João Paulo Agatão. Hugo Páscoa (capitão), Ricardo Vargas, Ricardo Montes, José Claúdio, André Rosa Avançados: Rui Pepe, Ricardo Amaro, Pázinho (júnior), André Peraltinha (júnior), João Luz, Pedro Patinha Equipa técnica João Caçoila (treinador principal), Vítor Rodrigues (adjunto), Joaquim Palmeiro (adjunto) Dirigentes Mariano Baião (presidente), Eng. Xavier, João Carlos, Luís Mestre, Helder Ribeiro, Costa (massagista), Freitas (massagista)

Castro Verde, no qual o Despertar chegou com três pontos de vantagem e saiu com seis que seriam sete devido ao confronto direto entre as equipas. “A partir daqui fizemos uma primeira volta impressionante, na qual cedemos apenas um empate”, enaltece. Outro momento importante foi como a equipa reagiu após a primeira derrota da prova, com o Ferreirense, em casa. No jogo seguinte o Despertar deslocou-se a Serpa e arrancou um empate precioso após ter começado a perder, que para João Caçoila deu muita motivação à sua equipa. Mas foi no jogo do título com o Castrense em Beja que o treinador pensou que o campeonato já não iria fugir à sua equipa. Para o treinador, a dedicação dos atletas juntamente com o ambiente positivo entre dirigentes e restante equipa técnica levaram à vitória. No entanto também apareceu o chamado 12.º jogador, quando os jogadores do escalão de formação se começaram a entusiasmar e formaram uma claque. “Foram mais importantes do que eles pensam”, considera. Quanto à falta das verbas acordadas com a câmara de Beja a fazerem mossa no orçamento do clube, o presidente Mariano Baião diz que não houve qualquer evolução nessa matéria e que pretende reunir-se em breve com a autarquia para discutir a situação. Se não houver esse apoio, Mariano Baião reitera que “todas as possibilidades estão em cima da mesa, incluindo a saída desta direção”. A decisão será tomada após a assembleia geral de 30 de maio.

Mudámos de instalações: Praça Diogo Fernandes, 20 Apartado 6036 | 7800-420 BEJA Telefs. 284 324 282 | 284 325 176 | Fax: 284 325 165

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Basquetebol BBC supera açorianos


Diário do Alentejo 6 maio 2011

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Futsal Baronia vence primeiro jogo

Ciclismo Peçamodovar em prova internacional

O Baronia derrotou em casa o Barrancos por 4-1 no primeiro jogo do playoff do campeonato distrital de futsal. O próximo jogo disputa-se em Barrancos e em caso de vitória da equipa visitante esta sagra-se campeã distrital e disputará a III Divisão. O Baronia já havia vencido a fase regular da prova e tinha descido da III Divisão na temporada anterior.

Patinagem Artística – Campeonatos Regionais em Cuba A Associação de Patinagem do Alentejo levou a efeito, no Pavilhão Municipal de Cuba, os Campeonatos Regionais de Patinagem Livre e Pares, prova rainha da disciplina que, para além dos títulos regionais em disputa, selecionou ainda o apuramento para os respetivos campeonatos nacionais. Sagraram-se campeões regionais: infantis femininos

A equipa de ciclismo master Peçamodovar/Casa do Benfica de Almodôvar participa este fim de semana numa prova do circuito internacional master que se disputa em Évora e irá apurar atletas para a final que se disputará na Bélgica em setembro. A prova vai ter 160 quilómetros e vai passar por diversas vilas do Alto Alentejo.

Margarida Lança (FC Castrense) e masculinos Claudio Rus (CPA Cuba); iniciados femininos Inês Aragão (SC Serpa) e masculinos André Barrinhas (GD Diana); cadetes femininos Catarina Bicho (CPA Cuba); juvenis femininos Joana Bicho (CPA Cuba) e masculinos Emanuel Salvadinho (SC Serpa); juniores femininos Inês Cachola (SC Serpa) e seniores masculinos Bruno Colaço (CD Almodôvar). JC

Associação de clubes amadores reativada

Clubes bejenses continuam à rasca A Câmara Municipal de Beja pagou desde março até à data dois mil euros a cada clube do concelho referente ao ano de 2010. No entanto, para as coletividades com maior atividade desportiva, essa verba não chega a 50 por cento do dinheiro em falta. Texto João Fialho

Feira promove artes equestres

Horseball e saltos na Ovibeja

A

maior feira do Sul do País também contém no seu programa diversas provas desportivas. Hoje, sexta-feira, dia 6, irá decorrer o concurso nacional de saltos, classe E, às 14 horas, no picadeiro D. Diogo Braancamp Sobral. Amanhã realiza-se o terceiro passeio turístico de TT Ovibeja/TTB Aventura, às 8 e 30 horas. Neste dia, no picadeiro D. Diogo Sobral, continuam as provas do

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concurso nacional de saltos classe E, às 11 e às 14 horas. Ao fim da tarde, às 18 horas, decorre uma partida de horseball. No domingo, último dia da feira, as provas do concurso nacional de saltos terão o seu derradeiro dia de provas, às 11 e às 14 horas. Por fim um encontro de horseball, às 16 horas, irá fechar as atividades desportivas do certame mais importante da cidade de Beja.

E

m alguns dos clubes isto é uma gota no oceano”, diz Mariano Baião, presidente do Despertar e um dos porta vozes dos clubes. O dirigente referiu também que irá ser reativada a associação de clubes amadores, cujas eleições irão decorrer no próximo dia 16 deste mês. Vasco Cordeiro, presidente da Zona Azul, e outro dos porta vozes, diz que o seu clube, assim como o Despertar, Desportivo, Bairro da Conceição e Clube de Patinagem de Beja, são alguns a quem ainda falta metade da verba. Num comunicado entregue na Assembleia Municipal, os clubes queixam-se igualmente do prazo para endereçar ao município o inquérito

às atividades: duas semanas, quando o “normal” seriam dois meses. Os clubes queixam-se também que nada foi transmitido pelo município sobre quando será entregue a restante verba de 2010 e de 2011, nem sequer a marcação de uma reunião para esclarecimentos. Por outro lado, também salientam que necessitam de preparar a próxima época desportiva mas não sabem o seu futuro e o dos seus milhares de praticantes. Por seu lado, o vereador Miguel Góis, responsável pelo Desporto, salienta que “os clubes foram informados que a Câmara Municipal está a fazer os possíveis” para pagar as verbas em falta. “O município não recebeu qualquer tipo de audiência por parte dos clubes”, diz. O autarca reconhece que a câmara compreende as dificuldades dos clubes e que a reunião com estes será marcada para breve. “O município apela ao diálogo direto entre as partes e não através de outras vias”, refere. O vereador diz que os clubes desportivos e o restante movimento associativo são prioritários para o município no que toca à regularização do dinheiro.


“Os Verdes” iniciaram esta semana a campanha “Comboios a rolar – Portugal a avançar”. O partido ecologista considera que os transportes públicos são hoje, mais do que nunca, um “direito fundamental “ para garantir direito à mobilidade, para desenvolver o País e criar emprego, para melhorar o ambiente e para reduzir a sinistralidade e melhorar a circulação e o conforto em viagem. Para que tal aconteça, segundo “Os Verdes, “é preciso mudar de políticas e retomar o investimento neste setor que, sendo já escasso, ficou parado em consequência dos PEC”.

Legislativas Candidato do CDS-PP preocupado com a abstenção

Em nome do “homem-agricultor” José Ghira, 44 anos, engenheiro zootécnico, é o candidato do CDS/PP às eleições legislativas de 5 de junho, repetindo a candidatura de 2009. No último ato leitoral, o CDS foi o quinto partido mais votado pelo círculo de Beja, obtendo 5,7 por cento dos votos e nenhum deputado eleito. O “Diário do Alentejo” inicia hoje uma ronda de entrevistas com os cabeça de lista por Beja às eleições para a Assembleia da República. Texto Carlos Júlio Vivendo fora do distrito, como surgiu a sua candidatura como cabeça de lista do CDS pelo distrito de Beja?

Estou recenseado no concelho de Cascais, na freguesia de São Domingos de Rana. A minha qualificação ou habilitação profissional na área agronómica, a minha atividade profissional e a ligação familiar ancestral remete a minha família para Cuba e Alvito, outrora no século XIX. Esta atividade profissional, principalmente enquanto formador qualificado na área do controlo das ajudas comunitárias ao setor agrícola, diretas e indiretas, permitiu-me, dentro de princípios éticos que me regem, conhecer, desde 1994, o Alentejo que, até então, era somente um local de descanso em família. Quais os temas principais em torno dos quais se desenvolve a sua candidatura?

É preciso fazer uma rutura clara com o Governo anterior e com o clientelismo tentacular associado aos dois partidos políticos que nos têm conduzido, de forma dissimulada, para um abismo; o apoio ao pequeno investimento em infraestruturas tradicionais e tecnológicas e a promoção de poupança privada e aproveitamento total dos investimentos corresponsáveis ou cofinanciados disponíveis de âmbito

nacional e comunitário. Que setores chave considera que podem e devem ser apoiados no distrito?

Potencializar e operacionalizar do ponto de vista humano e económico os diversos setores, nomeadamente a ruralidade que é uma característica marcante da paisagem, contribuindo para a atratividade deste território, atribuindo-se às suas características cénicas uma parte importante da crescente procura do ponto de vista turístico. No setor turístico, importa desenvolver algum trabalho na qualificação e formação profissional. Expressão espacial significativa manter o montado de sobro e azinho, conferindo amenidade e sustentabilidade ambiental. Apelo também ao desenvolvimento da plataforma portuária de Sines e do aeroporto de Beja. O regadio de Alqueva ainda não está concluído e sabe-se que devido às dificuldades de crédito há quem tema que as obras sofram atrasos. Considera que este é um investimento prioritário ou que, devido à crise, tem que ser suspenso temporariamente?

Era o que faltava! Temos também que olhar mais para nós, portugueses, e capacitar todos os instrumentos que poderão gerar riqueza a curto ou médio prazo. Estas infraestruturas não podem esperar, porque tempo é dinheiro e este já lá está. O Alentejo não pode esperar! Isto é prioritaríssimo. Fala-se muito de desertificação humana do Alentejo e de perda de habitantes. Que medidas defende para a fixação de habitantes?

Tudo o que anteriormente tentei, de forma racional e realista, identificar como fatores de desenvolvimento efetivo, dentro dos setores da atividade económica já instalados, como os setores da agricultura e pescas,

nomeadamente a agroindústria e uma rede de distribuição empresarial eficaz pode contribuir para isso. É preciso combater os polos regionais de desertificação através da renegociação de simbioses, no quadro Europeu, das áreas de Rede Natura 2000 que hoje condicionam a atividade agrícola sem razão para tal. Neste âmbito, considero a figura do “homem-agricultor” e que este deverá ser tratado como uma espécie em extinção e, como tal, deverá ser objeto do protagonismo político adequado, dentro dos apoios comunitários do setor, com tolerância zero, ao nível do desperdício crescente no aproveitamento destas subvenções. Como se posiciona face à regionalização administrativa: sim? não?

