Edição nº 1516

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“7 Maravilhas” despreza gastronomia alentejana Indignação generalizada no meio gastronómico e turístico do Alentejo pág. 16

SEXTA-FEIRA, 13 MAIO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1516 (II Série) | Preço: € 0,90

JOSÉ SERRANO

Há 560 processos abertos nas comissões de proteção de crianças e jovens de Beja, Odemira e Moura. E só em 2011 foi assinalada mais de uma centena de casos nestes três concelhos do distrito de Beja. Negligência,

SUSA MONTEIRO

100 crianças em risco desde o início do ano delinquência juvenil, maus tratos psicológicos e abandono escolar são os principais riscos identificados. No caso da delinquência a maioria dos jovens foi sinalizada pelos próprios pais, que são vítimas de agressão. pág. 5

Prisão de Beja sobrelotada

Bombeiros chegam a acordo com o Governo Na passada quarta-feira, em cima do fecho desta edição, os bombeiros chegaram a acordo com o Governo quanto ao regime de transporte de doentes. Uma situação que, desde o início do ano, reduziu drasticamente as receitas das corporações e conduziu algumas perto da falência. “Não estamos alarmados”, refere Domingos Fabela, presidente da Federação dos Bombeiros de Beja, “estamos em pânico”. pág. 7

Do furto ao homicídio, passando pelo tráfico de droga. O Estabelecimento Prisional de Beja tem uma população que abarca todo o tipo de crime. E tem reclusos a mais para a sua capacidade. São 163 prisioneiros, mais 17 do que a lotação ideal. O “Diário do Alentejo” foi perceber como é o dia-a-dia na prisão de Beja e descobriu que a esperança também pode habitar para lá das grades. págs. 10/11

Bloco de Esquerda Rui Nabeiro é cônsul procura mais votos em Beja de Espanha no Alentejo Em 2009 o Bloco de Esquerda foi o quarto partido mais votado nas eleições legislativas no distrito de Beja, com pouco mais de 10 por cento dos votos. O médico Dinis Cortes encabeça a lista do BE às eleições de 5 de junho para a Assembleia da República e considera que, embora difícil, um bom resultado seria a eleição de um deputado pelo círculo eleitoral de Beja. pág. 4

Rui Nabeiro foi esta semana nomeado cônsul de Espanha no Alentejo. O “Diário do Alentejo” foi perceber qual a chave do sucesso do mais bem sucedido empresário alentejano, e descobriu a fórmula: otimismo, trabalho e exigência. “Quem distribui, recebe”, esclarece “o cavaleiro da ordem do otimismo”. Em 2011 a Delta Cafés faz 50 anos e Nabeiro completa 80. págs. 11/12


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JOSÉ SERRANO

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Ovibeijos Há muito que não se via tamanho rodopio de políticos na Ovibeja. Em vésperas de eleições para a Assembleia da República, os principais líderes partidários não deixaram de comparecer na grande feira do Alentejo para distribuir promessas e… beijinhos. E até o próprio Presidente da República assistiu à abertura oficial da caça ao voto. Os fotógrafos

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JOSÉ FERROLHO

JOSÉ FERROLHO

do “Diário do Alentejo” estiveram lá e viram. PB

JOSÉ SERRANO

Fotorreportagem


O programa cultural e recreativo que a Ambaal preparou para a Ovibeja contou com a participação de meio milhar de músicos, provenientes dos seguintes municípios: Beja, Castro Verde, Mértola, Odemira, Ourique, Serpa e Vidigueira. Além dos agrupamentos musicais alusivos aos seus associados, também foram inseridas neste programa atuações sob a responsabilidade da Fundação Inatel e das freguesias de Salvador.

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Editorial Sós

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Paulo Barriga

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onstatação primeira à última edição da Ovibeja: a solidariedade intermunicipal morreu. Não sei, aliás, se ela alguma vez existiu fora da mesma pigmentação política. Mas a sua falência, o falhanço do intermunicipalismo, representa a vitória do egoísmo e do esplêndido isolamento de muitos dos nossos autarcas. E afigura o fim de qualquer ideia mais ou menos romântica de união territorial, de regionalização, apresente ela o mapa que apresentar. A Ovibeja, para o bem e para o mal, é o largo deste nosso lado de baixo do Alentejo. É no largo que se celebram alianças, se solidificam laços, se perpetuam a amizade e o companheirismo e a cooperação. As câmaras deixaram de aparecer no largo. Estão de costas voltadas umas para as outras. Cada qual sabe de si, parece ser a ideia. Mas que péssima ideia. Que péssimo sintoma. Que mau indicador. Que ruim presságio este, que se abate sobre a questão do associativismo intermunicipal, em prejuízo da região e das pessoas. Muitas vezes, por questões de orgulho e de vaidade, por birra ou por obstinação, não conseguimos olhar para lá do nosso umbigo. É o que parece estar a acontecer com os autarcas eleitos nos concelhos do distrito de Beja. A Assembleia Distrital de Beja (ADB) é um caso paradigmático. A instituição faliu por continuada má gestão e, essencialmente, por falta do pagamento das comparticipações devidas por parte dos seus membros: os municípios. A questão é que o total abandono da ADB implica, em linha direta, o abandono do Museu Regional de Beja e do Arquivo Distrital de Beja. Ou seja, por questões egocêntricas mal resolvidas, há autarcas que estão a comprometer seriamente o nosso património e a nossa memória coletiva. Porque, por muito difícil que seja de encaixar, temos efetivamente um passado conjunto, uma história ancestral partilhada, a mesma cultura. Com a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal) parece começar a acontecer o mesmo abandono. E irresponsabilidade. A Ambaal, ironia, foi criada no decurso do primeiro (e talvez ntre câmaras: o único) grande ato de união entre lentejo”. O preresgate do título “Diário do Alentejo”. ciso jornal que abriu todas ass feridas, curáóprios autarcas, veis e insanáveis, entre os próprios talhas partidácampo de sucessivas e vis batalhas nio. Mas o rias pelo seu controlo e domínio. “Diário do Alentejo” – como o Museu al ou o Regional, o Arquivo Distrital Conservatório Regional – não enpertence nem nunca pertencerá a nenhum partido ou as, força política: é das pessoas, atrida sociedade, da região. É património de todos. Coletivo. Deitá-lo ao esa patriabandono é um crime de lesa mónio imperdoável.

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Ambaal juntou 500 músicos na Ovibeja


PS e PSD em guerra pela água

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Primeiro foi o líder socialista do Baixo Alentejo, Pita Ameixa, a acusar o PSD de “absoluto desconhecimento” em matérias referentes à gestão das redes de rega e de incitar os agricultores uns contra os outros. Agora é o PSD que acusa o ainda deputado do PS de “emitir comunicados de forma a esconder a sua inatividade em prol da região”, aconselhando os partidos a não se imiscuírem na vida interna das associações de regantes.

JOSÉ FERROLHO

Legislativas BE ambiciona aumentar votação em Beja

Contra a “política do bode” Em 2009 o Bloco de Esquerda foi o quarto partido mais votado nas eleições legislativas no distrito de Beja, com pouco mais de 10 por cento dos votos. O médico Dinis Cortes encabeça a lista do BE às eleições de 5 de junho e considera que, embora sendo difícil, um bom resultado seria a eleição de um deputado ou, pelo menos, aumentar a votação de forma a que esse objetivo ficasse mais próximo. Texto Carlos Júlio Como é que surgiu esta sua candidatura a cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo distrito de Beja?

Sou um cidadão independente. O meu percurso é essencialmente profissional. Nunca tive um percurso político, embora o meu posicionamento face ao mundo, à economia, à saúde, tenha começado cedo, mesmo antes da vida universitária, e tem mantido uma certa coerência. Entendo que o reflexo social daquilo que fazemos é evidente nas comunidades em que nos inserimos e, por isso, tenho como hábito participar na vida pública. Já antes tinha participado nas eleições presidenciais como mandatário de Manuel Alegre, em 2005 e em 2011, e há dois anos fui convidado por Miguel Portas para integrar a lista do Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu. Aceitei o convite e é um mandato que ainda está vigente. Agora voltei a aceitar este compromisso, que apareceu de uma forma natural. Embora a sua eleição, como deputado por Beja, seja muito difícil, dado o Bloco de Esquerda em anteriores eleições ter ficado muito aquém do número de votos necessário para eleger um deputado, é importante a participação do BE nesta campanha no distrito?

É muito importante e uma condição sine qua non da democracia. O Bloco de Esquerda é uma força não negligenciável no panorama político português e no distrito temos uma expressão que ronda os 10 por cento, pelo que tem que ser ouvida.

Quais os principais temas da campanha do Bloco de Esquerda?

A ação dos deputados no Parlamento é geralmente virada para o todo nacional, ainda que possa ter especificidades locais ou regionais. Mas, olhando para o geral, um dos temas que me move mais é aquilo que o Bloco de Esquerda tem classificado como “justiça na economia”. Muitas vezes a direita argumenta que é preciso produzir para depois distribuir. Tudo bem. Na produção ainda se podem colocar dúvidas, mas a distribuição é tudo menos equitativa. Há setores financeiros, empresariais e outros que ficam com o grande “bolo” que é produzido e há uma imensa maioria da população que sobrevive apenas do que resta. Esse é um dos principais temas que me move nesta candidatura. E a nível regional?

Há outras áreas, mas eu gostaria de destacar esta: a importância que poderá ter o turismo numa região como a nossa. Mas esses turistas não procuram nem meios urbanos, nem ambiente degradado, nem plantações de espécies exóticas. Essas pessoas escolhem o Alentejo para fruir da nossa gastronomia, do nosso ambiente, da nossa observação e comunhão com o meio natural. É um turismo muito específico, muito limpo que pode trazer riqueza à região. Mas, para isso, é essencial compatibilizar as práticas tradicionais com as regras atuais de conservação da natureza. Como encara a regionalização?

Sou ativista do movimento “Sim às Regiões” que engloba pessoas tão diferentes como Mendes Bota e Carreira Marques. Defendo que a regionalização é para fazer, embora este momento de crise não me pareça ser o mais adequado. Mas uma parte da regionalização já está feita. Muitas pessoas dizem que a regionalização vai criar “mais uns tachos”, mas não têm razão. Muitos serviços já estão regionalizados, como aqueles em que trabalho e em que desempenho as funções de subdelegado regional do Alentejo do Instituto da Droga e da Toxicodependência. Acho que Lisboa é que perderia muito do poder que tem sobre as populações, sobretudo

as do interior, e a regionalização não avança devido a esta resistência do poder central. E parece que o interior não leva em conta esta resistência do poder central e quase não contesta. Talvez seja por sermos mesmo um país de brandos costumes… A Suíça tem quase metade da nossa área e está completamente regionalizada. Depois dizem: a Suíça está muito desenvolvida. Claro, os países mais desenvolvidos são quase todos os que estão mais regionalizados. O que seria um bom resultado, em Beja, para o BE nestas eleições?

O Bloco subiu bastante nas últimas eleições, o que faz com que qualquer subida significativa seja agora mais difícil. Mas, é claro, que eu considero que um bom resultado será eleger um deputado. O resultado que nos satisfaz, mas que é uma espécie de mal menor, será subir apenas a votação do Bloco de Esquerda e aproximá-la da possibilidade de ter um deputado eleito pelo círculo eleitoral de Beja. As sondagens que têm saído nos últimos dias parecem paradoxais: apesar da crise os partidos mais à esquerda – o PCP e o BE – não estão a ficar mais reforçados. Antes pelo contrário. Na sua opinião, isto deve-se a quê? Dificuldades de mensagem ou desadequação da mensagem?

Nos momentos de aperto e de crise as pessoas tendem, muitas vezes, a serem mais conservadoras. Isto é comum ao ser humano. Há uma estória que se conta que é a de um tipo que estava aflito porque vivia num apartamento com 10 pessoas, tudo muito apertado e com muita tensão. Um amigo recomendou-lhe que metesse um bode lá em casa. A vida começou então a ser ainda mais horrível, com o cheiro forte e todos mais apertados. Um mês depois o amigo recomendou-lhe que tirasse o bode. Assim fez, e toda a gente suspirou de alívio e ficaram todos a viver mais felizes e contentes. Eu penso que os nossos governantes muitas vezes utilizam esta técnica do bode. Apertam as pessoas até ao máximo e depois afrouxam um bocadinho e dizem: veem como as coisas estão melhores?

Nome: Manuel Dinis Cortes Idade: 56 anos Naturalidade: Vila Real (Trás-os-Montes). Vive em Beja desde 1980. Habilitações académicas: Especialista em medicina geral e familiar. Profissão: Médico. Trabalha no Instituto da Droga e da Toxicodependência, em Beja. Quais as suas referências musicais? Zeca Afonso sempre, sempre. E os Deolinda, entre outros. Qual o seu Clube? Pratica Desporto? Sócio do Benfica. Caça e pesca submarina. Cor preferida? Vermelho. Tem algum “hobby”? Fotografia de natureza. Que livro está a ler? Qual o seu autor preferido? Leio fundamentalmente publicações da minha área técnica. Autor: o fotógrafo suíço Thomas Marent, que tem uma obra notável. Que políticos mais admira? A grande figura do século passado foi Ernesto Che Guevara. Um homem de uma grande verticalidade, médico e com uma capacidade de mobilização das pessoas fora do comum. Há alguma frase em que se reveja especialmente? “Para se ser maluco é preciso ter muito juízo”. Eu sigo isso à risca.


Hoje

Apesar do número de processos ativos, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Moura considera que a situação atual do concelho “é estável, uma vez que se encontra bem equipado interdisciplinarmente, o que permite uma resposta atempada à maioria das situações fazendo uma ‘triagem’ relativamente às

“Normalmente o perigo está na família” Em qualquer uma destas três comissões de proteção de crianças e jovens – Beja, Odemira e Moura – são privilegiadas as medidas em meio natural de vida, ou seja, o apoio junto aos pais, “medida definida pela lei que, consoante a situação, pressupõe o acompanhamento da família através de parcerias”, explicam os responsáveis pela CPCJ da cidade de Salúquia. As medidas podem passar ainda pelo “acolhimento por familiares de

situações de perigo”. Também a presidente da CPCJ de Odemira, Maria do Carmo Gamas, diz que “tem sido dada resposta imediata às situações urgentes, sem descurar o apoio das situações menos urgentes” e que “embora existam muitos casos, dado que o desejo seria que não existissem nenhuns, não existem situações muito graves”.

confiança dos menores ou por terceiros também da confiança do menor”. “Só em última instância”, garante a presidente da CPCJ de Beja, “é que vem a institucionalização”. “Esta é a medida mais gravosa porque estamos a privar a criança da família, mas por outro lado normalmente o perigo está na família. Claro que quando as mantemos junto da família, em situação de negligência, por exemplo, tentamos trabalhar a família também, porque no fundo só assim resolvemos o problema”.

Beja, Odemira e Moura têm abertos 560 processos

Beja adere a Selo Alentejo Sustentável

100 crianças em risco assinaladas este ano Texto Nélia Pedrosa Ilustração Susa Monteiro

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os quatro primeiros meses deste ano deram entrada nas comissões de proteção de crianças e jovens (CPCJ) de Beja, Odemira e Moura cerca de 100 novos processos – cada processo corresponde a uma criança ou jovem. A estes juntam-se ainda os que transitaram de 2009 e os que foram reabertos já este ano (na sua esmagadora maioria por reincidência da situação), contabilizando as três comissões, no total, 560 processos ativos. A negligência e o abandono escolar continuam a ser, nos casos dos concelhos de Moura e Odemira, os principais riscos identificados nas crianças atualmente sinalizadas pelas comissões. Em Beja tem surgido este ano “outro tipo de procedimentos muito ligados à delinquência juvenil”, assim “como casos de maus tratos psicológicos/abuso emocional”. A negligência continua em destaque, ocupando o topo da tabela dos motivos de intervenção. A presidente da CPCJ de Beja, Maria do Céu Valente, diz que “se anteriormente a delinquência em Beja estava normalmente associada ao consumo de estupefacientes”, atualmente vê-se que “os miúdos de 13, 14 que roubam querem é o dinheiro, telemóveis e outras coisas do género”. Na comissão de Beja estão sinalizados “uns cinco ou seis jovens, basicamente rapazes, com 13, 14 anos”, que “quase todos os dias são levados pela PSP para a Investigação Criminal”. “A sensação que temos é que é um grupo. Sinalizados temos uns cinco ou seis, mas não quer dizer que não sejam mais”, adianta Maria do Céu Valente, que não atribui este aumento da criminalidade “à conjuntura económica atual”: “Isto não é de hoje. Há três ou quatro anos que se nota a nível geral”, diz. A maioria destes jovens foi sinalizada pelos próprios pais, “porque os filhos os agridem, os roubam”. Perante a insuficiência de respostas adequadas a este tipo de problemática – “Não arranjamos instituições fechadas”, diz Maria do Céu Valente –, a opção da comissão tem sido

“fazer acompanhamento psicológico aos jovens, mas com uma atitude um pouco mais agressiva, no trato, fazendo exigências de cumprimentos”. Mas o mais provável, diz, “é estes processos acabarem por ir parar ao tribunal por incumprimento”. No caso de maus tratos psicológicos/abuso emocional, a responsável esclarece “que os pais ou quem tem a responsabilidade parental transferem muitas vezes as suas próprias vidas para as das crianças, acabando por as manipular”, interferindo com alguns dos direitos, nomeadamente o de irem à escola. Ao nível da negligência, diz, a sinalização é feita “porque os miúdos chegam à escola mal alimentados, muito atrasados, ainda com a roupa do dia anterior ou com a fralda da noite, coisas do género”. “É mesmo negligência pura. Temos situações de jovens mães que foram habituadas assim e agora estão a transmitir isso para os filhos”, acrescenta. “São famílias em que os pais já foram negligenciados e replicam os modelos pelos quais ‘aprenderam’”, reforçam, por sua vez, os responsáveis pela CPCJ de Moura, adiantando que o abandono escolar foi o problema que mais cresceu entre 2009 e 2010 na cidade de Salúquia e é o principal responsável pelas situações de reincidência. Em 2010 foi instaurado

O município de Beja vai aderir ao projeto Selo Alentejo Sustentável, promovido pela Associação de Desenvolvimento para as Energias Alternativas. Tomando como ponto de partida a importância que o ambiente e os seus recursos têm na qualidade de vida das populações, o Selo Alentejo Sustentável “premeia as boas práticas ambientais levadas a cabo pelas empresas, organizações e instituições do Alentejo”.

e reaberto o dobro do número de processos em relação ao ano anterior. Em Odemira, onde se registou um ligeiro decréscimo do número de processos instaurados entre 2009 e 2010, “devido à diminuição das problemáticas ligadas à negligência”, a CPCJ, diz a sua presidente Maria do Carmo Gamas, “está a trabalhar no sentido de promover ações de sensibilização para as famílias de modo a trabalhar o problema da negligência parental e abandono/absentismo escolar”. A comissão defende, ainda, no caso desta última problemática, “a criação de medidas que possam dar resposta alternativas para os jovens que se encontram nesta situação de modo a incentivá-los a ir às aulas”. Também a CPCJ de Moura considera que “as respostas existentes dão mais do mesmo aos alunos desmotivados”. À CPCJ de Beja chegaram em outubro do ano passado, no início do ano letivo, 50 sinalizações de abandono escolar. A atual comissão, então há pouco mais de um mês em funções, decidiu promover reuniões com os vários agrupamentos escolares para solicitar que os mesmos “levassem a cabo as diligências a que são obrigados” antes de sinalizarem os processos para a comissão. Os processos “foram então devolvidos às escolas” e “só agora, em 2011, é que estão a aparecer alguns”, diz Maria do Céu Valente. A estratégia da CPCJ acabou por evitar “o aumento do número de processos”.

