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DORA NOGUEIRA / JORNAL “I”
João Tordo: o escritor andarilho por terras do Sul págs. 12
SEXTA-FEIRA, 24 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1522 (II Série) | Preço: € 0,90
Substância socialmente aceite preocupa autoridades
Alentejo no topo mundial do consumo de álcool JOSÉ SERRANO
pág. 7
Vale da Rosa
Dina Saraiva substitui Manuel Monge em Beja Manuel Monge pediu a exoneração do cargo de governador civil logo após a tomada de posse do Governo. Miguel Relvas, novo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, disse que os secretários distritais “transitoriamente” assegurarão as funções. pág. 4 PUB
A maior produtora nacional de uvas de mesa está no Alentejo, em Ferreira do Alentejo. A herdade Vale da Rosa já exporta para vários países e é um exemplo de sucesso a nível nacional. Na época de colheita, que decorre entre junho e novembro, emprega cerca de 500 pessoas. A mão-de-obra, essa, chega de vários sítios. Por estes dias, centenas de mãos colhem o fruto famoso por não ter grainhas. págs. 2/3
Começou a maior vindima de sempre
Livros regressam à antiga Desemprego atinge cadeia de Mértola 12 mil pessoas na região Depois de seis anos de obras de ampliação e remodelação do antigo edifício da cadeia, um processo que sofreu vários atrasos, a Biblioteca Municipal de Mértola volta hoje, sexta-feira, a funcionar no espaço onde foi inaugurada em 1992. pág. 10
Os números que o IEFP disponibiliza no sítio oficial não ultrapassa os sete mil desempregados. Casimiro Santos, da União dos Sindicatos de Beja, diz que a realidade é muito diferente e que o total deve atingir os 12 mil. pág. 16
Da medicina veterinária para as uvas
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António Silvestre Ferreira, licenciado em medicina veterinária, é o grande obreiro da herdade Vale da Rosa. Deu aulas e foi agricultor no Brasil e regressou a Portugal depois da morte do pai, para dar continuidade ao projeto agrícola que começou a produzir uvas de mesa na década de 60. “Tornei-me especialista em uva sem grainha e tenho-me dedicado a isso. Para fazermos uma coisa bem temos de investir muito e é isso que eu faço”, conta. A sua variedade preferida, confessa, é a sophia, com sabor a moscatel.
Reportagem
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Portugal consegue produzir produtos de excelente qualidade. O Alentejo tem condições incríveis e tem capacidade para acolher muitos projetos deste género. Nós somos a prova de que é possível. António Ferreira
Herdade Vale da Rosa, em Ferreira do Alentejo
Começou a maior vindima de Portugal A maior produtora nacional de uvas de mesa está no Alentejo e já exporta para vários paí-
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s caminhos de terra batida estão secos. O sol quente enxugou a água que caiu em abundância no inverno e que impediu, muitas vezes, que homens e mulheres conseguissem entrar nos campos que escondem as raízes das videiras da herdade Vale da Rosa, a maior produtora nacional de uvas de mesa, no concelho de Ferreira do Alentejo. A temperatura sobe no termómetro. É o primeiro dia de verão, mas aqui o que mais importa é que este é o primeiro dia que a uva desta colheita sairá para o mercado e os cachos, esses, têm de estar perfeitos e, sobretudo, saborosos. É o verdadeiro pontapé de saída na herdade, que se tornou famosa por produzir e ser especialista em uvas sem grainha. Começou a maior vindima de Portugal, e em solo alentejano, no concelho de Ferreira do Alentejo, que volta a celebrar a Feira Nacional da Água e do Regadio, entre hoje, sexta-feira, e domingo, 26. O regadio é, na verdade, o principal responsável pela continuação e crescimento de produção agrícola no concelho e na herdade Vale da Rosa já se perspetiva a chegada da água de Alqueva, a verdadeira garantia de futuro. Aqui, a vista, a um primeiro olhar, alcança uma imensidão de plásticos e redes, que se erguem em estruturas. Os entendidos dizem tratar-se do sistema pérgula. Que é como quem diz: vinhas altas e protegidas. Mas a um segundo olhar mais atento descobrem-se os aclamados cachos que parecem cair do céu, ostentando bagos de cor branca e tinta. São as uvas beijadas pelo sol do Alentejo. Imagine-se 230 campos de futebol cobertos por plástico e no chão cerca de 300 mil pés de parreiras. É esta a dimensão e a imagem que melhor descreve a herdade Vale da Rosa. Depois é a uva de qualidade quem mais ordena. São os mesmos caminhos de terra batida, tantas vezes percorridos pelos trabalhadores do campo, que levam às videiras
ses. Um verdadeiro exemplo a nível nacional. A especialidade da casa é a uva sem grainha e António Ferreira, proprietário da herdade Vale da Rosa, licenciado em medicina veterinária, apaixonou-se pelo fruto que continua a dar frutos. A maior vindima de Portugal começou em solo alentejano, no concelho de Ferreira do Alentejo, que celebra, entre hoje e domingo, a Feira Nacional da Água e do Regadio. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano
carregadas de fruto. Os altifalantes, instalados aqui e ali, projetam o chiar imponente das águias. O som repete-se constantemente e, por vezes, é acompanhado por o som de um disparo de canhão. Tudo para afastar os estorninhos, pássaro que aparece em abundância à procura do fruto. “São uns patifes”, conta, entre sorrisos, António Ferreira, administrador da herdade, enquanto dirige o seu carro que avança entre as parreiras. O investidor agrícola dedica-se à produção de uvas de mesa de alma e coração. O gosto chegou-lhe cedo e foi-lhe transmitido pelo seu pai e também pelo seu avô. O sonho de António Ferreira é que os filhos também se apaixonem pela produção e que sigam com o projeto, que já dá cartas a nível internacional e que é um verdadeiro exemplo a nível nacional. “Portugal consegue produzir produtos de excelente qualidade. O Alentejo tem condições incríveis e tem capacidade para acolher muitos projetos deste género. Nós somos a prova de que é possível. É preciso é que os agricultores invistam”, considera António Ferreira. Vale da Rosa exporta cada vez mais Os sons da águia continuam
a ser reproduzidos e, depois, segue-se o barulho de um estorninho em aflição. Tudo para afastar e inibir a bicharada. Mas, por estes dias, o que mais se ouve na herdade Vale da Rosa são as conversas de homens e mulheres que avançam entre as videiras e que recolhem cuidadosamente os cachos, que irão ser colocados à venda no mercado nacional e internacional. As tesouras cortam minuciosamente e no chão repousam as caixas, com a identificação da marca da herdade, que receberão a colheita. A vindima quer-se feita à base de muita amabilidade. Primeiro porque se trata da colheita de uvas de mesa e, depois, porque, como diz o ditado, “os olhos são os primeiros
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Feira da Água e do Regadio dá destaque ao azeite
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a comer”. São, por isso, as mãos delicadas de várias mulheres que maioritariamente as colhem. Liliana Santos, uma das muitas vindimadoras, observa com atenção os cachos e tocas-lhe cuidadosamente. Pela cor consegue perceber se as uvas estão maduras. O chapéu envergado na cabeça protege-a do pouco sol que entra entre as parreiras. A temperatura, debaixo das videiras, está fresca, mas o suor do trabalho já lhe escorre pela cara. Liliana garante: “Gosto do que faço”. A tradição da vindima já lhe está vincada no corpo. Um pouco mais à frente com os olhos postos no topo da videira está Mariana Fortunata, uma das funcionárias mais antigas da herdade. Anda nesta vida há 11 anos. As roupas pretas escondem-lhe o corpo e o chapéu apenas lhe deixa uns fios de cabelo à mostra. “Aqui temos de ter muitos cuidados e muita atenção. A herdade é conhecida por produzir uvas de muita qualidade e nada pode falhar. Tudo é controlado até ao ínfimo pormenor”, conta a mulher, que concorda com esta “maneira de estar no mercado”. António Ferreira todos os dias está no campo e diz: “Não pode ser de outra maneira. Só evoluímos com muito trabalho. Tenho de ser o primeiro a chegar e o último a sair”. Faz uma pausa e avisa as mulheres: “Por favor, na dúvida não colham. Vejam se a uva está mesmo escura, porque só nesse caso é que estará doce. Não temos pressa”. O homem desvia-se e chama um dos encarregados.“É preciso investir na formação a toda a hora. Parem, falem e digam às pessoas como se faz”, recomenda. “No que diz respeito às uvas de mesa, julgo que não há ning uém que traba l he assim. Quando o fruto sai das parreiras é protegido com um filme e com uma rede, de modo a que a uva não apanhe poeiras e sol. Digamos que esta é uma forma sofisticada de produzir uvas de mesa. É o top. O máximo que se
erreira do Alentejo está em festa. A água e o regadio são o centro de todas as atenções, mas a produção agrícola está a crescer no concelho e os tempos “são de otimismo”. Alqueva está a chamar cada vez mais investidores e, neste momento, o concelho quer afirmar-se como a capital do azeite. O pontapé de saída vai ser dado na Feira Nacional da Água e do Regadio, que começa hoje e prolongar-se-á até domingo, no Parque de Exposições e Feiras. “Resolvemos apostar de forma muito forte e significativa na promoção do setor do azeite, que está em franca expansão no concelho”, adianta Aníbal Costa, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo. E acrescenta: “O concelho é o maior produtor de azeite do País e isso é extremamente importante para o desenvolvimento do nosso território”. A autarquia, organizadora do evento, garante que “têm sido feitos esforços para fomentar o setor do azeite e que a promoção tem sido feita em importantes certames da região, como a Ovibeja e a Feira do Campo Alentejano”. A Feira da Água e do Regadio, o principal certame do concelho, não poderia ficar de fora e será certamente uma montra privilegiada.
Para Aníbal Costa, “esta é uma indústria que dinamiza o concelho, dando-lhe dignidade e importância, e que estimula a empregabilidade”. O autarca espera, assim, que “esta feira consiga promover todas as potencialidades do concelho”, que se quer destacar como “um território de grande atratividade”. A feira, para além da vertente de negócios, também se assume como um espaço de encontro geracional e a autarquia preparou diversos espaços, onde se vão cruzar diversas gerações, privilegiando a partilha. O certame contará com 150 expositores e, entre outras atividades, estão agendadas provas comentadas de azeite, workshops, artesanato ao vivo e diversas iniciativas de animação. Destaque ainda para o III Encontro sobre Emprego, Empreendedorismo e Formação, para a II Feira Sénior, para o pavilhão institucional e para o espaço comercial. A animação musical encontra-se a cargo de Morango Tango (sexta-feira, 22 horas), Virgem Suta (sábado, 22 horas) e Banda Lusa (domingo, 22 horas). As entradas são gratuitas. Bruna Soares
pode fazer”, conta com orgulho António Ferreira. Uma das principais dificuldades da herdade é encontrar mãode-obra para a época da colheita, que começa em junho e se prolonga até novembro, e, neste sentido, todos os dias são fretados autocarros para ir buscar gente a vários locais. Em Vale da Rosa encontram-se trabalhadores do concelho, mas também de Vila Verde de Ficalho, Vila Nova de São Bento, Mértola e Vila Real de Santo António, entre outros. Sem esquecer a mão-de-obra estrangeira, onde se destaca Espanha e Tailândia. “Durante o ano, normalmente, empregamos 300 pessoas. Na altura da colheita o número passa para as 500. Podemos dizer que somos o maior empregador agrícola na região. Colhemos durante mais tempo do que o normal”, afirma António Ferreira. Este ano “a uva está boa” e o investidor garante: “Acredito que este seja o nosso melhor ano de sempre”. Até porque, a herdade Vale da Rosa tem “sido muito procurada por clientes dos mercados externos”. “No último mês, por exemplo, fomos visitados por 20 pessoas de diferentes países, com o desejo de comprarem as nossas uvas”. A empresa já exporta para Inglaterra, França, Alemanha, Polónia, países do norte da Europa e Angola. “Fazemos seleções para produzir uvas de qualidade muito exaltada. Normalmente fazemos três seleções, uma antes da f loração, outra na fase de engrossamento (quando a uva está a ser criada) e outra na fase do pintor (quando a uva começa a mudar de cor)”, diz o proprietário. E este parece ser um dos ingredientes da receita para o sucesso. Na herdade, os homens continuam a passar carregados de caixas e um deles veste uma camisola com o Jim Morrison estampado onde pode ler-se Come on… Vale da Rosa.
Estado vende património no Alentejo
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Hoje Editorial Moedas
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O Ministério das Finanças, lançou, quarta-feira, a maior venda de sempre de imóveis do Estado junto do mercado. Trata-se de alienar 39 imóveis cuja base de licitação é, no total, de 7,7 milhões de euros. No distrito de Beja são três as propriedades
Acho muito positivo o fim dos governos civis. Todos sabemos que temos de poupar e os governadores civis, para além dos passaportes, pouco mais atividade tinham do que colocar os afilhados nos lugares disponíveis. Sempre que havia uma vaga eram ouvidos e faziam valer a sua influência. O povo português não pode pagar mais carros pretos, nem mais choferes, nem mais secretárias louras. Castro e Brito, presidente da Faaba
Dina Saraiva em Beja até à extinção do Governo Civil
Governador não quis ser “ativo tóxico”
Paulo Barriga
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á um princípio económico fundamental que diz que a má moeda tende a expulsar do mercado a boa moeda. Fundamental, depois de Cavaco Silva o ter banalizado entre nós ao colocar na face da má moeda o busto de Santana Lopes. Lembram-se? Cavaco a sovar um primeiro-ministro do seu próprio partido. O PSD é assim mesmo e ninguém leva propriamente a mal. Nunca se deram, não se dão e dificilmente se virão a dar. É consabido: este partido é o tal saco de gatos que se assanham a cada nova baronia que é internamente aclamada. Mesmo agora que se desfez a profecia do fundador – um presidente, uma maioria e um governo – não é crível que as coisas atinem de um dia para o outro. Tanto mais que Passos Coelho é um jovem barão que chegou ao paço com muito pouco ou quase nada para distribuir pelos cortesãos. Ainda assim, Cavaco, o Pai omnisciente da santa trindade social-democrata, acha que com um nadinha de sorte, embora correndo “riscos catastróficos”, o novo primeiro-ministro poderá vir a cunhar uma boa moeda. Até porque ao seu lado tem o Moedas, o de Beja, o nosso. E é a efígie desse que nos assalta quando lembramos uma das muitas ideias assustadoras que Passos Coelho foi vazando ao longo da última campanha eleitoral: a privatização da RTP. Que aparentemente não tem nada a ver connosco, tirando o pequeno pormenor de o “Diário do Alentejo” ser um dos dois derradeiro jornais públicos portugueses. Uma lei que se invente para privatizar a Rádio e Televisão de Portugal incluirá, inevitavelmente, o “Jornal da Madeira” e o “Diário do Alentejo”. Acontece que o “DA” é o único que não tem personalidade jurídica. Não existe, propriamente. É apenas um título. Logo, um bem não transacionável. Que assim poderá ter os dias contados (lalag garto! lagarto! lagarto!). E não deixaria de ser curioso particularmen triste e particularmente Moeda a assiver Carlos Moedas nar o despacho que q liquidará o jornal que foi tudo pa e onde para o seu pai o seu pai foi f tudo. Tudo será bom ou mau, Mo Moedas?
que vão a leilão: um T3 na rua Pablo Neruda, em Beja, por 50 000,00 euros; a antiga Tesouraria da Fazenda Pública de Ourique, por 103 800,00; e um primeiro andar na rua do Cinema, em Almodôvar, cuja base é de 192 500,00 euros.
Assim que Cavaco Silva assinou a ata da tomada de posse do XIX Governo Constitucional, presidido por Passos Coelho, e ainda antes dos discursos da praxe, Manuel Monge deu ordem aos serviços para fazerem seguir o fax, onde pedia a exoneração do cargo de governador civil de Beja, ao novo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.
“O
s governos civis foram sendo esvaziados das suas competências administrativas” e assistiram “à criação de um clima de desprestígio” do órgão transformando-o numa espécie de “ativo tóxico”, disse ao “Diário do Alentejo” o general Manuel Monge, após apresentar a sua demissão. O agora demissionário governador civil não precisou de ouvir Passos Coelho anunciar a extinção
dos governos civis para tomar a decisão. “Quem não se sente, não é filho de boa gente. Aquilo que disseram durante a campanha” foi o suficiente para levar a esta tomada de posição. Manuel Monge acusa todos os partidos, “à exceção do PCP”, de considerarem o órgão a que presidia “uma parte do problema e não da solução”. “Daqui a seis meses vão ver onde estão metidos”, avisa o governador civil que alerta para os problemas ao nível da proteção civil – incêndios incluídos – chamando à atenção para o facto de ter um orçamento “mais pequeno do que a mais pequena das câmaras municipais” do País. O ainda governador civil considera que as competências retiradas aos governos civis para as atribuir aos municípios foram “presentes envenenados” que só vieram criar pro-
blemas aos autarcas. No entanto, apesar das muitas críticas, e após seis anos em exercício, Manuel Monge acha positivo que os governos civis tenham perdido a tutela sobre os municípios, “órgãos eleitos democraticamente”. Dos 18 governadores civis, pelo menos seis (Faro, Lisboa, Braga, Viseu, Santarém e Beja) nas horas que se seguiram à posse do Governo apresentaram a sua demissão. Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, anunciou, no próprio dia da posse, que o Governo vai nomear “transitoriamente” os secretários distritais para os cargos já que – segundo declarações ao “Público” – “sem governadores aquilo funciona, sem os secretários é que não”. Em Beja, deverá ser Dina Saraiva a ocupar o lugar de Manuel Monge até à extinção dos governos civis.
Castro e Brito contente com nova ministra da Agricultura
O fim da era da patilha e da bota caneleira
E
m declarações ao “Diário do Alentejo”, numa apreciação ao novo governo que tomou posse na terça-feira, o presidente da Federação de Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (Faaba) considera “muita positiva” a nomeação de uma mulher para a pasta da Agricultura, “pelo que isso pode significar de mudança na forma como se olha para o setor”. “Pode ter um efeito renovador, que contrarie a péssima imagem do agricultor, enquanto marialva e possuidor de uma mentalidade retrógrada. Não é a maioria, mas lá que os há, há. E é bom que esta imagem se quebre e que tenhamos uma mulher como ministra. As mulheres, para além de terem os mesmos direitos dos homens em ocuparem qualquer cargo, têm também, em muitos casos, um maior conhecimento e uma maior capacidade de trabalho”, referiu Castro e Brito.
