Edição nº 1523

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JOSÉ SERRANO

Vítor Fernandez Silva: “Turismo não para de crescer no Alentejo” Entrevista nas págs págs. 12/13

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SEXTA-FEIRA, 1 JULHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1523 (II Série) | Preço: € 0,90

Beja e Moura devem 150 mil ao Conservatório

Extinção ddos governos gov civis “é precipitada”

“Reforma Agrária” em Bruxelas

Simões é o terceiro deputado por Beja

As câmaras de Beja e de Moura devem cerca de 150 mil euros ao Conservatório do Baixo Alentejo. O que, somado aos atrasos sistemáticos nas comparticipações do Estado, põe em risco a sobrevivência desta instituição intermunicipal, denuncia o autarca Francisco Duarte. pág. 7

Quem o afirma é Manuel Monge. O último governador de Beja diz que no seu próprio partido faltou coragem para defender os governadores civis, numa altura em que se “tornou moda amesquinhá-los”. pág. 5

Bem no coração da capital administrativa da Europa há, desde a década de 1960, uma zona de hortas comunitárias a que a comunidade portuguesa chama de “Reforma Agrária”. Ou não fossem alentejanos, de Aljustrel, os seus principais impulsionadores. págs. 2/3

Com a incursão de Carlos Moedas no Governo da nação, Mário Simões, segundo da lista social-democrata por Beja, chega à Assembleia da República e deixa um recado: “Não sou merceeiro”. pág. 4

“Beja Merece” apela ao envolvimento das instituições regionais na luta contra o fim dos comboios

JOSÉ FERROLHO

PS ofereceu linha de Beja à troika

O Governo cessante negociou com a troika o encerramento de 116 quilómetros de linha férrea entre as estações de Casa Branca e Funcheira. O que, na prática, deixará Beja sem qualquer tipo de atividade ferroviária. O movimento “Beja Merece” apela à união de todos contra esta decisão que apanhou de surpresa os próprios deputados socialistas. pág. 6

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02 Diário do Alentejo 1 julho 2011

Manuel Teixeira, mais conhecido por Ruço, é o português que tem uma horta há mais tempo na “Reforma Agrária”, já lá vão 35 anos, e que ainda continua a semeá-la. “Eu não fui dos primeiros, já aqui estavam cinco portugueses e eu fui o último a chegar”.

Na capa

A bem dizer não estava aqui nada. Os primeiros que aqui chegaram é que começaram aqui a cavar isto tudo, a vedar. Como trabalhavam todos juntos, começaram a puxar uns pelos outros para vir semear estas terras.

Emigrantes alentejanos fazem hortas desde 1967

A “Reforma Agrária” em Bruxelas Em Bruxelas, capital não oficial da União Europeia, existe um conjunto de hortas em

A

15 minutos do centro de Bruxelas, duração de viagem de metro entre Sainte-Catherine e La Roue, fica Anderlecht. Esta zona, conhecida por albergar um dos mais famosos clubes do futebol belga, é bastante diferente dos locais de Bruxelas que figuram nos postais e nos souvenirs. Aqui não há a grandiosidade da Grand Place e dos seus edifícios neogóticos, nem os magotes de turistas para tirarem fotografias ao miúdo que urina, o Manneken Pis, nem, tampouco, os mais variados executivos europeus que circulam em torno dos edifícios da Comissão Europeia (o Berlaymont) ou do Conselho Europeu (o Justus Lipsius). Por estas bandas são os edifícios de dois, três andares, de pequenos tijolos avermelhados e conjugados com betão, que pintam as ruas e enchem a paisagem; são as mulheres com sacos de compras enquanto esperam, pacientemente, que se faça luz verde nos semáforos de peões que preenchem os passeios; e são muitos os imigrantes que tentam levar vidas melhores do que levariam em Portugal ou nos seus países de origem. A route de Lennik, para quem chega e a observa pela primeira vez, serve de fronteira entre o campo e

pleno tecido urbano criado por portugueses nos anos 60 do século passado. Batizada de “Reforma Agrária”, as hortas são hoje mantidas por portugueses, mas também por uma série de agricultores de fins de dia e de semana de outras nacionalidades, numa verdadeira Política Agrícola Comum. Em tempos de crise as hortas ajudam e reforçam os laços com a terra, a dos alimentos e a das raízes. Texto e fotos Marco Monteiro Cândido

a cidade em Anderlecht, Bruxelas. De um lado da rua, casas, moradias, um parque de autocarros; do outro, o verde, da copa das árvores, dos campos de futebol, o verde do que vai nascendo da terra semeada por alentejanos de Aljustrel. Um pequeno portão, aberto a maior parte das vezes, convida a entrar. A vedação de madeira, impecavelmente disposta em torno das pequenas hortas, marca o terreno. O terreno, que outrora foi um baldio, e que é agora um conjunto de pequenas hortas, quase tão bem representativas da Europa dos 27 quanto o Parlamento Europeu o é. Manuel Teixeira, mais conhecido por Ruço, é o português que tem uma horta há mais tempo na “Reforma Agrária”, já lá vão 35 anos, e que ainda

continua a semeá-la. “Eu não fui dos primeiros, já aqui estavam cinco portugueses e eu fui o último a chegar. Mais tarde eles tiveram a reforma e eu fiquei aqui sozinho”. Manuel é natural de Aljustrel, terra que lhe marca o andamento da vida e onde tem que voltar de tempos a tempos, apesar de não pensar em voltar definitivamente. Sente-se bem na Bélgica, onde tem a mulher, os filhos e os netos. A “Reforma Agrária” portuguesa em Bruxelas foi o mote, aquando da visita de António Afonso Bernardino, poeta popular de Aljustrel, mais conhecido por “Bagacinha”, de uma poesia. Publicada no livro Descalço – Poesia Popular, de 1995, o autor mostra-se admirado com a qualidade dos meios e dos produtos cultivados

em solo belga, nunca tendo visto “algo igual”. A história da “Reforma Agrária”, a das hortas e não a das expropriações de terrenos no Alentejo e Ribatejo, começa por volta de 1967. Do grupo inicial de portugueses que começou a semear em terrenos belgas, todo ele constituído por homens de Aljustrel, Acácio Barão, de 75 anos, foi o primeiro de todos. Apesar de ainda não se ter desligado do país que o acolheu mais de 40 anos, divide agora o seu tempo entre cá e lá. “O início das hortas foi em 67. Eu costumava passear por ali e via alguns belgas a trabalhar nas suas hortas. Como eu gostava daquilo, certa vez perguntei a um gendarme, uma espécie de guarda-republicano, se eu também

podia começar a semear um bocadinho de terreno. Ele disse-me que não era possível e a coisa ficou assim. Mas tantas vezes eu passava por ali, tantas vezes lá ia, que a certa altura um dos belgas que tinha lá horta deu-me um bocado do terreno dele”. A partir deste momento, Acácio, homem criado no monte Ruas, junto a Aljustrel, homem que teve no campo os princípios da sua vida, habituado a trabalhar na terra, por fora e por dentro, já que havia sido mineiro em Portugal e na Bélgica, nas minas de carvão, começou a cultivar um pedaço de terra. E a seguir outro. E depois outro. E com isto, começou a convencer os conterrâneos a cultivarem também, dando-lhes partes dos terrenos cultivados por si. Manuel Teixeira foi um desses homens. E o que por lá se mantém. Outros voltaram, como Acácio, e outros já morreram. Mas o espírito da “Reforma Agrária”, nome criado por brincadeira, entre um copo e outro, num café próximo das hortas, ainda se vai mantendo, nem que seja no contentamento que transparece nos olhos de Manuel, quando fala da horta, do que semeia e dos momentos que lá passa, apesar das chamadas de atenção constantes da mulher para ter mais calma com o


trabalho, para não se esforçar tanto. “Aqui semeamos de tudo: ervilhas, favas, courgettes, tomates, abóboras, feijão, batatas, cebolas, morangos. Tudo”. Os terrenos, onde hoje se mantém a “Reforma Agrária”, estavam abandonados e, apesar de pertencerem à câmara municipal local, a comuna, os pequenos agricultores não pagam nada pelo usufruto dos mesmos. Manuel Teixeira recorda como era diferente no início. “A bem dizer não estava aqui nada. Os primeiros que aqui chegaram é que começaram aqui a cavar isto tudo, a vedar. Como trabalhavam todos juntos, começaram a puxar uns pelos outros para vir semear estas terras. Mais tarde disseram-me a mim. Mas isto era pouco. Era um pedacinho de terreno para todos”. Ainda são muitos os que vão mantendo o cultivo nos terrenos. Entre portugueses, espanhóis, belgas e italianos, a “Reforma Agrária” é uma verdadeira roda-viva. Quando alguém se vai embora, há sempre outro alguém que vem e ocupa o terreno deixado vago. No entanto, e apesar de não haver terrenos livres, Manuel Teixeira prevê que o futuro acabará com as hortas. Ou a câmara. “Mais tarde isto é capaz de acabar. A câmara há de derrubar isto tudo e construir aqui casas. Até já tiveram um projeto para aqui. O futuro é acabar”. Carlos Alberto Cavaco, de 52 anos, também ele aljustrelense e pasteleiro de profissão, é outro dos portugueses que tem uma horta na “Reforma Agrária”, há 12 anos. Se a crise, por um lado, faz com que haja

A “Reforma Agrária” portuguesa em Bruxelas foi o mote, aquando da visita de António Afonso Bernardino, poeta popular de Aljustrel, mais conhecido por “Bagacinha”, de uma poesia.

Manuel Teixeira “Ruço” é um dos fundadores da “Reforma Agrária”

pessoas a cultivarem, porque sempre é qualquer coisa que levam para casa para comer, é a mesma crise que vai permitir a sobrevivência das hortas. “A câmara quer construir aqui casas, mas não tem dinheiro para avançar com isso”, assegura com ar satisfeito, como que disfarçando o que realmente pensa. Quando a terra os aproxima da terra

A história de Carlos Alberto Cavaco

03 Diário do Alentejo 1 julho 2011

Mas o espírito da “Reforma Agrária”, nome criado por brincadeira, entre um copo e outro, num café próximo das hortas, ainda se vai mantendo, nem que seja no contentamento que transparece nos olhos de Manuel, quando fala da horta, do que semeia e dos momentos que lá passa.

com as hortas é comum a tantas outras, mesmo sem ter alguma vez trabalhado na terra. “O meu colega Ruço é que me influenciou. Tinha um terreno livre, perguntou-me se eu estava interessado e eu avancei”. Homem dos bolos, nunca se tinha aventurado a semear couves, batatas ou qualquer coisa que viesse da terra, mas talvez as raízes de agricultores de Aljustrel tivessem vindo ao de cima com a possibilidade de

trabalhar a terra nos tempos livres. “Eu gosto disto. Via o meu pai fazer e o Ruço é que me ensinou, dava-me uma ajuda”. O futuro das hortas é uma incógnita, mas Carlos lá vai desvendando o que realmente lhe vai na alma: “Daqui a dois ou três anos vai acabar tudo”. E a mesma crise que antes poderia salvar os pequenos terrenos agrícolas, poderá, afinal, ser a sua condenação. “Já começaram a construir aqui à volta. Querem fazer casas sociais para as pessoas mais pobres, como os alugueres são caros e com a crise”. No local onde é a “Reforma Agrária” chegaram a estar sete portugueses de Aljustrel. Hoje estão dois. Os cinco restantes voltaram para a vila mineira, onde três deles já morreram. Mas as marcas dos que começaram as hortas continuam por lá, passando de mão em mão, as mesmas mãos que semeiam e cultivam a terra. A barraca de Manuel Teixeira foi feita por Acácio Baião, o irmão e outro aljustrelense. A mesma barraca onde Ruço se reúne com a família e os amigos, como Carlos, para “petiscos e almoçaradas”, afinal de contas o grande objetivo que está por trás de tudo aquilo. E se a família se junta nos momentos de convívio, apenas Manuel e Carlos se dedicam ao cultivo. “Às vezes passamos uma semana difícil e aqui desanuviamos. Bebe-se um copo, convive-se e estamos no relax”. Muitos dos produtos que os últimos resistentes de Aljustrel levam para casa, criados em solo belga, são bem melhores do que aqueles que encontram no supermercado.

Carlos não hesita: “Sabe tudo melhor e é mais biológico”. “Mesmo que seja pouco, o gosto é outro”. E se, dizem, é pelo estômago que se conquista um homem, é pelos sabores das origens, pelos paladares da memória, que é feita a aproximação às raízes de uma vida. “Com estes produtos até os comerezinhos alentejanos sabem melhor”. Manuel Teixeira não pensa voltar a Portugal. Pelo menos definitivamente, já que passa três, quatro meses por ano em Aljustrel. “E enquanto não me puserem daqui para fora, daqui não saio, não deixo a horta, apesar de a minha mulher insistir para eu deixar, que isto me dá cabo do corpo”. E se a aproximação umbilical à terra natal é feita através dos alimentos, o clima é sempre algo que deixa os portugueses a suspirar. Em Bruxelas o tempo é tão instável que quase que se pode dizer que as quatro estações do ano podem acontecer num só dia. Não é bom para a criação de certos produtos, como os pêssegos, como também não o é para a alma portuguesa. Carlos não se importa com isso, enquanto suspira pelo sol abrasador do seu Alentejo. Quando este artigo sair já estará de férias em Portugal, pensando na pré-reforma, que pode acontecer daqui a três ou quatro anos, altura em que a “Reforma Agrária” ficará para trás. Marco Monteiro Cândido representou oficialmente o “Diário do Alentejo” num seminário para jornalistas do Alentejo e Extremadura, entre 21 e 23 de junho, em Bruxelas, a convite do Parlamento Europeu.


Diário do Alentejo 1 julho 2011

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Pulido Valente “acordou tarde para defender a região”, diz PSD

Hoje

A distrital de Beja do PSD acusa o presidente da Câmara de Beja de “acordar tarde para defender os interesses da região”. A acusação surge após Pulido Valente ter afirmado que já tinha marcado “uma reunião com o secretário de Estado Carlos Moedas” e que irá “bater à porta do ministro da Economia e Obras Públicas para apresentar um caderno de encargos para a região”. O

PSD lembra que o autarca socialista “já teve o ministro Serrano no Governo, mas talvez por um lapso, ou fruto dos muito afazeres nos diversos cargos a que preside, nunca se lembrou de lhe bater à porta para saber qual a estratégia para o aeroporto ou por que razão o Intercidades ficava em Casa Branca”. A distrital diz não estar disposta a tolerar esta “ânsia pelo protagonismo exacerbado”

O primeiro-ministro anunciou a não nomeação de governadores civis e consequentemente a sua extinção em sede de revisão constitucional. Quanto a mim bem. Mário Simões, deputado do PSD

Mário Simões substitui Moedas na Assembleia da República

“Não sou merceeiro” Mário Simões substitui Carlos Moedas na Assembleia da República, depois deste ter sido nomeado secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. Mário Simões é licenciado em Direito e presidente da distrital de Beja do PSD. Em entrevista ao “Diário do Alentejo”, após ter assumido o cargo de deputado, considera que quando acabar o mandato, daqui a quatro anos, quer “andar na rua de cara bem levantada”. O que, dito de outro modo, significará que desempenhou bem as funções. Às afirmações da presidente da distrital do CDS-PP, quanto à distribuição de cargos no distrito, Mário Simões responde que “manda o bom senso que haja recato”. E acrescenta: “sou presidente da distrital, não sou merceeiro”. Texto Carlos Júlio Foto José Ferrolho Que expectativas tem como deputado pelo distrito de Beja? Um único deputado, por um círculo, poderá fazer-se ouvir? É uma voz que conta ao nível regional ou apenas na soma de votos nacional?

É verdade. Um deputado pode fazer-se ouvir na Assembleia da República desde que trabalhe nesse sentido. Agora, uma só voz pode muito pouco se os eleitores continuarem a pensar que compete apenas aos deputados a tarefa que é de todos. A minha expectativa é a de que tudo se consegue com trabalho.

Eu tenho muita relutância em pronunciar-me sobre o que não conheço em pormenor. Em todo o caso trata-se de uma possibilidade que, a implementar, não será para já. Até porque o memorando da troika apenas aponta para 2012 a obrigatoriedade de apresentação de um estudo, não da sua execução. Reafirmo, em todo o caso, o que já defendi publicamente, ou seja, que o País tem freguesias a mais e que podem ser extintas ou fundidas as urbanas, não mexendo nas rurais.

Troika Simões considera que “o País tem freguesias a mais e que podem ser extintas ou fundidas as urbanas” Considera que há causas comuns da região que pode articular com os outros deputados, dos outros partidos, eleitos por Beja?

Sem dúvida. Se numa região tão extensa como o distrito de Beja, que elege apenas três deputados, estes não conseguirem articular ações políticas comuns, então é persistir no erro crasso de dispersar energias. A soma das partes tem sempre mais peso. O facto de não ter sido cabeça de lista, mas estar em substituição de Carlos Moedas, que liderou a lista do PSD, pode menorizar a sua ação enquanto deputado?

Com minudências se fez o país que hoje somos... no seu pior. Os círculos uninominais são uma ideia que ainda não saiu do papel. A lista era composta por três efeti-

vos e três suplentes. Penso que respondi à sua questão. Que ideias base defende para o desenvolvimento do distrito de Beja? Alqueva, o aeroporto e a sua ligação ao porto de Sines vão ser uma prioridade? Ou há outras?

No lugar das ideias, prefiro colocar as ações. E estas têm de ir ao concreto, evitando divagações e adjetivações. O famigerado triângulo de desenvolvimento vai ter de provar que o é. O facto de Carlos Moedas ter um cargo de grande proximidade a Pedro Passos Coelhos abre novas perspetivas de visibilidade e de desenvolvimento ao distrito de Beja?

É uma questão que só se poderá colocar ao próprio.

Sendo também presidente da distrital do PSD de Beja como é que vai ser feita a distribuição dos cargos regionais? Irá haver ao nível regional uma negociação com o CDS-PP, como aconteceu ao nível nacional?

Sou presidente da distrital do PSD, não sou merceeiro. Não vão ser nomeados novos governadores civis. Concorda com esta decisão?

O primeiro-ministro anunciou a não nomeação de governadores civis e consequentemente a sua extinção em sede de revisão constitucional. Quanto a mim bem. Como vê a possibilidade de serem extintos, como prevê o acordo com a troika, concelhos e freguesias no Alentejo?

Como encara as declarações da presidente da distrital do CDS-PP na rádio “Pax” dizendo que o aquele partido iria “lutar pelos cargos a que tem direito”?

Manda o bom senso que haja recato. O acordo entre o PSD e o CDS-PP a nível nacional apresenta também uma discussão sobre as autárquicas de 2013. Poderão existir listas conjuntas PSD/CDS no Alentejo?

O acordo entre o PSD e o CDS-PP é de governo. As autárquicas são matéria que ainda não está na agenda da distrital de Beja do PSD. O que significaria para si, enquanto deputado, um “bom desempenho do cargo” quando se fizer o balanço desta legislatura daqui a quatro anos?

Poder andar pelas ruas do distrito que me elegeu de cara levantada.

Alberto Matos, zangado com o “DA”, escreve ao diretor

“Pelas ruas da amargura”

P

erto do fecho da edição do “DA” prestei um depoimento por telefone sobre a assembleia distrital do BE. A convite do jornalista Aníbal Fernandes, comentei ainda uma entrevista de Miguel Portas e o debate que percorre o Bloco, onde a diferença de opiniões sempre foi vista como virtualidade e não como problema.

Ao ler o jornal qual não foi o meu espanto ao dar com o título “Pelas ruas da amargura” e o antetítulo “Bloco de Esquerda faz autocrítica à derrota eleitoral” – sobre este último e sobre o texto nada a obstar, pois é razoavelmente fiel às declarações que prestei. Mas o título – “Pelas ruas da amargura” – não cola nem com a moção, nem com as minhas decla-

rações, nem sequer com as curtíssimas linhas da autoria de Aníbal Fernandes. Parece (logo é) um enxerto artificial ou uma encomenda. No primeiro impulso, enviei ao jornalista o seguinte comentário: “Belo e isento título do artigo do ‘DA’… Só quem faz autocrítica é capaz de superar as dificuldades e de causar amargura (nas ruas, pois claro!) aos adversários, para

surpresa de alguns treinadores de bancada”. Ainda pensei: o título poderá refletir a opinião do jornalista. Nem é o caso, pois Aníbal Fernandes não arrisca uma única opinião no artigo – aliás, misturar informação com opinião é sempre um exercício arriscado e sujeito a contraditório. Mas aproveitar uma entrevista

telefónica e pôr-lhe aquele título é, no mínimo, abusivo – houve quem me perguntasse se correspondia a afirmações minhas… Não, amigos, neste caso quem andou “pelas ruas da amargura” foi a deontologia jornalística. Lamentavelmente no meu, no nosso, jornal. Alberto Matos – Membro da Coordenadora Distrital do BE


Realiza-se hoje, sexta-feira, pelas 20 e 30 horas, na Galeria do Desassossego, em Beja, um jantar solidário com Luís Miguel, promovido pelo BE. O jantar assinala o 17.º aniversário sobre o “buzinão” na ponte 25 de Abril, após o qual Luís Miguel Figueiredo, então com 18 anos, “foi atingido por uma bala sem rosto que veio a causar danos irreversíveis, atirando-o para uma cadeira de rodas”. Luís Miguel apresentará alguns dos seus quadros e Isidoro Augusto lançará o livro Para Lá do Silêncio.