Vidigueira implementa projeto de solidariedade No âmbito do projeto de solidariedade “Reciclar para apoiar”, a Câmara Municipal de Vidigueira está a colocar ecopontos para recolha seletiva de lixo em diversas instituições públicas, incluindo os serviços municipais. Para a autarquia, esta “é uma iniciativa importante não só para a preservação do ambiente, mas sobretudo para apoiar uma causa social, ajudando alguém do concelho que precise de equipamento ou material ortopédico”.

Cavaco inaugura lar em Vila de Frades Cavaco Silva inaugurou no passado domingo o lar da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades: Entardecer Solidário – Apoio Social a Idosos. Construído em terreno cedido pela Câmara de Vidigueira, este equipamento tem capacidade para receber 51 utentes, nos seus 34 quartos. E vai criar 23 postos de trabalho. O investimento total da obra ronda os dois milhões e 300 mil euros, metade do qual financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano. “A cooperação entre as autoridades centrais e municipais com as instituições de solidariedade social deve ser potenciada e servir de exemplo para outras obras, em benefício das populações”, referiu o Presidente da República na cerimónia de inaguração. AC JOSÉ SERRANO

As comissões de proteção de crianças e jovens de Beja, Odemira e Moura têm ativos 560 processos. Negligência, delinquência juvenil, maus tratos psicológicos e abandono escolar são os principais riscos identificados. Estas são apenas três das comissões do distrito de Beja.

05 Diário do Alentejo 13 maio 2011

CPCJ dão “resposta atempada” às situações de perigo


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“Fomos os primeiros importadores de azulejos. Beja representa a centralidade do azulejo em Portugal”

Património único no País

Beja capital do azulejo

Beja possui um riquíssimo património na área da azulejaria. Florival Baiôa, da ADPB, diz que “a cidade tem um património único”, que “é preciso salvaguardar e aproveitar”. Beja representa a centralidade do azulejo em Portugal e, segundo Florival Baiôa, “deveria também explorar essa realidade do ponto de vista turístico”. Texto Bruna Soares

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eja é portadora de um dos núcleos mais importantes da azulejaria portuguesa, ocupando um lugar de destaque no património histórico e artístico do País. Na semana passada, o projeto “SOS - Azulejo”, do Museu da Polícia

Judiciária (MPJ), alertou para a necessidade de salvaguardar esta herança, passando a mensagem de que é “preciso combater a delapidação do património azulejar, resultante de furto, vandalismo e incúria”. A Câmara de Beja não quis deixar

passar esta oportunidade e associouse a esta iniciativa nacional. A intenção foi envolver as crianças no património azulejar e, ao mesmo tempo, alertar a comunidade para esta realidade. A cidade possui importantes exemplares, nomeadamente no que se refere à azulejaria arcaica dos séculos XV e XVI e, segundo Florival Baiôa, da Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja (ADPB), que se dedica há vários anos ao estudo deste património,tendo já publicado o livro A Azulejaria do Convento de Nossa

Senhora da Conceição de Beja, “é preciso alertar para este importante espólio”. E acrescenta: “Trata-se de um património cultural e histórico muito vasto e rico”. “Fomos os primeiros importadores de azulejos e pode dizer-se que Beja representa a centralidade do azulejo em Portugal”, considera o investigador. Para Florival Baiôa, “Beja tem de saber explorar esta realidade, em termos pedagógicos e científicos e também em termos turísticos”, porque “tem um património único”.

“Temos aqui um dos patrimónios mais ricos a nível nacional e podemos ter uma importância decisiva e ser um exemplo para o mundo”, diz o presidente da ADPB. “Existem aqui cinco séculos de azulejos”, assegura. Para Florival Baiôa, “este património está espalhado por diversos sítios da cidade” e, neste sentido, defende que “poderiam ser feitos circuitos turísticos”. No que diz respeito à conservação desta mostra ao vivo de azulejaria, o investigador garante que “a grande maioria está em bom estado”. No entanto, diz que “é preciso estudálos”, alertando ainda para o facto “de ser necessário prevenir o vandalismo e o roubo de uma série de azulejos de fachada, porque se assim não for poderá acontecer uma perda irreversível”. Florival Baiôa chama ainda a atenção para o facto “de existirem grandes coleções de azulejos ainda encaixotadas”.

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Fórum Baixo Alentej Alentejo Construir o Futuro Fóórum Baixxo Alenntejo Construir o Futuro

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Fórum Baixo Alentejo - Construir o Futuro | Sábado, 14 Maio, 14 horas | Beja Parque Hotel, Beja Programa 14h00: Recepção dos Participantes 14h30: Painéis Defender o Estado Social 1. Defender e Modernizar o Serviço Nacional de Saúde

16h00: Painéis Potenciar os Investimentos Estruturantes do Baixo Alentejo 3. Alqueva Agrícola Moderador: Conceição Casa Nova, Deputada (Candidata do PS)

Moderador: Munhoz Frade, médico (Mandatário Distrital do PS)

Relator: Helder Guerreiro (Gabinete de Estudos do PS)

Relator: António Gomes (Gabinete de Estudos do PS)

Oradores: Rui Barreiro (Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural); Manuel Reis (Presidente da Associação de Beneficiários da Obra de Rega de Odivelas); Luís Barradas (Presidente da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa); João Gomes (Consultor Agro-Industrial)

Oradores: Óscar Gaspar (Secretário de Estado da Saúde); Conceição Margalha (Vogal da Administração Regional de Saúde); José Alberto Rosa (Provedor Santa Casa da Misericórdia de Mértola)

2. Defender a Educação e a Segurança Social Pública

4. Turismo, Aeroporto e Acessibilidades

Moderador: Carlos Calhau, Director Regional Adjunto da Educação (Candidato do PS)

Moderador: Rui Faustino (Candidato do PS e Presidente da JS Baixo Alentejo)

Relator: Ricardo Mestre (Gabinete de Estudos do PS)

Relator: José Carlos Albino (Gabinete de Estudos do PS)

Oradores: Edmundo Martinho (Presidente do Instituto de Segurança Social); Maria José Ramalho (Presidente do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares); Vito Carioca (Presidente do Instituto Politécnico de Beja); Maria João Alves (Directora do Agrupamento Vertical de Escolas de Almodôvar))

Oradores: Bernardo Trindade (Secretário de Estado do Turismo); Carlos Correia da Fonseca (Secretário de Estado dos Transportes) ; Vítor Silva (Vice-Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, ERT); Marta Cabral (Casas Brancas -Associação de Turismo de Qualidade do Litoral Alentejano e Costa Vicentina)

17h30: Sessão de Encerramento do Fórum Orador: Luís Pita Ameixa, Deputado (candidato do PS)

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A Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (Arpta) e a ANA estiveram presentes no evento Routes Europe 2011, que decorreu até terça-feira na Sardenha (Itália). Routes Europe é o fórum em que companhias aéreas e aeroportos de toda a Europa têm mais de três mil encontros com vista ao

mil hectares, 110 dos quais de floresta, é a área que os 42 efetivos dos bombeiros de Odemira têm sob a sua jurisdição. “Vai ser difícil”, afirma o comandante

estabelecimento de novas rotas aéreas ou de operações charter ou low cost. A Arpta foi representada pelo seu presidente, Vítor Silva, que fez a apresentação da região Alentejo, mostrando os seus atrativos e potencialidades, que poderão interessar companhias aéreas em ter operações para o aeroporto de Beja.

07 Diário do Alentejo 13 maio 2011

Alentejo e ANA revelam potencial da região no Routes Europe

Nazário, que chama ainda a atenção para o facto de no verão a população residente aumentar cerca de quatro vezes, chegando a ultrapassar as 100 mil pessoas.

Corporações de bombeiros do distrito de Beja à beira do abismo

As alterações introduzidas pelo Governo no regime de transporte de doentes não urgentes puseram a nu a debilidade financeira das associações humanitárias de todo o País. O Baixo Alentejo não foge à regra. Domingos Fabela, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja (FBDB) e vice-presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Serpa, resume desta forma a situação: “Não estamos alarmados, estamos em pânico”. Texto Aníbal Fernandes PUB

“Não é alarme, é pânico” N os primeiros dois meses do ano, a receita dos bombeiros serpenses desceu entre 30 e 50 por cento. “Uma deslocação a Lisboa ronda os 250 euros”, revela Fabela, o que explica “a clara diminuição nas requisições” de transporte. Aucídio Carvalho, presidente da direção dos Bombeiros de Aljustrel, afina pelo mesmo diapasão: “A situação está complicada. Temos 30 mil euros de encargos mensais e apenas 11 mil de faturação”, lamenta. “Fomos engordando o quadro de pessoal” para dar resposta a uma tarefa que cumpria ao Estado assegurar. “Inicialmente sabia bem ao Estado o serviço prestado pelos bombeiros”, mas com o “encerramento de

unidades de saúde no interior aumentou a necessidade de transporte” e a fatura também subiu. O comandante Nazário, dos bombeiros de Odemira, chama a atenção para um outro problema, “a dificuldade em recrutar novos voluntários”, fruto das recentes alterações legislativas que limitam a entrada a pessoas entre os 18 e os 36 anos. Talvez por isso, “os voluntários têm vindo a diminuir”, diz Aucídio, o que leva a que “a grande maioria do trabalho voluntário seja assegurado pelos contratados, sem receberem mais por isso”, acrescenta Domingos Fabela. Apesar de tudo, nestas três corporações não estão previstos despedimentos. Em Odemira, alguns dos

bombeiros integraram a Equipa de Intervenção Permanente (EIP) e passaram a ser remunerados pela autarquia e pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, o que veio aliviar a folha de ordenados da corporação. No entanto, ainda não é suficiente, e estão a reduzir “pessoal” noutras áreas e a “reorganizar os serviços, para não ter de despedir”. Fabela diz que há corporações que não estão a renovar os contratos. Em Serpa “aguentamos mais dois ou três meses, depois acabou”, alerta o vicepresidente da direção dos bombeiros. Já em Aljustrel existe “uma almofada financeira que resulta de uma gestão muito criteriosa, mas quando a almofada acabar, fechamos”, diz

Aucídio Carvalho, que se recusa a reduzir o quadro de pessoal: “Quando não houver para um, não há para nenhum”, conclui. O presidente da AHBV de Aljustrel defende que “os bombeiros devem regressar às origens – incêndios, acidentes, ajudar as pessoas – e serem financiados, na totalidade, pelo erário público” já que a “proteção civil deve ser assegurada pelo Estado” e o transporte de doentes deve ficar para os centros de saúde e privados”, conclui. Aucídio aponta o dedo aos sucessivos governos que “não têm apoiado o interior”: “Das duas uma, ou criam condições para as pessoas viverem aqui, ou mudamo-nos todos para o litoral”.


Diário do Alentejo 13 maio 2011

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O programa eleitoral do PSD padece dos males de sempre: é palavroso, excessivo, pomposo, dissimula em matérias sensíveis e foge da polémica com generalizações quando convém, editorial do “Público”, 10 de maio de 2011

ouriquense.blogs.sapo.pt - É importante evitar tentar resolver os problemas da nação com este livro; nas cenas passadas em 2036 Portugal estará como sempre esteve: em crise. Porém, penso criar uma metáfora política com o Sporting Clube Portugal e tenho-me divertido muito com esta ideia. O Sporting terá um ano glorioso em 2036, depois de décadas de decadência, e o que salvou o foi um comunismo que chegou ao poder por via democrática, Eremita, 8 de maio de 2011

Opinião

Querem uma luz melhor que a do Sol! Ana Paula Figueira Docente do ensino superior

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o dia em que o PS apresentou o Programa Eleitoral 2011-2015, no programa “Negócios da Semana” (SIC Notícias), liderado pelo jornalista José Gomes Ferreira, discutiu-se o movimento cívico “Mais Sociedade” e algumas das suas propostas, sendo convidados o coordenador da iniciativa e gestor, António Carrapatoso, e um economista e seu subscritor, João Duque. A cerca de dois minutos do final, o jornalista interpela os convidados perguntando-lhes: “Qual é a pasta que escolheu no futuro governo do PSD?”. O primeiro respondeu: “Não escolhi pasta nem vou escolher. O meu projeto de vida é outro”; o segundo referiu que “sou presidente do ISEG e tenho um mandato a cumprir”. Confesso que fiquei estupefacta com a pergunta exatamente pelo que ela traduz: as contrapartidas a que habituaram os portugueses: tal como Fernando Nobre aceitou integrar as listas do PSD desde que fosse eleito presidente da AR, quer parecer que todos os independentes só poderão trabalhar e apresentar propostas para a resolução dos problemas do País desde que lhes sejam assegurados cargos políticos. Mesmo a propósito, Paulo Martins escreve no dia 28 de Abril que “os independentes, olhados de soslaio pelos dirigentes partidários, servem apenas de flor de lapela. Mobilizados para compor o ramo, são dispensados quando perdem a utilidade eleitoral”. Basta lembrar Teixeira dos Santos ou o caso de Francisco José Viegas, o único dos ilustres do “Mais Sociedade” que foi convidado para se candidatar a deputado... Tomando como exemplo João Duque, professor universitário e presidente de uma das instituições de ensino superior de renome em Portugal, a grande maioria destes independentes tem carreiras próprias que não devem aos partidos políticos! Ao contrário de muitos políticos de carreira que “garantem fidelidade e têm provas dadas como guardiões do templo”, nada mais fizeram na vida a não ser o exercício de poderes políticos locais ou de nível nacional. Portanto, meus caros leitores, e reiterando Paulo Martins, apesar destes movimentos cívicos nascerem “da necessidade de os partidos exibirem uma imagem de abertura, resposta a acusações de fechamento “ e atraírem “genuínos independentes – não aqueles cujo grau de independência se mede pela dimensão salarial do cargo político a que entretanto

Os tempos que correm não são de grandes ânimos. O País está pedinte, as empresas descapitalizadas, as famílias endividadas. E é evidente que quando a corda parte, parte sempre pelo lado mais fraco: neste caso, as crianças. A pobreza é um mal horrendo, mas a POBREZA INFANTIL é abominável. E inaceitável. PB

acederam”, “com o tempo tornaram-se rituais. Pior: iniciativas instrumentais para os partidos que as promovem, sem verdadeiramente tencionarem aproveitar dali propostas ou pessoas”. Assim mesmo, os partidos políticos precisam desta ajuda técnica e não o contrário! Não queiram, pois, um sol mais sol que o Sol!

Perdido por 100, perdido por 1000

temos que sorrir perante as adversidades e acreditem ou não, se esta minha teoria falhar, prometo que não me candidato a primeiro-ministro.

Identidade cultural Francisco Marques Músico

H A

Daniel Mantinhas Empresário

minha formação académica nada tem a ver com economia nem finanças públicas, mas não posso deixar de reivindicar o pagamento do imposto da crise em prestações. Estou um pouco farto de não saber, nem estar preparado para o próximo imposto e quanto aumentarão os que já existem. Há créditos para telefones, ferros de engomar, bimbys, para tudo e mais alguma coisa, por que não um crédito a favor do Estado? Façamos as contas à carpinteiro. 80 mil milhões de euros a dividir por 10 milhões de portugueses dá qualquer coisa como 8000 euros. Eu, por mim, se o Estado fôr meu avalista e ao mesmo tempo beneficiário do crédito, o que só por si não deixa de ser uma coisa muito estranha, não me importo nada de contrair mais um empréstimo com juros razoáveis e prestações baixinhas, onde essas agências de rating norte-americanas que, no fundo, são também, quem empresta o dinheiro, não possam sequer andar para aí, a descer ou a subir com letras esquisitas, que confiam mais ou menos que eu pague, coisa que não admito até porque nem sequer os conheço, nem nunca me foram apresentados. Esta minha teoria de carpinteiro só pode esbarrar noutros senhores que eu também não conheço, mas ao menos vejo-os na televisão. Sim, esses mesmos, os senhores dos bancos portugueses, que de certeza não vão achar piada ao perfil e histórico financeiro dos meus avalistas. Prosseguindo a minha teoria, na tentativa de acalmar o meu estado de ansiedade permanente, era uma forma simples de responsabilizar o Estado duma dívida contraída por este, mas paga pelos contribuintes, com direito a contrato devidamente registado a impossibilitar que o Estado mexesse mais nos impostos. Eu prometia que pagava e o Estado, caso eu imcumprisse, era obrigado a pagar o que eu não pudesse pagar. Confuso, não é? Mas já aconteceu qualquer coisa parecida no BPN e resultou bem com muito boa gente. Irónico ou não, é a solução de todos os nossos problemas. Podiamos até fazer de conta que comprámos o último modelo da led TV com home cinema topo de gama e quando o levámos para casa caiu nas escadas e partiu-se. Ao fim ao cabo também já não dá muita pica ver os realitys shows com o José Castelo Branco e os mesmos senhores que nos levaram a esta situação a discutir e a dizer tudo como os tolinhos. Enfim, desculpem esta reflexão provinciana, mas

oje fala-se muito, e com alguma razão, na perda de identidade cultural, ou seja, que as pessoas vão deixando de ter alguns valores, usos e costumes de outros tempos. Mas se há razão para falar assim, também é fácil perceber o porquê desta perda, ou talvez melhor dizendo, desta mudança de hábitos e crenças: a sociedade cada vez mais global não deixa de fora nenhum lugar por mais recôndito que seja no planeta. A este propósito lembro-me, com alguma nostalgia, da banda onde comecei a aprender música e que mais tarde vim a dirigir, assim como do “sr. Carraxis” e do “sr. Lameira”, com tudo aquilo que eles representavam para aquele grupo de rapazes, sedentos de poder vir a tocar na procissão de Baleizão. Já quando jovem recordo os tempos dos bailes no jardim público e no jardim das Alcaçarias e do grupo Cosmos, do qual fazia parte, quando tocava nas matinés da Capricho. Mas parece-me compreensível o motivo pelo qual estas tradições hoje já não fazem parte do nosso quotidiano. A banda já não significa o mesmo para os jovens e nem o ringue do Jardim ou o salão da Capricho servem de palco para os namoricos e os divertimentos da época em que vivemos. Até mesmo o papel importantíssimo que tinham as filarmónicas, como escolas populares para o ensino da música, deixou de fazer sentido. A música aprende-se nos conservatórios e desde cedo as crianças contactam com a arte dos sons nas escolas de ensino regular. Mas será que todos os valores que estavam associados àquelas tradições, como o respeito, a humildade, a sociabilidade, ainda se continuam a transmitir de uma forma eficaz nestas novas realidades? mente, parece-me que q e qu Infelizmente, a resposta só pode ser: “Não”. É ar mas actualmente, de lamentar apesar dee todos os aspectos positivos que pode ter esta “alal” em que vivemos, deia global” dentidade cultural é a nossa identidade cada vez mais cilindrada por ura de massas que uma cultura oca-cola como elege a Coca-cola olo” e em o seu “ídolo” Portugal consaba” gra o “pimba” úcomo a música dass multidões.