Descentralização sim, de serviços ajustados às necessidades de cada região, nomeadamente nos setores estratégicos de desenvolvimento económico. Regionalização “não sei ainda”, uma vez que só o debate nacional, que deverá ser promovido por todos os atores públicos da sociedade e pelos cidadãos, deverá convergir para um consenso que só referendado poderá determinar a minha resposta a. O que seria um bom resultado eleitoral em Beja para o CDS?

Um bom resultado seria crescer tal como penso que irá acontecer, mas não é uma obsessão, até porque esta é uma época de consensos entre os cidadãos e não um tempo de quezílias políticas. Um mau resultado será a não confiança dos portugueses na sua classe política, através do crescimento da abstenção e uma deficiente avaliação ao trabalho dos 21 deputados do CDS-PP na Assembelia da República. Pena que ainda não tenhamos um deputado representativo de Beja, mas, confio, o distrito irá escolhê-lo neste momento extraordinário.

Nome: José Ghira Idade: 44 anos Habilitações académicas: Licenciado em Engenharia Zootécnica pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (1985-1991) Profissão: Técnico superior do IFAP Que tipo de música gosta? Música portuguesa e do mundo: João Pedro Pais, Trovante, Rui Veloso, Delfins, Brian Adams, Barbra Streisand, Bee Gees e quase toda a música dos anos 80. Qual o seu clube? Pratica desporto? Qual? SLB, SLB, SLB, gloriosos SLB. Joguei futsal e futebol de salão durante cerca de 35 anos, sendo que só depois dos 30, imaginem, como federado. Cor preferida? O azul. Que livro está a ler? Qual é o seu autor preferido? Neste momento não estou a ler qualquer livro, mas gosto muito de António Lobo Antunes, pela simplicidade e portugalidade com que escreve e nos identifica. Que políticos nacionais admira? Falo da atualidade…O dr. Paulo Portas pelo amor e sentido patriótico que conserva ao nosso país. O sr. José Soeiro (ex-deputado do Partido Comunista Portugês, por Beja) que, apesar de adversário político em 2009, é um defensor da causa agrícola, mas divergente do ponto de vista político ideológico. Qual o seu destino habitual de férias? Costa Vicentina. Tem algum hobby? Cozinhar para os meus amigos pratos de gastronomia tipicamente portuguesa. Quando estou a cozinhar gosto de estar sozinho. Há alguma frase em que se reveja especialmente? “Penso, logo existo” (Descartes)

19 Diário do Alentejo 6 maio 2011

“Os Verdes” defendem comboios a rolar


Jorge Fernando em dueto com Fábia Rebordão

Sines assiste esta noite, a partir das 22 horas, ao encontro entre “um dos melhores criadores do fado” e “uma das suas vozes do futuro”. Jorge Fernando e Fábia Rebordão vão dividir o palco do Centro de Artes de Sines, num espetáculo que viaja por alguns momentos especiais do fado, das respetivas carreiras e do álbum de estreia de Fábia, oferecendo vários duetos, como no tema “Vida”, que a própria

cantora acredita ter sido determinante para a sua entrada no mundo do fado. Jorge Fernando tocou com Amália, aprendeu com o mestre Fernando Maurício, esteve nos bastidores de carreiras como as de Mariza e Ana Moura, escreveu para Camané e cantou com Sam The Kid. Fábia Rebordão passou pelos musicais de La Féria, pelo concurso televisivo “Operação Triunfo” e, claro, pelas casas de fado.

Imagens da mina nas Oficinas Dá pelo nome de “Minas d’Memórias” a exposição fotográfica que é inaugurada hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, no espaço Oficinas, em Aljustrel. Os autores, os aljustrelenses José Tomé e Rui Gomes, apresentam várias imagens sobre a temática mineira. E propõem, tal como explica o respetivo catálogo, uma viagem ao “princípio dos tempos”, quando os homens “olharam para dentro do seu crer e imaginaram que a riqueza podia estar no ventre da terra”.

Fim de semana Mosto “recria” cante em Moura

N

o fim de semana de encerramento, a 31.ª Feira do Livro de Moura convida o projeto Mosto a apresentar-se no palco do Cineteatro Caridade, amanhã, sábado, a partir das 21 e 30 horas. Trio de alentejanos que amam o cante, César Silveira (piano), Paulo Ribeiro (voz) e Carlos Arruda (voz) propõem recriar as modas tradicionais da região, ao mesmo tempo que introduzem composições originais em parceria com autores que ganharam nome no universo da música de raiz tradicional portuguesa. Amélia Muge, João Monge ou o poeta bejense Martinho Marques são alguns deles. Fazendo jus ao nome, Mosto é um projeto musical “em permanente estado de fermentação”, que também pede o contributo de artistas plásticos como Susa Monteiro, Nuno Matos e Heitor Figueiredo. Assume a missão de “reinventar o cante alentejano”, ao propor uma atualização daquela que é a “mais profunda manifestação da cultura tradicional alentejana”, um “património vivo e identitário, que nos transmite longínquas memórias, profundos afetos e vincados sulcos da existência e da experiência coletiva”. Depois de se ter apresentado em Serpa, em janeiro último, numa atuação que encerrou com um “Serpa de Guadalupe” em parceria com o público, o trio visita a cidade de Salúquia no dia em que também o salão internacional Moura BD faz a sua sessão de homenagens e de entrega de prémios.

O Alentejo literário em imagens

Objetos desvendam Mértola islâmica

Baseada no livro Lugares Alentejanos na Literatura Portuguesa, que reuniu os “olhares” de 12 fotojornalistas e dois designers sobre obras alusivas ao Alentejo, a exposição homónima, inaugurada há dias, vai estar patente na Biblioteca Municipal D. Dinis, em Odivelas, até dia 28. Projeto da associação cultural Estação Imagem, com sede em Mora, a mostra dá a conhecer, por exemplo, o que desenhou Henrique Cayate inspirado na Charneca em Flor, de Florbela Espanca, ou o que fotografou José Manuel Ribeiro depois de ter lido Seara de Vento, de Manuel da Fonseca.

Abre hoje portas, pelas 18 horas, na Casa Amarela, sede do Campo Arqueológico de Mértola (CAM), a exposição “Os Signos do Quotidiano: Gestos, marcas e símbolos na Mértola Islâmica”, que se mantém patente até finais de setembro. O acervo desvenda a informação contida nos objetos do quotidiano da civilização islâmica e, explica o CAM, pretende “decifrar e tornar compreensíveis símbolos, mensagens, marcas, sinais, gestos e crenças que faziam parte do imaginário e dos objetos dos habitantes da Mértola Islâmica”. A exposição faz parte da programação do 6.º Festival Islâmico de Mértola, e é uma das componentes do projeto “Espaço de Memória Tempo de Futuro” financiado pelo programa Inalentejo.

JOSÉ RIBEIRO

Trio atua amanhã no Cineteatro Caridade

Jacinta e Commedia a La Carte em Santiago De Ray Charles a U2, passando por James Brown ou por Nina Simone e Bob Marley, Jacinta faz desfilar em “Songs of freedom”, espetáculo que se apresenta hoje, sexta-feira, pelas 21 e 30 horas, no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém, uma “soberba simbiose” do jazz com célebres temas dos anos 60, 70 e 80. O mesmo palco é ocupado amanhã, sábado, pelos Commedia a La Carte, com o espetáculo “Nesta peça, peça tudo”, um registo pioneiro que consiste em “fazer rir a partir dos personagens e conteúdos que o público sugere no momento”. A interpretação está a cargo de Carlos M. Cunha, César Mourão e Ricardo Peres.

GUTA DE CARVALHO

Diário do Alentejo 6 maio 2011

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Para os mais crescidos e que têm nas veias esta “coisa” do desenho, o Urban Sketchers Portugal vai deslocar-se a Santiago do Cacém, amanhã, sábado, dia 7, para fazer uma visita guiada pela cidade, seguindo as pisadas de Manuel da Fonseca. A tarde será preenchida com a mostra dos cadernos deste colectivo de artistas, na Biblioteca Municipal.

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Urban Sketchers visitam Santiago do Cacém com Manuel da Fonseca

Vitória, estória vitória conta a tua Dica da semana Esta semana a Dica foi ao encontro de uma artista portuguesa, Graça Paz, e deixamos-te aqui uma ótima ideia e a sugestão de visitares o site da Graça, que é de facto uma lufada de ar fresco pintado a muitas cores. 3D é a palavra de ordem. http://gracapazkidsblog.blogspot.com/2011/04/eu-3d.html

A páginas tantas ... Vitória, vitória, jamais esqueça esta história publicada pelas Edições Eterogémeas. Ao meter-se na boca do lobo, o Chapelinho Encarnado passou a andar nas bocas do mundo. Esta edição conta com a narrativa dos irmãos Grimm numa versão de Eugénio Roda. Uma abordagem poética, mas cheia de humor, que começa com uma menina a quem a avó ofereceu um chapéu de veludo vermelho. “Encantada e encarnada, nunca mais o largou.”

O resto da história todos a conhecem, mas com algumas nuances, não fosse o livro estar em trilingue e ter umas ilustrações fantásticas de um ilustrador iraniano, Hassan Amekan. A moral da história é que a menina do Chapelinho “encarnado, desencantada e encarnada, prometeu nunca mais desobedecer”.

Clube Pinguim A página do vitória andou a resistir, mas rendeu-se ao que parece ser o jogo da pequenada. Sim, estamos a falar do clube do Pinguim. Um jogo on line, com bons gráficos, bons desafios e como já pudemos observar um incentivo à cooperação, já que os teus verdadeiros amigos também o podem ser virtualmente. Se ainda não tens o teu pinguim, e a grande vantagem é ele não estar dependente de ti, vai até http://www. clubpenguin.com/pt/ e diverte-te.

O desenho faz parte de um projeto que a EBI de Barrancos está a desenvolver em conjunto com a Liga da Proteção da Natureza – Conservação de Aves Estepárias, após uma saída de campo, para observação de aves a Castro Verde.