O facto de Assunção Cristas vir da área do Direito, sem quaisquer conhecimentos dos dossiês agrícolas, “até pode ser uma vantagem”, diz o presidente da Faaba, dando como exemplo o caso do anterior ministro António Serrano. “O que é preciso é saber gerir e ter força política. O facto da ministra controlar o grosso dos fundos comunitários poderá ser importante, uma vez que há dinheiro que não está a ser utilizado nalguns programas e que poderá ser canalizado para a agricultura onde existem grandes intenções de investimento”. Por isso, há que ter “esperança neste novo governo”, diz Castro e Brito, para quem os resultados da atuação da ministra da Agricultura “serão bons” desde que Assunção Cristas “continue o trabalho de modernização da agricultura, aproveitando o atual quadro comunitário de apoio na grande transformação do sequeiro para o regadio,
que está em curso, mas também na continuação da aposta na florestação, sem esquecer o sequeiro e o extensivo tradicionais”. Carlos Moedas Em relação a Carlos
Moedas, Castro e Brito considera: “Assumiu-se como bejense e como alentejano, candidatando-se pelo circulo de Beja, onde a sua eleição podia não ter acontecido. Dado o seu peso político, que hoje sabemos que tem, poderia ter sido candidato por qualquer distrito onde a sua eleição estivesse mais facilitada. Fê-lo por aqui e demonstrou que está com a região, quis regressar às origens. É um homem novo, muito trabalhador e conhecedor do mundo e dos meios económicos, e vai ser uma grande-mais valia para o distrito dada a sua ligação ao primeiro-ministro e ao facto de estar na primeira linha das tomadas de decisão”.
No âmbito da modernização administrativa em curso, com o objetivo de imprimir significativas melhorias na relação da autarquia com os cidadãos, foram colocados, na quarta-feira, mais três terminais de multibanco em espaços municipais, nomeadamente no Pax Julia, no parque de campismo e nas piscinas descobertas.
Férias e tempos livres para crianças e jovens de Aljustrel O programa municipal de férias e tempos livres para crianças e jovens do concelho de Aljustrel já tem as inscrições abertas. Trata-se do novo programa de verão, articulado entre todos os serviços
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Mais terminais multibanco em edifícios municipais
municipais, de modo a que as crianças e jovens do concelho possam ocupar os seus tempos livres com atividades diversificadas. As atividades são de caráter educativo, cultural, desportivo, recreativo e de ocupação de tempos livres e decorrem de 27 de junho a 9 de setembro.
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Bloco de Esquerda faz autocrítica à derrota eleitoral
Pelas ruas da amargura A
Assembleia Distrital de Beja do Bloco de Esquerda (BE), reunida no passado dia 19, fez o balanço das últimas eleições legislativas e admitiu “uma derrota eleitoral inequívoca”, quer ao nível nacional, quer distrital, e afirma que “reconhecer a dimensão da derrota é o primeiro passo para o superar”. Para isso, Alberto Matos, coordenador distrital do BE, anunciou “um debate interno tão profundo quanto possível”. A estrutura distrital do BE aponta como razões para o desaire eleitoral a “chantagem da bancarrota iminente” e o “clima de medo que dificultou a passaPUB
gem das mensagens alternativas à esquerda”. Os “bloquistas” de Beja consideram ainda que o BE “foi penalizado pela colagem de Sócrates a Alegre” e pelo regresso do excandidato presidencial à comissão política do PS. Alberto Matos, em declarações ao “Diário do Alentejo”, manifesta-se contra a opinião de Miguel Portas, em entrevista ao “I”, onde defende o abandono da direção por parte dos quatro fundadores do BE, incluindo ele próprio. “Ao contrário do PS, o BE não deve mudar de caras para ficar tudo na mesma”, defende
o dirigente distrital que afirma que a saída de Francisco Louçã, Luís Fazenda, Fernando Rosas e Miguel Portas equivaleria “à decapitação do Bloco”. Matos diz que o “processo que o BE está a encetar, sendo coletivo, não se esgota na mudança do chefe”, e lembra que recentemente já houve mudanças na direção nacional e que “a renovação de quadros vai continuar”. Para atestar esta sua convicção, revelou ao “DA”, que quer Fazenda, quer Louça, lhe disseram que iniciaram agora o seu último mandato como deputados Aníbal Fernandes
Diário do Alentejo nº 1522 de 24/06/2011 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE BARRANCOS
EDITAL N° 20/2011 (Discussão pública da 2° alteração do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Barrancos) Dr. ANTÓNIO PICA TERENO, presidente da Câmara Municipal de Barrancos: TORNA público, em cumprimento da deliberação n.° 075/CM/2011, de 20 de Junho, que nos termos e para os efeitos previstos nas alíneas 8 e 9 do artigo 4.° da Resolução n.° 25/2008 de 18 de Julho, se encontra em discussão pública a 2.ª alteração do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Barrancos, por um prazo de 30 (trinta) dias. Os interessados podem consultar o Plano na Divisão de Obras e Serviços Urbanos, sita no Edifício dos Paços do Município, durante o horário normal de expediente e no sítio electrónico deste Município (www.cmbarrancos.pt), e devem dirigir por escrito as suas sugestões e/ou propostas ao presidente da Câmara Municipal de Barrancos, para Praça do Município, n° 2, 7230-030 Barrancos, dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do presente edital no Jornal “Diário do Alentejo”. Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais públicos do costume. Paços do Município de Barrancos, 20 de Junho de 2011. O Presidente Dr. António Pica Tereno
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Câmara de Beja adere ao Simplex Autárquico
A Câmara Municipal de Beja, à semelhança de outras autarquias, no âmbito do Programa do Simplex Autárquico, aderiu ao projecto “A Minha Rua”. Segundo a autarquia, “este projeto apresenta-se como uma ferramenta interativa de enorme utilidade pública, que permite ao cidadão reportar as mais variadas ocorrências que
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vai observando na sua cidade, bairro ou rua (desde iluminação, jardins, passeios, sinalética, veículos abandonados, recolha de lixo, entre outras situações), de forma simples, cómoda e sem quaisquer custos”. Esta ferramenta encontra-se disponível em www.cm-beja.pt ou www.portaldocidadao.pt/portal/aminharua/.
é o número de profissionais pertencentes ao núcleo do Baixo Alentejo da Ordem dos Arquitetos, que vai encerrar ao fim de oito anos.
Núcleo do Baixo Alentejo vai ser extinto
O núcleo do Baixo Alentejo da Ordem dos Arquitetos, que funciona desde 2003 com sede em Beja, vai ser extinto. Os seus mais de 100 membros defendem em seu lugar a criação de uma delegação, com competências alargadas, face às novas responsabilidades que se colocam à classe nos próximos anos.
JOSÉ SERRANO
Arquitetos querem delegação da Ordem
Texto Carla Ferreira
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ace aos “desafios” que o futuro reserva ao exercício da arquitetura em Portugal, foi decidida a extinção do núcleo do Baixo Alentejo da Ordem dos Arquitetos, que funcionava desde 2003, e defendida a sua reconversão para o modelo de delegação. O desaparecimento da estrutura, tido como “inevitável”, bem como a solução alternativa, foram discutidos numa assembleia recente entre membros, em que ficou clara a necessidade de se fazer uma escolha entre dois caminhos. Ou os
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núcleos se mantêm como tal, funcionando como meros “grupo de trabalho” que podem candidatar projetos específicos a financiamentos por parte da Ordem; ou passam a delegação, com “condições físicas e logísticas, podendo
assumir algumas competências que lhe serão delegadas pela secção regional sul da Ordem”, informou Nuno Moquenco, presidente da estrutura em extinção. Como delegação, o organismo ultrapassaria as competências es-
tritamente “de âmbito cultural e de divulgação da arquitetura” que o núcleo assumia – ao longo de oito anos foram realizadas mais de 30 iniciativas de natureza informativa, formativa, cultural e institucional. Mas, sublinha o arquiteto, este “é um processo que tem que ser negociado com a própria secção regional sul, porque nós não podemos ter todas as competências que tem uma delegação noutra parte do País, dado o nosso número de membros, que não é assim tão elevado, apesar do aumento muito significativo do número de arquitetos que desenvolvem a sua atividade na região”. No território dos 14 concelhos do distrito de Beja, contam-se hoje mais de uma centena de inscritos (105) no núcleo, quando, em 2003, eram “quarenta e muitos”. É também por isso que, para Nuno Moquenco, o projeto de delegação está a ter “uma recetividade grande” por parte da Ordem dos Arquitetos. Perante a “subida exponencial” nacional do número
de profissionais da área, “faz todo o sentido que a Ordem liberte a logística que tem em Lisboa e passe a estar presente em todo o território”. Por outro lado, adianta o dirigente, desenham-se “desafios enormes” para a classe nos próximos tempos. Dentro de cerca de três anos, segundo o novo quadro legislativo, só os arquitetos serão responsáveis pelos projetos de arquitetura, o que faz recair “em nós a responsabilidade sobre o que se faz no território”, refere o responsável. Além disso, a implementação futura de uma Política Nacional de Arquitetura, assim como a própria alteração do regime de validação dos projetos de arquitetura (avaliação técnica, feita pela própria Ordem, e não política, pelas autarquias), como já acontece na maioria dos países da União Europeia, impõem “um papel mais ativo da classe” e uma “maior presença efetiva da Ordem junto dos seus membros, das instituições e dos cidadãos”.
A grande maioria dos utentes acompanhados atualmente pela Equipa de Tratamento do Centro de Respostas Integradas do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral é do sexo masculino (87 por cento) e situa-se na faixa etária dos 35 aos 39 anos. Quarenta e nove
900 utentes em tratamento no CRI do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral A Equipa de Tratamento do Centro de Respostas Integradas do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral tem atualmente 900 utentes ativos em tratamento, sendo que 110 têm problemas ligados ao consumo de álcool. Este programa de antagonista opiáceo destina-se “a indivíduos organizados,
por cento dos homens são solteiros. Em termos de habilitações literárias lidera o 2.º ciclo (32 por cento), seguido do 1.º ciclo (26 por cento) e 3.º ciclo (21 por cento). A esmagadora maioria “está desempregada ou tem ocupações ocasionais”.
abstinentes de heroína, a quem são prescritos medicamentos bloqueadores dos recetores opiáceos”. O CRI acompanha ainda 531 utentes em programa de substituição opiácia, vulgo metadona, “que pretende estabilizar e organizar o utente de forma a retirar o sofrimento físico pela falta de heroína”. A esmagadora maioria destes utentes “mantem-se em metadona durante muitos
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Homens, na casa dos 30 e desempregados
anos”, acabando por nunca passar para a fase de tratamento. João Sardica, o diretor do CRI, realça ainda que “existem pessoas que continuarão a consumir e que nunca se irão aproximar de uma estrutura de tratamento, porque não estão motivados para tal”. A maioria dos utentes é originária do concelho de Beja, seguindo-se “imediatamente” Ferreira do Alentejo e Aljustrel.
Mais substâncias ilícitas em Ferreira
Consumo de álcool alarmante no Alentejo O álcool é a droga, ainda que lícita, que está no topo das preocupações do Centro de Respostas Integradas do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral do Instituto da Droga e da Toxicodependência. Em segundo aparece a ilícita cannabis, “uma substância perigosíssima para o organismo”, “nada inócua”, ao contrário “do que muitos querem fazer crer”. Domingo, 26, assinala-se o Dia Mundial de Luta contra a Droga. Texto Nélia Pedrosa Ilustração Paulo Monteiro
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consumo de substâncias ilícitas no distrito de Beja “está estabilizado, ou mesmo a diminuir”, “em linha com o que se passa” no País e na restante Europa. O grande problema reside atualmente numa droga lícita, o álcool, cujo consumo continua a aumentar, diz o diretor do Centro de Respostas Integradas do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (CRI) do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), entidade que integra há cerca de ano e meio a Rede de Referenciação do Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool. “Há duas décadas dizia-se: ‘os velhos e o álcool, os jovens e a droga’. Hoje diz-se: ‘os jovens e o álcool, os velhos e a droga”, frisa João Sardica, lembrando que “Portugal, e o Alentejo em particular, têm os consumos mais elevados per capita de bebidas da Europa e do Mundo”, o que acaba “por ter uma repercussão muito grande em termos de saúde pública”. Problemático é ainda o facto de os jovens “se iniciarem no álcool cada vez mais cedo”, antecipando “assim tudo, nomeadamente as patologias associadas ao consumo do álcool”, esclarece o responsável, salientando que o álcool também “merece especial atenção” pelo facto de se “tratar de uma substância socialmente aceite e culturalmente inserida na sociedade portuguesa” e de existir “um fator de casualidade entre o consumo de álcool e a sinistralidade rodoviária, acidentes de trabalho, cirroses hepáticas, absentismo laboral, comportamentos sexuais de risco, gravidez na adolescência e violência, entre outras”. O diretor do CRI diz ainda que se vem assistindo a uma alteração dos padrões de consumo, “passando-se de um padrão tradicionalista para um padrão consumista”, numa clara influência “do modelo anglo-saxónico”. “Antigamente o consumo [de álcool] era mais habitual no homem, agora já não é assim; bebia-se mais vinho e cerveja, hoje são mais as bebidas destiladas;
bebia-se mais em ocasiões especiais, hoje bebese de uma forma natural”. O responsável frisa, no entanto, que não são contra o álcool, “numa postura fundamentalista”, são sim “pelo consumo responsável”. Heroína está a “ficar fora de moda” A estabilização verificada no consumo de drogas ilícitas no distrito é fruto, segundo as palavras de João Sardica, “da conjugação de esforços de várias entidades, numa perspetiva de responsabilidades partilhadas e do grande investimento que o IDT tem feito nos últimos anos na oferta de respostas terapêuticas e na formação e atualização dos seus quadros”. A situação de Beja, no que toca ao consumo de drogas ilícitas, não é assim “preocupante” e leva “a encarar o futuro com algum otimismo, mas sempre atentos e sem desmoralizar, sabendo interpretar os sinais dos tempos, os novos
padrões de consumo e encontrando as soluções mais adequadas”, acrescenta o diretor do CRI. Em termos de substância de eleição no distrito, o topo da tabela é ocupado, também à semelhança do que acontece na Europa, “pela cannabis”, porque “existe uma grande disponibilidade desta droga no mercado europeu, apesar das apreensões anuais, que rondam as 1000 toneladas”. Em segundo lugar aparece a cocaína, cujos consumos registam “um relativo aumento”, e em terceiro a heroína “que apresenta um ligeiro decréscimo”. A heroína está mesmo a “ficar fora de moda”, diz o responsável, justificando esta diminuição com o facto de os jovens não se reverem na imagem negativa que é associada aos heroinodependentes – “indivíduos com baixa autoestima, arrumadores de carros, com aspeto físico degradante”. Em quarto aparece o “uso abusivo de medicamentos”. Ainda em relação à cannabis, “o facto de estar mais acessível que outras substâncias – Portugal está muito próximo do maior centro de produção, que é o norte de África – e de existirem alguns mitos, errados, de que consumir cannabis não comporta riscos” fazem com que seja a substância que “mais preocupações levante” atualmente. “É uma substância perigosíssima para o organismo, geradora de crises de ansiedade, ataques de pânico e sintomas psicóticos. Não é uma droga inócua como muitos
querem fazer crer”. As novas substâncias, como as drogas sintética, “não têm grande expressão no distrito de Beja”, refere João Sardica. Este tipo de droga tem “atualmente uma maior presença nas grandes metrópoles, junto aos grandes espaços de diversão noturna e nas zonas do Litoral”, o que leva o PUB
responsável a dizer que existe no distrito “um certo conservadorismo dos consumidores em relação às drogas tradicionais”. Em termos concelhios, Ferreira do Alentejo é o que se destaca, “proporcionalmente em termos de maior consumo de substâncias ilícitas”, mas “não comparável com outras regiões do País, essas sim verdadeiramente problemáticas”. Para esta situação contribui “uma multiplicidade de fatores, nomeadamente a centralidade do concelho em termos rodoviários: perto da A2, do IP8 para ligação ao Litoral e à fronteira de Espanha”, diz o diretor do CRI. No terreno foi já implementado há cerca de um ano um programa de respostas integradas, financiado pelo IDT e executado pela Esdime, que irá “contribuir para alterar de forma positiva a situação existente”, assegura João Sardica.
Diário do Alentejo 24 junho 2011
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“Dedico este meu momento de alegria a todas as mulheres. Sobretudo às mulheres anónimas e oprimidas. (…) Que orgulho, senhores deputados, e que responsabilidade que é estarmos aqui”, Assunção Esteves, discurso da posse da nova presidente da AR, citado do “Diário de Notícias”, 22 de junho de 2011
Opinião
Vida de cão (de raça) Nuno Figueiredo Músico
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omos um povo singular, cheio de raça e graça. Um género de crianças em ponto grande – uns mariolas – cheios de tiques, duma “bipolaridade” desconcertante – capazes das maiores audácias e das mais tristes desventuras –, tudo isto num país tão pequenino… Consumidores ávidos, necessitamos de gadgets como de ar para viver, ele é plasma na sala – e dos grandes – para os amigos pasmarem nos dias de festa, plasma na cozinha, para qualquer eventualidade, plasma no quarto, para criar clima antes de dormir, plasma na casa de banho, para o dia em que tivermos tempo de gozar o jacuzzi ainda por estrear. Mas pelo menos podemos dizer em alto e bom som que os possuímos. Isso dá-nos power! Temos isso, meia dúzia de computadores, consolas, Internet, telemóveis, GPS, 200 canais de TV, dois milhões de músicas à distância dum clique, máquinas inteligentes de refrigeração, de café, vários carros, jardim, relvado, piscina, sauna, garrafeira… Ufff! Só não temos tempo para gozar tudo isto. Coisa esperta! Quem é que consegue entender? Curiosamente, muitos como nós... Naturalmente, lá vem o dia em que chega a depressão, que é como quem diz, chega o momento em que, após pararmos para pensar uns minutos na vida, percebemos que ela está toda ao contrário. E tudo isto porque, sem darmos conta, fomos como burro atrás de cenoura, abrilhantando o ego, exorcizando frustrações, presenteando-nos com muito mais do que o que podíamos ter. Não é que haja mal em se querer ter coisas, mas o ideal é que as possamos gozar, o que raramente acontece. Lamentavelmente, a condição a que por regra nós, os mariolas, conseguimos chegar, é a um novo-riquismo atafulhado em contratos de alíneas traiçoeiras, que nos sufocam dia após dia… Vale-nos o facto da vida continuar, não raras vezes, com toda a quinquilharia tecnológica encostada a um canto a encher-se de pó. As festas não q nunca há acontecem pporque Consequente vagar. Consequentemente, ninguém nos gaba os plasmas, o jacuzzi, a piscina… Os nossos amigos meteram-nos na prateleira, tal qua qual as cassetes, CD e livros lh vão que lhes saind nas saindo revi revistas de fim de sema mana, po porque
No Dia Internacional da Luta Contra o Uso e Tráfico de Drogas já não é mau sabermos que o CONSUMO DE ESTUPEFACIENTES estabilizou na região de Beja. O que não quer dizer que não seja preocupante a existência de focos de consumo, como é o caso de Ferreira do Alentejo. PB
Independentemente do resultado, estou convencido de que o ciclo político dos chamados fundadores do Bloco chegou ao fim no dia 5 de junho. (…) Defendo que a renovação tem de passar pela saída dos quatro fundadores. (…) Dito isto, isso não significa que o Bloco fique órfão. Pelo contrário, a única maneira de o BE evitar isso é ter a inteligência de fazer essa renovação no tempo certo. Miguel Portas, entrevista ao jornal “I”, 22 de junho de 2011
não há tempo. Andam na labuta para sustentar os luxos… Mas lá vem o dia em que regressa a euforia e com ela sol, calor, verão, praia. Por falar em praia, também lá temos uma casinha. Pois está claro. Em agosto gozámo-la à grande! A rotina, essa, persegue-nos… As mesmas caras todos os anos, as mesmas conversas, os mesmos tristes passeios nas renovadas marginais… É o mês em que engordamos a pança e o ego, com a permanente gabarolice e o desfile de vaidades que nos custa anos de uma vida, tantas vezes pior que a do nosso cão… Brinde a vós!