Vamos entregar ao Governo a gestão do que é nosso e dos nossos filhos, a quem nos conduziu a esta situação e cujo programa é igual, em fotocópia, aos anteriores de 2005 e 2009? A malta ensandeceu? António Almodôvar, “Diário do Sul”, 9 de maio de 2011

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Viva, viva! Abriu a ÉPOCA DO CARACOL. Desde a melhor cervejaria à mais untuosa taberna, não há na nossa região quem não cuide esta iguaria como se do mais requintado invento culinário de todos os tempos se tratasse. Deus preserve quem tem paciência para os apanhar, pachorra para os lavar e arte para os temperar. PB

Efeméride 14 de maio de 1915

Cartas ao diretor

Há 50 anos Pinturas dum militar espanhol em Serpa

Morte e vida Alexandra Covas Lima Beja

Passaram seis meses de ausência física! A memória, a saudade e o acompanhamento moral e emocional perduram em todas as horas, minutos e segundos! As recordações transformam-se em vida! A ausência converte-se em vivência! É o renascer! É o reevocar! É o enaltecer! As escadas de pedra gastas, mas com tanta memória, continuam intocáveis! A porta com o número 14 recorda o toque de amor histórico ao rodar a chave, a mesma chave que sempre o acompanhou, excetuando as vezes que ficava depositada no carro. Na rua as expressões são de saudade e de falta, de muita falta. A ausência da palavra amiga, do conforto, da solidariedade e da segurança, por vezes, para os mais irreverentes emocionalmente trespassa e modifica em seres inertes, frios, calculistas e amnésicos. Será que são sintomas de uma nova patologia do mundo moderno ou cruel, em que há um apagamento abrupto e premeditado da memória antiga? Ou existe evidência de uma transformação e transição involutiva de valores e de emoções? Nesta altura, nada interessa, nem alguma situação tem valor. Mas – pergunto eu – assim, qual o interesse da vida? Qual o sentido e a forma da morte? – Nesta altura, reflito e digo veementemente – Assim, a vida e a morte não têm sentido. Simultaneamente dou valor aos ensinamentos e ao contraditório e feliz sentido da morte de há seis meses porque se encontra no meio de nós… invisível, mas presente em todos os momentos. Obrigada Pai por este testemunho que alivia o nosso sofrimento de perda e que nos dá a certeza que está no meio de nós. Morte e vida, duas palavras antagónicas mas que se completam, se entrelaçam e se perpetuam!

Recordando Manuel Geraldo meu antigo companheiro de jornalismo no “DA” Mário Elias Mértola

Vou hoje recordar nas páginas do “Diário do Alentejo” uma figura multifacetada, natural da freguesia de Salvada, do concelho de Beja, meu colega de colaboração durante largos anos no “Diário do Alentejo” e na “Revista Alentejana”. Essa personalidade chamava-se Manuel Geraldo. Manuel Geraldo foi com efeito uma pessoa que levou parte da sua vida dedicada à escrita literária, difundindo numerosos textos em diversos órgãos de informação, editados sobretudo no Alentejo, que estou revendo com sentida saudade. Fiz diversas preleções sobre os livros que publicou, como por exemplo na Casa do Alentejo, Sociedade de Geografia, Ponte Sor, etc… Fez uma morosa conferência sobre a edição de um livro de minha autoria intitulado O drama de Mercedes Blasco, palestra efetuada no cineteatro Marques Duque, na vila Museu de Mértola, quando do lançamento dessa obra. Manuel Geraldo era deveras dotado de uma cultura literária, fecunda, que visava vários temas, desde política até às ciências ocultas, metapsiquismo, esoterismo, teosofia, etc… Deixo nas páginas do “Diário do Alentejo” esta sentida homenagem que manifesto com sensível afeto de saudade.

09 Diário do Alentejo 13 maio 2011

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A iniciativa 7 MARAVILHAS DA GASTRONOMIA PORTUGUESA, cujos 21 pratos definitivamente a concurso foram agora anunciados, é uma verdadeira falácia que dá voz aos lóbis do costume. Não votar neste concurso, que exclui quase por completo a gastronomia alentejana, é um dever de todos nós PB

Pimenta de Castro deposto pela revolução democrática de 14 de maio de 1915

Revolução que põe fim à ditadura de Pimenta de Castro

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om a subida ao poder de Pimenta de Castro, em janeiro de 1915, exercendo o governo do país com o Congresso da República cercado pela Guarda Nacional Republicana, portanto em ditadura, em Beja o governador civil, Joaquim Gomes de Vilhena, e o administrador do concelho, Ezequiel do Soveral Rodrigues, ambos do Partido Democrático, demitem-se imediatamente. Não é, pois, de estranhar que parte da cidade de Beja participe, embora à distância, na revolução de 14 de maio de 1915, executada pelo Partido Democrático e da qual resulta a deposição de Pimenta de Castro e a sua substituição pelo governo de José Soares de Castro, vice grão-mestre da Maçonaria. No seguimento da chegada à capital do Baixo Alentejo, em 13 de maio de 1915, de um telegrama cifrado no qual se informa que a revolução democrática irá deflagrar na madrugada seguinte, o “Comité Revolucionário de Beja” envia um grupo de observadores a Almada, a fim de aí acompanharem o evoluir dos acontecimentos na capital do País, e distribui missões específicas pelos revolucionários bejenses. Dia 15 de maio, sábado, o grupo de observadores regressa a Beja com notícias animadoras sobre o andamento da revolução, o que faz com que os opositores a Pimenta de Castro comecem a confluir para a sede do Partido Democrático, aqui permanecendo até à chegada dos jornais provenientes de Lisboa que trazem a notícia da vitória do Partido Democrático, o que acontece no início da madrugada de 17 de maio, segunda-feira. No sábado, 15 de maio, ainda se teme o pior em Beja quando a Cruz Vermelha começa a colocar estrategicamente junto do Centro Democrático macas e ambulâncias. A notícia que corre na cidade é que a sede do Partido Democrático vai ser assaltada. Neste clima de tensão, Cândido de Brito Penedo, administrador do concelho, informa por ofício o Centro Democrático que impedirá pela força qualquer manifestação de apoio aos revoltosos, ao que Antero Martins Nunes, em nome dos democráticos, responde, também por ofício, que “não reconhece nem acata ditaduras e ditadores”. A notícia da vitória democrática desanuvia o clima pesado vivido em Beja e a alegria toma conta do espaço público, o que se traduz na realização de uma manifestação, dia 17 de maio, que, dando vivas à República, percorre as principais ruas da cidade. Em maio de 1915, na revolução mais sangrenta da Primeira República, a tentativa de superação do Estado Liberal através da ditadura foi derrotada, como irá acontecer mais tarde com o sidonismo, para tudo acabar na derrota da democracia em 28 de maio de 1926.

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os primeiros dias de maio de 1961, em duas edições do “Diário do Alentejo”, Cândido Marrecas recordava, em escrita elegante, um episódio ocorrido quase um século antes mas com “consequências perduráveis” em Serpa. Vale a pena a longa transcrição: “Em 1886, o genera l Prim, gorada a Revolução de Aranjuez, veio refugiar-se em Portugal com dois dos seus regimentos. Entraram por Ficalho. Junto da fronteira as tropas foram desarmadas e da delicada missão se encarregou, em nome do Governo de então, o marechal Francisco José de Araújo Lacerda, natural de Serpa. O ma recha l era pessoa de for t u na. Cavalheirescamente pôs à disposição do político espanhol homiziado a sua quinta da Marreira, nos arredores daquela vila. Os oficiais que acompanhavam o general foram distribuídos pelas terras próximas, e aboletados em casas que estivessem em condições de desafogo para os receber. Sem soldo, provávelmente sem economias sobrantes dos longos dias de campanha, tiveram de sujeitar-se ao passadio das famílias que, de melhor ou pior talante, os tinham albergado. Em Serpa, um desses oficiais refugiados, certamente na intenção de obter da sua habilidade algum dinheiro com que entretivesse os lazeres da forçada trégua, dispôs-se a fazer decorações em algumas casas da vila, pintando a fresco com uma habilidade deveras notável. Quase um século volvido, algumas dessas pinturas têm ainda a viveza e a frescura como se fossem feitas na hora”. Contava Cândido Marrecas que visitara na época duas habitações em Serpa, uma na rua da Cadeia Velha, junto à igreja do Santuário, e outra na rua das Portas de Beja, onde observara as decorações murais, “espécie de medalhões a fresco”. Tudo tratado pelo anónimo artista “com uma delicadeza e uma facilidade de pincel, denotando que quem o manejou podia não ter sido apenas um amador a decorar, por desfastio ou por penúria, algumas casas da terra onde os acasos da fortuna o tinham inesperadamente trazido”. E concluía o artigo, depois de explicar que tentara, em vão, “descobrir nos quadrinhos examinados” a assinatura ou iniciais que identificassem o autor dos frescos: “Aqui fica, à memória do Artista ignorado que os azares da guerra trouxeram a Portugal, um pensamento de admiração pela graça espiritual da sua obra”.

Constantino Piçarra Carlos Lopes Pereira


Diário do Alentejo 13 maio 2011

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Aposta no artesanato em pele

Com um projeto educativo a cargo da Escola Secundária D. Manuel I, o EPR de Beja oferece também oportunidades de formação profissional. Em breve terá início um curso de pintura e construção civil e estuda-se a possibilidade de implementar uma ação de formação na área do artesanato em pele, em

Reportagem

parceria com uma empresa de Grândola e com o Centro de Formação Profissional de Beja, que asseguraria “dois ou três postos de trabalho”. Jogos tradicionais, o Dia do Cinema, sensibilização para a leitura, e desportos como o futsal e o boccia são algumas das atividades pontuais também desenvolvidas.

Tenho que aceitar que tenho que pagar pelo erro que cometi, sabendo que nunca poderei pagá-lo na sua totalidade, mas parcialmente, ou seja, psicologicamente”. Francisco, condenado por homicídio

Reclusos preenchem os dias no Estabelecimento Prisional de Beja

Estudantes em cativeiro Atualmente com 163 reclusos, mais 17 do que a sua lotação, o Estabelecimento Prisional Regional de Beja tem uma população que abarca todo o tipo de crime – do furto ao homicí-

Q

uatro anos e dois meses. Sem hesitações, Francisco, a meio da casa dos 40, conta o tempo que leva longe da família, amigos e cidade onde residia, Évora. Era empreiteiro de construção civil, tem duas filhas e até 2020, se não houver alterações ao que o tribunal determinou, cumprirá uma pena por homicídio no Estabelecimento Prisional Regional (EPR) de Beja. Há quem se deprima, quem se revolte, quem baixe os braços e deixe o tempo passar, sem reagir. Francisco já aceitou esta “volta de 180 graus” e definiu um objetivo. “Estudar e elevar os meus níveis académicos é, ao fim e ao cabo, a minha definição de passar o tempo e de melhorar a minha pessoa”, diz, sentado a uma mesa na sala da biblioteca prisional. É aqui que passa uma boa parte do seu dia, sempre que está livre das funções de responsável pelo bar, um dos cargos de maior vulnerabilidade e, como tal, atribuído aos que o sistema conclui que são mais responsáveis e firmes diante de pressões. Chegou a Beja com o 6.º ano e,

dio. Meses, anos, folhas e mais folhas de calendário por preencher ou uma oportunidade de prosseguir estudos, identificar competências e aperfeiçoar talentos. Depoimentos de quem regressou às aulas na prisão e já prepara o futuro para depois do Dia L – o da Liberdade. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano

desde então, cumpriu um processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), que o levou ao 9.º ano, fez o ensino secundário e está atualmente a frequentar o 2.º ano do curso de Ciências do Ambiente, na Universidade Aberta. É o único dos atuais 163 reclusos (à data de 2 de maio) que frequenta o ensino superior. E percebe-se porquê. É uma empreitada por conta própria. Só pode contar com os manuais que a família lhe compra no exterior e com a plataforma de estudo, em elearning, da Universidade Aberta. O acesso à Internet é feito através da rede da Direção Geral dos Serviços Prisionais e requere pedido prévio, restringindo-se a sítios que possam ajudá-lo na sua área de estudo. “É mais difícil aprender só pelos manuais do que ouvir a matéria da

boca de um professor, podendo tirar dúvidas na hora. Aqui, primeiro temos que encaixar a matéria e depois o próprio aluno tira as dúvidas no manual; não é um processo tão natural”, desabafa, sem no entanto demonstrar cansaço. Quer terminar a licenciatura “no mais curto espaço de tempo”, ter a possibilidade de efetuar um estágio e, logo depois, para “não parar o processo em curso”, frequentar um curso de mestrado. Tem nove anos de cativeiro pela frente e esta foi a forma que encontrou de suportar a “dor psicológica” que significa estar preso. “Tenho que aceitar que tenho que pagar pelo erro que cometi, sabendo que nunca poderei pagá-lo na sua totalidade, mas parcialmente, ou seja, psicologicamente”, diz. À medida que se eleva o nível

“As dificuldades estão lá fora” João, bejense de 42 anos, é o responsável pela biblioteca

Francisco é o único dos reclusos que frequenta o ensino superior. E percebe-se porquê. É uma empreitada por conta própria. Só pode contar com os manuais e com a plataforma de estudo, em e-learning, da Universidade Aberta.

de ensino, maior é também o grau de motivação dos alunos inscritos. Este é um padrão que Ana Raquel Soudo, técnica superior de reeducação, se habituou a reconhecer ao longo dos seus 13 anos de EPR de Beja. Segundo dados de 31 de março último, 95 dos 163 reclusos estavam inscritos nos diversos graus de ensino, concentrandose a maior fatia entre a alfabetização (18) e o processo de RVCC (15). Tendo em conta a perspetiva de um calendário cheio de folhas brancas por preencher, às vezes por anos, seria de esperar que a motivação para o ensino fosse maior, mas “muitas vezes não é”. “Estamos com muita dificuldade em motivar os jovens, sobretudo. Têm muita dificuldade em assumir responsabilidades, porque o ensino apela à disciplina. Eles até vêm, mas depois, ao fim de 15 dias, três semanas, o grupo está feito, e esse grupo é o que se mantém, são os verdadeiramente interessados, os assíduos”, descreve a responsável, comparando o único aluno universitário, que trabalha de “dia e de noite”, aos reclusos que “só

“Abrir os olhos para a vida” João, de 24 anos, chegou há seis meses de Montes Velhos


Com ensaios às segundas e sextas, o grupo coral “efetivo” da prisão de Beja agrupa as vozes de 12 elementos e prepara-se para a gravação de um segundo CD, para a qual deverá contar com o apoio técnico de uma rádio local. António, o ensaiador, foi condenado por homicídio e é o responsável pela lavandaria, de onde saem as fardas do coletivo, impecáveis para qualquer apresentação, ali ou noutros estabelecimentos prisionais. No grupo, muitos são homicidas, pelo que ainda não se proporcionou nenhuma atuação no exterior.