22 Diário do Alentejo 6 maio 2011

A Magda é uma simpática cadela cruzada de rafeiro do Alentejo. A sua pelagem é lindíssima. É adulta mas jovem. É muito sociável com pessoas e até agora não tem mostrado agressividade com outros animais. Será uma boa companhia e uma boa guarda. Devido ao seu tamanho (pesa 30 kg) o ideal será uma casa com espaço exterior. Venham conhecê-la ao Cantinho dos Animais de Beja. Está esterilizada, vacinada e desparasitada. Contactos: 962432844 – sofiagoncalves.769@hotmail.com

Boa vida Comer

Jazz

Frango do campo no tacho

Diogo Vida – “Alegria”

Ingredientes para 4 pessoas 1 frango do campo 200 g de presunto cortado aos cubos 6 dentes de alho 3 cebolas picadas 5 tomates maduros e limpos de peles e grainhas 1 dl de aguardente velha 1 dl de vinho do Porto 2 dl de vinho branco alentejano 1 molho de salsa sal q.b. pimenta q.b. 1 dl de azeite água q.b.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

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Confeção : Num almofariz pise os dentes de alho com o sal, formando uma pasta. Corte o frango em pedaços (laveos) e barre-os com a pasta que obteve (reserve no frigorífico de um dia para o outro). Coloque o frango num tacho com os restantes ingredientes e cubra tudo com água. Leve o tacho ao lume e deixe cozer lentamente com o tacho tapado. Mexa de vez enquanto com uma colher e rectifique os temperos. Acompanhe com um arroz branco e salada mista. Bom apetite… NOTA: Pode substituir o frango do campo por frango de aviário.

A

legria” marca a estreia discográfica do pianista lisboeta Diogo Vida. Após um percurso académico bastante sólido – com passagens pelo Conservatório Nacional (onde completou o curso de piano), pela Escola do Hot Clube de Portugal, pelo curso de composição da Escola Superior de Música de Lisboa, pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto (cidade para onde se mudou em 2001 e onde se viria a licenciar em Jazz) e pelo Centre Oriol Martorell, em Diogo Vida – “Alegria” Barcelona – e de roDiogo Vida (piano), José Pedro dagem em palco, Coelho (saxofones tenor e Vida regressou a soprano, flauta), Filipe Teixeira Portugal em 2009, (contrabaixo) e João Cunha (bateria) altura em que con+ Paulo Perfeito (trombone) e Rui siderou ter chegado Teixeira (saxofone barítono). o momento de dar a Editora: Numérica conhecer a sua múAno: 2011 sica a um público mais alargado. O contacto com Fernando Rocha, da editora Numérica, possibilitou a edição, para a qual o pianista reactivou o seu quarteto, que se completa com o saxofonista José Pedro Coelho (músico em claro processo ascensional, que se confirma, pelo menos a estes ouvidos, como o saxofonista soprano em melhor forma no nosso país), o contrabaixista Filipe Teixeira e o baterista João Cunha. Fazendo quase o pleno na composição das peças (apenas uma não é de sua autoria), o músico mostra uma escrita madura e luminosa, que remete para múltiplas influências. Sem perder o pé ao cânone, o pianista consegue erguer um universo seu, variado e ecléctico, assegurando a coerência na diversidade dos diversos contextos musicais que aborda. Os momentos em quarteto mostram a eficaz simbiose entre saxofone e piano, com a secção rítmica a revelar competência e segurança. Em “Domingo II” parece, de certa forma, devedor de Egberto Gismonti. Nas peças a solo, o pianista revela o seu lado mais lírico, seja nos motivos circulares “jarrettianos” de “Bôtto” e numa certa “portugalidade” que ressalta clara em “Prelúdio (sul)” e “Al-zulej”. “Outra lx” não deixa de trazer à memória algumas formas desenvolvidas por António Pinho Vargas e José Nogueira. Mas a trave mestra do disco é “2nd Sight” – peça de fôlego, timbricamente rica –, onde o quarteto é alargado para sexteto, com a proveitosa inclusão de Rui Teixeira no saxofone barítono e Paulo Perfeito no trombone (e Coelho na flauta), que eleva as expectativas na escrita de Diogo Vida para formações mais alargadas. António Branco

Petiscos Peixe do rio, um caldo inesquecível

O

meu primo Zé Alberto era um bom homem. Bom “vivant”, solteirão, levava da vida o melhor da companhia dos seus amigos. Que eram muitos. Sempre preparado para o petisco, para o copo que sedimenta a amizade, gostava de caçar mas não pescava. Estar com uma cana na mão, um dia inteiro, não o seduzia. Mas fazia um bom caldo de peixe. Um dia, ali para o lado do moinho da Brava, no baixo Guadiana, foi à pesca com os companheiros mas levou a espingarda. Era Agosto avançado e já tinha aberto a caça às rolas, enquanto o resto do pessoal pescava, ele ia dar uns tiros. O dia correu mal, não matou nada. Há dias assim, falhou umas quantas rolas, outras passaram largas, voltou para o rio já à hora de almoço de mãos e penduricalho a abanar. A malta que o viu ao longe preparou-se para a galhofa. A eles sim, corria o dia de feição e um balde cheio de barbos luzidios atestava da sua arte. Quando se arrimou ao grupo, todos de canas na água, já sabia o que o esperava. No meio da risota, veio a pergunta fatal “Oh Zé Alberto! atão o que é que mataste?” Nesse mesmo momento a cana do Martins, como que milagre, foi abaixo. Era uma cana simples, sem carreto, comprida e ele esticou com força, de supetão. Saiu pelo ar um peixe grande, uns bons dois quilos, esticado bem alto na ponta da seda – o fio de pesca – com as escamas a brilhar ao sol. O Zé Alberto ainda tinha a arma na mão e carregada. Quando o peixe, lá no alto, estava à vertical da cana, levou a arma à cara, correu a mão e disparou. Fez o tiro da vida dele. No segundo seguinte, no chão, ainda agarrado ao anzol, estava o peixe, meio desfeito pelo tiro, em cheio. Seguiu-se um silêncio de pasmo. O Zé Alberto abriu a espingarda, soou um extractor e saltou um cartucho. Soprou o cano, compôs-se devagar, alçou os ombros e, saboreando aquele momento que sabia ser único, respondeu pausadamente “Olha, matei um barbo. Está aí. Vamos ao caldo, que se faz tarde”. Tem de ser muito peixe, acabado de pescar. Quanto mais variedade melhor. Vai tudo em cru, o peixe escamado, bem arranjado, azeite, cebola, alho e cebolinho bravo. As ervas são o mais importante, hortelã da ribeira e poejo. Água avondo e ferve bem. Serve-se o caldo por cima de sopas de pão duro, cheira aos ribeiros com fundões de águas mansas. É forçosa uma sombra, amigos, vinho branco fresco e talvez cães a disputarem restos debaixo da mesa. Ainda há peixe no rio, leve um filho ou um neto, vai ver que, pelo menos ele, nunca mais se esquece. António Almodôvar


Dois copos de conversa Com os azeites

E

stá de volta um dos maiores acontecimentos culturais, económicos e sociais do Alentejo. De 4 a 8 de maio venha até Beja e experimente os aromas e sabores alentejanos ao som do cante da planura, acompanhado por inúmeras apresentações de vinho nos stands dos vários produtores presentes. Muitos deles partilham este néctar com outro líquido dourado que, nesta edição da Ovibeja, terá honras de concurso internacional: o azeite virgem extra. O azeite é o eterno coração da cozinha mediterrânica e a gordura mais saudável que existe. A palavra tem origem no vocábulo árabe az-zait que significa sumo de azeitona. A Grécia antiga elegeu o azeite como um néctar de múltiplos usos, presente no sagrado e no profano, na vida e na morte. Ainda hoje são os gregos que mais azeite consomem. A tendência do consumo mundial é crescente porque um estudo científico revelou que Creta é a região com menor incidência de mortes por doenças cardiovasculares, associando este dado à dieta mediterrânica baseada no azeite. Para além de evitar problemas de coração, está provado que o azeite reduz a acidez gástrica, combate o mau colesterol, favorece a calcificação, é um suave laxante, previne a formação de cálculos na vesícula e tonifica a pele. A oliveira, árvore de porte

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É inaugurada, na terça-feira, 10, pelas 19 e 30 horas, no Colégio do Espirito Santo – Cisterna, em Évora, a exposição “Plágio”, da autoria de António Carrapato, fotojornalista. A mostra vai estar patente até ao dia 10 de junho.

modesto mas muito resistente, atinge a maturidade aos 35 anos e prolonga o seu vigor até aos 150. A produção média de uma oliveira é de 20 quilos de azeitonas, sendo necessários cinco a seis quilos para produzir um litro de azeite. Existem centenas de variedades (cultivares) da espécie Olea Europea espalhadas pelo mundo. Portugal já nasceu com os azeites. Por cá predominam a Galega, Carrasquenha, Cordovil, Cobrançosa e Verdeal. Neste espaço partilharei consigo as melhores opções de azeites de marca, exclusivamente no topo da qualidade – o “azeite virgem extra”, de categoria superior obtido directamente de azeitonas, unicamente por processos mecânicos. Ao contrário do vinho, no azeite a diferença entre o melhor do mundo e um azeite comum não ultrapassa os 10 euros, ou mesmo cinco. Falo dos melhores do mundo porque entre eles estão azeites cá da terra que lideram as pontuações nos maiores concursos internacionais. O azeite Herdade da Figueirinha, feito com as variedades Galega, Cordovil e Cobrançosa, tem um aroma de maçã e azeitona verdes e um leve toque picante no sabor. Já foi o grande vencedor, na categoria “frutado ligeiro” de uma das recentes edições do concurso mundial “Mário Solinas”. Outra vantagem: encontra os melhores néctares, como este, nos supermercados. Da próxima vez que comprar azeite, invista mais uns euros e opte pela qualidade “virgem extra” na cozinha e à mesa. Escolha sempre a data de engarrafamento mais recente, se possível da campanha de 2010/2011, porque os azeites perdem qualidades com a idade. Aníbal Coutinho

Diário do Alentejo 6 maio 2011

Exposição de António Carrapato em Évora

Vinho de calendário Um dos produtores do Baixo Alentejo que já tem cartaz em todo o mundo é a herdade da Malhadinha. Durante a visita à Ovibeja entre em contacto com este projecto de alta qualidade e celebre o facto com o vinho tinto regional alentejano Marias da Malhadinha, de 2007, recente vencedor de um dos prémios de Excelência da Revista de Vinhos e pontuado com 89/100 por mim (www.w-anibal.com)

Vinho diário O vinho tinto regional alentejano Monte das Servas, Colheita Seleccionada, colheita de 2008, do produtor alentejano Serrano Mira – Sociedade Vinícola, foi galardoado com uma medalha de ouro na 35.ª edição do Challenge International du Vin (2011), em França. Neste concurso foram avaliados 5000 vinhos provenientes de 35 países.

SEJA RESPONSÁVEL BEBA COM MODERAÇÃO

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Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha, Lda S. Brissos – Beja Tel. 284 311 260 www.montenovoefigueirinha.pt


Nº 1515 (II Série) | 6 maio 2011

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 comercial@diariodoalentejo.pt Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 jornal@diariodoalentejo.pt | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Carlos Lopes Pereira (CP2969), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, António Melão, Carlos Júlio, Marco Monteiro Cândido, João Fialho | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Firmino Paixão, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

RIbanho

www.diariodoalentejo.pt POR LUCA

Hoje, sexta-feira, 6, o céu vai estar nublado e a temperatura vai oscilar entre os 10 e os 21 graus centígrados. Amanhã, sábado, podem cair alguns aguaceiros na região e no domingo o céu deverá apresentar-se com poucas nuvens.