Com um brilhozinho nos olhos
esta matéria; Apesar da delicadeza do caso, Pedro Passos Coelho manteve a sua palavra e apresentou Fernando Nobre como o candidato do PSD à Assembleia da República. Ganhou a sua primeira derrota. Tal como o copo meio cheio ou meio vazio, também poderemos fazer duas leituras. De qualquer modo, apesar deste convite antecipado não ter merecido a minha simpatia, esta posição faz-me perguntar: será que é possível voltar a acreditar? Gosto de ser surpreendida, de forma positiva, de preferência! Estes sinais fazem-me, apesar de tudo, ficar “com um brilhozinho nos olhos”. Talvez aconteça o mesmo com a senhora… ou com o senhor, caros leitores! Artigo de acordo com o antigo acordo ortográfico.
As Pequenas e Médias Empresas
Ana Paula Figueira Docente do ensino superior João Machado Gestor de empresas
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ei morto, rei posto! No dia 21 de Junho tomou posse o novo governo e abriu-se um novo ciclo político em Portugal! Melhor…. Pior…? Não sei! Só sobre factos e evidências se podem fazer interpretações. Até lá, são meras especulações e deixo esse trabalho para quem gosta de o fazer. Mas permitam-me partilhar convosco algumas notas que merecem reflexão. Fiquei agradavelmente surpreendida por não ter existido fuga de informação quanto à composição do Governo, sendo este apresentado, em primeira mão a quem de direito. Bem que a comunicação social se desdobrou em esforços para conseguir o tal “furo”, os possíveis nomes eram mais que muitos, servidos até com as respectivas pastas… mas souberam-no na altura certa. É mais do que tempo de dignificar os temas e os assuntos que são para tratar nos fóruns adequados e não na praça pública onde uma comunicação social que se diz defensora do direito de informar, mui muitas vezes, desinforma; ente me surpreendeu Igualmente que quatroo dos próximos minism independentes mas tros sejam técnicos dee reconhecido mérito. Francisco Assis disse no “Jornal da Noite” de 18 de Junho que tem pastas téc“não existem nicas” mass Pedro Passos C o el ho apostou de ferente (talforma diferente vez pense que existem pastass políticas ributo téccujo contributo vante e que nico é relevante itam de ser, não necessitam ira análise, em primeira s) e congrapartidárias) tulo-me porr isso: caso em afirse recordem mei, nestee mesmo espaço e háá pouco tempo, o meu cepuanto a ticismo quanto
situação das PME em Portugal é dramática. Sem possibilidade de recurso ao crédito devido à fraca liquidez da banca nacional, que continua a financiar o Estado de uma forma generalizada e que contribui muito pouco para salvaguardar o universo das empresas que produzem e que criam efetivamente riqueza no nosso país. Com a tomada de posse deste novo governo do PSD assistiremos a uma discriminação positiva às empresas com capacidade de exportação, contudo a questão que coloco é a seguinte: o que fazer com as outras PME que não têm capacidade de exportação e que são o motor da nossa economia? Grande parte do tecido empresarial português é constituído por PME que não exportam, mas que têm um papel de relevo na economia. O Estado, e mais concretamente o banco do Estado, a Caixa Geral de Depósitos, deve ser uma entidade que financie estas empresas como forma de dinamizar a economia. Enquanto gestor fico perplexo quando ouço determinados economistas defender que os salários devem ser reduzidos, mesmo que isso implique a perda do poder de compra por parte das pessoas. Nada de mais errado. A economia dos países só funciona com poder de compra por parte das pessoas e o grande desafio que temos pela frente é efetivamente desmontar estas teorias descabidas do FMI, BCE e EU, pois apenas privilegiam os grandes países, como a Alemanha e a França. O exemplo da Grécia é paradigmático. O que foi que se alterou na Grécia até hoje com a entrada do FMI? Crise e mais crise. E quais estão a ser os efeitos sociais? Não basta olhar para os números. Temos a obrigação de olhar para as pessoas e para as empresas de uma forma sensata e, acima de tudo, equilibrada. O desafio que temos pela frente é o de tornar as PME cada vez mais competitivas e permitir que a sua modernização se verifique. Mais do que nunca estes aspetos assentam perfeitamente ao tecido empresarial de Beja, que deve saber crescer e não deve, definitivamente, estagnar.
“O Estado dará o exemplo de rigor e contenção para que haja recursos para os que mais necessitam; e o meu Governo será o líder desse exemplo, como de resto a decisão de não nomear novos governadores civis já sinaliza”, Pedro Passos Coelho, citado do publico. pt, 21 de junho de 2011
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No meio de tanta desgraça e de tanto desânimo é encorajador oferecer notícias como esta que agora damos ao mundo: começou esta semana a vindima na HERDADE VALE DA ROSA, em Ferreira do Alentejo. A exploração agrícola que mais emprega, exporta e riqueza cria na nossa região. PB
Efeméride Verão de 1927
Cartas ao diretor Nós, europeus António Martins Mina de São Domingos
Um dos nossos partidos políticos já usou a expressão “nós, europeus”, a qual nos pareceu um tanto ou quanto ambiciosa já que, na verdade, não somos tão “europeus” assim, o povo, direi eu, que tem sido normalmente ignorado e deixado à mercê da sua profunda miséria. Sempre assim tem sido, creio, e desde os tempos em que “Deus andava pelo Mundo”; então Lhe chamavam Javé, (...) assim como nos tempos que correm, de falso “europeísmo”, de tons os mais variados... A qualidade de “europeus” que nós somos só os poderemos encontrar em Bruxelas, na “União Europeia” donde, através do chamado FMI, chegam altos funcionários para fiscalizar as contas dos portugueses que, nos últimos anos, gastaram em seu proveito os “dinheiros” do Estado, o nosso, deixando aos pobres o encargo de os pagar, como diz o povo, “com uma língua de palmo”… Se é a estes que querem atribuir o honroso título, tá bem, a gente paga, mas chamem-nos “nós, caloteiros”... O que, afinal, não nos importa muito… até, se quiserem, podemos arrumar as contas do défice para não ultrapassar os “dois pontos percentuais”, não é assim que se diz ? – a coisa é simples, o café pela manhã, a sopinha ao almoço e mais sopa ao jantar, é canja, com a genica que a “malta” tem, não há pai!
António Barreto Manuel Dias Horta Beja
No mundo reles de maus paroquianos, na incongruência de falsos cristãos ou ainda na ambição desmesurada de políticos já tirocinados, volta António Barreto a proferir um notável discurso à Nação, no âmbito das comemorações do 10 de Junho. No ano passado sobre a temática dos ex-combatentes, colocando o dedo na ferida, este ano colocando-o sobre a chaga aberta da crise, apontando causas e sugerindo remédios como, por exemplo, o diálogo e o consenso entre partidos. Mal-amado, por quem ainda sonha com modelos obsoletos e rejeitados, vai o professor, com a sua habitual clarividência, expondo soluções aos seus concidadãos. E vai também o brilhante sociólogo incutindo no espírito dos portugueses de que sendo difícil não é impossível ultrapassar a crise Que todos os santinhos o ouçam!
Melros João Domingos Mendes Silva Entradas
Vai abrir a caça aos melros! Nem quero acreditar na notícia. Caça a uma ave de que toda a gente gosta!? Quem terá tido tão brilhante ideia? Há passarocos que bem precisavam levar um desbaste, tais como os carraceiros e os rabilongos ou charnecos, como são conhecidos aqui na zona, que são predadores dos pássaros pequenos e grandes! Desses não se lembraram! Também não se lembraram das rolas turcas, dos zorzais e abibes, pois são mais abundantes que os “pobres” dos melros. Enfim… Outro assunto: Merece parabéns o fotógrafo que captou o senhor Pita Ameixa a amparar o senhor engenheiro José Sócrates no tropeção que acabou por dar! Não conseguiu! (jornal de 3/6/2011). Felicidades e boas notícias.
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Enquanto as campanhas de luta contra o consumo de drogas parecem começar a sortir efeito, há um dado nada animador que hoje revelamos: o CONSUMO DE ÁLCOOL está a crescer consideravelmente no Baixo Alentejo. É a droga dos pobres a mostrar as suas garras, como sempre acontece, em alturas de crise. PB
A reorganização administrativa e as ligações ferroviárias no distrito de Beja
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o verão de 1927, um dos temas que alimenta as discussões, em Beja e no distrito, é o projeto de organização administrativa do Baixo Alentejo apresentado, em 1926, por Martinho Monteiro à Comissão Reorganizadora do Código Administrativo. Segundo esta proposta o distrito de Beja perde quatro concelhos, ficando confinado, portanto, a 10: Beja, Moura, Serpa, Mértola, Aljustrel, Castro Verde, Cuba, Almodôvar, Ferreira do Alentejo e Vidigueira. Odemira deixa de pertencer a Beja, Castro Verde cresce à custa da anexação do concelho de Ourique, o mesmo acontecendo a Cuba que passa a incluir Alvito e Moura onde se integra Barrancos. Em matéria de círculos eleitorais continuavam a existir dois, o de Beja e o de Castro Verde, o grande concelho do sul do distrito, segundo este projeto de reorganização administrativa. Para além desta matéria altamente polémica, a discussão no verão de 1927, em Beja, centra-se ainda em torno da reivindicação lançada pela Esquerda Democrática de construção de uma linha de caminho de ferro entre a capital do Baixo Alentejo e Sines, cujo primeiro troço ligaria Beja às Ermidas, passando por Ferreira do Alentejo. Logo em abril, num registo de grande otimismo, o semanário “Ala Esquerda”, órgão bejense do Partido Republicano da Esquerda Democrática, escreve: “Não percamos a esperança, nós os bejenses, de ainda podermos um dia, ir de manhãzinha, ali abaixo, a Sines, buscar o peixe para o nosso almoço, colhendo na passagem um ramo de frescas rosas, nos formosos jardins da ridente Miróbriga”. Queixando-se do abandono a que o Baixo Alentejo tem sido votado pelos governos da República, apesar desta região ser riquíssima em cereais, fruta, gado, cortiça e minério, a Esquerda Democrática aponta as vias de comunicação, nomeadamente a ferrovia, como um instrumento fundamental de desenvolvimento regional. Quanto à proposta em concreto da construção do troço ferroviário Beja – Ermidas, que tem, segundo estes republicanos, a vantagem acrescida de contribuir para a resolução do desemprego na região, apela-se à união dos concelhos de Beja e de Ferreira do Alentejo no sentido da constituição de uma comissão cuja principal tarefa é a de confrontar o governo da ditadura com esta reivindicação e convencê-lo da sua importância no desenvolvimento da economia do Baixo Alentejo. Esta comissão vem a constituir-se, de facto, em agosto de 1927, chegando a avistar-se, em Lisboa, como ministro do Comércio. No entanto, esta proposta de desenvolvimento regional da Esquerda Democrática nunca teve concretização prática. Constantino Piçarra
Há 50 anos Ponte de Mértola inaugurada por Tomás
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“Diário do Alentejo” de 21 de junho de 1961 registava o facto na primeira página, com grande destaque, titulando: “O sr. Presidente da República inaugurou hoje a ponte de Mértola e esteve em Beja durante algumas horas”. Acompanhavam a notícia fotografias do almirante Américo Tomás e do engenheiro Arantes de Oliveira, ministro das Obras Públicas. O artigo dava pormenores: “Recebeu hoje este distrito a visita do supremo magistrado da Nação que, no regresso do Algarve, inaugurou oficialmente, em Mértola, a ponte sobre o Guadiana e permaneceu, depois, algumas horas em Beja, onde, no salão nobre do Governo Civil, lhe foi oferecido um almoço de carácter íntimo”. E considerava: “A ponte de Mértola representa a satisfação duma antiga e ardente aspiração daquele concelho, expressa, por diversas vezes, desde os primeiros números deste jornal. Tratava-se, com efeito, de uma necessidade para a economia regional, pelo que a sua construção constitui um dos mais importantes melhoramentos com que o Baixo-Alentejo tem sido dotado nos últimos anos e deve-se pôr em relevo o grande interesse que ele mereceu ao sr. ministro das Obras Públicas, sr. eng.º Arantes de Oliveira, cujo nome ficará intimamente ligado a esta notável realização, cujo custo atingiu cerca de 9.700 contos”. Na cerimónia de inauguração da ponte, depois dos discursos da praxe do bispo residencial de Beja, D. José do Patrocínio Dias, e do presidente da Câmara Municipal de Mértola, Eduardo Raposo, o almirante Américo Tomás “proferiu um breve improviso”. Segundo a reportagem do “enviado especial” do jornal, o chefe do Estado fascista – que se tornou conhecido, entre outras razões, pelos disparates que dizia nas intervenções públicas – afirmou estar convencido “de que aquele melhoramento muito iria contribuir para o progresso da região de Mértola”. Vila, acentuou, “não digo perdida nos confins do Alentejo, mas pelo contrário achada por quem tem o grato prazer de aqui passar”. Citado pelo vespertino bejense, Américo Tomás abordou também “o problema dos ataques do terrorismo em Angola, que ‘não foi criado por nós mas infelizmente terá de ser por nós suportado’, dizendo: ‘Pena é que o dinheiro agora gasto naquilo que há séculos descobrimos não possa ser utilizado nos melhoramentos de que o povo português tanto carece’. E logo a seguir: ‘A culpa não é nossa. É daqueles que querem libertar os povos para depois os escravizarem a seu modo’”. Carlos Lopes Pereira
Contos, memórias e Manuel da Fonseca
Diário do Alentejo 24 junho 2011
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A cerimónia de inauguração das instalações renovadas da Biblioteca Municipal de Mértola tem lugar pelas 18 horas de hoje, sexta-feira, contemplando a apresentação do livro Contos Ilustrados, uma edição da câmara local e do agrupamento de escolas de Mértola. No dia 28, segue-se, pelas 21 e 30
Na capa
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horas, o espetáculo “À fala com Manuel da Fonseca”, pelo grupo Andante, e, no dia 30, decorre, também a partir das 21 e 30 horas, o encontro “Os textos da nossa vida”, para todos os que queiram partilhar textos e memórias. Entre 28 e 30 são promovidas sessões para os jardins de infância.
Agora, para além de uma biblioteca, com um serviço completamente renovado, temos um pedacinho de uma muralha da Idade do Ferro, que é mais um motivo para as pessoas cá virem
Antiga cadeia reabre hoje, remodelada e ampliada
Biblioteca de Mértola regressa a casa Funcionou, ao longo dos últimos seis anos, em instalações emprestadas. Inaugurada há 19 anos num edifício que foi cárcere até à década de 60, ali mesmo na chamada vila velha, a Biblioteca Municipal de Mértola volta hoje ao berço depois de uma intervenção atrasada por vários contratempos. “A arqueologia, em Mértola, é a nossa graça e a nossa desgraça”, brinca Isabel Martins, a bibliotecária. Texto Carla Ferreira Foto José Serrano
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partir de hoje, sexta-feira, a Biblioteca Municipal de Mértola, uma das primeiras sete, a sul do Tejo, a ser apoiadas pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, passa a ter ovos para fazer omeletas. O que é o mesmo que dizer que passa a ter um edifício próprio para desenvolver a sua atividade, que desde 2005 se vinha espalhando por instalações emprestadas, no Grémio Recreativo 1.º de Dezembro, e por vários outros equipamentos municipais. Depois de seis anos de obras de ampliação e remodelação do antigo edifício da cadeia, um processo que sofreu vários atrasos, nomeadamente decorrentes do acompanhamento arqueológico da intervenção, a biblioteca volta ao espaço onde foi inaugurada em 1992, ou seja, quase duas décadas mais tarde. “Saímos daqui, provisoriamente, em 2005, e éramos para voltar um ano depois. Mas a arqueologia, em Mértola, é a nossa graça e a nossa desgraça, e então ficámos seis anos fora”, lembra, com ironia, a técnica responsável pelo equipamento municipal, Isabel Martins, comentando que agora “para além de uma biblioteca, com um serviço completamente renovado, temos um pedacinho de uma muralha da Idade do Ferro, que é mais um motivo para as pessoas cá virem”. Ainda em fase de arrumação quando o visitámos, há uma semana, o renovado edifício, que foi cárcere até à década de 60, exibe ainda vestígios das suas antigas funções, nomeadamente as janelas e as suas pesadas e impenetráveis grades, agora pintadas de fresco. Em tudo o resto, os traços são de modernidade – um
Regresso Isabel Martins, técnica responsável pela Biblioteca de Mértola desde a sua inauguração, em 1992
convite explícito à liberdade de pensamento que só através dos livros se pode almejar. É o velho sonho dos anarquistas concretizado: transformar cadeias em bibliotecas. No rés do chão, onde é feito o atendimento, passa a funcionar o setor infantil que dantes não existia autonomamente. “Tínhamos uma sala mas era um espaço completamente devassado. Além disso, tínhamos apenas dois lugares sentados para os miúdos, umas almofadas a um canto, mais nada”. Fazer a Hora do Conto com regularidade e receber turmas escolares em visita são duas das atividades possíveis de agora em diante. No primeiro andar, acessível através de uma escada em caracol, mas também por elevador, para as pessoas com mobilidade reduzida, abre-se o setor de adultos, dividido entre uma zona de periódicos, outra de documentos áudio e vídeo, e uma sala de leitura que, graças às estantes amovíveis, pode ser transformado em auditório com uma lotação de entre 30 e 35 lugares. O “suficiente”, explica Isabel Martins, recordando que, numa “terra pequena” como Mértola,
não se justifica “estar a multiplicar os espaços”, quando já existem alternativas na vila para as ocasiões em que se esperem maiores enchentes. Em suma, a área global disponível ao público aumentou “em cerca de 75 por cento” face ao que existia. O que, podendo aparentemente ser pouco, “em termos de potencialidades de trabalho, muda tudo”, conclui a bibliotecária, que dirige uma equipa de três pessoas. Com 1200 utilizadores inscritos, face à população total do concelho, bastante dispersa, que não chega aos 8000 habitantes, a Biblioteca Municipal de Mértola tem neste momento um acervo de cerca de 22 mil títulos e de três mil documentos em suporte áudio e vídeo. A obra de renovação foi financiada pelo Feder em 451 226, 62 euros, o que corresponde a 70 por cento do investimento elegível aprovado. O restante foi garantido pelo orçamento municipal. Tirar partido das relações informais
Ao longo destes seis anos fora do edifício original, a atividade manteve-se e os índices de leitura não se
ressentiram. “Pelas indicações que temos da Direção Geral do Livro e das Bibliotecas, estamos acima do dobro da média de empréstimos a nível nacional”, orgulha-se Isabel Martins, secundada por João Serrão, coordenador do setor na câmara municipal, para quem “o espaço é importante mas nunca foi determinante”. “Até nos obrigou a criar outro tipo de soluções e outro tipo de atividades que anteriormente não tínhamos com tanta frequência. Por exemplo, obrigou-nos a sair da sede do concelho”, sublinha o responsável. Como não tem a vertente itinerante, a biblioteca municipal socorreu-se da ludoteca da Santa Casa da Misericórdia de Mértola, que percorre as povoações mais isoladas. Mantém aí um núcleo de títulos, com acesso ao catálogo municipal, e encontrou assim uma alternativa para chegar a quem vive mais longe da Vila Museu. “Ainda a semana passada, saiu daqui a carrinha cheia de livros e hoje já me telefonaram a dizer que havia áreas em que já não havia livros porque as senhoras – são sobretudo senhoras, nos montes, que estão em casa – estavam
a aderir muito bem”. Não tendo polos, porque a densidade populacional não o justifica, optou-se por parcerias com os agentes locais – na Mina de S. Domingos, há também um pequeno núcleo no Espaço Jovem – e tirou-se partido das “relações informais” que são inevitáveis num meio pequeno. Alguém, imaginemos, de Santana de Cambas, telefona interessado num determinado livro e sugere que a biblioteca lho faça chegar através de fulano ou sicrano, ou até mesmo à boleia da carrinha de transporte escolar. “Funcionamos muito assim e isso acaba por criar cumplicidades e relacionamentos que vão para lá daquela relação público/funcionário. Às vezes, quando estou a selecionar livros, já sei até quem é que mos vai pedir”, explica a bibliotecária. Além das sessões de promoção da leitura, a biblioteca vem também distribuindo “baús” de livros em todas as escolas do concelho. Mas, conclui João Serrão, “é importante que os meninos saiam do seu espaço quotidiano e nos visitem. Agora, finalmente, já temos condições para os receber”.