11 Diário do Alentejo 13 maio 2011

Cante atrás das grades

Prisão de Beja em sobrelotação

À

não fazem a EFA B2 [Educação e Formação para Adultos, equivalente ao 6.º ano) se não se motivarem só um bocadinho”. “Isto aqui é um hotel” João, de 24

anos, está neste patamar. Chegou há seis meses, de Montes Velhos, Aljustrel, condenado a oito anos por furtos qualificados “desde a infância”, e sente que esta é uma oportunidade de “abrir os olhos para a vida”. Sentado a um computador obsoleto, na sala das novas tecnologias, admite que está motivado para as aulas que lhe preenchem as manhãs, porque o ajudam a “distrair”, e que lhes sente a falta no fim de semana, o “pior” período. À tarde planeia jogar à bola ou fazer um pouco de ginástica, no campo de jogos, até à hora de ir “para dentro”, para jantar. Perto das sete da tarde, os reclusos abandonam a zona prisional comum, onde se situam o bar, o refeitório e os pátios, e são fechados nas suas celas. “A noite é longa”, confidencia. Durante a manhã, há também quem aproveite para

semelhança de qualquer estabelecimento prisional classificado como regional, o de Beja recebe todo o tipo de crimes. Desde o furto (simples e qualificado), tráfico e outras atividades ilícitas, onde se inscreve parte significativa dos reclusos (80), até ao homicídio, com uma percentagem residual. “Recebemos os indivíduos diretamente da liberdade, ou seja, recebemos tudo”, explica Joaquina Malacueco, diretora do EPR de Beja, acrescentado que a área geográfica, bem como a população prisional, sofreram um aumento desde 2007, ano em que o Estabelecimento Prisional de Évora passou à categoria de especial, deixando de receber população comum, que é agora encaminhada para Beja. Atualmente com 163 reclusos face a uma lotação de 146, a prisão bejense está claramente “em sobrelotação”, um cenário que, aliás, acompanha a tendência a nível nacional, sendo “previsível que os números subam”, considera a responsável. O problema coloca-se sobretudo ao nível do alojamento dominante, as camaratas, que, do ponto de vista físico, podem albergar o dobro de reclusos (de cinco para 10, por exemplo), mas levantam problemas ao nível da convivência. “As camaratas são uma coabitação complicada, por isso ninguém quer estar lá”, concretiza.

aperfeiçoar talentos, como é o caso de Fernando, de 38 anos, pescador de Vila Nova de Milfontes, que, ironicamente, foi apanhado nas redes da toxicodependência. Na sala de alfabetização, onde vários reclusos completam provérbios populares a partir das deixas da professora, Fernando trabalha calmamente num recanto, que foi transformado em ateliê de pintura. Olha atentamente para uma pequena fotografia emprestada por um colega de cativeiro e reproduz na tela, com minúcia, um

Segundo estatísticas apuradas a 31 de março, quase metade da população reclusa pertencia ao distrito de Beja (47 por cento), seguindo-se-lhe Évora, Faro, Setúbal, Lisboa, Santarém e os territórios espanhóis de Málaga, Madrid e Huelva. A grande maioria dos condenados (103) encontra-se na faixa etária entre os 18 e os 40 anos e provém de um “contexto socioeconómico baixo, com alguns problemas sociais associados, como o disfuncionamento familiar, por exemplo”, descreve a diretora, que mostra especial preocupação com a população muito jovem, que chega com um historial de delinquência e, em muitos casos, de institucionalização. “Quanto mais cedo se entra num estabelecimento prisional, pior é o prognóstico”. Em relação aos indivíduos que entram em reclusão em idades mais tardias, e pela primeira vez, o padrão costuma ser outro. É o caso dos condenados por homicídio, que cumprem as penas mais longas. “Normalmente são os indivíduos menos problemáticos em termos institucionais. Em regra, têm lá fora uma vida familiar e profissional organizada, hábitos de trabalho, não são consumidores de drogas, e por isso é neles que o sistema confia para cargos de maior responsabilidade, como o bar ou a lavandaria”, conclui.

campo verde onde pastam umas vacas. A dois dias da inauguração da Ovibeja, ultimava os trabalhos que expôs pela primeira vez no exterior, deixando escapar, esperançado: “Pode ser uma oportunidade para mim, nunca se sabe”. Faz em agosto três anos que cumpre pena em Beja, mas ainda lhe faltam dois anos e meio. “Estou aqui só por ter feito mal a mim próprio, não fiz mal a ninguém”, justifica, lembrando que foi “apanhado” na posse de cocaína para “consumo”, em pleno gozo de

“Estou aqui só por ter feito mal a mim próprio” Fernando, de 38 anos, era pescador em Milfontes

Em março, 95 dos 163 reclusos estavam inscritos nos diversos graus de ensino, concentrando-se a maior fatia entre a alfabetização e o processo de RVCC.

liberdade condicional, quando havia já cumprido três anos da pena a que foi condenado por tráfico de estupefacientes. Hoje está prestes a concluir o 12.º ano, pelo processo RVCC. Já com o ensino secundário concluído, também no âmbito do sistema prisional, João, um bejense de 42 anos, dá agora apoio aos seus colegas ainda a estudar. É o responsável pela biblioteca e está a meio do tempo de uma pena de três anos e oito meses. Também por tráfico de estupefacientes. Saiu em 2007, depois de cinco anos atrás das grandes e reincidiu. “As dificuldades estão lá fora. Aqui dentro a vida é fácil”, avisa, elogiando as condições do EPR de Beja quando comparado com outros estabelecimentos “mais duros e rígidos”, como os de Lisboa ou o de Linhó, por onde já passou. “Isto aqui é um hotel”, sorri, e agarra-se à possibilidade de fazer um curso de técnico de biblioteca, como alguém da área lhe sugeriu recentemente. “Faço o que gosto, tenho prazer em estar aqui, mas tenho que pensar no dia de amanhã. E esta poderia ser uma via”, verbaliza, como quem pensa em voz alta.

Campo de jogos Espaço para jogar à bola, fazer ginástica ou simplesmente apanhar os ares da rua


Rui Nabeiro dá nome a rua de Cuba

Diário do Alentejo 13 maio 2011

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No final de abril, a Câmara de Cuba atribuiu o nome de Rui Nabeiro a uma das novas ruas do loteamento das “Courelas da Igreja”. No texto justificativo da recente homenagem lia-se: “Nos tempos em que vivemos o incentivo ao empreendedorismo deve ser uma constante, quem melhor que o senhor comendador Rui Nabeiro para simbolizar e representar, enquanto alentejano, esta importante vertente, aliando a isso a sua visão humanitária com que tem pautado a sua vida”.

Entrevista Rui Nabeiro completou recentemente 80 anos de vida e a sua empresa, a Delta Cafés, acaba de celebrar 50. O empresário que transformou

As pessoas têm que reagir pelos seus próprios meios e têm que exigir, tal como eu próprio exijo. Temos todos que exigir uns dos outros: de nós, dos governantes, dos administradores, dos comercias, dos parceiros de trabalho...

Campo Maior na capital ibérica do café revela ao “Diário do Alentejo” as três chaves mestras para o seu sucesso: otimismo, trabalho e exigência. Cavaleiro da Ordem do Infante desde 2006, Nabeiro censura a acomodação dos políticos portugueses e lamenta a falta de uma atitude preciosa para o crescimento do País: saber sorrir. “Quem distribui, recebe”, ensina o empreendedor que, do zero, levantou na província mais pobre de Portugal uma empresa que hoje integra três mil colaboradores. Nabeiro diz-se otimista em relação ao futuro do Alentejo e do País. Mas é na sua região natal que deposita mais e melhores esperanças: “Aqui há amor”. O governo espanhol acaba de o nomear cônsul de Espanha no Alentejo. Texto Paulo Barriga Fotos José Serrano

Portugal “Falhámos todos”, diz o empresário, “os governantes, sejam quem forem, têm muito para fazer e muito para nos responder

Rui Nabeiro foi nomeado cônsul de Espanha no Alentejo

Cavaleiro da ordem do otimismo Fez recentemente 80 anos, mas aparenta ser um jovem de 20, com a dinâmica e a energia que tem… O que é gostava de ser quando for grande?

Essa forma de me colocar a pergunta é curiosa. De facto nós sonhamos sempre o que queremos ser, o que queremos fazer. Sonhei sempre, porque sou filho de gente muito humilde. A minha mãe e o meu pai foram trabalhadores do campo. A minha mãe, contudo, tinha um carisma ainda mais humilde. Vemos a vida dos nossos pais e pensamos também sonhar. Sempre me vi a sonhar, pensando como seria possível fazer uma vida diferente. Em criança, realmente, cada passo que dava era um passo a sonhar. Todos os dias acontecem na sua vida como se fosse o primeiro. Desse sonho ainda falta

realizar alguma parte?

O homem nunca completa aquilo que realmente se propõe a fazer. Tenho muitas coisas que gostaria de ter feito e que possivelmente não fiz. Penso que com a idade que tenho posso continuar a sonhar e continuar a realizar. O homem pode fazer muitas coisas e pode fazer sempre mais. Estou em débito com a minha consciência, não de não realizar ou de não trabalhar. Mas porque podia ter posto ainda mais audácia ao serviço. A audácia dá-se quando o homem tem a sorte de ter a felicidade consigo próprio… e eu até a tive sempre do meu lado. Passou por diferentes tempos históricos em Portugal. Nasceu nos anos 30, em plena Guerra Civil. Depois aconteceu a II Guerra Mundial, a época negra do Estado Novo.

Passou pelo 25 Abril. Como é que um homem que viu tanta coisa acontecer neste País encara os tempos de hoje?

podem ser quase iguais, mas só não planta qualquer coisa quem não quer.

Eu tenho muito otimismo em viver. O homem que tem otimismo em viver consegue normalmente fazer uma leitura certa das coisas. Nasci nos 30 e esses anos trouxeram às pessoas do nosso País, e concretamente do nosso Alentejo, muitas carências. Vivia-se muito mal. Hoje é pena que ainda haja muita gente a viver mal, mas nessa altura vivíamos todos mal. Eu vivia num quarto com os meus pais e mais quatro irmãos. Hoje continua a acontecer a mesma situação que me aconteceu a mim e a muita gente. Mas agora acontece porque queremos… temos que ter otimismo e ir em frente, porque em outros tempos também se queria um bocado de terra para se plantar alguma coisa e não existia. Hoje as situações

O que é que acha que falhou em Portugal? Terá falhado a falta de espírito empreendedor na gestão da coisa pública?

Penso que falhámos todos. Falo muito pela minha experiência própria. Eu crio emprego, invento o emprego, invento o posto de trabalho. Mentalizo os meus homens a trabalhar e eles respondem. E por que é que não respondem aos outros? Talvez por falta da gestão de quem lidera. Os governantes, sejam quem forem, têm muito para fazer e muito para nos responder. A nossa cultura não acompanhou a evolução dos tempos e isso criou-nos dificuldades. O País está “conformado”, ao contrário


Diário do Alentejo 13 maio 2011

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dos valores que incute na sua empresa, na sua vida e até nos mais jovens, em Campo Maior. Como é que encara essa resignação nacional?

Encaro-a com muita preocupação. Penso que as pessoas têm que reagir pelos seus próprios meios e têm que exigir, tal como eu próprio exijo. Temos todos que exigir uns dos outros: de nós, dos governantes, dos administradores, dos comercias, dos parceiros de trabalho... Temos tantos jovens preparados para a vida e os percentuais de formação intelectual são de tal forma grandes que podemos ajudar-nos todos uns aos outros. É o que faço diariamente. Penso que conseguirei fazer ainda mais. Todos os dias dou o exemplo e todos os dias tenho uma resposta positiva. O mundo vai responder! Foi presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, antes e depois do 25 de Abril. Nestas eleições também se envolveu, de alguma forma, no terreno. É um homem atento à coisa pública, à vida política. Como é que classifica a qualidade dos nossos políticos?

Festas do Povo Aqui, “não há forças políticas nem crise”

Sou um homem que vende e que compra. Que anda na vida do trabalho. E sou um homem ponderado nas minhas apreciações. Acho que o nosso político, seja ele autarca ou não, não pode ser acomodado. Depois ninguém precisa de votos. Os votos chegam naturalmente, à medida que vamos caminhando e que as pessoas veem que estamos no caminho certo. Quando a vida se encontra com um sorriso não há dúvida nenhuma que tudo se torna maravilhoso. É isso que falta aos portugueses: saber sorrir. Os olhos das nossas crianças transmitem-nos, hoje, muita força e muita esperança. Têm muita atitude.

com quem nela está a trabalhar hoje e far-se-á com quem vier a seguir. Só assim conseguimos manter toda esta estabilidade.

sentido, só posso olhar para o futuro com otimismo. Sou otimista em relação ao Alentejo e ao País.

O Centro Educativo Alice Nabeiro dá a possibilidade às crianças de Campo Maior de aprenderem o significado do empreendedorismo. Isto é algo inédito em Portugal…

Pretende investir mais no Baixo Alentejo?

Nesta altura estão a mexer nas regalias sociais, quando há uma empresa privada que as fortalece e que as incentiva…

O lema do centro é “ter ideias para mudar o mundo”. Acha que o que falta às crianças e ao País são ideias?

Desde que me conheço, sempre dividi. Trabalhei sempre em prol da comunidade, mas nunca me esquecendo de mim próprio. Só quando estou bem comigo é que consigo colocar as pessoas que estão em meu redor melhor. Trabalhamos para nós, mas temos de ter é a capacidade de saber trabalhar com os outros e de saber distribuir pelos outros. Quem distribui, recebe. E é isso que a Delta tem feito.

Acho que sim. Esse lema foi feito pelo pessoal da casa e é extraordinariamente feliz. O nosso manual está a começar a dar passos e a nível nacional começam a ter muito interesse nele. Mas eu estou ainda mais interessado. Neste momento, já estamos a caminhar para o segundo fascículo. Atualmente temos um grupo de técnicos já a estudar o complemento deste manual.

As vezes costumam rotulá-lo de “empresário à antiga”. Estou farto de dar voltas à cabeça e penso: é à antiga como? Não me lembro de ver muita gente ligada às empresas com o espírito de partilha que tem tido a Delta e o senhor Rui Nabeiro…

À antiga não! Nunca! Nós somos mais modernos que qualquer outra empresa. Nós somos mais vanguardistas que nenhuma outra. Desde que começámos a ser empresa sempre soubemos estar com quem estava a trabalhar connosco. Digo com muita frequência: aquilo que sou fui eu que comecei. Mas só se fez a empresa com as pessoas. Quem começou fui eu. Mas fez-se com quem nela trabalhou,

A nível nacional não há. Foi sempre um sonho que tive e disse que o faria assim que tivesse condições. Gostava de preparar as crianças para a vida. Creio que, passados cinco anos, as crianças que de lá saíram já são diferentes.

Costuma apresentar-se como um alentejano dos cinco costados. Defende a sua região, o seu Alentejo, a sua cultura. Que futuro antevê para a nossa região e para a nossa gente?

Estamos num Alentejo onde existem condições que anteriormente não existiam. Temos água, temos eletricidade. O Alentejo tem condições turísticas, onde não existe um turismo de massa, mas sim de qualidade. Há muitos fatores para que esta região possa ser um exemplo no País. Temos muita coisa já no campo da saúde. Não sei se somos melhores que os outros, mas aqui há amor. Temos muita amizade uns pelos outros e muito respeito. Por natureza sou um otimista e, neste

Acho que sim, podemos investir mais, mas onde somos fortes e podemos dar as nossas cartas é no café, que é o ramo que conhecemos bem. Aqui teríamos de entrar no turismo e esse não é, de facto, o nosso setor forte. Em tempos falou-se numa fábrica de toldos para Beja…

Isso está dentro dos propósitos que se podem fazer nestas imediações. Não temos desenvolvido o setor a esse ponto, uma vez que há muita concorrência no mercado. Quem vende e quem compra nos mais diversos pontos tem de saber dividir. Onde não há uma fábrica, há pessoas a quem compramos as coisas. Uma empresa como a nossa, que vive a nível PUB

Acho que o nosso político, seja ele autarca ou não, não pode ser acomodado. Depois ninguém precisa de votos. Os votos chegam naturalmente, à medida que vamos caminhando e que as pessoas veem que estamos no caminho certo. Quando a vida se encontra com um sorriso não há dúvida nenhuma que tudo se torna maravilhoso. É isso que falta aos portugueses: saber sorrir. nacional, tem também de saber ir pondo as pedras nos seus sítios, para que as pessoas saibam reconhecer o nosso carinho e a nossa dedicação. Mas a seu tempo tudo acontecerá… Foi nomeado pelo governo de Espanha como cônsul de Espanha no Alentejo…

Já tinha sido nomeado pelo governo espanhol, através da embaixada de Lisboa, mas depois existiram formalismos entre os dois países. Levou algum tempo até que isso acontecesse. Creio que é um gesto de simpática, proveniente também do meu percurso diário por Espanha. Este ano realizam-se as festas do povo em Campo Maior. O que podemos esperar desta edição?

Nisso não há forças políticas nem crise. Toda a gente está a trabalhar para o mesmo plano. Cada um dá o que pode e não há dúvida que vai ser uma festa que vai marcar o querer de uma população, que é alegre e que sabe viver.


Diário do Alentejo 13 maio 2011

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Alvito tem o melhor web designer de Portugal

Tiago Conceição, aluno do curso técnico de informação de gestão na Escola Profissional de Alvito, foi classificado, com 98 por cento, como o melhor profissional de Portugal na área de web designe. Depois de uma fase de apuramento regional, Tiago participou no campeonato nacional

Região

“De castelo em castelo” em Serpa

Como é que um tesouro desaparecido de Roma há 1700 anos acabou escondido no castelo de Serpa? A resposta está na lenda, no tesouro escondido e nos três exploradores que o procuram. Três momentos históricos (ocupação romana, islâmica e medieval) e três realidades diferentes numa caça ao tesouro que conta com a ajuda do público para revelar o futuro e desvendar o passado. O espetáculo “De castelo em castelo” é uma parceria entre a Baal17 e a Associação de Defesa do Património de Mértola e percorrerá os castelos de Serpa, Beja, Barrancos, Moura e Mértola. Estará em Serpa até dia 17 e realizar-se-á todos os dias, entre as 10 e 30 horas e as 14 e 30 horas.

das profissões, promovido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional que se realizou em Ponta Delgada, Açores, com 34 profissões em concurso. Tiago será um dos representantes de Portugal no próximo WorldSkills Internacional, marcado para outubro em Londres.

“Conversas à Mesa” em Odemira Hoje, pelas 20 e 30 horas, no salão dos Bombeiros Voluntários de Odemira haverá “Conversas à Mesa” com o reconhecido sociólogo Manuel Villaverde Cabral. Promovida pela Fundação Odemira, esta tertúlia marca o início de um ciclo de partilha, debate e reflexão, sobre

os mais variados temas ligados à região. Realizar-se-á um jantar convívio seguido de uma conferência/debate abertos a toda a comunidade. Manuel Villaverde Cabral irá abordar temas como isolamento, envelhecimento, mobilidade, cuidados de saúde, religião, dinâmica populacional e reorganização social.

Assembleia Distrital continua com dificuldades financeiras

Museu ao serviço da região

C

omemora-se na quartafeira, 18, o Dia Internacional dos Museus. A região vai assinalar a data e o Museu Regional – Rainha D. Leonor, que depende administrativamente da Assembleia Distrital de Beja, também vai evocar a efeméride. “Estão preparadas atividades direcionadas para as escolas. Neste dia as entradas serão gratuitas e aderimos, à semelhança de outros anos, à Noite dos Museus, que se realiza no dia 15. Vamos estar abertos até às 2 horas, com projeção de filmes e visitas guiadas”, adianta José Carlos Oliveira, diretor do Museu Regional de Beja.

António Sebastião, presidente da Assembleia Distrital de Beja, diz que “o Museu Regional de Beja, pelo papel que desempenha na região, não poderia deixar passar esta data em branco”. A Assembleia Distrital, no entanto, continua com dificuldades financeiras e António Sebastião admite que isto acaba também por afetar o Museu Regional de Beja e explica: “Existe uma crise nacional, onde são colocadas mais restrições às autarquias e, neste sentido, sendo as autarquias afetadas é normal que a Assembleia Distrital também o seja”, diz, lembrando que “existem

municípios que continuam a não fazer as suas transferências para a Assembleia Distrital, o que causa constrangimentos”. António Sebastião considera que “é preciso encontrar uma solução para esta situação o mais rápido possível”, considerando que “este é um património importantíssimo para a região, que desenvolve uma atividade regular ao longo do ano e que recebe muitos visitantes”. Em 2010, segundo José Carlos Oliveira, “o Museu Regional de Beja recebeu, no que diz respeito às visitas pagas, mais de 15 mil pessoas”. O diretor do Museu lembra ainda que “1970 alunos

entraram gratuitamente”. “Este museu é muito importante para o Baixo Alentejo, mas também para o País. É determinante para a memória coletiva da região”, defende José Carlos Oliveira. António Sebastião afirma que “o museu tem desempenhado um trabalho excelente ao serviço da região” e que “é preciso desenvolver mais projetos em parceria”. Neste momento, está a desenvolver-se na região uma Rede Distrital de Museus e, segundo António Sebastião, “o papel do Museu Regional de Beja é determinante”. BS

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A Câmara Municipal de Vidigueira entrega na próxima semana uma comparticipação financeira na compra de medicamentos aos idosos do concelho. A iniciativa insere-se “na estratégia de combate às desigualdades sociais da autarquia, apoiando

Deco faz apoio jurídico gratuito em Odemira Até ao final do ano, a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor irá promover oito sessões de atendimento ao consumidor em Odemira, sendo a primeira já no próximo dia 23. À semelhança dos anos anteriores, estas

Alsud promove semana aberta em Mértola Cumpre-se hoje, sexta-feira, em Mértola, o quinto e último dia da terceira edição da Semana Aberta da Escola Profissional Alsud, “uma semana de troca de experiências e aprendizagens em ambiente não formal, um tempo de novos estímulos às competências sociais e criativas”. O programa para hoje propõe uma ação de sensibilização subordinada ao tema “Bullying no namoro” (10 horas); uma peça de teatro preparada pelos alunos e pelo encenador Joaquim Pedro Ferreira (11 e 30 horas); um almoço de culturas composto por pratos típicos da gastronomia alentejana e caboverdiana; a atuação do Grupo Coral de Mértola (14 horas); a apresentação do vídeo e fotos da Semana Aberta 2011; e o filme “Dou-te os meus olhos” (18 e 30 horas).