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Editorial Últimos Paulo Barriga

Extinção de governo civil é “muito prejudicial para Beja”, diz PS A federação do Baixo Alentejo do PS contesta “fortemente” a decisão “do Governo de direita de desprover o distrito de Beja de governador civil”. O PS afirma que tal decisão “é muito prejudicial para Beja” e lembra que o governador civil “era a máxima representação do Estado em Beja e o interlocutor de proximidade a

quem as entidades, bem como os cidadãos, quaisquer que fossem, se podiam dirigir para apresentar as suas questões ao Governo e à administração central”. O governador civil “dispunha de importantes competências na segurança pública e de coordenação territorial das entidades do Estado que agora se perderão com nefastas consequências”, conclui.

Manuel Monge, na hora da despedida do último governador civil

Manuel Monge poderá ficar na história como o último governador civil do distrito de Beja. Para já o novo executivo decidiu não nomear novos governadores civis e exonerar os atuais. Uma decisão que Manuel Monge, militar de carreira, com o posto de general, considera, em entrevista ao “Diário do Alentejo”, ser uma “decisão precipitada” e “um novo recuo para o Terreiro do Paço”. O ex-governador civil foi ontem alvo de uma homenagem em Beja, com um jantar promovido pelo Grupo de Independentes Pró-Beja, e antes, em Vidigueira, numa cerimónia na Câmara Municipal (em que foi também homenageado o ainda diretor regional da Educação do Alentejo). Segundo a autarquia, a “dupla homenagem” teve como “objetivo agradecer e reconhecer o apoio, o empenho, a competência e a disponibilidade prestados a este concelho, no exercício dos respetivos cargos”, quer por Manuel Monge quer por José Verdasca.

JOSÉ SERRANO

Recuar para o Terreiro do Paço nadores civis quando se tornou moda amesquinhá-los. Há quem considere que nada se vai alterar: os governos civis vão continuar, chefiados não por governadores civis mas sim por funcionários administrativos, uma vez que só podem ser extintos através da revisão constitucional. Teria sido melhor rever primeiro a Constituição e só depois extinguir os governos civis, como alguns preconizam, acusando esta medida de “apressada” e “não fundamentada”?

Texto Carlos Júlio Que balanço faz do seu mandato durante estes seis anos? Conseguiu “ter voz” para intervir e “poderes suficientes” para agir?

Nestes últimos seis anos vários projetos, alguns que eram sonhos de há décadas dos alentejanos, viram a sua concretização. A finalização da rede de rega do Alqueva, o aprontamento do aeroporto de Beja, a construção do IP8 (A26) entre Sines e Beja, a implementação e o desenvolvimento de projetos importantes no porto de Sines e o “segurar” das minas de Aljustrel foram certamente as realizações mais importantes na nossa região, nestes seis anos de governo do Partido Socialista. Considero que tive a voz e os poderes suficientes durante o meu mandato. Claro que ocasiões houve em que desejaria ter conseguido ainda mais para a nossa

terra. Mas ambição nesse capítulo, não é pecado... Em que áreas considera que a sua intervenção se fez mais sentir?

Por orientação estratégica superior é nas áreas da segurança e proteção civil que os governadores civis têm maior responsabilidade. Assim foi aqui em Beja. Ressalto, como ações importantes, a intervenção do governador civil para impedir a paragem da Somincor, aquando da queda do viaduto do ramal próprio próximo de Castro Verde, em janeiro de 2010. E a ação de mediação na greve dos mineiros da Somincor, em fevereiro e março de 2010. E também a garantia do cumprimento da lei e da ordem nas estradas do distrito, aquando das paralisações de ca-

mionistas em junho de 2008. Criticou o facto do novo governo ter decidido não nomear governadores civis. Em que áreas considera que essa ausência se vai sentir mais fortemente?

Já respondi atrás. Será nas áreas da segurança e proteção civil. Na nota de imprensa divulgada pelo Governo Civil de Beja, o governador critica o facto de todos os partidos – à exceção do PCP – terem contribuído para a degradação da imagem dos governos civis, que comparou a “ativos tóxicos”. Não sentiu apoio por parte do PS à sua atuação enquanto governador civil?

Houve, infelizmente, alguns responsáveis do PS que não tiveram a coragem de defender os gover-

Considero que foi uma medida precipitada, tomada com base em dados falsos (um despesismo que não existe) e que vai ser penalizadora para o bom funcionamento futuro do Governo. Considero um retrocesso na descentralização administrativa e um novo recuo para o Terreiro do Paço. Foi homenageado ontem, quintafeira, por um grupo de cidadãos independentes de Beja e pela Câmara Municipal da Vidigueira (PCP). Como “vê” estas homenagens?

Um militar, velho servidor do Estado, que durante mais de quatro décadas serviu o seu país nos quatro cantos do mundo onde a audácia e o engenho dos portugueses de antanho levaram a presença de Portugal, termina a sua vida ativa ao serviço, nestes seis últimos anos, dos cidadãos da sua terra. Acho que valeu a pena. Aí inscrevo as homenagens que refere.

Bispo Vitalino Dantas quer “repensar” a religiosidade do povo

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italino Dantas, bispo de Beja, numa recente entrevista à agência Ecclesia, afirmou que “a religiosidade popular tem de ser repensada e renovada”, referindo que, embora “o lado lúdico e cultural seja necessário, as motivações das festas nem sempre são as mais corretas”. O bispo de Beja, e presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, chama a atenção para a inclusão nas festas populares “de aspetos que não proveem da inspiração evangélica”, mas admite que “o ho-

Festas com pouca fé mem necessita de festas, romarias e peregrinações. Todavia nem sempre [as festas] estão, totalmente, sintonizadas com o objetivo de honrar o padroeiro”, conclui. Aliás, o conhecimento popular sobre os diversos padroeiros é muito escasso. “Há aspetos que passaram para a mentalidade do povo e sabe-se, sobretudo, do que é que eles são padroeiros. Sabem que a Santa Bárbara é padroeira dos mineiros, São Sebastião é das pestes… Às vezes, fazem-se sermões à volta da vida

do padroeiro, só que no ambiente de festa exterior nem tudo se ouve e percebe…”. Questionado sobre se os párocos estarão sensibilizados para corrigir esta situação, Vitalino Dantas admite que “dada a escassez do clero, há muita dificuldade em encontrar padres disponíveis para ajudar”. Na diocese de Beja “alguns padres têm duas festas no mesmo dia. Às vezes os párocos vizinhos dão uma ajuda, mas é impossível estar em simultâneo em dois lados”, lamenta.

O bispo de Beja refere-se ainda à participação dos católicos na vida da igreja: “No Alentejo, as mulheres e as crianças vão à igreja. Os homens ficam cá fora à espera da procissão”. Vitalino Dantas acrescenta que “o alentejano fora do Alentejo é um cristão muito empenhado”, mas considera que na região ainda existe um “estigma”, tendo-se criado “a mentalidade que o homem não deve ir à igreja”, o que obriga as pessoas a agir de forma a não serem “marginalizadas”.

M

anuel Monge é capaz de passar à história com o rótulo de “último governador civil de Beja”. É capaz de ter sido o último – nestas coisas da política não é muito aconselhável prever o futuro em modo perfeito – e é provável que tenha sido o melhor. Monge parece que foi desenhado a lápis para um cargo que, nos últimos tempos, valia tanto quanto o mais sujo dos borrões. Sem competências de grande monta, sem orçamento, sem autonomia, sem equipa, Manuel Monge foi o mais franciscano dos governadores civis de que por cá há memória. Mas a sua frugalidade, advinda de imposições superiores e não de filosofia própria, levou o general para junto das suas tropas rasas. Levou o representante do Governo da Nação para junto do povo. Transformou um cargo que era suposto ser meramente decorativo numa magistratura atuante e de proximidade, mediadora, diplomata e conciliadora, interventiva, até. Os últimos, por vezes, são os primeiros. Mas nem sempre. O Bloco de Esquerda perdeu metade dos deputados e dos votantes nas últimas eleições. Quase desapareceu no Alentejo. Alguns dos seus líderes debandaram. E outros querem formar novos partidos. No último “DA” demos a notícia da deriva do BE sob o título “Pelas ruas da amargura”. Um líder local, Alberto Matos, acha que o título foi encomendado. Pelo que lhe oferecemos um mais consentâneo com a realidade atual do Bloco: “Pelos boulevards do contentamento”. Para que o BE não seja hoje o exemplo acabado do complexo de Dorian Gray. Achava-se eternamente jovem, mas quando confrontado co óp o com o seu ppróprio retrato envelheceu de uma ssóó vez.

Diário do Alentejo 1 julho 2011

Jantar solidário com Luís Miguel em Beja


Diário do Alentejo 1 julho 2011

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Base de Beja abre portas à população no domingo

No âmbito das comemorações do 59.º aniversário da Força Aérea Portuguesa, a Base Aérea N.º11, em Beja, abrirá as suas portas à população no próximo domingo, dia 3. O programa inclui exposições estáticas de aeronaves e de modelismo e visitas à torre de controlo (entre as 10 e as 17 horas), exibição cinotécnica (11 horas), batismo em simulador do Alpha-

Serviços técnicos da Câmara de Beja em instalações provisórias

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-Jet (das 11 às 12 e 30 horas), e passeios em viaturas militares (entre as 11 e as 12 e 30 horas e as 14 e 30 e as 16 horas). A Força Aérea criou ainda uma página dedicada às comemorações. Em www.emfa.pt/diafap é possível ter acesso a informação variada, nomeadamente aos programas de atividades ou a curiosidades que fazem parte da história da Força Aérea.

é o número de quilómetros de linha férrea entre as estações de Casa Branca e Funcheira que o anterior governo pretendia eliminar.

Com o início dos trabalhos da empreitada de construção de um edifício sustentável nas atuais instalações do departamento técnico da Câmara Municipal de Beja, os serviços que se encontravam naquelas instalações e no edifício da rua do Mestre Manuel transitam para a Escola n.º 2 (antiga Escola n.º 5), na rua de Angola n.º 5, junto ao Bairro Alemão. Transitaram os serviços de balcão único e tesouraria, divisão de planeamento e ordenamento (técnicos, fiscalização, gabinete de licenciamento), divisão de obras por empreitada, gabinete de gestão da mobilidade, serviço municipal de proteção civil, divisão de serviços urbanos, divisão de zonas verdes e gabinete de desenvolvimento social. Nos próximos dias 4 e 5 os referidos serviços estarão encerrados ao público reabrindo dia 6 nas novas instalações provisórias. A obra de construção do edifício sustentável que irá receber todos os serviços da autarquia foi adjudicada por 3 047 903,11 € + IVA.

Teatro Fórum de Moura promove oficina de intervenção pela arte O Teatro Fórum de Moura vai promover uma oficina de intervenção cívica pela arte, ministrada pelo artista plástico Pedro Penilo. A oficina decorrerá de 5 de julho a 4 de agosto, com 15 sessões de duas horas cada, e destina-se “a todos os interessados por arte contemporânea, estudantes de arte, professores e agentes culturais”. Serão admitidos, no máximo, 15 participantes. A iniciativa culminará com a instalação e apresentação pública das obras no FAC – Festival de Artes Comunicantes que decorre em Moura de 3 a 7 de agosto. PUB

Sócrates troca comboios no Alentejo por ajuda da troika

PS tira linhas O anterior governo PS negociou com a troika o encerramento de cerca 800 quilómetros de linhas de caminho de ferro, revelou o jornal “Público”. Uma parte substancial diz respeito ao Alentejo e ao distrito de Beja: 116 quilómetros, entre Casa Branca e Ourique. A Refer, que a mesma fonte garante ter sido mantida à margem das negociações, propõe “apenas” o encerramento da ligação da capital do Baixo Alentejo a Ourique. Texto Aníbal Fernandes Foto José Ferrolho

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lorival Baiôa Monteiro, um dos membros do Movimento Beja Merece, não encontra “explicação” para esta notícia. Para este ativista “quando se muda uma linha principal para ramal é um mau sinal” e o que agora está em cima da mesa é o “encerramento definitivo dos comboios em Beja”, alerta. Na última terça-feira, Bernardo Loff, presidente da Assembleia Municipal de Beja (AMB), fez um apelo a todas as forças políticas e cidadãos para que se unam e evitem o encerramento das ligações ferroviárias. Florival Baiôa, que participou na

AMB no período reservado à intervenção do público, disse ao “Diário do Alentejo” que a notícia tem motivado “uma forte reação por parte da população”, mas considera que é chegada a altura das instituições regionais fazerem ouvir a sua voz. “As autarquias, as associações comerciais e industriais e as assembleias intermunicipais ainda não compreenderam a importância” do que se está a passar, afirma. “O comboio que leva pessoas, também leva mercadorias”, acrescenta. A direção do movimento, que se reuniu ontem, quinta-feira, já depois do fecho da edição do “DA”, enviou um email ao Presidente da República e pretende encontrar-se com elementos do novo

Pita Ameixa garante que, na Assembleia da República, votará sempre contra a eliminação da linha que liga Casa Branca a Beja.

Governo, o mais brevemente possível. Também houve contactos com o deputado Luís Pita Ameixa, eleito pelo PS. Ao “Diário do Alentejo”, Pita Ameixa mostrou-se “surpreendido” com esta revelação e garantiu que os socialistas do Baixo Alentejo continuam a defender o seu programa eleitoral que exige “pelo menos algumas ligações diretas a Lisboa” e a eletrificação da linha, o que, a prazo, resolveria a questão. O deputado garante que no Parlamento votará sempre contra a eliminação da linha e justificou o voto contra a resolução apresentada pelo PCP, na última legislatura, com o tipo de argumentação utilizada pelos comunistas. Entretanto, Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, citado pela rádio “Pax”, garante que vai “confirmar as notícias junto do novo governo para, posteriormente, tomar uma posição pública”. A Assembleia Municipal de Beja aprovou por unanimidade uma moção apresentada pela bancada da CDU onde se “rejeita firmemente quaisquer novos cortes nos serviços ferroviários que servem a cidade, o concelho e o distrito de Beja, e reafirma a exigência do restabelecimento das ligações diretas de e para Lisboa e Algarve”.


No início de uma nova legislatura, o PCP estará na Assembleia da República “lutando e propondo as alternativas de que o País precisa” e será, nessa matéria, “o Grupo Parlamentar que contestará a implementação das imposições externas e de políticas de ataque ao povo e aos trabalhadores, matérias em

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que o PSD, o CDS e o PS estão, no essencial, de acordo”, afirmou o deputado pelo círculo de Beja, João Ramos, em conferência de imprensa realizada na quarta-feira. A nível distrital a meta é o cumprimento de um conjunto de propostas que se intitula “Em defesa de Abril” e “pelo desenvolvimento do distrito de Beja”.

mil euros é o valor da dívida que as câmaras municipais de Beja e Moura têm para com o Conservatório Regional do Baixo Alentejo

Câmaras de Beja e Moura são as que mais estão em falta

Dívidas fazem perigar futuro do Conservatório Regional “Atrasos sistemáticos” nas comparticipações do Estado, bem como dívidas de alguns associados, com relevo para as câmaras municipais de Beja e Moura, que somam 150 mil euros, são fatores que põem “em risco” a sustentabilidade económica do CRBA. Francisco Duarte, presidente da Câmara de Castro Verde e vogal do conselho de administração da instituição, tornou públicas as suas preocupações numa carta aberta e concretizou-as ao “Diário do Alentejo”. Devedores assumem culpa e prometem pagar à medida que seja possível. Texto Carla Ferreira Foto José Ferrolho

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sustentabilidade económica do Conservatório Regional do Baixo Alentejo (CRBA) está “posta em risco”, considera Francisco Duarte, presidente da Câmara de Castro Verde e vogal do conselho de administração da instituição, que assinou recentemente uma carta aberta a pais, alunos, professores e demais trabalhadores, divulgada nas celebrações do fim de ano letivo, no último dia 22. Segundo o autarca, em declarações ao “Diário do Alentejo”, os “atrasos sistemáticos” nas comparticipações, primeiro do Ministério da Educação e atualmente do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), bem como a dívida de alguns associados, com relevo para as câmaras municipais de Beja e Moura, são fatores que têm contribuído para uma “tesouraria complicada” e que aconselham que se “pondere muito bem” o próximo ano letivo. Francisco Duarte lembra as novas regras de financiamento para o ensino artístico, que passou do regime de transferências do orçamento de Estado para a modalidade de candidaturas a cofinanciamento comunitário, via POPH, como algo “que nos suscita muitas dúvidas”, sobretudo pelo termo consabido, em 2013, do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). “E o que se passa a seguir? Não sabemos. E parece que o Estado está a demitir-se das suas funções em todo este campo do ensino artístico”, questiona. Mas o autarca sublinha que a este problema se junta o do incumprimento financeiro por parte de alguns associados, concretamente Beja, onde está a sede do CRBA, com 271 alunos, e Moura, onde se situa um dos dois polos, com 79 alunos – o outro é em Castro Verde, com 102 alunos. “Essa dívida representa cerca de 150 mil euros, o que, em termos de tesouraria para o CRBA, é extremamente importante. São as câmaras cuja

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João Ramos anuncia propostas para a nova legislatura

Bibliotecários, arquivistas e documentalistas em Moura A cidade de Moura recebe amanhã, sábado, as II Jornadas de Reflexão da Associação de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD), de âmbito nacional. As jornadas têm como objetivos a reflexão e o debate em torno da temática “Construir comunidades, reforçar o conhecimento profissional”, contribuindo os resultados do encontro para a estratégia da associação. Do programa destacam-se as duas sessões paralelas, a partir das 14 e 30 horas, centradas em temáticas atuais: “Interior/litoral, uma profissão a duas velocidades?” e “Como conseguir presença pública relevante e reconhecimento para a atividade de profissionais de informação/documentação?”. O evento será complementado com um programa que inclui uma sessão cultural no castelo de Moura e, no domingo, um passeio pela barragem de Alqueva. O programa das II Jornadas de Reflexão da Associação de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, que contam com o apoio da Câmara de Moura, pode ser consultado no sítio da associação.

Sines já tem terreno para novo centro de saúde

comparticipação é mais elevada, mas foi acordado entre todos os respetivos montantes”, diz, defendendo que há que “envolver os pais dos alunos e todos os que se reveem no conservatório como mais-valia importante da região” na defesa da manutenção da instituição. Esta foi, aliás, a razão principal da carta que foi divulgada. Contactados pelo “Diário do Alentejo”, ambos os executivos assumem as dívidas ao CRBA e justificam-nas com as dificuldades financeiras com que se deparam as autarquias, de uma maneira geral. Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja e também, desde 2010, do conselho de administração do CRBA, refere que “é uma questão de tempo até que se regularizem” e enumera outras questões que lhe suscitam maiores preocupações. Como os “encargos desnecessários” que foram assumidos, nomeadamente a aquisição de um edifício para o ensino da dança, que custou “mais de 500 mil euros e que não está a ser utilizado porque necessita de obras em valor idêntico”. Para Pulido Valente, “o futuro do CRBA não está em causa”, apesar de haver “motivos para estarmos preocupados”. O autarca recorda que o seu

executivo reforçou a posição da Câmara de Beja no CRBA “precisamente porque entendemos que é um projeto estruturante para a região do qual Beja, a capital, tem que ser um pilar” e garante que “está no caminho de recuperar a dívida”. No entanto, avisa, o CRBA vai ter que se adaptar à nova situação financeira da região e do País, nomeadamente “diminuindo despesas ou compensando em receitas, através da venda ou do aluguer do edifício da dança, que foi um péssimo negócio e é um problema que temos que resolver o mais depressa possível”. Da parte de Moura, há neste momento a intenção de efetuar “alguns pagamentos, apesar de não ser fácil”, refere a vereadora Maria José Silva, acrescentando que não há ainda “uma informação clara do montante e do prazo dentro do qual será possível estabilizar a dívida”. A eleita garante, no entanto, que o atraso nos pagamentos não se prende com o facto de a Câmara de Moura ter desistido do projeto. Antes pelo contrário: “O edifício onde funciona o polo de Moura, no qual fizemos obras num total de 125 mil euros, é uma prova de que continuamos a manter esta nossa postura de aposta completa no Conservatório”.