Diรกrio do Alentejo 24 junho 2011
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❝ Entrevista
Estive recentemente em Moura e depois em Almodôvar. Hoje em dia, o contacto com os leitores faz um pouco parte da atividade do escritor. Já não basta escrever livros, é importante conhecer os leitores e saber as suas opiniões. João Tordo, escritor
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Uma dor ou uma perda na origem do romance
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mbora eu pertença a uma linha muito anglo-saxónica do romance, confesso que não tenho muita paciência para os puros contadores de histórias, funcionais e mecânicos. Tem de haver alguma coisa de muito íntima, um ponto de vista, uma dor ou uma perda, no momento de escrever um romance”, escreveu, algures, João Tordo. Nascido em 1975, Tordo é um dos expoentes da nova geração de romancistas portugueses, a que pertencem também autores como o alentejano José Luís Peixoto, Valter Hugo Mãe, Gonçalo M. Tavares, Dulce Maria Cardoso ou Patrícia Reis. Depois de se licenciar em Filosofia, estudou escrita criativa em Londres e Nova Iorque. Enquanto estudava, trabalhou em bares e restaurantes dessas cidades, o que lhe proporcionou experiências que veio a aproveitar nos seus romances. Após uma passagem pelo jornalismo, assume-se como escritor de corpo inteiro. Estreou-se em 2004, com O Livro dos Homens sem Luz, escrito quando estudava no City College, em Nova Iorque. Publicou depois Hotel Memória (2007), As Três Vidas (2009), romance que lhe valeu o Prémio Literário José Saramago, e O Bom Inverno (2010). Pelo meio escreveu o guião de “Amália – O Filme”, em parceria com Pedro Marta Santos. Alberto Franco
João Tordo tem novo livro em outubro
Um escritor pela estrada fora Ainda está no segredo dos deuses. Mas o próximo romance de João Tordo, com saída prevista para outubro próximo, passa-se no Alentejo, nomeaÉ frequentemente convidado para feiras do livro de todo o País, nomeadamente do Alentejo. Este contacto com o público é importante?
damente numa aldeia perto de Beja. E a personagem principal da nar-
Estive recentemente em Moura e depois em Almodôvar. Hoje em dia, o contacto com os leitores faz um pouco parte da atividade do escritor. Já não basta escrever livros, é importante conhecer os leitores e saber as suas opiniões. As reações dos leitores mostram-nos se o nosso trabalho está ou não a evoluir, e nesse sentido são importantes. Se nos dizem que o nosso livro mais recente é parecido com o anterior, então talvez alguma coisa não esteja bem e seja preciso mudar.
rativa será uma esquecida heroína alentejana. Não há feira do livro, no
O seu penúltimo livro, As Três Vidas é parcialmente passado no Alentejo. Porquê a escolha deste cenário?
“Diário do Alentejo”, “já não basta escrever livros, é importante conhecer
Eu precisava dum lugar remoto, mais ou menos escondido, para situar a família que protagoniza o livro. Como gosto do Alentejo, escolhi a região como cenário. Imaginei como seria nos anos 80, época em que se passa a história, e situei lá a família, cujo patriarca é um psicólogo que trata de pessoas que sofreram traumas. Já tenho passado férias no Alentejo, é um lugar que me agrada muito e que tem qualidades únicas no nosso País. Existe hoje uma nova geração de romancistas, à qual pertence. Quais as diferenças entre a nova geração e as anteriores?
Penso que a minha geração é influenciada por uma literatura que já não é tanto a literatura francesa que fez escola em Portugal nos anos
Alentejo ou fora dele, que não inclua uma conversa com um ou mais escritores. João Tordo é uma das presenças regulares nos certames que por toda a região alentejana levam o livro e os seus autores ao encontro do público. Nos últimos meses esteve em Moura, Almodôvar e Aljustrel. Tordo aceita tais convites porque, segundo confessou em entrevista ao os leitores e saber as suas opiniões”. Entrevista de Alberto Franco Foto Dora Nogueira/Jornal “I”
50, 60 e 70. É uma geração mais influenciada por autores do mundo anglo-saxónico e com os pés mais assentes numa noção de narrativa que antes não estava tão presente. Outra das diferenças é que nós temos uma maior noção daquilo que é o público, e vamos mais ao encontro dele. Dantes havia poucas sessões com escritores, estes não se movimentavam com tanta facilidade, porque não queriam ou não podiam. Hoje temos uma maior consciência de que é preciso ir ao encontro do público, que é preciso ser mais ativo se queremos ter o nosso nicho no vasto mercado do livro. Talvez o José Saramago tenha sido o primeiro
condutor que leve as personagens a um lado qualquer. Caso contrário, as histórias não resolvem nada. Um romance é sobretudo forma, a forma como contamos o que temos a contar. As histórias estão praticamente todas contadas, mas a forma como se contam pode ser perfeitamente original. É aí que reside o segredo. Os cursos de escrita criativa, de que ultimamente se fala muito, são úteis? Um curso pode criar um escritor?
Pode, se dentro dessa pessoa já existir um escritor. A escrita criativa ajuda a arrumar ideias e a arranjar uma forma adequada para as expor. Ajuda a encontrar uma linha narrativa e chama a atenção para certos aspetos que, enquanto leitores, muitas vezes nos escapam. Por outras palavras, a escrita criativa não ensina a escrever, mas ensina a conceber a estrutura dum romance.
escritor português a ter a noção de que é preciso ir ao encontro do público e apostar na internacionalização. Se formos bons, os nossos livros internacionalizam-se muito mais facilmente do que há 30 anos atrás. De resto, a atual geração tem escritores diversificados: temos o José Luís Peixoto, que escreve muito sobre o meio rural, o Gonçalo M. Tavares, que situa as suas histórias num mundo paralelo, que é o mundo literário...
A sua passagem pelo jornalismo ajudou à sua formação de escritor?
É importante para si ter uma história para contar?
Quando sairá o seu próximo romance?
Os livros precisam, antes de tudo, de ter um fio
Não tenho a certeza... Acho que nunca fui um grande jornalista, porque dentro de mim já tinha o ficcionista. Quando fazia jornalismo tinha tendência a extrapolar os factos, o que para um jornalista não é muito bom... Tentava sempre arranjar uma história dentro da história, imaginar o que estaria para além dela. Não depende completamente de mim, mas suponho que sairá em outubro.
As notícias da região quando quiser, esteja onde estiver.
Diário do Alentejo 24 junho 2011
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www.diariodoalentejo.pt Baixo Alentejo apenas com quatro municípios
João Ramos quer o Alentejo a produzir
Caso os remédios que a troika aplicou à Grécia fossem igualmente ministrados a Portugal, o distrito de Beja ficaria reduzido a apenas quatro concelhos: Beja, Moura, Serpa e Odemira. pág. 7
Entrevista onde o cabeça de lista da CDU revela que o distrito de Beja perdeu 10 mil habitantes na última década e que é necessário produzir para inverter este ciclo. pág. 4
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SEXTA-FEIRA, 27 MAIO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1518 (II Série) | Preço: € 0,90
Morrer de solidão em Odemira Odemira é o maior concelho do País em área e tem a maior freguesia do território nacional, São Teotónio. E com mais é também ta bé o concelho co ce o co a s suicídios su c d os em e Portugal o tuga e uma das regiões com os números mais altos a nível europeu. De todas as 17 freguesias, Sabóia ocupa frequentemente o primeiro lugar no ranking do número
de suicídios. E muitos afirmam que a solidão entre os idosos é um dos motivos que despoletam tal fenómeno. Solidão So dão que o projeto p ojeto “A Vida V da Vale” Va e quer que combater, co bate , mas sem nunca referir o suicídio como causa primeira: “Valorizamos a vida”, afirma Cília Campos, coordenadora desta inédita iniciativa. págs. 12/13
Serpa perde mais de mil habitantes em 10 anos SUSA MONTEIRO
Dados preliminares dos Censos 2011 indicam que o concelho de Serpa terá perdido perto de 1100 habitantes na última década. Já em Beja a população mantém-se na casa dos 35.700 residentes. pág. 6
“DA” faz 79 anos Correm, a 1 de junho, 79 anos desde que o “DA” saiu para as bancas pela primeira vez. Nesta importante data não queremos deixar de dar os parabéns aos responsáveis por tal longevidade: assinantes, anunciantes e leitores em geral. PB
João Covas Lima homenageado Governo Civil atribui, a título póstumo, Diploma de Mérito, no dia 31 de maio. págs. 10/11
págs. 2/3
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Festival do Amor até domingo em Beja e Encontro de Culturas em Serpa págs. 2/3
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SEXTA-FEIRA, 3 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1519 (II Série) | Preço: € 0,90
Corrida aos combustíveis espanhóis baratos do que em Portugal, e com as botijas de gás a metade do preço, não há estação de serviço que se aguente do lado de cá da fronteira. Em
Ficalho já só se abastecem os tratores agrícolas. Enquanto a estrada para o Rosal se transformou numa autêntica romaria. CadernoDois
JOSÉ SERRANO
Há cada vez mais portugueses a abastecer as suas viaturas nas bombas de gasolina espanholas. Com preços em média 12 cêntimos mais
Falcões vigiam pista de Beja Banco Contra a Fome precisa de alimentos
Crianças sobredotadas procuram-se em Beja
Apesar das 33 toneladas de géneros alimentícios recolhidos no passado fim de semana, o Banco Alimentar Contra a Fome de Beja não consegue satisfazer as cerca de 2500 pessoas que, no distrito, dele beneficiam. A ideia é recorrer aos empresários e produtores da região para acudir a quem mais necessita. pág. 7
Desde há duas semanas a esta parte que existe em Beja uma delegação da Associação Portuguesa das Crianças Sobredotadas. Numa primeira fase, esta instituição pretende desenvolver junto das turmas do 1.º ciclo do agrupamento de Santa Maria um projeto-piloto para identificar crianças com capacidades de aprendizagem excecionais. pág. 6
Vítor Guerreiro é treinador dos falcões que operam na Base Aérea n.º 11, em Beja, na pista que a Força Aérea partilha com o aeroporto civil. A simples presença destes animais contribui para a diminuição da probabilidade de acidentes provocados por outras aves. A ancestral arte da falcoaria ao serviço da segurança de voo das modernas págs. 2/3 aeronaves. págs. 12/13
Pita Ameixa contra a extinção de concelhos Entrevista com o cabeça de lista do partido mais votado nas Legislativas de 2009, quando o PS elegeu dois deputados por Beja. Luís Pita Ameixa considera que, com o essencial das grandes obras na região concluído, é urgente “tirarmos agora proveito destes investimentos e pô-los a funcionar, de forma a potenciarem o emprego”. pág. 4
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Para existir é necessário estar presente, aparecer, permanecer a cada instante. E tal, agora, apenas é possível lá no tal lugar onde o universo, a natureza, as sensações, a vida e até o ser e o estar se tornam virtuais: a Internet. PUB
A troika de Beja no novo Parlamento e os resultados das legislativas concelho a concelho págs. 2/3 e 4
SEXTA-FEIRA, 10 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1520 (II Série) | Preço: € 0,90
Setor hortofrutícola do Sudoeste Alentejano dá trabalho a 2500 pessoas
Pepinos ameaçam emprego JOSÉ SERRANO
O alarme em torno do surto de infeção provocado pela bactéria E. coli, que já matou 24 pessoas na Alemanha, está a prejudicar grandemente os
produtores hortícolas do sudoeste alentejano. Os efeitos da “crise dos pepinos” são evidentes: “Há uma quebra na procura e, ao mesmo tempo, no preço”,
dizem da Associação de Horticultores do Sudoeste Alentejano, entidade que, no total, emprega mais de 2500 pessoas. pág. 7
Colon
Temporal afeta explorações agrícolas A forte chuvada, acompanhada de granizo, que fustigou Beja no último domingo, causou prejuízos elevados em várias explorações agrícolas nos arredores da cidade, nalguns casos com perdas totais na produção de uva e azeitona. CadernoDois
Hoje é dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. E para assinalar a efeméride o “DA” foi até Cuba à procura das pistas que nos conduzem até ao “último” navegador português, Colon, que o resto do mundo reconhece “indevidamente” por Colombo, um certo marítimo italiano que serviu o rei de Espanha. págs. 12/13
Feira do campo arranca hoje em Aljustrel
Rosairense vence Supertaça Distrito de Beja
O pão tradicional do Alentejo é o tema central de uma feira em busca da internacionalização. E que quer mostrar as novas tonalidades que estão a ganhar terreno nos campos de Aljustrel, entre amendoeiras e tulipas holandesas. págs. 10/11
O Rosairense, a equipa revelação do campeonato distrital de futebol da 1.ª divisão, encerrou a época com chave de ouro, ao bater na final da Supertaça o campeão Despertar. Juelson voltou a ser o homem do jogo ao apontar o golo da vitória. pág. 18
JOSÉ FERROLHO
O “último” herói português
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O patrão dos patrões já foi o empregado dos empregados António Saraiva em entrevista Antó
págs. 12/13
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SEXTA-FEIRA, 17 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1521 (II Série) | Preço: € 0,90
Proletário Alentejano deve 2 milhões FRANCISCO SILVA CARVALHO
A falta de crédito bancário e o cair de dívidas a curto prazo estão a asfixiar a Cooperativa Proletário Alentejano. João Machado, presidente da direção, pondera demitir-se, mas garante que nem as oito lojas associadas, nem os 80 postos de trabalho estão em risco. pág. 5
Deserto avança pelo Alentejo adentro Nos últimos 10 anos a área desértica duplicou em Portugal, nomeadamente no Alentejo. Hoje é Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação. pág. 7
Doentes esperam 495 dias por consultas No final de 2010, mais de 90 por cento dos utentes “muito prioritários” do Alentejo esperavam em média mais de 495,9 dias por uma consulta de especialidade. pág. 4
Chocalhos fazem-se ouvir na Unesco
A arte dos chocalheiros, que ainda subsiste em Alcáçovas, vai integrar a lista do património cultural imaterial da Unesco, com urgência de salvaguarda. Trata-se da mais importante relação de manifestações culturais que se podem candidatar a Património da Humanidade. Pelo que, neste momento, está a ser desenvolvido um plano integrado para salvaguardar os chocalhos e as práticas ancestrais do seu fabrico. Projeto pioneiro que vai ser apresentado ao público amanhã, sábado, na igreja de São Francisco, em Alcáçovas. págs. 2/3
Câmara de Beja continua sem pagar à PSP Joaquim Passinhas, da direção da ASP, revela que mais de metade do efetivo da PSP tem mais de 45 anos e que o material operacional está obsoleto. pág. 15
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Diário do Alentejo 24 junho 2011
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Piscina Municipal de Aljustrel em Festa
Depois da reabertura da piscina municipal, no passado dia 15, Aljustrel dá as boas-vindas ao verão com a realização da iniciativa Aquafesta, amanhã, sábado, a partir das 10 horas. A festa aquática inclui “insufláveis gigantes e animação musical”. Durante a restante época balnear os utilizadores podem usufruir de uma piscina com cerca de 1000m2, de um tanque de aprendizagem e de outro
Região
para bebés com um raio de 2,5 metros. O equipamento municipal é ainda composto por vários sectores de apoio, nomeadamente posto médico, biblioteca com jornais diários e livros. A piscina dispõe ainda de “uma área de espectadores com bancada descoberta para 200 lugares sentados, bar, restaurante e centenas de metros quadrados de relva e sombras”. O Aquafesta tem entradas livres.
Câmara de Alcácer do Sal cria página de Facebook A Câmara Municipal de Alcácer do Sal criou uma página de Facebook com o objetivo “de chegar a um maior número de pessoas e assim divulgar a cidade e o concelho nesta que é uma das maiores redes sociais do momento”, adianta a autarquia. Não descurando o website do município, que continuará a disponibilizar as notícias, avisos oficiais, os últimos
exemplares da folha informativa e os eventos em que a população pode participar, publicações com apoio ou chancela da autarquia, a página de Facebook é atualizada diariamente com informação sobre feiras, colóquios, seminários, exposições, cinema, bem como outros eventos de importância relevante para o concelho. Poderão ser ainda vistas fotografias e vídeos, que têm a possibilidade de ser partilhados com os amigos.
Segundo destacamento chegou esta semana à Base de Beja
O regresso dos “caça piratas” O destacamento da Força Aérea Portuguesa que participou na missão contra a pirataria na Somália viveu “alguns episódios de risco”, mas resolveu com “sucesso”. O avião P-3 Orion regressou à BA11, em Beja.