Um dos especialistas mundiais em segurança informática

“Se o Facebook fosse um país, seria o terceiro maior”

E

specialista em segurança informática, Nuno Mantinhas trabalha atualmente na empresa americana Fortinet, cotada na bolsa, onde é responsável pelo desenvolvimento de projetos em mais de 35 países do território caribenho e latino-americano. Desde Miami, onde reside, olha para a Europa como um continente “demasiado velho e sem rumo”. Em Portugal, preocupa-o, não o FMI, mas a “falta de jovens”.

de informação). Existem porém outras ameaças mais globais como o cyber-terrorismo e a chamada engenharia social. Desde Miami e conhecendo bem o universo latino-americano, como vê a velha Europa e particularmente o cenário português nesta situação de crise agravada e intervenção do FMI?

Em que consistem as funções que desempenha atualmente?

Hoje trabalho num dos líderes de segurança informática, a empresa americana Fortinet (Nasdaq:FTNT) como diretor para as operações CALA (Caribbean and Latin America), sendo responsável pelo desenvolvimento de todos os projetos de segurança em mais de 35 países, da Argentina ao Belize, do Peru às ilhas Caimão. Quais são e de onde vêm as grandes ameaças que há que combater no ramo da segurança informática?

A segurança informática é um mundo fascinante, talvez das áreas da engenharia mais interessantes e mais ligadas ao comportamento humano. Existem vários tipos de problemas associados à massificação da Internet, desde a proteção da nossa identidade quando utilizamos as redes sociais (se o Facebook fosse um país, hoje seria o terceiro maior mundial), até à proteção da propriedade intelectual das empresas (antifuga PUB

Nuno Mantinhas 38 anos, com raízes em Baleizão

Engenheiro informático, estreia-se no Inesc, onde tenta a área da investigação, mas logo depois vê-se “forçado” a entrar no universo das empresas, justamente no arranque da era da Internet em Portugal. Em 1999 é contratado pela Check Point Software, líder mundial na área, e ruma até Dallas, nos EUA, onde passa a dar suporte a organizações como a NASA ou o Bank of America. “Anos de pouco sono e muitos aviões”, lembra.

Recentemente fui a Santiago do Chile e, no meio de uma das praças mais agitadas, constatei que aparentemente o mais velho seria eu. Essa é para mim a grande diferença na América Latina – o futuro. O FMI não me assusta, o que me assusta em Portugal é a falta de jovens, de pessoas que sonhem diferente, que acreditem naquilo que alguns dizem que não é possível. Necessitamos de esperança. O que podem estes continentes aprender um com o outro?

Da Europa, os países da América Latina apenas devem aprender com os erros dos PIGS (Portugal, Ireland, Greece and Spain), embora muitos deles já tenham cometido os mesmos erros e conseguido ultrapassá-los. Agora a Europa está demasiado velha e sem rumo para aprender o que quer que seja dos nossos irmãos latinos. E quem é afinal a Europa? Nós, portugueses, temos muito mais em comum com os brasileiros e até mesmo com os chilenos, do que alguma vez teremos com os finlandeses ou alemães. Entrevista de Carla Ferreira

º º ¸ º

Exposição sobre necrópole do Pisão “Vinha das Caliças: Uma Necrópole da Idade do Ferro” é a exposição itinerante que está patente no Convento dos Remédios, em Évora, até ao dia 30 de junho. A necrópole foi encontrada junto à barragem do Pisão (Beja) e a mostra dá a conhecer os trabalhos efetuados no local. Os trabalhos arqueológicos na necrópole, com cerca de 2 700 anos, foram financiados pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), pelas necessidades de prosseguir as obras de construção de um canal de rega. Com cinco dezenas de sepulturas escavadas no substrato de base – a caliça –, que dá nome ao local, o recinto funerário é do tamanho de um campo de futebol, tendo sido escavado em 2009. A necrópole “é semelhante a uma arquitetura tumular fenícia”, revela a organização, explicando que, pela análise do espólio recuperado, protegeu, apesar dos ataques pontuais de salteadores, os enterramentos e ossadas de homens e mulheres da I Idade do Ferro, entre os séculos VIII e V antes de Cristo (a.C.). Foram ainda encontrados objetos que acompanhavam os mortos nesta comunidade, dos quais se destacam dois enigmáticos escaravelhos com resquícios da cultura egípcia. Outra das peças mais interessantes, segundo a organização, é “um extraordinário toucador constituído por uma colher, uma pinça e outro objeto ligados por uma argola de bronze”.

Vitifrades lança vinho de talha A Vitifrades – Associação de Desenvolvimento Local prepara-se para dar mais um “importante passo no sentido da promoção e valorização do vinho de talha”. A partir do próximo dia 14 estará disponível o “Vitifrades Amphora”, o primeiro vinho de talha DOC Alentejo. Trata-se de uma produção limitada de 900 garrafas, “cuidadosamente preparadas”, esclarecem os responsáveis.

“Alcácer dos cinco sentidos” “Ver, provar, cheirar, escutar, tocar. Sentir Alcácer do Sal”. Este é o mote do programa turístico “Alcácer dos cinco sentidos”, uma iniciativa da Câmara Municipal de Alcácer do Sal que visa “dar a conhecer este imenso território entre o oceano e a planície”. O referido programa integra um workshop de birdwarching (amanhã, sábado), um passeio de canoa (dia 21) e um passeio pedestre (dia 10 de junho).


Emprego jovem em destaque na “Concretiza!” em Grândola

Sexta-feira, 6 maio 2011 Nº 1515 (II Série)

A “Concretiza!” – Feira de Formação, Emprego e Empreendedorismo decorre até sexta-feira, no Parque de Feiras e Exposições de Grândola, com o objetivo de orientar os jovens para as áreas com empregabilidade no concelho. O ensino estará em destaque nesta segunda edição da feira, que conta com a presença de representações de universidades, institutos superiores, politécnicos e escolas de formação profissional. Estarão também presentes institutos públicos, associações de desenvolvimento e empresas.

Cadernodois

Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito

A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito está a apostar na marca “Bons Sinais”. O objetivo é agarrar o mercado dos vinhos sofisticados e apostar mais uma vez na qualidade e na imagem. Este é um dos melhores vinhos da adega.

JOSÉ FERROLHO/ARQUIVO

Nova marca de vinho pisca o olho ao mercado sofisticado

A

Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito lançou no mercado uma nova marca de vinhos. “Bons Sinais” insere-se na estratégia de diversificação da adega e foi criada a pensar no posicionamento de produtos sofisticados, quer em qualidade, quer em imagem. De acordo com a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, “esta marca encontra-se posicionada na gama dos melhores vinhos da adega, sem estágio em madeira”. Nesta fase inicial de comercialização foram engarrafadas 20 000 garrafas de vinho branco e 40 000 garrafas de vinho tinto. O novo produto já se encontra disponível para comercialização, junto da rede nacional de distribuidores da adega e na loja de venda ao público, que está instalada em Vidigueira, nas próprias instalações da cooperativa. De acordo com a adega, “serão enviadas amostras para painéis de provadores, quer das revistas da especialidade, quer de concursos nacionais e internacionais de vinho”. O objetivo é divulgar e afirmar o produto no mercado. A cooperativa garante que “o vinho branco tem cor citrina clara e aroma fino a frutos tropicais, com leves notas minerais”. O sabor, esse, “é muito complexo,

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Vinhos A marca “Bons Sinais” encontra-se posicionada na gama dos melhores vinhos da adega

fresco, citrino e harmonioso”. Selecionado entre os melhores DOC, graças à grande qualidade que lhe é conferida pelas castas Antão Vaz, Perrum e Roupeiro, resulta da vinificação dos melhores mostos brancos filtrados, posteriormente fermentados a temperaturas controladas entre os 16 e os 18 graus. O v inho tinto, por sua vez, tem cor violeta escura e aroma vinoso intenso. É proveniente das castas Alfrocheiro, Aragonês, Castelão (Periquita) e Trincadeira, cujas uvas foram vinificadas em curtimenta

completa a temperaturas controladas entre 28 e 30 graus. R e c e nte me nte a Ad e ga Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito foi premiada na XIII edição do concurso internacional “Wine Masters Challange 2011”. O júri do concurso atribui ao vinho branco e tinto “Vidigueira – Cinquentenário” a medalha de prata. Segundo a cooperativa, “ já foram iniciados os procedimentos para a aquisição dos selos, de modo a que sejam colocados em cada uma das garrafas, para divulgar o prémio obtido”.

Novo vinho insere-se na estratégia de diversificação da adega e foi criado a pensar na qualidade e na imagem.

A Adega Cooperativa quer continuar a afirmar-se pela qualidade e, tendo em vista o seu desenvolvimento, vai executar as ações indispensáveis à concretização do que fora programado no projeto candidatado ao QREN. De acordo com Joaquim Galante de Carvalho, presidente da Adega Cooperativa, “alguns dos meios técnicos necessitam de ser renovados ou ampliados, para que a adega continue a desfrutar de uma posição de destaque no mercado, principalmente quando se trata de qualidade”.


2 / cadernodois / Diário do Alentejo /6 de maio de 2011

saúde Análises Clínicas

Medicina dentária ▼ Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

FRANCISCO BARROCAS

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.

Psicologia

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal) Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Psicologia Clínica Psicoterapeuta e Terapeuta Familiar

Membro Efectivo da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva – Lisboa Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B, 7800-522 Beja Tel./Fax 284322503 TM. 917716528 Albufeira: OFICINA DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL, Quinta da Correeira, Lote 49, 8200-112 Albufeira Tel. 289541802 Tm. 969420725

FERNANDA FAUSTINO Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

FAUSTO BARATA

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar

Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028 Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES

Médico oftalmologista

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde

Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Dermatologia ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059

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Consultório

HELIODORO SANGUESSUGA Fisioterapia

LUÍSA GALVÃO PSICOLOGIA CLÍNICA Consultas Crianças, Adultos e Avaliação Psicológica

CONSULTAS às sextas-feiras das 9 às 20 horas Tel. 284326965 Tlm. 967630950

DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

DR. MAURO FREITAS VALE MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Centro de Fisioterapia S. João Batista Fisiatria – Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional – Elsa Silvestre Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia – Classes de Mobilidade – Classes para Incontinência Urinária – Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico – Reabilitação Pós Mastectomia Acordos com A.D.S.E., ACS-PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Hematologia

HEMATOLOGIA CLÍNICA Doenças do Sangue

ANA MONTALVÃO Assistente Hospitalar Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313

Otorrinolaringologia ▼

DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

Marcação de consultas de dermatologia: HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)

GASPAR CANO

DR. JOSÉ BELARMINO

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA

Clínica Geral

Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Acordos com:

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Consultas de 2ª a 6ª

Consultas de Neurologia

JOSÉ BELARMINO, LDA.