A Câmara Municipal de Sines e a empresa J. Silva Lobo Construção Civil assinaram quarta-feira um contrato de planeamento que define os termos e as condições que permitirão ao município dispor, imediatamente, da parcela de terreno para a construção do Centro de Saúde de Sines, na área do Plano de Pormenor da Zona de Expansão Norte da cidade. O objetivo do contrato “é não fazer depender a edificação do centro da operação urbanística em que se integraria, uma vez que o promotor privado não pretende avançar com ela de imediato e as cedências de terreno para domínio público municipal que derivam da emissão de alvará não podem acontecer por essa via”, esclarece a autarquia. Através deste contrato, a câmara pode disponibilizar já o terreno para o centro de saúde à Administração Regional de Saúde do Alentejo, cuja candidatura ao QREN 2007-2013 para a construção deste equipamento se encontra aceite.

Presidentes da junta de Almodôvar têm galeria A Junta de Freguesia de Almodôvar inaugura amanhã, sábado, pelas 18 e 30 horas, no edifício sede, a “Galeria de honra dos presidentes da freguesia de Almodôvar pós 25 de Abril”. A cerimónia será precedida por uma reunião descentralizada da delegação regional da Anafre, às 17 e 30 horas.


Diário do Alentejo 1 julho 2011

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Apenas 87 passageiros pagantes – uma média de 17 por voo – aterraram no primeiro mês de funcionamento do aeroporto de Beja. Para os receber o Estado gastou 33 milhões de euros nesta infraestrutura que só abre portas aos domingos de manhã. Neste momento cada turista custou aos bolsos dos portugueses 380 mil euros, Alexandre M. Silva, “Correio da Manhã”, 27 de junho de 2011

Opinião

Â

Talvez a PISCINA DE BEJA já tenha aberto quando este jornal chegar às mãos do leitor. A sua inauguração estava prevista para sexta-feira, sábado ou domingo. Ou para quando Deus quisesse. É um clássico: repete-se a cada ano que passa a tragicomédia bejense do início da época balnear. Mudam-se os tempos… PB

Aquilo que Manuel Ribeiro, em Planície Heroica, escreve sobre o jovem padre do Minho a exercer a sua missão no Alentejo acontece hoje no Norte e no Sul do País, e também um pouco por todo o hemisfério norte. Ser portador de uma mensagem

É altura de todos assumirmos as nossas responsabilidades…

que poderemos tirar, tornando-nos mais competitivos, mais empreendedores, arriscando um pouco mais, porque é necessário lembrar que este investimento como qualquer outro, no médio ou no longo prazo, será por certo recompensado.

Filipe Fialho Pombeiro Economista

Pepinos

que aponta para o transcendente e cujas razões últimas são do domínio da fé faz do padre um ser estranho e incompreendido para o vulgo, agarrado ao material, efémero, mas palpável, D. António Vitalino, rádio “Pax”, 27 de junho de 2011

Se há contradições que chocam a agricultura é uma delas. Exportamos produtos de grande qualidade porque não temos dinheiro para os pagar e importamos produtos de aviário para nos alimentar. Triste sina a nossa, andamos a comer os pepinos dos outros e a deliciar o resto da Europa com os nossos. Vida de pobre é dura!

A O T

responsabilidade deve começar no topo da pirâmide. É ao governo que compete executar as medidas que nos levem a sair da profunda crise em que nos encontramos e dar um inequívoco sinal ao exterior que honramos os nossos compromissos. A maioria de direita não tem margem nem desculpa para erro. Foi-lhe conferida legitimidade para construir um governo à sua medida e pode fazê-lo, sabia que teria de construir um programa extremamente reformista e mesmo mais liberal e até teve no acordo da troika uma pauta à medida. Assim, resta dar o exemplo e construir uma administração central e local, técnica, leve, e onde não existe espaço para conveniências dos aparelhos partidários. Mas, à oposição, em especial àqueles que em muito contribuíram para estarmos na presente As medidas situação, cabe-lhe a responsaimpostas pela bilidade de ser uma oposição troika serão coerente face ao compromisso que também firmaram. de criação Sindicatos, patronato e dede medidas forças vivas terão tamestruturais no lado mais bém de assumir a responsabilida despesa e pelo dade de gerir a opinião pública percebendo que as medidas dilado da receita, haverá uma forte fíceis terão de ser implementadas e não abdicando do seu e crescente papel na chamada de atenção pressão de para os limites da austeridade, saber que a contestação social cobrança que implicará aumento nas ruas apesar de compreensível não é solução. de impostos. Este ano e os dois seguintes serão de facto muito exigentes para os portugueses. As medidas impostas pela troika serão de criação de medidas estruturais no lado da despesa e pelo lado da receita, haverá uma forte e crescente pressão de cobrança que implicará aumento de impostos. Os objetivos são claros e extremamente difíceis de atingir, mas se os atingirmos eliminaremos muitas das gorduras do Estado. Basta estar atento ao caso grego para perceber o que nos pode acontecer. Fazendo uma analogia televisiva é como estar a ver as cenas dos próximos capítulos. E a nós, empresários, comerciantes, trabalhadores, qual é a nossa responsabilidade? É enorme, mais uma vez na nossa história teremos de ser grandes, de perceber que por muito que nos custe teremos de aceitar que as medidas nos irão afetar a todos. Teremos de produzir mais, trabalhar mais mas principalmente melhor, reduzir os tempos em que estamos a trabalhar mas não verdadeiramente a produzir, entender que nos anos próximos teremos de prescindir de alguns confortos a que nos habituámos e investir mais. Se não temos poupanças, então investimos o nosso tempo, as nossas competências, na empresa ou no instituto onde trabalhamos, através da formação complementar

Daniel Mantinhas Empresário

s meus pepinos são melhores que os teus, por isso come os meus que eu como os teus. Ora bem, eu sou do tempo em que ainda havia searas, hortas, porcos, vacas e todos os outros bichos e culturas que pudessem ser cultivadas e engordados no nosso Alentejo, mas não sou do tempo em que esse trabalho era feito com muito suor, abusos laborais, miséria e outras histórias terríveis que me contaram. Para bem da verdade também não vivi o 25 de Abril e pouco percebo de agricultura e pecuária. O que sei são os números assustadores que o Instituto Nacional de Estatística e o Ministério da Economia anunciam, e me fazem ficar perplexo sobre a política agrícola comum que a União Europeia aplicou aos países membros. Por outro lado, também sinto nos supermercados a dependência externa que temos nos produtos básicos da nossa alimentação, justificados pela falta de competitividade, falta de apoios, custos de produção incomportáveis e muitas outras coisas relacionadas com a nossa produção agrícola e pecuária que inviabiliza o seu crescimento. Segundo alguns entendidos, faltou sempre o espírito associativo e cooperativo no verdadeiro sentido das palavras que aliada a uma política comum, que se constatou ser errada, nos levou a este estado. O que sinceramente não percebo são os casos de sucesso de algumas empresas portuguesas do setor que produzem, quase exclusivaTorna-se imperativo mente para exportação, produtos de grande qualidade, de assumir os erros agricultores que recebem para políticos nacionais não produzir, coisa que tame europeus, bém não critico pois também organizar e apoiar o faria, basta fazer contas. Pior ainda é o facto da indústria do os pequenos, setor alimentar reclamar a inmédios e grandes comportável subida do custo agricultores e criar da matéria prima, imagine-se, os cereais. uma estratégia Torna-se imperativo assuintegrada que mir os erros políticos naciocoloque nais e europeus, organizar e a agricultura apoiar os pequenos, médios e grandes agricultores e criar numa verdadeira uma estratégia integrada que prioridade coloque a agricultura numa nacional. verdadeira prioridade nacional. Fomos e somos um país rural com pretensões de integração europeia a todos os níveis, esquecer ou negar esta realidade é tentar ser o que não se é, e pior ainda, negar tudo aquilo que aprendemos ao longo dos 800 anos de História.

Um outro mundo é possível?! Cristina Taquelim Mediadora de leitura

enho andado arredia das escritas, mas não do pensar. Tenho andado a cuidar do tempo presente, a compreender o tempo passado. Tenho andado a preparar o tempo que há de vir... Crescem por todos os lugares rumores sobre esse tempo que há de vir. Fazem-se conjeturas, criam-se metáforas, desenham-se cenários que mais parecem uma gigantesca sala de horrores. Enquanto isso eu escuto, observo, sinto… penso… Num país do Sul, um governo democraticamente eleito prepara-se para sacrificar o seu povo, em nome de um projeto europeu, montado em cima de interesses económicos e estratégicos, seguindo a lógica da subordinação das pequenas nações aos interesses das grandes nações. Um projeto falido porque construído de costas para a identidade, Prepara-se para a diferenciação, para a especificidade. um governo, Um presidente que, em temrelançam-se os pos, hipotecou o aparelho prodados nos jogos dutivo do seu país, negociando das lideranças, de chapéu na mão a agricultura e as pescas, discursou no dia argumenta-se, nacional, saindo em defesa da conjetura-se, terra e do mar, como solução calcula-se, para os difíceis tempos que se critica-se. adivinham. Prepara-se um governo, reOcupam-se lançam-se os dados nos jogos cargos, posições. das lideranças, argumenta-se, Especula-se. conjetura-se, calcula-se, critica-se. Ocupam-se cargos, posições. Especula-se. Um político com responsabilidades autárquicas, anuncia que a Assembleia da República do seu país é o centro de corrupção, pela presença de deputados que são, simultaneamente, administradores de empresas. Na mesma Assembleia uma mulher é eleita como segunda figura do Estado. A tecnocracia transforma-se em ideologia dominante e as democracias ficam reféns da manipulação e da especulação financeira e informativa. Muitos empobrecem. Os apelos à Paz continuam e ser emitidos por países dedicados ao negócio da guerra. Numa grande cidade as forças da polícia entram num bairro pobre. Os tiros marcam as horas. Por todo o mundo uma epidemia de jovens ocupa as praças. E eu enquanto sonho que um outro mundo é possível sou habitada pelo desconforto dos dias!


É este tipo rasteirinho de fazer política que afasta as pessoas da coisa pública, dos partidos, das eleições. Enquanto, por um lado, o anterior GOVERNO SOCIALISTA andava com falinhas mansas com os representantes da região, por outro andava a vender à troika o nosso isolamento em troca de amendoins. Vergonhoso! PB

Como em tudo na vida, há quem pense apenas em números e se esqueça das pessoas. Por isso não estranhei as palavras do presidente da Câmara de Beja ao afirmar que “…concorda ‘em absoluto’ com a redução de municípios e freguesias”, José Filipe Murteira, “Correio Alentejo”, 24 de junho de 2011

Cartas ao diretor Uma coisa em forma de assim… Inês Luz Beja

Mais uma vez a dança voltou ao Pax Julia, desta vez através da CNB, com um grande elenco, não só em cena, mas também por detrás do pano. Não é sempre que vemos uma composição traçada por tantas mãos: Olga Roriz que tantas vezes vem a Beja, Paulo Ribeiro irreverente, o fantástico Benvindo Fonseca, Vasco Wellenkamp, Madalena Victorino, Rui Lopes Graça, Francisco Camacho, Rui Horta, Clara Andermatt e Bernardo Sassetti, que também retornou a este palco para mais uma vez nos encantar. Todos os bailarinos nos aparecem extremamente bem vestidos no início, numa dança que consegue reunir o corte de estilistas, com o pormenor do homem de saia, o qual no fim disse algo que todos “compreenderam”. Mas o marca-passo ali é a relação, e os vários fatos que ela pode vestir. Começamos com uma relação cosmopolita, passamos depois para uma relação polígama, com um sol de mãos a iluminar o palco na sua escuridão. De seguida, a união do Oriente com o Ocidente, com os magníficos corpos de Yurina e Frederico a desenharem tudo aquilo que um corpo franzino permite, ou seja, o infinito. Vestidos, dois homens se conhecem, um mostra o mundo ao outro, desperta-o para tudo aquilo que os sentidos podem transportar e é largado pelo seu pupilo, ficando sozinho num desconcerto atónito. É então que vem um microfone e todos aqueles sons do fundo de nós, acompanhados pelo beat box ao piano. A seguir um casal, qual Sininho e Peter Pan, príncipes nórdicos numa paisagem idílica de um bosque, talvez floresta pois certos movimentos mais retos quebravam por vezes aquela delicadeza e aquele movimento tão sublime. Entram então os saltos altos, o casaco à russa, a mulher casada com a sua beleza e com o poder que sabe ter uma única coisa como garantia, a companhia do luar quando a noite cai e a domina. Para terminar temos um novo bailarino, o próprio pianista, que se envolve tal como o seu instrumento no seio de um movimento, de um contorcionismo, de uma partilha do espaço do negro piano, que necessitou de um seguro. Valeu a pena o risco, em todos os momentos tivemos Bernardo Sassetti, ele em comunhão com o piano, tirando deste todos os sons que vão muito além do que as teclas permitem. Não era preciso mais nada. “Uma coisa em forma de assim” é o casamento perfeito entre a música e a dança contemporâneas portuguesas. Por isso mesmo tem altos e baixos, mas tem algo que é fundamental, a comunhão, essa não faltou. Por isso mesmo aconselho aqueles que ainda não viram a entrar nesta partilha.

Maria Manuel Moraes Mário Elias Mértola

Maria Manuel Alhinho Rodrigues Moraes, de seu nome completo, nasceu na Vila Museu de Mértola, jaz aqui sepultada, falecendo na Costa da Caparica, terra em que exerceu a profissão de professora de ensino em química na Universidade Nova de Lisboa. Além desta faceta foi pintora de artes plásticas de certo valor, que estou revendo com certa saudade. Maria Manuel Moraes era com efeito dotada de qualidades altamente reconhecidas dominando a técnica do óleo com exímio talento. A sua personalidade criativa provinha do labor da sua pertinaz insistência de se encontrar num estilo próprio mais propriamente dito, tentando sempre encontrar no seu verdadeiro caminho estético nos trabalhos representados, numa sentida posição artística do domínio das imagens focadas que eram o produto do seu temperamento que se revelava com efeitos concludentes dos seus desejos almejados como se definia.

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O CONSERVATÓRIO REGIONAL DO BAIXO ALENTEJO é uma das mais prestigiosas e prestigiantes instituições culturais da nossa região. Tem sede em Beja, mas alma em todas as capitais de concelho que o queiram receber. Como é o caso de Castro Verde e de Moura. Defendê-lo intransigentemente é uma questão de honra. PB

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Efeméride 8 de julho de 1911 Aresta Branco exonerado

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raticamente desde o início do ano de 1911 que António Aresta Branco tenta uma carreira política na capital no País. Beja é uma cidade pequena para quem aspira a um papel de relevo na vida política nacional. Primeiro, em março, consegue uma nomeação para secretário-geral do Ministério das Finanças, lugar que é obrigado a declinar em função da enorme manifestação que se realiza em Beja, em finais deste mês e princípio de abril, onde lhe é pedido expressamente que não abandone o cargo de governador civil. Dia 31 de março de 1911, no teatro Bejense, em reunião presidida por Ernesto de Carvalho e secretariada pelo presidente da Associação Comercial de Beja, as forças republicanas e económicas da cidade fazem ouvir a sua a voz no sentido de Aresta Branco se manter no cargo político que vinha ocupando, António Aresta Branco e convocam, para 1 de abril, sábado, pelas 13 horas, uma manifestação onde todo o povo da capital do Baixo Alentejo pudesse também manifestar a sua vontade em ver Aresta Branco continuar como governador civil. Assim, neste dia, no final do cortejo, que da praça da República vai até ao Governo Civil, junto à então rua da Cisterna, Aresta Branco lê o telegrama enviado ao Governo onde se desvincula do cargo para que tinha sido nomeado de secretário-geral do Ministério da Finanças. Mais tarde, no início do verão do mesmo ano, já deputado à Constituinte pelo círculo eleitoral de Faro, mas com o cargo suspenso, aproveitando a situação caótica do ponto de vista administrativo em que se encontra a cidade de Beja, sem juiz na comarca, sem chefes nas diferentes repartições, sem novidades em termos de decisão ministerial sobre os saneamentos dos professores no Liceu, decididos em sede de inquérito, entretanto realizado, Aresta Branco, alegando quebra de compromisso de honra do Governo na resolução destes problemas, apresenta a sua demissão do cargo de governador civil, a 10 de Junho. Embora o Governo nada responda, Aresta Branco, perante a possibilidade duma greve de assalariados rurais de contornos semelhantes à de Évora, mantém-se contudo em funções, comandando a repressão que se abate sobre os trabalhadores agrícolas de Beja, que entram em greve a 18 de junho. Resolvida esta ameaça, a 21 e 22 de junho de 1911 Aresta Branco volta a contactar, por telegrama, o Governo comunicando que se não for exonerado entrega o cargo ao secretário-geral do Governo Civil, senhor Deslandes, o que de facto faz, fazendo circular a notícia que abandona a vida política para se dedicar exclusivamente ao exercício da medicina. Perante toda esta pressão, a 8 de julho de 1911, é publicado o despacho que desvincula Aresta Branco do exercício da função de governador civil de Beja e, nove dias depois, o líder republicano bejense embarca para Lisboa a fim de tomar assento como deputado. Constantino Piçarra

Há 50 anos Salazar, Angola e o mundo do avesso

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guerra independentista em Angola, desencadeada pelos nacionalistas nos começos de 1961, estava muito presente nas páginas do “Diário do Alentejo” de há meio século. Em informações de “mais ataques dos terroristas angolanos” que “continuam a esconder-se no mato para fugirem à acção militar das forças nacionais”; em pequenas notícias de iniciativas locais de caridade (recolha de dinheiro e roupas para as “vítimas do terrorismo”); em destacados artigos sobre a partida para o Ultramar de um contingente do Regimento de Infantaria 3; ou nas declarações de altas figuras da ditadura. A primeira página da edição de 1 de julho abria com um texto sobre o discurso do “sr. Presidente do Conselho” explicando “a posição de Portugal na ONU relativamente ao caso de Angola”: “O sr. Prof. Oliveira Salazar, que presentemente ocupa as espinhosas funções de Presidente do Conselho com o cargo de titular da pasta da Defesa Nacional, aproveitou ontem, como noticiámos, a reunião extraordinária da Assembleia Nacional para, através de um importante e oportuno discurso, informar mais pormenorizadamente a opinião pública nacional dos objectivos e propósitos do Governo português sobre o grave caso de Angola, definindo ao mesmo tempo a posição de Portugal nas Nações Unidas no tocante ao momentoso problema”. Relatava o vespertino bejense que, “com a costumada facilidade de exposição”, Salazar historiou “os ataques anticolonialistas de que o nosso País tem sido alvo nas assembleias da ONU”, aludindo depois “à política seguida ultimamente nas Nações Unidas, que considera errada e perigosa”. Sobre “o trabalho de subversão e desintegração africana sistematica e firmemente conduzido pela Rússia”, Salazar teceu várias considerações – resumia o jornal –, para depois se debruçar sobre o “equívoco americano”: “Levam-me a crer que os Estados Unidos, cuja política tem sido sempre connosco de inteira compreensão e amizade, se encontram diante de uma realidade diversa da que tinham pressuposto. Houve manifestamente grave equívoco em considerar o Ultramar português como território de pura expressão colonial”. Perante tal “equívoco”, o ditador filosofava: “Tudo começa a estar tão do avesso no mundo que os que agridem são beneméritos, os que se defendem são criminosos e os Estados, cônscios dos seus deveres, que se limitam a assegurar a ordem nos seus territórios são incriminados pelos mesmos que estão na base da desordem que ali lavra”. Carlos Lopes Pereira


❝ Perfil

Há animais que matam, mas essas mortes contribuem para manter o equilíbrio natural. Pelo contrário, a destruição provocada pelo Homem não tem nenhum sentido. O Homem provém da natureza, mas atenta contra ela. Enquanto ser consciente, o Homem tem uma responsabilidade especial em relação aos outros animais. No entanto, o que se verifica é que ele é o pior dos predadores”. Jorge Pé-Curto

Jorge Pé-Curto escultor natural de Moura

O Homem como um animal Para apresentar Jorge Pé-Curto nada melhor que dizer que é o autor da monumental cabeça de touro que se encontra na área de serviço de Montemor-o-Novo, em plena A2. Nascido em Moura, em 1955, Pé-Curto é um dos mais originais escultores portugueses. Avessoo a modas, seguidor do seu próprio caminho, distingue-se por um trabalho predominantementee figurativo, muito centrado na reflexão sobre o modo como o Homem intervém no mundo que o rodeia. Texto Alberto Franco