O
destacamento da Força Aérea Portuguesa (FAP) que nos últimos dois meses participou na missão contra a pirataria na Somália, com um avião P-3 Orion, viveu “alguns episódios de risco”, mas resolveu-os com “sucesso”, garantiu o comandante. “Realizámos 30 missões de patrulhamento [aéreo] e tivemos
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alguns episódios de risco, mas reconhecemos que tiveram particular sucesso”, frisou à Lusa o tenente-coronel Paulo Costa, comandante do destacamento. Numa das situações, exemplificou, foi “evitado um ataque pirata” porque a “presença da aeronave” da FAP “conseguiu dissuadir” esse mesmo ataque. “Encontrámos também várias embarcações piratas”, durante as missões com o P-3 ORION, e “transmitimos a informação para os navios” da força internacional da NATO contra a pirataria na Somália, os quais “acabaram por destruir, em alguns casos, aquelas
embarcações”, disse. O segundo destacamento da FAP a participar na missão internacional “Ocean Shield”, de combate à pirataria no Oceano Índico, sobretudo na costa da Somália, regressou terça-feira à noite a Portugal, aterrando na Base Aérea n.º 11 (BA11) de Beja. O contingente, constituído por 53 militares e por uma aeronave P-3C CUP+, pertencente à Esquadra 601 “Lobos”, da BA11, operou desde o dia 18 de abril a partir do Aeroporto Nacional de Vitória, na ilha de Mahé, na República das Seychelles. Segundo dados do Estado -Maior General das Forças Armadas
(Emgfa), o destacamento efetuou 30 missões de reconhecimento e vigilância marítima, num total de 245 horas de voo. “A participação deste meio aéreo português na operação ‘Ocean Shield’ foi determinante para o reforço da segurança marítima no Golfo de Áden e Costa da Somália”, reforça o Emgfa. A missão desempenhada pelo destacamento, acrescenta, contribuiu “para a firmeza das forças internacionais na interrupção e/ou decréscimo de ataques piratas a embarcações mercantes” naquelas zonas. Já em Portugal, o tenente-coronel
Paulo Costa também afiançou que “a missão correu bastante bem”. “Todos os objetivos que tinham sido traçados foram atingidos e sinto muita alegria e satisfação por ter comandando e servido com estes 53 militares. Prestigiámo-nos a nós próprios, ao País, à Força Aérea e às Forças Armadas portuguesas”, congratulou-se. O “dia a dia” destes militares é terem as aeronaves prontas e treinarem para a possível atuação em cenários reais, disse o comandante, realçando que, apesar de participar numa missão real ser “diferente” de um exercício “estavam totalmente prontos” para o fazer.
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“Lado B” é o nome de uma peça de teatro que estreia na próxima quarta-feira, dia 29, pelas 21 e 30 horas, no auditório do Instituto Politécnico de Beja. A peça de teatro é dinamizada por jovens do ensino superior que, sob a coordenação/orientação de David Silva, no âmbito do projecto Abre a Pestana.
JOSÉ SERRANO
Rio Mira “inspira” Concurso Nacional de Fotografia A edição deste ano do Concurso Nacional de Fotografia promovido pela Câmara Municipal de Odemira e a associação Sopa dos Artistas é dedicada ao rio Mira e as fotografias concorrentes deverão basear-se naquele concelho do Litoral Alentejano. No concurso, que vai na quarta edição, podem participar fotógrafos amadores e profissionais, com um máximo de três fotografias por concorrente, a cores ou a preto e branco, nos formatos analógico ou digital e num tamanho único de 20 por 30 centímetros.
Qualidade da água em análise
Praias de ouro no Litoral Alentejano A Quercus atribui a várias praias do Litoral Alentejano a distinção “Qualidade de Ouro”. Os concelhos de Grândola e Santiago do Cacém foram alguns dos contemplados. A qualidade da água esteve em avaliação.
A
lgumas praias do Litoral Alentejano foram distinguidas pela qualidade. A distinção foi atribuída pela Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza que selecionou todas as praias que em Portugal “tiveram sempre qualidade de água classificada como boa entre 2006 e 2009 e classificada como excelente em 2010, com análises sempre excelentes ao longo da época balnear de 2010”. O vereador do ambiente da Câmara de Grândola, Paulo do Carmo, afirmou que a atribuição do galardão da Quercus “Qualidade de Ouro” a nove praias do concelho “significa que a região já é um destino turístico do País”. “Estes galardões [Qualidade de Ouro] atribuídos pela Quercus, o facto de, este ano, o concessionário da praia do Pego ter sido considerado o melhor do País, a praia da Comporta ter sido considerada a segunda melhor praia do País, em termos de acessibilidades, significa que a região já se afirmou como um destino turístico de Portugal”, disse. O autarca grandolense diz-se natural-
mente satisfeito com a distinção das nove praias do concelho – Carvalhal, Aberta Nova, Melides, Comporta, Galé, Atlântica, Pego, Troia/Bico das Lulas e Troia-Mar – e lembra que oito delas também têm a bandeira azul. “Falta apenas a praia de Melides, onde já está a ser construído um novo apoio de praia”, disse, convicto de que na época balnear de 2012 já terá todas as praias do concelho qualificadas com bandeira azul. “No próximo ano, esperamos que esta praia [Melides] venha também a obter a bandeira azul, para fazer o pleno de qualificação e requalificação das praias do concelho de Grândola, que tem praias de excelência ao longo de 45 quilómetros de costa”, acrescentou Paulo do Carmo. A praia da Costa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, também tem “qualidade de ouro” e, segundo a autarquia, o objetivo da Quercus é “realçar as garantias de praias que ao longo de vários anos apresentaram sistematicamente boa qualidade” e que portanto, em seu entender, “oferecem uma maior fiabilidade no que respeita à boa qualidade da água, confirmando ainda a sua excelência na última época balnear”. A Quercus analisou este ano um total de 515 zonas balneares, mas apenas 286 foram consideradas com “Qualidade de Ouro”.
15 Diário do Alentejo 24 junho 2011
Teatro Académico apresenta “Lado B”
Diário do Alentejo 17 junho 2011
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Ferreira tem portal para receber denúncias
A população de Ferreira do Alentejo vai poder alertar a câmara municipal sobre ocorrências na via pública do concelho prejudiciais à saúde e ao bem-estar, através de uma aplicação que em breve estará disponível no sítio de Internet do município. Através da aplicação “Reclame.comSaude”, a população poderá alertar a câmara para
6398
várias ocorrências, como as relacionadas com água e saneamento, resíduos sólidos e urbanos, limpeza da via pública, iluminação, ruído e vetores de doenças. A aplicação foi desenvolvida por alunos do 2.º ano da licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Saúde de Beja com o apoio da Câmara de Ferreira do Alentejo.
é o número de pessoas inscritas nos centros de emprego de Beja, Ourique e Moura. Menos quase duas mil do que em 2003.
Números do desemprego no Alentejo “mascarados” pelo IEFP
De autocarro para trabalhar em Espanha “Existe a perceção, por todos aceite, que o desemprego no Alentejo, na última década, tem vindo a aumentar de forma consistente”, refere o sindicalista Casimiro Santos. No entanto, os números oficiais disponibilizados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mostram uma “realidade” completamente diferente: menos dois mil desempregados do que há sete anos. Texto Aníbal Fernandes
C
ostuma dizer-se que os números não mentem, mas, neste caso, as contas “estão furadas”. E “muito”, denuncia Casimiro Santos, coordenador da União dos Sindicatos de Beja (USB). Em abril de 2003, segundo dados do IEFP, estavam inscritos PUB
nos centros de emprego de Beja, Ourique e Moura, 8248 desempregados. Sete anos depois, a cifra é de 6398, quase dois mil a menos. Segundo o sindicalista existem razões que explicam esta discrepância entre a estatística e a situação no terreno: “Todos os que frequentam os programas ocupa-
cionais são excluídos; aqueles que esgotaram o direito ao subsídio de desemprego e não continuam, regularmente, a dar notícia aos serviços, também não entram nas contas; e existe muita gente que deixou de acreditar”, explica. Se juntarmos a isto o número de pessoas que abandonou a região e o País à procura de emprego e acrescentarmos 40 por cento à “taxa oficial” de desemprego obteremos um número que, segundo Casimiro Santos, “não andará muito longe da realidade. Façamos as contas do concelho de Beja: 3247 desempregados, mais 530 em ações formativas, dá
3777. Se se somar os 40 por cento, o número subirá para 3920. Mais cerca de 700 desempregados do que o número original. Aliás, esta diferença é habitual quando se compara os números do IEFP com os dados do INE, estes últimos mais conformes com a realidade. Segundo o coordenador da USB, basta olhar à volta para se perceber que não há trabalho. “Neste momento, por exemplo, muita gente da Margem Esquerda apanha o autocarro para ir ganhar a vida na apanha do morango, em Espanha”. Os cerca de 12 mil desempregados que existem no distrito de
Beja, segundo os números dos sindicatos, revelam um problema acrescido. Sessenta por cento são desempregados de longa duração, o que leva as pessoas “a não verem uma saída e não terem perspetivas de futuro”. Para o sindicalista, a solução para este problema passa por reativar o setor produtivo da região. Por exemplo, as minas em Aljustrel poderiam ocupar mais umas centenas de trabalhadores e Alqueva, que “está subaproveitado”, deveria contribuir ainda mais para a “agricultura regada”, aquela que cria empregos, defende.
A Câmara Municipal de Vidigueira vai desenvolver durante os meses de julho e agosto o programa Férias Jovens 2011, dirigido a jovens com idades compreendidas entre os cinco e os 12 anos, que poderão participar num leque diversificado de atividades pedagógicas de cariz desportivo, cultural e de lazer.
Férias ativas em Sines
“Férias Ativas – verão 2011” é o programa que a Câmara Municipal de Sines vai promover no período compreendido entre 4 e 15 de julho, com atividades desportivas e culturais dirigidas a jovens entre os seis e os 14 anos, com painéis separados pelos escalões etários dos seis aos nove anos e dos 10 aos 14 anos.
17 Diário do Alentejo 17 junho 2011
Férias Jovens em Vidigueira
Desporto Pramad dá 211 mil euros a 34 clubes
Em casa onde não há pão... “Não daremos passos maiores que as pernas. Quem me dera que não falhássemos um mês. Sou eu o rosto dessa situação. Não direi que não falharemos, mas afirmo que não o desejamos”.
O Programa de Apoio ao Movimento Associativo Desportivo (BejaPramad) vai distribuir este ano cerca de 211 mil euros a 34 clubes e associações do concelho. Texto e foto Firmino Paixão
O
montante global dos subsídios supera em cerca de 3000 euros os valores de 2010 e fica 88 mil euros abaixo do pagamento de 2009. Os apoios mais generosos deste ano ascendem a 35 000 euros e vão para as tesourarias da Zona Azul e do Despertar. Os valores mais irrisórios (720 euros) são para a Casa do Povo de São Matias e para o Neves. Realidades diversas, valores diferentes, mas em comum o facto de poucos ficarem satisfeitos com o que lhe cabe. A realidade é que estamos em tempo de vacas magras, e em casa onde não há pão … No meio de um certo pacto de silêncio, porque doravante será a Associação de Clubes Amadores a gerir estas controvérsias, o “Diário do Alentejo” ouviu três clubes da cidade, todos com queixas, todos com o sentimento de que é pouco mas venha de lá, e depressa, porque sempre é melhor que nada. João Mimoso, presidente do Bairro da Conceição, que teve um acréscimo de 5000 euros, afirma que “os critérios estão errados” e lembra que “a culpa não é deste executivo, mas de um técnico que assessorou o anterior e mudou
Apoios “Somos honestos e frontais com os clubes”, diz Miguel Góis
critérios de representatividade para pagamento ao quilómetro”. Mimoso adianta: “Os outros clubes da cidade têm as despesas de manutenção suportadas pela autarquia e nós temos que as pagar”. Jorge Parente, líder do Desportivo, diz que “o clube estava estruturado para receber um certo tipo de verbas”, compreendendo que “as autarquias reduziram significativamente os apoios ao movimento associativo, se calhar não o fizeram da forma mais justa, pois os clubes fazem um trabalho social que caberia à câmara,
mas isso não é entendido dessa forma”. E alerta: “Os autarcas não têm a noção do trabalho social que fazemos e que se não for feito pelos clubes e associações trazem mais problemas à comunidade”. Mariano Baião, que preside ao Despertar, diz, por sua vez: “Estas verbas são a compensação da atividade regular dos clubes, perdemos cerca de três mil euros por causa da saída do basquetebol, mas continuamos a reclamar a verba de representatividade pela subida à 3.ª divisão, que outros clubes do concelho e do distrito recebem e
nós não. As despesas vão aumentar, será uma época de sofrimento, aguardamos uma resposta do município sobre essa compensação”. Miguel Góis, vereador do desporto na Câmara de Beja, desconhece qualquer contestação e refere que “seria algo estranho se a houvesse quando as verbas são as mesmas e até aumentam em 3000 euros face ao ano passado”. E acrescenta: “Num panorama em que todos os municípios cortam, nós próprios, em outras atividades que organizamos estamos a cortar brutalmente, no caso do Pramad até aumentámos
ligeiramente as verbas e isso é uma boa notícia”. Relativamente ao Despertar, clube que mais tem pressionado a autarquia, o vereador afirma que têm “muito prazer em que o Despertar esteja na 3.ª divisão nacional, é uma representação da cidade, assim como outros clubes que também estão em competições nacionais”, e garante que o município de Beja “vai honrar os seus compromissos, e, dentro da sua rede de contactos, sensibilizará algum patrocinador, como faz para outros clubes, mas, obviamente, não temos clubes municipais”. Sobre os critérios do Pramad, Miguel Góis diz: “É um bom regulamento, é um instrumento que vem de trás, precisa de afinações e tem um vasto conjunto de critérios que são facilmente controláveis”. Quanto aos apoios materiais aos clubes, o autarca sustenta que “foi o município que pagou os relvados do bairro da Conceição e da Cabeça Gorda, como são do município de Beja as instalações do Complexo Desportivo”. “Se quantificarmos os gastos com a sua manutenção concluímos que esse apoio existe”, afirma. O responsável assegura ainda que não darão “passos maiores do que a perna”: “Somos honestos e frontais com os clubes”. E quanto à disponibilização das verbas, nada promete: “Quem me dera que não falhássemos um mês, sou eu o rosto dessa situação, não direi que não falharemos, mas afirmo que não o desejamos”, conclui.
Pedro Caixinha começa época em Leiria
“Subida do Moura é boa para a região”
P
edro Caixinha, o treinador bejense responsável pela equipa da União de Leiria, está de volta ao trabalho. Na passada quarta-feira, em conversa com o “Diário do Alentejo”, saudou a subida do Moura aos nacionais e mostrou-se atento ao futebol distrital. A época do Leiria acabou de forma algo conturbada, mas Pedro Caixinha está convencido que
todos os problemas serão resolvidos e espera que a sua equipa, na próxima época, tenha um desempenho ao nível da 1.ª volta da última temporada. O mister bejense, apesar de trabalhar em Leiria, continua a ter residência na capital do Baixo Alentejo, onde vem “não tantas vezes como desejaria”. No entanto, através da Internet vai acompanhando as incidências do futebol distrital.
“Tenho pena que não haja mais equipas a disputar os campeonatos nacionais, incluindo a II divisão B”. Para o treinador só isso permitiria que os jovens da região – “que os há e bons” – evoluíssem e dessem nas vistas. Caixinha lembra que os constrangimentos orçamentais com que muitas das equipas da I Liga se confrontam estão a levar a que a base de recrutamento de novos
craques se estenda para as divisões secundárias. Só assim os jovens futebolistas de Beja teriam a hipótese de se mostrarem e conquistarem um lugar ao sol no futebol nacional, à semelhança de Targino e João Aurélio, dois internacionais das camadas jovens que evoluem, respetivamente, no Vitória de Guimarães e Nacional da Madeira. AF
Pedro Caixinha
Diário do Alentejo 24 junho 2011
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Fernando Piçarra continua em Moura
O Moura Atlético Clube e o treinador Fernando Piçarra, timoneiro da subida do clube à segunda divisão nacional, acertaram a continuidade do técnico por mais uma temporada. O plantel vai sofrer algumas alterações no sentido de ganhar mais qualidade e maior sustentabilidade para as exigências do novo desafio.
Raid BTT Cidade de Beja A quarta edição do Raid BTT Cidade de Beja, organização da secção de BTT do Despertar Sporting Clube, realiza-se no próximo domingo, dia 26, pelas 9 horas, com dois percursos (50 e 80 quilómetros) em andamento livre e um terceiro percurso guiado com a extensão de 25 quilómetros. A concentração terá lugar junto à sede do clube e os trajetos decorrem através das freguesias de Santiago Maior (Beja), Albernoa, Trindade e Santa Clara do Louredo.
José Luís Ramalho prepara última época do seu mandato
O diálogo e gestão de proximidade À entrada da última época deste mandato na presidência da Associação de Futebol de Beja, José Luís Ramalho pede maior participação dos clubes e valoriza o diálogo. Texto e foto Firmino Paixão
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ão era um rosto habitual no futebol, era um académico, mas depressa gerou consenso e respeito entre os agentes desportivos. Cooptado a meio do quadriénio, por demissão do anterior executivo, fez uma primeira época sem reparos e prepara rigorosamente a segunda. Quem sabe se acertando as agulhas para um novo mandato?
Um desafio invulgar, mas “levou a carta a Garcia”?
Podemos dizer que sim. A experiência no futebol não era muita, as expectativas eram elevadas e, pelo que constatámos, a época correu muito bem. Introduzimos novidades, nomeadamente competições, e, sem fazermos logo grandes coisas, ouvimos os clubes e fizemos uma gestão de proximidade. Vamos ver se damos continuidade na próxima época, a última do meu mandato. Qual foi o seu cunho pessoal?
Gostamos de pôr um cunho pessoal em tudo o que fazemos, mas, neste caso, não houve nada de muito acentuado. Existiu uma tentativa de permanente diálogo com os clubes, apareceu uma grande parte deles, mas participam muito pouco nas decisões. Depois reclamam?
Esquecem-se que o poder de decisão é deles
e que poderiam participar mais e não o fazem. Foi essa a minha preocupação, até para me inteirar dos problemas, porque nos últimos anos não me tinha dedicado muito à atividade desportiva. Sou defensor do diálogo, quando ele não funciona não contam comigo. Projetos para o futuro?
Voltaremos ao diálogo. Teremos que introduzir as alterações necessárias, tendo sempre em conta e baseando-nos no interesse e na experiência dos clubes e de algum retorno que vamos tendo das autarquias. O momento é difícil, as autarquias têm dificuldade em apoiar os clubes e nós temos a consciência que eles não sobrevivem sem esse apoio. Compete-nos sermos bons intermediários entre o poder político e os clubes. O Moura subiu, o Odemirense desceu …
É uma pena a descida do Odemirense, ficaríamos com quatro clubes nos nacionais, mas vamos esperar que o Moura seja feliz na 2.ª Divisão, o Aljustrelense e o Despertar na terceira, e que na próxima época se mantenham e se lhes juntem outros clubes. Que papel teve a AF Beja no processo de adaptação dos estatutos da Federação à nova lei de bases?
Tomámos uma posição de não entrarmos em jogos de bastidores, não querermos eleições com base nos antigos estatutos, pensamos que a legislação é para se cumprir, goste-se ou não dela, e depois nos locais próprios podemos discutir e pugnar pela sua alteração.
O Anfiteatro Municipal de Castro Verde recebe na próxima quarta-feira, dia 29, pelas 21 horas, a festa de encerramento dos X Jogos Concelhios 2011. O programa inclui as atuações da Banda Filarmónica 1.º de janeiro, do Coro Infantil do Conservatório Regional do Baixo Alentejo – secção de Castro Verde, do Grupo de Danças do Mundo da Pé-de-Xumbo e ainda duas coreografias interpretadas pelos alunos do 1.º ciclo do ensino básico e pelos alunos do projeto de Desporto Sénior.