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

Fisioterapia

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

Obesidade

JOÃO HROTKO

DRª CAROLINA ARAÚJO

Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Oftalmologia

HELENA MANSO

Neurologia

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

Ginecologia/Obstetrícia

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS

Cirurgia Vascular

Medicina dentária ▼

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Luís Payne Pereira

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas

Consultas em Beja

Médico Dentista

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA Medicina dentária ▼

Clínica do Jardim MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 /963476261 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA Pneumologia

DOENÇAS PULMONARES ALERGOLOGIA Sidónio de Souza Ex-Chefe Serviço Hospital Pulido Valente Consultas às 5ªs feiras Marcações: tel. 284 32 25 03 CLINIPAX Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA

Gastroenterologia ▼

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Clínica Dentária

Dr. MIGUEL GAMEIRO Médico Dentista ▼

Dr. José Loff Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA

Terapia da Fala

Cirurgia, Implantologia, Ortodontia, Dentisteria, Endodontia, Periodontologia, Odontopediatria, Prótese Dentária, Branqueamento. CONSULTAS EM CASTRO VERDE Rua das Cangas Tel. 286322999 Tm. 962155575 CASTRO VERDE Psiquiatria

FERNANDO AREAL MÉDICO Consultor de Psiquiatria Consultório

RICARDO LOPES Especialista Hospital Capuchos Doenças Aparelho Digestivo Endoscopia Digestiva Hepatologia (Fígado) Proctologia (Hemorróidas) Consultas às quintas-feiras Praça António Raposo Tavares, 12 – 7800 BEJA Tel. 284313270

Terapeuta da Fala

CATARINA CHARRUA CONSULTAS E DOMICÍLIOS

CLÍNICA MÉDICA Tm. 967959568 Tel. 284313270 GINÁSIO DA VINCI Tm. 967959568 Tel. 284321592

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PARADELA OLIVEIRA Psiquiatra do Hospital de Beja Retoma as consultas na Policlínica São Paulo

Rua Cidade São Paulo, 29, BEJA Marcações: Tel. 284328023


3 / cadernodois / Diário do Alentejo /6 de maio de 2011

saúde PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo

Ginásio da Educação Da Vinci – BEJA Rua Almirante Cândido Reis, 13 – Tel. 284321592 Praça António Raposo Tavares, n.º 12 – BEJA (Junto à Rodoviária) Tel. 284 31 32 70

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Ana Frederico Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja E-Mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Pneumologia

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DR.ª FÁTIMA

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Doenças Respiratórias Alergias Respiratórias Apneia do Sono

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias

Consultas às quintas-feiras Praça António Raposo Tavares, 12 – 7800-426 BEJA Tel. 284313270

Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

BEJA

Drº Sidónio de Souza – Pneumologia/ Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Drº Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Drª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Drª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Drº Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/ Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Drº Rogério Guerreiro – Naturopatia Drº Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Drª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Drº Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dra. Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Drª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Drª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Drª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Drª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Drª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Drª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/ Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA


4 / cadernodois / Diário do Alentejo /6 de maio de 2011

institucional/diversos Diário do Alentejo nº 1515 de 06/05/2011 Única Publicação

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AMAGRA – Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão Regional do Ambiente

EDITAL Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa, Presidente da Mesa da Assembleia IntermunicipaI da AMAGRA - Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão Regional do Ambiente, faz saber, nos termos do art.° 4 do Dec. Lei 54-A/99, de 22 de Fevereiro, que em reunião de 11 de Abril de 2011 foi aprovado o Relatório e Contas de 2010. Os documentos em causa podem ser consultados nos Serviços Administrativos e Financeiros das 09:00h às 17:00h, de segunda a sexta-feira, nos dias úteis. Para constar, se publica o presente que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. AMAGRA, 13 de Abril de 2011. O Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal, Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa

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Diário do Alentejo nº 1515 de 06/05/2011 1ª Publicação

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5 / cadernodois / Diário do Alentejo /6 de maio de 2011

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PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA DE 30º DIA

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos CABEÇA GORDA

BEJA

SALVADA

ERVIDEL

SALVADA

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu o Exmo. Sr. LUÍS

MARIA GUERREIRO, de 100 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28 de Abril, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

JOAQUIM GONÇALVES, de 84 anos, natural de Bogas de Cima – Fundão, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Abril, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

ANTÓNIO MANUEL LAMPREIA, de 58 anos, natural de Salvada – Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 01, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.

FRANCISCO ZABUMBA ARSÉNIO, de 80 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 01, da Casa Mortuária de Ervidel, para o cemitério local.

DOS SANTOS PARDAL, de 70 anos, natural de Salvada – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia do Sacramento Palma Lampreia Pardal. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 02, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.

SALVADA

SALVADA

BERINGEL

BEJA

Isabel do Rosário Encarnação Marido e filha cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 8/4/2011, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem desta forma a todas as pessoas que acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 08/05/2011, domingo, às 15.45 horas na Capela de Aldeia dos Elvas, agradecendo desde já a todos que se dignem comparecer.

AGRADECIMENTO

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu o Exmo. Sr. Doutor

MANUEL RODRIGUES MATEUS, de 86 anos, natural de Quintos – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Ana Coelho. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 04, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.

MANUEL VITÓRIA, de 69 anos, natural de Salvada – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Teresa Gomes Parrinha. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 04, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.

MARIA ISABEL, de 98 anos, natural de São Marcos da Serra – Silves, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 04, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local..

FRANCISCO ANTÓNIO DIAS LOURENÇO, de 63 anos, natural de Santa Maria Serpa, casado com a Exma. Sra. D. Francisca de Lurdes Cabrita da Palma Lourenço. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 05, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt Francisco António Dias Lourenço Durante toda a vida Foste um guerreiro e um lutador Trataste todos com respeito Todos te temos amor

Pias

Vale de Vargo

MISSA

MISSA

Foste filho, pai, cunhado, Avô, tio e irmão E todos os que te amam Te vão guardar no coração Queremos lembrar das coisas boas Vamos tentar esquecer as más Um beijinho de toda a família Amigo, descansa em paz. Sua mulher e filhos agradecem por este meio a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada ou de outro modo lhes manifestaram o seu pesar. Mais expressam o seu profundo reconhecimento especial ao Dr. Alexey, Drª Yulia, Dr. Pedro Costa, Dr. João Filipe, Dr. Renato Sotto Mayor, Drª Joana Pimentel e toda a equipa do 6º piso do Hospital de Beja, todo o pessoal do Hospital de Dia de Beja, e à Unidade de Radioterapia de Évora pelo apoio e ajuda prestados durante a sua doença e internamento.

h É com enorme pesar e soli-

h

dários na dor da família que

É com enorme pesar e solidá-

participamos o falecimento do

rios na dor da família que par-

Sr. Manuel Afonso Moreira

ticipamos o falecimento do Sr.

de 76 anos, casado com a

Luís António Gomes Galego,

Sra. Mariana Ramalho Mestre

de 74 anos, viúvo.

Mariano Moreira.

O funeral a cargo desta

O funeral a cargo desta Funerária

Funerária realizou-se no pas-

realizou-se no passado dia 3 de

sado dia 22 de Abril, da Casa

Maio, da Casa Mortuária de Pias

Mortuária de Vale de Vargo para

para o cemitério local.

o cemitério local.

A família na impossibilidade de o

A família na impossibilidade de o

fazer individualmente, agradece

fazer individualmente, agradece

a todas as pessoas que pela sua

a todas as pessoas que pela sua

presença ou de outra forma ex-

presença ou de outra forma ex-

pressaram o seu pesar.

pressaram o seu pesar.

Funerária

Funerária

Central de Serpa, Lda.

Central de Serpa, Lda.

Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

Maria Helena Guerreiro Passarinho Amaral 1º Ano de Eterna Saudade Pais, irmãos, avós e sobrinho participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que mandam celebrar missa por alma da sua ente querida no dia 08/05/2011, domingo, pelas 12.00 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem assistir.

Joaquim Afonso dos Reis 3.º Ano de Eterna Saudade Há três anos que não te temos, mas continuas intensamente vivo nas nossas memórias e no amor que te dedicamos. Tua mulher, filhos e nora pensam em ti todos os dias, com a infinita saudade que a tua partida deixou e que o tempo faz crescer cada vez mais. Será rezada missa pelo seu eterno descanso no próximo Domingo, dia 8 de Maio, pelas 11h, na Igreja Paroquial da Salvada.

Agência Funerária Ouriquense

Vasco Alexandre Simões Largo do Calabouço n.º 1 7670 Ourique Telemóvel – 966 040 544 tel./Fax: 286512894

Manuel Bernardino Ruas Mamede (Blé Ruas) N: 24/10/1933 F: 25/04/2011

Dador de SANGUE é dador de VIDA


6 / cadernodois / Diário do Alentejo /6 de maio de 2011

necrologia/diversos Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Diário do Alentejo nº 1515 de 06/05/2011 Única Publicação

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA

EDITAL VENDA DE 4 LOTES SITOS NO PARQUE INDUSTRIAL

Mariana da Soledade Galamba

Manuel Afonso dos Reis Belchior

Maria Octávia Sota

Filhos, irmão, netos, bisnetos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 29/04/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.

Filho, neta, irmãos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 27/04/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.

Irmã, filhos, netos, bisnetos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 03/05/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA. Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A 7830-344 SERPA

ALUGA-SE R/c de moradia T2 com dois quintais, nas Neves. Contactar tms. 966063673 ou 919513380