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uitas das esculturas de Jorge Pé-Curto fundem pessoas e animais. Já fez mulheres com cabeça de touro, homens com corpo de cavalo, figuras ambíguas nas quais não se sabe onde termina o humano e começa o animal. “A presença dos animais na minha obra surge ligada à preocupação de lembrar que o Homem provém do meio natural”, explica o escultor em entrevista ao “Diário do Alentejo”. “Enquanto ser consciente, o Homem tem uma responsabilidade especial em relação aos outros animais. No entanto, o que se verifica é que ele é o pior dos predadores. Há animais que matam, mas essas mortes contribuem para manter o equilíbrio natural. Pelo contrário, a destruição provocada pelo Homem não tem nenhum sentido. O Homem provém da natureza, mas atenta contra ela”. A obra de Jorge Pé-Curto é essencialmente figurativa, ou seja, as suas esculturas representam seres e objetos que identificamos com alguma facilidade. Isto porque o artista considera importante a comunicação com o público. “Os meus trabalhos procuram transmitir uma mensagem. Através do abstracionismo seria muito mais difícil comunicar, pois esta forma de arte tem uma componente muito mais subjetiva”. Outra das características da sua obra é a ironia. Pé-Curto esculpe guerreiros de fisionomia infantil, armados com espadas que parecem de brincar, como que a sublinhar o absurdo da guerra. “A ironia tem uma força enorme. Numa linguagem naturalista, mais fiel à realidade, não conseguiria transmitir as mensagens que pretendo”. Como tantas outras, a família de

Jorge Pé-Curto trocou o Alentejo por Lisboa em busca de melhores condições de vida. “Éramos uma família de seis irmãos. Saímos de Moura em 1964, tinha eu nove anos”, recorda o escultor. “O meu pai era alfaiate. Instalámo-nos em casa de um tio meu, na rua do Comércio, mesmo na baixa de Lisboa, e um ano depois mudámo-nos para Almada, onde vivo até hoje”. Os primeiros tempos na grande cidade influenciaram decisivamente a vida de Jorge Pé-Curto. “Pouco tempo depois de termos chegado comecei a frequentar o Centro Artístico Infantil, no castelo de S. Jorge. Era dirigido pelo pintor Hermano Batista, um homem que acreditava na educação pela arte e hoje seria uma coisa quase revolucionária. Estava aberto às crianças pobres do bairro do Castelo e doutras áreas, que podiam dar asas à sua criatividade através da pintura e do desenho. Foi ali que

“A escultura continua a ter um papel importantíssimo na fisionomia urbana. Hoje, que os subúrbios das cidades tendem a ser todos iguais, é preciso haver elementos distintivos”.

comecei a pintar a óleo, com 10 anos. Ali recebi os primeiros incentivos, que me marcaram muito e influenciaram o meu trajeto posterior”. Decidido a enveredar pelas artes, Jorge Pé-Curto matriculou-se na Escola António Arroio com o apoio de uma bolsa da Fundação da Gulbenkian. “Nesse tempo ainda hesitava entre a pintura e a escultura. Quando tive de escolher decidi-me pela escultura. Tenho mais sensibilidade para o volume do que para a cor. Mas continuo a pintar. No ano passado apresentei na Galeria Municipal do Seixal uma exposição de pintura e escultura”. A escultura requer espaço e condições logísticas. Antes de ter o seu próprio atelier, Jorge Pé-Curto esculpia em terracota e noutros materiais menos exigentes. Era ainda uma fase de amadorismo, em que conciliava a arte com o ensino. “Fui professor do ensino secundário durante 17 anos, pois não existiam condições para se viver das artes plásticas em Portugal. Quem pretendia ser artista a tempo inteiro tinha que emigrar”. Em 1981 Jorge Pé-Curto e outros criaram a Imargem, uma associação destinada a criar condições de trabalho para os artistas da cidade da margem sul. “Se Almada é hoje um exemplo de investimento na cultura há uns anos atrás não era assim. Não havia sequer um espaço onde expor e tínhamos que recorrer aos salões das coletividades”. As artes plásticas portuguesas ganham uma enorme visibilidade nos anos 80. Surge um mercado que até aí não existia, o que permite a alguns

DR

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artistas dedicarem-se exclusivamente à sua vocação. Um deles foi Jorge Pé-Curto: “Quando comecei a trabalhar com galerias e a ser mais requisitado tive de dedicar-me em exclusivo à escultura”. O percurso artístico do escultor alentejano tem sido linear. “Tenho mantido uma linha de continuidade, sem grandes ruturas. Vou introduzindo determinados temas, e a esse nível poder-se-á falar em evolução. Mas nunca alinhei em modas. Sigo um caminho pessoal, procuro que o meu trabalho tenha alguma originalidade, o que é difícil, arriscado mesmo. Nenhum artista desalinhado ficou na história, e por isso eu também não ficarei”. Mas Pé-Curto sente-se à-vontade, pois a atual cena artística “caracteriza-se pela diversidade. Há uma coexistência de várias tendências e não movimentos de vanguarda que rejeitam tudo o que se fez anteriormente”. Onde está o Alentejo na obra de Jorge Pé-Curto? “Não posso dizer que esteja muito presente nos meus trabalhos, pelo menos explicitamente. Mas de vez em quando afloram memórias que continuam dentro de mim. A ideia de fazer o ‘Touro Cindido’, por exemplo, surgiu quase espontaneamente. Recordo-me que muitos dos meus desenhos de infância representavam touradas, pois o touro foi sempre uma presença muito forte na cultura de Moura. Quando me convidaram para fazer a intervenção na área de serviço de Montemor-o-Novo, não tive dúvidas”. Para o artista mourense, “a escultura continua a ter um papel importantíssimo na fisionomia urbana. Hoje, que os subúrbios das cidades tendem a ser todos iguais, é preciso haver elementos distintivos. Nesse aspeto, a arte pública tem uma função caracterizadora muito importante”. As obras de arte pública de Jorge Pé-Curto podem ser vistas em diversos pontos do País. Entre outras, refiram-se o monumento ao bombeiro, em Sines, ao pescador, na Costa da Caparica, ao 25 de Abril, no Seixal, e uma intervenção escultórica na Associação de Regantes de Ferreira do Alentejo. Uma exposição dos seus trabalhos escultóricos, intitulada “Este é o meu corpo?”, foi há poucos dias inaugurada na Galeria do Casino Estoril.


As notícias da região quando quiser, esteja onde estiver.

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www.diariodoalentejo.pt Baixo Alentejo apenas com quatro municípios

João Ramos quer o Alentejo a produzir

Caso os remédios que a troika aplicou à Grécia fossem igualmente ministrados a Portugal, o distrito de Beja ficaria reduzido a apenas quatro concelhos: Beja, Moura, Serpa e Odemira. pág. 7

Entrevista onde o cabeça de lista da CDU revela que o distrito de Beja perdeu 10 mil habitantes na última década e que é necessário produzir para inverter este ciclo. pág. 4

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SEXTA-FEIRA, 27 MAIO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1518 (II Série) | Preço: € 0,90

Morrer de solidão em Odemira Odemira é o maior concelho do País em área e tem a maior freguesia do território nacional, São Teotónio. E é também ta bé o concelho co ce o co a s suicídios su c d os em e Portugal o tuga com mais e uma das regiões com os números mais altos a nível europeu. De todas as 17 freguesias, Sabóia ocupa frequentemente o primeiro lugar no ranking do número

de suicídios. E muitos afirmam que a solidão entre os idosos é um dos motivos que despoletam tal fenómeno. So dão que o projeto p ojeto “A Vida V da Vale” Va e quer que combater, co bate , Solidão mas sem nunca referir o suicídio como causa primeira: “Valorizamos a vida”, afirma Cília Campos, coordenadora desta inédita iniciativa. págs. 12/13

Serpa perde mais de mil habitantes em 10 anos SUSA MONTEIRO

Dados preliminares dos Censos 2011 indicam que o concelho de Serpa terá perdido perto de 1100 habitantes na última década. Já em Beja a população mantém-se na casa dos 35.700 residentes. pág. 6

“DA” faz 79 anos Correm, a 1 de junho, 79 anos desde que o “DA” saiu para as bancas pela primeira vez. Nesta importante data não queremos deixar de dar os parabéns aos responsáveis por tal longevidade: assinantes, anunciantes e leitores em geral. PB

João Covas Lima homenageado Governo Civil atribui, a título póstumo, Diploma de Mérito, no dia 31 de maio. págs. 10/11

págs. 2/3

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Festival do Amor até domingo em Beja e Encontro de Culturas em Serpa págs. 2/3

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SEXTA-FEIRA, 3 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1519 (II Série) | Preço: € 0,90

Corrida aos combustíveis espanhóis baratos do que em Portugal, e com as botijas de gás a metade do preço, não há estação de serviço que se aguente do lado de cá da fronteira. Em

Ficalho já só se abastecem os tratores agrícolas. Enquanto a estrada para o Rosal se transformou numa autêntica romaria. CadernoDois

JOSÉ SERRANO

Há cada vez mais portugueses a abastecer as suas viaturas nas bombas de gasolina espanholas. Com preços em média 12 cêntimos mais

Falcões vigiam pista de Beja Banco Contra a Fome precisa de alimentos

Crianças sobredotadas procuram-se em Beja

Apesar das 33 toneladas de géneros alimentícios recolhidos no passado fim de semana, o Banco Alimentar Contra a Fome de Beja não consegue satisfazer as cerca de 2500 pessoas que, no distrito, dele beneficiam. A ideia é recorrer aos empresários e produtores da região para acudir a quem mais necessita. pág. 7

Desde há duas semanas a esta parte que existe em Beja uma delegação da Associação Portuguesa das Crianças Sobredotadas. Numa primeira fase, esta instituição pretende desenvolver junto das turmas do 1.º ciclo do agrupamento de Santa Maria um projeto-piloto para identificar crianças com capacidades de aprendizagem excecionais. pág. 6

Vítor Guerreiro é treinador dos falcões que operam na Base Aérea n.º 11, em Beja, na pista que a Força Aérea partilha com o aeroporto civil. A simples presença destes animais contribui para a diminuição da probabilidade de acidentes provocados por outras aves. A ancestral arte da falcoaria ao serviço da segurança de voo das modernas págs. 2/3 aeronaves. págs. 12/13

Pita Ameixa contra a extinção de concelhos Entrevista com o cabeça de lista do partido mais votado nas Legislativas de 2009, quando o PS elegeu dois deputados por Beja. Luís Pita Ameixa considera que, com o essencial das grandes obras na região concluído, é urgente “tirarmos agora proveito destes investimentos e pô-los a funcionar, de forma a potenciarem o emprego”. pág. 4

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Para existir é necessário estar presente, aparecer, permanecer a cada instante. E tal, agora, apenas é possível lá no tal lugar onde o universo, a natureza, as sensações, a vida e até o ser e o estar se tornam virtuais: a Internet. PUB

A troika de Beja no novo Parlamento e os resultados das legislativas concelho a concelho págs. 2/3 e 4

SEXTA-FEIRA, 10 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1520 (II Série) | Preço: € 0,90

Setor hortofrutícola do Sudoeste Alentejano dá trabalho a 2500 pessoas

Pepinos ameaçam emprego JOSÉ SERRANO

O alarme em torno do surto de infeção provocado pela bactéria E. coli, que já matou 24 pessoas na Alemanha, está a prejudicar grandemente os

produtores hortícolas do sudoeste alentejano. Os efeitos da “crise dos pepinos” são evidentes: “Há uma quebra na procura e, ao mesmo tempo, no preço”,

dizem da Associação de Horticultores do Sudoeste Alentejano, entidade que, no total, emprega mais de 2500 pessoas. pág. 7

Colon

Temporal afeta explorações agrícolas A forte chuvada, acompanhada de granizo, que fustigou Beja no último domingo, causou prejuízos elevados em várias explorações agrícolas nos arredores da cidade, nalguns casos com perdas totais na produção de uva e azeitona. CadernoDois

Hoje é dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. E para assinalar a efeméride o “DA” foi até Cuba à procura das pistas que nos conduzem até ao “último” navegador português, Colon, que o resto do mundo reconhece “indevidamente” por Colombo, um certo marítimo italiano que serviu o rei de Espanha. págs. 12/13

Feira do campo arranca hoje em Aljustrel

Rosairense vence Supertaça Distrito de Beja

O pão tradicional do Alentejo é o tema central de uma feira em busca da internacionalização. E que quer mostrar as novas tonalidades que estão a ganhar terreno nos campos de Aljustrel, entre amendoeiras e tulipas holandesas. págs. 10/11

O Rosairense, a equipa revelação do campeonato distrital de futebol da 1.ª divisão, encerrou a época com chave de ouro, ao bater na final da Supertaça o campeão Despertar. Juelson voltou a ser o homem do jogo ao apontar o golo da vitória. pág. 18

JOSÉ FERROLHO

O “último” herói português

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O patrão dos patrões já foi o empregado dos empregados António Saraiva em entrevista Antó

págs. 12/13

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SEXTA-FEIRA, 17 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1521 (II Série) | Preço: € 0,90

Proletário Alentejano deve 2 milhões FRANCISCO SILVA CARVALHO

A falta de crédito bancário e o cair de dívidas a curto prazo estão a asfixiar a Cooperativa Proletário Alentejano. João Machado, presidente da direção, pondera demitir-se, mas garante que nem as oito lojas associadas, nem os 80 postos de trabalho estão em risco. pág. 5

Deserto avança pelo Alentejo adentro Nos últimos 10 anos a área desértica duplicou em Portugal, nomeadamente no Alentejo. Hoje é Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação. pág. 7

Doentes esperam 495 dias por consultas No final de 2010, mais de 90 por cento dos utentes “muito prioritários” do Alentejo esperavam em média mais de 495,9 dias por uma consulta de especialidade. pág. 4

Chocalhos fazem-se ouvir na Unesco

A arte dos chocalheiros, que ainda subsiste em Alcáçovas, vai integrar a lista do património cultural imaterial da Unesco, com urgência de salvaguarda. Trata-se da mais importante relação de manifestações culturais que se podem candidatar a Património da Humanidade. Pelo que, neste momento, está a ser desenvolvido um plano integrado para salvaguardar os chocalhos e as práticas ancestrais do seu fabrico. Projeto pioneiro que vai ser apresentado ao público amanhã, sábado, na igreja de São Francisco, em Alcáçovas. págs. 2/3

Câmara de Beja continua sem pagar à PSP Joaquim Passinhas, da direção da ASP, revela que mais de metade do efetivo da PSP tem mais de 45 anos e que o material operacional está obsoleto. pág. 15

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Diário do Alentejo 1 julho 2011

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❝ Entrevista 609

O grande desafio é a apostar na qualidade. Apostar na qualidade e na autenticidade do território. Vítor Fernandez Silva

é o número de dormidas que ocorreram no Alentejo a propósito do primeiro mês de funcionamento do aeroporto de Beja, uma vez que os pacotes incluem sete noites de estadia.

Vítor Fernandez Silva, presidente da Agência Regional de Promoção Turística

Turismo sempre a crescer no Alentejo Vítor Fernandez Silva, presiEnquanto presidente da Agência Regional de Promoção Turística qual acha que é o grande desafio do Alentejo?

O grande desafio é apostar na qualidade. Apostar na qualidade e na autenticidade do território. Tem sido uma aposta que tem dado frutos?

Sim. Já foi dito e redito que, do ponto de vista do turismo interno e do turismo externo, o Alentejo tem crescido sistematicamente nos últimos anos e, este ano, que é particularmente difícil, continua a crescer. É verdade que as receitas não têm subido tanto como o número de dormidas, uma vez que os empresários têm ajustado os preços. Existe uma grande concorrência a nível nacional e internacional e há a situação de crise. O Alentejo, contudo, tem crescido e tem sido a única região que tem, nos últimos três anos, crescido em cima de crescimentos, porque é preciso lembrar que há outras regiões que têm decrescido ou que crescem a partir de decréscimos acentuados. Como está, então, posicionada a marca “Alentejo”?

Teremos de distinguir sempre o que é o mercado interno e aquilo que são os mercados externos. O Alentejo, no que diz respeito ao mercado interno, não só fruto do turismo, mas também da autenticidade desta região, é uma marca no mercado nacional. Diria que é das marcas mais reconhecidas a nível nacional. Por outro, é preciso dizer que em áreas que não têm propriamente a ver com o turismo, mas que têm lateralmente a ver com ele, como é o caso da produção vinícola, também existe esse forte reconhecimento. Existe um conjunto de produtos (azeite, vinho) que tem reconhecido a vantagem em posicionar-se debaixo desta marca “Alentejo”. Isto é bom para esses produtos e é bom para a região. Não há mais nenhuma região do País em que haja esta identificação. É notável que o Alentejo tenha constituído uma marca a nível nacional. Nos mercados internacionais a questão é completamente diferente. A concorrência é muito maior e Portugal, e nomeadamente o Alentejo, dispõem de muitos poucos meios para se promoverem. A Andaluzia (Espanha), do ponto de vista do turismo, investe na promoção externa tanto ou mais do que Portugal. Temos feito o nosso caminho e vamos trilhando-o devagar. Há países onde neste momento o Alentejo já tem alguma notoriedade, como é o caso de Espanha. Mas, por exemplo, a

dente da Agência Regional de Promoção Turística – Turismo do Alentejo, fala dos grandes desafios do Alentejo para atrair turistas e a fórmula parece resumir-se à qualidade e à autenticidade. O turismo no Alentejo tem crescido sistematicamente nos últimos anos e a crise parece que não tem feito mossa. A aposta é continuar a investir no mercado interno e captar ainda mais a atenção do mercado externo e, para tal, as campanhas no estrangeiro parecem ser fundamentais. O aeroporto de Beja, segundo Vítor Silva, “é importante”, mas, neste momento, “não é um fator decisivo para o turismo do Alentejo”. É mais um instrumento ao dispor. Até porque, “a região ainda não se consciencializou que tem de pagar, como todas as outras regiões, para poder ter voos”. Uma coisa é certa: “Um aeroporto qualifica extraordinariamente

propósito desta operação que tem sido feita no mercado inglês, por causa do operador com voos para o aeroporto de Beja, as pessoas já falam no Alentejo como um “tesouro desconhecido”.

uma região”.

Acha, então, que o aeroporto de Beja pode ser determinante para captar a atenção do mercado externo?

Entrevista de Bruna Soares Fotos José Serrano

É importante. Não direi, neste momento, que é o fator decisivo para o turismo do Alentejo. É mais um instrumento que nós temos. O turismo do Alentejo já começou e já tinha

começado e vai continuar com ou sem aeroporto. Agora é preciso dizer que um aeroporto qualifica extraordinariamente uma região. A existência de um aeroporto na região facilita a vinda das pessoas. Quando uma região diz lá fora que tem um aeroporto provoca um aspeto de modernidade e de avanço. Segundo notícias atuais, apenas 87 passageiros pagantes aterraram no primeiro mês de funcionamento do aeroporto de Beja. Uma média de 17 por voo…

Pessoalmente era o que estava à espera.


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“Somos dos melhores do mundo naquilo que fazemos”

A

Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo – Turismo do Alentejo é a entidade responsável pela promoção turística do Alentejo em todos os mercados externos e pela informação aos turistas. Vítor Silva é quem a dirige e garante: “A nível do turismo e de outros setores, como o caso dos vinho e do azeite, nós não somos nada coitadinhos. Essa imagem acabou. Nós somos dos melhores do mundo naquilo que fazemos”. “Em termos de qualidade da nossa oferta (alojamento, restauração e envolvência do território) somos do melhor que há”, considera o presidente da Agência Regional de Promoção Turística. E explica: “Somos uma região moderna e é assim que nos temos de apresentar”. Vítor Silva, considera, contudo, que “não podemos perder as nossas características”. “Há coisas que para nós são uma mais-valia, como a questão de esta ser uma região onde se pode gozar o tempo. O tempo aqui parece que é infinito”. Desde a sua constituição, entre outras atividades, a agência participa nos principais certames turísticos, efetua campanhas publicitárias da marca “Alentejo”, organiza visitas educacionais com jornalistas, visitas de prospeção e de familiarização com operadores turísticos, identifica e promove novas oportunidades de negócio e monitoriza a atividade turística na região, no que aos mercados externos diz respeito.

É claro que não é aquilo que desejo. Esta é uma operação privada, embora seja apoiada pelo Turismo de Portugal, pela ANA – Aeroportos de Portugal e pela Agência Regional de Promoção Turística. A decisão de fazer esta operação não é de nenhuma destas entidades portuguesas. As companhias low cost vão para onde puderem ser apoiadas. Não querem correr riscos. Houve um operador que quis fazer e nós fizemos a nossa obrigação, apoiando.