Sábado, 25 junho INICIADOS 16 horas: FCPorto-SL Benfica 17 e 30 horas: Stuart Carvalhais-HCBraga
JUNIORES 20 horas: FC Porto-Alenquer e Benfica 22 horas: SL Benfica-HC Braga
Domingo, 26 junho INICIADOS 10 horas: 3.º e 4.º lugares JUNIORES 11 e 30 horas: 3.º e 4.º lugares
INICIADOS 17 horas: final JUNIORES 19 horas: final
Hóquei em Patins – finais de iniciados e juniores
Campeões serão consagrados em Castro Verde Os títulos nacionais de hóquei em patins, nas categorias de iniciados e juniores, serão atribuídos, este fim de semana, no Pavilhão Municipal de Castro Verde. Texto e foto Firmino Paixão
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Pavilhão Municipal de Castro Verde já em 2007 serviu de palco para a consagração do Paços d’Arcos como campeão nacional de juniores. Logo no ano seguinte o Pavilhão Armindo Peneque, na vila de Aljustrel, viu o F.C.Porto vencer a Taça de Portugal em seniores, duas competições nacionais que a Associação de Patinagem do Alentejo trouxe para a região, como meio de divulgação da modalidade e do território. Ao mesmo tempo mostrou aos dirigentes federativos as nossas virtudes: os alentejanos sabem receber, gostam de hóquei em patins e sabem fazer o que lhes é proposto. É assim que no próximo fim de semana Castro Verde vai ter não uma mas duas fases de apuramento de campeões nacionais, nas categorias de iniciados e juniores, com a presença das melhores equipas nacionais nos respetivos escalões: Futebol Clube do Porto, Sport Lisboa e Benfica, Hóquei Clube de Braga, Sport Alenquer e Benfica e a Escola Secundária Stuart de Carvalhais (Massamá). Nuno Palma Ferro, presidente
Retorno Iniciativa traz “benefícios sociais e turísticos para a região”
da Associação de Patinagem do Alentejo, que oferece o apoio logístico à organização da Federação de Patinagem de Portugal, numa parceria com a Câmara Municipal de Castro Verde, lembra que “estarão em competição as quatro melhores equipas nacionais, duas do Norte e duas do Sul”: “Nos juniores o Alenquer e Benfica será teoricamente a menos candidata, Porto, Benfica e Braga são mais favoritos. Nos iniciados a competição será extremamente aberta porque cada uma das equipas tem uma individualidade fortíssima,
capaz de integrar uma seleção nacional”, diz. E assegura: “Teremos bons momentos de hóquei em patins. A modalidade está a crescer, em termos de modalidade e do número de adeptos já se veem jogos na televisão, para o ano teremos novamente jogos semanais em canal aberto. Direi que em tempo de crise o hóquei está a subir e como adeptos da modalidade gostamos de a ver lá em cima”. O dirigente recorda ainda: “A Federação conhece a nossa capacidade organizativa e atribuí-nos, revelando que temos a sua
Bairro da Conceição brilha em atletismo
Prata para Água Doce
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atleta bejense Henrique Água Doce, do Bairro da Conceição, que recentemente conquistou no Luso o título de campeão nacional de provas combinadas, em juvenis, voltou a estar ao mais alto nível, nos Campeonatos Nacionais de Juvenis, realizados em Pombal,
obtendo o 2.º lugar na final da prova de 100m, sagrando-se vicecampeão nacional. A equipa do Ba irro da Conceição foi medalha de bronze na estafeta 4x100. Os outros resultados de atletas bejenses foram os seguintes: Sara Inácio (juvenil das Neves), 4.º lugar nos
1500 m (recorde distrital); Diogo Luz (juvenil das Neves), 4.º lugar no lançamento do peso; Ana Dias (Odemira), 5.º lugar nos 3000 m (recorde distrital absoluto) e 6.ª nos 2000 m obstáculos (recorde distrital); e Elsa Patriarca (Neves), 6.º lugar no dardo 600g.
confiança, o que para nós é um orgulho e uma satisfação”. E sublinha: “Nunca seria possível realizar este evento sem a inestimável colaboração da Câmara Municipal de Castro Verde, especialmente na pessoa do seu vereador do pelouro de Desporto, Paulo Nascimento, que além de um grande amigo do desporto e do hóquei é também um grande amigo de Castro Verde e, por isso, tem aberto as portas aos nossos projetos. Temos recebido um apoio incondicional do município de Castro Verde”. Nuno Palma Ferro revela que o investimento realizado “é pouco relevante”, resumindo-se “a alguma logística” e lembra que “é um investimento com grande retorno para a vila porque há muitos dias que a hotelaria e a restauração em Castro Verde estão esgotadíssimos”. O dirigente considera ainda que “há também evidentes benefícios sociais e turísticos para a região”. Para além “do contacto dos nossos jovens hoquistas com grandes momentos de hóquei em patins”. “Estamos certos que o pavilhão vai estar cheio em todos os jogos. É uma pena que o Sporting em juniores tenha ficado eliminado, por um golo, pois teríamos a presença histórica das quatro grandes potências do hóquei nacionais, com o Porto, Benfica e Braga, junto no mesmo evento, o que já não acontece há muitos anos”, conclui o dirigente.
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Desportivo, anos 80 José Saúde
Numa observação sobre as coletividades filiadas na AF Beja, nos anos 80, designadamente, deparamo-nos com a descida do Desportivo de Beja ao regional – época 1987/88 –, uma situação então impensável. Tanto mais que o Desportivo, em tempos recentes, esteve à beira de perpetuar um acontecimento inédito quando a equipa, onde proliferavam excelentes jogadores, liderou, isolada, a série do campeonato nacional da II Divisão, perspetivando-se uma eventual subida ao escalão principal do futebol nacional. O povo da bola rejubilou e a coletividade “paxjuliana” esteve ao rubro. Os seus feitos fizeram manchetes nos jornais nacionais e os adeptos, no zénite, rejubilaram. Porém tudo não passou de uma ilusão: o Desportivo a seguir caiu no distrital, registando-se uma efémera passagem pela III Divisão, e gente para assumir a sua continuidade nem vê-la. Depois de várias tentativas frustradas, eis que surgiu um homem disposto a assumir o comando diretivo, sabendo ele que no deve e no haver existia uma encruzilhada de dúvidas. Todavia, Leonel Cameirinha, conceituado empresário bejense, aceitou o desafio. O seu saber, acrescido de uma enorme experiência no mundo dos negócios, foi a peça para completar o puzzle. Sabendo-se que o objetivo de Leonel Cameirinha era colocar as contas do clube em dia, o presidente rodeou-se de gente trabalhadora, chamou para as presidências da assembleia-geral e conselho fiscal Branco Malveiro, governador civil, e Carreira Marques, presidente da Câmara de Beja. Resultado: o Desportivo foi campeão distrital, sem derrotas, e o que ficou lavrado em ata é que a época terminou com as contas saldadas. Não houve dívidas e os eventos serviram para estabelecer a ordem na tesouraria. Hoje, e à distância do tempo, revejo essa brilhante equipa que levou o seu esforço ao rubro e a preciosa colaboração de Leonel Cameirinha que balizou o terreno e conduziu o Desportivo de Beja ao sucesso.
Diário do Alentejo 24 junho 2011
Encerramento dos Jogos Concelhios de Castro Verde
D Diário do Alentejo 224 junho 2011
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Campo de férias para crianças em Alvito
Ateliês de espantalhos, astronomia e tecelagem, jogos e contos tradicionais, teatro e cinema são atividades de campos de férias que vão decorrer a partir do dia 26 e até 3 de Setembro no Alvito para transmitir às crianças o património do Alentejo. Cada campo de férias, organizados pela empresa Spira, dura sete dias e recebe no máximo 40 crianças.
Vitória, estória vitória conta a tua “Shape maker”
A páginas tantas ... A Máscara do Leão de Margarita del Mazo e ilustrado por Paloma Valdivia, fala-nos da passagem para a idade adulta de um leão que supostamente viria a ser o rei da selva, mas ao contrário de todos os estereótipos ele mostra-se dócil com as outras criaturas preservando até uma amizade entre eles. Um livro que se mostra crítico àquilo que os outros esperam de nós e que tantas vezes vai contra a nossa natureza. “Uma noite, o papá leão foi visitar o pica-pau e encomendou-lhe uma máscara leve como uma pluma, fria como o ódio e vermelha como a ira”. Paloma Valdivia, de origem chilena, já nos tinha presenteado com um outro livro, Os de cima e os de baixo, em que a cor também tem um papel fundamental. No livro A Máscara do Leão o jogo de cores reforça ainda mais toda a carga dramática desta narrativa. Um livro delicioso de se ler e de se ver.
Desenho da Lara Silva, de Avis
“Shape maker” é o nome original deste jogo da Miller Goodman, com milhares de combinações possíveis, e apesar de o poderes comprar em Portugal nós sugerimos que construas o teu. Aproveita e vê esta animação porque vale a pena: (http://www. youtube.com/watch?v=y0 Dkq2NLHtQ&feature=play er_embedded#at=16). Podes ainda visitar o blog e ficar a saber mais sobre este simples mas fascinante jogo (http:// millergoodman.blogspot.com/)
Dica da semana Toca a sair, depois de vários meses dedicados à escola, é tempo de aproveitar as férias. O Badoca Park tem para te oferecer inúmeras atividades. Numa visita ficarás a conhecer as espécies que ali habitam, mas podes ainda conhecer os seus bastidores. Sim, acompanhar um dia na vida dos tratadores e conhecer os vários segredos de cada animal. Pede aos teus pais para se juntarem a ti nesta aventura. (http://www.badoca.com/
experiencias-badoca/visita-bastidores.php)
A Orquestra Locomotiva – Orquestra Juvenil do Litoral Alentejano apresenta-se hoje, sexta-feira, ao público numa gala a realizar a partir das 21 e 30 horas, no auditório do Centro de Artes de Sines. O espetáculo conta com a participação da fadista Cristina Branco, que aceitou ser madrinha do projeto. A orquestra é um projeto dinamizado
Fim de semana
pela Associação Pro-Artes de Sines/Escola das Artes de Sines, envolve núcleos de desenvolvimento em cinco escolas do território, e reúne jovens das localidades de Sines, Vila Nova de Milfontes, Malavado, Boavista dos Pinheiros, Longueira, Odemira, Relíquias, Vale Santiago, Foros da Caiada, Colos e Vila Nova de Santo André.
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Orquestra Locomotiva apresenta-se em Sines
Marchas populares desfilam em Cuba A Junta de Freguesia de Cuba propõe para o serão de amanhã, sábado, um desfile de marchas populares, com início pelas 21 e 30 horas, no Parque Manuel António de Castro. Contribuem para a festa a Marcha de S. Vicente, de Cuba, a Marcha da Banda Filarmónica de Serpa, a Marcha do Fidalgo, de Cuba, a Marcha Popular de Aljustrel e a Marcha de Santa Engrácia, de Lisboa. No final, há arraial com o Duo Popular, no coreto do parque (mata).
“Uma coisa em forma de assim” para ver amanhã, em Beja
Pax Julia recebe “nata” da dança nacional
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u muito nos enganamos ou este é o espetáculo de dança que mais coreógrafos reúne, e da melhor cepa nacional, no respetivo processo de criação. A saber: Clara Andermatt, Francisco Camacho, Benvindo Fonseca, Rui Lopes Graça, Rui Horta, Paulo Ribeiro, Olga Roriz, Madalena Victorino e Vasco Wellenkamp. A este naipe de nove endereçou a Companhia Nacional de Bailado (CNB) um convite para a criação de peças de cinco minutos, de que resultou a criação “Uma coisa em forma de assim”, com título pedido de empréstimo a uma compi-
Baile Popular anima S. João em Mértola Inauguradas no último dia 22, as Festas da Vila de Mértola, um dos pontos altos da programação cultural anual do concelho, atingem o seu auge este fim de semana. Para hoje, sexta-feira, dia de S. João, está prevista a atuação do projeto Baile Popular, liderado por João Gil e protagonizado pelas vozes dos bejenses Paulo Ribeiro e Adiafa. Amanhã, sábado, o mesmo Cais do Guadiana recebe João Pedro Pais, autor de “Ninguém é de ninguém”. Em período de santos populares, completam o programa das festas os mastros organizados pelas entidades locais e população em geral.
lação de textos em prosa do poeta Alexandre O’Neill. O espetáculo estreou em abril último, para assinalar o Dia Mundial da Dança, e está agora em digressão por todo o território alentejano, chegando a Beja amanhã, sábado, para uma apresentação no Pax Julia Teatro Municipal, pelas 21 e 30 horas, depois de uma passagem por Évora, no Teatro Garcia de Resende. A digressão alentejana, promovida pela Direção Regional de Cultura contempla também
Arte dos peregrinos de Santiago em Vidigueira O Museu Municipal de Vidigueira tem patente, até ao próximo dia 17 de julho, a exposição “Caminhos de Santiago”, organizada pela Associação de Amizade e das Artes Galaico-portuguesa. A mostra, que está em itinerância pela Galiza e por Portugal, reúne 60 obras de escultura, fotografia, pintura e de poesia visual. Trata-se de “um percurso de caminhantes mostrando a sua arte em várias formas de expressão e técnicas; um percurso de arte mista numa só língua: a da amizade galega e portuguesa”, como explica a organização. “Caminhos de Santiago” pode ser vista na galeria de exposições temporárias do museu, entre terça e domingo, das 10 às 18 horas.
Portalegre e o seu Centro de Artes do Espetáculo, a 28. Como se nove coreógrafos não bastassem, junta-se também à equipa o multifacetado pianista Bernardo Sassetti, Prémio Carlos Paredes, que compõe e interpreta ao vivo a banda sonora original, sendo “o elemento de união das pequenas coreografias”.
Castro Verde comemora Festas da Vila Castro Verde comemora o seu feriado municipal com a iniciativa Festas da Vila que arranca hoje, sexta-feira, prolongando-se até domingo, 26, e levando ao largo da feira animação de rua, bailes, insufláveis, concertos e muitas alternativas para comes e bebes. No serão de hoje atuam os Nu Soul Family, vencedores do Prémio MTV Best Portuguese ACT, seguindo-se, amanhã, o veterano Luís Represas, que cumpre 35 anos de carreira. No domingo sobe ao palco o “fadista” Rouxinol Faduncho, personagem criado pelo humorista Marco Horário que transformou em êxito musical esse verdadeiro ícone do kitsch nacional, os cães de loiça.
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O Caramelo é um cão adulto jovem cheio de simpatia e ternura. Está no canil mas espera muito brevemente encontrar uma família que lhe dê uma vida bem diferente da que tem agora... Está desparasitado e será vacinado em breve. É muito sociável com pessoas e outros cães. Contactos: 962432844 sofiagoncalves.769@hotmail.com
Boa vida Comer Javali estufado Ingredientes para 4 a 6 pessoas: 2 kg de javali 6 cebolas grandes 1 alho francês 6 dentes de alho 2 folhas de louro q.b. de sal grosso 2 ramos de alecrim (pequenos) 1 litro de vinho tinto (de boa qualidade) 150 g de banha de porco 1 dl de azeite q.b. de água (recipiente com água e rodelas de 2 limões) Confeção: Coloque a carne do javali cortada aos cubos grandes num recipiente durante 10 a 12 horas em água com rodelas de limão. Retire a carne da água e passea por agua corrente (escorra-a muito bem num passador de rede e reserve). Num tacho refogue a cebola às rodelas grossas, dentes de alhos laminados, alho francês às rodelas finas em azeite e banha. Junte a carne, o louro, ramos de alecrim, vinho tinto e água. Deixe cozinhar em lume brando com o tacho tapado e vá adicionando água se necessário. Retifique os temperos e sirva acompanhado de batata frita e salada a seu gosto. Bom apetite…
Dois copos de conversa O Céu por uma noite
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castelo de Beja acolherá a segunda edição do Beja Wine Night, no dia 2 de julho, a partir das 22 e 30 horas, ainda com as estrelas do solstício de verão como brilhantes testemunhas. O evento é aguardado com muito entusiasmo em virtude do êxito da edição inaugural e da forte adesão de patrocinadores e de instituições como a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e a Viniportugal. No fantástico espaço classificado como monumento nacional, o vinho alentejano, rei e senhor da festa, será o anfitrião de muitos amantes de vinho, enólogos, produtores, formadores de opinião e celebridades que rumarão a Beja. Por uma noite a capital do glamour e o foco da imprensa social transferem-se para a planura alentejana. Animação e música ao vivo, alguns dos melhores DJ’s, as mais belas luzes festivas serão o cenário para repetidos brindes com vinhos que nascem no mar interior e que se haverão de maridar com o picoteio de iguarias alentejanas. A iniciativa da Câmara Municipal de Beja tem o duplo objetivo de promover o vinho do Alentejo e dinamizar a economia, o património e o turismo de Beja e do Baixo Alentejo. Tenho a facilitada tarefa de eleger, entre os múltiplos néctares de qualidade superior, aqueles vinhos que brilharão nesta noite de emoções líquidas. O vinho veio para ficar no Alentejo e será uma cultura crescente e ambiciosa, espalhando-se no território e ganhando o desafio da internacionalização. Será um dos mais importantes instrumentos para o regresso e a permanência de população jovem, literada, empreendedora, respeitadora das raízes culturais e artísticas. Trará consigo um turismo que valoriza o vinho e a sua relação natural única com a tradição e com a sofisticação. Porque, igual à alma das suas gentes, o terrunho alentejano é seco, solarengo e pobre mas de profunda e fecunda raiz, renascendo todos os anos e parindo as mais genuínas promessas de boa vida. Aníbal Coutinho
NOTA: a confeção deste prato é demorada, porque a carne de javali é um pouco rija, seca e adocicada, mas vale a pena experimentar sem pressas…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Vinho de Calendário
Vinho Diário
A Adega Cooperativa de Borba foi galardoada com mais uma medalha de ouro, desta vez num concurso nacional. O ouro foi alcançado pelo vinho tinto DO Alentejo Adega de Borba Premium 2009 na categoria de vinhos tranquilos no Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2011, em Santarém, que é promovido pelo Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, Cnema.
Os vinhos tintos Monsaraz, Premium 2008, Trincadeira 2008 e Alicante Bouschet 2008, todos da Carmim, Cooperativa de Reguengos de Monsaraz, a maior empresa produtora de vinhos do Alentejo, foram galardoados com a medalha de prata na edição deste ano do Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados.