Jovens de S. Filipe (Cabo Verde) estagiam em Ferreira No âmbito da missão empresarial desenvolvida em abril, a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo recebe até ao próximo dia 21 três jovens cabo-verdianos de S. Filipe, ilha do Fogo. Esta é uma das ações que resulta da cooperação entre os dois municípios (Ferreira do Alentejo e S. Filipe – ilha do Fogo, Cabo Verde). Em conjunto com a Esdime – Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste foi elaborado um programa de estágio focado nas questões tecnológicas associadas ao regadio e à produção agroindustrial frutícola e vitivinícola. Neste contexto serão desenvolvidas ações de trabalho nas empresas Vale da Rosa, Sunfruit, Grupo Taifas e Herdade do Pinheiro, entre outras.

Castro Verde vai ter hortas comunitárias A Câmara Municipal de Castro Verde vai dinamizar um projeto de hortas comunitárias com o objetivo “de desenvolver hábitos alimentares saudáveis, diminuir a pegada ecológica e, ao mesmo tempo, a fatura das famílias ao nível dos produtos hortícolas”. O projeto será implementado, numa fase inicial, apenas na vila de Castro Verde. Os interessados poderão fazer a sua inscrição até às 17 e 30 horas de hoje, sexta-feira, dia 13, no edifício dos paços do concelho (praça do Município).

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os idosos do concelho com baixos rendimentos e encargos pesados com despesas de saúde”. As comparticipações serão entregues nos dias 16 (Vidigueira e Vila de Frades), 17 (Selmes e Alcaria da Serra) e 18 (Pedrógão do Alentejo e Marmelar).

sessões, gratuitas e abertas a todos os consumidores, serão efetuadas por um jurista da Deco, um dia por mês, entre as 14 e as 17 horas, “garantindo-se toda a confidencialidade nesse atendimento”. As sessões decorrerão nas instalações do Gabinete de Inserção Profissional, situado na rua José

15 Diário do Alentejo 13 maio 2011

Câmara da Vidigueira comparticipa medicamentos

Maria de Andrade. Esta iniciativa tem por objetivo esclarecer dúvidas sobre os direitos do consumidor, acerca de compra e venda de bens e serviços para uso particular, prazos de reclamação, prazos de resolução de contratos, bancos e entidades financeiras, seguros, entre outras questões.


Diário do Alentejo 13 maio 2011

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“Rota do medronho” pelo interior de Odemira

Passado, presente e futuro A gastronomia, tal como o património construído, ambiental ou a tradição oral e “tudo o mais que nos define como povo, cultura e nação” não é pertença de ninguém, afirma António Almodôvar, crítico gastronómico do “Diário do Alentejo”. “É uma herança que recebemos. Um património criado ao longo de gerações, por cozinheiros e cozinheiras anónimos, num esforço inidentificável”, sublinha. Como tal, essa herança que no presente é “usufruímos”, foi-nos legado “na condição de o entregarmos ao futuro que também não nos pertence”, explica Almodôvar. Assim sendo, para o crítico do “DA”, não faz sentido criar concursos – gastronómicos ou outros – não inclusivos. É como pôr em competição Bach, Bethoven e Litz e dois deles perderem a votação.

Realiza-se no domingo, 15, em Amoreiras-Gare, no interior do concelho de Odemira, a quinta edição do passeio de BTT “Rota do medronho”, sendo em simultâneo uma prova extra do Campeonato de Maratonas da Associação de Ciclismo do Algarve. O evento vai levar os participantes por trilhos marcados pela proximidade da barragem de Santa Clara,

pela serra de S. Martinho e pela planície alentejana, em dois percursos de dificuldade média, com 31 e de 62 quilómetros. O passeio é promovido pelo Grupo Desportivo e Recreativo de Amoreiras-Gare, com o apoio da câmara de Odemira e da Junta de Freguesia de S. Martinho das Amoreiras e o patrocínio de várias empresas locais.

Os 21 “especialistas” O painel de “especialistas” tem políticos, jornalistas, marketeiros, um nobre e plebeus, publicitários, estilistas e futebolistas e até, imagine-se, gastrónomos e chefes de cozinha. Aqui fica a lista completa: Alexandra Bento (APN), Ana Soeiro (Qualifica), António Vitorino (advogado e político), Bernardo Trindade (Turismo de Portugal), D. Duarte de Bragança, Duarte Calvão (jornalista), Fausto Airoldi (ACPP), Freitas do

Amaral (político), José Quitério (crítico gastronómico), Madalena Carrito (FPCG), Maria de Lurdes Modesto (gastrónoma), Miguel Barros (publicitário), Nuno Gama (estilista), Pedro Pauleta (futebolista), Paulo Lapão (marketeer), Paulo Mendonça (Ahresp), Regina Lopes (Federação Minha Terra), Sara Oliveira (marketeer), Sónia Abreu (docente), Virgílio Gomes (gastrónomo e escritor), Vítor Sobral (chefe).

Alentejo secundarizado no concurso 7 Maravilhas Gastronómicas

Isto soube-nos a pouco “Ridículo” e sem “credibilidade”. São estas as palavras que Ceia da Silva usa para comentar o facto da cozinha alentejana ter ficado reduzida à “açorda alentejana” no menu dos 21 pratos do concurso “7 Maravilhas Gastronómicas de Portugal”. A escolha final foi efetuada por 12 especialistas.

O

presidente da Turismo Alentejo revela-se “completamente contra este tipo de concursos” que se regem por critérios pouco fiáveis e muito permeáveis à influência dos lóbis. “Nós

contamos pouco”, desabafa Ceia da Silva, que se mostra indignado com a aplicação de “dinheiros públicos” neste tipo de concursos. Ao contrário, chama a atenção para a candidatura da dieta mediterrânea a património imaterial da Unesco, uma iniciativa com credibilidade que pode ser uma maisvalia para o turismo da região em contraponto a este tipo de concursos com “muita parra e pouca uva”. Manuel Fialho, provedor-mor da Confraria Gastronómica do Alentejo (CGA), considera que a short-list do concurso “é de uma agressividade lesa-pátria” alentejana. E revolta-se contra a

possibilidade dada a “uma empresa privada de ter o arrojo” de desclassificar, de forma leviana, um dos produtos que “traz mais gente ao Alentejo”. A CGA, em comunicado, diz que esta iniciativa “deveria fazer corar de vergonha todos aqueles que com responsabilidades no mundo da gastronomia consentem, com o seu silêncio cúmplice, a realização de um concurso que em nada dignifica o nosso património gastronómico”. E acrescenta que selecionar três pratos, representando sete categorias, “como se de coisa sua se tratasse”, é dar uma ideia distorcida de algo que representa

“um bem cultural comum que não pode, nem deve ser defendido num concurso de vaidades”. Para Manuel Fialho, a organização das “7 Maravilhas” em vez de dignificar as gastronomias nacionais tratou antes de “abastardá-las” e “igualá-las em dignidade a um concurso de misses”. Mas a Confraria não se fica por aqui e acusa a empresa promotora do concurso de “embolsar uns milhares de euros”, fruto do pagamento de 100 euros por receita enviada e “mais uns largos milhares proporcionados pelo Ministério da Agricultura, pelo Turismo de Portugal e pela televisão”. AF

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O município de Beja decidiu aderir à Rede Portuguesa de Agricultura Urbana e Peri Urbana (RAU). Com base na estratégia integrada de desenvolvimento sustentável que está a ser desenvolvida pelo município, a integração na RAU permite, além de outros fatores, “o reforço de contactos institucionais relacionados com a temática, a promoção de atividades de

Feira de Garvão dinamiza atividade agropecuária A Câmara de Ourique e a Associação de Criadores de Porco Alentejano organizam a tradicional Feira de Garvão – XVII Exposição Agropecuária, que terá lugar entre hoje e domingo. O programa do certame reserva, entre outras propostas, o I Encontro de Produtores. O evento tem como objetivo discutir “as potencialidades de negócio e comercialização dos produtos associados, afirmando o conceito de

formação, maior capacidade de influência junto de entidades centrais e regionais com vista à criação de um enquadramento político favorável à agricultura urbana e uma mais expressiva representatividade no âmbito internacional”. A adesão à rede permite ainda o acesso a uma plataforma eletrónica de informação e comunicação.

17 Diário do Alentejo 13 maio 2011

Beja na Rede Portuguesa de Agricultura Urbana

Ourique Capital do Porco Alentejano”. O encontro é cofinanciado pelo Feder, através do QREN, Programa Inalentejo, e pretende “contribuir para a valorização do setor pecuário e das indústrias agroalimentares associadas ao porco alentejano”. Do programa constam ainda várias atividades de animação, exposição e leilões de gado, concursos, concerto com o grupo Adiafa, gastronomia e a tradicional corrida de touros com os cavaleiros João Moura, Tito Semedo e Sónia Matias.

XVII Feira do Bovino Mertolengo, em Moura

A raça que é pequena mas rija Está a decorrer por estes dias, até dia 15, a XVII Feira do Bovino Mertolengo, em Moura. Este certame é dedicado à raça de bovinos autóctone que lhe dá o nome e que tem características únicas, fazendo da sua carne uma das mais apreciadas: a mertolenga. Texto Marco Monteiro Cândido

A

raça mertolenga, entre os bovinos, define-se pelas suas características físicas. É um animal pequeno, rijo, bem adaptado às escassas pastagens em terrenos acidentados e difíceis. É um animal que traz em si todo o peso de um Alentejo de outrora e de um povo habituado a sofrer, ou não fosse originário das terras montanhosas e acidentadas da zona de Mértola. “É a raça mais capacitada de produzir a melhor carne nas piores condições”. Quem o afirma é o presidente da Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos (ACBM), PUB

Eduardo Mira Cruz, também ele um criador desta espécie de bovinos. “Debaixo das piores condições edafoclimáticas, ela tem a capacidade de produzir a melhor carne e, pelo menos dentro dos bovinos, não há outro animal tão bem adaptado às condições da região do Alentejo “. Fazendo a comparação com outros bovinos, só a raça alentejana está tão bem adaptada quanto a mertolenga, mas as exigências e necessidades dos animais são muito maiores, segundo o presidente da ACBM. Alentejo, Ribatejo e Beira O solar de origem, ou terras de origem, são os montes e serranias da zona de Mértola e Martinlongo, no entanto o bovino mertolengo está presente em todo o Alentejo, Ribatejo e alguns concelhos da Beira Interior. Contudo, as características do animal estão asseguradas. “Apesar da disseminação, está perfeitamente definida a sua área geográfica, não sendo permitido certificar animais que não sejam produzidos dentro dos conceitos que estão no caderno de

encargos. Aliás, podem ser produzidos, mas não podem ser certificados”. A certificação presente e necessária para a qualidade da raça traduz-se, depois, na carne mertolenga Denominação de Origem Protegida (DOP). Este selo, de qualidade e autenticidade, permite certificar, neste caso, a carne mertolenga como algo que deve as suas características únicas ao meio geográfico específico em que está inserida, não podendo ser produzida noutros locais. Atualmente existem 242 produtores registados, que se traduzem em cerca de 20 mil vacas reprodutoras inscritas e 250 touros ativos. Apesar de ter o maior efetivo de animais dentro das raças autóctones, o bovino mertolengo está em segundo lugar no que diz respeito à penetração da marca no mercado, ficando atrás da raça alentejana, que “está mais trabalhada”. Em volume de negócios, esta realidade traduziu-se em cerca de dois milhões e meio de euros em 2010, apesar do setor ainda não ter conseguido exportar, o

que pode vir a acontecer já este ano, espera Eduardo Mira Cruz. A potencialidade da raça, aliada à renovação da marca, à aposta em novos mercados e em novos produtos, como o hambúrguer de carne mertolenga, faz com que o presidente da ACBM esteja com boas expectativas quanto ao futuro do bovino mertolengo. A mertolenga invade Moura Até do-

mingo, 15, decorre em Moura a XVII Feira do Bovino Mertolengo, que também é a IX Feira Empresarial de Moura, contando, igualmente, com um Fórum de Energias Renováveis. Para o vereador da Câmara Municipal de Moura, Santiago Macias, a realização desta feira inaugurada ontem, quinta-feira, é uma forma de se “chamar a atenção e divulgar a raça mertolenga”, servindo também para marcar posição, realçando a parceria na organização com a ACBM. “As câmaras municipais precisam de criar espaços próprios de intervenção e este é um deles”. O certame dedicado ao bovino

mertolengo tem duas vertentes distintas. Se, por um lado, há a componente de exposição, por outro, há a perspetiva técnica, “que se traduz na organização de jornadas onde se discutem aspetos relacionados com aquilo que é a raça mertolenga, as potencialidades, os problemas, os circuitos de comercialização”. Segundo Santiago Macias, “é importante que a feira tenha uma dupla abordagem: a comercial e a de debate, de confronto de ideias e de discussão”. Para o vereador o papel da autarquia tem sido o de potenciar a marca da raça mertolenga, em parceria com a ACBM, ao mesmo tempo em que “estão prestes a iniciar as obras do parque de leilão de gado”, uma infraestrutura que irá complementar o aspeto comercial da feira. Eduardo Mira Cruz realça, também ele, a importância da feira para o setor. “A feira de Moura tem um grande peso e, ainda para mais, é numa zona onde o bovino mertolengo tem uma grande densidade populacional, onde há muitos criadores importantes e dos mais antigos”.


Futebol Equipas do Baixo Alentejo conhecem rivais

Diário do Alentejo 13 maio 2011

18

Desporto

Hélder Mamede, presidente do Moura confia na subida

José Saúde

Numa viagem pela diáspora desportiva revejo-me a contemplar feitos que fizeram história no fenómeno futebolístico regional de Beja. Deparo-me, nos tempos mais recentes, pelo voluntarismo e entrega de Chico Fernandes no comando técnico de equipas que, sob a sua batuta, subscreveram no seu palmarés tardes de glória elevando os seus emblemas aos píncaros desportivos regionais. Títulos que honraram as cores de velhos clubes que assumem justamente a razão de históricos no palco do futebol distrital. Nomeio o Odemirense, o Sporting Ferreirense, o Moura AC e o Mineiro Aljustrelense, que se sagraram campeões da I Divisão da AF Beja. É verdade que Chico Fernandes tem na sua carreira como treinador uma vasta experiência. É um homem do futebol. Conheceu e conhece o cheiro do balneário. Em Aljustrel pegou no clube no distrital e levou-o à II divisão nacional. Sob o seu cunho a equipa brilhou. Seguiu-se uma pausa. Agora uma nova etapa se iniciou. O FC Castrense convidou Chico Fernandes para projetar o futuro técnico na agremiação do Campo Branco. Na cartola das ambições submerge o regresso ao nacional. Sabendo-se que esta temporada o campeão está encontrado, o Despertar, o tempo que sobra é construir os alicerces do futuro. Neste contexto, Chico Fernandes jogou mãos à obra e já sonha com um pressuposto êxito. Admite-se que o seu inequívoco desejo seja constituir um grupo de trabalho onde proliferem mais-valias do futebol distrital. O objetivo passará pelo título. Fica a aposta. Reconhecendo a forma como o treinador conhece amiúde os meandros do futebol, sendo o seu trabalho imaculado, é absolutamente aceitável que, à distância, se coloque o Castrense no topo das equipas que assumirão o estatuto de candidatas da AF Beja, época 2011/12, ao título regional principal. Chico Fernandes, o regresso de um campeão!

Felipe Silva bate recordes Felipe Silva, do Bairro da Conceição, bateu três recordes distritais do escalão de infantis e venceu o torneio Atleta Completo, em Vendas Novas. Os recordes em questão foram salto em comprimento, 60 metros barreiras e pentatlo. A atleta júnior Liliane Amaro, da Juventude Desportiva das Neves, também bateu o recorde distrital sénior e júnior na prova dos 100 metros no Grande Prémio do Beja Atlético Clube.

“Os jogos que faltam são para ganhar” Lagos, Sesimbra e Vendas Novas. São os três obstáculos que o Moura Atlético Clube tem de ultrapassar para, na próxima época, reviver a época de 1948/49 e disputar a II Divisão Nacional de Futebol.

ANTÓNIO MELÃO/ARQUIVO

Chico Fernandes, o regresso de um campeão!