Bruna Soares

Quais são as expetativas para este verão?

São muito boas. O Alentejo no verão está sempre a 100 por cento. Não tenho dúvidas nenhumas que o Alentejo vai estar cheio. Em média quantas pessoas poderão visitar o Alentejo?

Na hotelaria tradicional temos à volta de um milhão e duzentas dormidas. Não há estatísticas para o turismo em espaço rural, mas julgo que com este turismo temos à volta de um milhão e meio de dormidas. A isso temos de juntar quase um milhão de dormidas em parques de campismo. Com hotelaria tradicional, turismo em espaço rural e parques de campismo temos cerca de dois milhões e meio de dormidas por ano.

Que tipo de apoio é que foi prestado?

Apoiámos através de campanhas de publicidade no Reino Unido, mas não podemos ver os resultados destas campanhas apenas tendo em conta estes passageiros. No ano passado o mercado inglês, quando chegámos ao fim de 2010, já estava em sexto lugar no que diz respeito aos mercados internacionais e este ano passou a ser o segundo mercado estrangeiro, logo a seguir ao espanhol. Como lhe disse os resultados, até agora, são os que estava à espera, mas não são aqueles que desejo no final da operação. Esta operação poderia trazer, no total, cerca de 1000 pessoas ao Alentejo. Como são pacotes de sete noites seriam 7000 dormidas. Tinha colocado, como meta ambiciosa, termos 60 por cento dos lugares ocupados. Não é o que está a acontecer agora, mas não estranho. Esta intenção do operador inglês já se concretizou tarde e, por consequência, as nossas próprias campanhas também. Estes operadores ou estas companhias, como disse, não querem correr riscos. Necessitam de vários apoios…

Sim precisam. Em primeiro lugar é preciso dizer que a região ainda não se consciencializou disso. Eu sempre disse que o mais difícil era pôr tudo isto a funcionar. Também sempre disse, e tenho isso escrito, que num universo temporal expectável, nos próximos anos, a médio prazo, a principal valência do aeroporto deverá estar ligada à indústria aeronáutica. A começar pelas coisas mais simples, como sejam o estacionamento, manutenção, desmantelamento ou montagem de aeronaves. Não mudei esta posição e continuo a pensar que essa deverá ser a nossa principal aposta, porque é isso que poderá rentabilizar o aeroporto num horizonte expectável. Depois temos a questão da carga aérea, ligada a várias operações, e a existência até de uma plataforma logística. Finalmente, já que o aeroporto está aqui e tem pistas muito boas, por que não fazer operações comerciais de vários

para fazer e ele vai ser feito. Disso não tenho dúvidas.

Existe uma boa oferta?

tipos, sejam elas operações turísticas de trazer pessoas ou operações de levar pessoas para fora. Acredito que vão existir vários tipos de operações aéreas. Mas, neste momento, o negócio da aviação comercial não é o principal negócio do aeroporto de Beja e não o vai ser nos próximos anos. Se alguém pensa isso está muito enganado. Nós não temos uma região capaz de gerar passageiros, por exemplo, para sair. Neste momento, temos de apostar, sobretudo, nestas operações charter, que são operações onde temos a garantia de que as pessoas cá ficam. Se 87 passageiros aterraram no aeroporto de Beja isso já deu 609 dormidas no Alentejo, uma vez que se tratam de sete noites. Isto, para já, é muito relevante. Todas estas pessoas que aqui têm desembarcado e embarcado têm demostrando bastante agrado. Todas têm uma opinião bastante positiva. É claro que o caminho vai ser longo e é preciso muito trabalho. Disse que a região ainda não está consciencializada desta realidade…

Nós e a ANA temos falado com todas as companhias aéreas da europa – charter e low cost – e a questão é sempre a mesma: quem é que corre os riscos de operação? A região ainda não está consciencializada que tem de pagar, como todas as outras regiões, para que possamos ter voos. Isto não é uma perspetiva pessimista. Pelo contrário. É uma perspetiva do trabalho que nós temos

O aeroporto de Beja é importante. Não direi, neste momento, que é o fator decisivo para o turismo do Alentejo. É mais um instrumento que nós temos. O turismo do Alentejo já começou e já tinha começado e vai continuar com ou sem aeroporto. Agora é preciso dizer que um aeroporto qualifica extraordinariamente uma região.

Sim. Diria que temos de qualificar alguma oferta, nomeadamente a mais antiquada, e isso está a acontecer naturalmente. Há, contudo, estabelecimentos que se não se remodelarem estão condenados. Sempre que um empresário se aproxima de nós a primeira coisa que lhe dizemos é que aposte na qualidade. Quando digo qualidade não significa que tem de ser um cinco estrelas. Tem é de no segmento que se insere ter qualidade e ser diferenciador. Precisávamos de ter em alguns locais, que são muito procurados, mais alojamento. Mértola, por exemplo, é um desses casos. Quem é que procura mais o Alentejo?

Setenta a 75 por cento é turismo nacional, o que para nós é fundamental. Depois temos os mercados estrangeiros. O mercado espanhol representa cerca de 30 por cento do mercado externo. Depois temos o mercado francês, inglês, alemão e o dos Países Baixos. Ultimamente um mercado que tem crescido extraordinariamente no Alentejo, não quer dizer que em Beja se note muito, é o mercado brasileiro. Existe mão-de-obra qualificada na região para operar neste setor?

Existe, mas não em número suficiente e não em qualificação suficiente. É de facto um problema que já anteriormente existia e que se mantém. Reconhecemos que precisamos de mais mão-de-obra qualificada e melhor qualificada. É um esforço muito grande que estamos a fazer. O turismo é hoje uma área qualificada e que paga bem.


Passeio de barco para reformados de Mértola

Diário do Alentejo 1 julho 2011

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A Câmara Municipal de Mértola promove hoje, sexta-feira, mais um passeio de barco de Vila Real de Santo António à ilha de Tavira, com o objetivo de “fomentar o convívio entre idosos e reformados do concelho, ao mesmo tempo que podem desfrutar da beleza da costa algarvia”. A iniciativa, que se realiza anualmente, conta este ano com quase meio milhar de participantes e inclui animação musical e uma sardinhada a bordo. Para a organização do passeio a autarquia contou com a colaboração das juntas de freguesia do concelho e das associações de reformados.

Câmara de Mértola leva jovens do concelho a Berlim A Câmara Municipal de Mértola promove de 29 de setembro a 2 de outubro mais uma viagem cultural com jovens do concelho de Mértola, que este ano tem como destino a cidade de Berlim. Podem inscrever-se jovens dos 16 aos 30 anos. A iniciativa, que já levou centenas de jovens de Mértola a visitarem várias capitais da Europa, “tem por objetivo dar a conhecer novas realidades, promover o convívio e facilitar o acesso destes jovens à cultura”. As inscrições decorrem até dia 15, na divisão de cultura, desporto e turismo da autarquia.

Região Companhia Arte Pública promove workshop de teatro A companhia Arte Pública vai realizar, a partir de julho e até setembro, o workshop de teatro “Do texto à cena”, ministrado pela encenadora Gisela Cañamero. A ação de formação, que decorre em Beja, em horário pós-laboral, e é gratuita, tem como destinatários os “adultos que queiram experimentar as diversas fases de produção, de interpretação e de construção cénica de um espetáculo teatral”. Os interessados deverão contactar a companhia pelo endereço artepublica@ gmail.com, indicando nome, idade, experiência artística e motivação. PUB

Primavera extremamente chuvosa no Sul

A segunda mais quente de sempre dos últimos 80 anos A primavera de 2011 foi a segunda mais quente dos últimos 80 anos. Em relação à quantidade de precipitação ocorrida o valor registado foi muito próximo do normal. No Sul foi extremamente chuvosa.

A

p r i m a v e r a d e 2 011 e m Po r t u g a l c o n t i nenta l foi a seg u nd a mais quente dos últimos 80 anos, com a temperatura mé-

dia e mínima do ar a atingir 15.92ºC e 10.37ºC, respetivamente, anunciou o Instituto de Meteorologia (IM). A primavera mais quente ocorreu em 1997 com 16.50ºC e 10.50 ºC, respetivamente a temperatura média e mínima. “E st a foi a 18 .ª pr i mavera consecutiva com o valor da temperatura média do ar acima da normal 1971-2000. O valor médio da temperatura

máxima foi elevado (21.47ºC), sendo o 3.º mais a lto desde 1931 (2 2 .4 8 º C em 19 9 7 e 21.53ºC em 1945). Os valores médios da temperatura máxima, média e mínima do ar foram superiores ao valor normal 1971-2000 em +2.76ºC, +2.32ºC e +1.88ºC, respetivamente”, refere o IM em comunicado. Nos meses de abril e maio ocorreram três ondas de calor:

uma em abril e duas em maio. Em relação à quantidade de precipitação ocorrida na primavera 2011 o valor registado foi muito próx imo do va lor normal (1971-2000), com uma anomalia de +2.5mm, classificando-se esta primavera como seca a extremamente seca no Norte, norma l a chuvosa no Centro e chuvosa a extremamente chuvosa no Sul, adianta o Instituto de Meteorologia.


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O programa “Terra a Terra”, da TSF, viaja amanhã, sábado, até às planícies alentejanas. Entre as 9 e as 11 horas, nas instalações da Cooperativa Agrícola de Vidigueira, o “’fio condutor’ de discussão será um ‘fio de azeite’, o azeite Relíquia da Vidigueira”. O debate deverá contar com as presenças dos presidentes da câmara e da direção da cooperativa.

Melhor ano de férias no Alentejo

Curtas e baratas O mal de uns pode ser o bem de outros. No ano de todas as crises, o turismo alentejano espera o seu melhor desempenho de sempre. No entanto, o consumidor nacional está a adaptar-se aos maus tempos anunciados. Texto Aníbal Fernandes Foto José Ferrolho

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queles que normalmente marcavam as férias com antecedência, este ano, “esperaram pela última hora” para decidir se vão ou não de viagem. Sandra Farelo, responsável da Halcon Viagens, em Beja, disse ao “Diário do Alentejo” que “a incerteza, por parte dos funcionários públicos, de se receberiam ou não o subsídio de férias, levou a que atrasassem a marcação das viagens, encurtassem as férias de 15 dias para uma semana e escolhessem destinos mais em conta”. Como a instabilidade política no norte de África está a afastar muitos turistas, os veraneantes bejenses estão a optar “mais por destinos nacionais” e pelas ilhas baleares, mas os Açores e a Madeira, destinos em conta, também estão a dar este ano. Mais perto do mar, em Vila Nova de Santo André, Avelino Sousa, diretor do Vila Park Hotel, uma unidade hoteleira de três estrelas, não tem razões de queixa. Antes pelo contrário. O hotel que administra assistiu a um aumento de 52 por cento da taxa de ocupação nos primeiros meses do ano, devido ao posicionamento no mercado – segmento das empresas – e à proximidade da zona industrial de Sines. Apesar de se “notar alguma quebra no lazer”, ainda este fim de semana estiveram cheios e a perspetiva é de que este verão seja o melhor de sempre. “Ninguém sabe onde para a crise”, desabafa Avelino Sousa que se confessa surpreendido com a situação. As explicações, também neste caso, podem

ser imputadas “às crises na Turquia, Grécia, Tunísia”… A Alentejo Tours é um operador turístico regional, com sede em Beja, mas com montra em todo o mundo através do portal na Internet. Especializado no Alentejo, tem atividade recente e, ainda, se “estão a posicionar no mercado”, mas comparando os contactos registados no ano passado com 2011 está a assistir a um aumento da procura em mais de 20 por cento. Alexandre Frade, responsável pela empresa, tem muita fé no Alentejo e aposta em programas diversificados que “convençam” as pessoas a não associarem a palavra “férias” só à palavra “praia”. Para tentar dar a volta a esta ideia a Alentejo Tours está a lançar, em parceria com a Câmara de Almodôvar, uma proposta estruturada a que vai chamar “Entre a Praia e a Planície”. “O Alentejo tem vindo a crescer na simpatia das pessoas e tem uma oferta diversificada”, afirma o empresário, que pretende alargar este tipo de oferta localizada a todos os concelhos da região Alentejo. Já Miguel Bentes, proprietário da Casa de Serpa, um turismo rural, na Margem Esquerda do Guadiana, ainda não deu pela melhoria da situação. “Isto está fraco. O telefone toca poucas vezes”, confessa. Os seus hóspedes são na maioria gente de passagem ou que chegam através da Internet. Logo, ficam poucos dias, sendo raro alguém permanecer por duas semanas o que, por acaso, até acontecia no momento da entrevista. As características da casa – meia-dúzia de belíssimos quartos, um ótimo serviço de pequeno almoço e o ambiente familiar – pelos vistos, não é suficiente para tornar o local em destino de férias, mas Miguel sabe que nas redondezas outras explorações de turismo rural, com oferta mais diversificada e piscina, já têm casa cheia até agosto.

15 Diário do Alentejo 1 julho 2011

Programa da TSF viaja até Vidigueira


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Festa ajuda Casa de Jovens O Farol

Diário do Alentejo 1 julho 2011

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Realiza-se hoje, sexta-feira, nos Pavilhões de Feiras e Exposições de Santiago do Cacém, uma festa de beneficência a favor da casa de jovens O Farol, de Vila Nova de Santo André. No âmbito da iniciativa organizada por um grupo de jovens do concelho está prevista a recolha de roupa, brinquedos, material escolar e produtos de higiene.

JOSÉ SERRANO/ARQUIVO

Piscinas de Rio de Figueira A Câmara de Santiago do Cacém efetuou uma intervenção nas piscinas descobertas do Parque Urbano de Rio de Figueira e procedeu à pintura dos muros envolventes às duas piscinas. Os trabalhos na piscina pequena “incidiram na preparação e regularização das paredes e fundo, de forma a permitir o assentamento e fixação homogénea da tela armada e na colocação de base antideslizante na zona de acesso às escadas”. Na piscina grande a intervenção foi a mesma. “Foi colocada uma tela armada e uma base antideslizante na zona de acesso às escadas”, esclarece a autarquia. As piscinas funcionam de terça a domingo, das 9 às 19 horas.

Certame arranca hoje, sexta-feira

Facal é a montra de Almodôvar Começa, hoje, em Almodôvar, a XVI edição da Facal. A feira, que se tornou num verdadeiro ponto de encontro, à semelhança das edições anteriores, irá mostrar todas as potencialidades do concelho. A festa prolonga-se até domingo.

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stá aí mais uma edição da Facal – Feira de Artes e Culturas. A partir de hoje, sexta-feira, e até domingo, os saberes e os sabores de Almodôvar vão estar em destaque. A planície e a serra servem de almofada ao concelho que aprendeu a tirar partido das mais-valias que a natureza lhe dá e o certame será a grande montra de potencialidades. Na verdade, tudo o que de melhor se faz no concelho estará em evidência na Facal. Os cheiros vão misturar-se e o povo, é certo, voltará a reunir-se no Campo das Eiras, que já é pequeno para a procura. “Temos mais de 100 stands e todos estão ocupados, o que revela a importância do certame”, adianta António Sebastião, presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, entidade organizadora do evento. A feira tem a capacidade de juntar almodovarenses, de trazer para o concelho os filhos da terra que se dispersam pela diáspora e de chamar a atenção dos visitantes, que aguçados pela curiosidade chegam à descoberta. “Este é um certame que une. É uma feira de confraternização, de discussão e de informação. É uma feira onde se sente a boa disposição das pessoas. A alegria e o convívio”, explica António Sebastião. Este ano, a autarquia “espera que o certame consiga atrair muitas pessoas do

distrito e não só”, até porque, segundo o presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, “este é um certame que já está consolidado e que marca o calendário local e regional”. Espera-se, assim, que muitos visitantes de vários locais possam contribuir para a festa e que esta XVI edição seja mais um contributo importante para afirmar a Facal fora do território da região. “Neste certame mostramos a estratégia do município para o concelho. É uma feira que dá a conhecer a vitalidade de Almodôvar”, considera António Sebastião, lembrando: “As potencialidades do concelho são muitas” e “precisam de ser divulgadas”. Até porque, em sua opinião, “este é um território muito atrativo”. Colóquios, atividades ao ar livre, animação de rua, pavilhões institucionais e de serviços, artesanato, produtos regionais e doçaria são alguns dos ingredientes da festa. Festa, esta, que será abrilhantada ainda pelas atuações de Anjos (sexta-feira, pelas 23 horas), Mafalda Veiga (sábado, pelas 23 horas) e Teresa Tapadas (domingo, 23 horas). Os grupos musicais regionais e locais também não foram esquecidos. Este ano, tendo em conta a situação atual do País e a necessidade de reduzir custos, a Câmara Municipal de Almodôvar resolveu diminuir o número de dias do certame. “Foi preciso reduzir custos. Temos de ter um grande rigor e um grande equilíbrio nas nossas finanças. E essa a nossa política”, justifica o autarca. A Facal contará, durante a inauguração, com a presença de Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. BS


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Órgãos Sociais Os lugares nos órgãos sociais da ACA estão equitativamente distribuídos pelos clubes que atualmente compõem a associação, sendo que os líderes dos principais órgãos são os seguintes – assembleia geral: António Raposo (Zona Azul); direção: Vasco Cordeiro (Zona Azul); e conselho fiscal: Rogério Palma Inácio (Desportivo de Beja).

Fundadores A Associação de Clubes Amadores do Concelho de Beja foi fundada em 12/9/1997 pela A.C.R. Zona Azul, Despertar Sporting Clube, C.C.D. Bairro da Conceição, Juventude Desportiva da Neves, Clube de Patinagem de Beja, Sociedade Recreativa 24 de Outubro de Baleizão. Recentemente recebeu a adesão do Clube Desportivo de Beja e do G.D Alcoforado e o Baleizão deixou de ter atividade regular.

Desporto

Vasco Cordeiro lidera a nova ACA

Intervir na política desportiva do concelho de Beja Os novos órgãos sociais da reativada Associação de Clubes Amadores do Concelho de Beja – ACA tomaram posse e redefiniram objetivos para a sua intervenção. Texto e foto Firmino Paixão

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atorze anos depois da fundação e após um largo período de inatividade, a Associação de Clubes Amadores voltou à cena, assumindo-se como interlocutora preferencial para a resolução de problemas que são comuns às coletividades do concelho de Beja. Vasco Cordeiro, presidente da Zona Azul, lidera a nova direção e recorda: “A fundação da ACA aconteceu numa altura em que existia uma certa crise de valores associativos, era necessária unir os clubes e associações desportivas para terem uma força maior no diálogo com a autarquia”. O dirigente lembra: “Essa voz foi reconhecida pela autarquia, fomos interlocutores válidos e discutimos questões essenciais do

programa de apoio financeiro aos clubes. Mais tarde a autarquia começou a passar-nos ao lado, privilegiou o diálogo individual com os clubes e o poder de intervenção da associação esvaziou-se”, assume Vasco Cordeiro em alusão à prolongada inatividade do organismo. Justificando a sua reativação, Vasco Cordeiro refere: “Face a esta renovada crise os clubes fundadores entenderam que faria sentido reativar a ACA. Contactámos com outros clubes do concelho, fizemos reuniões, tomámos algumas posições e cá estamos de novo”, diz o responsável, adiantando que os objetivos foram reformulados. “Os tempos mudam e, para além de pretendermos ser interlocutores dos clubes junto da autarquia, pensamos que existem problemas comuns, independentemente das modalidades que pratiquem”, refere, acrescentando ainda: “O movimento associativo tem lacunas, por isso, entre nós, vamos tentar desenvolver algumas práticas comuns, como ações de formação para dirigentes. Os atuais objetivos da ACA são mais

Reativação Vasco Cordeiro, da Zona Azul, lidera nova direção da ACA

amplos do que os que registámos no momento da sua criação”. O dirigente rejeita que a associação se transforme em arma de arremesso político contra o poder institucional e afirma que “os clubes não têm, individualmente, ou em conjunto com a ACA, outra política que não seja o desenvolvimento

desportivo”. “Dentro dos clubes, e o meu é um bom exemplo, só existe uma política que é o interesse do clube e das suas práticas sociais e desportivas”, assegura. Para os primeiros tempos de ação as prioridades estão encontradas: “Definir a nossa intervenção na política desportiva do concelho, ter

uma palavra no desenvolvimento desportivo, assim a autarquia nos aceite como parceiros, e depois chamarmos mais clubes para a associação e criarmos outros programas que temos em mente”. Em matéria de representatividade, Vasco Cordeiro lembra que “os sete clubes que estão nos órgãos sociais representam cerca de 80 por cento de atletas e da atividade desportiva do concelho de Beja” e que “são clubes que têm uma atividade regional e nacional em diversas modalidades”. E reassume a ideia de a ACA seja “um ponto de equilíbrio entre os clubes e as entidades do concelho e entre as diversas associações regionais de modalidades”. “Não regatearemos esforços para representar com a maior dignidade e defender com legitimidade todo esse vasto movimento que está em linha com o que representam os clubes, que são os atletas, os dirigentes, os adeptos e as modalidades que são praticadas e que me muitos casos são bons exemplos que prestigiam a cidade e o concelho”, conclui.