ARRENDA-SE Espaço comercial com 77 m2, no Largo Diário do Alentejo nº 1515 de 06/05/2011 Única Publicação

dos Correios, nº 7, em Beja. Contactar tm. 962060485

TRIBUNAL JUDICIAL DE SERPA

Jorge Pulido Valente, Presidente da Câmara Municipal de Beja, em cumprimento da deliberação do respectivo órgão executivo, de 6 de Abril de 2011, faz saber, publicamente, que, em 16 de Maio de 2011, pelas 18:00 horas, no Salão Nobre do Município de Beja, terá lugar uma hasta pública, para venda dos seguintes lotes de terreno, sitos no Parque Industrial, destinados à construção de unidades industriais de acordo com o Regulamento Municipal de Gestão das Áreas de Localização Empresarial do Município de Beja, aprovado por deliberação da Assembleia Municipal de 28.06.2010, sendo que a base de licitação mínima, 12,00€/m2, de cada lote será de 11.904,00€ para o lote 13; de 9.600,00€ para o lote 57; de 9.600,00€ e para o lote 58; de 2.415,60€ para o lote 119-A: - Lote nº 13, inscrito na matriz sob o artigo P 2805 da respectiva Freguesia de Santa Maria da Feira, com a área 992 m2, a destacar do prédio descrito sob o nº 254/19891115, com o nº de inventário 13655; - Lote nº 57, correspondente ao antigo lote G7, sito na Horta do Água Doce, com a área de 800 m2, inscrito na matriz respectiva da Freguesia de Santa Maria da Feira, sob o artigo 1540 e descrito na conservatória do registo predial de Beja sob o nº 550/19921016, com o nº de inventário 18031; - Lote nº 58, correspondente ao antigo lote G9, sito na Horta do Água Doce, com a área de 800 m2, inscrito na matriz respectiva da Freguesia de Santa Maria da Feira sob o artigo 1539 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o nº 551/19921016, com o nº de inventário 18032; - Lote nº 119-A, sito no Parque Industrial, com a área de 201,30 m2, inscrito na matriz respectiva da Freguesia de Santa Maria da Feira, sob o artigo 2738, a destacar do prédio descrito sob o nº 254/19891115, com o nº de inventário 18034; CONDIÇÕES DE REVERSÃO: Compete ao Município de Beja exercer o direito de reversão sobre os lotes supra identificados, no caso de incumprimento das seguintes condições, por parte dos respectivos adquirentes, perdendo estes 30% das quantias entregues a título pagamento do preço do respectivo lote: a) - respeitar os condicionalismos técnicos previstos no regulamento supra identificado e demais disposições legais ou regulamentos aplicáveis; b) - apresentar o projecto de construção no prazo máximo de 180 dias após a data de celebração da escritura de compra e venda ou de constituição do direito de superfície; c) - dar início às obras de construção no prazo de 180 dias após a aprovação do projecto por todas as entidades competentes para o efeito; d) - concluir as obras de construção no prazo de 24 meses após o início das mesmas; e) - iniciar a actividade empresarial indicada no prazo máximo de 6 meses após a data da conclusão das obras; f) - notificar o Município de Beja da data do início da actividade empresarial juntando documento comprovativo; g) - manter o lote, bem como as construções nele erigidas, em perfeito estado de conservação, segurança, limpeza e salubridade; h) - desenvolver a actividade económica indicada no contrato de compra e venda. O procedimento de venda em hasta pública respeitará o disposto no Regulamento de Alienação de Terrenos Municipais do Município de Beja, aplicável ao presente processo com as necessárias adaptações, destacando-se as seguintes condições mais relevantes: I (HASTA PÚBLICA) a) – A arrematação é presidida pelo Presidente da Câmara ou em quem este delegar, que mandará anunciar a abertura da praça. b) – No acto da praça, depois de lido o presente edital, proceder-se-á à licitação verbal entre os concorrentes. c) – Os concorrentes devem ser os próprios ou outrem, com poderes especiais, ou na qualidade de gestores de negócios, nos termos do que dispõe o artigo nº 464 e seguintes do Código Civil, desde que o declare previamente. d) – Posto em leilão cada um dos referidos lotes, o pregoeiro anunciará em voz alta o primeiro lanço que aparecer acima do valor de licitação e os que se sucederem, tomando nota dos respectivos licitantes. e) – Os lanços não poderão ser inferiores a € 500,00 f) – A licitação só se considera finda quando o pregoeiro tiver anunciado por três vezes, o lanço mais elevado e este não for coberto. g) – Se passado um ¼ de hora não houver lanço superior ao valor por que os lotes foram postos em praça é esta encerrada. II (PAGAMENTOS) a) – O arrematante depositará, no acto da praça, o valor da arrematação ou fracção, não inferior à décima parte. b) – Quando houver sido depositada apenas uma parte do valor da arrematação, será o restante depositado directamente pelo arrematante na tesouraria da Câmara Municipal, no prazo de trinta dias a contar da data da arrematação, sob pena de perder o direito ao prédio arrematado, não lhe sendo restituída a importância entretanto depositada. III (TRANSMISSÃO) a) – A escritura de venda do prédio não será outorgada sem que tenha sido paga ou depositada a totalidade do valor da arrematação, sendo que todos os encargos da realização da escritura serão da conta e risco dos adquirentes. O presente processo será conduzido pela Divisão da Administração Urbanística desta autarquia. Para os devidos efeitos, se declara que foi observado o disposto no artigo 64º, nº 1, al. f) da Lei 169/99, de 18 de Setembro. Para constar se produziu este edital e outros de igual teor que serão afixados, publicamente, nos lugares de estilo deste Município, durante 5 dias, nos 10 dias subsequentes à tomada da decisão, nos termos do artigo 91º, nº 1, da Lei 169/99, de 18 de Setembro. Paços do Concelho do Município de Beja, 18 de Abril de 2011. O Presidente da Câmara Municipal de Beja Jorge Pulido Valente

Secção Única

ANÚNCIO Processo: 55/11.2TBSRP Interdição/Inabilitação Requerente: Maria Guerreiro Tomé Vicente Interdito: Tomásia Guerreiro Tomé N/Referência: 438733 Data: 28-02-2011 Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição/Inabilitação em que é requerido Tomásia Guerreiro Tomé, com residência em domicilio: Lar de S. Francisco, Largo de S. Francisco, Serpa, 7830-000 SERPA, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. O Juiz de Direito Dra Carina Sofia Nabais Martins O Oficial de Justiça, Ana Monteiro

ASSINATURA Praça da República, 12 – 7800-427 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail comercial@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _____________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições): Assinatura Semestral (26 edições):

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7 / cadernodois / Diário do Alentejo /6 de maio de 2011

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8 / cadernodois / Diรกrio do Alentejo /6 de maio de 2011


Sexta-feira, 6 maio 2011, Nº 1515 (II Série)

ILUSTRAÇÃO PAULO MONTEIRO

Suplemento Especial

Oviesperança


Diário do Alentejo 6 maio 2011

02

Sexta-feira

10 e 30 horas – I Simpósio Franco-Ibérico das Quercíneas Auditório do Nerbe, Associação de Criadores de Porco Alentejano Apresentação do filme “DOP e IGP: a excelência de um ecossistema”, após se seguirão dois painéis de discussão: “As Quercíneas na Europa Mediterrânea” e “Viabilização Económica do Montado”

A Europa tem que ter capacidade de em todo o seu território continuar a produzir, especialmente numa altura em que o mundo continua a precisar de alimentos, a população mundial continua em crescimento e é preciso aumentar também a produção.

António Serrano na hora da despedida

Seria uma honra ser candidato por Beja

Ao longo destes anos têm existido vários ziguezagues na Política Agrícola Comum. A PAC já está mais estabilizada?

Tem havido grandes alterações. Quando aderimos à CEE a Europa estava com excedentes de produção. Entrámos em contraciclo, o que obrigou a uma redução da produção sob pena de não se saber o que fazer aos excessos de produção. Isso alterou-se e, de facto, tivemos políticas erráticas.

Na hora da despedida, o ministro bejense António Serra faz o balanço de um mandato interrompido a meio e no qual privilegiou o diálogo com todos os agentes do sector agrícola. Considera a Ovibeja uma das grandes iniciativas do mundo rural e diz que se teria sentido muito honrado em concorrer pelo ciclo eleitoral de Beja às próximas eleições. Entrevista Carlos Júlio Foto José Serrano

Hoje discute-se a reforma da PAC. No essencial vai-se manter esta filosofia?

A nova PAC vai vigorar a partir de 2013 e o que está em cima da mesa é, em primeiro lugar, manter a função produtiva da agricultura e a Europa tem que ter capacidade de em todo o seu território continuar

Neste momento estamos em funções de gestão corrente, mas tudo o que estava planeado está a andar para a frente. É claro que há coisas que dependiam de matéria legislativa e que têm que aguardar pelo novo governo, mas não sinto qualquer quebra do ponto de vista da implementação das políticas. O senhor é cabeça de lista do PS por Santarém nas próximas legislativas. Não se sentia mais confortável se concorresse por Évora, onde vive, ou por Beja?

Isso desorientou o setor agrícola?

Claro que desorientou e as pessoas foram muito tentadas por receber o dinheiro sem produzirem. Não produziam porque a PAC não lhes permitia produzir. Foi a época do set aside, em que deixavam os solos de parte para não produzir. Mas, nos últimos anos, o que temos tido é estabilização. Hoje não se paga para não se produzir. Hoje quando se diz isso não é verdade. Aquilo que a Europa paga ao agricultor é uma compensação pelo preço. Ou seja, não é possível qualquer um de nós, enquanto consumidor, ir ao supermercado e comprar os produtos agrícolas ao preço a que hoje os compramos, sem que houvesse um apoio ao preço e ao rendimento do agricultor. E isto é verdade aqui em Portugal, como em toda a Europa e é por isso que a PAC apoia o rendimento dos agricultores. Daí que os subsídios que hoje se recebam sejam não para se deixar de produzir, mas sim para se produzir e compensar a perda de rendimento do agricultor e para que os consumidores possam comprar os produtos mais baratos. Isto é um serviço que o agricultor presta à sociedade e que tem que ser remunerado.

ficou alguma medida mais forte ou emblemática por concretizar na área do seu ministério?

Sou de Beja. Nasci, cresci e vivi no distrito de Beja até aos 25 anos e, naturalmente, seria uma honra se tivesse havido a oportunidade. Mas essa é matéria que não se colocou.

a produzir, especialmente numa altura em que o mundo continua a precisar de alimentos, a população mundial continua em crescimento e é preciso aumentar também a produção. Quando tomou posse do cargo de ministro da Agricultura havia uma grande contestação ao seu antecessor. Sente que conseguiu “arrumar a casa” neste período, serenando os ânimos entre os agricultores?

Temos feito um bom trabalho ao tentarmos todos os dias estar junto dos agricultores, das suas associações e das organizações, resolvendo os problemas que surgem. Neste momento continuo em pleno exercício de funções e todos os dias estou a trabalhar junto dos agricultores, ajudando-os a resolver problemas e quando

não os conseguimos resolver também dizemos diretamente às pessoas que tentámos, mas que não conseguimos. O diálogo foi a sua “marca de água” enquanto ministro?

Tem havido diálogo, mas sobretudo uma parceria forte, porque julgo que não há outra forma de trabalhar. Os problemas só podem ser resolvidos num contexto de entreajuda entre todos, entre quem tem o poder político circunstancialmente e quem tem o poder nas associações e os agricultores individualmente. É esse trabalho de parceria e de cooperação que tem que ser feito. É a minha forma de trabalhar e ela tem caracterizado sempre o meu mandato. Sente que pelo facto do Governo se ter demitido e se ir para eleições

Sou de Beja. Nasci, cresci e vivi no distrito de Beja até aos 25 anos e, naturalmente, seria uma honra se tivesse havido a oportunidade. Mas essa é matéria que não se colocou. Sinto-me muito prestigiado e responsabilizado pelo desafio que me foi colocado para aceitar encabeçar a lista por Santarém, um distrito também muito emblemático, com uma grande capacidade empreendedora no setor agrícola e acho que qualquer cidadão tem a responsabilidade cívica de dar uma ajuda em prol do seu país, seja em que condições for e em que situação for. O que farei em Santarém é o que faria aqui em Beja ou em Évora, com a mesma disponibilidade, com a mesma entrega, para resolver e ajudar a resolver problemas da nossa região. Mas o facto de estar em Santarém, como cabeça de lista, não significa que não estarei permanentemente a ajudar naquilo em que a população de Beja necessitar e, em especial, os agricultores. O António Serrano é originário do distrito de Beja. Conhece bem a Ovibeja. Como é que tem acompanhado a feira ao longo dos anos?