O campeão do Baixo Alentejo do Inatel, Faro do Alentejo, joga com o Valdera, representante da delegação do Inatel de Setúbal, enquanto o Luzianes-Gare, finalista do Baixo Alentejo, enfrenta o Biqueiras de Aço, representante da delegação do Inatel de Lisboa. Os jogos são este fim de semana. A grande final realiza-se no dia 4 de junho no estádio 1.º de Maio.

acrescenta. O próximo adversário do Moura é o Esperança de Lagos, que se encontra a três pontos. Uma derrota com os algarvios significa hipotecar todas as hipóteses de subir à II Divisão. “Vai ser um jogo difícil, nesta fase não há adversários fáceis”, salienta Piçarra. O treinador do Moura refere por igual que o jogo será bem preparado pois existe um grande conhecimento sobre a equipa adversária

Texto Aníbal Fernandes e João Fialho

O

s jogos que faltam são para ganhar”. É assim, sem papas na língua, que Hélder Mamede, presidente do Moura Atlético Clube (MAC), mostra o seu estado de espírito a três jornadas do fim do campeonato nacional da III Divisão, na véspera de receber o Esperança de Lagos, no próximo domingo, em casa. O MAC está, neste momento, no segundo lugar da série F, uma posição que lhe garante a subida ao escalão superior. O presidente da direção confessa que esta situação “acaba por ser uma surpresa” já que “o objetivo era garantir a permanência”. No entanto, com um plantel em que mais de 65 por cento dos atletas são da região, seria de esperar outro apoio da massa associativa. Mamede confessa-se “dececionado”: “Dantes havia mais

Aljus trelense

Treinador e presidente A uma só voz

gente que acompanhava a equipa. A direção baixou os preços dos bilhetes e esperávamos mais assistência. Ainda por cima a equipa merece, pois tem feito bons resultados e pratica bom futebol”, queixa-se. O dirigente do Moura apela a que os adeptos apoiem a equipa nas jornadas que faltam para o fim do campeonato de forma a o MAC possa conseguir um feito histórico. E, apesar de haver quem

não acredite, e até quem se revele “contra a subida”, Hélder Mamede é perentório: “Se subirmos, subimos!” O treinador da equipa mourense, Fernando Piçarra, mostrase igualmente ávido por vitórias – “Queremos ganhar todos os jogos” –, mas refreia os ânimos para não criar pressão: “A subida não foi pedida pela direção”. “O grupo de trabalho é ambicioso, por isso tudo o que vier será bem vindo”,

e

Odemirense

Nesta fase encontra-se também o Aljustrelense, que se depara na sexta posição. Os mineiros vão receber o Estrela de Vendas Novas, equipa que poderá fazer a festa da subida nesta jornada. Por seu lado, o Odemirense continua em lugares de despromoção, mas conseguiu na jornada anterior um empate em Montemor que lhe poderá dar algum alento para os dois jogos que faltam disputar. Neste fim de semana, a equipa de Odemira recebe o despromovido Cova da Piedade e espera uma escorregadela da União de Montemor em Messines, para diminuir a desvantagem para equipa do Alto Alentejo que neste momento está a quatro pontos de distância.

II Divisão inicia segunda volta

Guadiana e Cuba lideram

O

Guadiana de Mértola é o líder do campeonato da II Divisão juntamente com o Sporting de Cuba com cinco pontos no início da segunda volta. Na jornada deste fim de semana poderão ficar decididas algumas posições no que toca aos dois lugares que garantem a subida de divisão. O treinador dos mertolenses, Mário Tomé, mostra-se ambicioso tendo em conta o próximo jogo com o Santa Clara-a-Nova, em Mértola: “Espero ganhar e

manter esta classificação até final do campeonato”. “Queremos ser campeões da II Divisão”, acrescenta. Quanto ao jogo propriamente dito, Mário Tomé espera que a equipa “mantenha a mesma atitude apresentada durante esta temporada”, na qual venceram a taça de honra, competição que antecedeu o campeonato. Por seu lado, Nélson Martins, o treinador do Santa Clara-a-Nova, salienta a importância deste jogo: “Matematicamente ainda temos

hipóteses, estes próximos três jogos são finais”. Quanto ao facto de ter só um ponto nas primeiras três jornadas, o treinador refere que a equipa tem tido azar na finalização. “Vai ser um jogo difícil, o Guadiana pratica um bom futebol e joga em casa”, diz. No jogo que confronta o Sporting Cuba com o Renascente de São Teotónio, a segunda posição está em jogo pois quem vencer ficará nessa posição. Joaquim Rodeia, o treinador dos cubenses,

refere: “Com o fator casa somos favoritos, mas respeitamos a equipa adversária”. O objetivo desta equipa passa também “por subir de divisão”, acrescenta. O jogador-t rei nador do Renascente, Edgar Loução, que assumiu o comando da equipa na segunda fase da prova devido à saída do treinador Sérgio Conceição, espera um bom resultado. “É sempre bom ganhar, mas um empate já seria positivo, pois temos dois jogos em casa”, refere.


Almodôvar Aniversário da Casa do Benfica

O jovem tenista de Ferreira do Alentejo João Durão venceu o torneio internacional Azores Open 12 em pares, juntamente com Tomás Almeida, batendo na final a dupla espanhola Fokina/Franco com os parciais de 1/6 6/4 e 7/5. Em singulares o tenista alentejano perdeu a final frente ao americano Alexander del Corral.

Patinagem Artística – Alentejanos vão lutar para presença nos nacionais – As provas de apuramento para os Campeonatos Nacionais de Infantis e Iniciados vão ter lugar, no próximo fim de semana, em Telheiro, Leiria, esperando-se luta renhida para os infantis e cadetes, uma vez que só os primeiros 25, em cada escalão, poderão participar nos respetivos campeonatos nacionais, aprazados para 9 e 10 de junho em Grândola. Em infantis vão participar Margarida Brito e Margarida Lança, do FC Castrense, Raquel Carapinha, do Diana, e Beatriz Felício, do CP Beja. Por sua vez, em iniciados serão Catarina Dias, Carolina Guerreiro e Inês Barôa, do CD Almodôvar, Joana Real, do FC Castrense, Catarina Bicho, do CPA Cuba, e Beatriz Godinho, do CP Beja. JC III DIVISÃO SÉRIE F 7.ª jornada Esp. Lagos-Estrela Vendas Novas .............0-2 Sesimbra-Aljustrelense ..............................3-1 Moura-Fabril Barreiro................................. 4-0 Est. V. Novas Moura Sesimbra Esp. Lagos Fabril Barreiro Aljustrelense

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12-9 17-9 11-8 9-11 7-11 8-16

38 31 30 28 22 19

Próxima jornada (15/5/2011): Aljustrelense-Estrela Vendas Novas, Fabril Barreiro-Sesimbra, Moura-Esp. Lagos.

DISTRITAL I DIVISÃO 24.ª jornada Panóias-Despertar .......................................1-4 Milfontes-FC Serpa ......................................2-1 B. Conceição-S. Marcos ...............................2-2 Piense-Aldenovense ...................................1-2 Desportivo-Ferreirense ..............................3-2 Castrense-Vasco da Gama .........................1-2 Rosairense-Almodôvar ...............................2-1 Despertar Castrense Rosairense Vasco da Gama Aldenovense FC Serpa Almodôvar Milfontes Ferreirense S. Marcos Desportivo Panóias B. Conceição Piense

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19 14 14 13 13 12 10 9 9 8 8 5 4 3

4 4 2 4 1 4 4 6 4 4 2 5 6 4

1 6 8 7 10 8 10 9 11 12 14 14 14 17

54-17 53-24 41-33 44-33 47-47 51-31 49- 42 38-35 39-41 32-49 31-48 27-50 31-52 28-63

61 46 44 43 40 40 34 33 31 28 26 20 18 13

O Grandolense-Zambujalense, Comércio e Indústria-Vasco Gama, Almada-Trafaria, Beira-Mar Almada-Olímpico do Montijo, Alfarim-G. Portugal, Palmelense- M. Rosarense, U. Santiago-1º de Maio Sarilhense.

Ferreirense Almodôvar Despertar A Odemirense Moura Despertar B

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18-9 16 17-10 16 23-8 16 13-17 7 7-17 6 4-21 0

Próxima jornada (14/5/2011): Ferreirense-Despertar A, Despertar B-Almodôvar, OdemirenseMoura.

DISTRITAL ESC. T. J. BRANCO SÉRIE A 6.ª jornada FC Serpa-N. Sportinguista .........................0-3 B. Conçeição-Vasco da Gama ................... 5-0 Piense-Sp. Cuba ........................................... 6-6 Alvito-Beringelense ....................................5-5 Descanso: Guadiana B. Conçeição N. Sportinguista Alvito Beringelense Guadiana Vasco da Gama Piense Sp. Cuba FC Serpa

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27-10 24-10 26-15 20-17 36-22 13-16 22-38 13-29 12-36

15 13 10 9 7 7 3 1 1

DISTRITAL ESC. T. J. BRANCO SÉRIE B 7.ª jornada

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2 2 1 1

0 0 1 2

5-0 4-3 3-6 2-5

5 5 4 1

Próxima jornada (14/5/2011): Guadiana-Santa Clara-a-Nova, Sp. Cuba-Renascente.

AF SETÚBAL I DIVISÃO 26.ª jornada Amora FC-U. Santiago .................................1-0 Zambujalense-Barreirense ....................... 0-0 Vasco Gama-O Grandolense .....................1-1 Trafaria-C. Indústria .....................................2-6 O. Montijo-Almada ......................................1-0 G. Portugal-BM Almada..............................2-2 M. Rosarense-Alfarim..................................2-3 1º de Maio-Palmelense ...............................3-1 O. Montijo Vasco Gama Alfarim Barreirense 1º de Maio O Grandolense C. Indústria Zambujalense Palmelense Amora FC Trafaria BM Almada Almada G. Portugal M. Rosarense U. Santiago

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17 16 13 13 12 12 12 10 10 10 7 8 5 4 5 4

7 5 8 8 8 7 5 7 7 3 7 4 7 8 5 4

2 5 5 5 6 7 9 9 9 13 12 14 14 14 16 18

51-25 56-25 49-27 48-28 44-32 45-33 39-31 34-43 39-40 35-39 51-57 33-47 23-43 29-55 30-52 18-47

58 53 47 47 44 43 41 37 37 33 28 28 22 20 20 16

Próxima jornada 15/5/2011): Barreirense-Amora,

3 4 4 4 5

20-16 18-21 16-24 15-34 5-39

6 6 6 4 0

DISTRITAL INF. T. DR. C. LIMA SÉRIE B 7.ª jornada

guista-Alvito, Beringelense-Bairro da Conçeição, Vasco da Gama-Guadiana, Sp. Cuba-FC Serpa. Descanso: Piense.

3 3 3 3

0 0 0 1 0

Despertar A-Odemirense .......................... 5-0 Moura-Despertar B ......................................2-1 Ferreirense-Almodôvar ..............................1-1

Piense, S. Marcos-Panóias, Almodôvar-B. Conceição, FC. Serpa-Desporvico de Beja, Ferreirense-Castrense, Vasco da Gama-Rosairense, Milfontes–Aldenovense.

Guadiana Sp. Cuba Renascente S. Clara-a-Nova

2 2 2 1 0

Próxima jornada (14/5/2011): Alvito-Núcleo Sportinguista, Despertar B-Ferreirense, FC Serpa-Barrancos, Bairro da Conceição-Vasco da Gama. Descanso: Faro do Alentejo.

Próxima jornada (14/5/2011): Núcleo Sportin-

Guadiana-Sp. Cuba ..................................... 0-0 Sta. Clara-a-Nova-Renascente ..................0-2

5 6 6 6 5

DISTRITAL ESCOLAS FASE FINAL 7.ª jornada

Próxima jornada (15/5/2011): Desper tar-

DISTRITAL II DIVISÃO 2ª FASE 3.ª jornada

N. Sportinguista FC Serpa Vasco da Gama Faro do Alentejo Barrancos

Casa Benfica Beja-Renascente............... 10-4 Aljustrelense-Milfontes ..............................1-6 Descanso: Castrense Castrense Casa Benfica Beja Milfontes Aljustrelense Renascente

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5 3 2 1 0

0 2 1 2 1

0 1 3 2 5

37-9 26-18 19-23 10-15 12-39

15 11 7 5 1

Operário-Aljustrelense ............................ 12-0 Renascente-Negrilhos ................................4-2 Milfontes-Castrense .................................... 7-1 Operário Milfontes Renascente Castrense Negrilhos Aljustrelense

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7 6 3 3 3 0

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52-6 36-16 24-20 15-25 11-26 6-51

21 18 9 9 9 0

Próxima jornada (14/5/2011): Milfontes-Operário, Negrilhos- Castrense, AljustrelenseRenascente. DISTRITAL INIC. T. MELO GARRIDO 4.ª jornada Despertar-Ourique ..................................... 4-0 Aljustrelense-Castrense .............................0-3 Despertar Aljustrelense Castrense Ourique

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3 2 1 0

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Próxima jornada (15/5/2011): Ourique-Aljustrelense, Castrense-Despertar. DISTRITAL JUV. T. A. NASCIMENTO 4.ª jornada Castrense-Vasco da Gama ......................... 7-1 Descanso: Despertar/Moura Castrense Despertar Moura Vasco da Gama

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Prróxima Jornada(15/5/2011): Despertar-Castrense. Descanso: Vasco da Gama/Moura.

Próxima jornada (14/5/2011): Castrense-Casa Benfica Beja, Renascente-AljUstrelense. Descanso: Milfontes. DISTRITAL INFANTIS FASE FINAL 7.ª jornada Despertar A-Moura ......................................3-3 Odemirense-Ourique................................. 0-0 Guadiana-Sp. Cuba ......................................6-5 Moura Despertar A Guadiana Odemirense Ourique Sp. Cuba

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Próxima jornada (14/5/2011): Guadiana-Despertar A, Ourique-Sp. Cuba, Moura-Odemirense.

DISTRITAL INF. T. DR. C. LIMA SÉRIE A 6.ª jornada

INFORMA: SERVIÇO DE SANGUE DO HOSPITAL JOSÉ JOAQUIM FERNANDES

BEJA Tel. 284310200

Vasco da Gama-Alvito ................................ 3-4 Ferreirense-FC Serpa...................................5-1 Faro do Alentejo-B. Conceição .................1-1 N. Sportinguista-Despertar B ...................2-5 Descanso: Barrancos Ferreirense Despertar B B. Conceição Alvito

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ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS E DOENTES HEMATO-ONCOLÓGICOS

A antiga glória do futebol benfiquista dos anos 60 José Augusto desloca-se a Almodôvar para celebrar o quinto aniversário da Casa do Benfica local, amanhã, sábado, dia 14. O antigo internacional português irá também ser o protagonista de uma palestra no salão nobre do município.

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19 Diário do Alentejo 13 maio 2011

Ténis João Durão ganha torneio em pares


D Diário do Alentejo 113 maio 2011

20

América Latina Real Mágica em Vila Nova de Santo André

O escritor e narrador argentino Rodolfo Castro traz-nos contos de autores latino-americanos, canções populares e antigos relatos de tradição oral, num espetáculo povoado de emoção. Dia 18 torna-se assim um bom dia para juntar pequenos e graúdos na Biblioteca de Vila Nova de Santo André.

Vitória, estória vitória conta a tua

Depois de terem lido parte da história A Princesa e a Chuva as crianças da Escola Básica Integrada de Barrancos recriaram o final:

Quando soube da notícia pegou num cavalo e correu para o Reino das Reinetas.Quando chegou encontrou os seus pais, deu-lhes um abraço forte e perguntou: – Onde está o fogo? – Está detrás das casas e no palácio. – Disse o rei. A princesa com a sua chuva apagou todo o fogo. Os habitantes disseram: – Salvaste-nos a vida! A princesa voltou para a sua terra e viveu feliz com os pais.

Dica da semana A dica desta semana centra-se em Deborah Fine, inglesa, mas que reside em França e tem, talvez, um dos blogs mais inspiradores para a infância, o kickan & Conkers, (http://kickcanandconkers.blogspot.com/), e que nos dá uma ótima dica de trabalho baseado em outras duas artistas, Anja Brunt e Elisabeth Dunker, que veem caras em todas as coisas. Este é o desafio que te propomos, envia-nos imagens de objetos que te sugiram caras e verás o teu trabalho também aqui publicado

Miguel Guerreiro, 7 anos

Um rapaz disse que estava a arder o palácio. A menina pegou no cavalo e a chuva foi atrás dela. A menina foi à volta das casas e do palácio a apagar o lume, a mãe e o pai estavam dentro do palácio. Ela foi salvá-los e quando entrou estava tudo destruído e ela levou a mãe e o pai aos hospitais, mas estavam todos a arder. Então a menina levou a mãe e o pai às três fadas para que os salvassem, mas quando chegou percebeu que elas não estavam. Foram elas que arderam a cidade porque eram muito más. José Lopes, 7 anos

Zootrópio Dentro dos jogos óticos temos o zootrópio ou roda-da-vida, criado em 1834, por William George Horner. Trata-se de uma roda giratória com frestas em toda a sua circunferência. No seu interior monta-se uma sequência de imagens produzidas numa tira de papel e colocadas de modo a que a imagem esteja posicionada no lado oposto a uma fresta. Ao girar a roda e olhando-se através das aberturas podemos assistir às imagens em movimento.

A páginas tantas ... Numa determinada cidade, que aqui não importa referir, num determinado tempo, que aqui não interessa dizer, existiu um homem a quem todos chamavam o homem da nuvem escura. Num primeiro olhar era um homem perfeitamente normal, como tantas pessoas. Nem alto nem baixo, nem gordo nem magro, não era velho, mas também não era novo. Enfim, normal. Mas não tão normal assim. “No cocuruto da cabeça esse homem tinha, não um boné, não uma madeixa de cabelo despenteado, não um piolho, mas sim um pequeno orifício do tamanho de uma moeda de cinco cêntimos. E desse orifício, do tamanho de uma moeda de cinco cêntimos, saía uma espantosa nuvem espessa e escura, que fazia com que, por onde quer que o homem andasse, fizesse o que fizesse, lhe seguisse um rasto de intensa chuva, frio, vento e trovoada.” Podíamos contar um pouco mais da história, mas perderia o seu encanto. Podemos dizer-te que a jovem autora, Inês Vinagre, já ganhou alguns prémios com este livro.


JOSÉ FERROLHO

“Um grupo de 13 gajos que não têm mais nada que fazer. Alguns deles dedicam o seu ócio a gozarem com os outros ou, na falta de outros, consigo próprios”. Assim se apresenta o grupo de humor Aristocratas, que vai estar amanhã, sábado, pelas 22 horas, no Centro de Artes de Sines, para apresentar um espetáculo de stand-up comedy onde participam cinco dos

Fim de semana

seus elementos. A saber: Cláudio Almeida, “senhor dos seguros” e guionista do “5 para a meia-noite”; João Veiga, “um lisboeta exilado no Alentejo”; Rui Cruz, “o gajo que quando abre a boca toda a gente diz ‘credo’”; Amílcar Monteiro, “o branco mais branco do humor negro”; e Rafael Videira, “o melhor humorista com barba da zona centro”.

21 Diário do Alentejo 13 maio 2011

Aristocratas levam stand-up comedy a Sines

Pintura no Museu Municipal de Vidigueira É inaugurada hoje, sexta-feira, pelas 17 e 30 horas, no Museu Municipal de Vidigueira, a exposição de pintura “Narrativa no nosso universo”, do artista plástico Eduardo Santos Neves. A mostra pode ser visitada de terça-feira a domingo, entre as 10 e as 18horas, até ao final do mês.