Três gerações no mesmo clube

A troika do Guadiana de Mértola

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m caso de invulgar dedicação a um clube de futebol. Bons exemplos e melhores práticas, fatores típicos de regiões com a especificidade do interior, onde a disponibilidade para o associativismo benévolo vai rareando. Na Vila Museu, a par de ancestrais vestígios de outras civilizações, o caudal do grande rio do Sul choca com as marés ascendentes, salpica e refresca a generosidade que alimenta e floresce as raízes de uma coletividade humilde, que há mais de meio século estimula as gentes jovens da vila para o lazer e para o desporto. Foram muitos os rostos desta empenhada campanha. Mas nos dias de hoje o nome João e o apelido Baiôa são os denominadores comuns de três gerações

transversais à realidade do Clube de Futebol Guadiana, coletividade fundada em Mértola no primeiro dia do ano de 1947. Para trás vai ficando a memória de muitas páginas de glória, também alguns reveses que a tenacidade dos homens e mulheres de Mértola tem sabido contornar. Há 82 anos que João Baiôa, patrono deste clã, nasceu na vila de Mértola. Cedo aprendeu a amar o seu Guadiana, o rio que banha a vila e o clube que lhe pescou o nome. Aposentado depois de duas décadas como guarda prisional e outras tantas na segurança social. Teve um percurso de extrema dedicação ao emblema, foi jogador, treinador e hoje é o dedicado massagista que ajuda a curar o sofrimento. Mas João Baiôa é também o nome do seu filho,

João Baiôa Avô, neto e filho partilham o mesmo nome e a paixão pelo Guadiana

de 50 anos, atual presidente do Clube de Futebol Guadiana, que este ano viveu a glória de ter sido campeão da 2.ª Divisão da A.F.Beja e a consequente promoção ao escalão principal. Uma época bem sucedida a que não terá ficado alheio o mérito de outro João Baiôa, 24 anos, filho do presidente e neto do massagista. Um jovem estudante, há nove anos atleta do clube onde, como todos os outros, atua graciosamente. Persegue a licenciatura em Educação Física e sonha com o seu Guadiana num patamar elevado do futebol regional. Estórias de gente anónima que faz história no futebol nacional. Ou o caso de uma troika bem sucedida numa vila alentejana que merece filhos tão nobres e leais às suas causas. FP


25.ª Escalada do Mendro em Vidigueira

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Carlos Papacinza, atleta do Clube Natureza de Alvito, e Rita Guerreiro, do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, sagraram-se campeões absolutos de montanha, durante a 25.ª Escalada do Mendro, organizada pela Câmara Municipal de Vidigueira. O Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira sagrou-se campeão distrital de montanha em absolutos. José Gaspar, sénior do G.D. 3 Santos Populares, e Frida Mongole (individual) venceram as provas principais da Escalada que, este ano, reuniu cerca de 400 atletas.

Castrense promove atletismo O Futebol Clube Castrense está a dinamizar a sua secção de atletismo através da captação de jovens com idades a partir dos sete anos que queiram comparecer aos treinos na pista do Estádio Municipal 25 de Abril, de segunda a sexta-feira, entre as 18 e as 20 horas.

Escola de Futebol Grandolafoot

Um exemplo formativo bem-sucedido Cerca de uma centena de jovens divide a sua atividade entre a aprendizagem desportiva pura e a prática competitiva, tornando-se cidadãos de primeira divisão. Texto e foto Firmino Paixão

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undada no ano de 2004 com o objetivo de fomentar nos jovens a aprendizagem do futebol, e simultaneamente inserilos na comunidade envolvente, a escola de fuPUB

tebol Grandolafoot procurou suprir a inexistência de áreas de formação no clube local. É uma das primeiras academias de futebol juvenil, com objetivos bem definidos e com um enquadramento técnico de qualidade. Henrique Serpa, um dos fundadores e quadro técnico da Grandolafoot, explica o sucesso desta escola de futebol da Vila Morena. Quantos atletas têm em atividade?

Temos cerca de 90 atletas em todos os

escalões, temos equipas de infantis, benjamins, iniciados, petizes e traquinas. No próximo ano vamos ter juvenis, será um ano muito difícil, há três anos que temos sempre três equipas federadas e vamos continuar com esse desafio. São fins de semana frenéticos, mas não desistiremos deste movimento.

temos 60 miúdos dentro de um mesmo campo. É curto, precisávamos de mais um campo, pelo menos para o futebol de sete, mas como não existe temos que viver com o que temos. Levam a atividades às freguesias?

Nunca vamos descurar a formação, esse aspeto é para nós o mais importante, o nível competitivo federado só apareceu por desejo dos miúdos e concordância dos pais. Já questionámos os pais sobre essa continuidade e eles decidirão.

Claro. Mantemos esse percurso de formação junto dos jovens das freguesias, sem nos desviarmos do que fizemos desde o início, em 2004. Os princípios são os mesmos, os objetivos mantêm-se, o quem temos é de criar e fortalecer uma estrutura dedicada ao futebol de competição, porque sendo a vontade dos pais manteremos essa atividade até ao escalão de juvenis.

Com uma forte componente social …

Os pais têm um papel ativo?

A escola tem as mesmas características, ensinar a prática do futebol e contribuir socialmente para o desenvolvimento das crianças. Com atividades junto da comunidade local, com a presença em torneios lúdicos, depois com a continuidade da prática desportiva e mais maturidade é que surgem as oportunidades de competição.

Os pais são os nossos patrocinadores mais fortes. São eles que pagam uma mensalidade, mas temos outros apoios, o município não nos dá dinheiro vivo mas faculta-nos o transporte. Depois temos a Costa Terra que é um parceiro fundamental na nossa atividade. Financiamo-nos, também, fazendo o transporte escolar para a autarquia e isso permite-nos renovar a nossa frota.

Vão mudar o estatuto de escola para clube federado?

São presenças habituais no Mundialito?

Não fomos este ano. Achamos que o modelo está esgotado, ao fim de cinco anos tornava-se repetitivo. Todos os nossos atletas já lá tinham estado, com exceção dos de 2003/04 que os pais entenderam ser cedo para estarem ausentes durante uma semana, e em vez disso estivemos uma semana na ilha do Pico, nos Açores, numa experiência inesquecível. As instalações são suficientes?

Temos grandes dificuldades, por vezes

O enquadramento técnico é qualificado?

Temos técnicos com qualificação, um licenciado em Educação Física, um treinador com o 4.º nível, três treinadores de 2.º nível. Temos um protocolo com o Politécnico de Beja que permite que três jovens estagiem connosco. Depois temos um técnico que tem o mestrado em Alto Rendimento na área do futebol e nos pediu para trabalhar connosco, uma pessoa com uma capacidade incrível e que nos caiu como que vindo do céu.

Atletismo

Títulos para Neves e Beja Atlético Clube

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Juventude Desportiva das Neves (absolutos masculinos e femininos) e o Beja Atlético Clube (veteranos masculinos) venceram os Campeonatos Distritais de Absolutos e Veteranos disputados na pista do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja. Apesar das elevadas temperaturas, a reu-

nião contou com 69 atletas em representação dos clubes Beja Atlético Clube, Futebol Clube Castrense, Juventude Desportiva das Neves, Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, A.C.R. Zona Azul, Clube da Natureza de Alvito, Piense Sporting Clube e Sociedade Recreativa e Desportiva Entradense.


Resultados Juniores APURAMENTO Benfica-H.Braga, 5-3 Porto-Alenquer, 3-2 3.º e 4.º lugares H.Braga-Alenquer, 5-4

O Grupo Desportivo e Recreativo de S. Francisco da Serra, no concelho de Santiago do Cacém, promove amanhã, sábado, pelas 19 horas, o Grande Prémio de Atletismo de Nossa Senhora do Livramento, prova com a extensão de nove quilómetro que, segundo os promotores, visa divulgar a freguesia e incentivar a prática da modalidade. A edição de 2009 desta corrida teve cerca de 400 concorrentes. Em simultâneo realiza-se uma caminhada com a extensão de cinco quilómetros.

FINAL Porto-Benfica, 7-3

Iniciados APURAMENTO Benfica-Porto, 3-2 H.Braga-Stuart Carvalhais, 5-4 3.º e 4.º lugares Porto-Stuart Carvalhais, 4-3

FINAL Benfica-H.Braga, 3-4

Benfica perdeu as duas finais nos campeonatos em Castro Verde

Títulos para Braga e Porto no hóquei em patins O Futebol Clube do Porto e o Hóquei Clube de Braga sagraram-se campeões nacionais de hóquei em patins, em juniores e iniciados, respetivamente. Texto e fotos Firmino Paixão

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Pavilhão de Castro Verde recebeu as fases finais dos campeonatos nacionais de hóquei em patins, nas categorias de iniciados e juniores, com a presença das melhores equipas nacionais da modalidade. Qualificado para as duas finais, o Benfica viu o Hóquei de Braga (iniciados) e o F.C.Porto (juniores) arrebatarem-lhe, com mérito e justiça, os dois títulos nacionais. Fernando Claro, presidente da Federação de Patinagem de Portugal, em declarações ao “Diário do Alentejo”, disse: “Foram dois dias de grande propaganda da

nossa modalidade, evoluíram aqui grandes equipas com pormenores técnicos relevantes que provam que o hóquei está vivo”. E referiu ainda: “Esta terra recebeu-nos muito bem, temos que enaltecer a hospitalidade do município de Castro Verde e do nosso parceiro que é a Associação de Patinagem do Alentejo que criaram todas as condições para que este evento fosse um êxito desportivo”. Fernando Claro lembrou também: “Uma das nossas políticas é descentralizar a modalidade, queremos que o hóquei cubra todo o território nacional e tive oportunidade de falar com os autarcas locais e verificámos que aqui existem capacidades hoteleiras para um evento internacional, também me foi dito que este pavilhão irá ter algumas melhorias, pelo que, quando for oportuno, podemos trazer para cá um evento

Futebol Clube do Porto Campeão nacional de juniores

internacional de envergadura”. Qualificando a logística disponibilizada pela Associação de Patinagem do Alentejo, o dirigente nacional da modalidade disse: “Tem gente jovem, dinâmica, disponível e competente, atributos que os dirigentes devem ter para levar a bom porto uma missão que é de voluntariado e que nós temos que reconhecer, pelo que em nome pessoal e da Federação só tenho que lhe agradecer”. Por seu lado, o vereador do município de Castro Verde, Paulo Nascimento, sublinhou a importância da parceira que envolve a autarquia e revelou: “É importante recebermos estas competições, Castro Verde é uma terra onde o hóquei e a patinagem têm tradição e isto constitui um elemento de motivação que pode dar localmente os seus frutos”.

Por outro lado, acentuou: “É bom para a própria dinâmica comunitária da vila porque promove Castro Verde, traz gente de fora, dinamiza a restauração e o alojamento e depois claro faz a promoção de um estilo de vida e de uma maneira de estar que é aquela para o qual nós também trabalhamos”. Sobre a necessidade de melhorias no recinto, Paulo Nascimento concordou que “atendendo ao período difícil e de incertezas que as autarquias atravessam” a prioridade da câmara “é mudar rapidamente a cobertura deste pavilhão, melhorar o equilíbrio térmico dentro do pavilhão e depois algumas pequenas obras que podem melhorar a sua qualidade”. Uma intervenção mais profunda “dependerá do que vai ser o futuro”, concluiu o responsável pelo pelouro do desporto.

Hóquei Clube de Braga Campeão nacional de iniciados

Patinagem artística

Hóquei em patins

Taça Alentejo ficou em Beja

Taça AP Setúba ficou em Beja

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C.P. Beja voltou a vencer a Taça Alentejo em Patinagem Artística, prova da Associação de Patinagem do Alentejo, que se disputou a 23 e 25, no Pavilhão Municipal de Beja. A prova envolveu 116 atletas

que não participaram nos campeonatos regionais, em representação de 10 equipas de seis clubes concorrentes. O G.D. Diana de Évora foi segundo e o pódio ficou completo com o CPA de Cuba. J.Catrapona

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equipa de infantis do C.P. Beja ganhou a Taça A.P. Setúbal, ao derrotar, em Beja, na derradeira jornada, a equipa do Fabril por 4 a 3. Para além destes dois emblemas participaram

ainda nesta prova, da responsabilidade da Associação de Patinagem de Setúbal, o HC Portimão, J. Azeitonense, Naval Setubalense, H.C. Santiago, G.D. Diana e C.D. Boliqueime. J.Catrapona

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BTT em pleno crescimento José Saúde

As corridas de bicicletas evoluíram, inegavelmente, ao longo do tempo, sendo a velha pedaleira motivo de prazer para uma juventude irreverente que sempre se predispôs a ultrapassar novos desafios desportivos. A bicicleta, de outros tempos, nada sofisticada, assumia-se como uma fonte de inspiração para a rapaziada avocar a arte de bem pedalar. Recorrendo à mística ciclista, e embrenhando-me sobretudo nos seus princípios históricos, socorro-me da História do Desporto no Distrito de Beja, do saudoso Melo Garrido, e viajo pelos princípios do Sec. XX (1904). Sabendo que a vila de Cuba foi uma urbe que desde sempre manifestou um intrínseco gosto pelo mundo das duas rodas, não causará espanto ao nosso ilustre leitor que viajemos à reminiscência do ciclismo e nos deparemos com uma viagem entre Cuba e Sines levada a cabo por um heroico grupo de ciclistas cubenses que foram então recebidos na praia da costa alentejana com pompa e circunstância. Consta-se que a sua receção mereceu honras das autoridades locais e o povo, entusiasta, vibrou. Uma tourada, à tarde, feita em sua homenagem, foi a cereja em cima do bolo para o grupo excursionista. Regressaram a Cuba, é verdade, mas dois dias depois. Situemo-nos no momento presente, não esquecendo porém os tempos áureos de Alves Barbosa, Joaquim Agostinho, Marco Chagas ou Joaquim Gomes, designadamente, que espalharam o seu perfume pelas estradas portuguesas, e além fronteiras, viajando essencialmente pelo BTT. A constatação de tamanha realidade diz-nos que o BTT é hoje uma disciplina onde acorrem os mais diversificados amantes do pedal que giram em volta de uma modalidade que se apresenta transversal ao inúmero grupo de adeptos. As bicicletas, agora apetrechadas com novidades de última hora, fazem as delícias dos praticantes. Ninguém se escusa ao pormenor da distância e prevalece o convívio. BTT, uma modalidade em pleno crescimento!

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Grande Prémio Senhora do Livramento


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Cantinho das Férias em Castro Verde

Agora que o tempo livre é mais que muito, em Castro Verde, a associação Regina Cordium convida todos os jovens dos cinco aos 16 anos a participarem nas actividades do “Cantinho de Férias”, todos os dias, das 8 e 30 às 18 horas, no salão dos bombeiros de Castro Verde.

Vitória, estória vitória conta a tua A páginas tantas ... O Senhor Cavalo-Marinho, escrito e ilustrado por Eric Carle, fala-nos deste maravilhoso mundo dos cavalos-marinhos, na partilha que macho e fêmea fazem das suas crias. Na maioria dos peixes, depois da fêmea pôr os ovos e de o macho os fertilizar, ninguém fica a tomar conta destes pequenitos. Mas há exceções. E no caso dos cavalos-marinhos a surpresa ainda é maior porque é o pai que guarda os ovos numa bolsa que tem na barriga até o momento destes eclodirem. Editado pela Kalandraka, com o estilo inconfundível do autor, as imagens são intercaladas por acetatos que ora escondem ora mostram este mundo fascinante que é o mar. Se quiseres conhecer mais sobre este autor visita-o em (http://www.eric-carle.com/home.html)

Desenho da Beatriz, de 8 anos

Dica da semana Porque só apetece pensar em praia e mar esta semana sugerimos-te um blog da Catalunha onde podes encontrar milhares de formas de desenhar peixes. Podes escolher o papel, ou o cartão, mas podes também optar por outras formas criativas usando arame e garrafas de plástico. Dá uma vista de olhos nestes dois links e inspira-te.

(http://manualescanigo.blogspot.com/2011/05/ casi-trescientos-peces.html) (http:// manualescanigo.blogspot.com/2011/05/la-mejorfiesta-pasada-por-agua.html)

Mikado Hoje trazemos-te um jogo de destreza, o mikado. Consiste em vários paus coloridos e a finalidade do jogo é retirar o maior número de paus sem tocar nos outros. Provavelmente tens um mikado em casa ainda do tempo dos teus pais, mas se não tiveres sugerimos-te que improvises e uses palhinhas. O resultado será semelhante.


JOSÉ SERRANO

A vila de Torrão, Alcácer do Sal, regressa este fim de semana ao tempo de Bernardim Ribeiro, autor de Menina e Moça, a primeira novela pastoril da Península Ibérica, ali nascido ainda século XIV. A recriação histórica, que também evoca o matemático quinhentista Pedro Nunes, igualmente natural do concelho, promete entreter

residentes e visitantes com dramatizações, menus históricos nos restaurantes locais, música e dança da época e animação de rua. A iniciativa é organizada pela câmara municipal local e pela Ordem de Cavalaria do Sagrado Portugal, estando integrada nas Rotas Históricas do Alentejo e Ribatejo, com financiamento do Inalentejo.

Fim de semana

“O Jantar das Feras”, em Beja, pela companhia Lendias d’Encantar

Shakespeare no século dos divórcios ma das mais conhecidas comédias do dramaturgo inglês William Shakespeare, “A Fera Amansada” surge como ponto de partida para a nova produção da companhia Lendias d’Encantar, que se estreou ontem, quinta-feira, e se mantém em cena hoje e amanhã, sábado, e também nos próximos dias 7, 8 e 9, no Pax Julia Teatro Municipal, sempre pelas 22 horas. A encenação é do cubano Julio Cesar Ramirez, também autor do texto que transpõe o triângulo amoroso Catarina, Bianca e Petruchio de uma Pádua do século XVI para a contemporaneidade. Bianca, a dócil, e Catarina,

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a rebelde, deixam de ser irmãs, filhas do nobre e rico viúvo Baptista, e passam a ser amigas e divorciadas; Petruchio, o fidalgo que procura esposa rica, transforma-se em Pedro, vizinho de Catarina e também ele divorciado. Pela descrição da trama, adivinha-se o drama: “A Catarina tem um trauma com Shakespeare. A Bianca não sabe bem o que ‘isso’ é e Pedro conhece-o de cor”. Além disso, “Bianca gosta de Pedro, que tem um plano infalível para que Catarina o ame”. Com “O Jantar das Feras”, interpretado por Ana Ademar, António Revez, Marisela Terra e Rafael

S. Pedro de Sólis festeja tomatada

Ervançum de regresso a Santo Amador

Anjos e Mafalda Veiga na Facal

Partindo do lema “Um tributo a quem trabalha de Sol a Sólis”, a Junta de Freguesia do S. Pedro de Sólis, em Mértola, promove a I Festa da Vinagrada e da Tomatada e o I Encontro de Moirais do Sul, a ter lugar entre amanhã e domingo. Do programa da festa constam a exposição “No presente vivemos o passado – Moirais do nosso Alentejo”, a sessão de histórias “No tempo dos moirais e outros ofícios”, a exibição do documentário “Ainda há pastores” e ainda uma oficina de cozinha.

Com arranque agendado para hoje, sexta-feira, a 4.ª edição do Ervançum – Festival Cultural vai animar o fim de semana em Santo Amador, concelho de Moura, prometendo concertos de música de raiz ibérica, teatro, ateliês e o festival gastronómico Sabores Locais, que envolve os estabelecimentos comerciais da localidade. Hoje, pelas 22 horas, o Teatro Fórum de Moura estreia a peça “Alto e para o trabalho”, seguindo-se-lhe as atuações do Rancho Folclórico de Tavira e do Grupo Rociero de Huelva.

A Feira de Artes e Cultura de Almodôvar (Facal) cumpre a partir de hoje, sexta-feira, e até domingo, 3, a sua 14.ª edição. Entre os cabeças de cartaz estão os Anjos (hoje), a cantautora Mafalda Veiga (amanhã) e a fadista Teresa Tapadas (domingo). Além dos “saberes e sabores” que podem ser apreciados nesta montra privilegiada do concelho, destacam-se ainda, para amanhã, o espetáculo “Cantar e contar o Alentejo”, protagonizado pelos Rastolhice e pelo contador Jorge Serafim.