É uma das melhores organizações que temos no País ao nível do setor agrícola. É uma organização que, ano após ano, se reforça e consolida. É uma iniciativa de grande dimensão que tem sempre milhares e milhares de visitantes. E é sempre útil trazer as pessoas para aquilo que é o mundo rural.


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Diário do Alentejo 6 maio 2011

03

21 / Maio

9h

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Localização

Abertos de 2ª a Sábado, Incluindo Feriados Estrada de Acesso ao Bairro da Esperança s/n 7800-146 BEJA e-mail: beja@agriloja.pt | tel: 284 107 932 | fax: 284 240 900

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Diário do Alentejo 6 maio 2011

04

15 horas – “Orçamento da EU e PAC pós 2013: Um desafio para o Alentejo” Auditório do Nerbe, promovido pela ACOS Maria da Graça Carvalho, Capoulas dos Santos e Maria do Céu Padrão, deputadas europeias, Duarte Rodrigues, do Observatório do QREN, e João Cordovil, presidente da CCDR, são os oradores convidados.

17 horas – “Toiros em Portugal” Auditório da ExpoBeja, promovido pelo Ciclo Taurino do Alentejo António José Zuzarte, Álvaro Domecq, Francisco Moita Flores, João Patinhas e Joaquim Grave falam sobre a problemática taurina em Portugal.

Desde que o Homem nasceu que existe agricultura. E há uma necessidade das pessoas que é comer. Sem comer ninguém sobrevive. A agricultura vai prevalecer. Todos os economistas e políticos já levam agricultura em linha de conta.

Apesar dos lobbies e das corporações, Castro e Brito acredita

“É importante que a agricultura tenha uma palavra a dizer” O Estado deve facilitar a vida às pessoas, aos agricultores. Deve haver menos Estado na vida das pessoas. O Muro de Berlim e a União Soviética já caíram há muito. Já não há esse conceito do Estado a controlar tudo. Deve haver menos burocracias, menos intromissão. O Estado deve fiscalizar. Isso é que é importante e a sua verdadeira função. Há que encarar este setor como qualquer empresa. E quando falo em Estado refiro-me não só ao Governo como também aos tribunais ou outras instituições e repartições.

O presidente da Associação de Criadores de Ovinos do Sul, Manuel Castro e Brito, de 60 anos, não se desilude, nem se entusiasma, com a política no setor agrícola. Mas, apesar dos lobbies políticos, acredita que a agricultura vai prevalecer. Entrevista Marco Monteiro Cândido JOSÉ FERROLHO

Afirmou recentemente que mais Estado é pior Estado. Qual deve ser, então, o papel do Estado na agricultura?

Mas a agricultura é, tradicionalmente, um setor muito afectado pelas alterações políticas, pelas reformas políticas…

Como vê as diferentes políticas agrícolas ao longo dos anos?

A agricultura nacional tem sobrevivido sempre. No entanto, há grandes diferenças com os países do norte da Europa. E há diferenças de formação profissional, a nível do solo, do clima, para além desses países terem grandes produções. Falo de países como a Holanda, a Dinamarca ou a Alemanha. E em relação a esses nós temos um handicap. Devíamos ter um tratamento diferente na Política Agrícola Comum, um tratamento de exceção pela positiva. Mas, ao fim e ao cabo, temos menos apoios do que esses países de que estamos a falar. Porque são eles que pagam e são eles que partem e repartem. E quem parte e reparte fica com a maior parte. É como diz o tal ditado popular muito injusto. E o poder político português não pode agir de outra forma?

O poder político tem o peso que tem na Europa. O peso é sempre de zero vírgula qualquer coisa. Na agricultura e noutros setores. Está desiludido com a política no que diz respeito à agricultura?

Nunca fui de desilusões, nem de entusiasmos. No entanto, uma coisa é certa: a agricultura de há 30 anos não tem nada a ver com

agricultura na vertente de gerador. Nós produzimos, em média, 70 por cento do que o País consome. Com um bocadinho mais de trabalho, estou convencido de que as exportações vão aumentar. As novas tecnologias também têm contribuído para isto, a pesquisa científica, a formação profissional. As coisas só podem melhorar.

a agricultura de hoje. Houve um grande desenvolvimento no setor, a nível empresarial. Obviamente que todo o interior, de solos pobres, com a erosão humana, onde não está ninguém, tem sido abandonado. E isso é um problema social grave, muito grave. Mas isso não se passa só em Portugal. Passa-se em Espanha e noutras regiões onde a agricultura não é competitiva, porque provem de uma origem familiar, que resistia no passado. Mas as pessoas também não viviam bem. É natural que haja uma evolução social. Mas apesar do desenvolvimento poderia ter sido feito mais e melhor?

Pois podia. Mas há outra pergunta: e quem é que paga? É assim. Agora que é um problema grave é! Qual é o estado da agricultura no distrito de Beja?

A agricultura tem sofrido uma grande evolução. Mais ainda para aqueles que têm possibilidades de

fazer uma agricultura com mais valor acrescentado. Temos o caso do olival, de algumas explorações que têm pomares. São vários os exemplos que vão surgindo. À medida que vai chegando a água vão surgindo empresas que se vão desenvolvendo. Agora, aqueles que não dispõem de água e fazem uma agricultura extensiva estão piores. Esses têm que se resumir à cultura de cereais secundários para a alimentação do gado e têm que estar num mercado aberto, com a concorrência dos países do norte da Europa e dos países terceiros, com grandes potências agrícolas, como o Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos da América, Canadá. Enfim, uma agricultura de escala, uma escala muito grande, o que lhes permite fazer uma economia de escala. Como é que vê o futuro?

Desde que o Homem nasceu que existe agricultura. E há uma necessidade das pessoas que é comer. Sem comer, ninguém sobrevive. A

agricultura vai prevalecer. Todos os economistas e políticos já levam a agricultura em linha de conta. A postura dos políticos em relação à agricultura está a mudar?

A agricultura é um setor que dá de comer às pessoas. Uma vez que já existe muito mais população, e a expectativa é haver muito mais, a agricultura tem perspetivas. E como tal, a classe política… eu nunca gosto de falar a nível nacional ou regional, porque nós não estamos só dependentes do nosso país. E portanto, o mercado também funciona com a lei da oferta e com a lei da procura. Mas depois há outras estratégias dos políticos. Há uns que não gostam de importar e em países ricos, o que não é o caso, podem subsidiar a agricultura com o orçamento do próprio país. Podem pôr os embaixadores como “vendedores” dos produtos. Em alguns estados os embaixadores são autênticos caixeiros-viajantes. Nós aqui estamos a evoluir. Começa-se a olhar a

E à medida que o interior e os agricultores forem tendo menos peso pior será. Nestes países do sul funciona tudo muito por lobbies e por corporações. E jogam com os votos e com a influência que têm na sociedade. Na agricultura parece que isso ainda não foi descoberto. Mas é importante que a agricultura tenha uma palavra a dizer. Mas quem tem que falar não são só os agricultores. São todos aqueles que gostam de vir passear ao campo, de vir à aldeia uma vez por ano, que gostam ainda de comer aquela linguiça à maneira, de comer bom pão e beber bom vinho. Isso é agricultura. Numa sociedade civilizada seria normal que se desse cada vez mais valor a estas coisas que são os produtos da agricultura. Depois estamos numa fase em que, socialmente, trabalhar no campo não tem prestígio. É importante mudar a imagem da agricultura?

É muito importante e penso que vai mudando a pouco e pouco. Até há algum tempo não havia interatividade entre o utilizador, o guardião da natureza, o produtor, com a população. Temos que ir por aí. E é nesse sentido que vai o nosso esforço na Ovibeja, com as exposições do azeite e, este ano, a da floresta. Nós entendemos que isso é um grande investimento e uma grande obrigação: comunicar às pessoas que estamos todos no mesmo mundo, onde a agricultura tem uma grande função.


18 horas – Demonstração Cinotécnica A equipa cinófila da Base Aérea 11 faz uma apresentação da “arte” de bem ensinar canídeos.

05 Diário do Alentejo 6 maio 2011

15 e 16 horas – Leilões de animais Pavilhão da Pecuária As raças Merina Branca, Merina Preta e reprodutores de suínos da raça Alentejana vão a leilão.

Olhares Coletivos Exposição de Fotografia

Madalena Palma

Eduardo Franco

João Correia

Álvaro Barriga

Pedro Barrocas

A floresta em prol do desenvolvimento rural

Montado como prestador de serviços ambientais A floresta é crucial para a manutenção da biodiversidade e ao mesmo tempo é geradora de riqueza, contribuindo significativamente para a economia regional. A ACOS acredita que os montados alentejanos poderão ser encarados como prestadores de serviços ambientais. As florestas ao serviço das populações e vice-versa. Texto Bruna Soares

E

ste ano comemora-se o Ano Internacional das Florestas e a Ovibeja associou-se à efeméride, apostando numa grande exposição interativa. O “Diário do Alentejo” foi tentar perceber quais

são os benefícios, bens e serviços que a floresta proporciona à região. Recorde-se que a floresta predominante na planície é o montado de azinho e sobro, um ecossistema tipicamente mediterrânico e multifuncional e, segundo Claudino Matos, da Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), “gerador de riqueza a vários níveis”. E explica: “Assume papel de enorme relevância a produção de cortiça, uma vez que o País é o maior exportador a nível mundial. Por outro lado, a utilização de sistemas agro-silvo-pastoris, sob coberto de montado, é uma prática ancestral, que leva à obtenção de uma gama diversa de produtos animais e vegetais de elevada qualidade que contribuem significativamente

para a economia regional”. A questão ambiental também não é esquecida e, de acordo com o técnico da ACOS, “os montados alentejanos poderão ser encarados como prestadores de serviços ambientais, onde serão valorizados serviços que ainda não estão devidamente quantificados, como o sequestro de carbono e o seu contributo para a qualidade do ar e da água”. A floresta é encarada como um motor para o desenvolvimento rural e, em Portugal, ocupa cerca de 40 por cento do território, principalmente nas regiões interiores do País. “Apesar das migrações das populações para os grandes centros

urbanos do Litoral, a floresta é em muitos casos o único fator de fixação das populações em meio rural, contribuindo para o seu desenvolvimento”, considera Claudino Matos. E afirma: “A importância do setor florestal é muito relevante já que, de acordo com as estatísticas oficiais, os produtos originários da floresta portuguesa representam 11 por cento das exportações nacionais e contribuem em três por cento para o Produto Interno Bruto (PIB)”. Segundo a ACOS, em termos de emprego, “a floresta gera, direta e indiretamente, cerca de 260 mil postos de trabalho”. Os incêndios são um dos principais inimigos da floresta e, de

acordo com Claudino Matos, “para os que são causados por fenómenos naturais apenas a vigilância poderá minimizar os impactos” e, neste sentido, “todos deveriam ser vigilantes”. As pragas e doenças também são uma forte preocupação. “É o caso do nemátodo nos pinhais e, particularmente na região, a seca do montado de azinho e sobro, que é atribuída a uma multiplicidade de fatores bióticos e abióticos”, diz. Assegurando, no entanto, que “existem equipas de investigação científica, algumas na região, a estudar estes fenómenos”. Claudino Matos acredita que “no futuro serão encontradas soluções que minimizem os impactos negativos na floresta”.