Petiscos Uma sorte do caraças
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maionese é o molho mais difundido no mundo e conhecido de todos os cozinheiros. Ninguém sabe bem a verdadeira história da sua paternidade mas a versão que aparenta ser mais a próxima da realidade tem a ver com o domínio francês da ilha balear de Minorca, por volta dos anos mil setecentos e cinquenta. O então governador francês da ilha, duque de Richelieu, sobrinho neto do cardeal, Louis-François-Armand de Vignerod du Plessis – assim, um nome com três tracinhos, a revolução estava a caminho – enfastiado com o pouco movimento do desterro em que se achava, resolveu um dia intimar o cozinheiro a fazer-lhe uma coisa que lhe trouxesse um novo gosto pela vida, contra sanções pavorosas, talvez a própria vida. O cozinheiro, apavorado e pouco inspirado para novidades, em desespero de causa, lembrou-se que as mulheres lá da terra faziam um aproveitamento dos ovos com azeite que resultava uma emulsão com bom aspeto, consistência apetecível e excelente gosto. Fez e apresentou, resultou o creme louro e aveludado que hoje todos conhecemos, o molho de Mahon, a futura “mayonnaise”. Com tanta sorte que o patrão gostou, achou uma descoberta notável e levou a ideia para Paris, quando se lhe acabaram aquelas entediantes férias mediterrânicas. Safou-se daquele aperto o homenzinho de quem, dizer a verdade, ninguém mais reteve o nome. Passemos então à prática. Numa tigela de fundo arredondado batem-se duas gemas com sal. Dispõe-se entretanto de quatro decilitros de azeite numa almotolia de bico estreito. Quando as gemas estiverem bem batidas, deixa-se cair um fio de azeite, fio constante e muito fino. Vai-se batendo bem – de preferência com as tais varinhas – até se acabar o azeite. Verte-se então uma colher de sopa de vinagre, a ferver. Duas voltas do pimenteiro, pimenta preta, acaba-se de bater e está pronto. Se o instrumento a utilizar, em vez das varas ou mesmo duma colher de pau, for um destes aparelhos modernos, uma batedeira elétrica, pode-se fazer com os ovos inteiros mas com o nosso clima a probabilidade de haver um “azar” com a maionese, adicionando as claras, aumenta muitas vezes. Uma maionese deteriorada pode ser muito perigosa. Atenção portanto: quando tem claras é para consumo total e imediato. Pode também levar mostarda ou limão. E agora, o que se lhe faz? O mais frequente é cobrir uma mescla de vários legumes e vegetais cozidos, no meu caso, com uma pequena dose de alcaparras misturada, a acompanhar peixe grelhado. E com pedaços de peixe, carne de frango, queijo ou marisco? Fica uma salada russa. Simples? Com espargos brancos cozidos. Também há à venda no comércio. Há. Se já não faz há muito tempo, experimente agora e compare. Até se vai rir de haver alguém que chame “aquela” coisa uma maionese, a que fizer é incomparavelmente melhor. Ah! e é sua. António Almodôvar
Inaugurada no último de sábado, 18, a exposição de pintura “Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou!”, de Norberto Nunes, vai manter-se patente na Herdade do Rocim, em Cuba, até ao próximo dia 21 de agosto. A mostra centra-se no diálogo que o pintor estabelece com os textos de Fernando Pessoa e é um tributo assumido à obra do poeta dos heterónimos. “Cada quadro é uma fala mansa, silenciosa, assombrada com a genialidade do poeta”, comenta Francisco Moita Flores no catálogo da exposição.
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Poesia “pintada” na Herdade do Rocim
Jazz Albert Vila – “Tactile”
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Albert Vila – “Tactile” Albert Vila (guitarras elétrica e barítono), Santi de la Rubia (saxofone tenor), Roger Mas (piano e Fender Rhodes), Marko Lohikari (contrabaixo) e Marc Aiza (bateria). Editora: Fresh Sound New Talent Ano: 2011
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epois de em 2004 ter ganho o prémio para a melhor composição na “Dutch Jazz Competition” (Holanda), o guitarrista Albert Vila – nascido e criado em Barcelona – começou a erguer uma reputação que lhe permite ser hoje considerado um dos mais importantes guitarristas de jazz espanhóis (disputas separatistas à parte). Antes disso estudara no Taller de Músics (com Jose Luis Gamez), a casa do “nosso” Zé Eduardo durante vários anos na cidade condal, e no prestigiado Conservatório de Amesterdão. Uma passagem pelos Estados Unidos – onde trabalhou, entre outros, com Dave Liebman – antecedeu o regresso a Barcelona para pôr em marcha o seu quinteto. Depois de ter vencido, em 2007, outro concurso, em San Sebastián, grava para o selo Fresh Sound New Talent o seu disco de estreia “Foreground Music”, muito bem recebido no país vizinho. O novo “Tactile” – em que, mais uma vez, todas as peças são de sua autoria –, vem de novo mostrar que Vila é um guitarrista filiado
na tradição do jazz, pleno de recursos técnicos e cujas composições revelam grande sentido de estrutura e organização, o que, diga-se em abono da verdade, acaba por encurtar espaço para manobras mais arriscadas, que seriam bem-vindas para agitar um pouco as águas. O quinteto sofreu algumas mexidas, com a entrada do saxofonista Santi de la Rubia e do contrabaixista Marko Lohikari (que substitui Tom Warburton), que com o baterista Marc Ayza forma uma dupla rítmica cumpridora. Roger Mas continua sóbrio ao piano (acústico e elétrico). Há momentos que se destacam, como o dinamismo de “Talk”, a atmosfera mais plácida de “Leviathan” e, sobretudo, aquela que é a peça de maior fôlego, “Signs”, onde se vira para a guitarra barítono acústica com bons resultados. O principal problema é que parece estar instalada alguma formatação de processos, que inevitavelmente redunda numa sensação de déjà écouté... António Branco
“As plantas de Agatha Christie” no Museu Botânico O Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja tem patente até julho a microexposição “De St. Mary Mead ao Cairo – As plantas de Agatha Christie”, uma viagem à aldeia ficcionada que albergou miss Marple e aos destinos exóticos preferidos por Poirot. A exposição é constituída por um conjunto de objetos naturais (sementes e frutos, entre outros) que integram o acervo do núcleo museológico e que, direta ou indiretamente, foram incluídos nos romances policiais de Agatha Christie. O Museu Botânico encontra-se aberto todas as quartas e quintas-feiras, das 9 às 12 e 30 horas e das 14 às 17 e 30 horas.
Nº 1522 (II Série) | 24 junho 2011
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RIbanho
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POR LUCA
Hoje, sexta-feira, espera-se sol em toda a região. A temperatura vai aumentar e oscilar entre os 13 e os 36 graus centígrados. Amanhã, sábado, o céu deverá estar limpo e no domingo o sol vai brilhar.
Autor venceu concurso de conto da Casa do Alentejo
“O Alentejo é o Fernando Pessoa da natureza”
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ítor Encarnação, poeta e escritor de Ourique, acaba de receber o Prémio Casa do Alentejo 2011 – Concurso de Conto. Neste seu 88.º aniversário, a associação regionalista decidiu distinguir a ficção “Suão”, que cruza duas gerações, um avô e um neto, e descreve a ponte de afetos que vai unir a referência urbana, bebida nos subúrbios de Lisboa, e a matriz rural, presente num Alentejo deixado para trás na década de 60. Um processo de descoberta e de redescoberta dos muitos matizes e cheiros que vão vestindo a paisagem, ao sabor das estações do ano.
Recebeu há dias o Prémio Casa do Alentejo 2011 – Concurso de Conto com a ficção “Suão”. Tem um significado especial para si este reconhecimento?
A candidatura a um prémio literário pressupõe uma avaliação atenta do nosso trabalho por parte de um júri. Neste caso particular, essas pessoas entenderam que o conto “Suão” evidenciava razões suficientes para alcançar o primeiro lugar. É óbvio que fiquei contente com o reconhecimento da minha escrita. Aliás, eu que me considero um escritor de emoções, seria hipócrita se viesse agora negar as emoções que o prémio me proporcionou. Este encontro entre gerações, avô e neto, e entre o urbano e o rural, ou seja, os subúrbios de Lisboa e o Alentejo deixado para trás na década de 60, corresponde a algo que já experienciou ou observou?
Como todos os alentejanos, também eu PUB
Vítor Encarnação
46 anos, natural de Aldeia de Palheiros, Ourique Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas e é, desde 1988, professor de Inglês e Alemão na Escola Secundária de Ourique. Cronista de jornais, é atualmente colaborador do semanário “Correio Alentejo”. Entre poesia, compilações de crónicas e de contos, conta com nove obras no seu percurso literário, das quais se destacam, mais recentemente, Maçã de Adão (2010) e Fio de Ariadne (2011).
tenho na família gente que migrou para os subúrbios de Lisboa durante a década de 60 e levou consigo a saudade destas planícies e destes montados. Eu próprio, depois de completar o 9.º ano de escolaridade em Castro Verde, fui estudar para Almada e vivi no Feijó, em casa de uns tios. Cedo me apercebi da necessidade que os alentejanos tinham de se reunir em torno das suas referências existenciais: o cante, a comida, a pronúncia. Eu nunca tive dúvidas de que queria voltar, mas é perfeitamente natural que relativamente aos netos dessa primeira geração de migrantes haja uma diluição desse apelo de retorno. E é aí que no conto entra o avô. Ele não queria morrer sem antes tentar, junto do neto, fazer essa ponte entre o rural e o urbano, entre a raiz e o fruto. O que é, na sua perspetiva, a “essência do Alentejo” que este avô vai redescobrir e dar a conhecer?
O avô e o neto vêm ao Alentejo em cada uma das estações do ano porque só assim é possível perceber a mutação de cores, dos cheiros, da grandeza dos espaços e da lonjura, da gastronomia. O Alentejo não se consegue sentir se não estivermos de pé firme nos campos lavrados, ao fogo, na imensidão de flores, à torreira. Tal como eu digo no conto: “O mesmo lugar não é o mesmo lugar. O mesmo lugar já foi erva, restolho, folhagem caída e agora água. Não há região do País com tantos heterónimos. O Alentejo é o Fernando Pessoa da natureza”. Entrevista de Carla Ferreira
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Beja Wine Night a 2 de julho A celebração dos vinhos do Alentejo está de regresso, pelo segundo ano consecutivo, a Beja. O castelo, classificado como Património Nacional, voltará a ser palco de um evento em que os vinhos da região serão “integrados num ambiente trendy e de glamour, com muita animação”, esclarece a Câmara Municipal de Beja, a entidade organizadora. “O sucesso da primeira edição, em que registámos lotação esgotada dias antes do evento, superou todas as expectativas. É por isso natural continuarmos a realizar esta promoção de altíssima qualidade de Beja e da região e que pretende mostrar um outro Alentejo, partindo de um dos seus produtos mais emblemáticos, o vinho, para mostrar um potencial mais alargado e que também inclui história, monumentalidade, paisagem, gentes, oferta turística e animação. A Beja Wine Night é por isso um momento de celebração do vinho alentejano mas, sobretudo, um pretexto para que centenas de pessoas visitem o concelho de Beja nesta época do ano, desfrutem de um conjunto memorável de experiências e queiram regressar” refere Miguel Góis, vereador da Cultura e Turismo. Para além da possibilidade de “provar alguns dos mais emblemáticos vinhos alentejanos, em descontraídos wine bars, os participantes da Beja Wine Night serão surpreendidos com jogos de luzes e espetáculos pirotécnicos, podendo ainda divertir-se ao ritmo das atuações de DJ”, acrescentam os responsáveis. A Beja Wine Night tem produção da Essência do Vinho e conta com os apoios, entre outros, do Turismo do Alentejo, Turismo de Portugal, Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, ANA Aeroportos de Portugal e Delta Cafés.
Semana da Juventude em Ervidel Ateliers de hip-hop e danças urbanas, canoagem, debates sobre saúde e sexualidade, cinema, concertos, disco party, paint ball, tiro com arco e zarabatana, desportos radicais e lan party são algumas das propostas da Semana da Juventude de Ervidel, que vai decorrer entre os dias 4 e 10 de julho. A semana, na sua quarta edição consecutiva, é organizada pela Junta de Freguesia de Ervidel, que pretende, assim, “promover a participação, a interajuda e o trabalho em equipa, de forma a valorizar e a afirmar os jovens ervidelenses”.
Porco Alentejano, o Senhor do Montado
Sexta-feira, 24 junho 2011 Nº 1522 (II Série)
O colaborador do “Diário do Alentejo”, Alberto Franco, lançou o livro Porco Alentejano, o Senhor do Montado. A obra, que mete em evidência a raça alentejana, foi apresentada por José Tirapicos
Nunes, na quarta-feira, 22, em Évora. O livro pretende ser uma obra de referência para o conhecimento a cerca do porco alentejano e afirmação da raça, enquanto património alimentar português.
Cadernodois
José Tirapicos, professor da Universidade de Évora
José Tirapicos, professor da Universidade de Évora, defende que “a carne de porco alentejano possui gordura pouco saturada” e que “é rica em ácido oleico”, sendo mais “saudável do que as carnes de outros animais”. O investigador recorda que o animal se “alimenta à base de bolota”, que tal como a azeitona, “são muito ricas nesse ácido”, considerado “o melhor tipo de gordura”.
JOSÉ SERRANO
Carne de porco alentejano é mais saudável do que outras carnes
A
carne de porco de raça alentejana, considerada única no mundo, possui uma gordura pouco saturada e é rica em ácido oleico, sendo mais saudável do que as carnes de outros animais, defendeu esta semana um especialista. “O azeite é a melhor gordura porque é muito rica em ácido oleico e a segunda melhor é a do porco alentejano, quando este é engordado com bolota”, frisou à Lusa José Tirapicos Nunes, professor da Universidade de Évora. O investigador falava à margem do II Congresso Iberoamericano de Suinicultura, que decorre até hoje, sexta-feira, numa unidade hoteleira de Évora, subordinado ao tema “A economia e o futuro da fileira da carne de porco – a carne por excelência”. De acordo com José Tirapicos PUB
Nunes, a gordura do porco alentejano tem 57 por cento de ácido oleico, já que a bolota, que lhe serve de alimentação, tal como a azeitona, são muito ricas nesse mesmo ácido gordo monoinsaturado, considerado o melhor tipo de gordura. “Não sendo uma gordura saturada, não causa aqueles problemas ligados ao colesterol e ao fibrinogénio”, adiantou o investigador, considerando que “é errado” pensar-se que “toda a carne com
gordura faz mal”. José Tirapicos Nunes salientou que “a gordura do porco de raça alentejana é a menos saturada”, sendo, por isso, mais saudável do que a carne de outros animais, como vaca, borrego e também o frango, se não lhe for tirada a pele. “Do ponto de vista da qualidade da gordura, a carne de porco é, sem dúvida, a melhor. Mesmo o porco branco é melhor do que qualquer outra carne”, sublinhou.
Por isso, disse, “se a carne de porco for comida com moderação e regularidade, está mais do que provado que é uma gordura bastante saudável”. Apesar de ser muito semelhante ao porco ibérico, o porco de raça alentejana “tem características únicas no mundo”, sobretudo devido à sua alimentação, à base de bolota e ervas que “têm muitos antioxidantes”, disse o professor da Universidade de Évora.
Por outro lado, o porco alentejano “consome recursos naturais que são renováveis” e “fica menos dependente do exterior, porque não é necessário importar grandes quantidades de matérias-primas”, acrescentou. Segundo o investigador, a produção de porco alentejano “concentra-se no Alentejo”, sendo que, atualmente, “existem 400 criadores” desta raça e o efetivo de reprodutores é de 12 mil animais.
2 / cadernodois / Diário do Alentejo /24 de junho de 2011
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Medicina dentária ▼ Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
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DR. MAURO FREITAS VALE MÉDICO DENTISTA
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Centro de Fisioterapia S. João Batista Fisiatria – Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional – Elsa Silvestre Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia – Classes de Mobilidade – Classes para Incontinência Urinária – Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico – Reabilitação Pós Mastectomia Acordos com A.D.S.E., ACSPT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA
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Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100
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3 / cadernodois / Diário do Alentejo /24 de junho de 2011
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Urologia
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Drº Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Drº Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Drª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Drª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Drº Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Drº Rogério Guerreiro – Naturopatia Drº Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Drª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/ dislexias) Drº Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dra. Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Drª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Drª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Drª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Drª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Drª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Drª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/ Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/ amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt
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4 / cadernodois / Diário do Alentejo /24 de junho de 2011
institucional/diversos Diário do Alentejo nº 1522 de 24/06/2011 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO DE ERNESTO C. SANTOS
CERTIDÃO Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que no meu Cartório Notarial e no livro de notas para escrituras diversas n° 229-A exarada a folhas 11, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, outorgada hoje, na qual, Jaime Alves Magalhães, NIF 130 334 014, natural da freguesia de São Tiago Maior, concelho de Beja, residente à Rua do Navio, lote 51, A-dos-Cunhados, Torres Vedras, que outorga por si e em representação na qualidade procurador de sua mulher Teresa Maria Monteiro Caldeira Alves Magalhães, NIF 153 730 757, natural da freguesia do Monte, concelho do Funchal, com quem é casado no regime da separação de bens, consigo residente, declarou que ele e a sua representada, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, de um prédio urbano habitacional, situado à Rua da Olivença, número 17, Beja (Santiago Maior), freguesia e concelho de Beja, com a área global de quarenta e sete vírgula quatro metros quadrados, sendo quarenta e seis metros quadrados de área coberta e um vírgula quatro metros quadrados de área descoberta, inscrito na matriz predial respectiva em nome de Manuela Rosa, sob o artigo 1593 e descrito sob o número cinquenta e sete daquela freguesia, na Conservatória do Registo Predial de Beja, onde se acha registado a favor da referida Manuela Rosa, viúva, pela apresentação quatro de dois de Setembro de mil novecentos e oitenta e cinco. Que, o mencionado prédio veio à posse dos justificantes, no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por doação remuneratória, meramente verbal, que lhes foi feita, pela referida Manuela Rosa, então já viúva, sem que tivesse sido lavrada a competente escritura. Que desde aquele ano, os justificantes estão na posse do referido prédio, até à presente data, portando por mais de vinte anos, posse esta sempre exercida em nome próprio, sem interrupção ou oposição de quem quer que fosse, à vista de todos e manifestada de forma inequívoca por actos próprios de um proprietário, nomeadamente, pagando as contribuições, dispondo das suas vantagens, pelo que, à falta de outro título formal suficiente, o adquiriram a título originário a usucapião. É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita. Funchal, aos 16 de Junho de 2011. A adjunta do Notário, com delegação de poderes Maria Clara Vieira Gama
GENERAL MANUEL SOARES MONGE Governador do distrito Em sua homenagem, um grupo de amigos e admiradores promove no próximo dia 30 do corrente (5.ª feira) um jantar no Beja Parque Hotel.