Costa, tenta-se perceber “quem seria a Catarina de hoje em dia e como funcionaria a mente retorcida de um Petruchio, a quem chamámos Pedro”, refere a equipa, apresentando a peça como “um espetáculo muito bem-disposto, divertido e que ao mesmo tempo aborda os temas intemporais do amor, das relações e em especial das conquistas”. Em cima do palco vão desfilar frustrações, culpas, indecisões, as mágoas do divórcio e, em última estância, o que se espera das relações e que papel ocupam homens e mulheres em cada uma delas. Cinco séculos depois de Shakespeare.

21 Diário do Alentejo 1 julho 2011

Torrão volta ao tempo de Bernardim Ribeiro


22 Diário do Alentejo 1 julho 2011

O Félix é um cão, de porte médio, ternurento e lindo que procura uma família que o adote.Está no Cantinho dos Animais de Beja e mostra-se muito sociável com as pessoas e os outros cães e vai ser certamente um companheiro espetacular. Vai levar vacinas e chip. É muito alegre e bem-disposto apesar de no canil não ter a vida que merece. Tomará um bom banho antes de ir para a sua nova casa e também irá desparasitado… Venham conhecê-lo! Contactos: 962432844 sofiagoncalves.769@hotmail.com

Boa vida Beja Wine Night Vinhos de excelência e viagens a Londres

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erca de uma centena de vinhos, de um total de 40 produtores alentejanos, estarão este sábado, 2, disponíveis para “degustação exclusiva” no pátio central interior do castelo de Beja, onde se disporão vários wine bars. Trata-se da segunda edição da Beja Wine Night, organizada pela Câmara Municipal de Beja com o apoio de várias entidades, pretendendo repetir o sucesso do ano de estreia, que mobilizou 1500 visitantes. A iniciativa, sublinha a autarquia, “é já reconhecida como um momento marcante para Beja, para a região do Alentejo e para o panorama vínico em Portugal”. A seleção dos melhores néctares da região fica a cargo do crítico Aníbal Coutinho mas nem só de vinho vive o evento. Jogos de luzes, espetáculos pirotécnicos e animação musical pelos DJ convidados serão outros motivos de interesse desta noite, além da possibilidade de ganhar uma viagem a Londres. É que o município bejense, em parceria com a operadora turística Sunvil, a Agência para a Promoção Externa do Alentejo e a ANA Aeroportos, vai sortear durante o evento viagens à mais cosmopolita das cidades europeias, “sublinhando com isso uma das novas potencialidades do concelho – a abertura do aeroporto de Beja à aviação comercial, nomeadamente através das ligações aéreas com Londres”. Também se associam ao evento a empresa Mestre Cacau, que oferecerá o acompanhamento da welcome drink, logo à entrada do castelo, bem como a Almocreva, a Barrancarnes, a Luís & Mateus, a Montaraz e a Vale do Guadiana, disponibilizando aos visitantes produtos de qualidade feitos na região. A Beja Wine Night é uma produção da Essência do Vinho, contando com os apoios da Turismo do Alentejo, Turismo de Portugal, Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, ANA e Delta Cafés. A entrada tem o custo de 20 euros.

Comer Coelho frito com vinho tinto Ingredientes: 1 coelho 4 dl de vinho tinto (de boa qualidade) 1 folha de louro 6 dentes de alho 2 cebolas 3 cravinhos q.b. de azeite q.b. de banha q.b. de sal grosso Confeção:

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Lave muito bem o coelho e parta-o em bocados. Tempere com vinho tinto, sal, alho picado, cebola picada, folha de louro e os cravinhos. Deixe repousar de um dia para o outro. Escorra o coelho da marinada. Num tacho coloque azeite e banha, leve ao lume. Quando as gorduras estiverem quentes frite o coelho . De seguida acrescente os ingredientes da marinada e deixe cozinhar em lume brando, com o tacho tapado. Bom apetite… P.S.: Esta receita pode ser servida como petisco ou como prato principal fazendo o acompanhamento a seu gosto.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Petiscos La Bastille

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ão, caro leitor, não estou a abusar de nomes franceses, os franceses é que abusaram e abusam da influência que exerceram e exercem nas cozinhas ocidentais, sobretudo europeias. Bem ou mal? Juízos de valor é para gente mais sabedora, eu escrevo acerca de gastronomia regional. Só que para se conhecer gastronomia regional tem que se saber de gastronomia e para se saber de gastronomia teve de se dar uma espreitadela, de preferência humilde, à cozinha francesa. Um pormenor. Estes termos, assim grandiloquentes, a gastronomia, referem-se neste caso a uma pequena fracção do planeta, a Europa e uma parte das suas antigas colónias. Estas considerações não cobrem, sobretudo, nem a China nem o Japão, realidades distintas. Um dia falaremos nisso. Nos meus tempos de estudante quem queria conhecer história tinha que passar, mais tarde ou mais cedo, pela revolução francesa. Porque se tratava dum momento único nos anais da humanidade, a study case, como se diria nos dias de hoje. Melhor do que em qualquer outro momento, ali estavam bem definidas as três componentes de análise histórica: as causas, os acontecimentos e as consequências. É consensual que o momento mais significativo do início da revolução e da queda do poder real – o Ancient Regime – foi a tomada da Bastilha. Uma das consequências – houve muitas e há uns livrinhos interessantes sobre isso – foi a deslocação dos saberes culinários, concentrados nas várias cortes da aristocracia, para a rua. Inventaram-se les restaurants. Os novos cozinheiros, os chefes de cozinha, foram, a pouco e pouco, adaptando as suas técnicas e produtos à exigência dos clientes burgueses que entreviam, ávidos e expectantes, a possibilidade de comerem, pagando, aquilo que, antes, só estava destinado ao dente fidalgo de duques, condes e marqueses. Foi uma excitação. Também há um “antes” e um “depois” na cozinha francesa. A Bastilha da gastronomia francesa, não regional, chama-se sause bearnaise. Foi apresentado – tanto quanto há notícia – pelo chefe Collinet, que o serviu em 1836 na inauguração do “Le Pavillon Henri IV”, um restaurante em Saint-Germain-en-Laye , perto de Paris. Provavelmente em honra do rei Henrique IV, afamado apreciador, natural da antiga província de Béarn. Este é o rosto histórico da cozinha francesa de restaurante, com regras e propósitos distintos da cozinha regional. Utiliza-se todo o ano mas é de aplicação frequente em grelhados, comida de Verão. Não é simples, vamos a ele prá semana. Se Deus quiser. António Almodôvar


S. Teotónio acolhe entre os dias 22 e 24 a 21.ª edição da Faceco – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, promovida pela Câmara de Odemira e junta de freguesia local. Em termos de animação haverá espetáculos de música popular com a banda 3G 3.ª Geração (sexta-feira), com a banda pop/rock Os Golpes

(que gravaram com Rui Pregal da Cunha, dos Heróis do Mar, o grande sucesso “Vá lá senhora”, sábado) e a fechar, no domingo, a Orquestra Chave D’Ouro (a banda que gravou a conhecida canção “Quem é o pai da criança?”). O programa da Faceco reserva ainda atuações com os diversos grupos de música tradicional do concelho.

23 Diário do Alentejo 1 julho 2011

Três dias de festa em S. Teotónio

Jazz Júlio Resende Trio – “You Taste Like a Song”

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Júlio Resende Trio – “You Taste Like a Song” Júlio Resende (piano), Ole Morten Vågan (contrabaixo) e Joel Silva (bateria) + Bruno Pedroso (bateria) e João Custódio (contrabaixo) Editora: Clean Feed Ano: 2011

Fotoblogue Foto da freguesia da Trindade CHMacedo http://olhares.aeiou. pt/heldermacedo

Este espaço é dedicado aos amantes da fotografia que disseminam pela Internet os seus olhares sobre o Alentejo. Remeta as suas imagens para jornal@diariodoalentejo.pt PUB

isco após disco – e já vão três em nome próprio – o pianista Júlio Resende vai paulatinamente consolidando o seu lugar entre os mais relevantes músicos nacionais de jazz. Em “You Taste Like a Song” amplia as suas capacidades não só enquanto inspirado músico-improvisador mas também (e, talvez, sobretudo) como compositor. Ressalta à evidência que as suas ideias têm amadurecido e ganho maior consistência ao longo dos anos, revelando de forma cada vez mais conseguida aquilo que pretende com a sua música. A isto não será certamente alheio o facto de se ter centrado no formato piano-contrabaixo-bateria, o que lhe permitiu maior focalização e consequente depuração da sua personalidade musical. Mas se Resende já não pode ser tratado tão-só como uma “promessa”, o certo é que, mais uma vez, fica clara a sensação de poder ir mais além, o que só pode ser encarado como encómio. Na companhia do contrabaixista norueguês Ole Morten Vågan (substituído numa peça por João Custódio) e do habitual comparsa Joel Silva (Bruno Pedroso toma-lhe o lugar em duas) volta a revelar-

-se um hábil gestor de elementos musicais de proveniência diversa, construindo um edifício sonoro coerente e com – mais que nunca – assinatura própria. O disco arranca com um verdadeiro monumento de solenidade e pungência dramática: em “Silêncio – For The Fado” dá corpo sonoro a características tão vincadamente portuguesas. “Improvisação (Call it Whatever)”, momento de liberdade, demonstra o gosto pelo risco. Tal como fizera nos dois registos anteriores, o pianista pega em composições alheias para lhes insuflar um sopro muito pessoal. “Airbag” (tema que abre o seminal “OK Computer”, dos britânicos Radiohead) é objecto de notável exploração melódica. Já em “Who Did You Think I Was” (da autoria do popular John Mayer) deixa-se contaminar pelo espírito blues-rock. A leitura do histórico blues de Monk, “Straight no Chaser”, mostra o à-vontade do trio a trabalhar o cânone jazzístico. “You Taste Like a Song” é mais uma prova do talento de um pianista sempre capaz de nos surpreender. António Branco

O senhor do montado É um livro bonito, uma espécie de pequeno álbum dedicado ao porco alentejano e que nasceu da conjugação da escrita de Alberto Franco e de muitas imagens de grande valor histórico e documental, umas antigas, outras da autoria de José Manuel Rodrigues. Porco Alentejano – o senhor do montado foi apresentado publicamente na semana passada em Évora, no decurso do II Congresso Ibero-americano de Suinicultura e, para além do prefácio de José Luís Tirapicos Nunes, um especialista na matéria, reúne também 20 receitas tradicionais da responsabilidade de Manuel Fialho, um dos proprietários do famoso restaurante “Fialho”, de Évora. CJ


Nº 1523 (II Série) | 1 julho 2011

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FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 comercial@diariodoalentejo.pt Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 jornal@diariodoalentejo.pt | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

RIbanho

www.diariodoalentejo.pt POR LUCA

Hoje, sexta-feira, espera-se céu pouco nublado. A temperatura vai oscilar entre os 16 e os 36 graus centígrados. Amanhã, sábado, o sol deverá brilhar e no domingo o céu apresentará poucas nuvens.

Escola Superior de Educação cumpre 25 anos

“Sobrevivência” de Beja depende do ensino superior

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Escola Superior de Educação de Beja celebra este ano um quarto de século. Entre o antigo Magistério Primário e o campus do Instituto Politécnico, formaram-se cerca de 13 mil alunos que se tornaram “numa das molas evidentes do desenvolvimento da região”. O futuro não se adivinha risonho e por isso o seu atual diretor, Jorge Raposo, espera que os “atores políticos regionais” se unam pela defesa do ensino superior em Beja. Em causa estão “o desenvolvimento regional” e a “sobrevivência da própria cidade”.

de trabalho no distrito de Beja, nas restantes regiões do País e alguns no estrangeiro, tendo-se tornado numa das molas evidentes do desenvolvimento da região, ocupando muitos deles lugares de destaque na sociedade. Por outro lado, a presença dos alunos em Beja é um contributo importantíssimo para o desenvolvimento económico e para a animação social da própria cidade.

Ao longo destes 25 anos, que papel é que lhe parece ter sido o da Escola Superior de Educação de Beja (ESEB) no desenvolvimento económico, social e cultural da cidade e região envolvente?

Nunca foi o meu forte fazer futurologia e, como diz uma célebre personagem, “previsões só no final”. Atendendo à situação de profunda crise económica que estamos a atravessar, calculo que a política geral, e também a do Ensino Superior, será a da racionalização dos recursos, da contenção de despesas e da readequação da oferta à procura. Espero, contudo, que Beja usufrua de uma discriminação positiva, assim como todo o interior do País, pela necessidade de inverter a desertificação humana destas regiões que, a prazo, vai colocar situações muito graves, quer do ponto de vista económico, quer social, quer mesmo do domínio territorial. Espero que os atores políticos regionais saibam unir-se na defesa desta instituição e do próprio Instituto Politécnico de Beja no seu todo, porque são um elemento fundamental para o desenvolvimento regional e para a sobrevivência da própria cidade. Creio que se não perceberem isto atempadamente nunca serão verdadeiros servidores da causa pública.

As escolas superiores de educação nasceram da necessidade premente que a sociedade civil e os governos tiveram de prover o quadro docente dos jardins de infância e escolas do ensino básico com professores científica e pedagogicamente habilitados. A seguir ao 25 de Abril de 1974 o sistema de ensino cresceu desproporcionadamente em virtude da passagem de um sistema de ensino elitista para um ensino alargado a toda a população. Isso criou enormes necessidades de um corpo docente. Desde o seu início, a Escola Superior de Educação já formou cerca de 13 mil profissionais, desde professores, nas mais diversas áreas, a animadores, técnicos de serviço social, artes plásticas, multimédia, bibliotecários, informáticos, licenciados na área de desporto e do lazer. Muitos destes profissionais estão inseridos no mercado PUB

Como antevê o futuro da ESEB no atual contexto económico e político, com um novo ministro, Nuno Crato, a tomar conta da pasta da Educação e Ensino Superior?

Jorge Raposo 50 anos, natural de Lavre, Montemor-o-Novo Depois de frequentar Teologia e Filosofia, termina o curso superior de piano do antigo Conservatório Nacional, em 1982. É licenciado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa e prepara-se para defender uma tese de doutoramento na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Lecionou formação musical e piano em vários estabelecimentos de Évora. É docente da Escola Superior de Educação Beja desde 1985 e seu diretor desde março último.

Entrevista de Carla Ferreira

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Faleceu José Luís Conceição Silva José Luís Conceição Silva, professor universitário, resistente antifascista e dinamizador cultural, faleceu em Brasília, no Brasil – onde residia desde 1967 –, aos 94 anos de idade. Além de professor de matemática, em Beja e Évora, Conceição Silva, com raízes em Vila de Frades de onde eram naturais os seus familiares maternos, dirigiu a Adega Cooperativa de Vidigueira, administrou sociedades agrícolas e publicou no “Diário do Alentejo”. A Junta de Freguesia de Vila de Frandes lembra que “durante 25 anos Conceição Silva deu cartas nesta região como ativista político e cultural, arrastando atrás de si todo uma série de gerações que apreciavam os seus dotes”. Em 2008 recebeu a medalha de mérito dourada atribuída pela Junta de Freguesia de Vila de Frades, que atribuiu ainda o seu nome a um largo da vila.

Piscinas abrem este fim de semana Miguel Góis, vereador da Câmara de Beja responsável pelas piscinas descobertas municipais, anunciou segunda-feira a entrada em funcionamento deste equipamento entre os próximos dias 1 e 3. O atraso verificado na data de abertura é justificado com “problemas relacionados com as obras feitas pelo executivo anterior”. Miguel Ramalho, atual vereador da CDU e membro do anterior executivo camarário, recusa a acusação e aponta o dedo ao início tardio das obras, lembrando que em 2010 “o espaço abriu mais cedo”.

“Vive na boa, se não andas à toa” “Vive na boa, se não andas à toa!”, da autoria de duas alunas do 7.º A da EB23 Dr. Manuel Brito de Camacho, de Aljustrel, foi o slogan vencedor de um concurso sobre o jogo lúdico-didático Vive na Boa, integrado num projeto com cofinanciamento do POPH-QREN e apoio local do Programa Mexe-te e do Agrupamento Vertical de Escolas de Aljustrel. O projeto visa promover “estilos de vida saudáveis com base na reflexão em torno de escolhas e aprendizagens (valores e comportamentos) sobre a igualdade de género, alimentação saudável e atividade física”.


Água Castello inaugura museu em Moura

Sexta-feira, 1 julho 2011 Nº 1523 (II Série)

A Água Castello, marca centenária de Água Mineral Natural Gaseificada, vai inaugurar no próximo dia 12, pelas 15 e 30 horas, em Moura, o Museu Castello. A inauguração está inserida nas comemorações dos 75 anos da unidade de engarrafamento em Pisões – Moura, marco da passagem do local de engarrafamento inicial, dentro das muralhas do castelo de Moura, para o local de engarrafamento atual. Ao fim de 112 anos de história, a marca pretende tornar público as peças emblemáticas, documentos históricos e todo o espólio da marca que acompanhou a Água Castello até aos dias de hoje.

DR

Cadernodois

Herdade da Mingorra aumenta distribuição

Linha “M” é a última grande aposta Herdade da Mingorra lança novos produtos para o mercado. A linha “M” é a última grande aposta. O número de distribuidores aumentou e os vinhos já são distribuídos em 75 por cento do País. As vendas têm sempre vindo a aumentar.

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herdade da Mingorra, propriedade de Henrique Uva, produtor alentejano do concelho de Beja, continua a desenvolver-se. Com apenas seis anos de presença no mercado vitivinícola a herdade da Mingorra já comercializa em 3/4 do território de Portugal. A herdade “tem novos distribuidores em Lisboa, Porto, Coimbra e Madeira”, adiantam os responsáveis, garantindo, assim, com a entrada destes quatro parceiros, que os seus vinhos já sejam efetivamente distribuídos “em 75 por cento do País”.

A marca Mingorra, “onde o passado faz futuro”, à beira de celebrar a conquista de 100 galardões (averbados nos mais conceituados concursos em Portugal e no Mundo), aposta numa forte política de exportação, comercializando os seus vinhos em cerca de 20 países. A marca reforça, também, a sua quota no mercado nacional, assumindo-se, cada vez mais, “como um produtor de referência do Alentejo e de Portugal”. Um dos objetivos da herdade “é a qualidade/preço.” Nos últimos dois anos a expansão de negócio de Henrique Uva, no que diz respeito ao mercado nacional, situa-se nos 168 por cento, o que torna a marca, nos tempos em que vivemos, “num autêntico case study português no sector vinícola”. A ú ltima gra nde aposta da Mingorra é “a distintiva linha ‘M? (M i n gor r a G o u r me t)”, c uj o s d oi s

ão o “Lateprimeiros produtos são pu ma nte -Ha r vest ” e o “E spu o). Bruto” (método clássico). dade Os vinhos da herdade guesão produzidos na freguensia de Trindade, no conue celho de Beja. Henrique nUva continua a desenue volver a sua herdade que se estende ao longo de 1400 hectares. Para o sinvestidor, “a adega asusume-se como um au”, têntico lugar de culto”, m garantindo que “é um iespaço onde a modernide dade e a funcionalidade nconvivem, de forma inas delével, com as técnicas mais tradicionais”. nA grande intenção continua a ser “a produção de

vinhos de m muita qualidade, consiste consistentes e, alguns deles, inovadores”. A equi equipa é liderada pel pelo enólogo Pedro H Hipólito. Segundo a Herddade da Mingorra, ““a excelência da ccultura vitícola, bbem como as conddições estrutura rais e humanas do pprojeto, têm consti tituído o segredo ddo sucesso”. A s ve n d a s , ta tanto a nível nacion nal como nos merca cados de exportaçção, têm vindo a au aumentar.