“Vueltas” em cena no Teatro Pax Julia, em Beja

Um menino Peter Pan em peça luso-cubana

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epois da conceção, montagem e estreia em Havana, Cuba, a peça “Vueltas”, uma co-produção luso-cubana entre as companhias Lendias d’Encantar e Teatro D’Dos, foi ontem apresentada pela primeira vez no Teatro Pax Julia, em Beja, mantendo-se em cena hoje e amanhã, sábado, pelas 22 horas. Falada em português, a peça descreve na pele do personagem Ernesto Garay, homem na casa dos 50 anos, a chamada operação “Peter Pan”, atribuída à CIA em conjunto com a igreja católica que, no início dos anos 60, terá retirado milhares de crianças da ilha caribenha sem a companhia dos pais para, “em segurança”, começar uma vida nos EUA, longe dos ecos da revolução socialista. Mas aquilo que de início se propunha ser uma “separação temporária da família” acabou por tornar-se, na esmagadora maioria dos casos, “um rompimento defini-

tivo e total com as origens”, explica a sinopse. Uma parte destes meninos reencontrou-se com os seus pais, outra não. Mas uns e outros guardam uma “marca profunda nas suas vidas, a marca da separação, do desenraizamento, do abandono”. O enredo, escrito e encenado por Julio César Ramirez, mostra-nos “uma página triste dos cubanos no exílio”. O cubano de meia-idade interpretado pelo ator António Revez, acompanhado em palco por Marisela Terra, é um destes “meninos Peter Pan” que agora, encerrado no seu apartamento em Nova Iorque, tenta reencontrar-se consigo mesmo ao pretender regressar a Havana, de onde partiu com sete anos. Debate-se entre dois polos, na busca de um caminho para refazer a sua vida: encontrar uma “franja de liberdade verdadeira” ou “seguir a rotina que marca a visão autoritária do seu pai”.

Jorge Castanho inaugura “Pupila Digital” “A pupila digital desenvolvida em laboratório dava-lhe uma visão perfeita, propiciava-lhe entender a potência dos seres para além da morfologia aparente. Tubos, pelos, energias, estruturas anatómicas anexas, anatomias compósitas, tudo era revelado naquela visão nova. As energias que sentia eram convertidas em atributos físicos, a sua visão estava agora preenchida por estranhos seres, criaturas maravilha no sentido exato da expressão”. Foi a partir desta ficção que Jorge Castanho, artista plástico e investigador bejense, criou mais de 70 desenhos analógicos sobre papel de diferentes formatos para projetos digitais. “Pupila Digital” é a sua 11.ª exposição on line, visitável no sítio jorgecastanho.com, e terá inauguração física amanhã, sábado, pelas 16 horas, no espaço lisboeta Art Research.

Sérgio Tréfaut apresenta dois filmes em Serpa Realizado por Sérgio Tréfaut e filmado quase exclusivamente em Serpa, com o apoio da câmara municipal, “Viagem a Portugal” é apresentado numa exibição para as populações locais já este domingo, 15, pelas 21 e 45 horas, no cineteatro municipal. O filme, que teve estreia mundial no passado dia 8, recria a história verídica de uma médica ucraniana (Maria de Medeiros) que aterra no aeroporto de Faro com um visto de turismo, sendo a única dos passageiros a ser detida e interrogada pela polícia de estrangeiros e fronteiras. Uma situação que se transforma num pesadelo quando as autoridades se dão conta de que o marido (Makena Diop) que a espera cá fora é de nacionalidade senegalesa. Do mesmo realizador, Serpa também terá oportunidade de ver na segunda-feira, 16, pelas 19 horas, o premiado documentário “A cidade dos mortos”, que retrata a vida quotidiana de um milhão de pessoas na maior necrópole do mundo, situada na cidade do Cairo, Egito. Ambas as entradas são livres.


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“Almoço do Galo” na Casa do Alentejo

Os antigos alunos do Liceu Nacional de Beja, hoje Escola Secundária Diogo de Gouveia, vão realizar amanhã, sábado, mais um encontro de confraternização em Lisboa, o tradicional “Almoço do Galo”. O evento contempla uma “missa de sufrágio”, pelas 12 horas, na igreja de São Domingos, junto ao Rossio, e logo a seguir um almoço na Casa do Alentejo.

Boa vida Jazz Jürgen Friedrich “Pollock”

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ianista alemão relativamente desconhecido entre nós, Jürgen Friedrich alcança com este trio – que se completa com dois norte–americanos, o contrabaixista John Hébert e o baterista Tony Moreno – o expoente maior do seu trabalho. Mais de uma década volvida desde a sua criação (1999 foi o ano de lançamento de “Voyage Out”), o trio continua a explorar as íntimas geometrias proporcionadas pelo formato clássico piano/contrabaixo/bateria de uma forma que o distingue de grande parte do pelotão que envereda por esta associação instrumental. Três anos depois do conseguido “Seismo”, “Pollock” – o segundo disco para o selo alemão Pirouet – é Jürgen Friedrich – “Pollock” um tributo ao Jürgen Friedrich (piano), John Hébert pi ntor ex pres(contrabaixo) e Tony Moreno (bateria). sionista Jackson Editora: Pirouet Records Pol lock (1912Ano: 2009 -1956), conhecido sobretudo pelas suas “drip paintings” (“White Light” faz a capa do seminal “Free Jazz”, de Ornette Coleman). Um dos trunfos da formação reside nessa distinta capacidade de acomodar diferentes ângulos de abordagem, desde o jazz mais enformado pela tradição até à livre improvisação, conseguindo ser harmonicamente intrincado sem perder espontaneidade ou subtileza. Friedrich é um pianista tanto capaz de jogos mais cerebrais, como de momentos marcadamente emocionais. Já Hébert tem-se cotado como um dos mais reputados contrabaixistas da atualidade, o que é atestado pelas suas múltiplas colaborações em várias frentes. Baterista atento ao detalhe, Moreno deixa claro o seu notável trabalho de pratos. O tema de abertura, “Drift”, original de Friedrich, é, desde logo, um ótimo exemplo de como delicadas notas podem servir de rastilho a um tema de vívida interação entre os três músicos. A bela versão de “Round Midnight” mostra como o clássico de Monk tem ainda muitos recantos por desvendar. Das duas peças assinadas pelo contrabaixista, nota particular para “Billy No Mates”, com o seu início sombrio, que, depois, o piano ajuda a iluminar. De caráter mais livre – e expondo o gosto pelo risco – são miniaturas como “Wayward”, “Enclosed” ou “Pollock”. “Ripple”, “I Am Missing Her” ou a mais contemplativa “Over”, são outros conseguidos exemplos da refinada arte deste trio. Um registo com potencial abundante para agradar a diferentes ouvidos. António Branco

Comer Sopa de cação à alentejana Ingredientes para 4 pessoas 800 g de cação fresco 0,5 dl de azeite virgem 2 molhos de coentros 10 g de dentes de alho 1 folha de louro 1 dl de vinagre de vinho branco 80 g de farinha de trigo q.b. de sal gosso 300 g de pão alentejano do dia anterior 2 g de colorau (facultativo) Confeção : Retirar a pele ao cação. Cortar as postas com mais ou menos quatro cm de espessura. Colocar num recipiente com água um pouco de vinagre e sal, durante uma hora. Num almofariz fazer um piso com alho, sal e coentros. Depois de bem pisados juntar um pouco de azeite. Colocar um tacho ao lume com o piso. Deixar refogar um pouco e colocar o cação. Cobrir o peixe com água e deixar cozer. Entretanto fazer um polme não muito espesso com farinha e água. Retirar o peixe para uma travessa. Com o polme já feito e com a ajuda de um passador de rede engrossar o molho. Retificar os temperos e no momento de servir regar com um pouco de vinagre. Colocar o peixe no caldo bem quente. Servir o peixe e o caldo sobre fatias de pão cortadas fininhas. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora


Petiscos As nossas memórias, as minhas gentes

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as diferentes casas da minha família falava-se e fala-se de comida. É um hábito, uma mania. Infelizmente era também um sintoma. Éramos todos gordos. Com o tempo, uns sustos e umas maleitas pelo meio – felizmente, até à data, sem graves consequências – alguns foram adelgaçando, mas medidas robustas era e é a regra. Na geração a que demos origem também poucos escaparam ao gosto de cozinhar. Sobretudo em Sines, onde passávamos e passamos as férias juntos, tanto quanto possível, os miúdos engalfinhavam-se na disputa de fazer melhor pitéu. Rapazes, raparigas não. Debaixo do olhar crítico, da grande mestra, a nossa querida Tia Lina Fernandes. O António Silvério, ao fim de muitos anos, lá conseguiu um arroz de peixe, de complicadíssima execução, que escapa. Bom, esqueci-me de dizer que somos bastante exigentes. Sempre com êxito? Longe disso. De vez em quando, enfiamos uns barretes de se lhe tirar o chapéu. Aqui há dois anos o meu irmão Zé Maria fez um arroz, à maneira da Guiné, alguns três quilos, que se pegou ao fundo da panela que nem betão pré-esforçado.

No ano passado coube-me a mim. Comprei uma excelente corvina congelada – além de fresco, há bom peixe congelado em Sines – para fazer no forno. Costuma sair bem e a responsabilidade era muita. Tínhamos por convidados o meu bom amigo dr. José Jacinto Lebre, e família, devoto apreciador. O peixe era grande e não o golpeei lateralmente o suficiente. Deveriam ter sido cortes fundos, até à espinha, vários. A corvina saiu magnífica, à vista, e para baixo de dois centímetros, ficou congelada que nem um bloco de gelo. Depois de quase duas horas de forno. Vamos lá então a ela, à famosa corvina. Este prato é, na minha opinião, um dos grandes êxitos da cozinha nacional. Por isso, muito legitimamente se chama, peixe assado, à portuguesa. Convêm ser um animal pujante, não sei quantos quilos mas também não sei o tamanho do

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Cameirinha

forno que o estimado leitor dispõe. Bicho grande, à medida do que possa. Arranje a corvina, bem escamada, sem o rabo e as barbatanas. Dê-lhe os tais golpes laterais, fundos, que me faltaram a mim, dois de cada lado. Ponha-lhe uma fatia de toucinho, fresco, muito fina, finíssima, em cada golpe. Cozinhe à parte um refogado com azeite virgem, cebola às rodelas, alho, tomate fresco bem maduro fatiado, sem pele mas com sumo e sementes, louro, um pouco de colorau, pouco, e pimenta. Não deixe refogar muito, há quem ponha tudo em cru, mas eu prefiro que a cebola e o tomate fiquem bem cozinhados, caso contrário precisam de muito tempo de forno e o peixe não deve secar, deve ficar húmido junto à espinha. “Jugoso” como dizem os espanhóis. Quando pronto e arrefecido, envolva o peixe todo com esse refogado. Por dentro e por fora, faça esse serviço com as mãos. Ainda são o melhor apetrecho de cozinha que se conhece. Passe o interior do próprio recipiente, que vai ao forno, com as mãos oleosas. Disponha o peixe com o remanescente refogado por cima e pelos lados. O refogado deve ser bastante. Preencha lateralmente com batatas pequenas, já com meia cozedura, com pele e às quais, depois, retirou a pele. Vai ao forno que deve estar aquecido. Vigie com frequência e vá dando uns golpes de vinho branco, golpes, não é goles. Peixe assado à portuguesa, se gostar, vá buscar a bandeirinha que lhe sobrou do Europeu de 2004. Deve hasteá-la ao centro da mesa! António Almodôvar

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A Joaninha é uma cachorrinha, de porte pequeno, com cinco meses, muito simpática e sociável com pessoas e outros cães. Está no Cantinho dos Animais e procura uma família que a queira adotar para sempre. Como é cachorrinha precisa ainda de aprender muitas coisas e necessita de atenção, por isso só será adotada por alguém que mostre ter disponibilidade e condições para a receber. Será vacinada e esterilizada pela associação antes da adoção. Contactos: 962432844 – sofiagoncalves.769@hotmail.com


Nº 1516 (II Série) | 13 maio 2011

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 comercial@diariodoalentejo.pt Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 jornal@diariodoalentejo.pt | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Carlos Lopes Pereira (CP2969), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, António Melão, Carlos Júlio, Marco Monteiro Cândido, João Fialho | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Firmino Paixão, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

RIbanho

www.diariodoalentejo.pt POR LUCA

Hoje, sexta-feira, 13, o sol vai brilhar em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os 16 e os 30 graus centígrados. Amanhã, sábado, esperamse poucas nuvens e no domingo prevê-se céu limpo.

Ana Oliveira é o rosto do projeto Tempo d´Arte

Apoio à cultura não é um “favor” do Estado

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untou recentemente, à mesma mesa, várias companhias de teatro da região para discutirem, em tempo de escassez de recursos, o trabalho que desenvolvem nas suas comunidades. Fê-lo enquanto responsável pelo projeto Tempo d’Arte, que teve início há um ano com oficinas de teatro no Centro Social do Lidador. Uma forma de chegar ao “lado expressivo e criativo” de cada utente, tornandoos mais conhecedores de si próprios e atentos ao mundo. Organizou recentemente as Jornadas Teatro Espaço Comum, onde vários intervenientes locais discutiram a criação artística na comunidade. Quais foram as principais conclusões e pistas lançadas por esse debate?

Penso que um dos pontos mais positivos foi a presença no mesmo espaço de várias companhias de teatro da região. Por várias razões, isso não é um acontecimento muito frequente e o que me parece é que, sobretudo em tempos conturbados do ponto de vista financeiro, como é o atual, é importante que os vários agentes culturais discutam os temas que lhes dizem respeito. Muitas vezes, parece passar a imagem de que a cultura é do interesse dos artistas e que os apoios que recebem são favores que o Estado lhes faz. Mas a cultura é de todos, pertence e deve ser usufruída por todas as pessoas. E aos artistas, como agentes culturais, cabe a prática e divulgação do seu trabalho. PUB

É dever do Estado e das autarquias financiar aquilo que é um serviço público que, de outra forma, estes não teriam capacidade para disponibilizar às populações. Em traços gerais, como se define e o que pretende o projeto Tempo d’Arte?

Ana Oliveira

29 anos, natural de Beja Estudou Psicologia em Coimbra e foi na cidade do Mondego, enquanto trabalhava na Associação de Paralisia Cerebral, que percebeu o potencial do teatro no trabalho com grupos não profissionais. Frequentou depois o mestrado em Teatro e Comunidade, na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, e nesse âmbito desenvolveu oficinas com idosos e crianças, nomeadamente no serviço de pediatria do Instituto Português de Oncologia. As oficinas de teatro Tempo d’Arte, que iniciou em Beja, há um ano, são também parte desse processo.

O projeto começou com oficinas de teatro, no Centro Social do Lidador, em Beja. Em 6 meses, fizemos formação em teatro, pequenos momentos performativos e um documentário sobre todo o processo, que passou na Biblioteca Municipal de Beja. O objetivo é que o projeto continue a desenvolver atividades ligadas ao teatro comunitário, como foi o caso das jornadas. Que resultados se sentem do trabalho desenvolvido com os utentes do Centro Social do Lidador?

Neste momento, as oficinas de teatro do Lidador estão paradas. Ainda assim, as pessoas tiveram a oportunidade de experimentar uma linguagem artística, de crescer enquanto grupo, de ter experiências novas. As artes possibilitam-nos um contato com o nosso lado expressivo e criativo e isso faz com que nos conheçamos melhor, com que estejamos mais atentos ao que nos rodeia, mais críticos. Quanto a mim, isso é sempre positivo. Entrevista de Carla Ferreira

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Festival Islâmico na quinta-feira Música, exposições, teatro, gastronomia e colóquios voltam a invadir vários espaços do centro histórico de Mértola na sexta edição do Festival Islâmico, cujo arranque é já na próxima quinta-feira, 19. Entre os motivos de visita destacam-se, além do labiríntico e colorido mercado islâmico ou souk, a conferência “Diálogo e coexistência na região euro-mediterrânica: O relatório de tendências interculturais Anna Lindh 2010” e a oficina/ exposição de instrumentos musicais do mundo “Trazer a música que nos trouxe”. No que toca à música, os palcos do castelo, do Cais do Guadiana e da Praça Luís de Camões estarão por conta do grupo Boukdir, Eduardo Paniagua e Ladidos de AlAndalus, Nass Marrakesh, Justin Adams & Juldeh Camara, Uxukalhus, Sebastião Antunes e Janita Salomé, Speed Caravan e Kumpania Algazarra. Até dia 22, domingo.

Cultura no Alentejo em debate Autores, artistas e outros criadores culturais alentejanos vão encontrar-se amanhã, sábado, no Teatro Garcia de Resende, em Évora, para debater, entre outras matérias, a “construção de uma intervenção cultural no Alentejo na segunda década do século XXI”. O encontro, com início pelas 9 e 30 horas, é promovido pela “Revista Alentejo”, da Casa do Alentejo em Lisboa, com o apoio da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central. Entre os 13 elementos da comissão dinamizadora podemos encontrar o arqueólogo Cláudio Torres, o coreógrafo Rui Horta, Gabriela Tsukamoto, presidente da Câmara de Nisa, o encenador José Russo e a bibliotecária Paula Santos.

Rádio Sines lança site mobile A Rádio Sines, emissora da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sines, lançou recentemente o seu site mobile, “em resposta à crescente utilização de telemóveis no consumo de informação e ao crescimento desta tendência”. Disponível para telemóveis, smartphones e tablets, o novo site está em http://m. radiosines.com.


Sexta-feira, 13 maio 2011 Nº 1516 (II Série)

Sonae abre cafetaria em Beja

O grupo Sonae abriu uma nova cafetaria na sua galeria comercial, em Beja. O investimento ocupou o lugar de um antigo restaurante, findo o contrato com o proprietário, e dá trabalho a 11 pessoas, sendo que dois dos colaboradores transitaram do antigo estabelecimento. O grupo garante que “a oferta é ajustada à região”.

Cadernodois

Manifestação contra restrições no Parque Natural do Sudoeste Alentejano

Pescadores, mariscadores e população da Costa Vicentina promovem, no sábado, uma marcha de indignação contra as regras de restrição impostas pelas novas portarias, no que diz respeito à pesca lúdica e à apanha de marisco.