Inscrições pelo tel. 284329866 ou tm. 962059188 ou pelo e-mail filomenaalbuquerque@gmail.com, até ao dia 28 de Junho. Diário do Alentejo nº 1522 de 24/06/2011 Única Publicação
Diário do Alentejo nº 1522 de 24/06/2011 Única Publicação
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA
EDITAL LICENÇA DE FUNCIONAMENTO N.° 2/2011 (*) REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL 1. Identificação do estabelecimento Denominação do estabelecimento: O Abelhinha Localização do estabelecimento: Rua Padre António Vieira, n° 6 e 6A C. Postal 7800-328 Beja Localidade: Beja Distrito Beja Concelho: Beja Freguesia: Santiago Maior Telefone 284325253 E-mail o.abeIhinha@hotmail.com 2. Identificação da entidade gestora Nome completo: Abelha Voadora, Lda Morada: Rua Padre António Vieira, no 6- 6A C. Postal: 7800-328 Beja Localidade: Beja 3. Actividade exercida no estabelecimento O estabelecimento irá exercer a actividade de Creche com um berçário e 3 salas de actividades 4. Lotação máxima O estabelecimento pode abranger o número máximo de 36 (trinta e seis) utentes. (*) Emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.° 64/2007, de 14 de Março. 2011/06/07. José Valente Guerra
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SARA DE GUADALUPE ABRAÇOS ROMÃO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA TORNA PÚBLICO: de acordo com o estipulado no n.° 3.do artigo 84° da Lei n.° 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.° 5-A/2002, de 11 de Janeiro e artigos 16.° e 38.° do Regimento da Assembleia Municipal de Serpa, que no próximo dia 30 de Junho de 2011, pelas 18:00 Horas, na Sala de Sessões da Câmara Municipal realizar-se-á uma sessão ordinária deste Órgão Deliberativo, cuja ordem de trabalhos é a seguinte: 1. PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA” 1.1 Apreciação e votação da acta nº 3/2011 1.2. Resumo do Expediente 1.3. Intervenção dos membros da Assembleia Municipal 2. PERÍODO DE “ORDEM DO DIA” 2.1. Relatório da Actividade Municipal (Artigos 53º e 68º da Lei nº 169/99, de 18/09, com a redacção da Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro) – Relatório nº 3/2011 2.2. Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Serpa - Representantes 2.3.Comissão de Acompanhamento dos Planos Municipais - Representantes 2.4. Proposta de protocolos de colaboração e delegação de competências entre a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia 2.5. Regulamento Municipal de Insígnias e Medalhas 3. PERÍODO DE “INTERVENCÃO DO PÚBLICO” E, para constar, se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos locais públicos do costume. Serpa, 16 de Junho de 2011 A Presidente da Assembleia Municipal Sara de Guadalupe Abraços Romão
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5 / cadernodois / Diário do Alentejo /24 de junho de 2011
institucional/diversos Diário do Alentejo nº 1522 de 24/06/2011 2ª Publicação
Regulamento do Concurso de Ideias para a Elaboração de um Logotipo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo – CIMBAL – Artigo 1.º (Objecto) O presente regulamento estabelece o quadro do concurso para a elaboração de um logótipo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, sendo esta a entidade promotora do concurso. Artigo 2.º (Princípios Fundamentais) 1. O presente concurso admite a participação de pessoas singulares ou colectivas. 2. Qualquer trabalho que não seja original será de imediato desclassificado. 3. A figuração nos suportes de qualquer marca, assinatura, rubrica ou qualquer elemento que à identificação do concorrente será motivo de desclassificação. 4. Reserva-se o direito de não atribuição de qualquer prémio caso o nível dos trabalhos não seja considerado adequado. 5. Da decisão do júri não existirá recurso. Artigo 3.º (Disposições Gerais) 1. O tema do logótipo deverá reflectir o território e o objecto / atribuições da CIMBAL; 2. O logótipo seleccionado será utilizado nos documentos administrativos, formulários, materiais de divulgação, páginas web ou outros elementos identificativos da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo. Artigo 4.º (Júri) 1. O júri de avaliação dos logótipos do concurso será constituído pelos seguintes elementos: a. Presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, Jorge Pulido Valente; b. Vice-Presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, João Manuel Rocha da Silva; c. Vice-Presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, António José Messias do Rosário Sebastião; 2. O concurso é interdito a qualquer elemento do júri, assim como às demais pessoas envolvidas na sua organização. 3. O anonimato dos concorrentes só será levantado após a classificação final. 4. Os membros do júri são obrigados ao sigilo. 5. Compete ao júri a verificação da conformidade das propostas com os requisitos do concurso e a avaliação dos trabalhos aceites. 6. o Júri reserva o direito de não atribuição do prémio, caso a qualidade dos trabalhos não o justifique. Artigo 5.º (Publicitação do Regulamento e Abertura do Concurso) 1. A abertura do concurso será publicitada num jornal regional, bem como no site do Beja Digital – www. bejadigital.pt 2. No site será ainda disponibilizado o regulamento do concurso. 3. A divulgação do concurso será diligenciada junto das escolas superiores, secundárias e profissionais, bem como dos 13 Municípios que fazem parte da área geográfica da CIMBAL. 4. O concurso decorrerá entre os dias 17 de Junho e 9 de Julho de 2011. Artigo 6.º (Apresentação dos Logótipos) 1. Os trabalhos deverão ser entregues em suporte de papel com a respectiva impressão em formato A4. Deverá ser apresentada: - Uma versão a cores; - Outra em escala de cinza. 2. O autor da proposta vencedora deverá apresentar uma versão digital do logótipo em formato editável (vectorial). 3. Os trabalhos deverão ser entregues, em envelope A4 fechado, com a menção exterior “Concurso de Ideias para um Logótipo da CIMBAL”. O interior deste envelope
deverá conter: a) As várias versões do logótipo (acima referidas); b) Uma memória descritiva e justificativa da escolha feita; c) Um envelope fechado (sigiloso), sem qualquer identificação exterior, contendo no seu interior a identificação, morada, e-mail e contacto telefónico do autor, em letra legível, bem como fotocópia do documento identificativo (BI ou Cartão do Cidadão) e do NIF e a declaração (presente em anexo) devidamente preenchida e assinada. 4. Os trabalhos serão entregues em mão (até às 17:00 horas, do dia 9 de Julho de 2011) ou por carta registada, com aviso de recepção, para a seguinte morada (contando neste caso a data de expedição): Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Concurso de Ideias para um Logótipo da CIMBAL) Praceta Rainha D. Leonor nº 1 Apartado 70 7800 – 953 Beja 5. Cada candidato poderá apresentar num máximo três trabalhos a concurso, que poderão ser a nível individual ou colectivo. Artigo 7.º (Avaliação das Propostas) Os critérios de avaliação do logótipo são os seguintes: • Criatividade, reflectindo: - Carácter dinâmico (15%) - Inovador (20%); • Adequação da imagem ao objecto do concurso, permitindo: - Legibilidade e reconhecimento fácil da CIMBAL (25%) - Carácter intermunicipal (20%); • Qualidade da imagem permitindo: - Transposição fácil para os meios electrónicos (10%); - Reprodução em pequenas e grandes superfícies (10%); Artigo 8.º (Prémio) O prémio é único, sendo atribuído à proposta vencedora o valor pecuniário de 500,00€ (quinhentos euros). Artigo 9.º (Divulgação) 1. O resultado do concurso considera-se oficialmente divulgado após a afixação da lista, no site do Beja Digital, e a comunicação por escrito ao concorrente premiado. 2. O logótipo vencedor será apresentado, oportunamente. Artigo 10.º (Direitos de Propriedade) 1. O logótipo vencedor será propriedade da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo. 2. Os direitos de propriedade intelectual serão detidos pelo autor do logótipo. 3. A entidade proprietária do logótipo reserva-se o direito de o utilizar sob a forma e para os efeitos que lhe aprouver. 4. O júri poderá sugerir adequações ao logótipo vencedor, de acordo com o seu autor. 5. Os restantes logótipos são propriedade exclusiva dos seus autores. Artigo 11.º (Disposições Finais) 1. A resolução de casos omissos ou dúvidas caberá aos membros do júri. Para tal, o júri deverá ser contactado formalmente dentro do prazo limite de apresentação dos logótipos. 2. A participação neste concurso implica a aceitação deste Regulamento sem reservas. O Presidente do Conselho Executivo Jorge Pulido Valente
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6 / cadernodois / Diário do Alentejo /24 de junho de 2011
institucional/diversos Diário do Alentejo nº 1522 de 24/06/2011 Única Publicação
CASA DO ESTUDANTE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
CONVOCATÓRIA Nos termos do nº 1 do art.º 29; do nº 1 e do nº 3 do art. 40º; dos Estatutos da Casa do Estudante convocam-se todos os associados da Casa do Estudante para participarem na Assembleia Geral Extraordinária a realizar-se no dia 26 de Junho de 2011, pelas 08:30h nas Instalações da sede, sito na Rua de Moçambique nº10 em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto um: Recomposição por eleição do Órgão Social Direcção da Casa do Estudante – Secretário; Ponto dois: Outros assuntos de interesse para a Instituição. Os trabalhos iniciar-se-ão uma hora mais tarde, com qualquer número de associados, se há hora marcada não estiver reunido o quórum legalmente previsto. Apela-se à participação de todos os Associados! Beja, 9 de Junho de 2011. O Presidente da Assembleia Geral Manuel Rebelo Lança Alves
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Nos termos do nº 1 e do nº 3 do art. 40º e do art. 36 alínea d) dos Estatutos da Casa do Estudante convocam-se todos os associados da Casa do Estudante para participarem na Assembleia Geral Extraordinária a realizar-se no dia 26 de Junho de 2011, pelas 11:00h nas Instalações da sede, sito na Rua de Moçambique nº10 em Beja, com um ponto único na ordem de trabalhos: Venda do prédio misto - Quinta de Santo António do Degebe em Évora. Os trabalhos iniciar-se-ão uma hora mais tarde, com qualquer número de associados, se há hora marcada não estiver reunido o quórum legalmente previsto. Beja, 9 de Junho de 2011. O Presidente da Assembleia Geral Manuel Rebelo Lança Alves
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†. Faleceu a Exma. Sra. D. VITALINA MARIA ANTÓNIA, de 78 anos, natural de Almodôvar, casada com o Exmo. Sr. Joaquim Matos dos Santos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 18, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM ANTÓNIO DAS DORES CHIADO, de 76 anos, natural de São João Baptista - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Vicência Maria Sioga Ruivo Chiado. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA BERNARDA, de 95 anos, natural de Vale de Santiago – Odemira, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 18, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANTÓNIA DA COSTA, de 83 anos, natural de Ferreira de Aves - Satão, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério de Lamas – Satão.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. LUÍSA DA CONCEIÇÃO PIRES ALVES, de 50 anos, natural de Beringel – Beja, casada com o Exmo. Sr. António José Palhinhas Orelhas. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
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Manuel Isidro Brito Aleixo
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ZULMIRA ROSA SARDINHA BAIÃO GUERREIRO, de 61 anos, natural de Peroguarda – Ferreira do Alentejo, casada com o Exmo. Sr. Vital Carlos Filipe Guerreiro. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 20, da Casa Mortuária da Mansão de São José, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. EDVIGES DO CARMO DA SILVA CHEIRA, de 71 anos, natural de Baleizão - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu o Exmo. Sr. Doutor JOSÉ FRANCISCO SANTOS SOUSA, de 51 anos, natural de São Matias - Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ISMÁLIA CECÍLIA MOREIRA DE AGUIAR, de 93 anos, natural de Santo André Estremoz, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 21, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
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CABEÇA GORDA
NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu a Exma. Sra. D. GERTRUDES CAROLINA CANENA, de 89 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JULIANA RAPOSO, de 93 anos, natural de Beringel - Beja, casada com o Exmo. Sr. João António Rodeia. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Sr. VALENTIM REVEZ, de 82 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. GUILHERMINA ROSA PARRINHA, de 84 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA FRANCISCA DAVID, de 84 anos, natural de Vila Alva - Cuba, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 21, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
Sua esposa, filha, filho, nora, genro, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 15/06/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente, vêm por este meio agradecer reconhecidamente a todos quantos se dignaram acompanhá-lo à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. A família expressa o seu profundo agradecimento a médicos e enfermeiros, em especial ao Dr. Carlos Voabil, Dr. Pedro Costa e Enfª Isabel Gonçalves do Hospital J. Joaquim Fernandes, e Equipa de Enfermagem do Hospital de Dia de Beja, pelo apoio e ajuda prestados durante a sua doença.
Vale de Vargo
h
É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento do Sr. Marcelino da Ascensão Batista Almeida de 83 anos, casado com a Sra. Violante das Pazes Pateiro . O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 16 de Junho da Casa Mortuária de Vale de Vargo para o cemitério local. A família na impossibilidade de o fazer individualmente, agradece a todas as pessoas que pela sua presença ou de outra forma expressaram o seu pesar. Funerária Central de Serpa, Lda. Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
AGRADECIMENTO MISSA
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Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Maria Amélia Varela Brito Filhos, netos, irmãos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 15/06/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Santa Iria PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
MISSA Hernâni da Conceição Catarino
Engenheiro Pacheco José Francisco Evaristo Flores Seus primos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 18/06/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
José Manuel Filhos, netos, irmãos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 17/06/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA. Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A 7830-344 SERPA
3º Ano de Eterna Saudade Esposa, filhos e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 27/06/2011, segunda-feira, às 18 e 30 horas, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, agradecendo desde já a todos os que comparecerem no piedoso acto.
2º Ano de Eterna Saudade Esposa, filhos, nora, genro, neta, mãe, irmã, cunhados e sobrinhos participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 01/07/2011, sexta-feira, pelas 18.30 horas na Igreja da Sé em Beja, agradecendo desde já a todos os que comparecerem no piedoso acto.
Rosa Cruz Leitura mediúnica de cartas, búzios, pêndulo e tratamentos Rua de S. Pedro, nº 1 7050 Montemor-o-Novo Tms. 962067692, 934964152, 912951971
Dois meses volvidos sobre o falecimento de Germano Manuel Cruz Madeira Leal, a 20 de Abril de 2011, a sua esposa e filha agradecem a todos os que o acompanharam e o recordam com saudade.
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8 / cadernodois / Diário do Alentejo /24 de junho de 2011
Outras novidades
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Temática da dádiva de sangue com mais um selo
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Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Santa Maria da Feira (Adbssmf) põe em circulação no próximo domingo, dia 26, um selo comemorativo do seu vigésimo aniversário. Para celebrar o mesmo acontecimento, os correios também emitiram um carimbo comemorativo. O lançamento do selo e a utilização do carimbo terão lugar no domingo, das 9 e 30 às 11 horas, num posto de correio que funcionará na Biblioteca Municipa l de Santa Maria da Feira. Tanto o selo como o carimbo mostram um pormenor da parte central do monumento aos dadores de sangue existente naquela cidade. Para distribuição gratuita a todos aqueles que ao longo dos seus 20 anos de vida se distinguiram, a Adbssm editou uma pagela em formato A6, em cartolina, onde, como é costume neste tipo de documentos, faz um pequeno historial dos factos mais significativos da sua existência. Este documento, de quatro páginas, foi distribuído contendo um selo na página n.º 3. O seu texto é o seguinte: “Fundada em 02.06.1991 atingiu o estatuto de utilidade pública em 26 de abril de 1995. Tem sede própria. É constituída pelos órgãos da associação e por 32 núcleos locais (representantes da associação nas diversas localidades), 38 locais de recolha de sangue nas 31 freguesias do concelho de Santa Maria da Feira (com uma área de 211 quilómetros e com mais de 130 000 habitantes). 206 – em regime de voluntariado esta associação envolve mais de duas centenas de pessoas. Organiza colheitas de sangue todos os fins de semana nas diversas freguesias. Organiza colheitas de sangue em empresas, na nossa sede (às quartas e sextas-feiras de tarde) e ainda dá apoio a colheitas de sangue
que se realizam em escolas do concelho. No total organiza mais de uma centena de colheitas de sangue anualmente (no ano de 2010 organizou mais de 183 colheitas de sangue). Organiza ações de formação periódicas para os elementos dos núcleos. Representa cerca de 20 por cento do movimento do centro de recolhas de Coimbra. Desde a sua fundação o número de dadores que se apresentam às nossas colheitas tem aumentado de forma gradual. Todo o trabalho da associação se tem pautado por princípios do bem comum, promoção da vida e construção de uma cadeia de solidariedade em torno da dádiva benévola de sangue. Assentou sempre no trabalho de sensibilização junto das pessoas. Todo o trabalho foi desenvolvido pelos núcleos locais semana após semana, num incansável passar de palavra nos locais de trabalho, nas paróquias, nas escolas e na comunicação social. Os núcleos têm realizado um trabalho magnífico”. Assina o texto o presidente da Adbssm, Serafim Reis. Em Dádiva do sangue, generosidade de muitos ... e oportunismo de alguns, do comendador Joaquim Moreira Alves, sobre a Adbssm pode ler-se que “a primeira ação foi realizada no mês de junho de 1889” (...) e que “a recolha começou às nove horas e terminou às dezassete e deram sangue cento e vinte cinco pessoas, das cento e cinquenta e nove que compareceram”. Veja-se o mapa que ilustra esta página, que bem nos dá uma ideia do que foi este crescimento no concelho português que tem a maior percentagem – quase cem por mil – de dadores de sangue por habitante. Os filatelistas interessados poderão contactar a Adbssm, através de adsfeira@sapo.pt ou pelo telefone/fax 256 372 995.
Mia Maï, por Stephen Desberg e Marc Bourgne, sob edição Lombard. É o quinto tomo da série “I.R.$--All Watcher”.
Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha
Um refinado western
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s Éditions Delcourt acabam de lançar uma nova série com argumentos de Wilfrid Lupano e grafismo de Paul Salomone: “L’Homme Qui N’Aimait Pás Les Armes a Feu”. É uma refinada paródia aos westerns, lembrando as fitas de Sergio Leone e as da série “Trinitá”. O toque do requinte divertido recai no personagem principal, o muito britânico Byron Peck, que adora beber chá (lógico!) e detesta armas de fogo (pois sim!). Mas outros personagens
aqui brilham também: o dinamarquês um tanto demente e brutamontes Knut Hoggard, o bandoleiro mexicano Manolo Cruz, a perigosa e espertalhona aristocrata franco-russa Margot de Garine e o incompreendido apaixonado Tim Bishop. Todos numa grande embrulhada com muitos tiroteios e onde ninguém deve confiar em ninguém. E com este primeiro tomo, “Chili Con Carnage”, se inicia uma série agitada e divertida que vai dar muito que falar.
“Le Bal” Editora: Lombard. Autores: Nicolas Pona, Jean-Marie Minguez e Bruno Stambeco. Obra: “Le Bal”, primeiro tomo da série “Carabosse”.
Nas lendas do imaginário, Carabosse e as suas irmãs Carabique e Carapate são as fadas do mal, sendo a primeira a pior e mais cruel de todas, pois até é Carabosse quem lança o feitiço-maldição à Bela Adormecida. Em teoria, Carabosse é velha, feia e corcunda. Sofre mortes violentas, mas ressuscita sempre, para atuar com
Por Fernando Bento Com autoria de João Paulo de Paiva Boléo, a Câmara Municipal da Amadora editou E Tudo Fernando Bento Sonhou, que é, de certo modo, uma monografia interessante sobre o grande artista, mormente na banda desenhada, que foi Fernando Bento. Em 2010, o 1.º centenário do nascimento de Bento, na medida do possível, foi devidamente evocado e comemorado. Uma exposição parcial da sua obra foi organizada em conjunto pela Câmara Municipal de Moura, Grupo Bedéfilo Sobredense (GBS) e Grupo de Intervenção e Criatividade Artística
mais crueldade ainda. Um excêntrico jovem milionário e um velho louco e apaixonado pelos contos de fadas vão tentar resolver o problema desta lenda de Carabosse, novamente viva, em reaparição infernal, mas com um aspeto belo e sensual. E se a fada Carabosse tivesse realmente existido, presente desde a noite dos tempos, no seio dos nossos ódios e dos nossos medos? de Viceu (Gicav), por onde esta exposição andou patente: Moura, Sobreda e Viseu, vindo ainda a marcar-se em Beja (Casa da Cultura) de meados de dezembro/2010 ao final de janeiro/2011. Pela ocasião, as três primeiras entidades reeditaram em mini-álbuns, as histórias de Bento: “Moby Dick” (Moura), “Revolta na Jamaica” – “Um Estranho Naufrágio” – “O Homem Que Deu a Volta ao Mundo” (Sobreda) e “Joaquim Agostinho” (Viseu). Em gesto separado, o Festival da Amadora/2010 também fez uma exposição alusiva, que culminou com a edição da obra de Paiva Boléo que aqui e agora registamos.
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