Sábado

Diário do Alentejo 6 maio 2011

06

10 e 30 horas – Corrida à Corda Avenida Miguel Fernandes Com a participação dos pastores da ganadaria Manuel João Rocha, da ilha Terceira, e a colaboração do Governo Regional, uma corrida à moda dos Açores.

42

11 horas – Estratégias para a Valorização do Azeite Auditório do Nerbe, promovido pela ACOS Ammar Assabah, do Conselho Oleícola Internacional, preside à sessão moderada por Mariana Matos, da Casa do Azeite.

Foi o número de produtores, nacionais e estrangeiros, que participaram no “Prémio Ovibeja”

Concurso inédito em Portugal premeia os melhores azeites

Azeites cinco estrelas Amanhã, sábado, dia 7, a grande feira do Sul recebe a entrega de prémios do I Concurso Internacional de Azeite Virgem “Prémio Ovibeja”. Este concurso, inédito em Portugal, surgiu devido à importância que o setor do olival e do azeite tem no Alentejo, “região onde tem havido maior investimento, a nível nacional, em termos da produção olivícola”, refere o assessor da Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), Claudino Matos. “Sendo a Ovibeja um certame com importância nacional e internacional, considerámos ser importante utilizar esta marca como um veículo de promoção do azeite; ao mesmo tempo, e talvez tenha sido a razão mais importante, nunca se realizou, em Portugal, um concurso internacional de azeite”. Entrevista Marco Monteiro Cândido

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I C onc u rso I nter nac iona l de A zeite Virgem E x t ra “Prémio O v i b e j a ”, c o m o r g a n i z a ção da Ovibeja, colaboração da Casa do A z eite – A ssoc iaç ão do A z eite de Por tuga l e o apoio do Consel ho

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Oleícola Internaciona l (orga nização intergovernamental fundada em 1959 sob os auspícios da Organização das Nações Unidas), contou com a participação de 42 produtores de azeite, nacionais e internacionais.

Papel fundamental, no processo do concurso, teve a Associação do Azeite de Portugal, como sublinha Claudino Matos. “A Casa do Azeite fez a recolha do azeite dos produtores que demonstraram interesse em participar, fez a selagem das amostras, recolheu as análises químicas que os produtores fizeram e codificou os azeites”. Todas as amostras foram recolhidas de tonéis de armazenamento que ficaram selados até serem conhecidos os vencedores do concurso. Depois de recol h ido o a z eite, a fase seguinte consistiu na escolha do júri, que se reuniu na pousada de São Fra ncisco, em Beja, pa ra apura r os azeites vencedores. “O júri foi constituído por 16, 18 pessoas, entre portugueses, espanhóis, italianos e gregos, que vieram provar os azeites e classif icá-los. São provadores de azeite, com formação específ ica, e são recon hecidos como especia listas a prova r a z eite pelo C onsel ho Oleícola Internacional”. No reg u la mento do conc u rso estava prevista, apenas, a admissão dos a zeites v irgem ex t ra per tencentes à campanha 2010/2011, que cumpriam requ i sitos de qu a l id ade e genu i n id ade est ipu lados pela orga n i z aç ão. E , seg u ndo o assessor da ACOS, foi isso mesmo que aconteceu: “Apenas referimos a classif icação f ina l, mas, nas pontuações do júri, verif icou-se ter hav ido g ra nde u na ni midade nas cla ssi f icações dos a zeites”. E o que sig nif ica isto? Pa ra Claud i no Matos t rata --se de “u m i nd ic at ivo de que os azeites são bons e que o júri conseg u iu eleger os mel hores ent re os me l hore s”. “A s p ont u a ç õ e s for a m mu ito pa rec id a s. Foi u m conc u rso renhido”. A entrega dos prémios vai decorrer pelas 13 horas de amanhã, presidida por um membro do Conselho Oleícola I nter nac iona l, no Pav i l hão A z eite Alentejo, nas categorias de azeite frutado maduro, azeite frutado verde médio e azeite frutado verde intenso. Q u a nt o à e vo lu ç ã o d o s e t or, Claud i no Matos está opt i m ista . “O que se fa la é que, dentro de um ou dois anos, somos capazes de ficar autossuficientes em produção de azeite e com um potencial muito grande para exportação, o que é uma boa notícia nos dias que correm. Acreditamos que é uma f i leira com f uturo e por isso esta mos a uti lizar a Ov ibeja para a promoção”.

Azeites premiados

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I Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra “Prémio Ovibeja” contou com a participação de 42 produtores, nacionais e estrangeiros. A deliberação do júri, constituído por especialistas no “ouro líquido”, premiou os seguintes azeites: Azeites Frutado Maduro Primeiro Prémio Gallo Worldwide Segundo Prémio Saov – Sociedade Agrícola Ouro Vegetal, Lda Terceiro Prémio Cooperativa de Olivicultores de Valpaços Menção Honrosa Sociedade Agrícola do Conde, Lda Menção Honrosa Olivais do Sul Menção Honrosa Taifas – Indústria e Comércio de Azeites, SA Azeites Frutado Verde Médio Primeiro Prémio Sociedade Agrícola Colinas de São Lourenço, Lda Segundo Prémio Riazor – Azeites e Óleos Vegetais, SA Terceiro Prémio Victor Guedes – Indústria e Comércio, SA Menção Honrosa Karsten Larsen, Lda Menção Honrosa Cotéis – Produção e Comercialização AgroAlimentar, Lda Menção Honrosa Sociedade de Exploração e Gestão Agrícola – Sega Azeites Frutado Verde Intenso Primeiro Prémio San Jose de Lora de Estepa, S.C.A., Oleostepa Segundo Prémio - La Inmaculada Concepción, S.C.A. Oleostepa Terceiro Prémio S.C.A. Olivarera Pontanense de Oleostepa Menção Honrosa J. Portugal Ramos Azeites, SA Menção Honrosa Agrícola Roda, S.C.A. Oleostepa Menção Honrosa Ntra. Sra. de La Paz, S.C.A. de Oleostepa


14 horas - “Setor Florestal: Valor e Inovação” Auditório da ExpoBeja, promovido pela Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente. Amândio Torres, presidente da Autoridade Florestal Nacional tem a cargo a abertura do debate.

17 horas – 15ª Grandiosa Corrida de Touros da Ovibeja Seis toiros da Ganadaria António Silva serão corridos pelos cavaleiros Tito Semedo, Sónia Matias e João Moura Caetano. As pegas estão reservadas para os grupos de Forcados Amadores de Beja e Amadores de Alcochete.

Workshops “Ciências das Florestas”

Dia da Serra, da Planície e do Campo Branco

Dia da Margem Esquerda do Guadiana

Dia do Mar e do Baco

“Minhocário”, Anatomia da Flor”, “Flores de Resina” ou “Volta ao Mundo em 10 Árvores” são algumas das atividades desenvolvidas pelo Centro de Ciência Viva da Floresta.

6 – sexta-feira Atuação dos grupos musicais de Aljustrel, Almodôvar, Beja, Castro Verde, Ferreira do Alentejo e Ourique.

7 – sábado Atuação dos grupos musicais de Serpa, Mértola e Barrancos

8 – domingo Atuação dos grupos musicais de Santiago do Cacém, Sines, Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Vidigueira, Alvito e Cuba.

07 Diário do Alentejo 6 maio 2011

14 e 18 horas – Horseball Picadeiro D. Diogo Braancamp Sobral Uma boa oportunidade para assistir a um desporto pouco divulgado em Portugal.

Alqueva abre novas oportunidades de investimento

O regadio é um diamante em bruto O regadio está a proporcionar investimento em solo alentejano e os agricultores asseguram que “a existência de água em abundância pode ser uma das alavancas de desenvolvimento da região”. Esta pode ser uma arma no combate à desertificação. É uma água abençoada, apesar das dificuldades que se perspetivam. Texto Bruna Soares

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agricultura alentejana e, consequentemente a paisagem, está a mudar. O principal responsável é o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. É que os solos férteis, abençoados por um clima favorável, contam agora com mais um importante

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aliado: o elemento água. O empreendimento irá instalar 110 mil hectares de novos regadios, o que projeta novas possibilidades de desenvolvimento. “O regadio é fundamental para esta região”, considera José Brito, presidente da Associação de Beneficiários da Margem Esquerda (Serpa). E afirma: “Temos um diamante em bruto nas mãos”. O regadio tem atraído mais investidores para a região e, segundo José Brito, “foi a perspetiva de existir água que possibilitou, por exemplo, a plantação de muitos olivais”. O agricultor considera ainda que “esta é uma ferramenta para combater a desertificação no interior, uma vez que abre um leque de novas oportunidades”. José Brito, no entanto, lembra que o País

atravessa uma crise e que, embora seja muito positiva a existência de novos perímetros de rega”, “não basta existir hidrantes (bocas de água) nas explorações”. E explica: “É preciso criar infraestruturas, que são extremamente dispendiosas e a banca, tendo em conta o atual contexto económico e financeiro do País, está a levantar muitos problemas, no que diz respeito ao financiamento”. Na verdade, são investimentos muito avultados e os agricultores têm dificuldade em pôr todo o sistema de rega a funcionar. “Mesmo tendo em conta esta crise julgo que não vai haver abandono de investimentos. É capaz é de existir a mudança de proprietários, não só ao nível da compra e venda, mas também ao nível do arrendamento”, afirma José Brito. O preço e os prazos de pagamento da água

proveniente de Alqueva também merecem a preocupação da Associação de Beneficiários da Margem Esquerda. “Se o preço for convidativo conseguir-se-á ter uma evolução mais rápida”. Neste sentido, de acordo com José Brito, “tudo dependerá do tipo de cultura que se pratique”. Para o presidente da associação, é preciso, deste modo, “fazer um estudo e avaliar todas as situações e tipos de cultura a praticar”. “É preciso também perceber se são os agricultores que vão à procura da indústria, ou se acontece, precisamente, o contrário. Estas são questões que ainda não têm resposta. Há a abertura de novos perímetros de rega, mas ainda há muito trabalho a fazer”, diz o agricultor. Por fim, José Brito conclui: “A mudança de mentalidade do sequeiro para o regadio já deveria ter sido feita há uns anos atrás”.


Diรกrio do Alentejo 6 maio 2011

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