O

s pescadores e mariscadores da Costa Vicentina estão indignados e manifestam-se, no sábado, 14, em Vila Nova de Milfontes, contra as regras que condicionam a pesca lúdica e a apanha de marisco em todo o território do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Os pescadores e mariscadores dizem que “as novas portarias impostas pelo Governo são injustas, uma vez que proíbem a pesca lúdica e a apanha de marisco a não residentes e introduzem diversas condicionantes a estas práticas para os próprios residentes do parque”. As comissões de pescadores e população da Costa Vicentina consideram que “é preciso garantir o acesso livre de todos os portugueses à costa” e que “é necessário exigir a abolição destas medidas”. A manifestação irá, neste sentido, alertar para o facto de “se estarem a multiplicar por toda a parte as zonas de restrição que impedem as pessoas de chegar ao mar”. As gentes da Costa Vicentina garantem: “Estão a matar os nossos negócios, empresas e a agricultura tradicional”. E, segundo as comissões de pescadores, “a zona está a ser discriminada, em relação a outras zonas do País”. Os mariscadores e pescadores PUB

lembram que “a pesca lúdica serve de complemento aos orçamentos familiares” e que “esta é uma tradição que não se pode perder, uma vez que se trata das vivências de milhares de pessoas, que veem no mar muitas vezes o seu sustento”. Os homens do mar estão ainda descontentes com “a aprovação do Plano de Ordenamento e com a proibição da pesca à quarta-feira e à noite, na zona do Parque Natural”. E explicam: “Estão a retirar-nos tudo o que conhecemos. Estamos, inclusive, proibidos de utilizar instrumentos de mariscar tradicionais”. Os pescadores dizem que “as leis têm de ser iguais para todos” e que “não podem penalizar só alguns”. Neste sentido, garantem que “não se pode negociar o que está mal desde o princípio” e que “a luta é para que as estas leis sejam alteradas, porque são discriminatórias”. As gentes que vivem com os olhos fixados no mar consideram que “a pesca lúdica é um desporto que é do agrado de milhares de pessoas” e que “tem origens populares, não sendo correta a sua proibição”. As comissões e a população defendem ainda que o novo Plano de Ordenamento “dá privilégios ao golfe, aos iates, à agricultura esclavagista e poluente e ao capital sem-rosto, em detrimento de um turismo descentralizado e baseado na capacidade humana local”. Os pescadores, mariscadores e população contam com o apoio de diversas autarquias e garantem que “esta será uma marcha de indignação”.

LUÍS GUERREIRO

A revolta dos homens do mar contra as limitações à apanha de marisco


2 / cadernodois / Diário do Alentejo /13 de maio de 2011

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Dr. José Loff Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA

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CLÍNICA MÉDICA Tm. 967959568 Tel. 284313270 GINÁSIO DA VINCI Tm. 967959568 Tel. 284321592

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3 / cadernodois / Diário do Alentejo /13 de maio de 2011

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Drº Sidónio de Souza – Pneumologia/ Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Drº Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Drª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Drª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Drº Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/ Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Drº Rogério Guerreiro – Naturopatia Drº Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Drª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Drº Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dra. Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Drª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Drª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Drª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Drª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Drª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Drª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/ Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino

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4 / cadernodois / DiĂĄrio do Alentejo /13 de maio de 2011

institucional/diversos Diårio do Alentejo nº 1516 de 13/05/2011 2ª Publicação

Especialista de problemas de amor

DiĂĄrio do Alentejo nÂş 1516 de 13/05/2011 Ăšnica Publicação

COOPERATIVA DE HABITACĂƒO ECONĂ“MICA “LAR PARA TODOSâ€?, C.R.L.

AstrĂłlogo Curandeiro

DR. CĂ‚MARA

BEJA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DIRECĂ‡ĂƒO GERAL DOS IMPOSTOS Serviço de Finanças de BEJA-0248

ANĂšNCIO VENDA E CONVOCAĂ‡ĂƒO DE CREDORES N.Âş da Venda: 0248.2010.12 - metade indivisa do prĂŠdio urbano artÂş 2930, Fracção G, da freguesia do Salvador, concelho de Beja que se destina a habitação sito na rua Dr Teofilo Braga nÂş 56 em Beja com a seguinte descrição: 3Âş andar direito, tipologia T3, composto de 4 divisĂľes , cozinha, 2 instalaçþes sanitĂĄrias, vestĂ­bulo, corredor, despensa, 2 varandas e arrecadação na cave com o nÂş9, com a ĂĄrea bruta privativa de 120,8000 m2 e ĂĄrea bruta dependente 16,7500 m2. Manuel JosĂŠ Borracha PĂłlvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irĂĄ proceder Ă venda por meio de propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.Âş e seguintes do CĂłdigo de Procedimento e de Processo TributĂĄrio (CPPT), do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositĂĄrio(a) o(a) Sr(a) INES MARIA ALVES RODRIGUES CARDOSO, residente em BRAGA, que deverĂĄ mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado (249.Âş/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-05-06 e as 16:00 horas do dia 2011-06-20 O valor base da venda (250.Âş CPPT) ĂŠ de â‚Ź 35.085,14. As propostas deverĂŁo ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finançasâ€?, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhoradosâ€? ou entregues neste Serviço de Finanças, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, mencionando o nĂşmero da venda no envelope e na respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e nĂşmero de identificação fiscal do proponente. O prazo para recepção de propostas termina Ă s 16:00 horas do dia 2011-06-20 procedendo-se Ă sua abertura pelas 10:00 horas do dia 2011-06-21, na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.Âş/a CPPT). NĂŁo serĂŁo consideradas as propostas de valor inferior ao valor base da venda (250.Âş/c CPPT). Se o preço mais elevado, com o limite mĂ­nimo do valor base para venda, for oferecido por mais de um proponente, abre-se licitação entre eles, salvo se declararem que pretendem adquirir o(s) bem(ns) em compropriedade (253.Âş/b CPPT). Estando presente sĂł um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrĂĄrio proceder-se-ĂĄ a sorteio (253.Âş/c CPPT). A totalidade do preço deverĂĄ ser depositada, Ă ordem do ĂłrgĂŁo de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do ĂłrgĂŁo de execução fiscal, sob pena das sançþes previstas na lei do processo civil (256.Âş/e CPPT e 898.Âş CĂłdigo de Processo Civil - CPC). No caso do montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderĂĄ ser autorizado o depĂłsito, no prazo mencionado no parĂĄgrafo anterior, de apenas a uma parte do preço, nĂŁo inferior a um terço, e o restante em atĂŠ 8 meses (256.Âş/f CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal Sobre as TransmissĂľes Onerosas de ImĂłveis, o Imposto do Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anĂşncios e ĂŠditos de 20 dias (239Âş/2 e 242Âş/1 CPPT), contados da 2.ÂŞ publicação (242Âş/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus crĂŠditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240Âş/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.Âş de Processo de Execução Fiscal: 0248200801050486 NIF/NIPC: 234384948 Nome: INES MARIA ALVES RODRIGUES CARDOSO Morada: R CĂ‚NDIDO DE OLIVEIRA NÂş 129 2Âş DTÂş TRAS SĂƒO VICTOR - BRAGA - BRAGA 2011-04-29. O Chefe de Finanças Manuel JosĂŠ Borracha PĂłlvora

CONVOCATĂ“RIA Usando dos poderes que me sĂŁo conferidos pelo Art.°. 28°., n°.1 e em cumprimento do disposto no Artigo 27°. N°.2 dos Estatutos, convoco os sĂłcios da Cooperativa a reunirem-se em Assembleia Geral OrdinĂĄria, no dia 19 de Maio de 2011 pelas 20,30 horas, no salĂŁo da Sede da Cooperativa na AvÂŞ Comandante Ramiro Correia, n°.59 em Beja, a qual terĂĄ a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apresentação, discussĂŁo e votação do Balanço, Contas e RelatĂłrio da Direcção e Parecer do Conselho Fiscal referentes ao exercĂ­cio de 2010. 2. Informaçþes. NĂŁo comparecendo nĂşmero legal de sĂłcios efectuar-se-ĂĄ a Assembleia Ă s 21 horas, com qualquer nĂşmero de sĂłcios. Nota: Os documentos estĂŁo Ă disposição dos sĂłcios na Sede da Cooperativa a partir do dia 16 de Maio de 2011. Beja, 04 de Maio de 2011.

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O Presidente da Mesa Fernando Manuel Marques DionĂ­sio

Diårio do Alentejo nº 1516 de 13/05/2011 1ª Publicação

AMBAAL – ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE MUNICĂ?PIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL

Curso de Formação Inicial para Motoristas de Transporte Colectivo de Crianças e Jovens EstĂŁo abertas as inscriçþes para o Curso de Formação Inicial para Motoristas de Transporte Colectivo de Crianças e Jovens, promovido pela AMBAAL (homologado pelo IMTT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, no âmbito da Lei n.Âş 13/2006 de 16 de Abril). O curso irĂĄ decorrer em Beja, em horĂĄrio laboral, durante o mĂŞs de Junho de 2011. Para mais informaçþes, contacte: AMBAAL – ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE MUNICĂ?PIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Gabinete de Organização e Desenvolvimento Equipa de Formação Tel. 284 310 160 Fax. 284 326 332 E-mail: ambaal.forma@mail.telepac.pt Site:www.ambaal.pt

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6 / cadernodois / Diário do Alentejo /13 de maio de 2011

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Vale de Açor AGRADECIMENTO E MISSA 30º DIA

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CABEÇA GORDA

BALEIZÃO

SÃO MATIAS

Maria Encarnação Cortes (Bia) 10.03.1955 - 23.04.2011

†. Faleceu a Exma. Sra. D. TERESA DE JESUS CANDEIAS, de 88 anos, natural de Santa Maria Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 05, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta Cidade.

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL AUGUSTO FRANCEZ, de 82 anos, natural de Cabeça Gorda Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 06, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. PATROCÍNIA ROSA GALHETO, de 83 anos, natural de Baleizão – Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 07, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. TERESA DE JESUS BORGES, de 88 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 08, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.

ERVIDEL

ALBERNÔA

BEJA

ALBERNÔA/BEJA

Irmãos e restantes familiares, manifestam reconhecidamente o seu profundo agradecimento a todos quantos os acompanharam, ou de qualquer modo manifestaram o seu apoio na cerimónia fúnebre de sua irmã no passado dia 26 de Abril de 2011. Mais se informa que será celebrada Missa do 30º Dia por sua alma no dia 22.05.2011, pelas 12 horas, na Igreja de Vale de Açor.

Beja PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA 30º DIA †. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DO NASCIMENTO BARBOSA, de 93 anos, natural de Ervidel – Aljustrel, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 08, da Casa Mortuária de Ervidel, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. VITÓRIA PATROCÍNIA JORGE, de 91 anos, natural de Albernôa - Beja, casada com o Exmo. Sr. António Joaquim Jorge. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 08, da Casa Mortuária de Albernôa, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. LUÍSA AUGUSTA PINTO SINTRA, de 86 anos, natural de Casével – Castro Verde, casada com o Exmo. Sr. Francisco Gonçalves Sintra. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 09, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta Cidade.

TRIGACHES

TRINDADE

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO CÂNDIDO GUARDA, de 91 anos, natural de Marinha Grande, casado com a Exma. Sra. D. Maria de Lurdes Ferreira dos Reis. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Albernôa, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.

Maria Octávia Parreira Sota Irmã, filhos, netos, bisnetos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 03/05/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.

Maria da Glória Sota Filhos, irmãs, netos, bisnetos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 09/05/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.

Nuno João de Carvalho Cirne N: 02/01/1959 – F: 16/04/2011

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIANA PAULINA BORGE, de 79 anos, natural de São Matias - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL MARTINS FONTAINHA, de 72 anos, natural de Albernôa - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária da Trindade, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO JACINTO DE OLIVEIRA, de 90 anos, natural de Santa Luzia Ourique, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 12, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério desta cidade.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

A família cumpre o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 16/04/2011, e manifesta publicamente o seu agradecimento a todas as pessoas que se associaram a este momento doloroso ou manifestaram o seu pesar. Um agradecimento muito forte aos amigos aficionados, e especialmente ao Grupo de Forcados Amadores de Beja. Será celebrada missa no dia 16/5/2011, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja.

Maria Manuela Godinho Camilo Marido, filhos, irmãos, tios, sobrinhos, primos, sogra, nora e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 07/05/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA. Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A 7830-344 SERPA

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Amigo Inácio Embora do outro lado da vida a tua presença continua a fazer-se sentir no coração dos amigos. A amizade permanece mesmo com o passar do tempo. Será celebrada missa pelo 1º ano do aniversário da sua morte, no dia 18-05-2011, às 18,30 h na Igreja da Sé em Beja.

Recordação 1º ano Doze meses passaram desde o teu desaparecimento, a dor de não te ter aqui é esmagadora a saudade sufocante, seguimos em frente nesta longa e dolorosa caminhada agarrada a memórias e doces lembranças que deixaste, para quem a vida acabou abruptamente, consolando a nossa mana. Descansa em paz, até um dia, te amamos. Das tuas cunhadas, Melciadina, Nduva , Dodocas e dos teus sogros.

1º Ano de eterna saudade O milagre do sonho do teu regresso não acontece. A morte é inevitável e nunca aceite. A saudade é o sentimento que mantém a chama do nosso amor. Só na agonia da despedida fui capaz de compreender a profundidade do nosso amor, a tua vida é uma preciosa memória, a tua ausência é uma dor silenciosa. A saudade que sinto só Deus conhece, o teu sorriso lindo e contagiante encheu as nossas vidas de felicidade. Obrigada por ter sido aquele que foste até um dia que a tua alma descanse em paz. Da sua esposa Mileta


7 / cadernodois / Diário do Alentejo /13 de maio de 2011

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Original exposição na Escola Agrária de Beja

S

ob o tema “Selos postais e florestas” pode ser visitada na Escola Superior Agrária de Beja uma original exposição, que mostra um interessante conjunto de selos, que têm todos em comum o terem sido confecionados em diversos materiais que não o vulgar papel (celulose). A exposição abre com o célebre Penny Black, o primeiro selo no mundo, emitido no Reino Unido em maio de 1840 (selo que encima esta página). Num texto de apoio que nos foi facultado pelo organizador do evento professor Luís Carvalho, cuja autoria partilha com Francisca Maria Fernandes, pode ler-se que “embora os selos postais sejam quase exclusivamente manufaturados com papel (celulose) existem contudo exceções, como o selo helvético emitido a 21 de junho de 2000 e impresso sobre tecido (fig.1) ou o selo austríaco emitido a 19 de junho de 2005 (fig. 2). Este último foi impresso sobre um tecido feito com fibras sintéticas. No dia 7 de setembro de 2004 os correios helvéticos emitiram um outro selo singular, impresso sobre madeira laminada de um pinheiro que tinha cerca de 120 anos no momento em que foi abatido (fig. 3). No dia 9 de maio de 2001 os correios suíços emitiram o primeiro selo com aroma a chocolate em homenagem à sua reputada indústria de chocolate (fig. 4). No dia 28 de novembro de 2007 os CTT – Correios de Portugal fizeram história com a primeira emissão filatélica de um selo impresso sobre cortiça (fig. 5). A 25 de maio de 2004 os serviços postais russos emitiram uma série de selos e um bloco filatélico comemorativos da reabertura da Sala de Âmbar (fig. 6)”. O âmbar foi o material que

Fig. 1

Fig. 2

Fig. 3

Fig. 4

Fig. 5

Fig. 6

serviu de suporte aos selos. Elucida-nos o texto de apoio que “o âmbar russo é uma secreção vegetal fossilizada com cerca de 60 milhões de anos produzida por árvores já extintas (provavelmente próximas dos géneros Agathis e Pinus) e é recolhido nas praias do mar Báltico, sendo utilizado na manufatura de joias e outros objetos de adorno. Sobre a Sala de Âmbar os autores do texto dizem que era “parte integrante do palácio de verão situado em Tsarskoye Selo (Vila do Czar), nos arredores de São Petersburgo (Rússia), foi oferecida (1716) por Frederico Guilherme I, rei da Prússia, ao czar Pedro, o Grande. A sala foi progressivamente ampliada com a adição de painéis de âmbar que cobriam cerca de 55 metros quadrados e cuja manufatura terá exigido cerca de 6000 quilos de âmbar. Durante a II Guerra Mundial os nazis desmontaram-na e tê-la-ão levado para a Prússia Oriental onde terá sido destruída ou, segundo outros autores, se terá perdido. Em 1979 iniciaram-se os trabalhos de reconstrução da Sala de Âmbar que terminaram em 2003.” Este interessante conjunto está acompanhado de outras emissões, nomeadamente da Ordem de Malta, que é o mais pequeno estado soberano da comunidade internacional, do Monte Athos, a única teocracia integrada na União Europeia e que é uma região autónoma grega. Pode apreciar-se ainda uma emissão de Hong Kong, posta em circulação no dia 30 de junho de 1997, o último dia durante o qual este território esteve sob domínio britânico. Como às 00.00 horas do dia seguinte Hong Kong regressou à soberania da República Popular da China, estes selos circularam só durante algumas horas.

YU-GI-OH!, por Kazuki Takahashi, pelas edições Asa. Coisas lá dos japoneses!... Mas, apre, já não há pachorra!

Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha

Com jeito vai... ssa precipitação de alguns dos meus “pares do reino” adjetivarem obras BD de “incontornáveis” (foquei isso na semana passada) frequentemente dá sugestões erradas, donde o seduzirem o público com o gato, dizendo que é

E

lebre... Veja-se antes se as três séries que hoje aqui foco, de géneros bem diferentes e todas elas também das Éditions du Lombard, não serão bem mais apetecíveis como “incontornáveis”... Com jeito vai!

Loin des Siens

Vasco / Intégrale-7

É o quatro volume integral da magnífica série Buddy Longway, sob criação do suíço Derib. Neste álbum, para além do dossiê de abertura, “Buddy et l’Autre Moitié du Ciel”, reúnem-se as narrativas: “Le Vent Sauvage”, “La Robe Noire”, “Hooka-hey” e “Le Dernier Rendez-vous”. Se Derib se começou a notabilizar com a série “Yakari”, foi depois muito mais longe noutras obras isoladas e/ou séries, donde esta que tem por título “Buddy Longway”. Uma saga imensa e emotiva, com um romântico fio de ligação, pelo longínquo e selvagem oeste norte-americano. Saliente-se a notória ternura que Buddy tem pelos cavalos, maravilhosamente desenhados por Derib. “Buddy Longway” é um exemplo de honra da banda desenhada. Aqui sim, a merecida classificação de “incontornável”.

A arte de Gilles Chaillet, argumentista e desenhista, deslumbra-nos com esta série, num retrato rigoroso da Idade Média, com todos os momentos de heroicidades e de vilezas. Chaillet tem duas grandes paixões: a banda desenhada e a História. E pela História brinda-nos com esta série muito especial e muito conseguida, narrando ficcionadamente as aventuras do jovem Vasco, representante do Banco Baglioni de Siena (Itália). Este álbum, sem dúvida “incontornável”, reúne “Le Dogue de Brocéliande”, “Le Clan Mac Douglas” e “Mémoires de Voyages” (onde um Vasco envelhecido recorda e regista as suas aventuras dos tempos de jovem). Dois preciosos dossiês sobre a série encerram este volume a não perder.

Génie du Stop Com argumentos de Bob de Groot e grafismo de Turk, “Génie du Stop” é o 41.º tomo da hilariante série “Léonard”. Terrivelmente divertido e genialmente concebido nas situações “loucas” que apresenta ao leitor. Na vertente humorística (é preciso ter talento para fazer rir o leitor...), a série “Léonard” é, sem dúvida, também “incontornável”. E, com tal valor, não se entende porque não está editada em português!...

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O Bar do Hotel Francis já reabriu! Esperamos por si...


8 / cadernodois / Diรกrio do Alentejo /13 de maio de 2011

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