2 / cadernodois / DiĂĄrio do Alentejo /1 de julho de 2011

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3 / cadernodois / DiĂĄrio do Alentejo /1 de julho de 2011

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4 / cadernodois / Diário do Alentejo /1 de julho de 2011

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5 / cadernodois / DiĂĄrio do Alentejo /1 de julho de 2011

institucional/diversos Diårio do Alentejo nº 1523 de 01/07/2011 3ª Publicação

Regulamento do Concurso de Ideias para a Elaboração de um Logotipo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo – CIMBAL – Artigo 1.Âş (Objecto) O presente regulamento estabelece o quadro do concurso para a elaboração de um logĂłtipo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, sendo esta a entidade promotora do concurso. Artigo 2.Âş (PrincĂ­pios Fundamentais) 1. O presente concurso admite a participação de pessoas singulares ou colectivas. 2. Qualquer trabalho que nĂŁo seja original serĂĄ de imediato desclassificado. 3. A figuração nos suportes de qualquer marca, assinatura, rubrica ou qualquer elemento que Ă identificação do concorrente serĂĄ motivo de desclassificação. 4. Reserva-se o direito de nĂŁo atribuição de qualquer prĂŠmio caso o nĂ­vel dos trabalhos nĂŁo seja considerado adequado. 5. Da decisĂŁo do jĂşri nĂŁo existirĂĄ recurso. Artigo 3.Âş (Disposiçþes Gerais) 1. O tema do logĂłtipo deverĂĄ reflectir o territĂłrio e o objecto / atribuiçþes da CIMBAL; 2. O logĂłtipo seleccionado serĂĄ utilizado nos documentos administrativos, formulĂĄrios, materiais de divulgação, pĂĄginas web ou outros elementos identificativos da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo. Artigo 4.Âş (JĂşri) 1. O jĂşri de avaliação dos logĂłtipos do concurso serĂĄ constituĂ­do pelos seguintes elementos: a. Presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, Jorge Pulido Valente; b. Vice-Presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, JoĂŁo Manuel Rocha da Silva; c. Vice-Presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, AntĂłnio JosĂŠ Messias do RosĂĄrio SebastiĂŁo; 2. O concurso ĂŠ interdito a qualquer elemento do jĂşri, assim como Ă s demais pessoas envolvidas na sua organização. 3. O anonimato dos concorrentes sĂł serĂĄ levantado apĂłs a classificação final. 4. Os membros do jĂşri sĂŁo obrigados ao sigilo. 5. Compete ao jĂşri a verificação da conformidade das propostas com os requisitos do concurso e a avaliação dos trabalhos aceites. 6. o JĂşri reserva o direito de nĂŁo atribuição do prĂŠmio, caso a qualidade dos trabalhos nĂŁo o justifique. Artigo 5.Âş (Publicitação do Regulamento e Abertura do Concurso) 1. A abertura do concurso serĂĄ publicitada num jornal regional, bem como no site do Beja Digital – www. bejadigital.pt 2. No site serĂĄ ainda disponibilizado o regulamento do concurso. 3. A divulgação do concurso serĂĄ diligenciada junto das escolas superiores, secundĂĄrias e profissionais, bem como dos 13 MunicĂ­pios que fazem parte da ĂĄrea geogrĂĄfica da CIMBAL. 4. O concurso decorrerĂĄ entre os dias 17 de Junho e 9 de Julho de 2011. Artigo 6.Âş (Apresentação dos LogĂłtipos) 1. Os trabalhos deverĂŁo ser entregues em suporte de papel com a respectiva impressĂŁo em formato A4. DeverĂĄ ser apresentada: - Uma versĂŁo a cores; - Outra em escala de cinza. 2. O autor da proposta vencedora deverĂĄ apresentar uma versĂŁo digital do logĂłtipo em formato editĂĄvel (vectorial). 3. Os trabalhos deverĂŁo ser entregues, em envelope A4 fechado, com a menção exterior “Concurso de Ideias para um LogĂłtipo da CIMBALâ€?. O interior deste envelope

deverĂĄ conter: a) As vĂĄrias versĂľes do logĂłtipo (acima referidas); b) Uma memĂłria descritiva e justificativa da escolha feita; c) Um envelope fechado (sigiloso), sem qualquer identificação exterior, contendo no seu interior a identificação, morada, e-mail e contacto telefĂłnico do autor, em letra legĂ­vel, bem como fotocĂłpia do documento identificativo (BI ou CartĂŁo do CidadĂŁo) e do NIF e a declaração (presente em anexo) devidamente preenchida e assinada. 4. Os trabalhos serĂŁo entregues em mĂŁo (atĂŠ Ă s 17:00 horas, do dia 9 de Julho de 2011) ou por carta registada, com aviso de recepção, para a seguinte morada (contando neste caso a data de expedição): Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Concurso de Ideias para um LogĂłtipo da CIMBAL) Praceta Rainha D. Leonor nÂş 1 Apartado 70 7800 – 953 Beja 5. Cada candidato poderĂĄ apresentar num mĂĄximo trĂŞs trabalhos a concurso, que poderĂŁo ser a nĂ­vel individual ou colectivo. Artigo 7.Âş (Avaliação das Propostas) Os critĂŠrios de avaliação do logĂłtipo sĂŁo os seguintes: • Criatividade, reflectindo: - CarĂĄcter dinâmico (15%) - Inovador (20%); • Adequação da imagem ao objecto do concurso, permitindo: - Legibilidade e reconhecimento fĂĄcil da CIMBAL (25%) - CarĂĄcter intermunicipal (20%); • Qualidade da imagem permitindo: - Transposição fĂĄcil para os meios electrĂłnicos (10%); - Reprodução em pequenas e grandes superfĂ­cies (10%); Artigo 8.Âş (PrĂŠmio) O prĂŠmio ĂŠ Ăşnico, sendo atribuĂ­do Ă proposta vencedora o valor pecuniĂĄrio de 500,00â‚Ź (quinhentos euros). Artigo 9.Âş (Divulgação) 1. O resultado do concurso considera-se oficialmente divulgado apĂłs a afixação da lista, no site do Beja Digital, e a comunicação por escrito ao concorrente premiado. 2. O logĂłtipo vencedor serĂĄ apresentado, oportunamente. Artigo 10.Âş (Direitos de Propriedade) 1. O logĂłtipo vencedor serĂĄ propriedade da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo. 2. Os direitos de propriedade intelectual serĂŁo detidos pelo autor do logĂłtipo. 3. A entidade proprietĂĄria do logĂłtipo reserva-se o direito de o utilizar sob a forma e para os efeitos que lhe aprouver. 4. O jĂşri poderĂĄ sugerir adequaçþes ao logĂłtipo vencedor, de acordo com o seu autor. 5. Os restantes logĂłtipos sĂŁo propriedade exclusiva dos seus autores. Artigo 11.Âş (Disposiçþes Finais) 1. A resolução de casos omissos ou dĂşvidas caberĂĄ aos membros do jĂşri. Para tal, o jĂşri deverĂĄ ser contactado formalmente dentro do prazo limite de apresentação dos logĂłtipos. 2. A participação neste concurso implica a aceitação deste Regulamento sem reservas. O Presidente do Conselho Executivo Jorge Pulido Valente

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6 / cadernodois / DiĂĄrio do Alentejo /1 de julho de 2011

diversos/ necrologia DiĂĄrio do Alentejo nÂş 1523 de 01/07/2011 Ăšnica Publicação

CĂ‚MARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

AVISO PLANO DE PORMENOR DA CAVANDELA DISCUSSĂƒO PĂšBLICA Francisco JosĂŠ Caldeira Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde: Torna pĂşblico que, nos termos do n.Âş 3 e 4 do art. 77Âş do Decreto-Lei n.Âş 380/99, de 22 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.Âş 46/2009, de 20 de Fevereiro, em cumprimento da deliberação da Câmara Municipal de Castro Verde tomada em reuniĂŁo ordinĂĄria de 22 de Junho de 2011, se encontra aberto o perĂ­odo de discussĂŁo pĂşblica da Proposta do Plano de Pormenor da Cavandela, que decorre durante 22 dias Ăşteis, contados a partir do 5Âş dia apĂłs a presente publicação. A Proposta do Plano, o respectivo RelatĂłrio Ambiental, a Acta da ConferĂŞncia de Serviços e demais Pareceres emitidos durante as fases de acompanhamento e concertação encontram-se disponĂ­veis para consulta no Gabinete de Apoio ao Presidente, sito no EdifĂ­cio dos Paços do MunicĂ­pio, durante os dias Ăşteis, entre as 09h00 e as 17h30. A Câmara Municipal de Castro Verde promoverĂĄ, em data a publicitar oportunamente, uma sessĂŁo pĂşblica de esclarecimento sobre o Plano. Os interessados que queiram devem apresentar as suas reclamaçþes, observaçþes, sugestĂľes ou pedidos de esclarecimento atravĂŠs de requerimento escrito dirigido ao Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde e enviado por correio registado com aviso de recepção, para a Câmara Municipal de Castro Verde, sita na Praça do MunicĂ­pio – 7780-217 Castro Verde, ou entregue pessoalmente mediante recibo no Gabinete de Apoio ao Presidente, na mesma morada. O presente aviso e outros de igual teor, serĂŁo publicados no DiĂĄrio da RepĂşblica, na comunicação social, no site www.cm-castroverde.pt e afixados nos locais de estilo. Paços do MunicĂ­pio de Castro Verde, 22 de Junho de 2011 O Presidente da Câmara Francisco Duarte

PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO

MISSA

Maria Juliana Raposo

Maria BĂĄrbara Varela Charrua

Santa Iria PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO

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Maria Joana Vinhinha Cardoso Marques Faleceu no passado dia 3 de Junho de 2011 em Lisboa, Enfermeira-Parteira do Hospital de Beja (Aposentada). Com uma vida profissonal exemplar, viuva de António da Conceição Marques. Mãe extraordinåria, com muito amor e muitas saudades te dedico estas palavras para te homenagear. Tua filha, Isabel Marques

Beja AGRADECIMENTO

Suas filhas e restante família participam o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 20/06/2011, e agradecem reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhå-la à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. Mais expressam o seu profundo agradecimento a todas as funcionårias do apoio domiciliårio do Lar Nobre Freire em Beja pelo carinho, dedicação, apoio, disponibilidade e ajuda prestados.

4Âş Ano de Eterna Saudade

Querida mãe, Mais um dia 3 de Julho se aproxima e faz quatro anos que partiste, mas para mim a tua existência Ê real e verdadeira. Recordaçþes e saudades são inúmeras e inesquecíveis. Foste e serås para sempre a minha querida mãe. Despeçome com um enorme beijo e atÊ ao nosso reencontro. Mariana

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Filha, genro e netos informam que serĂĄ celebrada missa no dia 03/07/2011, domingo, Ă s 18 e 30 horas na Igreja da SĂŠ em Beja.

Manuel Francisco Ferrinho Martins Esposa, filhos, netos, irmĂŁ, sobrinhos e restante famĂ­lia cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 25/06/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vĂŞm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam Ă sua Ăşltima morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. AGĂŠNCIA FUNERĂ RIA SERPENSE, LDA.

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PARTICIPAĂ‡ĂƒO Domingos Eduardo da Rosa RondĂŁo F - 26/06/2011

Sua esposa e filha na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vĂŞm desta forma agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido Ă sua ultima morada, ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar. )81(5Ăˆ5,$ *8(55(,52 81,3 /'$ )(55(,5$ '2 $/(17(-2 7P 7HO

INFORMA: SERVIÇO DE SANGUE DO HOSPITAL JOSÉ JOAQUIM FERNANDES BEJA – Tel. 284310200

Vimos participar o falecimento do Exmo. Sr. Baltasar Manuel Ramos, de 89 anos de idade, viĂşvo, natural de Santa VitĂłria, Beja. O funeral realizou-se no dia 27/06/2011 das Capelas MortuĂĄrias de Beja para o cemitĂŠrio local.

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“A vida nĂŁo passa de uma oportunidade de encontro, sĂł depois da morte se dĂĄ a junção, os corpos apenas tĂŞm o abraço, as almas tĂŞm o enlace.â€? Victor Hugo Esposa e filhos, pais, cunhados, sobrinha, tios, primos e demais famĂ­lia cumprem o doloroso dever de participar a todas as pessoas de suas relaçþes e amizade o falecimento do seu ente querido, Joaquim AntĂłnio Pires Bonito, de 51 anos, no dia 20 de Junho de 2011, e que o seu funeral se realizou dia 22 de Junho de 2011 Ă s 11 h, no cemitĂŠrio Municipal de Vidigueira. A famĂ­lia agradece Ă s pessoas que acompanharam o funeral, ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. A famĂ­lia, reconhecidamente agradece Ă Dra. Ana Cristina Duarte, ao Dr. Pedro Costa e a toda a equipa de mĂŠdicos, enfermeiros e auxiliares do Hospital de Dia e um agradecimento muito especial a todo o pessoal de enfermagem, auxiliares, etc., do 6Âş Piso do Hospital JosĂŠ Joaquim Fernandes em Beja, pelo carinho sempre demonstrado, por fim o agradecimento Ă queles amigos especiais (que nĂŁo necessitamos nomear) que em todos os momentos possĂ­veis fizeram ao Joaquim aquilo que fazem os verdadeiros amigos.

SĂŁo Matias MISSA

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Fernanda Isabel Curva Ameixa

Vila de Frades PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO

Alcaria da Serra Vidigueira PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO

Manuel AntĂłnio da Cruz

Mariana Flamino

Nanda, a saudade Ê a mãe da nossa recordação Com a tua partida tudo mudou

Vidigueira PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO

Selmes PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO

Foi tĂŁo bom ter vivido contigo a alegria de ser tua mĂŁe Foi tĂŁo duro, ter aprendido contigo que tu jĂĄ nĂŁo eras minha, e que tinha que te deixar seguir o teu caminho Por mais que eu queira, sĂł com a minha morte despirei este fato tecido de saudade, que nĂŁo me deixa viver e me vai matando de saudades. Nanda, serĂĄs sempre a estrela que me protege porque partires nĂŁo foi morrer SerĂĄ realizada missa dia 8 de Julho (dia do aniversĂĄrio) na Igreja da SĂŠ em Beja, Ă s 18.30 horas.

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Nasceu 23.08.1921 Faleceu 23.06.2011

Faleceu o Ex. Sr. Manuel AntĂłnio da Cruz, natural de Vila de Frades, ViĂşvo. O funeral a cargo desta AgĂŞncia realizou-se no passado dia 24, da casa mortuĂĄria de Vila de Frades para o cemitĂŠrio local. Seus sobrinhos e restante famĂ­lia na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam Ă sua Ăşltima morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

Nasceu 01.06.1926 Faleceu 20.06.2011

Faleceu a Exma. Sra. Mariana Flamino, natural de Selmes, ViĂşva. O funeral a cargo desta AgĂŞncia realizou-se no passado dia 21, da casa mortuĂĄria de Vidigueira para o cemitĂŠrio de Alcaria da Serra. Seus filhos, netos e restante famĂ­lia na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam Ă sua Ăşltima morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

Florival Jorge Pinto dos Anjos Nasceu 21.12.1934 Faleceu 19.06.2011

Faleceu o Ex. Sr. Florival Jorge Pinto Dos Anjos natural de Vidigueira, Solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, da capela da Fundação Domingos Simão Pulido em Vidigueira para o cemitÊrio local. Seus sobrinhos, primos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

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JosĂŠ Alexandre Pereira Serra Anico Nasceu 04.01.1954 Faleceu 17.06.2011

Faleceu o Ex. Sr. JosÊ Alexandre Pereira Serra Anico, natural de Selmes, Casado. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 18, da casa mortuåria de Selmes para o cemitÊrio local. Sua esposa, filhos, genro, nora e neta e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. A família expressa o seu profundo agradecimento a mÊdicos, enfermeiros e auxiliares do 4º piso do Hospital J.J. Fernandes pelo apoio e ajuda prestados durante a sua doença e ao Real Grupo de Forcados Amadores de Moura pela solidariedade demonstrada neste momento de dor.


8 / cadernodois / Diário do Alentejo /1 de julho de 2011

Outras novidades

Filatelia

Espaço bd

Geada de Sousa

“O Pão” foi apresentado nos Correios de Beja

O

livro com selos, dos Correios, A Tradição do Pão em Portugal foi apresentado ao público na última segunda-feira (dia 27), na estação de correios de Beja (largo dos Correios). Ao ato presidiu o diretor de filatelia dos Correios dr. Raul Moreira (o último à direita na fotografia que apresentamos). Os restantes participantes foram o engenheiro Agostinho de Sousa (da GSCS); dr. Nuno Palas (adjunto); Gilda Carrasco (RSCS2); e Custódia Caraça (RSCS3), chefe da estação de Correios da rua Diogo de Gouveia. O pão é uma das mais ricas temáticas da filatelia portuguesa. Para além das duas emissões de selos emitidas em 2009 e 2010, que produziram 14 pães, de diferentes regiões do País, há inúmeros outros aspetos a ele ligados, que desde há muito têm sido objeto de emissões, quer de selos, quer de carimbos comemorativos. E como nem só de pão vive o homem – o velho provérbio português –, o folheto produzido pelos Correios para a apresentação do livro diz que ele “é um livro que alimenta o espírito, (o destaque não é nosso) ao contar as histórias do pão do nosso espírito”. Para abrir o apetite do leitor lê-se no folheto já referido que “a sugestão de um pão quente, acabado de fazer, com uma lasca de manteiga a derreter, certamente lhe trará à memória um aroma e paladar irresistíveis”. Apesar disso, normalmente não nos lembramos da importância que o pão tem no nosso dia-a-dia, de quanto está profundamente enraizado na nossa cultura e, muito menos, da relevância que teve na nossa história. As duas emissões de selos sobre o pão foram emitidas em 28 de julho de 2009 e em 6 de abril de 2010. Os seis selos e os dois bloco filatélicos da

emissão de 2009 aguçaram-nos o apetite com o pão de centeio de Trás-os-Montes, o pão de quartos da Beira Interior, a regueifa (pão em rosca) do Douro Litoral, o pão com chouriço do Ribatejo, o pão de testa do Algarve, o pão da Mealhada, da Beira Litoral, o pão de milho dos Açores e o bolo do caco da Madeira, que é um pão cozido num pedaço de telha, velha, de barro, recipiente este que lhe deu o nome. Nos selos da emissão do ano passado pudemos apreciar o pão de broa da região Entre o Douro e o Minho, a carcaça e o pão de Mafra, da Estremadura, as padas da Beira Litoral, a broa de Avintes e o nosso famoso pão alentejano. O livro é da autoria da etnóloga/antropóloga Mouette Barboff e é editado pelo Clube dos Colecionadores do Correio. Contém todos os selos e blocos das duas emissões atrás referidas. O preço de venda é de 41euros. Como referimos no início deste artigo, o pão é uma temática muito presente na filatelia portuguesa. Encontramos peças para o estudo e desenvolvimento deste tema em selos, bilhetes-postais, carimbos, flâmulas e franquias mecânicas. Sobre o amanho da terra, quer manual, quer mecanizada, encontramos não só a terra propriamente dita (emissão de 1978, “Solos”, da série Ciclo de Recursos Naturais), mas também a enxada, o arado, a charrua e o trator. Sobre a sementeira, a ceifa e a moagem e, claro, o seu transporte, por muares ou mecanizado, também não faltam peças. E claro, para iniciar uma coleção sobre “O Pão”, nada melhor do que iniciá-la pela célebre “Lei das Sesmarias”, do nosso rei Fernando I, lei esta que se fosse ressuscitada seria uma belíssima alavanca para diminuir a nossa dependência de terceiros em produtos agrícolas.

Litteul Kévin/9, por Coyotte e sob edição Lombard. Nono tomo desta série, altamente divertida.

Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha

Pela independência de Israel

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Segunda Grande Guerra e o abominável holocausto terminaram em 1945. A 14 de maio de 1948 foi oficialmente proclamado o estado de Israel. Uma realidade que foi bem complicada e que até hoje é um irrequieto desassossego pela região... Acontece que, pela independência, os próprios judeus não se entendiam lá muito bem entre eles, pois funcionavam três tendências: Haganah, Irgun e Lehi. Com isto, havia o fornecimento mais ou menos clandestino de armamento. E também mercenários voluntários, ricamente pagos. É neste ambiente escaldante, heroico e emotivo, que se desenrola a narrativa “Mezek”, sob edição Lombard e com autoria da parceria Yann e André Juillard.

Com toda a dramática ficção, este empolgante álbum relata também pormenores históricos pouco conhecidos. A ler.

L’Engrenage Turkmène Editora: Lombard. Autor: Daniel Ceppi. Obra: “L’Engrenage Turkmène”, décimo segundo tomo da série “Stephane Clement”.

Após sete anos de ausência, é o auspicioso regresso do herói Stephane

Clement, criação de honra do suíço Ceppi. O autor, por norma, localiza as aventuras do seu herói em regiões que pessoalmente visitou. Desta vez tudo se inicia como se fosse uma banalidade: Stephane vai ao encontro do seu amigo Téri, que transportava frigoríficos para uma ONG no Uzbequistão... Só que a situação, desregrada, prepotente e cheia de corrupções, no Turquemenistão e no Uzbequistão, é um tanto ou quanto no estilo do “salve-se quem puder”... A doer!

Desafio sobre Patins Na coleção “Turma da Mónica Jovem”, sob edição Panini Comics, o mini-álbum “Desafio Sobre Patins”, da autoria de Maurício de Sousa. Este artista brasileiro, que admiramos até certo ponto, anda agora a apostar muito no estilo mangá... Que pena! Vende-se bem?... Pode ser que sim, mas não nos convence.

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